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Estudo morfofuncional do sistema digestivo da cigarrinha Bucephalogonia xanthophis (Hemiptera: Cicadellidae) / Morphofunctional study of the digestive system of the sharpshooter Bucephalogonia xanthophilis(Hemiptera: Cicadellidae)Alexandre Hiroshi Utiyama 29 April 2011 (has links)
Este trabalho aborda um estudo detalhado sobre o sistema digestivo da cigarrinha sugadora de xilema, Bucephalogonia xanthophis (Hemiptera: Cicadellidae), num enfoque morfofuncional. Sob o ponto de vista anatômico, o sistema digestivo é constituído, como na maioria dos insetos, por três regiões: o intestino anterior, o intestino médio e o intestino posterior. O intestino anterior é formado por um tubo simples, o esôfago, sem qualquer diferenciação anatômica. O intestino médio tem início na câmara de filtração (CF) e segue por um ventrículo com dois domínios, o cônico (VC) e o tubular (VT), retornando para a câmara de filtração. A CF é uma estrutura característica principalmente de insetos sugadores de xilema de uma infraordem da ordem Hemiptera, a Cicadomorpha, e consiste na aposição entre o intestino médio anterior com o posterior, além dos segmentos proximais dos quatro túbulos de Malpighi. A função da CF é permitir a passagem do excesso de água presente no xilema diretamente do intestino médio anterior para o posterior, concentrando, assim, seus nutrientes no ventrículo. O sistema digestivo continua por um intestino posterior, apresentando, antes de terminar no ânus, um reto dilatado, ao qual se associam as extremidades distais dos quatro túbulos de Malpighi, livres na hemocela. Análises por microscopia de luz revelaram que o intestino anterior é formado por um epitélio simples, composto por células pavimentosas revestidas por cutícula. O epitélio da CF é bastante fino e não há diferenças significativas entre as células do ventrículo e dos túbulos de Malpighi. O VC e o VT são compostos por células cúbicas, os enterócitos, e células regenerativas. A transição do intestino médio para o posterior, denominada de piloro, ocorre no interior da CF. Nesta região, inserem-se os quatro túbulos de Malpighi, órgãos do sistema excretor. O intestino posterior é formado por um epitélio pavimentoso, recoberto por uma camada de quitina. Observadas através da microscopia eletrônica de transmissão, as células da CF possuem sua superfície apical modificada em microvilosidades e a membrana plasmática basal com invaginações desenvolvidas associadas a mitocôndrias, além de um citoplasma bastante reduzido. Estas características sugerem que se trata de células especializadas no transporte de água e íons, provavelmente a partir do intestino médio para os túbulos de Malpighi. O VC e o VT são formados por enterócitos e células regenerativas. Estas últimas são raras, estão localizadas na base do epitélio, sem formar agrupamentos (ninhos), e possuem características típicas de células indiferenciadas, com núcleos grandes e poucas organelas. Os enterócitos, as células mais importantes no processo digestivo, possuem sua membrana plasmática apical modificada em microvilosidades e invaginações da membrana plasmática basal, menos desenvolvidas do que as das células do CF. No que diz respeito à atividade de secreção observada nos enterócitos de B. xanthophis, verifica-se a existência de grandes quantidades de retículo endoplasmático granular, diversas áreas de Golgi e algumas vesículas de secreção concentradas no citoplasma apical. Parece haver apenas um mecanismo de secreção, o merócrino, ao longo de todo o ventrículo. No lúmen do ventrículo de B. xanthophis, não foi constatada a presença de uma membrana peritrófica, comum em insetos de diversas ordens, exceto Hemiptera e Thysanoptera. Ao invés disso, nas regiões do VC e nos dois terços iniciais do VT (o ventrículo tubular anterior VTA e o médio VTM), se observa um complexo sistema luminal de membranas associado às microvilosidades dos enterócitos, formando padrões em forma de chama, sendo denominados de membranas luminais em forma de chama (MLC). Este sistema se origina, aparentemente, a partir de constrições das extremidades das microvilosidades que formando membranas que avançam pelo lúmen ventricular, mantendo-se associadas às microvilosidades. Originalmente, acreditava-se que os insetos das ordens Hemiptera e Thysanoptera possuíam um sistema luminal de membranas associadas às microvilosidades, denominado de membranas perimicrovilares (MPM). Este modelo foi considerado como padrão para a ordem Hemiptera, sendo descrito, principalmente, em espécies da subordem Heteroptera. Estudos posteriores com o afídeo Acyrthosiphon pisum, revelaram um sistema luminal de membranas diferente das MPM, que foi denominado, na ocasião, de membranas perimicrovilares modificadas (MPMm). A ocorrência de um novo tipo de organização deste sistema luminal de membranas, as MLC, evidencia uma possível diversidade de tipos de organização destas membranas em Hemiptera. Acredita-se, com base nas características destes sistemas luminais de membranas, que as MLC sejam equivalentes às MPM e às MPMm. Preparações deste material utilizando o lantânio como traçador, revelaram que o MLC forma, aparentemente, compartimentos fechados. A descoberta de um terceiro sistema de organização de membranas em B. xanthophis, que difere significativamente das MPM e das MPMm, abre uma nova discussão sobre o panorama atual da morfofisiologia digestiva da ordem Hemiptera, que pode fornecer subsídios importantes no sentido de melhor compreender as relações filogenéticas entre os grupos de espécies que compõem esta ordem. Com base nos resultados obtidos neste e em outros trabalhos sobre a organização do sistema digestivo dos Hemiptera, fica evidente a importância de estudos mais abrangentes, sob este ponto de vista, envolvendo outras espécies integrantes das diferentes subordens de Hemiptera. Do mesmo modo, um maior detalhamento das funções exercidas por estes sistemas luminais de membrana mostra-se de extrema importância para uma melhor compreensão dos processos digestivos que ocorrem nestes insetos. / This work presents a detailed study concerning the digestive system of the xylem-sucking sharpshooter Bucephalogonia xanthophis (Hemiptera: Cicadellidae), in a morphofunctional approach. In the majority of insects, three anatomical regions constitute the digestive system: the foregut, the midgut, and the hindgut. A simple tube, the esophagus, without any anatomical differentiation, forms the foregut. The midgut starts in the filter chamber (FC) and proceeds in a ventriculum with two domains, the conical one (CV) and the tubular one (TV), returning to the filter chamber. The FC is a structure normally found in the xylem-sucking insects of the infraorder Cicadomorpha. It is formed by the apposition between the fore-midgut and the hind-midgut, along with the proximal segments of the four Malpighian tubules. The function of the FC is to allow the passage of the excess of water in the xylem directly from the fore-midgut to the hind-midgut, concentrating its nutrients in the mid-midgut. The digestive system proceeds through a hindgut, presenting, before ending in the anus, a dilated rectum, to which the distal ends of the Malpighian tubules associate. Light microscopy analysis revealed that the midgut is formed by a simple epithelium, composed of flattened cells covered by a cuticle. The epithelium of the FC is very thin and there are no significant differences between ventricular cells and Malpighian tubule cells. Cubic enterocytes and regenerative cells compose the CV and TV. The transition between the midgut and the hindgut occurs inside the FC and is called pylorus, where four Malpighian tubules insert, presenting excretory function. The hindgut is made up by flattened cells, covered by a layer of chithin. Observed by transmission electron microscopy, the FC cells have a reduced cytoplasm with their apical surface modified into microvilli, whereas the basal plasma membrane presents several invaginations associated with mitochondria. These features suggest that these cells are specialized in the transport of water and ions, probably from the midgut to the Malpighian tubules. The CV and TV are formed by enterocytes and regenerative cells. The latter are very rare and are localized at the base of the epithelium, without forming clusters (nests or nidi), and have typical undifferentiated cell features, such as large nuclei and few organelles. The enterocyte, the most important cell type in the digestive process, have their apical plasma membrane modified into microvilli and basal plasma membrane showing infoldings, less developed than the FC cells. The B. xanthophis enterocytes