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Cooperação Sul-Sul na área de saúde : dimensões bioéticasSantana, José Francisco Nogueira Paranaguá de 09 July 2012 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2012. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2012-10-17T10:52:31Z
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2012_JoseFranciscoNogueiraParanaguadeSantana.pdf: 3236580 bytes, checksum: f2fae10f87f5bf5f8d76d4cefc1315df (MD5) / Introdução: apresenta considerações sobre a saúde mundial, mencionando o paradoxal contraste entre a evolução das condições de vida da maioria das populações vis-à-vis o avanço científico, tecnológico e econômico global, bem como a intensificação da cooperação internacional ante essa situação; focaliza a reconfiguração da bipolaridade Leste-Oeste e Norte-Sul e o fortalecimento das relações Sul-Sul no contexto intergovernamental das Nações Unidas; destaca a relevância da bioética ante esses processos na área da saúde e ressalta o potencial dessa contribuição, a partir dos enfoques da bioética da intervenção e seus vínculos com a saúde coletiva na experiência brasileira. Objetivo: visa desenvolver uma reflexão crítica sobre as dimensões bioéticas dos processos de cooperação técnica entre países em saúde, levando em conta o contexto evolucional das relações entre os Estados nacionais (diplomacia). Metodologia: inclui cinco etapas realizadas sinergicamente – (1) revisão da produção científica catalogada em duas fontes bibliográficas representativas da literatura mundial sobre ciências da saúde (BVS/BIREME e PubMed), em torno da conjectura sobre um novo campo de conhecimento na confluência da bioética com a diplomacia em saúde; (2) análise histórica sobre a inserção da saúde no contexto das relações internacionais e do surgimento da alternativa Sul-Sul de governança dessas relações; (3) meditação sobre a perspectiva bioética da cooperação internacional em saúde orientado pelas seguintes questões: (i) autonomia versus dependência dos processos de cooperação, (i) disparidades dos sistemas nacionais de ciência, tecnologia e inovação e (iii) mediação das agências intergovernamentais; (4) análise da cooperação Sul-Sul desenvolvida no contexto da CPLP entre o Brasil, via FIOCRUZ, e os ministérios da saúde dos PALOP, como ilustrativa das dimensões bioéticas presentes no entrelaçar dos interesses diplomáticos com a doutrina da cooperação homologada pelas Nações Unidas; e (5) apreciação sobre a criação do Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde, como contribuição interinstitucional e interdisciplinar para a interação dessas áreas de conhecimento e prática profissional. Resultados: ressalta a escassez de registros na literatura científica sobre o enfoque interdisciplinar entre saúde, diplomacia e bioética; aponta a pertinência e a relevância da bioética ante processos de cooperação internacional para o desenvolvimento; enfatiza sua aplicação na área da saúde a partir de três referenciais: (i) as condicionalidades das relações diplomáticas versus o altruísmo da cooperação setorial em saúde; (ii) as diferenças de poder econômico e técnicocientífico como razão para a cooperação e, simultaneamente, como fonte potencial de conflitos entre os países em diferentes estágios de desenvolvimento; (iii) as possibilidades e limitações de mediação dos organismos intergovernamentais. Conclusão: sistematiza análises, reflexões e indícios que fortalecem a convicção sobre a intersecção dos campos da bioética, da diplomacia e da saúde, tanto no plano da interdisciplinaridade do conhecimento como das práticas institucionais de governança mundial da cooperação entre países, e que esse enfoque é fundamental para a consolidação da saúde como direito humano fundamental; também aponta alternativas de investigação para a consolidação da confluência temática e das práticas profissionais entre os referidos campos. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Introduction: presents considerations on the world health, referring to the paradoxal contrast between the evolution on health conditions in most populations vis-à-vis the global scientific, technologic and economic progress, as well as the enhancement of international cooperation concerning this situation; focus on the reconfiguration of the bipolarity East-West and North-South in the intergovernmental context of the United Nations; emphasizes the bioethical relevance before these processes in health area and highlights the potential of this contribution from the interventional bioethics approach and its connections to the collective health in the Brazilian context. Objective: to develop a critical reflection on bioethical dimensions of the processes of technical cooperation among countries in the field of health, taking into account the evolutional context of the relationships among national States (diplomacy). Methodology: includes five stages synergistically done - (1) a review of scientific production catalogued in two representative bibliographic sources of the world literature on health sciences (BVS/BIREME and PubMed), around the conjecture on a new knowledge field in the confluence of bioethics and health diplomacy; (2) a demonstrative historical analyses of the insertion of health in the context of foreign affairs and the emergence of South-South governance alternative to these relationships; (3) meditation on the bioethical perspective of international cooperation in health, guided by the following questions: (i) autonomy versus dependence of cooperation processes, (i) disparities of science, technology and innovation national systems, and (iii) intergovernmental agencies mediation; (4) an analyses of South- South cooperation developed in the context of the Community of Portuguese Language Speaking Countries (CPLP, in Portuguese) between Brazil, through FIOCRUZ (Oswaldo Cruz Foundation) and the ministries of health of the African Portuguese-Speaking Countries (PALOP, in Portuguese), as an illustration of the bioethical dimensions present in the interface of diplomatic interests with the doctrine of cooperation announced by the United Nations; and (5) an appreciation on the creation of the Study Center on Bioethics and Health Diplomacy, as an interinstitutional and interdisciplinary contribution to an interaction among these fields of knowledge and professional practice. Results: highlights the scarcity of registers in scientific literature on the interdisciplinary focus among health, diplomacy and bioethics; points out the pertinence and relevance of bioethics before the processes of international cooperation to the development; highlights its application on the health field under three references: (i) the conditionalities of diplomatic relationships versus the altruism of cooperation in health sector; (ii) the differences of economic and technical and scientific power to cooperation and, simultaneously, as the potential source of conflicts among countries in different levels of development; (iii) the possibilities and limitations of mediation of intergovernmental organizations. Conclusion: systematizes analyses, reflections and clues which strengthen the conviction on the intersection of bioethics, diplomacy and health, either in the knowledge interdisciplinary level or the institutional practices of world governance of cooperation among countries, and that approach is of fundamental importance to health as a fundamental human right; also points out further research alternatives of research to consolidate the thematic confluence and the professional practices among these fields.
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Saúde mental de crianças e adolescentes : uma perspectiva globalKieling, Christian Costa January 2012 (has links)
Ao longo da última década, houve um crescente interesse nas questões de saúde global e, particularmente, de saúde mental global. Problemas de saúde mental começam precocemente e estima-se que afetem de 10% a 20% das crianças e adolescentes em todo o mundo, estando entre as principais cargas de doença na população. Isto é especialmente relevante no contexto de países de baixa e média renda, onde 90% da população mundial jovem vive. Este estudo tem como objetivo apresentar e discutir o estado atual da pesquisa em saúde mental na infância e adolescência, baseando-se em uma perspectiva global, a partir de três abordagens complementares. Primeiro, apresentamos uma revisão da literatura atual sobre a saúde mental de crianças e adolescentes enfocando aspectos relacionados à epidemiologia, intervenções preventivas e terapêuticas, bem como seus aspectos econômicos e políticos, com foco em países de baixa e média renda (artigo #1). Em seguida, mapeamos a produção científica mundial no campo da saúde mental na infância e adolescência (artigo #2). Por fim, demonstramos a viabilidade de um estudo de interação gene-ambiente em uma coorte de adolescentes em um país em desenvolvimento, enfocando o surgimento de problemas externalizantes (artigo #3). Nossos resultados indicam que, embora a prevalência de problemas de saúde mental em crianças em países de baixa e média renda seja semelhante a de países de alta renda, países com poucos recursos enfrentam grandes lacunas na investigação e implementação de estratégias eficazes de prevenção e tratamento de problemas de saúde mental. Esta dificuldade se reflete e é acompanhada por uma escassa produção científica em periódicos indexados, nos quais pesquisadores originários de países de baixa e média renda respondem por menos de 10% das autorias. É possível mudar este cenário através da realização de pesquisas de alta qualidade em países de baixa e média renda. No maior estudo avaliando o impacto da interação de alguns genes com determinados fatores ambientais de risco sobre problemas externalizantes em adolescentes realizado em um países em desenvolvimento, identificamos efeitos principais para os fatores de risco ambientais, mas não observamos impacto de interações gene-ambiente, tal como descrito em alguns estudos prévios conduzidos em países de alta renda. Apesar de haver uma clara associação entre tabagismo materno e escores de hiperatividade na adolescência (p<0.001), nenhum efeito principal do gene do transportador de dopamina ou da interação gene-ambiente foi detectado. De modo similar, maus tratos na infância se mostraram associados a problemas de conduta entre meninos (p<0.001), porém efeitos principais do gene da monoamino oxidase A ou da interação não foram observados. A promoção da saúde mental na infância e na adolescência é um desafio mundial, mas também representa uma janela de oportunidade, na medida em que muitos dos países de média e baixa renda estão passando por uma transição demográfica, de forma que a intervenção hoje pode resultar em uma diminuição significativa da carga de doença no futuro. / Over the last decade, there has been a growing interest in the field of global health, and particularly in global mental health. Mental health problems start early in life, affect around 10% to 20% of children and adolescents worldwide, and are a leading cause of health-related burden. This is especially relevant for low- and middleincome countries (LMIC), where 90% of young people live. This study aims to present and discuss the current status of the field of child and adolescent mental health using a global perspective based on three complementary approaches. First, we present a review of the current literature on mental health of children and adolescents focusing on epidemiology, preventive and therapeutic interventions, as well