Orientadores: Leda Maria Caira Gitahy, Javier Bustamante Donas / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-16T11:15:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marques_MarcosdeCarvalho_M.pdf: 1098807 bytes, checksum: 55461f855fd6a47944ea11c2e873cb2f (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: Este trabalho discute a relação entre práticas da governança participativa e apropriação social das TICs a partir da análise de três experiências de inclusão digital: Casa Brasil de Valente (BA) e Piraí Digital (RJ), no Brasil, e Guadalinfo (Andaluzia), na Espanha. Com base no estudo desses casos, é possível afirmar que a utilização de formas de governança participativa favorece a apropriação social de tecnologias e o desenvolvimento local. Elas propiciam um ambiente de cooperação e aprendizagem coletiva essencial para a concepção, gestão e sustentabilidade de iniciativas exitosas de inclusão digital, seja para a disponibilização de recursos mínimos de comunicação, seja para a produção de conteúdos digitais e software, para o alinhamento com programas de desenvolvimento local e inclusive para a inovação. As políticas de inclusão digital devem considerar as práticas exitosas de apropriação que vêm ocorrendo, às vezes, a revelia das propostas iniciais dos programas implantados e devem evoluir para um enfoque mais abrangente ou holístico, que enfatize o processo de apropriação social das TICs e que vá além da difusão dos equipamentos de telecomunicações, fomentando a participação plural e ativa dos diversos atores locais / Abstract: This thesis discusses the relationship between practices of participatory governance and social appropriation of ICTs through the analysis of three initiatives for digital inclusion: Casa Brazil Valente (BA) and Piraí Digital (RJ), in Brazil, and Guadalinfo (Andaluzia), in Spain. Based on these case studies, we can say that the use of forms of participatory governance fosters social appropriation of technologies and local development. They provide an environment of cooperation and collective learning essential to the design, management and sustainability of successful digital inclusion initiatives, either for the provision of minimum resources for communication, whether for the production of digital content and software, to align with local development programs and to promote innovation. Digital inclusion policies should consider the successful practices of social appropriation of ICTs that have occurred, sometimes despite these program initial proposals and should evolve into a more comprehensive or holistic approach that emphasizes the process of social appropriation of ICTs, going beyond the dissemination of telecommunications equipment, encouraging the active participation of plural and multiple actors / Mestrado / Mestre em Política Científica e Tecnológica

Au carrefour entre sociologies de la connaissance, de l’éducation et politique, cette thèse étudie certaines pratiques sociales de travail collectif par la prise de parole, que l’ on qualifie de démocratiques, et dont la Franc-maçonnerie est un terrain pris à titre d’exemple. Historiquement élitiste dans son recrutement, celle-ci a connu lors du siècle dernier une forte démocratisation. Il en résulte aujourd’hui une population socialement très hétérogène. Abordant la maçonnerie en tant que dispositif pédagogique tacite, ce travail se propose d’étudier les processus sociologiques en œuvre dans l’appropriation sociale d’un travail basé sur l’abstraction et la tranférabilité de relations symboliques. L’analyse de matériaux (entretiens, productions écrites réalisées par les Franc-maçons, textes officiels) permet de mettre en lumière certaines caractéristiques de cet apprentissage : élection, déprofanation et amélioration, construites à travers la cumulativité du travail collectif et la possibilité de sa révision. L’enjeu de ce sujet dépasse de ce fait la question des loges maçonniques. A travers une approche de cette pédagogie tacite, on cherche à éclairer les enjeux de l’apprentissage en termes de production et reproduction des savoirs, autour de la question fondamentale du droit à l’amélioration dans les structures pédagogiques et de l’élaboration d’une normativité collective. / At the crossroad between sociology of knowledge, sociology of education and political sociology, this thesis examines certain social practices of collective work by public speaking of members, described as democratic. In this study, Freemasonry constitutes a revealing field of research. Historically characterised by a very elitist recruitment mode, Freemasonry has gone through a process of democratisation during the last century. As a result, Freemasonry shows much more social heterogeneity then before.. Considering Freemasonry as tacit pedagogic device, this research examines the sociological processes at work in the social appropriation of a practice based on abstraction and transferability of symbolic relations. The data analysis (interviews, written productions of masons, official texts) allows highlighting some specificities of this apprenticeship: election, déprofanation and improvement, which are built through the cumulativity of collective work and the possibility of revision. As a matter of fact, the interest of this study goes far beyond the Masonic lodges themselves. Using the concept of a tacit pedagogy, what is at stake is apprenticeship as production and reproduction of knowledge, including the fundamental issues of the right to improve within pedagogic structures and the elaboration of a collective normativity.

