[pt] O conceito ESG (Ambiental, Social e Governança) tem ganhado relevância no cenário empresarial, impelindo as empresas a adotarem práticas mais sustentáveis. O setor de construção civil, que historicamente é associado a grandes impactos ambientais e sociais, tem sido chamado a incorporar as práticas ESG em suas estratégias de negócio. O presente trabalho buscou analisar as estratégias e práticas socioambientais adotadas pelas empresas de construção civil brasileiras listadas na B3, analisando como elas estão reagindo às demandas de seus stakeholders e identificando os fatores que facilitam ou dificultam a implementação de práticas ESG. Além disso, procurou-se entender como as estratégias e práticas socioambientais são percebidas pelo mercado, contribuindo para um entendimento sobre a adoção de iniciativas ESG no setor. Através de uma metodologia qualitativa, foram analisados relatórios de sustentabilidade, relatórios setoriais, entrevistas com gestores e stakeholders e matérias técnicas a respeito do assunto. Os resultados revelaram um crescente comprometimento das empresas da amostra com práticas ESG, com destaque para eficiência energética, construções verdes e gestão de resíduos e engajamento comunitário. No entanto, o setor como um todo ainda carece de maior integração dos princípios de ESG em seus negócios e enfrenta desafios como custos de implementação, falta de mão de obra qualificada e dificuldades operacionais longe dos grandes centros. A pesquisa também identificou que a percepção do mercado sobre a sustentabilidade do setor tem melhorado, mas ainda há um longo caminho a percorrer para que o setor seja reconhecido como protagonista em sustentabilidade. / [en] The concept of ESG (Environmental, Social, and Governance) has gained relevance in the business landscape, driving companies to adopt more sustainable practices. The construction sector, historically associated with significant environmental and social impacts, has been called upon to incorporate ESG practices into its business strategies. This study aimed to analyze the socio-environmental strategies and practices adopted by Brazilian construction companies listed on B3, examining how they are responding to stakeholder demands and identifying the factors that facilitate or hinder the implementation of ESG practices. Additionally, it sought to understand how socio-environmental strategies and practices are perceived by the market, contributing to a deeper understanding of the adoption of ESG initiatives in the sector. Through a qualitative methodology, sustainability reports, industry reports, interviews with managers and stakeholders, and technical articles on the subject were analyzed. The results revealed a growing commitment among the sample companies to ESG practices, with a focus on energy efficiency, green buildings, waste management, and community engagement. However, the sector as a whole still lacks greater integration of ESG principles into its businesses and faces challenges such as implementation costs, a shortage of skilled labor, and operational difficulties away from major centers. The research also found that the market s perception of the sector s sustainability has improved, but there is still a long way to go before the sector is recognized as a protagonist in sustainability.

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Nessa linha, as capacidades baseadas em recursos socioambientais possuem as características causalmente ambíguas preconizadas por Reed e DeFillippi (1990), a saber, tacitividade, complexidade e especificidade. Tais características são essenciais para que o recurso ou capacidade tenha o potencial de gerar ambiguidade causal. Com base no referencial teórico foi estabelecido quais recursos e capacidades tem estreita ligação com as questões socioambientais, ao mesmo tempo em que possuem características causalmente ambíguas. Assim, os seguintes recursos e capacidades emergiram do campo teórico, (a) orientação socioambiental, (b) engajamento com stakeholders, (c) aperfeiçoamento ambiental, e (d) capital humano. Utilizando a técnica estatística regressão linear múltipla, a variável dependente ambiguidade causal foi regredida em função das variáveis independentes que formaram cada um dos quatro citados construtos. Como resultado, apenas as variáveis governança corporativa (construto orientação socioambiental) e sociedade/comunidade (construto engajamento com stakeholders) mostraram-se impactantes positivamente sobre a ambiguidade causal. Por fim, a utilização da ambiguidade causal como variável dependente é fato novo e relevante nos estudos da área de RBV, bem como sua relação com a estratégia socioambiental. Deste modo, pode-se afirmar que os resultados desta pesquisa exploratória tem potencial para ampliar as discussões na intersecção dos estudos de RBV e RSAE, bem como, abre diversas possibilidades para futuras pesquisa, conforme colocado nas conclusões do presente trabalho. / This work is about 'Social and Environmental Resource-Based Strategy and its Impact on the Causal Ambiguity' and aim to answer the following research question: What is the relationship between social and environmental resource-based strategy and causal ambiguity? More specifically, the creation of causal ambiguity through social and environmental resources and capabilities, so it makes sense to consider causal ambiguity as a dependent variable, and the social and environmental capabilities independent variables (predictors). In this line, social and environmental capabilities have causally ambiguous characteristics advocated by Reed and DeFillippi (1990), namely, tacitness, complexity and specificity. These characteristics are essential for the resource or capability has the potential to generate causal ambiguity. Based on the theoretical framework, I established which resources and capabilities is closely linked to social and environmental issues, while having causally ambiguous characteristics. Thus, the following resources and capabilities emerge from the literature, (a) social and environmental orientation, (b) stakeholder engagement, (c) environmental improvement, and (d) human capital. Using multiple linear regression, the dependent variable (causal ambiguity) was regressed in function of the independent variables (that formed the four mentioned constructs). As a result, only corporate governance (social and environmental orientation construct) and society / community (stakeholder engagement construct) impacted positively on the causal ambiguity. Finally, the use of causal ambiguity as a dependent variable is a really new and relevant for future studies in the RBV, as well as the relationship between social and environmental strategy and causal ambiguity. Thus, it can be stated that the results of this exploratory research have potential to broaden the discussion on the intersection of RBV and CSER studies, and open several possibilities for future research, as marked in the conclusions of this work.