as its economic and political aspects, with a special attention to LMIC (paper #1). Then, we map the worldwide scientific production in the field of mental health in childhood and adolescence (paper #2). Finally, we demonstrate the feasibility of a study designed to evaluate the impact of the interaction between genes and environments in externalizing problems in adolescents from a birth cohort in a developing country (paper #3). Our findings indicate that although the prevalence estimates for childhood and adolescence mental health problems in LMIC is similar to those found in highincome countries (HIC), resource-poor settings face large gaps in research and implementation of effective prevention and treatment strategies for mental health problems. This scenario is complemented by a scarce scientific output from LMIC: researchers from LMIC respond for less than 10% of authorships in indexed journals. It is possible to change this by conducting high quality research in LMIC. In the largest study to assess the interaction between candidate genes and environmental risk factors on externalizing problems during adolescence performed in a LMIC to date, we identified main effects of environmental risk factors, but did not observe impact of gene-environment interactions, as described in some of the studies conducted in HIC. Although there was a clear association between prenatal maternal smoking and hyperactivity scores in adolescence (p<0.001), no main genetic or interaction effects for the dopamine transporter gene were detected. Similarly, childhood maltreatment showed to be associated with conduct problems among adolescent boys (p<0.001), with no observable main genetic or interaction effects for the monoamine oxidase A gene. The promotion of child and adolescent mental health is a worldwide challenge, but also represents a window of opportunity, as many LMIC are currently going through a demographic transition, and intervention today is likely to result in a decreased burden in the future.
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As negociações internacionais no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre mudança do clima: inserção do Ministério da Saúde e implicações para a política externa brasileira / International negotiations under the UN Framework Convention on Climate Change: insertion of the Ministry of Health and implications for Brazil's foreign policySousa, Rodolfo Milhomem de January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Os Cenários delineados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima e centros de pesquisa em todo mundo reafirmam a relação intrínseca entre a Mudança do Clima e a Saúde Humana. Não obstante, as negociações internacionais que ocorrem no âmbito da Convenção das Nações Unidas não refletem plenamente os anseios, a prevenção, a promoção e a recuperação da saúde global. O descolamento entre o mundo científico e o real abarca um grave risco sistêmico que ameaça a sobrevivência humana e do planeta.O momento é oportuno para inserção concreta das preocupações da Saúde nas negociações climáticas. Com a criação da Plataforma de Durban, um novo protocolo climático está sendo negociado, capaz de determinar todos os desdobramentos futuros do combate à Mudança do Clima.Nesse sentido, as inter-relações entre a política doméstica e a internacional se conformam para a formação do posicionamento internacional de um país. Dessa forma, o setor saúde tem o potencial de oferecer soluções de sucesso para o fórum de negociações climáticas, trazendo uma nova complexidade capaz de transformar toda a estrutura da negociação de modo favorável.Com esse objetivo, esta dissertação oferece, além dessas discussões supracitadas, uma série de recomendações políticas para serem utilizadas diretamente nas negociações climáticas, já no formato e na linguagem dos tratados internacionais. Este é o momento histórico e oportuno da inserção das preocupações da Saúde nas discussões sobre Mudança do Clima, pois são determinantes para o sucesso do acordo e da cooperação entre os países. / The scenarios outlined by the Intergovernmental Panel on Climate Change and research centers around the world reaffirm the intrinsic relationship between Climate Change and Human Health. Nevertheless, the international negotiations taking place under the United Nations Convention does not fully reflect the concerns, prevention, promotion and recovery of global health. The detachment between the scientific world and the reallity embraces a serious systemic risk that threatens human and planetary survival.The time is ripe for concrete insertion of Health concerns in climate negotiations. With the creation of the Durban Platform, a new climate protocol is being negotiated, able to determine all future developments in the fight against Climate Change.In this sense, the interrelationships between domestic and international politics conform to the formation of the international position of a country. Thus, the health sector has the potential to offer successful solutions to the climate negotiations, bringing new complexity able to change the whole structure of the negotiation and its outcome favorably. To this end, this work offers, in addition to these discussions, a number of policy recommendations to be used directly into the climate negotiations, as in the format and language of international treaties.This is the historical and timing of insertion of Health concerns in discussions on Climate Change, as they determine the success of the agreement and cooperation between countries. (AU)^ien
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Saúde mental de crianças e adolescentes : uma perspectiva globalKieling, Christian Costa January 2012 (has links)
