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Autotransplante de fígado em suínos sem o uso de circulação extracorpórea: modelo simplificado utilizando o clampeamento da aorta supracelíaca / Liver autotransplantation in pigs without venovenous bypass: a simplified model using supraceliac aorta cross-clamping maneuverCanedo, Bernardo Fernandes 27 May 2019 (has links)
Introdução: Modelos experimentais em suíno são essenciais para pesquisa e treinamento em transplante de fígado. No entanto, este animal apresenta instabilidade hemodinâmica grave durante a fase anepática, exigindo um curto período anepático (não apropriado para fins de treinamento) ou o uso de circulação extracorpórea (que está associado a significativas complicações intra-operatórias). Além disso, a maioria dos modelos em suíno é alogênico, o que não é nem eticamente nem economicamente adequado para treinamento cirúrgico. Objetivo: Desenvolver e testar um modelo de autotransplante hepático em suínos sem o uso de circulação extracorpórea. Métodos: Onze porcos da raça Sus domesticus foram submetidos a cirurgia simulada (SHAM; n = 3) ou autotransplante de fígado (grupo experimental (GE); n = 8) sem o uso de circulação extracorpórea. Após a realização de uma incisão em \"J\", o hilo hepático foi inteiramente dissecado abaixo do nível da artéria gastroduodenal e o fígado completamente mobilizado. A aorta supracelíaca foi então dissecada através do pilar esquerdo do diafragma. Nenhuma outra etapa foi realizada no grupo SHAM. No GE, a partir de então, procedeu-se o autotransplante ortotópico de fígado empregando-se a técnica convencional com duas anastomoses de veia cava, semelhante à técnica clássica utilizada na prática clínica. Durante a fase anepática, foi utilizando o clampeamento da aorta supracelíaca a fim de manter a estabilidade hemodinâmica e evitar o uso do by-pass. Os animais foram submetidos a eutanásia 1h após o término do procedimento cirúrgico. Parâmetros hemodinâmicos e exames laboratoriais foram sistematicamente coletados em 4 tempos distintos: basal, pré-reperfusão, 5min após reperfusão e ao término do experimento. Foi realizada a análise histopatológica do enxerto após a reperfusão. A análise estatística foi feita comparando amostras relacionadas, no GE, e duas amostras independentes, entre os grupos. Resultados: Empregando a técnica por nós padronizada, obteve-se 100% de sobrevida dos animais, todos estáveis hemodinamicamente. Os tempos médios de observação pós-reperfusão e anepático foram de 136±12,50min e 47,88±8,03min, respectivamente. Não houve diferença estatística na pressão arterial média (PAM) entre o início e término do experimento no GE, nem entre os grupos durante a fase anepática. Ao término do experimento, a PAM foi significantemente maior no grupo SHAM quando comparado ao GE. A análise comparativa dos exames laboratoriais entre os grupos demonstrou que o pH, o bicarbonato e o base excess foram significantemente inferiores no GE 5min após a reperfusão e ao término do experimento. O lactato mostrou-se ser significantemente inferior ao término do experimento no grupo SHAM. Conclusão: De acordo com os métodos utilizados no presente estudo, desenvolveu-se um modelo de autotransplante de fígado em suínos sem a utilização de mecanismo de circulação extracorpórea. Para tanto, utilizou-se o clampeamento da aorta supracelíaca durante o período anepático. O modelo proposto é factível por cirurgiões em treinamento e com baixa mortalidade / Background: Experimental swine models have been essential for liver transplantation research and training. However, it experiences severe hemodynamic instability during the anhepatic phase, requiring either a short anhepatic phase (not appropriate for training purposes) or an extracorporeal circulation (which is linked to significant intraoperative complications). Furthermore, most of swine models are allograft ones, which is neither ethically nor financially suitable for surgical training. Objective: To develop and test a liver autotransplantation model in pig without venovenous bypass. Methods: Eleven Sus domesticus pigs underwent either sham surgery (SHAM group; n=3) or liver autotransplantation without venovenous bypass (experimental group (GE); n=8) by resident or fellow from Digestive Organs Transplant Division. After performing a rightsided J-shaped incision, hepatic hilum was entirely dissected under the level of the gastroduodenal artery and liver completely mobilized. Supraceliac aorta was then dissected through the diaphragm\'s left crus. No further step was performed in SHAM group. In the GE, thereafter, a liver autotransplantation was performed applying conventional bicaval anastomosis technique, similar to the classic technique used in clinical setting. During anhepatic phase, supraceliac aorta cross-clamping maneuver was carried out to sustain hemodynamic stability and avoid venovenous bypass. Animals underwent euthanasia one hour after the end of surgical procedure. Hemodynamic variables and blood samples were systematically collected at 4 different times: baseline, pre-reperfusion, 5min after reperfusion and at the end of experiment. Histological analysis of the graft was performed after reperfusion. Statistical analysis was accomplished comparing related samples in the GE and two independent samples between groups. Results: Applying the technique standardized by us, 100% survival was accomplished, all the animals hemodynamically stable. The mean post-reperfusion observation and anhepatic phase times were 136 ± 12.50 min and 48.38 ± 7.80 min, respectively. There was no statistical difference in mean arterial pressure (MAP) between baseline and the end of the experiment time in the GE, nor between the groups during the anhepatic phase. At the end of the experiment, MAP was significantly higher in the SHAM group compared to the experiment group. Blood samples statistical analysis between groups showed that pH, bicarbonate and base excess were significantly lower at 5 min post-reperfusion time and at the end of the experiment in the GE. The lactate was shown to be significantly lower in the SHAM group at the end of the experiment. Conclusion: According to the methods applied in the present study, a model of liver autotransplantation in swine was developed without the use of an extracorporeal circulation mechanism. For this purpose, supraceliac aortic cross-clamping maneuver was carried out during the anhepatic phase. The advocated model is feasible for training purpose with low mortality
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Modelo de transplante hepático large-for-size em suínos: estudos bioquímicos, histológicos, moleculares e efeito do pré-condicionamento isquêmico / Model of large-for-size porcine liver transplantation: biochemical, histological and molecular studies, and evaluation of the effects of ischemic preconditioningLeal, Antonio Jose Gonçalves e 12 July 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O transplante hepático se consolidou como terapêutica para crianças com doença hepática em estágio terminal. A principal indicação nessa faixa etária é a atresia das vias biliares, doença colestática que leva à cirrose hepática na maioria dos casos nos primeiros anos de vida mesmo nas crianças submetidas a portoenterostomia. Essas crianças evoluem entre outras complicações com desnutrição grave e necessitam do transplante precocemente. A relação ideal do peso do enxerto hepático e o peso do receptor varia de 1 a 3%. No entanto, quando o transplante é realizado em crianças em idade inferior a 2 anos, essa relação na maioria das vezes é maior do que 5%. Essa situação é conhecida como large-for-size, em que a perfusão sanguínea do enxerto pode ser insuficiente, o que leva a disfunção do órgão. Os mecanismos de lesão neste cenário ainda não estão bem esclarecidos. A lesão de isquemia-reperfusão (IR) é apontada como um dos fatores para o mal funcionamento do enxerto bem como de outras complicações. Nessa lesão estão envolvidos elementos da cascata inflamatória culminando em morte celular por apoptose bem como mecanismos de regeneração celular. Um fenômeno conhecido que atenua a lesão de IR é o pré-condicionamento isquêmico (PCI). Nenhum trabalho experimental foi realizado com o objetivo de avaliar a lesão hepática na situação large-for-size e o efeito do PCI nessa situação. MÉTODOS: Para a padronização do modelo foram