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Trabalho, conhecimento e fome : um olhar sobre um grupo de adolescentes, que faz de sua atividade na Ceasa/RS, uma estratégia de sobrevivência

Fonseca, Laura Souza January 1995 (has links)
Relatório do Banco Mundial aponta o Brasil como a nação em que há maior desigualdade social e de renda do planeta: 51 ,3% de toda a renda nacional estão acumulados nas mãos de apenas 10% da população, enquanto os 20% mais pobres ficam com não mais do que 2,1 %. A pobreza, a miséria, são possibilitadoras da fome, das doenças, do desemprego, do analfabetismo, de inversão nos papéis sociais capazes de alavancar à perversidade do trabalho precoce e suas conseqüências milhares de jovens em tempos de gozo da infância e da adolescência. Esta pesquisa, realizada entre maio 1994 e março de 1995, é uma investigação acerca das representações de trabalho, conhecimento e fome dos adolescentes (meninos entre 11 e 17 anos) que atuam na CEASA/RS em busca de uma forma de sobrevivência. Digo que os meninos em questão vivem um sincretismo de vivências onde já estão trabalhadores e ainda são crianças ou adolescentes. Procurei olhar esse adolescente com diferentes lentes com o intuito de poder melhor compreendê-lo, negando os estereótipos que têm interditado o trabalho pedagógico necessário a uma população que tem estado cada vez mais excluída da cidadania. Este é apenas o começo de uma construção interdisciplinar, que seguirei perscrutando por crer na sua necessidade para fundamentar a intervenção no meio social de referência dos que torno objetivo de militância pedagógica. Tenho consciência de que a opção por um olhar abrangente interferiu na profundidade das lentes: arco com essa conseqüência. Busquei amparo teórico na epistemologia genética e no materialismo dialético. Sei que deixei lacunas na compreensão de Piaget e Marx pensadores tão importantes para a ciência na contemporaneidade. Enfatizei a escuta dos meninos- as histórias de vida marcaram a metodologia de abordagem para a construção do objeto; e as conclusões estão sedimentadas na presença constante da pesquisadora em campo e mediadas por olhares da sociologia, da antropologia, da psicologia. Ao preferir o espraiamento, quero defender a necessidade de que a escola possível para a parcela da juventude que mantém uma relação frágil ou inexistente com a escolaridade, precisa ser construída a partir da ação do trabalho real realizado e fazendo interlocuções com diferentes leituras do sujeito e abordagens possibilitadoras da apreensão do objeto de conhecimento. Acredito que sendo o ato do trabalho o mediador da pulsão de vida, deve ser essa experiência a operadora dos conceitos capazes de afastar da alienação, por aproximação da conscientização, a juventude que tem a positividade de sua sociabilidade pelo ato do trabalho. / A report from the World Bank refers to Brazil as the nation of greatest social and income inequalities of the whole planet: 51 ,3% of the total national income is concentrated in the hands of only 10% of the population, where as the poorest 20% keep no more than 2,1% of it. Poverty, misery, are prometer of hunger, disease, unemployment, analphabetism, inversion in the social roles capable of triggering into perversity of precocious work and its consequences thousands of youngsters in the time of enjoying childhood and adolescence. The present research, accomplished between May 1994 and March 1995, is an investigation about the representations of work, knowledge and hunger in adolescents (11 to 17 year-old boys) that work at CEASAIRS in a search for a way of surviving. I say the boys in focus live a syncretism of life experiences in which they al ready are workers and yet children or teenagers. I attempted to look at that adolescent with severa I different lenses in an effort to better understand him, denying the stereotypes that have interdicted the pedagogic work essential to a population that has been further and further excluded from citizenship. ( Continue) This is just the beginning of an interdisciplinary build up that I intend to follow on due to my belief in its essentiality to ground an intervention in the referential social environment of those I turn into the object of pedagogic militancy. Iam conscious that opting for an overall look has interfered with the depth of the lenses I used to look: I take on the consequences. I searched for theoretical support in the genetic epistemology and in the dialectic materialism, knowing lleft gaps in the comprehension of J. Piaget and K.Marx, who are very important thinkers of contemporary science. I emphasized listening to the boys - the history of their lives has marked the methodological approach to construct the object; and