Ao longo da última década, houve um crescente interesse nas questões de saúde global e, particularmente, de saúde mental global. Problemas de saúde mental começam precocemente e estima-se que afetem de 10% a 20% das crianças e adolescentes em todo o mundo, estando entre as principais cargas de doença na população. Isto é especialmente relevante no contexto de países de baixa e média renda, onde 90% da população mundial jovem vive. Este estudo tem como objetivo apresentar e discutir o estado atual da pesquisa em saúde mental na infância e adolescência, baseando-se em uma perspectiva global, a partir de três abordagens complementares. Primeiro, apresentamos uma revisão da literatura atual sobre a saúde mental de crianças e adolescentes enfocando aspectos relacionados à epidemiologia, intervenções preventivas e terapêuticas, bem como seus aspectos econômicos e políticos, com foco em países de baixa e média renda (artigo #1). Em seguida, mapeamos a produção científica mundial no campo da saúde mental na infância e adolescência (artigo #2). Por fim, demonstramos a viabilidade de um estudo de interação gene-ambiente em uma coorte de adolescentes em um país em desenvolvimento, enfocando o surgimento de problemas externalizantes (artigo #3). Nossos resultados indicam que, embora a prevalência de problemas de saúde mental em crianças em países de baixa e média renda seja semelhante a de países de alta renda, países com poucos recursos enfrentam grandes lacunas na investigação e implementação de estratégias eficazes de prevenção e tratamento de problemas de saúde mental. Esta dificuldade se reflete e é acompanhada por uma escassa produção científica em periódicos indexados, nos quais pesquisadores originários de países de baixa e média renda respondem por menos de 10% das autorias. É possível mudar este cenário através da realização de pesquisas de alta qualidade em países de baixa e média renda. No maior estudo avaliando o impacto da interação de alguns genes com determinados fatores ambientais de risco sobre problemas externalizantes em adolescentes realizado em um países em desenvolvimento, identificamos efeitos principais para os fatores de risco ambientais, mas não observamos impacto de interações gene-ambiente, tal como descrito em alguns estudos prévios conduzidos em países de alta renda. Apesar de haver uma clara associação entre tabagismo materno e escores de hiperatividade na adolescência (p<0.001), nenhum efeito principal do gene do transportador de dopamina ou da interação gene-ambiente foi detectado. De modo similar, maus tratos na infância se mostraram associados a problemas de conduta entre meninos (p<0.001), porém efeitos principais do gene da monoamino oxidase A ou da interação não foram observados. A promoção da saúde mental na infância e na adolescência é um desafio mundial, mas também representa uma janela de oportunidade, na medida em que muitos dos países de média e baixa renda estão passando por uma transição demográfica, de forma que a intervenção hoje pode resultar em uma diminuição significativa da carga de doença no futuro. / Over the last decade, there has been a growing interest in the field of global health, and particularly in global mental health. Mental health problems start early in life, affect around 10% to 20% of children and adolescents worldwide, and are a leading cause of health-related burden. This is especially relevant for low- and middleincome countries (LMIC), where 90% of young people live. This study aims to present and discuss the current status of the field of child and adolescent mental health using a global perspective based on three complementary approaches. First, we present a review of the current literature on mental health of children and adolescents focusing on epidemiology, preventive and therapeutic interventions, as well as its economic and political aspects, with a special attention to LMIC (paper #1). Then, we map the worldwide scientific production in the field of mental health in childhood and adolescence (paper #2). Finally, we demonstrate the feasibility of a study designed to evaluate the impact of the interaction between genes and environments in externalizing problems in adolescents from a birth cohort in a developing country (paper #3). Our findings indicate that although the prevalence estimates for childhood and adolescence mental health problems in LMIC is similar to those found in highincome countries (HIC), resource-poor settings face large gaps in research and implementation of effective prevention and treatment strategies for mental health problems. This scenario is complemented by a scarce scientific output from LMIC: researchers from LMIC respond for less than 10% of authorships in indexed journals. It is possible to change this by conducting high quality research in LMIC. In the largest study to assess the interaction between candidate genes and environmental risk factors on externalizing problems during adolescence performed in a LMIC to date, we identified main effects of environmental risk factors, but did not observe impact of gene-environment interactions, as described in some of the studies conducted in HIC. Although there was a clear association between prenatal maternal smoking and hyperactivity scores in adolescence (p<0.001), no main genetic or interaction effects for the dopamine transporter gene were detected. Similarly, childhood maltreatment showed to be associated with conduct problems among adolescent boys (p<0.001), with no observable main genetic or interaction effects for the monoamine oxidase A gene. The promotion of child and adolescent mental health is a worldwide challenge, but also represents a window of opportunity, as many LMIC are currently going through a demographic transition, and intervention today is likely to result in a decreased burden in the future.