exhibit signs of secretory activity, with large amounts of rough endoplasmic reticulum, many Golgi areas and some secretory vesicles mainly clustered in the apical cytoplasm. This secretory vesicles seems to be eliminated by a merocrine secretion process throughout the ventriculum. In the ventricular lumen of B. xanthophis, a peritrophic membrane, observed in most insects other than Hemiptera and Thysanoptera, is note presente. Instead, in the CV and the two initial thirds of the TV (the anterior tubular ventriculum ATV and the medium tubular ventriculum MTV), a complex luminal membrane system associated with the enterocyte microvilli can be detected, forming flame-like patterns, named flame-like luminal membranes (FLM). This system originates, apparently, from constrictions of the microvillar tips, which form membranes that projects into the ventricular lumen, keeping their association with the microvilli. Formerly, it was assumed that Hemiptera and Thysanoptera insects have a luminal membrane system associated with the microvilli, called permicrovillar membranes (PMM). This membrane system was considered as a structure present in the whole order Hemiptera, mainly in Heteroptera suborder species. Posterior studies with the aphid Acyrthosiphon pisum, revealed the occurrence of a luminal membrane system very different from the PMM model. This system was called modified perimicrovillar membranes (MPM). The occurrence of a new kind of luminal membranes system, the FLM, suggests the existence of a not yet described diversity in these luminal membranes organizations in Hemiptera. Thus, it is assumed that FLM, PMM and MPM are probably homologous luminal membranes systems with similar function roles. The use of lanthanum as a tracer revealed that the FLM forms, apparently, closed compartments, as postulated to PMM. The discovery of a third type of luminal membrane organization system in B. xanthophis, which differs significantly from PMM and MPM, opens a new discussion concerning the actual origin and function of these complex luminal membranes system in the digestive system of Hemiptera. More detailed studies of the occurrence of different types of luminal membranes systems in Hemiptera species, may improve the knowledge about the phylogenetic relationships among the several groups, which constitutes this order. Furthermore, the actual role of the luminal membranes system in the digestive process has to be investigated in detail.
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Estudo comparativo da organização morfofuncional do intestino médio de espécies representativas da ordem Hemiptera / Comparative study of the morphofunctional organization of the midgut of representative species of te order HemipteraAlexandre Hiroshi Utiyama 08 March 2017 (has links)
Este trabalho consiste num estudo abrangente do sistema digestivo de espécies representativas da ordem Hemiptera, no qual dados de caráter morfológico foram integrados a informações bioquímicas e moleculares acerca das principais proteínas atuantes no processo digestivo destes animais. Para tanto, este projeto utilizou, como referência básica, um estudo prévio realizado com a espécie Bucephalogonia xanthophis (Hemiptera: Cicadellidae). As análises morfológicas desenvolvidas neste trabalho consistiram em um estudo comparativo ultraestrutural das espécies sugadoras de seiva Macugonalia leucomelas (subordem Auchenorrhyncha, Cicadellidae), Dalbulus maidis (subordem Auchenorrhyncha, Cicadellidae), Mahanarva fimbriolata (subordem Auchenorrhyncha, Cercopidae), Quesada gigas (subfamília Auchenorrhyncha, Cicadidae) e Diaphorina citri (subordem Sternorrhyncha, Psyllidae). Já a vertente molecular deste estudo buscou identificar, caracterizar e determinar a distribuição de transportadores de membrana, enzimas digestivas e outras proteínas atuantes no processo digestivo da espécie B. xanthophis. De um modo geral, as espécies da infraordem Cicadomorpha M. leucomelas, D. maidis, M. fimbriolata e Q. gigas apresentam uma organização anatômica do sistema digestivo muito semelhante ao descrito previamente para a cigarrinha B. xanthophis. Um esôfago conecta a boca ao intestino médio, que tem início na câmara de filtração (CF), que é composta pela aposição das porções anterior e posterior do intestino médio com as regiões proximais dos túbulos de Malpighi. Este órgão permite a excreção do excesso de água presente na seiva, permitindo a concentração dos nutrientes na porção mediana do intestino médio. O sistema digestivo segue por duas regiões anatomicamente distintas: o domínio cônico (DC) e o tubular (DT) do intestino médio. O intestino posterior é observado como um longo tubo livre pela hemocela a apresenta um reto dilatado, terminando em um ânus. De um modo geral, as espécies da família Cicadellidae (M. leucomelas e D. maidis) apresentam uma CF anatomicamente menos complexa do que se observa em M. fimbriolata e Q. gigas. Diferentemente das espécies da infraordem Cicadomorpha, o psilídeo D. citri exibe um sistema digestivo com uma CF relativamente ainda mais simples, sem a presença de túbulos de Malpighi. O intestino médio desta espécie também possui dois domínios distintos, mas apresentam caracteristicamente quatro apêndices de fundo cego que se projetam a partir do DT, cuja função ainda é desconhecida. Do ponto de vista ultraestrutural, as células da CF das espécies analisadas exibem adaptações relacionadas ao transporte de água e íons através da membrana, como microvilosidades apicais e invaginações da membrana plasmática basal associadas à mitocôndrias. As células da CF de D. citri possuem uma maior quantidade de organelas citoplasmáticas quando comparadas às espécies da infraordem Cicadomorpha., sugerindo uma menor atividade no processo digestivo Os enterócitos, principal tipo celular encontrado no DC e DT, exibem, em todas as espécies analisadas, microvilosidades apicais, invaginações da membrana plasmática basal associada a mitocôndrias e organelas associadas à rota intracelular de secreção. No caso particular de D. citri, as microvilosidades se mostram modificadas na forma de uma rede de lamelas, reforçadas entre si por trabéculas. Um complexo luminal de membranas pode ser observado associado às microvilosidades dos enterócitos de todas as espécies estudadas neste trabalho. Nas espécies da subordem Auchenorrhyncha, este complexo de membranas apresenta uma organização semelhante às membranas luminais em forma de chama (MLC). Este complexo se origina a partir de constrições do ápice das microvilosidades, que formam membranas que se projetam ao lúmen do intestino médio, delimitando compartimentos de acesso restrito. Por outro lado, na espécie D. citri, o complexo luminal de membranas observado é semelhante às membranas perimicrovilares modificadas (MPMm), descritos previamente em afídeos, que não forma compartimentos fechados. Os resultados apresentados neste trabalho, aliados às informações disponíveis na literatura, indicam que a organização do complexo luminal de membranas nos insetos da ordem Hemiptera é bem mais diversificada do que se presumia anteriormente, o que coloca em dúvida a visão tradicional sobre a origem evolutiva desse complexo. A compartimentalização do processo digestivo aparentemente deixou de existir no ancestral do grupo Paraneoptera, com a perda da membrana peritrófica. No entanto, o complexo luminal de membranas presente no lúmen do intestino médio de Hemiptera e Thysanoptera pode ter surgido ao longo da evolução desses grupos como um mecanismo alternativo que promova algum nível de compartimentalização da digestão. A análise do transcriptoma do intestino médio de B. xanthophis possibilitou a identificação de uma série de transportadores de nutrientes orgânicos, inorgânicos e água. A partir destes dados, foi criado um modelo para a absorção de aminoácidos baseado num cotransporte de H+ e aminoácidos através de toda a extensão do epitélio intestinal, que utiliza a energia de um gradiente eletroquímico de prótons, bombeados para o meio extracelular por V-ATPases. Tal modelo contrasta com o preconizado na literatura, que tem por base um cotransporte de aminoácidos com potássio. Os dados obtidos pelo transcriptoma também permitiram a identificação de transportadores de açúcar ao longo do intestino médio de B. xanthophis. Os açúcares absorvidos, provavelmente na forma de glicose, devem ser convertidos em trealose no citossol dos enterócitos antes de serem transportados para a hemolinfa. Os resultados apresentados neste trabalho também indicam a ocorrência de α-glicosidase no intestino médio de B. xanthophis, além de indícios de sua associação com as MLC. No entanto, sua função no processo digestivo desta