realizados 8 transplantes, tendo sido testados os pesos dos animais, relação entre o peso do enxerto hepático e peso do receptor e técnica cirúrgica. Na fase experimental, foram realizados 21 transplantes e os animais foram divididos em 3 grupos. No primeiro grupo (controle) o transplante era realizado com doadores e receptores com pesos similares. Para caracterização da situação large-for-size, no segundo grupo os doadores tinham aproximadamente o dobro do peso dos receptores (LFS). No terceiro grupo a distribuição de peso foi semelhante a do segundo, porém era realizado o PCI no doador (LFS+PCI). Os procedimentos foram realizados sob anestesia geral e técnica asséptica e os animais foram mantidos vivos por 3 horas após a reperfusão. Foram obtidas amostras de sangue em 3 períodos (logo após abertura da cavidade abdominal, 1 e 3 horas após reperfusão) e fragmentos de fígado 1 e 3 horas após reperfusão. As amostras de sangue foram submetidas a gasometria arterial, dosagem de sódio, potássio e enzimas hepatocelulares. Os fragmentos de tecido hepático foram submetidos a análise histológica pela coloração da hematoxilina-eosina (HE) e a análise de quantificação da expressão dos genes pró-apoptótico (Bax), anti-apoptótico (Bcl- XL), da óxido nítrico-sintase endotelial (eNOS) e da interleucina-6 (IL-6). RESULTADOS: A mortalidade observada foi de 28%. A relação peso do enxerto e peso do paciente foi de 2,9% no grupo controle, 6,3% no grupo LFS e 6,4% no grupo LFS+PCI. A natremia 1 hora após a reperfusão foi mais elevada no grupo controle do que nos demais, já com relação ao potássio, a dosagem foi mais baixa nesse grupo no mesmo intervalo. A dosagem da aspartato aminotransferase (AST) foi mais elevada nos grupos LFS e LFS+PCI do que no controle. A análise histológica não Resumo demonstrou diferença entre os grupos. A expressão do gene Bax foi mais elevada no grupo LFS do que nos demais, enquanto que a do gene eNOS foi mais acentuada no grupo LFS+PCI do que nos demais nos dois intervalos estudados. Após 3 horas de reperfusão a expressão do gene IL-6 foi maior no grupo LFS+PCI. CONCLUSÕES: O modelo de transplante hepático large-for-size em suínos foi exequível e adequado para a pesquisa. A lesão IR foi mais acentuada no grupo LFS do que no grupo controle e apesar de não ter alterado a elevação de enzimas hepatocelulares, o PCI teve papel de aumentar a expressão dos genes IL-6 e eNOS e diminuir a do gene Bax / INTRODUCTION: Liver transplantation has been established as therapy for children with end-stage liver disease. The main indication is biliary atresia, cholestatic disease that leads to cirrhosis in most cases even in children undergoing portoenterostomy. These children develop other complications as severely malnutrition and need early transplantation. The ideal graft to body weight ratio (GBWR) for transplantation varies from 1 to 3%. However, when transplantation is performed in children younger than 2 years, this ratio in most cases is higher than 5%. This situation, known as large-for-size, may be related to insufficient graft perfusion and liver disfunction. The mechanisms of injury involved in this scenario are not well established. Ischemia-reperfusion injury (IRI) has been related as a factor for poor graft function and other complications. Inflammatory cascade culminating in cell death by apoptosis and cellular mechanisms of regeneration are the elements involved in IRI. Ischemic preconditioning (IPC) is a phenomenon that attenuates IR injury. There are no experimental studies conducted to evaluate the hepatic injury in large-for-size situation and the effect of IPC in this situation. METHODS: 8 procedures were required for standardize the model. Weight of the animals, GBWR and surgical technique were evaluated. In the experimental phase, 21 transplantations were performed. The animals were divided in three groups. In the first group (control), liver transplantation was performed with donors and recipients with similar weights. To characterize large-for-size situation, donors of the second group had approximately twice the weight receptor (LFS). In the third group the weight distribution was similar to the second but IPC was performed in