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Saúde mental de crianças e adolescentes : uma perspectiva globalKieling, Christian Costa January 2012 (has links)
Ao longo da última década, houve um crescente interesse nas questões de saúde global e, particularmente, de saúde mental global. Problemas de saúde mental começam precocemente e estima-se que afetem de 10% a 20% das crianças e adolescentes em todo o mundo, estando entre as principais cargas de doença na população. Isto é especialmente relevante no contexto de países de baixa e média renda, onde 90% da população mundial jovem vive. Este estudo tem como objetivo apresentar e discutir o estado atual da pesquisa em saúde mental na infância e adolescência, baseando-se em uma perspectiva global, a partir de três abordagens complementares. Primeiro, apresentamos uma revisão da literatura atual sobre a saúde mental de crianças e adolescentes enfocando aspectos relacionados à epidemiologia, intervenções preventivas e terapêuticas, bem como seus aspectos econômicos e políticos, com foco em países de baixa e média renda (artigo #1). Em seguida, mapeamos a produção científica mundial no campo da saúde mental na infância e adolescência (artigo #2). Por fim, demonstramos a viabilidade de um estudo de interação gene-ambiente em uma coorte de adolescentes em um país em desenvolvimento, enfocando o surgimento de problemas externalizantes (artigo #3). Nossos resultados indicam que, embora a prevalência de problemas de saúde mental em crianças em países de baixa e média renda seja semelhante a de países de alta renda, países com poucos recursos enfrentam grandes lacunas na investigação e implementação de estratégias eficazes de prevenção e tratamento de problemas de saúde mental. Esta dificuldade se reflete e é acompanhada por uma escassa produção científica em periódicos indexados, nos quais pesquisadores originários de países de baixa e média renda respondem por menos de 10% das autorias. É possível mudar este cenário através da realização de pesquisas de alta qualidade em países de baixa e média renda. No maior estudo avaliando o impacto da interação de alguns genes com determinados fatores ambientais de risco sobre problemas externalizantes em adolescentes realizado em um países em desenvolvimento, identificamos efeitos principais para os fatores de risco ambientais, mas não observamos impacto de interações gene-ambiente, tal como descrito em alguns estudos prévios conduzidos em países de alta renda. Apesar de haver uma clara associação entre tabagismo materno e escores de hiperatividade na adolescência (p<0.001), nenhum efeito principal do gene do transportador de dopamina ou da interação gene-ambiente foi detectado. De modo similar, maus tratos na infância se mostraram associados a problemas de conduta entre meninos (p<0.001), porém efeitos principais do gene da monoamino oxidase A ou da interação não foram observados. A promoção da saúde mental na infância e na adolescência é um desafio mundial, mas também representa uma janela de oportunidade, na medida em que muitos dos países de média e baixa renda estão passando por uma transição demográfica, de forma que a intervenção hoje pode resultar em uma diminuição significativa da carga de doença no futuro. / Over the last decade, there has been a growing interest in the field of global health, and particularly in global mental health. Mental health problems start early in life, affect around 10% to 20% of children and adolescents worldwide, and are a leading cause of health-related burden. This is especially relevant for low- and middleincome countries (LMIC), where 90% of young people live. This study aims to present and discuss the current status of the field of child and adolescent mental health using a global perspective based on three complementary approaches. First, we present a review of the current literature on mental health of children and adolescents focusing on epidemiology, preventive and therapeutic interventions, as well as its economic and political aspects, with a special attention to LMIC (paper #1). Then, we map the worldwide scientific production in the field of mental health in childhood and adolescence (paper #2). Finally, we demonstrate the feasibility of a study designed to evaluate the impact of the interaction between genes and environments in externalizing problems in adolescents from a birth cohort in a developing country (paper #3). Our findings indicate that although the prevalence estimates for childhood and adolescence mental health problems in LMIC is similar to those found in highincome countries (HIC), resource-poor settings face large gaps in research and implementation of effective prevention and treatment strategies for mental health problems. This scenario is complemented by a scarce scientific output from LMIC: researchers from LMIC respond for less than 10% of authorships in indexed journals. It is possible to change this by conducting high quality research in LMIC. In