O presente trabalho abordou o tema Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e sua relação com a apropriação social da informação, com foco no significado do uso do Software Livre e suas peculiaridades, como proposta de política pública adotada pelo governo brasileiro que promoveu iniciativas de incentivo à adoção via Ministério da Cultura. Ressalta a relevância dos softwares como objetos de estudo de uma área temática interdisciplinar (Estudos de Softwares). O Software Livre como prática e o panorama proposto pelas políticas públicas brasileiras nas três gestões presidenciais do Partido dos Trabalhadores (2003-2014), compõe o cenário da introdução de políticas públicas para o uso de Software Livre no Brasil, comparativamente ao panorama anterior. Buscou-se analisar a implementação das políticas tecnológicas e culturais em suas convergências e divergências, na perspectiva das mediações culturais e informacionais. Realizou-se também um breve relato das mudanças de rumos que as políticas públicas culturais tiveram nos anos mais recentes. Os resultados indicam legados e desenvolvimentos decorrentes do processo de construção de redes e para possíveis desdobramentos futuros na direção de trabalhos comparativos. / The present work dealt with the theme of Information and Communication Technologies (ICTs) and its relationship with the social appropriation of information, focusing on the meaning of the use of Free Software and its peculiarities, as a proposal of public policy adopted by the Brazilian government that promoted initiatives of incentive for adoption through the Ministry of Culture. It emphasizes the relevance of softwares as objects of study of an interdisciplinary thematic area (Softwares Studies). Free Software as a practice and the panorama proposed by Brazilian public policies in the three presidential administrations of the Workers\' Party (2003-2014), composes the scenario of the introduction of public policies for the use of Free Software in Brazil, compared to the previous scenario. The aim was to analyze the implementation of technological and cultural policies in their convergences and divergences, in the perspective of cultural and informational mediations. There was also a brief account of the changes in directions that cultural public policies have had in recent years. The results indicate legacies and developments arising from the network construction process and for possible future developments in the direction of comparative works.

O presente trabalho abordou o tema Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e sua relação com a apropriação social da informação, com foco no significado do uso do Software Livre e suas peculiaridades, como proposta de política pública adotada pelo governo brasileiro que promoveu iniciativas de incentivo à adoção via Ministério da Cultura. Ressalta a relevância dos softwares como objetos de estudo de uma área temática interdisciplinar (Estudos de Softwares). O Software Livre como prática e o panorama proposto pelas políticas públicas brasileiras nas três gestões presidenciais do Partido dos Trabalhadores (2003-2014), compõe o cenário da introdução de políticas públicas para o uso de Software Livre no Brasil, comparativamente ao panorama anterior. Buscou-se analisar a implementação das políticas tecnológicas e culturais em suas convergências e divergências, na perspectiva das mediações culturais e informacionais. Realizou-se também um breve relato das mudanças de rumos que as políticas públicas culturais tiveram nos anos mais recentes. Os resultados indicam legados e desenvolvimentos decorrentes do processo de construção de redes e para possíveis desdobramentos futuros na direção de trabalhos comparativos. / The present work dealt with the theme of Information and Communication Technologies (ICTs) and its relationship with the social appropriation of information, focusing on the meaning of the use of Free Software and its peculiarities, as a proposal of public policy adopted by the Brazilian government that promoted initiatives of incentive for adoption through the Ministry of Culture. It emphasizes the relevance of softwares as objects of study of an interdisciplinary thematic area (Softwares Studies). Free Software as a practice and the panorama proposed by Brazilian public policies in the three presidential administrations of the Workers\' Party (2003-2014), composes the scenario of the introduction of public policies for the use of Free Software in Brazil, compared to the previous scenario. The aim was to analyze the implementation of technological and cultural policies in their convergences and divergences, in the perspective of cultural and informational mediations. There was also a brief account of the changes in directions that cultural public policies have had in recent years. The results indicate legacies and developments arising from the network construction process and for possible future developments in the direction of comparative works.