donor (LFS+IPC). Procedures were performed under general anesthesia and aseptic technique and the animals were kept alive for 3 hours after reperfusion. Blood samples were obtained at three times (immediately after opening the abdominal cavity, 1 and 3 hours after reperfusion) and fragments of liver 1 and 3 hours after reperfusion. Blood samples were analyzed for arterial blood gases, sodium, potassium and hepatocellular enzymes. The fragments of liver tissues were subjected to histological analysis by hematoxylin-eosin staining (HE). Molecular biology involved quantification of the expression of Bax, Bcl-XL, endothelial nitric oxide synthase (eNOS) and interleukin- 6 (IL-6) genes. RESULTS: The mortality rate was 28%. The GBWR was 2.9% in the control group, 6.3% in the LFS group and 6.4% in the LFS+ICP group. The natremia 1 hour after reperfusion was higher in the control group and potassium dosage was lower in this group in the same period. The dosage of aspartate aminotransferase (AST) was higher in LFS and LFS+IPC groups than control. Histological analysis showed no difference between groups. The Bax gene expression was higher in the LFS, while the eNOS gene was more expressed in LFS + PCI group. After 3 hours of reperfusion the expression of IL-6 gene was higher in the PCI + LFS. CONCLUSIONS: The model of large-for-size liver transplantation in swine was feasible and appropriate for the research. IR injury was more pronounced in the Summary group LFS than in the control group and despite not having changed the elevation of hepatocellular enzymes, the PCI was responsible for increasing the expression of IL- 6 and eNOS and decreasing the Bax gene expression
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Neobexiga gastroileal ortotópica e gastroileocistoplastia laparoscópicas: viabilidade técnica e análise crítica de um modelo experimental em suínos / Laparoscopic orthotopic gastroileal neobladder and gastroileocystoplasty: technical feasibility and critical analysis of an experimental porcine modelCarvalhal, Eduardo Franco 13 September 2004 (has links)
Introdução: Reservatórios gastroileais (GI) compostos podem apresentar vantagens em relação a segmentos intestinais isolados em cirurgias de reconstrução urinária em pacientes selecionados. Apresentamos aqui as técnicas laparoscópicas de gastroileocistoplastia (ampliação vesical) e de neobexiga gastroileal ortotópica (substituição vesical), realizadas de forma completamente intracorpórea em um modelo suíno experimental. Avalia-se sua viabilidade técnica e resultados funcionais. Métodos: Após padronização da técnica em estudo piloto (três animais), realizaram-se as cirurgias de gastroileocistoplastia (Grupo I; N = 5) e neobexiga GI ortotópica (Grupo II; N = 10), envolvendo os mesmos princípios de ressecção laparoscópica de cunha gástrica e íleo. No grupo II, a criação da neobexiga GI incluiu reimplante ureteral bilateral no segmento gástrico com técnica antirefluxo e anastomose uretro-ileal. Foram utilizados exclusivamente grampeadores e técnicas de sutura livre laparoscópica, de forma completamente intracorpórea. Análise pré e pós-operatória de dados laboratoriais, capacidade vesical, avaliação histológica e por imagem (uretrocistografia, urografia venosa) dos reservatórios resultantes foi concluída ao final do seguimento de 8 a 12 semanas (Grupo I) e quatro a oito semanas (Grupo II). Resultados: Os segmentos ileal e gástrico alcançaram a pelve do animal em todos os casos. Tempo cirúrgico foi de 5,2 h para o Grupo I e 7,4 h para o Grupo II. Não houve conversões ou óbitos intra-operatórios. Todos os reservatórios GI apresentavam-se viáveis por ocasião da eutanásia em ambos os grupos. No Grupo I, quatro dos cinco animais completaram sem intercorrências o seguimento de 8 (N = 2) e 12 (N = 2) semanas. Um animal apresentou deterioração clínica, sendo levado precocemente à eutanásia por pielonefrite e alcalose metabólica. Houve aumento da capacidade vesical (a uma pressão vesical de 20cmH2O) de 650ml para 1025ml (p < 0,05) após a cirurgia de ampliação vesical. No Grupo II, cinco dos 10 animais completaram o seguimento previsto em quatro (N = 3) e oito (N = 2) semanas, com mínima alteração da