espécie ainda não é conhecida. A identificação de proteinases digestivas ao longo de todo o intestino médio de B. xanthophis, principalmente catepsinas e quimotripsinas, foi surpreendente, considerando-se que sua dieta não apresenta proteínas em sua composição. Assim, estudos complementares são necessários para se averiguar a real função destas enzimas no processo digestivo desta cigarrinha. A análise molecular realizada neste trabalho permitiu uma melhor compreensão acerca do processo digestivo da espécie sugadora de xilema B. xanthophis. Os resultados obtidos sugerem a presença de diferenças funcionais significativas entre as diversas regiões do intestino médio que não se refletem na ultraestrutura dos enterócitos. A identificação de proteinases e transportadores de aminoácidos e açúcares na CF sugere que este órgão possua uma função bem mais abrangente no processo digestivo, indo além do transporte de água e concentração de nutrientes / This work presents a comprehensive study of the digestive system of representative species of the order Hemiptera, where morphological, biochemical, and molecular data are integrated for a better understanding of the digestive process occurring in these insects. This project is based on a previous study about the digestive system of the leafhopper Bucephalogonia xanthophis (Hemiptera: Cicadellidae). A comparative ultrastructural study is presented with the sap-sucking species Macugonalia leucomelas (suborder Auchenorrhyncha, Cicadellidae), Dalbulus maidis (suborder Auchenorrhyncha, Cicadellidae), Mahanarva fimbriolata (suborder Auchenorrhyncha, Cercopidae), Quesada gigas (suborder Auchenorrhyncha, Cicadidae), and Diaphorina citri (suborder Sternorrhyncha, Psyllidae). Moreover, a molecular analysis was performed regarding the identification, characterization, and distribution of significant proteins associated with the digestive process in B. xanthophis. The digestive system of the cicadomorphan species M. leucomelas, D. maidis, M fimbriolata, and Q. gigas is very similar to the one previosly described for the leafhopper B. xanthophis. The foregut is made up of a simple tube, the esophagus. The midgut starts at the filter chamber (FC) and progresses to a more posterior conical (CDM) and tubular regions (TDM). The FC is formed by the apposition between the anterior and posterior midgut, along withe the proximal segmentos of the Malpighian tubules, allowing the concentration of the nutrients in the middle midgut. The hindgut is formed by a long tube which presents a dilated rectum before ending in the anus. The FC of M. leucomelas and D. maidis are anatomically less complex than the observed in M. fimbriolata and Q. gigas. Unlike the cicadomorphan species, the CF of D. citri shows an even more simplified organization, lacking the Malpighian tubules. Although two domains of the midgut can be observed in the psyllid, four appendages with unknown function are identified projecting from the TDM. The FC cells of all studied species present ultrastructural adaptations related to the transport of ions and water, such as apical surfaces modified into microvilli, basal plasma membrane presenting several invaginations with associated mitochondria. However, the FC cells from D. citri exhibit more organelles compared to the cicadomorphan species, suggesting that its role in the digestive process is less relevant. The CDM and TDM regions are mainly formed by enterocytes, which shows, in all species, apical microvilli, basal plasma membrane infoldings with associated mitochondria and other organelles related to the secretory pathway. The microvilli of D. citri enterocytes form a complex network of lamellae, which are associated with one another through trabecullae. A luminal membrane complex can be observed associated with the microvillar tips of the enterocytes in all analysed species. The ones from the Auchenorrhyncha infraorder exhibit a membrane complex organization similar to the flame-like membrane complex. Such complex originates from constrictions of the microvillar apex which form membranes that project into the midgut lumen, delimitating restricted access compartments. Alternatively, the luminal membrane complex observed in D. citri is similar to the modified perimicrovillar membranes, previously described in aphids, which does not form closed compartments. The results presented in this work, along with available data in the literature, indicate that the organization of the digestive system in Hemipteran insects is more diverse than previously presumed, what makes the traditional view on the evolutionary origin of this complex questionable. The compartmentalization of the digestive process was apparently lost in the Paraneoptera ancestor, allied to the loss of the peritrophic membrane. However, the luminal membrane complex in the midgut lumen of Hemiptera and Thysanoptera would have evolved as an alternate mechanism promoting some degree of compartmentalization of the digestive process. The analysis of the transcriptome of B. xanthophis midgut allowed the identification of a series of organic, inorganic, and water transporters, leading to the proposal of an amino acid absorption model, based on a cotransport of H+ and amino acid. In this model, the active transport of amino acids occurs throughout the midgut and it is powered by an electrochemical gradient of protons, formed by a V-ATPase. This model is based on a different mechanism as the one proposed in the literature, which consists on a cotransport of potassium ions and amino acids. The transcriptome analysis also allowed the identification of sugar transporters along the midgut of B. xanthophis. Glucose is probably the main monosaccharide absorbed by the enterocytes, which are then converted into trehalose before being transported to the hemolymph. The results presented in this work still indicate the occurrence of α-glucosidase in the B. xanthophis midgut and show evidences of its association with the flame-like luminal membranes. However, the function of this enzyme in the digestive process of this species has yet to be discovered. The identification of digestive proteinases along the midgut of B. xanthophis, specially cathepsins and chymotrypsins, was surprising, considering that there are no proteins in xylem composition. Therefore, more studies are needed to verify the real function of those enzymes in the digestive process of this leafhopper. The molecular analysis performed in this work led to a better understanding of the digestive process in the xylem-sucker leafhopper B. xanthophis. Apparently, the detected functional differences among the midgut regions do not reflect on the enterocytes ultrastructure. The identification of proteinases and amino acid and sugar transporters in the FC suggests that this organ has a more general role in the digestive process besides the water transport and nutrient concentration
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O sistema digestivo do \"bicho-pau\" Phibalosoma phyllinum (Phasmida, Phasmatidae): uma análise morfológica, fisiológica e bioquímica / The digestive system of the stick bug Philbalosoma phyllinum (Phasmida, Phasmatidae): a morphological, physiological and biochemical analysisEmiliano Carneiro Monteiro 03 May 2012 (has links)
Este trabalho consiste em um estudo detalhado do sistema digestivo de Phibalosoma phyllinum (Phasmida, Phasmatidae) num enfoque morfofuncional. Do ponto de vista anatômico, o seu sistema digestivo é constituído por um intestino anterior, um intestino médio e um intestino posterior. O intestino anterior é composto por uma cavidade bucal (onde se abre o ducto da glândula salivar bilobada), uma faringe, que se continua para o esôfago, terminando em um proventrículo, que forma uma válvula em seu interior. O intestino médio é formado por um ventrículo tubular, dividido em três regiões: ventrículo anterior (VA), ventrículo médio (VM) e ventrículo posterior (VP). Este último foi, ainda, subdividido em proximal (VPI) e distal (VPII). Na região do VPI, foi constatada a presença de estruturas denominadas de apêndices ventriculares, formadas por protuberâncias, que se inserem no tubo digestivo, e canalículos, que se projetam da região apical de cada uma delas e terminam em fundo cego. O intestino posterior é dividido em um íleo e um reto que termina no ânus. A análise histológica mostrou que o intestino anterior é formado por um epitélio simples, composto por células pavimentosas, revestido por uma cutícula, que se modifica na forma de pequenas espículas ao longo desta região. O proventriculo é composto por uma válvula muscular simples, que separa o intestino anterior e o intestino médio. Este último é