the conclusions are based on the constant presence of the researcher in the field and mediated by approaches from sociology, anthropology and psychology. Considering the segment of youth that maintains a fragile, or nonexistent, relationship with schooling, I chose a broader perspective putting forth the idea that the school possible for these youngsters needs to be constructed from the conditions of their real work, making interlocutions with the different readings of the subject and approaches to the apprehension of the object to be known. In being a means of impelling life, I believe that the act of working must be the experience that operates the concepts capable of dismissing alienation and developing the consciousness of the youth who h ave the positivity of their sociability by the act of working
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'Antes o Filho Apanhar do Pai do que da Polícia': Representações e Práticas Educativas das Mães sobre os Filhos Atendidos pelo Conselho Tutelar de Vitória

ESPINDULA, D. H. P. 27 July 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_2185_.pdf: 432446 bytes, checksum: da7616130ea4f6fea6fdfcbdaa576b83 (MD5) Previous issue date: 2006-07-27 / O presente trabalho procurou investigar as representações das mães atendidas pelo Conselho Tutelar sobre filhos que dão problema; as práticas educativas desenvolvidas no enfrentamento do problema e a avaliação do suporte oferecido pelo Conselho. Participaram do estudo onze mães de adolescentes, selecionados segundo o interesse da pesquisa, com filhos que apresentam algum tipo de problema envolvimento com drogas, estarem em situação de rua e/ou praticando pequenos delitos. Foi utilizado um roteiro de entrevista com uma questão de evocação sobre adolescentes que davam problemas, questões abertas sobre as práticas educativas desenvolvidas pela mãe na educação do filho, e a relação destas com o Conselho Tutelar. O material foi analisado a partir da análise temática proposta por Bardin. Os resultados mostram que a representação das mães a respeito de adolescente que dá problemas apresenta elementos como: incontrolável, influenciável, com problemas de personalidade (mente fraca) e rebelde. As causas parecem estar centradas nas características pessoais e internas. Amizades e o meio em que vivem; falta de controle; necessidade da obtenção de bens socialmente valorizados e a questões religiosas. Já as práticas educativas estão embasadas na prática do diálogo e do conselho. Contudo, as mães avaliam que a única prática capaz de resolver o problema apresentado pelos filhos seria a internação. No entanto, o que se verifica é que na maioria dos casos a aplicação dessa medida não compete ao Conselho Tutelar; havendo um descompasso entre o que é vislumbrado pelas mães e as medidas plicadas pelo Conselho com vistas a resolução do problema.
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Exame Preventivo do Câncer de Colo Uterino: Representações Sociais das Profissionais do Sexo de Juazeiro-BA e Petrolina-PE

FERREIRA, S. S. S. 26 October 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3619_Dissertação para deposito final.pdf: 391140 bytes, checksum: ca2c694d0f2672ced0e1391423a9e33e (MD5) Previous issue date: 2010-10-26 / O câncer de colo uterino é considerado um problema de saúde pública no Brasil, por ter um peso importante na morbidade e mortalidade de mulheres brasileiras. O teste de Papanicolaou, também conhecido como exame preventivo, é um dos principais meios utilizados para rastrear as alterações causadas por essa neoplasia, sendo a sua realização enfatizada em programas de saúde pública. Tendo em vista um aumento das taxas de incidência e mortalidade por câncer de colo de útero, apesar do aumento gradual da acessibilidade aos métodos de prevenção para esta patologia, questiona-se sobre o motivo da não realização deste procedimento por parte da população, em especial pelas profissionais do sexo, visto que estas mulheres estão expostas a maiores fatores de risco para esta patologia. Partindo desta preocupação, esse trabalho teve como objetivo identificar as representações sociais das profissionais do sexo, acerca do exame preventivo do câncer de colo uterino. Tratou-se de um estudo exploratório, caráter descritivo e abordagem qualitativa. Esse trabalho teve por base a idéia de que a prevenção para as mulheres em situação de prostituição ocorre através dos processos que vivenciam em seu cotidiano, incluindo as experiências de vida familiar e social. A maneira como elas compreendem e significam esses processos, contribui na orientação de suas práticas de saúde, dentre elas, a realização do exame preventivo do câncer de colo uterino. O locus do estudo foi o município de Juazeiro