Made available in DSpace on 2016-06-02T19:16:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6012.pdf: 2349204 bytes, checksum: 760bb4beb2edfe5f851e6ffb6d1b3377 (MD5) Previous issue date: 2014-02-24 / This essay presents the results of an investigation about the image consumers have regarding Science and Technology in the city of Sao Carlos. Through the technique of focal groups, there was a search for identification and discussion of the appropriate image of C&T in the consumption context, as well as the distinction if the purchase processes are determined or determining of such image and through which channels, this same perceived image, happens. The research was carried out with five groups of different social categories: university students, private school teachers, industry workers, outsourced workers and housewives. The data were examined based on the qualitative analysis of the content, specifically the synthesis of the content analysis, as to obtain, through the generalizations capable of synthetizing the collected data, likely to conclusion. From the research of consumption bias, the definition of groups called to it was accomplished based on a criterion converging to the identification of the extracts which were economically more representative to the city. The results point that the consumption, at the same time it reinforces the inherited view of C&T, as a paradox, it adds eloquent critiques to it, converging to the assumptions CTS, in special to the people led to the democratization of C&T through the Social Appropriation and Technology Science, ASC&T. / Esta dissertação apresenta os resultados de uma investigação sobre a imagem que os consumidores têm acerca de Ciência e Tecnologia na cidade de São Carlos. Buscou-se, por meio da técnica de Grupos Focais, identificar e discutir a imagem apropriada de C&T no contexto do consumo, bem como distinguir se os processos de compra e consumo são determinados ou determinantes de tal imagem e por quais canais ela, a imagem percebida, se dá. A pesquisa foi realizada com cinco grupos de categorias sociais diferentes: estudantes universitários, professores da rede particular de ensino, empregados na indústria, em empresa prestadora de serviços e donas de casa. Os dados foram examinados à luz da análise qualitativa do conteúdo, especificamente a síntese da análise do conteúdo, de maneira a se obter, através de generalizações capazes de sintetizar os dados coletados, enunciados passíveis de conclusões. Partindo a pesquisa do viés do consumo, a definição dos grupos chamados a ela se deu com base em um critério convergente à identificação dos extratos economicamente mais representativos para a cidade. Os resultados apontam que o consumo ao mesmo tempo em que reforça a visão herdada de C&T, paradoxalmente, adiciona a ela eloquentes críticas, convergentes aos pressupostos CTS, em especial aos orientados à democratização da C&T através da Apropriação Social da Ciência e da Tecnologia, ASC&T.

Le propos de ce travail de thèse est de déterminer les conditions sociales qui favorisent la mise en relation ou non de deux configurations socio-naturelles présentes sur le tronçon canalisé du Rhin : d’un côté l’espace fluvial, territoire d’usages spécialisés et de décisions déterritorialisées ; et de l’autre côté le territoire riverain, espace politique local transfrontalier construit à la marge de l’espace fluvial rhénan. La mise en projet du fleuve est appréhendée à partir de l'appropriation sociale, processus d’actualisation des différentes idéologies caractérisant les rapports sociaux sur le territoire riverain et l’espace fluvial. Ce choix théorique nous amène ainsi à nous intéresser à la portée politique du fleuve : dans quelle mesure et sous quelles conditions le fleuve peut-il redéfinir les rapports sociaux ? Les territoires riverains peuvent-ils jouer un rôle dans la gouvernance rhénane largement déterritorialisée ? Les dispositifs de gestion de la nature et les acteurs de l’environnement offrent-ils une opportunité pour ce changement social ? La thèse examine l’ensemble de ces questions en croisant les problématiques contemporaines des territoires communaux et intercommunaux et expériences vécues des habitants, aux pratiques de gestion de la nature. / The aim of this work is to determine social conditions which help to link two separated socio-natural configurations on the canalized Rhine section : on one hand the river space, territory caracterized by specialized uses and global decisions ; on the other hand, the riverside territory, local and cross-border political space built among the river space. In order to understand the opening of Rhine planning process to local territories, the social appropriation will be analyzed as the actualization of various ideologies caracterizing social relations on the riverside territory and the Rhine space. This theoretical choice leads us to question about the political aspect of the Rhine river : how does it help to redefine social relations ? In which conditions ? Do the riverside territories have a function in the Rhine river governance mostly globalized ? Do the plans of management of nature take a part in the social change ?The thesis examine the whole of these questions in linking to contemporary territorial problematics social experiences of ordinary inhabitants, and pratical of management of nature.