formado por um epitélio simples, constituído por células do tipo colunar, chamadas de enterócitos, principais responsáveis pela secreção de enzimas digestivas e pela absorção dos nutrientes, por células regenerativas, que se apresentam reunidas em ninhos na base do epitélio, e por células endócrinas. Os apêndices ventriculares, por sua vez, possuem um epitélio simples e contínuo com o epitélio ventricular. As células das protuberâncias apresentam-se grandes e arredondadas, enquanto que os canalículos são compostos por um epitélio de células achatadas, semelhante ao dos túbulos de Malpighi. Na região de transição entre o epitélio ventricular e o intestino posterior se inserem os túbulos de Malpighi. O epitélio do intestino posterior é do tipo cúbico, simples, revestido por cutícula. A luz do intestino médio (ou ventrículo) é revestida por uma estrutura tubular, denominada de membrana peritrófica, cuja existência foi comprovada por microscopia de fluorescência com a utilização da técnica WGA-FITC (aglutinina do gérmen do trigo conjugada à fluoresceína). Com a finalidade de identificar regiões específicas do ventrículo onde ocorre a absorção ou secreção de água através do epitélio, foram realizados experimentos fisiológicos de ingestão e injeção do corante amaranto em solução. Verificou-se que, quando o corante é ingerido pelos insetos, o VA apresenta-se corado, tanto em animais em jejum quanto alimentados, indicando ser este o possível sítio de absorção de água no ventrículo. Por sua vez, a partir de experimentos com a injeção do mesmo corante na hemolinfa, foi constatada a sua tomada pelos túbulos de Malpighi, indicando serem estes os principais sítios de tomada de água da hemolinfa e de sua secreção para a luz do tubo digestivo. Tanto em animais em jejum, quanto alimentados, o corante injetado é encontrado na luz do intestino posterior. Entretanto, nos animais em jejum, o corante é capaz de se difundir, também, pelo ventrículo até a sua região anterior. A análise ultraestrutural do intestino médio revelou que a superfície apical dos enterócitos constituintes apresenta-se modificada na forma de microvilosidades. Nas membranas laterais, observam-se especializações juncionais na forma de desmossomos apicais, seguidos por junções septadas lisas. A membrana plasmática basal, por sua vez, exibe diversas invaginações, formando uma rede complexa de canais com mitocôndrias associadas. Nas células do VA e VM, essa rede exibe um número limitado de aberturas para a lâmina basal, o que indica um maior potencial de absorção de água pelo epitélio ventricular, a partir de sua luz. Nas células da região do VP, o número de aberturas é bem maior, o que sugere que pode ocorrer secreção de água e íons através desta região, não detectável nos experimentos com corantes. Por outro lado, as células regenerativas exibem características típicas de células indiferenciadas, com núcleo grande e poucas organelas. Células endócrinas, por sua vez, são, eventualmente, detectadas na base do epitélio, sem se prolongarem até a superfície apical do epitélio. Foi observado, ainda, que tanto os canalículos ventriculares, quanto os túbulos de Malpighi são formados por células achatadas, com microvilosidades apicais modificadas portando mitocôndrias em seu interior e membrana plasmática basal formando um labirinto complexo, com muitas aberturas para a lâmina basal e com muitas mitocôndrias associadas. Com relação a atividade secretora do epitélio ventricular, verifica-se a existência de grandes quantidades de retículo endoplasmático rugoso e diversas áreas de Golgi concentradas, principalmente, no citoplasma perinuclear. Nas regiões VA e VM, é detectado um grande número de vesículas secretoras, cujo mecanismo de secreção parece ser o merócrino. Ao longo de todo VP, por outro lado, vesículas secretoras estão, aparentemente, ausentes no citoplasma apical, mas pode ser constatada a presença de dilatações nas microvilosidades, algumas das quais apresentem pequenas vesículas em seu interior. Esta observação é sugestiva da ocorrência de secreção do tipo microapócrina nesta região. Devem ocorrer, portanto, dois mecanismos de secreção diferentes ao longo do ventrículo de P. phyllinum: o merócrino (no VA e no VM) e o microapócrino (no VP) O local de produção e secreção das enzimas amilase e tripsina pôde ser localizado através de experimentos de imunomarcação ultraestrutural com a utilização de anticorpos heterólogos. Ambas as enzimas foram detectadas na região do VA e do VM, podendo ser traçadas nas áreas de Golgi, nas vesículas secretoras e na luz do epitélio, junto às microvilosidades, seguindo, pois, a rota secretora. Ambas as enzimas foram identificadas no interior do mesmo tipo de vesículas de secreção, indicando que devem ser eliminadas conjuntamente através da mesma via secretora. Medidas de pH luminal revelaram grandes diferenças de pH ao longo do tubo digestivo nesta espécie. Enquanto que na região anterior o pH é mais ácido (5,3 no intestino anterior e 5,6 no VA), ele vai se tornando mais alcalino nas regiões mais posteriores do ventrículo (6,3 no VM anterior, 8,0 no VM posterior, 9,1 no VPI e 8,5 no VPII) e é neutro no intestino posterior (7,3). Foi determinado, ainda, o efeito do pH sobre a atividade das enzimas tripsina e amilase. A maior atividade para tripsina foi observada no pH 9,0. Já para amilase, a maior atividade foi observada em pH 5,0. No que diz respeito a atividade de enzimas digestivas, ficou evidente que a atividade de amilase e tripsina se concentra no conteúdo do intestino anterior e VA. / This work presents a detailed morphofunctional study of the digestive system of Phibalosoma phyllinum (Phasmida, Phasmatidae). From an anatomical point of view, the digestive system of this insect is formed by a foregut, a midgut and a hindgut. The foregut is composed by the buccal cavity (where the salivary gland\'s duct open), a pharynx and an aesophagus that ends in the proventriculus. The midgut consists of a tubular ventriculus and it can be divided in three regions: the anterior ventriculus (AV), the middle ventriculus (MV), and the posterior ventriculus (PV) which can be further subdivided in its proximal (PVI), and distal (PVII) sub-regions. The presence of a complex system of ventricular appendices was observed in the PVI sub-region, which are formed by protuberances, in the external ventricular surface, and by blind-ended canaliculi, which are connected to the protuberances. The hindgut is divided into an ileum and a rectum that ends in the anus. Seen by light microscopy, the foregut is made up by a simple epithelium, which is composed of squamous cells and covered by a cuticle layer. Through the whole foregut the cuticle forms spines. The proventriculus is formed by a simple muscular valve that separates the foregut from the midgut. The midgut itself is formed by a simple epithelium, which is made up of three different cell types: columnar cells (enterocytes), which are the main site of enzyme production and secretion, and nutrient absorption, the regenerative cells, which are clustered in nidi at the basal portion of the epithelium, and the endocrine cells. The ventricular appendices, in turn, are formed by a simple epithelium that is continuous with the ventricular epithelium. Cells from the protuberances are large showing a round shape, while canalicular cells are short, and very similar to the ones presented in the Malpighian tubules. In the transition between the midgut and the hindgut, several Malpighian tubes branch off. The hindgut is formed by a simple epithelium, lined by cuticle. The ventricular lumen is covered by a tubular structure called peritrophic membrane whose presence was confirmed by fluorescence microscopy, using chitin-binding lectin WGA (wheat germ agglutinin) coupled with FITC (fluorescein isothiocyanate). In order to identify specific ventricular regions where water absorption and secretion through the epithelium take place, physiological experiments, using amaranth dye solution were performed. This solution was either orally administered, or injected in the hemolinph of both fed and starved insects. These experiments revealed that, both in fed and starved animals, the AV is the main site of water absorption, whereas the Malpighian tubules are the main sites of water secretion into the ventricular lumen. Ultrastructural analysis showed that enterocytes present an apical surface modified into well-developed microvilli. In their lateral surface, the adjacent plasma membranes are linked by desmosomes and smooth septate junctions. The basal plasma membrane shows several infoldings, forming a labyrinth of channels with associated mitochondria. In the AV and MV, these