BA. A amostra foi composta por 14 mulheres e determinada ao longo da pesquisa. A coleta de dados foi realizada utilizando as seguintes técnicas: associação livre de palavras, imagens mentais e entrevista semi-estruturada, aplicadas individualmente, e na mesma ordem para todas as participantes. Os dados coletados foram analisados segundo a Análise de Conteúdo de Bardin, tendo como base a teoria das Representações Sociais. A análise dos dados da associação livre resultou nas seguintes categorias de respostas: o adoecimento do corpo, sentimentos aflorados, consequência/prevenção, família, procedimento e avaliação do exame. Os resultados das entrevistas foram organizados nas categorias: 1)o exame e a sua importância, a qual foi subdividida em duas subcategorias: a) prevenção e b) diagnóstico; 2) motivos que dificultam a adesão ao exame, que foi dividida nas subcategorias: a) acolhimento inadequado, b) falta de incentivo/proibição do parceiro, c) dificuldade no enfrentamento do exame. A partir da técnica de imagens mentais verificou-se que o exame preventivo é considerado pelas mulheres, principalmente, como um procedimento invasivo. A análise das respostas evidenciou a importância da realização do exame preventivo tanto para a prevenção de doenças, quanto para seu diagnóstico, principalmente o do câncer de colo uterino. Observamos também, que as mulheres percebem o exame como uma situação que gera sentimentos negativos que, na maioria das vezes, relacionam-se à vergonha, ao medo de doer, à possibilidade de positividade do resultado e ao desconhecimento do ritual do exame. As profissionais do sexo de Juazeiro BA, representam o exame preventivo como algo necessário, importante, permeado de sensações desagradáveis, as quais podem dificultar/retardar a adesão ao mesmo. Muito se tem ainda a fazer pela saúde das mulheres no aspecto educacional, em especial no que diz respeito aos profissionais da área da saúde, para que estes sejam sensibilizados quanto aos aspectos subjetivos envolvidos no câncer e nos procedimentos inerentes ao processo de sua prevenção.
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Vivendo com Hanseníase: Representações Sociais e Impactos no Cotidiano

VIEIRA, M. C. A. 26 October 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3620_DISSERTAÇÃO - MICHELLE CHRISTINI ARAÚJO VIEIRA.pdf: 4886844 bytes, checksum: a29fb8f59a8be0439f9e294f8a838013 (MD5) Previous issue date: 2010-10-26 / Este trabalho teve por objetivo verificar as representações sociais da hanseníase e os impactos da doença no cotidiano dos pacientes que foram acometidos e estavam em alta da patologia. Foram entrevistados individualmente dez mulheres e oito homens. Utilizou-se roteiro de entrevista semi-estruturado, que abrangeu: aspecto sócio demográficos; Teste de Associação Livre de Palavras (TALP); imagens mentais; além de questões norteadoras que se fundamentavam na vivência do participante com a patologia, abordando aspectos familiares, sociais, sentimentos e percepções advindas da experiência. Os dados obtidos foram submetidos à Técnica de Análise de Conteúdo proposta por Bardin, categorizados e analisados a partir da Teoria das Representações Sociais. Como resultado do TALP, foram obtidas categorias como Doença, Informação sobre a doença, Preconceito, Reações e Deformidades/incapacidades da doença, Sentimento e Tratamento. Relativo às imagens mentais, verificou-se que a imagem construída pelos participantes faz referência ao leproso, representado pelo corpo manchado, pessoa triste e corpo feio e ferido Durante o processo de analise das entrevistas, identificou-se unidades de significados divididas em sentimentos; família; amigos; trabalho e reações e deformidades/incapacidades da doença. Verificamos que o elemento predominante da representação social desta pesquisa ancora-se na Lepra, evidenciada pelos elementos expostos pelos entrevistados como preconceito, medo, sigilo e segredo, presentes em todas as entrevistas. O medo de ser descoberto portador da patologia significava perder sua identidade e assumir a identidade do leproso. Concluímos que, sob uma visão geral, praticamente todos os participantes simbolizaram a construção social negativa em torno da lepra. Observamos que as demandas de saúde mental foram reveladas em praticamente todas as evocações realizadas em torno da Hanseníase. Percebemos que tais necessidades passam despercebidas pelos profissionais. A referência a sentimentos negativos de tristeza, sofrimento, medo, depressão, além da presença de dores, deformidades no corpo e o preconceito foi marcante em todos os momentos da pesquisa e denota a necessidade de investigação e acompanhamento da condição do indivíduo para além dos aspectos específicos de remissão da doença.
