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Atuação da enfermeira obstétrica: compreendendo a sua vivência e a realidade da assistência / Performance of midwife: understanding their experience and the reality of assistance

Esser, Maria Angelica Motta da Silva 19 September 2016 (has links)
Muitos esforços mundiais têm sido empregados para melhorar as condições de saúde na gestação e nascimento. A cada ano, aproximadamente 350 mil mulheres morrem durante a gravidez ou parto, sendo que 99% dessas mortes acontecem em países em desenvolvimento. O Ministério da Saúde vem desenvolvendo ações no sentido de melhorar o quadro da assistência materna, promovendo atividades para qualificar os profissionais e fomentar a atenção obstétrica e neonatal humanizada baseada em evidências científicas, além de garantir os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres brasileiras. O cenário encontrado é de marginalização da enfermagem obstétrica; a enfermeira obstétrica apresenta dificuldades na atuação, tanto na realização de consultas obstétricas quanto no acompanhamento do parto e nascimento. Sua prática se mostra desprivilegiada de poder, pois não há reconhecimento da sua qualificação profissional. Este estudo tem como objetivos compreender a vivência da enfermeira obstétrica no cenário da admissão, pré-parto, parto e pós-parto imediato e interpretar os aspectos facilitadores e dificultadores de sua inserção nos serviços de atenção maternal. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com um grupo de enfermeiras obstétricas da cidade de Londrina-PR. A coleta de dados foi desenvolvida no mês de dezembro de 2015 através das seguintes etapas: 1. Entrevista individual e semiestruturada com 20 enfermeiras obstétricas, tendo como critério de seleção a atuação nos serviços de atenção materna, nos setores de admissão, pré-parto, parto e pós-parto imediato por pelo menos um ano; 2. Aplicação da metodologia Photovoice com a participação de 10 enfermeiras obstétricas, pretendendo compreender as fragilidades e potencialidades encontradas em sua prática assistencial. Nesta fase, as enfermeiras obstétricas produziram e apresentaram as fotografias em um grupo focal para discussão, gerando os temas de análise, que, em conjunto com os dados obtidos nas entrevistas individuais, formaram a base teórica que possibilitou alcançar os objetivos propostos no estudo. O referencial teórico adotado foi a antropologia interpretativa, com o enfoque na cultura das organizações, que permitiu a análise e compreensão dos dados. Os resultados foram descritos e analisados em torno de cinco categorias temáticas, das quais as três iniciais emergiram das entrevistas iniciais e as outras duas do grupo focal com a metodologia photovoice, a saber: Acolhimento e vínculo: cuidados assistenciais que transmitem segurança à parturiente; Autonomia na enfermagem obstétrica: percepções da prática assistencial; Sentimentos emanados na atenção da enfermeira obstétrica nos cenários da admissão, pré-parto, parto e pós-parto imediato; Fatores facilitadores na assistência da enfermeira obstétrica: potencialidades emanadas nos cenários de admissão, pré- parto, parto e pós-parto imediato; Fatores dificultadores na assistência da enfermeira obstétrica: fragilidades afloradas nos cenários de admissão, pré-parto, parto e pós-parto imediato. A situação encontrada é a de desprivilégio da assistência obstétrica: em quase todas as instituições prevalece ainda o modelo biomédico, concentrado em intervenções e com poucas ações de humanização. Mesmo quando as enfermeiras obstétricas estão inseridas na assistência, elas encontram obstáculos para o desenvolvimento de sua prática assistencial, tanto pela equipe multiprofissional em que estão inseridas quanto pelas organizações onde atuam. Foram apontados como facilitadores/potencialidades o estabelecimento do planejamento familiar, a humanização na assistência ao parto, o trabalho em equipe, a educação continuada e permanente, a autonomia, a infraestrutura adequada. Já como pontos fragilidades/dificuldades, a ausência de pré-natal completo, a falta de realização de partos nas maternidades onde atuam, a ausência ou demora no estabelecimento do contato precoce mãe e filho, a falta de informatização nos processos burocráticos, a violência obstétrica e a falta de estrutura adequada. Por fim, considera-se que os resultados apontaram para uma realidade cultural que não pode ficar omissa. As enfermeiras obstétricas são profissionais capacitadas para atuarem na humanização da assistência e contribuírem para a redução de índices de morbimortalidade materna em nosso país. Logo, os achados deste estudo podem fomentar ações e mudanças nas organizações de saúde. / Many worldwide efforts have been employed to improve health conditions during pregnancy and birth. Each year, approximately 350,000 women die during pregnancy or childbirth, and 99% of these deaths occur in developing countries. The Ministry of Health has been developing actions to improve the framework for maternal care, promoting activities to qualify professionals and foster obstetric and neonatal care humanized based on scientific evidence, and ensure sexual and reproductive rights of Brazilian women. The setting is found marginalization of midwifery, midwife has difficulty in acting, both in performing obstetrical consultations and in monitoring the labor and birth. His practice shown underprivileged power because there is no recognition of their professional qualifications. This study aims to understand the experience of midwife at the admission stage, pre-natal, delivery and immediate postpartum period and interpret the advantages and constraints of their inclusion in the maternal care services. This is a qualitative research conducted with a group of midwives in the city of Londrina. Data collection was developed in December 2015 through the following steps: 1. Individual interview and semi-structured interviews with 20 midwives, with the selection criteria acting in maternal care services, the admission sectors, pre- labor, delivery and immediate postpartum period for at least 1 year; 2. Photovoice Methodology application with the participation of 10 midwives, intending to understand the weaknesses and strengths found in their care practice. At this stage, midwife produced and presented the photos in a focus group for discussion, generating the analysis of topics, together with the data obtained in individual interviews formed the theoretical basis which allowed achieve the objectives proposed in the study. The theoretical framework adopted was the interpretive anthropology, with a focus on culture of organizations, which allowed the analysis and understanding of the data. The results were described and analyzed around five thematic categories, the first three emerged from the initial interviews and the other two focus group with photovoice methodology, namely: Reception and attachment: supportive care that transmit security to the woman in labor; Autonomy in midwifery: perceptions of nursing practice; Feelings emanating from the care of the midwife in the admission of scenarios, antepartum, delivery and immediate postpartum; Factors facilitators in the midwife assistance: emanating potential in admission scenarios, antepartum, delivery and immediate postpartum; Hindering factors in midwife care: weaknesses touched upon the admission of scenarios, antepartum, delivery and immediate postpartum. The situation found is the marginalization of obstetric care in almost all institutions still prevails the biomedical model, focused on interventions and few humanizing actions, even when midwives are placed in care, they are obstacles to the development of its care practice, both by the multidisciplinary team where they are inserted as the organizations where they work. Were appointed as facilitators / potential establishment of family planning, the humanization of childbirth care, teamwork, continuous and permanent education, autonomy, adequate infrastructure. Already as points weaknesses / difficulties the absence of complete prenatal care, the lack of completion of deliveries in hospitals where they operate, the absence or delay in early contact establishment mother and child, the lack of computerization in bureaucratic processes, obstetric violence and lack of adequate structure. Finally, it is considered that the results pointed to a cultural reality that cannot be silent. Midwife are professionals trained to work in the humanization of care and contribute to the reduction of maternal morbidity and mortality rates in our country. Thus, the findings of this study can foster action and change in healthcare organizations.