infoldings present a limited number of openings to the basal lamina, which indicates a greater water absorption potential of these regions from the gut lumen. In the PV cells, the number of openings is greater, indicating that these regions may be involved in water secretion (although occurring in levels that are undetectable through dye experiments). Regenerative cells nidi, in turn, can be observed in the basal portion of the epithelium throughout the midgut. This cell type shows characteristics of undifferentiated cells, such as large nuclei and few organelles. Endocrine cells are confined to the basal portion of the epithelium. Both the ventricular canaliculi and the Malpighian tubules are made up by cuboidal cells with modified apical microvilli bearing mitochondria in their interior, and basal plasma membrane forming a labirinth with many well developed infolds and openings to the basal lamina, as well as many associated mitochondria. An intense secretory activity was observed along the entire midgut. Large amounts of rough endoplasmic reticulum, well developed Golgi areas were observed in the enterocytes. In the AV and MV a large number of secretory vesicles could be observed concentrated in the apical portion of the cells, and their contents are probably eliminated by a merocrine mechanism. Along the PV, secretory vesicles are apparently absent but microvilli display dilated tips frequently showing small vesicles in their interior. This observation may indicate the occurrence of a microapocrine secretory mechanism in this ventricular region. The enzymes amylase and trypsin were immunolocalized in the cells from the AV and MV. In these regions, the two enzymes were detected in Golgi areas, secretory vesicles and in the the ventricular lumen, between the microvilli. Thus, both enzymes seem to be produced and eliminated through the same secretory pathway. Luminal pH measurements revealed a great variation of the pH along the intestine of this species. While in its anterior region the pH is acid (5,3 in the foregut and 5,6 in the AV), it becomes gradually alkaline towards the posterior regions (6,3 in the anterior MV, 8,0 in the posterior MV, 9,1 in the PVI and 8,5 in the PVII); in the hindgut the pH is neutral (7,3). The effect of the pH on amylase and trypsin activities was also measured. It was determined that trypsin\'s optimal pH was 9,0, and amylase\'s optimal pH was 5,0. Biochemical assays of digestive enzymes revealed the presence of amylase and trypsin in the luminal contents, mainly in the foregut and AV. In spite of that, it is possible that trypsin\'s activity is greater in the MV and PV, where the alkaline luminal pH matches the optimal pH for this enzyme. Chymotrypsin is also present in the lumen of the foregut and AV, but, unlike amylase and trypsin, its major activity is found in the AV. Aminopeptidase is found in the ventricular epithelium, mainly in the MV and PV, and maltase is detected associated with the microvillar glicocalix in the AV and PV regions. The hindgut showed low levels of digestive enzyme excretion, both in fed and starved animals, suggesting that these enzymes are recovered during the digestive process. Thus, these results point to the occurrence of an endo-ectoperitrophic circulation of digestive enzymes in both fed and starved animals, in which the AV is the main absorption site of water and the Malpighian tubules, the main secretion site. Initial carbohydrates digestion should occur in the foregut and in the AV, in the endoperitrophic space, whereas its final digestion should take place in the epithelial surface. Protein digestion should take place in the MV and in the PV; initial digestion should occur in the luminal endoperitrophic space, whereas final digestion takes place in the epithelial surface of these regions. Carbonic anhydrase assays revealed a high activity of this enzyme in the ventricular appendices. This fact, along with the morphological similarity between ventricular canaliculi and Malpighian tubules suggest that the canaliculi and the Malpighian tubules are homologous structures. Along the evolutionary process, the canaliculi probably acquired the capability to promote the alkalization of the PV lumen (mainly in the PVI region) thus affecting the digestive process
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Prevalencia del síndrome de intestino irritable en la población adulta de Chiclayo durante el año 2011Gonzales Gamarra, Raiza Gabriela, Ruiz Sánchez, Jorge Gabriel January 2013 (has links)
El síndrome de intestino irritable (SII) es una entidad cuya prevalencia varía según el método utilizado para diagnosticarlo. Objetivo: determinar la prevalencia del SII en Chiclayo-Perú durante el año 2011. Materiales y métodos: población diaria: personas entre 18 y 60 años; diseño de estudio: descriptivo transversal. Tamaño muestral: 195 personas, muestreo aleatorio, estratificado multietápico. Se entrevistó casa a casa usando una ficha de recolección de datos basada en los criterios de Roma III. Se utilizó estadística descriptiva y análisis bivariado para medir asociación entre SII y variables epidemiológicas. Resultados: 200 personas fueron entrevistadas, 76 varones (38%) y 124 mujeres (62%). La media de edad fue 38,8 años ± 12,7. La prevalencia de SII fue de 15%; siendo la localización del dolor más frecuente el mesogastrio (26,7%); predominando las heces “pastosas” (30%) y la “diarrea” (36,7%). 20 personas con SII (66,7%) trabajaban y/o estudiaban. No hubo asociación entre SII y sexo femenino ni “ocupación” (Odds de prevalencia: 1,51; IC95%: 0,31-3,99 y 1,23; IC95%: 0,51-3,15 respectivamente). Conclusiones: la prevalencia de SII en Chiclayo es elevada, más frecuente en mujeres y quienes laboran o estudian; la diarrea, la consistencia pastosa de las heces y el dolor mesogástrico fueron las manifestaciones clínicas más frecuentes.
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Intoxicação espontânea e experimental por Eupatorium tremulum (Asteraceae) em bovinos / Spontaneous and experimental poisoning by Eupatorium tremulum (Asteraceae) in cattleLucioli, Joelma 05 March 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-08T16:24:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007-03-05 / The spontaneous and experimental poisoning by Eupatorium tremulum in cattle is
described. Spontaneous cases were diagnosed in a herd of 19 cattle in the municipality of
Lages, Santa Catarina, Brazil. Three out of hose 19 cattle were found dead after they were
transferred to a pasture with abundant quantities of E. tremulum. Two of those were
necropsied and several internal organs were sampled for histological examination. Green
leaves of E. tremulum were force-fed orally to five calves as single doses varying from 23-32
g/kg /body weight. Three calves had clinical signs and two died. The main observed clinical
signs included anorexia, apathy, lack of rumen movements, diarrhea and flabby abdominal
wall. Gross changes were restricted to the fore stomachs and were identical to those observed
in the cases of natural poisoning. There was a reddish heu to the serosal aspect of rumen and
reticulum; the corneal layer of the internal lining of these organs was loosely attached to a
markedly red mucosa. On histological examination of the rumen and reticulum from both
spontaneous and experimental cases there were necrosis and vesicles formation in the
epithelial covering; in some segments of the ruminal mucosa there was detachment of the
epithelial covering and infiltration by neuthophils. The poisoning by E. tremulum has clinical
course, gross lesions and histopathology very similar to those observed in the poisoning
caused by the ingestion of the plants Baccharidastrum triplinervium, Baccharis coridifolia
and Baccharis megapotamica var. weirii. The differential diagnosis between these four plant
poisonings should include the presence of the plant and epidemiology. The diagnosis of the
spontaneous cases in this study was confirmed by epidemiological data and experimental
reproduction of characteristic gross lesions and histopathology / Descreve-se a intoxicação natural e experimental por Eupatorium tremulum em
bovinos. Um surto de intoxicação espontânea por esta planta foi diagnosticado no município
de Lages Santa Catarina. Em um lote de dezenove bovinos, três morreram após a
transferência para uma invernada aonde havia grande quantidade de E. tremulum. Os animais
foram encontrados mortos, e dois foram necropsiados e foram coletadas amostras de vísceras
para exame histológico. Experimentalmente, folhas verdes de E. tremulum foram
administradas a cinco bovinos, em doses únicas que variaram de 23 a 32 g/Kg de peso vivo.