L’attention pour la biodiversité se porte aujourd’hui sur les villes : il faut désormais prendre soin des espèces et des écosystèmes jusqu’au cœur des milieux les plus artificiels. Or, accueillir une nature sauvage bouleverse les critères d’ordre et de propreté des espaces urbains, et modifie les cultures professionnelles de leurs concepteurs et gestionnaires. Fin 2011, la Ville de Paris s’est dotée d’un Plan biodiversité. Fondé sur les savoirs de l’écologie scientifique, il doit permettre de renforcer la présence du vivant dans la capitale et affiche la volonté de changer le regard sur le sauvage en ville. Cette politique est confrontée à l’ethnographie d’une vaste friche urbaine, enjeu territorial pour la biodiversité parisienne : la petite ceinture. Construite au XIXe siècle autour de Paris, cette voie ferrée, en grande partie inutilisée, a été colonisée par la flore et la faune. Officiellement interdite au public, elle est pourtant intensément fréquentée par de nombreux habitants. Les rapports au lieu et à la nature qu’il abrite ont été étudiés chez les usagers informels des rails. L’absence de fonction officielle et une surveillance lâche permettent l’existence d’une vie sociale diversifiée, transgressive et inventive. Si la nature n’est pas centrale dans les relations à la friche, elle est une composante de l’identité du lieu. Le développement libre du végétal est valorisé pour sa rareté dans un monde urbain ultra-contrôlé, alors que son intérêt écologique est peu évoqué. En parallèle, la petite ceinture s’institutionnalise au titre de la nature. D’une part, une gestion différenciée est appliquée depuis 2006 par des équipes dont l’action participe d’une mise en ordre de l’espace. D’autre part, la Mairie de Paris aménage certains points du linéaire en jardins associatifs ou publics. L’étude du cas d’une promenade dans le XVe arrondissement révèle une véritable attention portée à la biodiversité. Mais la reconquête du délaissé va aussi de pair avec des modalités nouvelles de maîtrise du vivant et une normalisation du lieu et de sa pratique sociale. Herbes folles et pratiques informelles émergent là où le contrôle se desserre. Si les mauvaises herbes ont été réhabilitées, peut-être est-il possible de changer notre regard sur la fertilité sociale de la friche. / The attention for biodiversity has drawn to cities: it is now necessary to take care of species and ecosystems even in the most artificialized environments. Yet, hosting a wild nature disturbs the order and cleanliness criteria ruling urban spaces, and changes the professional cultures of their designers and managers. By the end of 2011, Paris adopted a Biodiversity Plan. Based on ecological science knowledge, its aim is to reinforce the presence of flora and fauna in the capital and to change city-dwellers’ perceptions on wild nature in cities. This policy is confronted to the ethnography of a vast urban wasteland, which is a territorial issue for Parisian biodiversity: the petite ceinture. Built during the XIXth century around Paris, this railway line, unused on a large portion, has been colonized by fauna and flora. Although public access is not permitted, this area is nevertheless intensely frequented by many inhabitants. The study among informal users focused on their relations to the place and the nature within it. The lack of official function and the loosy surveillance allow a diverse, transgressive and inventive social life. If nature is not central in the relations to the wasteland, it is a component of the place’s identity. The free development of plants is recognized for its rarity in an ultra-controlled urban world, while their ecological interest is not much mentioned. At the same time, the petite ceinture is being institutionalized. On one side, a differentiated management is implemented since 2006 by a staff whose action participates in ordering the space. On the other side, Paris City Hall converts some spots of the linear into community and public gardens. The case study of a promenade in the XVth arrondissement reveals a true attention towards biodiversity. But the recapture of the railway goes together with new modalities of controlling life, and the normalization of the place and its social practice. Wild grass and informal practices emerge where control comes loose. If bad weeds have been rehabilitated, maybe it is possible to change our perspective on the social fertility of the wasteland.