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Puerpério: a ambivalência das estratégias para o cuidado / "Puerperium: The ambivalence of the strategies for the care"

Costa, Maria Cristina Guimarães da 23 February 2001 (has links)
Trata-se de um estudo qualitativo que buscou identificar as condutas sobre o cuidado de si utilizadas no cotidiano de puérperas, compreender as manifestações das mesmas frente as orientações da equipe de enfermagem sobre os cuidados e identificar a relação de significados, crenças e valores da mulher sobre o cuidado pós-parto, com a cultura e o saber científico. O referencial teórico adotado foi a antropologia cultural. Os dados foram obtidos através das observações realizadas e de entrevistas semi-estruturadas com puérperas internadas no alojamento conjunto da Unidade Materno-Infantil do Hospital das Clínicas de Marília, que durante a internação realizavam cuidados que divergiam das orientações ou prescrições realizadas e que gerou algum conflito, preocupação ou comentário por parte da mulher ou equipe que ali trabalha. A análise dos dados foi feita mediante o conteúdo das falas das puérperas mais as observações realizadas em campo, das quais emergiram três unidades temáticas: o puerpério com período especial, as estratégias para o cuidado de si no período pós-parto, decidindo-se por estratégia de cuidado no puerpério: uma relação de poder?. As puérperas consideram o período pós-parto como um período especial, por isso, utilizam- se de práticas para se cuidarem e buscam formas de não adoecer. Muitas vezes não conhecem o seu significado, mas as realizam porque são conceitos e regras compartilhadas, que se modelaram em seu cotidiano, através de informações e experiências de suas mães, sogras, avós, vizinhas. Essa cultura do cuidado de si difere da cultura do saber científico e gera conflitos. / The present research it‘s about a qualitative study which was searching to identify the conducts in the care itself used day by day in purperium, understand the manifestations of it, before orientations of the nursing goup about the care and identify the sign relationship, belief and woman’s value about the puerperium care, with the culture and the scientist knowledge. The teory concerning used was the culture antropology. The datas were obteined during the observatios realized and the interviews, with the woman in the puerperal period interned in the Maternity Unit of the Clinic Hospital in Marília, which during the internation realized cares that disagree of the orientations and prescription realized producing some problems, preocupation or coments by the women or the work group there. The data analysed was done because the explanation that the women in the pueperal period and the obsevations realized there that produced three theme units: the puerperium like a special period, the estrategies for the puerperium care, she decide on strategies of the care: area relation of power?. They consider the puerperium as a special period, then they used some ways to care and don’t be sick. Many times they don’t know the meaning but realize because they are ideas and rules shared which was done day by day’ cause the informations and experiences from their mothers, mothers-in-law, grandmothers and neighbors. This culture for the is difeferent from the scientst knowledge culture adn bring up conflicts.
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A experiência  da reconstrução mamária para mulheres com câncer de mama. / The experience of breast reconstruction for women with breast cancer

Inocenti, Aline 09 March 2012 (has links)
Este estudo descritivo, com abordagem qualitativa, teve como objetivo compreender como é a experiência da reconstrução mamária na vida de mulheres com câncer de mama. Para obtenção dos dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 14 mulheres submetidas à cirurgia para reconstrução mamária e cadastradas em um serviço especializado em reabilitação pós-mastectomia. Para tratamento dos dados, utilizou-se o método de análise temática proposto por Bardin, o qual proporcionou a obtenção de dois temas principais: o primeiro abordou a experiência das mulheres entre o diagnóstico e a realização da cirurgia reconstrutora e agrupou categorias referentes aos sentimentos e às atitudes das mulheres diante do diagnóstico de câncer de mama e como se deu o processo decisório pela reconstrução mamária. No segundo, as categorias estiveram relacionadas à forma como a mulher se vê, depois da reconstrução, e o que a mesma significou em sua vida, como ela percebe seus benefícios e convive com as limitações decorrentes da cirurgia reconstrutora, bem como o papel das diversas redes de apoio em sua trajetória. Neste estudo, dentre outros motivos apontados pelas mulheres na escolha da reconstrução, destacou-se a influência do médico na decisão pela cirurgia. A recuperação da mama devolveu a algumas mulheres sua autoestima e a sensação de estarem completas novamente, ajudou-as a recuperar sua autoimagem e a superar o trauma causado pela doença, proporcionando-lhes, por exemplo, a segurança para manterem ou iniciarem um relacionamento afetivo e sexual com um parceiro. As complicações no pós-operatório desencorajaram as mulheres a finalizarem a cirurgia e provocaram o medo de uma nova perda, as cicatrizes e deformidades na mama causaram insatisfação e a perda da sensibilidade do retalho ocasionou, em alguns casos, comprometimentos na esfera sexual e na percepção da neomama. Observou-se que as redes de apoio às mulheres com câncer se mostraram presentes em todas as fases do adoecer, desde o diagnóstico até a reabilitação. A família, os amigos e o grupo de reabilitação foram as fontes de suporte mais frequentes, e a participação deles mostrou-se fundamental para a reinserção das mulheres na sociedade. Os dados obtidos neste estudo podem oferecer subsídios para a implementação de ações no âmbito do atendimento às mulheres com câncer de mama, as quais devem envolver paciente, família e profissionais de saúde. / This descriptive and qualitative study aimed at understanding how is the experience of breast reconstruction in the lives of women with breast cancer. To obtain data, semi-structured interviews with 14 women undergoing surgery for breast reconstruction enrolled in a specialized rehabilitation service post-mastectomy were performed. Data processing was organized using the methodology of thematic analysis proposed by Bardin, which provided the achievement of two main themes: the first showed the experience of women during the period between diagnosis and reconstructive surgery and grouped categories related to feelings