the largest study to assess the interaction between candidate genes and environmental risk factors on externalizing problems during adolescence performed in a LMIC to date, we identified main effects of environmental risk factors, but did not observe impact of gene-environment interactions, as described in some of the studies conducted in HIC. Although there was a clear association between prenatal maternal smoking and hyperactivity scores in adolescence (p<0.001), no main genetic or interaction effects for the dopamine transporter gene were detected. Similarly, childhood maltreatment showed to be associated with conduct problems among adolescent boys (p<0.001), with no observable main genetic or interaction effects for the monoamine oxidase A gene. The promotion of child and adolescent mental health is a worldwide challenge, but also represents a window of opportunity, as many LMIC are currently going through a demographic transition, and intervention today is likely to result in a decreased burden in the future.
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Reminiscências coloniais e incoerências entre a noção de saúde global e o terceiro mundo : a atuação da Organização Mundial da Saúde em situação de emergência sanitáriaBarros, Patrícia Ramos 29 May 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Curso de Pós-Graduação em Direito, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-07-27T15:56:20Z
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Previous issue date: 2017-08-31 / Este trabalho pretende investigar o sentido, as implicações e as contradições da noção de saúde global a partir da análise das condutas da Organização Mundial da Saúde (OMS) em situação de emergência sanitária. Busca-se, em especial, avaliar se o papel exercido pelo direito internacional no campo da saúde global, contribui para a manutenção de desigualdades históricas e de assimetrias socioeconômicas no Terceiro Mundo. Sob uma perspectiva historiográfica, o direito internacional é apresentado como uma técnica discursiva hegemônica, que emergiu do encontro colonial e que reproduz até os dias atuais padrões de dominação do norte sobre o sul global. Nesse sentido, a saúde global constitui palco do confronto de diversos interesses e do exercício de poder pelos atores internacionais. O discurso sanitário possui importantes vínculos coloniais, que transparecem na governança contemporânea da saúde global. A atuação da OMS na condução da resposta a uma emergência sanitária, por meio da aplicação do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), evidencia reminiscências históricas e incoerências das medidas tomadas em relação às demandas terceiro-mundistas. Há um descompasso entre a propalada saúde global e a priorização dos destinatários das medidas sanitárias emergenciais. Assim, o direito internacional pode ser aplicado para sustentar a lógica colonial de perpetuação de desigualdades histórico-sociais na periferia do sistema internacional. Nesse contexto, faz-se imprescindível o olhar crítico dos internacionalistas a fim de que os países e os povos prejudicados tenham voz, sejam ouvidos e sejam atendidos em suas reivindicações. A saúde global não pode funcionar como simples rótulo. / This work intends to investigate the meaning, the implications and the contradictions of the notion of global health based on the analysis of the World Health Organization (WHO) procedures in a health emergency situation. In particular, it seeks to assess whether the role played by international law in the field of global health contributes to the maintenance of historical inequalities and socioeconomic asymmetries in the Third World From a historiographical perspective, international law is presented as a hegemonic discursive technique that emerged from the colonial encounter and which reproduces up to the present days patterns of domination from the north to the global south. In this sense, global health a is a battlefield of different interests and of the exercise of power by international actors. The sanitary discourse hás important colonial ties, which are reflected in the contemporary global health governance. The role of the WHO in the management of the response to a health emergency, through the application of the International Health Regulations (IHR), reveals historical reminiscences and inconsistencies with the measures taken in relation to third-world demands. There is a mismatch between the so-called global health and the prioritization of the recipients of emergency health measures. Thus, international law can be applied to support the colonial logic of perpetuating historical and social inequalities on the periphery of the international system. In this context, the critical view of the international lawyers is indispensable for Third World countries and peoples to have voice, to be heard and be heeded in their demands. Global health cannot work as a simple label.
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