Em 2008 o Museu de Arte de São Paulo (MASP) recusou uma exposição da dupla de grafiteiros OsGemeos. Em 2011, organizou sua segunda mostra de graffiti em três anos. No mesmo ano, a Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo criou na capital o Museu Aberto de Arte Urbana (MAAU). Em 2008, a Prefeitura de São Paulo apagara um mural de grandes proporções dos mesmos OsGemeos. Pretende-se compreender por que, no final da primeira década do século XXI, a política cultural formulada pelo MASP escolheu o graffiti como uma manifestação urbana a ser ali exibida, traçando-se um paralelo com opção similar feita pela Secretaria da Cultura em relação ao graffiti no espaço público. Está nessas ações uma tentativa de estabelecer novos modos de relacionamento com a cidade e, de algum modo, participar de sua reconfiguração? A ação permitiria estabelecer-se algum paralelo com as origens do museu concebido por Lina Bo Bardi, que nas suas primeiras décadas de criação travava forte diálogo crítico com a cidade? Considera-se a intensificação do diálogo entre os equipamentos culturais e o espaço público -- e com as manifestações artísticas e culturais no espaço público -- como potente para religar os laços entre os cidadãos e os equipamentos culturais da cidade, ao mesmo tempo em que se considera que uma maior intensificação no relacionamento entre pessoas, arte e cultura, equipamentos culturais e cidade contribui para uma ampliação dos usos da cidade e do relacionamento de seus moradores com o simbólico, entendendo-se que pelo diálogo passam obrigatoriamente as ideias de dissenso (RANCIÈRE, 2012), negociação e conflito (CANCLINI, 2004). / In 2008 the São Paulo Museum of Art -- MASP (\"Museu de Arte de São Paulo\") rejected an exhibition by the graffiti artists OsGemeos. In 2011 it organized its second exhibit of graffiti in three years. In the same year the Culture Department of the Government of the State of São Paulo created the Open Museum of Urban Art -- MAAU (\"Museu Aberto de Arte Urbana\") in the City of São Paulo. In 2008 the Municipality of São Paulo had erased a very large mural by the same OsGemeos. The purpose of this work is the examine why, at the end of the first decade of the 21st century, the cultural policy established by MASP chose graffiti as one of the urban exhibits to be displayed there, compared with a similar choice made by the Department of Culture in relation to graffiti in urban spaces. Are those actions an attempt to establish new relationships with the city and somehow to participate in its reconfiguration? Would such actions establish a parallel with the origins of the museum as conceived by Lina Bo Bardi which, in the first decades of the museum\'s existence used to engage in a powerful critical dialogue with the city? The development of the dialogue between cultural facilities and public spaces -- and with the exhibits of art and culture in public spaces -- is strong enough to restore the bonds between citizens and the cultural facilities of the city. A greater intensification of the relationship among persons, art and culture, cultural facilities and the city contributes to expand the uses of the city and the relationship of its inhabitants with symbolic representations. The dialogue is necessarily crossed by the ideas of dissension (RANCIÈRE, 2012), negotiation and conflict (CANCLINI, 2004).

Em 2008 o Museu de Arte de São Paulo (MASP) recusou uma exposição da dupla de grafiteiros OsGemeos. Em 2011, organizou sua segunda mostra de graffiti em três anos. No mesmo ano, a Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo criou na capital o Museu Aberto de Arte Urbana (MAAU). Em 2008, a Prefeitura de São Paulo apagara um mural de grandes proporções dos mesmos OsGemeos. Pretende-se compreender por que, no final da primeira década do século XXI, a política cultural formulada pelo MASP escolheu o graffiti como uma manifestação urbana a ser ali exibida, traçando-se um paralelo com opção similar feita pela Secretaria da Cultura em relação ao graffiti no espaço público. Está nessas ações uma tentativa de estabelecer novos modos de relacionamento com a cidade e, de algum modo, participar de sua reconfiguração? A ação permitiria estabelecer-se algum paralelo com as origens do museu concebido por Lina Bo Bardi, que nas suas primeiras décadas de criação travava forte diálogo crítico com a cidade? Considera-se a intensificação do diálogo entre os equipamentos culturais e o espaço público -- e com as manifestações artísticas e culturais no espaço público -- como potente para religar os laços entre os cidadãos e os equipamentos culturais da cidade, ao mesmo tempo em que se considera que uma maior intensificação no relacionamento entre pessoas, arte e cultura, equipamentos culturais e cidade contribui para uma ampliação dos usos da cidade e do relacionamento de seus moradores com o simbólico, entendendo-se que pelo diálogo passam obrigatoriamente as ideias de dissenso (RANCIÈRE, 2012), negociação e conflito (CANCLINI, 2004). / In 2008 the São Paulo Museum of Art -- MASP (\"Museu de Arte de São Paulo\") rejected an exhibition by the graffiti artists OsGemeos. In 2011 it organized its second exhibit of graffiti in three years. In the same year the Culture Department of the Government of the State of São Paulo created the Open Museum of Urban Art -- MAAU (\"Museu Aberto de Arte Urbana\") in the City of São Paulo. In 2008 the Municipality of São Paulo had erased a very large mural by the same OsGemeos. The purpose of this work is the examine why, at the end of the first decade of the 21st century, the cultural policy established by MASP chose graffiti as one of the urban exhibits to be displayed there, compared with a similar choice made by the Department of Culture in relation to graffiti in urban spaces. Are those actions an attempt to establish new relationships with the city and somehow to participate in its reconfiguration? Would such actions establish a parallel with the origins of the museum as conceived by Lina Bo Bardi which, in the first decades of the museum\'s existence used to engage in a powerful critical dialogue with the city? The development of the dialogue between cultural facilities and public spaces -- and with the exhibits of art and culture in public spaces -- is strong enough to restore the bonds between citizens and the cultural facilities of the city. A greater intensification of the relationship among persons, art and culture, cultural facilities and the city contributes to expand the uses of the city and the relationship of its inhabitants with symbolic representations. The dialogue is necessarily crossed by the ideas of dissension (RANCIÈRE, 2012), negotiation and conflict (CANCLINI, 2004).