and attitudes of women after the diagnosis of breast cancer and how was the decisionmaking process for breast reconstruction. In the second, the categories were related to how the woman sees herself after reconstruction and what it meant in her life, how she realizes its benefits, how she lives with the limitations resulting from reconstructive surgery as well the role of the various support networks in her trajectory. In this study, among other reasons reported by women to choose the reconstruction, it is highlighted the influence of the physician in deciding on doing the surgery. The recovery of the breast helped to build the selfesteem to some women and restore the sense of being whole again; helped them regain their self-image and overcome the trauma caused by the disease which provided, for example, the security to maintain or initiate an affective and sexual relationship with a partner. The postoperative complications discouraged women from doing surgery and caused fear of a new loss; the scars and breast deformities caused dissatisfaction, and the loss of sensation of the areola and nipple caused, in some cases, problems in the sexual sphere and breast awareness. It was observed that the support networks for women with breast cancer assisted them in all stages of illness, from diagnosis to rehabilitation. Family, friends and the rehabilitation group were the most frequent sources of support and their participation proved vital for the reintegration of women in society. The data obtained in this study may provide support for the implementation of actions related to the care of women with breast cancer, which should involve patient, family and health professionals.
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A experiência da mulher e de seu acompanhante no parto em uma maternidade pública / Childbirth experiences of women and their companions at a public maternity hospital

Souza, Silvana Regina Rossi Kissula 10 December 2014 (has links)
Estudo qualitativo, baseado na história oral temática sobre a experiência da mulher e de seu acompanhante no processo parto e nascimento em uma maternidade pública em Curitiba-Paraná. O estudo teve como objetivo conhecer a experiência de mulheres e de seus acompanhantes no processo de parto. A coleta de dados foi realizada no período de outubro de 2012 a maio de 2013, utilizando entrevistas semiestruturadas individuais. Os colaboradores do estudo foram 11 mulheres e 11 acompanhantes presentes no processo de parto e nascimento e convidados a participar da pesquisa durante as oficinas do projeto de extensão universitária Preparo para o parto acompanhado. As entrevistas foram gravadas, transcritas e retextualizadas; após foi extraído o tom vital. Os colaboradores conferiram as versões retextualizadas das narrativas e assinaram a Carta de Cessão. Os dados foram analisados tematicamente e separados em três temas: 1) experiências no processo de parto acompanhado; 2) atuação dos profissionais na visão das mulheres e dos acompanhantes; 3) as contradições e barreiras na vivência do parto. Neste estudo destacaram-se a escolha das mulheres pela presença dos maridos/companheiros; os motivos da escolha, tais como segurança, apoio e tranquilidade; as experiências do nascimento e o papel do acompanhante. As medidas para o alívio da dor, o respeito às escolhas da mulher sobre as posições do parto e as atitudes de alguns profissionais foram apontados como aspectos facilitadores no processo de parto acompanhado. Foram encontradas contradições do modelo de atenção ao parto e dificuldades para a inserção do acompanhante no processo de parto e nascimento, entre elas algumas situações de restrição ao acesso do acompanhante, aspectos organizacionais de estrutura e o comportamento de alguns profissionais de saúde. Algumas práticas apontam para uma melhoria da assistência prestada às mulheres e suas famílias no processo de parto e nascimento. Conclui-se que a participação do acompanhante no processo de parto no modelo de assistência ao parto vigente ainda encontra barreiras para que se realize plenamente no modelo do parto humanizado preconizado pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde / Qualitative study based on oral history of womens experiences and their companions during the process of labor and childbirth at a public maternity in Curitiba, Paraná State/Brazil. The study objectified to apprehend the experience of women and their companions during the childbirth process. Data collection was held between October, 2012 and May, 2013 by means of individual semi-structured interviews. The collaborators in the study were 11 women and 11 companions present during the childbirth process, and invited to participate in the research during the workshops of the university extension project Preparation for childbirth companions. The interviews were recorded, transcribed and retextualized; after that, the vital tone was extracted. The collaborators checked the retextualized versions of the narratives and signed the Cession Letter. Data were thematically analyzed and separated in three themes: 1) experiences during the process of accompanied childbirth; 2) professionals performance viewed by the women and their companions; 3) contradictions and obstacles during childbirth experience. In this study, it can be pointed out: womens choice for the presence of their husbands/partners; the reasons for that choice, such as safety, support and assuredness; childbirth experiences and the companions role. Procedures for pain relief, respect for the womens choices on the positions during delivery, and some professionals attitudes were pointed as facilitators during the accompanied childbirth process. Contradictions in the childbirth caring model as well as companions constraints for their insertion in the childbirth process were found, among them, some restrictive situations of companions access, organizational, structural aspects and some health professionals behavior. Some practices point to care improvement rendered to women and their families during the childbirth process. It is concluded that companions participation during the childbirth process under the current caring model still finds some hurdles for the full achievement of the humanized childbirth caring model advocated by the World Health Organization and Brazilian Ministry of Health
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Mortalidade por câncer de mama, de mulheres com idade igual e superior a 50 Anos - Estado de São Paulo - 1979 A 1997. / Mortality due to breast cancer among women aged 50 years old and more – State of São Paulo – 1979 to 1997.