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Os Mitos de Estupro e a (im)parcialidade Jurídica: A Percepção de Estudantes de Direito sobre Mulheres Vítimas de Violência Sexual

SCARPATI, A. S. 04 February 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_5228_Scarpati, A - DissertaçãoCompleta - Os Mitos de Estupro e a (im)parcialidade jurídica.pdf: 1420081 bytes, checksum: d06ef1f2eaa7e6acb3c0cb46590419d5 (MD5) Previous issue date: 2013-02-04 / Compreendidos enquanto um complexo conjunto de crenças que culpam a vítima, absolvem o agressor e minimizam e/ou justificam a agressão contra as mulheres, os mitos de estupro servem para sustentar e perpetuar este tipo de violência. Pesquisas no âmbito da violência sexual vêm, ao longo dos anos, chamando cada vez mais a atenção para a gravidade e relevância deste tema e fazendo com que pesquisadores se questionem acerca de quais fatores estão envolvidos nesta temática. Estes estudos têm proporcionado maior visibilidade à questão, entretanto, ainda são muitas as lacunas na literatura sobre o tema, principalmente com relação aos aspectos culturais que dão sustentação a discursos de responsabilização das vítimas, perpetuação e banalização da violência por parte dos profissionais da área jurídica. Tendo como base as teorias de Representação Social, Valores Humanos e Honra, esta dissertação objetivou, primordialmente, verificar e compreender quais são os construtos que servem de sustentação para a manutenção e propagação dos mitos de estupro no contexto acadêmico jurídico. Para tanto, uma pesquisa foi realizada com 281 estudantes do último ano do curso de Direito, sendo 57,6% do sexo feminino, com média de idade de 23,6 anos (DP = 3,78). Estes participantes responderam um questionário contendo instrumentos padronizados (Honra, Mitos de Estupro, Desejabilidade Social e Valores Humanos), evocações, uma pergunta aberta e, ainda, questões sociodemográficas. Para apresentar o embasamento teórico e os resultados da pesquisa de forma estruturada, a dissertação está dividida em três artigos. O primeiro artigo apresenta a validação da Escala de Mitos de Estupro, assim como a associação das dimensões encontradas com a desejabilidade social, o sexo e o nível de religiosidade dos participantes. O segundo artigo, por sua vez, apresenta as associações observadas entre as dimensões de Mitos de Estupro, os valores humanos e a preocupação com a honra. Por fim, o terceiro artigo, buscou identificar, através de evocações livres e uma pergunta aberta, as representações de mulher, honra e desonra feminina e quais argumentos são utilizados na defesa de um acusado de violência sexual. Os dados foram organizados e analisados mediante o uso dos softwares Evoc e SPSS 19, sendo também utilizada Análise de Conteúdo. Em geral, foram observadas associações entre a aceitação dos mitos de estupro, valores, honra e o nível de religiosidade, corroborando as associações teóricas esperadas. As representações sociais sobre o tema apontam para a existência, no discurso de estudantes de Direito, de uma contradição entre os ditos ideais de justiça‟ e imparcialidade‟ e práticas que produzem e validam preconceitos, injustiças e opressão a mulheres vítimas de estupro. Com base nos achados desta pesquisa, defende-se a necessidade de um debate aprofundado acerca da formação destes que serão futuros operadores do Direito e terão que lidar, em algum grau, com os personagens envolvidos neste tipo de crime. Palavras-chave: Direito, Honra, Mitos de estupro, Representação Social, Valores Humanos.