Made available in DSpace on 2016-06-02T19:16:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 3064.pdf: 1392499 bytes, checksum: e4e3f48e724e37dd77cce27162435f15 (MD5) Previous issue date: 2010-03-21 / The field called Science, Technology and Society (STS) is articulated in the late 1960s and early 1970s, trying to understand the scientific-technological phenomenon within the social context. The social appropriation of knowledge becomes a central aspect of concern. Starting from the assumption that the technological training in undergraduate, in current patterns, aligns with an instrumental view of technoscience, this research investigated the understanding of the patent system among students in recent years of courses of exact sciences and technology area, linked to the Center of Exact Sciences and Technology (CEST), from Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. More specifically, we attempted to observe how students relate the themes of intellectual property with society, work and academic background. For this we adopted an analytical and descriptive methodology, of qualitative and quantitative character. The original instrument of data collection used was a half-open questionnaire. For the qualitative analysis we used the method of content analysis (CA) applied to the open question of the questionnaire. The results suggest little consolidated knowledge about the patent system and intellectual property as a whole, and the replication of ideas linked to a linear view of scientific-technological development. The patent is seen as instrumental and is strongly linked to the concepts of innovation, competitiveness and development, in addition to commercial and economic values it embodies. Few signs of social concern in relation to the themes of research were found, and it was verified that the university needs to expand its areas of discussion at graduation, introducing, for example, the STS as well as a compulsory subject in undergraduate courses in technology. / O campo denominado Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) articula-se na Europa no final da década de 1960 e início dos anos 1970, buscando compreender o fenômeno científico tecnológico dentro do contexto social. Neste sentido, a apropriação social do conhecimento torna-se um dos aspectos centrais de preocupação. Partindo-se do pressuposto de que a formação tecnológica na graduação, nos moldes atuais, alinha-se a uma visão instrumental da tecnociência, esta pesquisa investigou a compreensão do sistema patentário entre os alunos dos últimos anos dos cursos da área de exatas e tecnológicas, vinculados ao Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET) da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. Mais especificamente, buscou-se observar como os alunos relacionam os temas referentes à Propriedade Intelectual com a sociedade, o trabalho e a formação acadêmica. Para isso adotamos uma metodologia de orientação analítico-descritiva, e de caráter quali-quantitativo. O instrumento inicial de coleta de dados utilizado foi um questionário semi-aberto. Para as análises qualitativas foi utilizado o método de análise de conteúdo (AC) aplicado à questão aberta do questionário. Os resultados sugerem pouco conhecimento consolidado sobre o sistema patentário e propriedade intelectual como um todo, e a replicação de idéias vinculadas a uma visão linear do desenvolvimento científico-tecnológico. A patente é vista como instrumental e está fortemente associada aos conceitos de inovação, competitividade e desenvolvimento, além dos valores comerciais e econômicos que traz em si. Poucos sinais de preocupação social em relação aos temas da pesquisa foram encontrados, e verificou-se a necessidade de a universidade ampliar seus espaços de discussão na graduação, introduzindo, por exemplo, o enfoque CTS como disciplina obrigatória também nos cursos de graduação tecnológica.