Moraes, Sandra Dircinha Teixeira de Araujo 11 December 2000 (has links)
Este trabalho é um estudo descritivo de série temporal sobre mortalidade por câncer de mama de mulheres com idade igual e superior a 50 anos, no Estado de São Paulo, segundo distribuição na região metropolitana e interior A partir de informações obtidas no Banco de Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) – DATASUS/CENEPI, e de outras fontes subsidiárias, foi estudada sua evolução, por triênios, no período de 1979 a 1997. No Estado de São Paulo, as estatísticas demonstram que a mortalidade por câncer de mama na população feminina, no segmento etário estudado, apresentou tendência de aumento mais acentuado na região metropolitana (56,57%). Maiores coeficientes observaram-se no grupo etário igual e acima de 75 anos, cujo coeficiente de mortalidade, no último triênio, revelou crescimento (47,65%), sobretudo na região metropolitana, não obstante a expansão de programas de rastreamento e as intervenções eficazes sobre as doenças e as lesões pré-malignas. As taxas de mortalidade específicas por grupos etários, calculadas para os quatro triênios, evidenciam que o risco de morte por câncer de mama não aumentou continuamente com a idade, oscilando entre os grupos etários, em mulheres acima de 50 anos. Comparam-se os dados brasileiros com os internacionais e tiram-se conclusões, como a que inclui o Brasil no mesmo nível dos países desenvolvidos, quanto às elevadas taxas de mortalidade por esta neoplasia, mas não na consecução de medidas necessárias à prevenção, diagnóstico precoce e controle da doença. Além de comentários sobre os dados estatísticos, é feita uma revisão bibliográfica sobre os fatores de risco da doença. Sugestões são apresentadas, em particular a importância de políticas públicas de saúde voltadas ao grupo feminino na faixa etária acima de 50 anos, dadas as necessidades específicas que apresenta, e que incluem medidas preventivas e de diagnóstico precoce de câncer de mama. / This research is a descriptive temporal–series study about mortality due to breast cancer among women aged 50 years old and more in the State of São Paulo, according to the distribution in the metropolitan area and the countryside. From informations obtained at the Banco de Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) – DATASUS/CENEPI, and from other subsidiary sources, its evolution was studied, in a triennial fashion, in the period between 1979 and 1997. In the State of São Paulo, the data show that mortality due to breast cancer in the female population, in the age group studied, presented a trend toward a sharper increase in the metropolitan area (56,57%). Higher coeficients were observed in the 75-years-old or more age group, whose mortality coeficient, in the last triennial, revealed an increase (47,65%), most of all in the metropolitan area, in spite of the expansion of screening programs and the efficient interventions on the pre-malignant diseases and lesions. The specific mortality rates for age groups, calculated for the four triennials, demonstrate that the risk of death due to breast cancer didn't raise in a continual fashion with the age, oscillating among the age groups, in women over 50 years old. The brazilian and the international data are compared, and conclusions are drawn, like that which includes Brazil in the same level as developed countries, as for the high mortality rates due to this neoplasm, but not as for the execution of the necessary measures destinated to prevention, early diagnosis and control of this disease. Beyond the comments about the statistical data, a bibliographic review is carried on about this disease risk factors. Suggestions are presented, in particular the mportance of public health politics towards the female group in the age group over 50 years old, given the specific needs they present, which include preventive and breast cancer early diagnosis measures.
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Estudo exploratório sobre a ocorrência de perda involuntária de urina entre puérperas de uma maternidade filantrópica de município paulista / Occurrence of involuntary urine loss: exploratory study between puerperae in a philantropic maternity of a city in São Paulo State - Brazil

Albrescht, Miquelina Johann 26 June 2006 (has links)
A incontinência urinária é um sintoma que atinge predominantemente as mulheres e constitui-se em um problema de saúde pública. O puerpério é uma fase frágil do ciclo grávido?puerperal que nem sempre recebe a devida atenção por parte dos profissionais de saúde e, a literatura nacional sobre sua prevalência neste período é escassa. Dessa maneira, este estudo teve por objetivo geral: estudar a ocorrência da perda involuntária de urina e os fatores obstétricos relacionados em um grupo de puérperas e, como objetivos específicos: identificar a ocorrência e o tipo do sintoma relacionado à perda involuntária de urina em qualquer momento da vida e durante o ciclo grávido-puerperal; descrever a ocorrência dos sintomas urinários no ciclo grávido puerperal, de acordo com: paridade, tipo de parto, uso de fórceps, episiotomia, peso e perímetro cefálico do recém-nascido. Caracteriza-se por ser um estudo epidemiológico, descritivo, de corte transversal, desenvolvido nas dependências de uma maternidade filantrópica de um município paulista. Participaram do estudo 244 puérperas, com idade entre 14-43 anos, que compareceram à consulta de puerpério. Os dados foram coletados nos prontuários da maternidade e por meio de entrevista semi-estruturada. Os resultados apontam uma prevalência de 45,9% de perda involuntária de urina em qualquer momento da vida. Entre as 112 mulheres com o sintoma, 77,8% iniciaram o sintoma durante a gestação índice; 9,8% após o parto índice; 6,3% antes da gestação índice; 3,6% durante outra gestação e 2,7% após outro parto. Em qualquer momento da vida e no ciclo grávido puerperal houve predomínio do sintoma de esforço, seguido por sintoma misto e de urgência. A existência do sintoma no puerpério imediato sugere a necessidade de atenção especial por parte do sistema de saúde e de seus profissionais, a fim de evitar repercussões negativas na saúde da mulher. / Urinary incontinence is a symptom that reaches predominantly women and consists in a public health problem. Puerperium is a fragile phase of all pregnancy and puerperium period that receives scarcely attention from health professionals and the there is a lack of national literature about the prevalence of urinary incontinence. In this way, this study aimed to study the occurrence of involuntary urinary loss in a puerperae group and specifically to identify the occurrence and type of symptoms related to involuntary urinary loss at any life moment and during pregnancy and puerperium period; to describe the occurrence of involuntary urinary loss at pregnancy and puerperium period, according to: number of pregnancy, type of childbirth, use of forceps, episiotomy, weight and newborn?s cefalic perimeter. This is cross-section descriptive study developed in a philantropic maternity in a city from São Paulo State - Brazil. Participated on this study 244 puerperae, with age between 14-43 years, that appeared in puerperium?s consultation. To collection data a half-structuralized interview and maternity?s handbook was used. The results point a prevalence of 45,9% involuntary urinary loss, when considered its occurrence to the little one time, at any moment of life. Between these 112 women, 77,8% had initiated symptoms during index pregnancy; 9,8% after index childbirth; 6,3% before index pregnancy; 3,6% during another pregnancy and 2,7% after another childbirth. At any moment of life and at the current pregnancy and puerperium period had predominance of stress symptoms, following by mixed and urgency symptoms. The existence of symptoms found in the immediate puerperium suggests the need of special attention by the health?s system and the professionals, in order to prevent negative repercussions in woman?s health.