Destes, três adoeceram e dois morreram. Os principais sinais clínicos observados foram:
anorexia, apatia, atonia ruminal, micção freqüente e em pequenos jatos, fezes pastosas e
ventre flácido. As lesões macroscópicas restringiram-se aos pré-estômagos e foram idênticas,
tanto para intoxicação natural como para a experimental. O rúmen e retículo externamente
mostravam tonalidade levemente avermelhada, a camada córnea da mucosa estava
frouxamente aderida e a mucosa tinha coloração vermelha acentuada. Ao exame histológico
observou-se no rúmen e retículo, tanto na intoxicação espontânea, como experimental,
necrose do epitélio da mucosa com formações de pequenas vesículas e em alguns segmentos,
desprendimento da camada epitelial e leve infiltrado de neutrófilos. A intoxicação por E.
tremulum tem curso clínico, lesões macro e microscópicas muito semelhantes àquelas
produzidas pela intoxicação por Baccharidastrum triplinervium, Baccharis coridifolia (miomio)
e Baccharis megapotamica var. weirii (mio-mio do banhado). O diagnóstico diferencial
entre essas quatro intoxicações deve ser feito pela presença da planta e pelos dados
epidemiológicos. O diagnóstico dos casos espontâneos foram confirmados pelos dados
epidemiológicos e reprodução experimental das lesões macro e microscópicas
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Avaliação da morbi-mortalidade do tratamento cirúrgico do volvo colônico de sigmóide na urgência / Assessment of outcomes in surgical treatment of the acute sigmoid volvulusGabriel, Andressa Guterres 24 November 2003 (has links)
O volvo colônico de sigmóide, juntamente com o fecaloma e a perfuração de cólon, representam as principais complicações do megacólon chagásico. O volvo do cólon sigmóide é definido como a torção axial da alça sobre seu meso, num ângulo maior que 180 graus, e leva a um quadro clínico de obstrução intestinal clássico que pode ainda ser complicado pela associação de fecaloma, perfuração e necrose. Estudou-se retrospectivamente os prontuários de 130 doentes, 55 mulheres e 75 homens com idade média de 58,1 anos com diagnóstico de volvo de cólon sigmóide, os quais foram tratados cirurgicamente na urgência. Os doentes foram selecionados em dois grupos, sendo o grupo I submetido a tratamento derivativo na urgência, compreendendo subgrupos: grupo IA: Destorção e colostomia em alça; grupo IB: Procedimento de Hartmann; grupo IC: Colectomia total. No grupo II foram avaliados os doentes submetidos a tratamento definitivo na urgência - operação de Duhamel-Haddad. Foram analisados dados referentes aos diagnósticos clínico, radiológico, etiológico, às complicações pós-operatórias e à mortalidade. A taxa de morbidade geral foi de 17,7%; a mortalidade na urgência foi de 6,2%. A morbi-mortalidade do tratamento cirúrgico de urgência foi: grupo IA = 7,8%; grupo IB = 20,8%; grupo IC = 22,2% e grupo II = 27,3%. A permanência hospitalar média foi de 5,6 dias, sendo a maior no grupo II, com média de 10 dias. Quando se analisa os doentes que foram submetidos eletivamente à operação de Duhamel-Haddad para reconstrução do trânsito intestinal, obtém-se uma taxa de morbi-mortalidade de 38,8% e permanência hospitalar de 9,9 dias (14,1 dias no total) no grupo submetido à destorção com colostomia em alça (grupo IA). No grupo que sofreu cirurgia de Hartmann (grupo IB) de 46,2% e a permanência hospitalar foi de 11,1 dias (17,2 dias no total). Concluiu-se que: 1) o ideal é associar o tratamento definitivo do megacólon ao do volvo colônico na urgência, quando as condições clínicas o permitirem, por implicar em menor tempo de internação e menor morbi-mortalidade total; 2) a operação de Duhamel-Haddad realizada ulteriormente associou-se a maior número de complicações do que quando feita na urgência / Acute sigmoid volvulus, fecal impaction and colonic perforation are the major complications of chagasic megacolon. Sigmoid volvulus is defined as the torsion of the sigmoid colon over its mesenteric axis more than 180 degrees. Clinically, patients present signs and symptoms of bowel obstruction that may be worsen if occurs isquemia, necrosis and perforation. Files of 130 cases admitted at emergency unit and diagnosed as having sigmoid volvulus was reviewed: 55 women and 75 men with age ranging from 26 to 89 years. Patients were divided into two groups: Group I: submitted to derivative colostomy; Group IA - volvulus detorsion and loop colostomy; Group IB - Hartmann\'s procedure and Group IC - total colectomy. Group II: submitted to Duhamel-Haddad procedure, i.e., simultaneous treatment of volvulus and its cause, the megacolon. Data concerning to clinical and radiological diagnosis, etiologic factors, surgical treatment and outcomes were analyzed. Overall morbidity rate were 17.7% and mortality were 6.2%. Morbi-mortality of the surgical treatment in urgency was: Group IA= 7.8%; Group IB = 20.8%; Group IC = 22.2% and Group II = 27.3%. Median hospital stay was 5.6 and 10 days for groups I and II, respectively. Elective intestinal transit reconstruction in groups IA and IB showed: morbidity of 38% and 46.2%, median hospital stay of 9.9 and 11.1 days, respectively. Conclusions: Duhamel-Haddad procedure as a surgical option for the treatment of sigmoid volvulus is associated with short hospital stay and less outcomes; Duhamel- Haddad procedure, as an emergency operation, was associated with fewer complications than programmed ones
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Endoscopia com magnificação de imagem, cromoscopia e uso do ácido acético no esôfago de Barrett / Magnification endoscopy with chromoscopy and acetic acid in Barrett\'s oesophagusFrança, Livia Gomes Pereira 12 July 2004 (has links)
Esôfago de Barrett é definido como a substituição do epitélio escamoso normal por epitélio colunar com metaplasia intestinal especializada (MIE), tendo como causa a persistência do refluxo gastro-esofágico. Seu diagnóstico é baseado na identificação endoscópica e na confirmação histológica da presença de MIE. Esôfago de Barrett é a principal causa do desenvolvimento do adenocarcinoma esofágico. Aos pacientes com esôfago de Barrett é recomendada vigilância endoscópica com biópsias seriadas tentando-se diagnosticar, precocemente, lesões precursoras ou o adenocarcinoma em estágio precoce e factível de resposta à terapia. O aumento da incidência do adenocarcinoma tem contribuído para o estudo de novas técnicas endoscópicas visando melhorar a detecção destas lesões. Este estudo foi realizado objetivando-se avaliar a eficácia da cromoscopia com azul de metileno, associada a magnificação de imagem com ácido acético, na detecção de MIE, displasia e adenocarcinoma. Prospectivamente, 35 pacientes com diagnóstico de esôfago de Barrett em acompanhamento ambulatorial, com extensão superior a 2,0 cm, realizaram dois exames de endoscopia digestiva alta, sendo um convencional com biópsias seriadas e um segundo com aplicação de azul de metileno, seguida do ácido acético, magnificação de imagem e biópsias. Realizaram-se biópsias adicionais de qualquer alteração do relevo mucoso. A freqüência diagnóstica da metaplasia intestinal especializada foi de 71,4% e 77,1% para biópsias orientadas pelo método convencional e pelo método da cromoscopia/magnificação de imagem, respectivamente (p=0,41). Freqüência de displasia ou adenocarcinoma foi de 9% para as biópsias orientadas pelo método convencional e 6% para biópsias orientadas pela