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Guarda Paterna e Representações Sociais de Paternidade e Maternidade

VIEIRA, E. N. 15 August 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_530_.pdf: 1291756 bytes, checksum: 26179c7a759d6304df98bd177deacaa3 (MD5) Previous issue date: 2008-08-15 / A inserção maciça das mulheres no mercado de trabalho e sua (ainda em andamento) busca por igualdade de direitos e deveres com os homens possibilitaram o questionamento dos lugares sociais destinados a cada sexo. No bojo dos estudos e reflexões sobre a condição masculina observa-se a demanda por uma nova paternidade, baseada em uma maior aproximação afetiva entre pai e filho, bem como em seu envolvimento nos cuidados diários com os filhos. O objetivo desse estudo foi investigar as representações sociais de paternidade e maternidade de homens que possuíam a guarda dos filhos há pelo menos um ano e que constituíam famílias monoparentais. Utilizou-se como referencial a Teoria das Representações Sociais por considerar que ela nos possibilita captar os conteúdos estáveis e centrais nas representações sociais, bem como a sua mobilidade e articulação com as práticas sociais. Foram entrevistados 15 homens (04 viúvos e 11 separados, divididos em dois grupos de acordo com a situação que propiciou a guarda) com a utilização de um roteiro semi-estruturado abordando tópicos como: dados pessoais, RS de paternidade e maternidade, história do relacionamento conjugal e da obtenção da guarda, cotidiano com os filhos e avaliações. Os dados foram analisados através do software Alceste e da Análise de Conteúdo. No grupo de viúvos, os elementos das RS de paternidade encontrados foram: Responsabilidade e Acompanhamento, Afetividade e Companheirismo, Orientação e Correção, Provedor Material e Equilíbrio. No grupo de separados, além dos elementos anteriores também encontramos o elemento Igual à Maternidade. Tais RS englobam tanto elementos tidos como tradicionais (pai provedor e autoridade moral), quanto os pertencentes à nova paternidade (pai envolvido afetivamente e cuidador). Os elementos das RS de maternidade do grupo de viúvos foram: Centralidade da Mãe, Aspectos Biológicos, Disponibilidade e Participação, Afetividade, Igual à Paternidade e Superior à Paternidade. Para o grupo de separados, a maternidade é representada pelos elementos Aspectos Biológicos, Estar Presente, Afetividade e Companheirismo, Igual à Paternidade, Superior à Paternidade, Não Abandonar os Filhos e Equilíbrio. Os dados apresentam, então, RS tradicionais de paternidade e maternidade e, ao mesmo tempo, indicam a emergência de elementos que remetem à questão da nova paternidade.
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Representações e Práticas Sociais Construídas por Médicos em Relação a Usuários com Sintomas Vagos e Difusos na Atenção Primária à Saúde

VESCOVI, R. G. L. 30 July 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_6499_RENATA GOLTARA LIBONI VESCOVI PARA IMPRESSÃO GRÁFICA.pdf: 3972335 bytes, checksum: 7d566e3eadf7801f6fd19864fc56a853 (MD5) Previous issue date: 2014-07-30 / O fenômeno dos sintomas vagos e difusos diz respeito a dores inespecíficas que não encontram associação direta com causa orgânica. Como fenômeno de difícil delimitação a ele são atribuídas outras denominações: somatização, Transtorno Somatoforme, Transtorno de Conversão, Transtorno Psicossomático, por exemplo. Destacamos a relevância da consideração desses sintomas para o contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), uma vez que as queixas com tais características aparecem em grande número como demanda de usuários ao chegarem para o atendimento nesse contexto, em muitos países. Estes ainda se configuram como grande desafio para as equipes de saúde porque a forte referência que orienta o exercício profissional é o modelo da clínica tradicional, centrado na doença e não na pessoa que adoece, que não se revela eficaz para lidar com essas demandas. Com foco na APS, torna-se relevante investigar a clínica médica, as consultas, lócus de manejo desses casos de sintomas vagos e difusos pelo médico, com vistas a compreender como os interpretam e quais as terapêuticas desenvolvidas. A pesquisa realizada nesta dissertação teve o objetivo de compreender representações sociais e práticas sociais construídas por médicos da APS sobre usuários com sintomas vagos e difusos. Foram elaborados dois estudos: observação participante realizada em uma Unidade de Saúde da Família, dividida em duas etapas (uma no ambiente geral da Unidade e outra no ambiente dos consultórios médicos), a primeira delas compreendeu seis observações, a segunda foi realizada no período de três meses; entrevistas semiestruturadas com uma vinheta, das quais participaram os cinco médicos atuantes na mesma USF (Unidade de Saúde da Família) onde foi realizada a observação. Os dados obtidos, tanto com a observação