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Não adesão ao seguimento ambulatorial por mulheres que experienciaram a violência sexual: enfoque fenomenológico / Non-adherence to outpatient follow-up by women who have experienced sexual violence: phenomenological approach

Trigueiro, Tatiane Herreira 14 December 2015 (has links)
Introdução: a atenção à mulher que experienciou a violência sexual constitui um desafio para os profissionais que a atendem. Quando essa mulher procura o serviço especializado, frequentemente, não dá continuidade ao seguimento ambulatorial preconizado. Essa evasão do serviço pode trazer consequências negativas para a sua saúde, considerando os riscos relacionados à contaminação por doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e comprometimento da saúde mental. Objetivo: compreender os motivos da não adesão ao seguimento ambulatorial por mulheres que experienciaram a situação de violência sexual. Método: estudo fundamentado na fenomenologia social de Alfred Schütz, realizado com 11 mulheres que experienciaram a violência sexual e foram atendidas em um serviço especializado de Curitiba, Paraná. Para obtenção dos depoimentos, foi utilizado um roteiro de entrevista com as seguintes questões abertas: fale sobre a situação de você ter passado por um episódio de violência, ter iniciado o tratamento e ter faltado às consultas do seguimento ambulatorial. Depois disso tudo que aconteceu, como você está lidando com a situação? Qual a sua expectativa? A organização e análise dos dados foram realizadas com base na fenomenologia social de Alfred Schütz. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos, sob o Parecer nº 795.072, de 16 de setembro de 2014. Resultados: a tipificação do vivido da mulher que experienciou a violência sexual e não aderiu ao seguimento ambulatorial mostrou-se como sendo aquela que, ao procurar os serviços da rede de atendimento, não se sente acolhida pelos profissionais que a atendem, revive a violência sofrida na delegacia e sente-se constrangida diante dos profissionais de saúde. Tem dificuldades para recordar a situação de violência, revelando a frágil corresponsabilização entre ela e os profissionais de saúde e dificuldades para aderir aos medicamentos prescritos, devido aos efeitos colaterais. Busca a superação da violência sofrida, contando para isso com o apoio de familiares e amigos. Espera ressignificar sua vida por meio da volta aos estudos e ao trabalho. Conclusões: as evidências produzidas neste estudo a partir da perspectiva das mulheres que experienciaram a violência sexual e não aderiram ao seguimento ambulatorial mostraram aspectos relevantes para serem discutidos por profissionais de saúde, que incluem a articulação entre os serviços que compõem a rede de atendimento e a melhoria do acolhimento no atendimento a essa mulher, valorizando a relação intersubjetiva entre a mesma e o profissional como um caminho para aumentar a adesão ao seguimento ambulatorial. Compreender tal experiência possibilita que a Enfermagem, inscrita entre os diversos núcleos de saberes necessários para o debate e enfrentamento da violência contra a mulher, possa assumir-se como prática social que se dispõe a exercer uma ação política e ética importante, no sentido de se corresponsabilizar no cuidado à mulher que experienciou a violência sexual, de modo que, acolhida, possa empoderar-se no seguimento ambulatorial preconizado para tais casos. / Introduction: Attention to woman who experienced sexual violence is a challenge for professional nursing care. When this woman looks for the specialized service, often she does not follow the recommended outpatient continuation. This avoidance of service can have negative consequences for her health, considering the contamination risks related to sexually transmitted diseases, unwanted pregnancy, and mental health compromising. Objective: This study aims to understand the reasons for non-adherence to outpatient follow-up by women who have experienced situations of sexual violence. Method: This study is based on social phenomenology from Alfred Schütz, carried out with eleven women who have experienced sexual violence and were treated at a specialized service in the city of Curitiba, State of Paraná, Brazil. For obtaining statements, an interview script with the following open questions was used: (1) Talk about the situation you have undergone a violence episode; how you have started treatment; why you have missed the outpatient follow-up appointments; (2) after all that occurred, how are you dealing with the situation?; and (3) what is your expectation? The data organization and analysis were based on the social phenomenology from Alfred Schütz. The project was approved by the Brazilian Ethics Committee in Research with human beings, under Opinion No. 795072 of 16 September 2014. Results: The characterization of the womans experience who has suffered sexual violence and did not join the outpatient follow-up proved to be the person who, when looking for such service network, does not feel welcomed by the professionals, since reviving the violence suffered at the police station, feels ashamed in front of health professionals. She has trouble remembering the violence situation, showing the delicate co-responsibility between her and healthcare professionals and difficulties to adhere to prescribed medications due to side effects. She seeks to overcome the suffered violence, counting on the support from family and friends. She hopes to reframe her life by returning to school and work.\" Conclusions: The produced evidence in this study, based on the perspective of women who have experienced sexual violence and did not join the outpatients follow-up, showed relevant aspects to be discussed by health professionals, including coordination among the services that make up the service network and the improving care in assisting these women, emphasizing the intersubjective relationship between them and the professional as a way to increase adherence to outpatient follow-up. To understanding this experience allows the nursing, present in various centers of necessary knowledge for debating and addressing violence against women, to position itself in a social practice prepared to engaging in an important political and ethical action of sharing responsibility for assisting the women, who has experienced sexual violence, so that, feeling acceptance, can commit themselves in follow-up services to such cases.