função renal (Cr pré e pós-operatório=1,4 e 2,2mg/dl, respectivamente; p = 0,09). Três animais tiveram a eutanásia antecipada devido a obstrução ureteral com pielonefrite (N = 2) e alcalose hipoclorêmica severa (N=1). Dois óbitos foram associados a obstrução ureteral bilateral e sepse. Capacidade vesical média das neobexigas foi de 400ml. Não houve casos de refluxo vesico-ureteral à cistografia. Porém, sete das 20 unidades renais (35%) apresentaram estenose uretero-gástrica. Obstrução intestinal (N = 1), fístula gástrica (N = 1) e urinoma (N = 1) foram outras complicações do Grupo II. Conclusões: A ressecção gástrica laparoscópica para ampliação e substituição vesicais é viável e reprodutível. A gastroileocistoplastia laparoscópica apresenta adequado resultado funcional após três meses no modelo suíno. A neobexiga GI laparoscópica é tecnicamente viável no modelo suíno, apesar de sua complexidade. A descrição inicial é apresentada. Aperfeiçoamento da técnica de reimplante ureteral anti-refluxo laparoscópico é necessário antes de sua aplicação clínica. / Introduction: Composite gastroileal (GI) urinary reservoirs may present advantages over the use of isolated intestinal segments for urinary reconstructive procedures in selected patients. Herein, we present the laparoscopic techniques of gastroileocystoplasty (bladder augmentation) and GI orthotopic neobladder (bladder substitution), performed completely intracorporeally in a porcine model. Technical feasibility and functional results of these procedures are evaluated. Methods: After a pilot study (three animals) to technically standardize the procedures, gastroileocystoplasty (Group I, N = 5) and GI orthotopic neobladder (Group II; N = 10) were performed applying the same principles of wedge gastric resection and ileal resection. In Group II, creation of the neobladder included bilateral ureteral reimplantation into the gastric segment with an anti-reflux technique and an urethro-ileoanastomosis. Staplers and free-hand laparoscopic suture techniques were utilized exclusively, in a completely intracorporeal manner. Preop and postoperative analysis of laboratory data, bladder capacity, image (cystourethrography, intravenous urography) and histological evaluation of the resulting GI reservoirs was concluded at the end of follow-up, at eight and 12 weeks (Group I) and four and eight weeks (Group II). Results: Ileal and gastric patches reached the animal pelvis in all cases. Operative times were 5.2h for Group I and 7.4h for Group II. No conversions or intraoperative deaths occurred. All GI reservoirs were viable by the time of euthanasia in both groups. In Group I, four of the five animals completed the scheduled follow-up of 8 (N = 2) and 12 (N = 2) weeks without complications. One animal received early euthanasia due to pyelonephritis and metabolic alkalosis. Bladder capacity (at a bladder pressure of 20cmH2O) increased from 650ml to 1025ml (p < 0.05) after the bladder augmentation procedure. In Group II, five of 10 animals completed the scheduled follow-up at four (N = 3) and eight (N = 2) weeks, with minimal alteration on renal function (pre and postoperative Cr = 1.4 and 2.2mg/dl, respectively; p = 0.09). Three animals had an early euthanasia due to ureteral obstruction and pyelonephritis (N=2) and severe hipochloremic alkalosis (N = 1). Two deaths were associated to bilateral ureteral obstruction and sepsis. Mean bladder capacity for the neobladders was 400ml. No cases of vesico-ureteral reflux were seen at cystourethrography. However, seven of 20 renal units (35%) presented with uretero-gastric stenosis. Bowel obstruction (N = 1), gastric fistula (N = 1) and urinoma (N = 1) were other complications in Group II. Conclusions: Laparoscopic gastric resection for bladder augmentation and substitution purposes is feasible and reproducible. Laparoscopic gastroileocystoplasty presents adequate functional results after three months in the porcine model. Laparoscopic GI neobladder is technically viable in the porcine model, despite its complexity. The initial report is presented. Refinements of laparoscopic anti-reflux ureteral reimplantation techniques are necessary before its clinical application.