participante quanto com as entrevistas, foram tratados a partir da análise de conteúdo temática. A observação participante verificou a construção de imagens dos usuários com sintomas vagos e difusos (SVD): tadinhos, casos difíceis, quase usuários e cansativos. Quanto ao aspecto afetivo, estiveram presentes impaciência e enfado diante de usuários SVD. Foram observadas práticas de caráter autoritário e centradas em um modelo clínico tradicional, opondo-se à Clínica ampliada. As entrevistas revelaram aspectos do campo representacional relacionado aos usuários SVD que incluiu ideias e imagens associadas a outros objetos de comunicação na USF: usuários em geral, o bom usuário, pessoa doente e população de classe social menos abastada. Destacaram-se como elementos de objetivação traduzidos pelas figuras construídas sobre usuários SVD: Meu posto, minha vida; Sócio da Unidade; Crônicos da Unidade. Os médicos também citaram temas afeitos à Clínica ampliada como: ação comunitária; práticas voltadas à prevenção de doenças e à promoção de saúde. Os dois estudos revelaram dissonâncias quanto às práticas dirigidas aos usuários SVD, nesse sentido entre o conteúdo observado durante as consultas e as condutas relatadas nas entrevistas. Destaca-se a hegemonia da clínica tradicional calcada em relações mais médico-centradas que usuário-centradas. Sugere-se a revisão de relações normativas entre trabalhadores de saúde e usuários SVD e de abertura para a cogestão destes na decisão sobre a condução de seu tratamento.
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Identidade Social e Represesntações Sociais de Rural e Cidade em um Contexto Rural Comunitário: Campo de Antinomias

BONOMO, M. 18 October 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_2477_.pdf: 3262939 bytes, checksum: 3bf9a5ec78090bcaa177725be1fc76f3 (MD5) Previous issue date: 2010-10-18 / A cena contemporânea coloca em relevo o avanço do processo de globalização, cujas características principais são o intenso fluxo de capitais e a exploração econômica, bem como pressões para uma cultura hegemônica. Como resultado deste processo os grupos tradicionais e suas vivências, considerados atrasados e representantes de uma temporalidade a ser superada, são lançados à margem das sociabilidades consideradas legítimas. Entender como as minorias têm vivenciado esse quadro de crescente pressão à hegemonia mostrou-se uma relevante tarefa, especialmente no que se refere ao modo de vida rural, simbolizado como contrário ao que é urbano, moderno e civilizado. O objetivo do trabalho consistiu em identificar, descrever e analisar a identidade social de membros de uma comunidade rural do ES a partir dos processos identitários e das representações sociais vinculadas às categorias rural e cidade, o que requisitou o aporte teórico-conceitual da Teoria das Representações Sociais e da Teoria da Identidade Social. Referenciada na confluência das citadas teorias, a pesquisa foi desenvolvida em duas etapas: (E1): realização de um censo comunitário com representantes de 167 famílias da localidade a fim de conhecer a organização comunitária e familiar; e (E2): investigação da composição do campo representacional e dos processos de identificação e diferenciação sociais no contexto de comparação rural-cidade, tendo sido entrevistados 200 integrantes de quatro gerações da comunidade. O tratamento dos corpora de dados foi realizado através dos softwares EVOC-2003, SPAD-T, SPSS-17 e ALCESTE, bem como da Análise de Conteúdo, segundo os objetivos da pesquisa e a natureza dos dados. Os resultados referentes ao contexto comunitário evidenciaram uma organização social alicerçada no modo de vida rural, sistema de produção da agricultura familiar e no investimento em espaços para a interação entre as famílias. No plano constitutivo das representações sociais e das dimensões identitárias de rural e cidade observou-se a composição de um campo semântico regido pela valência positiva do endogrupo e negativa da cidade. Os significados de rural se apóiam na ideia de harmonia e vida feliz e estão associados a sentimentos de alegria e bem-estar, enquanto a cidade é representada como caótica, onde a vida é triste, provocando medo e desconforto nos componentes do grupo rural. A dinâmica subjacente a esse quadro de antinomias mobiliza e sustenta as representações dos referidos objetos de acordo com valores humanitários e coletivistas para o endogrupo vs. valores capitalistas para a sociabilidade urbana. As ambiguidades e tensões identificadas nos processos abordados ganham maior visibilidade no contexto de mobilidade e resistência sociais, os quais revelam a complexidade do fenômeno identitário, confirmam a força do imaginário na tomada de posição dos indivíduos, bem como destacam a função do grupo social na inserção de seus membros na estrutura e dinâmica da sociedade e da cultura. Palavras-chave: ruralidade; urbanidade.