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"Contato precoce e amamentação em sala de parto na perspectiva da mulher" / Early contact and breastfeeding in the delivery room – a woman’s perspective

Monteiro, Juliana Cristina dos Santos 19 January 2006 (has links)
Em razão das inúmeras vantagens do aleitamento materno, as instituições que seguem as normas da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) adotam os chamados “Dez passos para o sucesso do aleitamento materno". O quarto passo recomenda o contato pele-a-pele precoce e prolongado no período pós-parto imediato, que deve durar até a primeira mamada ou pelo tempo que a mãe desejar. O objetivo deste estudo foi conhecer e analisar as vivências por parte das mulheres em relação ao quarto passo, no contexto de um Hospital Amigo da Criança, no município de Ribeirão Preto. Para tanto, foi utilizada a abordagem qualitativa, e os dados foram coletados por meio de observação durante o momento do parto e pós-parto imediato, e de entrevistas semi-estruturadas gravadas um dia após o parto. Participaram do estudo 23 mulheres que tiverem seus filhos colocados em contato pele-a-pele na primeira meia hora após o parto, e que concordaram em participar, após assinarem o consentimento livre e esclarecido. Os dados foram analisados utilizando a análise de conteúdo, modalidade temática. Através dos depoimentos foi possível depreender que o modelo de assistência que separa a mãe de seu filho na hora do nascimento, ainda está presente na visão das mulheres deste estudo. Para elas, o centro obstétrico é visto como espaço do sofrimento, do medo e da dor, incompatível com a idéia de amamentação prazerosa, trazida no seu imaginário. No entanto, mesmo estando em situação inadequada, elas aceitam e entendem o momento como importante para o recém-nascido, colocando-se em segundo plano pelo bem-estar do seu filho, esquecendo até o sofrimento, demonstrando a ambivalência deste momento. Os depoimentos revelaram, ainda, que o momento de receber o filho que acabou nascer causa impacto e surpresa, pois esta realidade é carregada de sensações de estranhamento; a visualização de uma criança envolvida em sangue, líquido amniótico e secreções corporais não é habitual para ela.Diante destes resultados, torna-se evidente que tanto os profissionais quanto as mulheres atendidas têm o ideário fortemente marcado pelo mito do amor materno e pela herança higienista da medicina. A assistência mostra-se limitada aos aspectos práticos do cumprimento, pela equipe de saúde, das normas e rotinas da IHAC, sem considerar os reais sentimentos das mulheres. Faz-se necessário, portanto, o desenvolvimento de habilidades de comunicação e empatia pelo profissional de saúde, que lhe permitam entender a mulher/mãe/nutriz, respeitando todas as possíveis reações frente ao contato precoce e à amamentação ainda em sala de parto. O foco de atenção deve passar da instituição para a mulher que vivencia o primeiro contato, sujeito principal do momento em questão. A mudança de atitude do profissional, com a integração e valorização do binômio mãe e filho, pode facilitar a operacionalização do quarto passo da IHAC, de modo que este seja realizado não apenas de forma mecanicista e fragmentada, mas com respeito e acolhimento. / Due to the many known benefits of breastfeeding, the institutions that follows the norms of the Hospital Baby Friendly Initiative, adopted the so called “Ten Steps to Successful Breastfeeding". The forth step recommends an early skin-to-skin contact soon after the birth and should be prolonged during the postpartum period. The contact must last until the first breastfeeding or until the mother wishes to maintain the contact. This study has the objective of knowing and analyzing the women experiences related to the forth step, occurred in the Hospital Baby Friendly Initiative, in Ribeirão Preto county, in Brazil. To achieve this, it was used a qualitative approach; the data was collected by observing the delivery and the immediate pos-delivery period; the interviews were done one day after the delivery, they were semi-structured and recorded. In this study, participated 23 women that maintained skin-to-skin contact with their babies, during the first half hour after the delivery. All women agreed to participate and signed a term of free consent acknowledgment. The data was analyzed by content analysis in the thematic mode. The depositions confirmed that the old model that separates the mother and the baby at the moment of delivery, it is still present in the view of the interviewed women. For them, the obstetric center is a place of suffering, fear and pain; this view is not compatible with the pleasure of breastfeeding that has been fantasized with that moment. However, even being in that difficult situation, women understand that the moment of delivering is very important for the just born baby; to assure the baby well being, women place them selves in a secondary level, not considering the pain and showing the ambivalence of that instant. Also, the depositions reveled that at the moment of receiving the just born baby, the women suffered a shock and were surprised with the appearance of the baby covered with blood, with the scents of amniotic liquid, and with the view of body secretions, that did not match with the romantic expectations. Considering this findings, it is evident that the professionals and the assisted women have romantic believes taken from the myth of the maternal love and from the teachings of hygienist medical school. The provided services at the Hospital Baby Friendly Initiative, offered by the health team, are limited to the practical aspects of the routines and norms, and they do not consider the real feelings of the women. We concluded that, the health professionals should develop communication and empathies abilities that will allow them to treat, the women-mother-feeder, considering all the possible reactions during the early contact and in the breastfeeding, in the delivery room. The attention focus should be transferred from the institution to the women that are experiencing the first contact; since they are the main subject at that moment. The change in attitude of the professionals, related to the valorization of the mother and the baby, might facilitate and improve the practice of the forth step in the Hospital Baby Friendly Initiative, avoiding the mechanical and fragmented practice and implementing a respectful and warm approach.