cromoscopia/magnifcação de imagem. Tanto os pacientes com displasia de alto grau quanto aqueles com adenocarcinoma apresentaram alterações em sua superfície mucosa visíveis em ambos os métodos endoscópicos. A sensibilidade e a especificidade da cromoscopia, quando avaliamos as áreas coradas em detectar MIE foi de 88% e 50%, respectivamente. A sensibilidade e a especificidade das áreas não coradas em detectar displasia e/ou adenocarcinoma foi de 75% e 100%, respectivamente. A sensibilidade e a especificidade da magnificação de imagem, quando avaliamos as áreas com padrão viliforme em detectar MIE foi 88% e 50%, respectivamente. Tanto a sensibilidade quanto a especificidade das áreas com padrão amorfo em detectar displasia e/ou adenocarcinoma foi de 100%. A sensibilidade e a especificidade da cromoscopia/magnificação de imagem, para padrão corado e viliforme, em detectar MIE foi de 83% e 50%, respectivamente. Já a sensibilidade e a especificidade das áreas não coradas e com padrão amorfo em detectar displasia e/ou adenocarcinoma teve seu cálculo prejudicado pela pequena amostra estudada. Na comparação dos dois métodos empregados, verificaram-se resultados similares na detecção de metaplasia intestinal, displasia e câncer. A realização de cromoscopia/magnificação de imagem proporcionou: alta sensibilidade e baixa especificidade na detecção da metaplasia intestinal especializada e baixa sensibilidade e alta especificidade na detecção de displasia ou adenocarcinoma. Alterações da superfície mucosa corresponderam as áreas neoplásicas. / Barrett\'s esophagus is defined as the replacement of the normal squamous epithelium by columnar lined esophagus. The diagnosis requires endoscopically visible columnar lined esophagus and histologic identification of characteristic specialized intestinal-type metaplasia (SIM). Gastroesophageal reflux has been proposed as a risk factor for Barrett`s esophagus and this disease has been shown to be the main cause of esophageal adenocarcinoma. After the diagnosis of Barrett`s esophagus, endoscopy surveillance is recommended with multiple biopsies of the columnar lined esophagus at quadrants of 2 cm intervals to determine epithelial dysplasia or adenocarcinoma in early and curable stage. Due to the increase in the incidence of esophageal adenocarcinoma new techniques of endoscopic surveillance have been proposed. The aim of this study was to evaluate the efficacy of magnification chromoendoscopy with methylene blue and acetic acid for the detection of intestinal metaplasia, dysplasia and cancer. Prospectively, 35 patients with Barrett\'s esophagus extending for more than 2,0 cm, underwent two upper digestive endoscopy procedures, including one with conventional biopsies and other with chromoendoscopy using methylene blue and acetic acid instillation, magnification and biopsies. Biopsies were also taken from any suspicious mucosal area. The incidence of MIE were 71,4% e 77,1% from conventional biopsies and chromoendoscopy/magnification, respectively. Dysplasia and adenocarcinoma were diagnosed in 9% and 6% throught conventional biopsies and chromoendoscopy/magnification, respectively. Patients with high grade dysplasia or adenocarcinoma revealed mucosal alterations. The sensitivity and specificity rates for chromoendoscopy for stained areas for MIE were 88% and 50%, respectively. The sensitivity and specificity rates for non stained areas for dysplasia and cancer were 75% and 100%, respectively. The sensitivity and specificity rates for magnification for villous areas for MIE were 88% and 50%, respectively. The sensitivity and specificity rates for distorted areas for dysplasia and cancer were 100%. The sensitivity and specificity rates for chromoendoscopy/magnification (for stained and villous areas) for MIE were 83% and 50%, respectively. The sensitivity and specificity rates for non stained and distorted areas couldn?t be evaluated due to the small number of patients. In conclusion, results of the two methods were similar in detecting intestinal metaplasia, dysplasia and cancer. The chromoendoscopy/magnification method procedure provides high sensitivity and low specificity rates in detecting MIE and low sensitivity and high specificity rates in detecting dysplasia and adenocarcinoma. Alterations in the mucosa corresponded to cancer and dysplasia.
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Endoscopia com magnificação de imagem, cromoscopia e uso do ácido acético no esôfago de Barrett / Magnification endoscopy with chromoscopy and acetic acid in Barrett\'s oesophagusLivia Gomes Pereira França 12 July 2004 (has links)
Esôfago de Barrett é definido como a substituição do epitélio escamoso normal por epitélio colunar com metaplasia intestinal especializada (MIE), tendo como causa a persistência do refluxo gastro-esofágico. Seu diagnóstico é baseado na identificação endoscópica e na confirmação histológica da presença de MIE. Esôfago de Barrett é a principal causa do desenvolvimento do adenocarcinoma esofágico. Aos pacientes com esôfago de Barrett é recomendada vigilância endoscópica com biópsias seriadas tentando-se diagnosticar, precocemente, lesões precursoras ou o adenocarcinoma em estágio precoce e factível de resposta à terapia. O aumento da incidência do adenocarcinoma tem contribuído para o estudo de novas técnicas endoscópicas visando melhorar a detecção destas lesões. Este estudo foi realizado objetivando-se avaliar a eficácia da cromoscopia com azul de metileno, associada a magnificação de imagem com ácido acético, na detecção de MIE, displasia e adenocarcinoma. Prospectivamente, 35 pacientes com diagnóstico de esôfago de Barrett em acompanhamento ambulatorial, com extensão superior a 2,0 cm, realizaram dois exames de endoscopia digestiva alta, sendo um convencional com biópsias seriadas e um segundo com aplicação de azul de metileno, seguida do ácido acético, magnificação de imagem e biópsias. Realizaram-se biópsias adicionais de qualquer alteração do relevo mucoso. A freqüência diagnóstica da metaplasia intestinal especializada foi de 71,4% e 77,1% para biópsias orientadas pelo método convencional e pelo método da cromoscopia/magnificação de imagem, respectivamente (p=0,41). Freqüência de displasia ou adenocarcinoma foi de 9% para as biópsias orientadas pelo método convencional e 6% para biópsias orientadas pela cromoscopia/magnifcação de imagem. Tanto os pacientes com displasia de alto grau quanto aqueles com adenocarcinoma apresentaram alterações em sua superfície mucosa visíveis em ambos os métodos endoscópicos. A sensibilidade e a especificidade da cromoscopia, quando avaliamos as áreas coradas em detectar MIE foi de 88% e 50%, respectivamente. A sensibilidade e a especificidade das áreas não coradas em detectar displasia e/ou adenocarcinoma foi de 75% e 100%, respectivamente. A sensibilidade e a especificidade da magnificação de imagem, quando avaliamos as áreas com padrão viliforme em detectar MIE foi 88% e 50%, respectivamente. Tanto a sensibilidade quanto a especificidade das áreas com padrão amorfo em detectar displasia e/ou adenocarcinoma foi de 100%. A sensibilidade e a especificidade da cromoscopia/magnificação de imagem, para padrão corado e viliforme, em detectar MIE foi de 83% e 50%, respectivamente. Já a sensibilidade e a especificidade das áreas não coradas e com padrão amorfo em detectar displasia e/ou adenocarcinoma teve seu cálculo prejudicado pela pequena