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Da Ficção à Realidade: Estudo sobre Formação e Desenvolvimento das Representações Sociais da Clonagem Humana

ESPINDULA, D. H. P. 17 December 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3058_Da ficção à realidade_estudo sobre a formação e desenvolvimento da RS da clonagem humana.pdf: 570152 bytes, checksum: cd7ccfc3a45d82f0a97f1a65d1cf697b (MD5) Previous issue date: 2010-12-17 / Os temas científicos despertam grande interesse na sociedade. O termo clonagem, por exemplo, passou da realidade médico-científica para a realidade das conversas sociais, das novelas e películas de ficção para o vocabulário habitual do cidadão comum. Saber como os atores sociais se apropriam e (re)constroem os conhecimentos científicos em seus relacionamentos cotidianos é de interesse para a teoria das representações sociais. Entretanto, grande parte dos estudos sobre representações sociais enfocam processos representacionais construídos e pouco se tem estudado a respeito do seu processo de emergência. Foi esse o contexto que motivou a realização deste trabalho, que teve como objetivo compreender o processo de formação e desenvolvimento das representações sociais da clonagem humana na sociedade brasileira. Para atender este objetivo a pesquisa foi delineada para permitir entender o movimento do conhecimento, desde sua constituição no universo reificado até sua concretização no universo consensual. Foram utilizadas três fontes de dados para a análise: a primeira formada por livros utilizados na formação de profissionais de ciências biológicas e da vida; a segunda constituída por matérias publicadas na Folha de São Paulo e revista Veja, em suas versões impressas e on-line durante o período de 1997 a 2007; e a terceira constituída pelas cartas enviadas pelos leitores aos jornais e revistas pesquisados, durante o mesmo período. Os descritores utilizados para a busca foram: clone, clonagem, clonagem humana, clonagem terapêutica, engenharia genética e terapia celular com célula-tronco. Ao todo foram encontradas 952 matérias e 40 cartas enviadas pelos leitores. Cada banco de dados foi analisado pelo software Alceste separadamente. Os resultados mostram uma representação social da clonagem humana objetivada em diferentes figuras: um bebê clonado; a vontade do homem de ser Deus; a fabricação de tecidos; pessoas doentes. Esta representação parece estar ancorada em idéias de cunho religioso, experiências eugenistas e na cura através da ciência. Foi interessante notar como um conhecimento técnico/científico de algo que ainda não existe (clonagem humana) ou que ainda está em fase inicial de estudo (clonagem terapêutica) foi sendo apropriado pelo senso comum até se tornar algo plausível, palpável, recriminado, esperado e/ou festejado por outros. Estes achados apontam para uma representação estruturada entre os leitores, apresentando elementos de coesão e compartilhamento de idéias. Abre-se aqui um caminho para futuras investigações sobre a apropriação de conhecimento e advindos da biotecnologia e de estudos que levem em consideração o universo reificado como objeto de pesquisa e focalizem a emergência de novas representações.
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Ocaso de Estações: Estudo de Representaçãoes Sociais Sobre a Perda por Morte

BRITO, A. S. 29 August 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3515_Ocaso de Estações - Estudo de Representações Sociais sobre a Perda por Morte II.pdf: 884392 bytes, checksum: f3563f1385ee197404319a5a7d45e360 (MD5) Previous issue date: 2012-08-29 / Em construção...

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