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A saúde reprodutiva de mulheres portadoras e ex-portadoras de hanseníase em uma capital do Nordeste - Brasil / The reproductive health of women suffering and former carriers of leprosy in a capital Northeast - Brazil

Tavares, Clodis Maria 10 March 2014 (has links)
A detecção de casos novos de hanseníase permanece elevada no mundo, no Brasil e em Alagoas. Trata-se de uma importante morbidade que leva a incapacidades físicas, preconceito e estigma. A ênfase dada à saúde reprodutiva de mulheres portadoras e ex-portadoras de hanseníase deve-se ao fato de a gestação induzir recidivas, exacerbar lesões pré-existentes e aumentar a evolução da forma indeterminada para outras formas clínicas, o que exige um acompanhamento para uma prática anticonceptiva segura. O objetivo geral foi conhecer a situação da saúde reprodutiva das mulheres portadoras e ex-portadoras de hanseníase na rede de atenção básica do município de Maceió. Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado em 14 Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 07 Distritos Sanitários do município de Maceió/Alagoas. A população foi constituída por 60 mulheres. Os dados nos revelam que a maioria das mulheres se encontrava na faixa etária de 30 a 49 anos (75%), tinham companheiro (70%), eram analfabetas ou com o ensino fundamental incompleto (53,3%). Em relação à ocupação, 45% eram do lar e 55% desempenhavam outras ocupações remuneradas. Essas mulheres coabitavam com uma a três pessoas (36,7%) ou com seis a quatorze pessoas (28,3%). Quanto à religião, 61,7% eram católicas. A maioria buscou detecção por demanda espontânea (30,0%). Quanto à forma clínica, 30,0% era Dimorfa, 20% Tuberculóide, 15% Indeterminada, 10% Virchowiana e 25,0% formas clínicas não classificadas. Eram multibacilares 56,7%. Quanto às reações hansênicas, 16,7% informaram tê-las antes do diagnóstico, 28,3% durante o tratamento e 21,7% no pós-tratamento; 8,3% das reações eram do tipo I e 66,7%, do tipo II. Das mulheres, 5% estavam grávidas no diagnóstico, 1,7% no período puerperal e 1,7% amamentando. Em relação à história reprodutiva, 63,3% engravidou de uma a três vezes e 26,6% de quatro a dez vezes e 75% tiveram de um a três partos. Três mulheres estavam grávidas no momento do diagnóstico. Conheciam métodos contraceptivos, como condom masculino (98,3%), pílula (88,3%), laqueadura tubária (86,7%) e outros; os utilizavam, em maior índice, pílula (73,3%), condom masculino (70,0%), laqueadura tubária (53,3%) e outros. Quanto ao conhecimento dos métodos anticoncepcionais e características sociodemográficas, os maiores percentuais foram: condom masculino (100%), pílula (87,8%), laqueadura tubária (85,7%), injeção (75,6%), tabela (71,4%), DIU (64,3%). Realizando uma análise inferencial os dados denotam relação significativa com associação entre temperatura e ocupação, aleitamento materno e número de pessoas na família, pílula e número de pessoas, injeção e escolaridade, injeção e ocupação, diafragma e número de pessoas, espermicida e número de pessoas, vasectomia e se estudava, com p>0,05. Médicos e enfermeiros contribuíram mais na oferta de informações sobre contraceptivos, meios midiáticos exerceram grande influência. O principal local de recebimento dos contraceptivos foi a UBS. Concluímos que as mulheres em idade fértil portadoras e ex-portadoras de hanseníase estão sendo pouco aconselhadas para a anticoncepção, tornando-se susceptíveis ao risco de uma gravidez indesejável, levando-as a apresentar reações imunológicas graves / The detection of new leprosy cases in the world remains high in Brazil and Alagoas. This is an important morbidity that leads to physical disability, prejudice and stigma. The emphasis on reproductive health of women suffering and former carriers of leprosy is due to the fact pregnancy induce relapses, exacerbate pre-existing injuries and increase the evolution of indeterminate form for other clinical forms, which requires monitoring for a safe contraceptive practice. The overall objective was to know the situation of reproductive health of women suffering and former carriers of leprosy in primary health care in the city of Maceió network. This is a descriptive cross-sectional study with a quantitative approach. The study was conducted in 14 Basic Health Units (BHU) of the 07 health districts of the city of Maceió / Alagoas. The study population consisted of 60 women. The data reveal that a majority of women in the age group 30-49 years (75%) had a partner (70%) were illiterate or with incomplete primary education (53.3%). In terms of occupation, 45% were housewives and 55% played other paid occupations. These women lived with one to three people (36.7%) or six to fourteen people (28.3%). As for religion, 61.7% were Catholic. Most searched detection by spontaneous demand (30.0%). Clinical forms, 30.0% were borderline, 20% Tuberculoid, Indefinite 15%, 10% and 25.0% Lepromatous clinical forms not classified. 56.7% were multibacillary. As for leprosy reactions, 16.7% reported having them before diagnosis, during treatment 28.3% and 21.7% after treatment; 8.3% of the reactions were of type I and 66.7% type II. Among women, 5% were pregnant at diagnosis, 1.7% in the postpartum period and 1.7% breastfeeding. Regarding reproductive history, 63.3% of pregnant once to three times, and 26.6% for four to ten times, and 75% had one to three deliveries. Three women were pregnant at the time of diagnosis. Knew contraception, and male condom (98.3%), pill (88.3%), female sterilization (86.7%) and others; used them in highest pill (73.3%), male condom (70.0%), female sterilization (53.3%) and others. Regarding knowledge of contraceptive methods and sociodemographic characteristics, the highest percentages were male condom (100%), pill (87.8%), female sterilization (85.7%), injection (75.6%), table (71 , 4%), IUD (64.3%). Performing an inferential data analysis showed a significant relationship with association between temperature and occupation, breastfeeding and number of family members, and number of people pill, injection and education, and occupation injection, diaphragm and number of people, number of people and spermicide, vasectomy and studied with p> 0.05. Doctors and nurses have contributed more to offer information about contraceptives, exerted great influence from the media. The principal place of receipt of contraceptives was BHU. We conclude that women of childbearing age bearers and former carriers of leprosy are being advised to little contraception, making it susceptible to the risk of an unwanted pregnancy, leading them to develop severe immune reactions