amostra estudada. Na comparação dos dois métodos empregados, verificaram-se resultados similares na detecção de metaplasia intestinal, displasia e câncer. A realização de cromoscopia/magnificação de imagem proporcionou: alta sensibilidade e baixa especificidade na detecção da metaplasia intestinal especializada e baixa sensibilidade e alta especificidade na detecção de displasia ou adenocarcinoma. Alterações da superfície mucosa corresponderam as áreas neoplásicas. / Barrett\'s esophagus is defined as the replacement of the normal squamous epithelium by columnar lined esophagus. The diagnosis requires endoscopically visible columnar lined esophagus and histologic identification of characteristic specialized intestinal-type metaplasia (SIM). Gastroesophageal reflux has been proposed as a risk factor for Barrett`s esophagus and this disease has been shown to be the main cause of esophageal adenocarcinoma. After the diagnosis of Barrett`s esophagus, endoscopy surveillance is recommended with multiple biopsies of the columnar lined esophagus at quadrants of 2 cm intervals to determine epithelial dysplasia or adenocarcinoma in early and curable stage. Due to the increase in the incidence of esophageal adenocarcinoma new techniques of endoscopic surveillance have been proposed. The aim of this study was to evaluate the efficacy of magnification chromoendoscopy with methylene blue and acetic acid for the detection of intestinal metaplasia, dysplasia and cancer. Prospectively, 35 patients with Barrett\'s esophagus extending for more than 2,0 cm, underwent two upper digestive endoscopy procedures, including one with conventional biopsies and other with chromoendoscopy using methylene blue and acetic acid instillation, magnification and biopsies. Biopsies were also taken from any suspicious mucosal area. The incidence of MIE were 71,4% e 77,1% from conventional biopsies and chromoendoscopy/magnification, respectively. Dysplasia and adenocarcinoma were diagnosed in 9% and 6% throught conventional biopsies and chromoendoscopy/magnification, respectively. Patients with high grade dysplasia or adenocarcinoma revealed mucosal alterations. The sensitivity and specificity rates for chromoendoscopy for stained areas for MIE were 88% and 50%, respectively. The sensitivity and specificity rates for non stained areas for dysplasia and cancer were 75% and 100%, respectively. The sensitivity and specificity rates for magnification for villous areas for MIE were 88% and 50%, respectively. The sensitivity and specificity rates for distorted areas for dysplasia and cancer were 100%. The sensitivity and specificity rates for chromoendoscopy/magnification (for stained and villous areas) for MIE were 83% and 50%, respectively. The sensitivity and specificity rates for non stained and distorted areas couldn?t be evaluated due to the small number of patients. In conclusion, results of the two methods were similar in detecting intestinal metaplasia, dysplasia and cancer. The chromoendoscopy/magnification method procedure provides high sensitivity and low specificity rates in detecting MIE and low sensitivity and high specificity rates in detecting dysplasia and adenocarcinoma. Alterations in the mucosa corresponded to cancer and dysplasia.
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Avaliação da morbi-mortalidade do tratamento cirúrgico do volvo colônico de sigmóide na urgência / Assessment of outcomes in surgical treatment of the acute sigmoid volvulusAndressa Guterres Gabriel 24 November 2003 (has links)
O volvo colônico de sigmóide, juntamente com o fecaloma e a perfuração de cólon, representam as principais complicações do megacólon chagásico. O volvo do cólon sigmóide é definido como a torção axial da alça sobre seu meso, num ângulo maior que 180 graus, e leva a um quadro clínico de obstrução intestinal clássico que pode ainda ser complicado pela associação de fecaloma, perfuração e necrose. Estudou-se retrospectivamente os prontuários de 130 doentes, 55 mulheres e 75 homens com idade média de 58,1 anos com diagnóstico de volvo de cólon sigmóide, os quais foram tratados cirurgicamente na urgência. Os doentes foram selecionados em dois grupos, sendo o grupo I submetido a tratamento derivativo na urgência, compreendendo subgrupos: grupo IA: Destorção e colostomia em alça; grupo IB: Procedimento de Hartmann; grupo IC: Colectomia total. No grupo II foram avaliados os doentes submetidos a tratamento definitivo na urgência - operação de Duhamel-Haddad. Foram analisados dados referentes aos diagnósticos clínico, radiológico, etiológico, às complicações pós-operatórias e à mortalidade. A taxa de morbidade geral foi de 17,7%; a mortalidade na urgência foi de 6,2%. A morbi-mortalidade do tratamento cirúrgico de urgência foi: grupo IA = 7,8%; grupo IB = 20,8%; grupo IC = 22,2% e grupo II = 27,3%. A permanência hospitalar média foi de 5,6 dias, sendo a maior no grupo II, com média de 10 dias. Quando se analisa os doentes que foram submetidos eletivamente à operação de Duhamel-Haddad para reconstrução do trânsito intestinal, obtém-se uma taxa de morbi-mortalidade de 38,8% e permanência hospitalar de 9,9 dias (14,1 dias no total) no grupo submetido à destorção com colostomia em alça (grupo IA). No grupo que sofreu cirurgia de Hartmann (grupo IB) de 46,2% e a permanência hospitalar foi de 11,1 dias (17,2 dias no total). Concluiu-se que: 1) o ideal é associar o tratamento definitivo do megacólon ao do volvo colônico na urgência, quando as condições clínicas o permitirem, por implicar em menor tempo de internação e menor morbi-mortalidade total; 2) a operação de Duhamel-Haddad realizada ulteriormente associou-se a maior número de complicações do que quando feita na urgência / Acute sigmoid volvulus, fecal impaction and colonic perforation are the major complications of chagasic megacolon. Sigmoid volvulus is defined as the torsion of the sigmoid colon over its mesenteric axis more than 180 degrees. Clinically, patients present signs and symptoms of bowel obstruction that may be worsen if occurs isquemia, necrosis and perforation. Files of 130 cases admitted at emergency unit and diagnosed as having sigmoid volvulus was reviewed: 55 women and 75 men with age ranging from 26 to 89 years. Patients were divided into two groups: Group I: submitted to derivative colostomy; Group IA - volvulus detorsion and loop colostomy; Group IB - Hartmann\'s procedure and Group IC - total colectomy. Group II: submitted to Duhamel-Haddad procedure, i.e., simultaneous treatment of volvulus and its cause, the megacolon. Data concerning to clinical and radiological diagnosis, etiologic factors, surgical treatment and outcomes were analyzed. Overall morbidity rate were 17.7% and mortality were 6.2%. Morbi-mortality of the surgical treatment in urgency was: Group IA= 7.8%; Group IB = 20.8%; Group IC = 22.2% and Group II = 27.3%. Median hospital stay was 5.6 and 10 days for groups I and II, respectively. Elective intestinal transit reconstruction in groups IA and IB showed: morbidity of 38% and 46.2%, median hospital stay of 9.9 and 11.1 days, respectively. Conclusions: Duhamel-Haddad procedure as a surgical option for the treatment of sigmoid volvulus is associated with short hospital stay and less outcomes; Duhamel- Haddad procedure, as an emergency operation, was associated with fewer complications than programmed ones
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