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Associações do abortamento com depressão, autoestima e resiliência / Association of abortion with depression, self-esteem and resilience

Zeferino, Mariana Gondim Mariutti 16 November 2010 (has links)
As mulheres em situação de abortamento vivem um momento de dor existencial e física e associado aos fatores de risco é frequente a depressão. Percebendo essa ligação e sendo problema de saúde pública, o presente estudo procura associação de indicadores sociodemográficos e clínicos com o abortamento. Objetivos: identificar e avaliar a presença de sintomas sugestivos de depressão em mulheres com abortamento, correlacionando-os com indicadores clínicos e socioculturais, autoestima e fatores resilientes. Metodologia: Foram entrevistadas 120 mulheres internadas em um hospital público, seguindo o fluxo de chegada com diagnóstico de abortamento, utilizando: Questionário com informações sociodemográficas, clínicas e questões relacionadas à resiliência; Inventário de Beck; e Escala de Autoestima. Após aprovação do Comitê de Ética, as mulheres foram entrevistadas. Os dados foram coletados de agosto de 2008 a setembro de 2009, sendo realizada análise estatístico-descritiva dos dados e correlacionado depressão com as demais variáveis. Resultados e Discussão: Das 120 mulheres, maioria branca (71%), idade entre 16 e 44 anos, 63% são solteiras, 72% vivem com o companheiro, 87% têm religião, 67% com ensino médio e 51% não têm fonte de renda. Mais da metade tem casa própria, no entanto não a consideram agradável nem segura; 49% estavam na primeira ou segunda gestação; 33% já tinham tido abortos anteriores, sendo 67% o primeiro aborto; 77% tiveram aborto incompleto e 75%, aborto natural. Apesar de a maioria considerar a relação com o companheiro ótima e boa (85%), mais da metade (75%) não planejou a gravidez; mesmo assim, não faziam uso de métodos contraceptivos (75%). A maioria nega hábitos adversos. Das 120 mulheres, 57% apresentavam sinais indicativos de depressão (33 distimia, 22 moderada e 13 grave). Dentre as mulheres sem sinais de depressão, a maioria é solteira (56%), 60% trabalham, tendo 40 ou mais anos de idade, 67% têm alguma religião. Os fatores de proteção para depressão que se mostraram significativos para a análise estatística foram: \"ter parceiro\", \"trabalho\", \"religião\", \"situação financeira\" e \"apoio familiar\". Estudos mostram que a situação de abortamento pode ter relação com depressão antes e após a ocorrência e mesmo a longo prazo, com diferenças de acordo com a natureza do aborto. Quanto à autoestima, 109 mulheres apresentaram média estima pessoal. Os indicativos de resiliência encontrados neste estudo mostram que quando as mulheres estão felizes ajudam as pessoas, contam mais piadas, sentem-se bem. Entretanto, muitas mulheres referem que se isolam, se calam e choram quando sentem raiva e algumas gritam. Conclusões: A maioria das mulheres deste estudo é jovem, solteira e com relacionamento estável, católica, com poucas atividades de lazer, sem fonte de renda própria, casa própria, com residência fixa há mais de um ano, não tem problemas de relacionamento e de violência na gravidez. Entretanto, as que tiveram problemas, relataram uso de álcool e drogas na família. Houve associação também de violência familiar e aborto provocado. Metade da amostra pontuou algum nível de depressão e baixa a média estima pessoal. É preciso estimular a enfermagem a reconhecer as necessidades de implementar os cuidados e reforçar aspectos resilientes dessas mulheres. / Women experiencing an abortion live a moment of existential and physical pain in which depression, associated with risk factors, is frequent. Perceiving this connection and because it is a public health problem, this study seeks association of sociodemographic and clinical indicators with abortion. Objectives: to identify and evaluate symptoms that suggest depression in women experiencing an abortion and correlate them with clinical and socio-cultural indicators, self-esteem and resilient factors. Method: A total of 120 women hospitalized in a public hospital were interviewed, according to their arrival and abortion diagnosis, through: a questionnaire addressing socio-demographic and clinical information and issues related to resilience; Beck Inventory; and a self-esteem scale. Women were interviewed after the Research Ethics Committee\'s approval. Data were collected between August 2008 and September 2009 and analyzed through descriptive statistics, correlating depression with the remaining variables. Results and Discussion: Most of the 120 women were white (71%), aged between 16 and 44 years, 63% single\\, 72% lived with a partner, 87% were religious, 67% had secondary school and 51% had no income. More than half had their own house though did not consider it cozy or safe; 49% were in the first or second pregnancy; 33% had already have previous abortions; for 67%, it was the first abortion; 77% had incomplete abortions and 75% spontaneous abortions. Even though the majority considered their affective relationship great or good (85%), more than half (75%) had not planned the pregnancy; though they did not use contraceptive methods (75%). Most denied adverse habits. Of the 120 women, 57% presented signs of depression (33 dysthymia, 22 moderate and 13 severe). Among those without signs of depression, the majority was single (56%), 60% worked and were 40 years or older, 67% had a religion. The protection factors for depression that were most significant for statistical analysis were \"having a partner\", \"work\", \"religion\", financial situation\" and \"family support\". Studies show that an abortion might be related with depression before and after it occurs and even in the long term with differences according to the nature of the abortion. A total of 109 women presented regular selfesteem. The resilience indicators found in this study show that when women are happy they help people, tell more jokes, and feel well. However, many women reported they isolate themselves, fall silent and cry when they feel angry and some shout. Conclusions: Most of the women in this study were young, single, with stable relationships, catholic, with few leisure activities, with no personal income, own house, with fixed residence for more than one year, had no problems of relationship or violence during pregnancy. However, those who had problems reported the use of alcohol and drugs in the family. Domestic violence and induced abortion were associated. Half of the sample presented some level of depression and low to regular self-esteem. Nurses need to be encourage to recognize the need to implement care and reinforce resilient aspects in these women.

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