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Modelo de transplante hepático large-for-size em suínos: estudos bioquímicos, histológicos, moleculares e efeito do pré-condicionamento isquêmico / Model of large-for-size porcine liver transplantation: biochemical, histological and molecular studies, and evaluation of the effects of ischemic preconditioningAntonio Jose Gonçalves e Leal 12 July 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O transplante hepático se consolidou como terapêutica para crianças com doença hepática em estágio terminal. A principal indicação nessa faixa etária é a atresia das vias biliares, doença colestática que leva à cirrose hepática na maioria dos casos nos primeiros anos de vida mesmo nas crianças submetidas a portoenterostomia. Essas crianças evoluem entre outras complicações com desnutrição grave e necessitam do transplante precocemente. A relação ideal do peso do enxerto hepático e o peso do receptor varia de 1 a 3%. No entanto, quando o transplante é realizado em crianças em idade inferior a 2 anos, essa relação na maioria das vezes é maior do que 5%. Essa situação é conhecida como large-for-size, em que a perfusão sanguínea do enxerto pode ser insuficiente, o que leva a disfunção do órgão. Os mecanismos de lesão neste cenário ainda não estão bem esclarecidos. A lesão de isquemia-reperfusão (IR) é apontada como um dos fatores para o mal funcionamento do enxerto bem como de outras complicações. Nessa lesão estão envolvidos elementos da cascata inflamatória culminando em morte celular por apoptose bem como mecanismos de regeneração celular. Um fenômeno conhecido que atenua a lesão de IR é o pré-condicionamento isquêmico (PCI). Nenhum trabalho experimental foi realizado com o objetivo de avaliar a lesão hepática na situação large-for-size e o efeito do PCI nessa situação. MÉTODOS: Para a padronização do modelo foram realizados 8 transplantes, tendo sido testados os pesos dos animais, relação entre o peso do enxerto hepático e peso do receptor e técnica cirúrgica. Na fase experimental, foram realizados 21 transplantes e os animais foram divididos em 3 grupos. No primeiro grupo (controle) o transplante era realizado com doadores e receptores com pesos similares. Para caracterização da situação large-for-size, no segundo grupo os doadores tinham aproximadamente o dobro do peso dos receptores (LFS). No terceiro grupo a distribuição de peso foi semelhante a do segundo, porém era realizado o PCI no doador (LFS+PCI). Os procedimentos foram realizados sob anestesia geral e técnica asséptica e os animais foram mantidos vivos por 3 horas após a reperfusão. Foram obtidas amostras de sangue em 3 períodos (logo após abertura da cavidade abdominal, 1 e 3 horas após reperfusão) e fragmentos de fígado 1 e 3 horas após reperfusão. As amostras de sangue foram submetidas a gasometria arterial, dosagem de sódio, potássio e enzimas hepatocelulares. Os fragmentos de tecido hepático foram submetidos a análise histológica pela coloração da hematoxilina-eosina (HE) e a análise de quantificação da expressão dos genes pró-apoptótico (Bax), anti-apoptótico (Bcl- XL), da óxido nítrico-sintase endotelial (eNOS) e da interleucina-6 (IL-6). RESULTADOS: A mortalidade observada foi de 28%. A relação peso do enxerto e peso do paciente foi de 2,9% no grupo controle, 6,3% no grupo LFS e 6,4% no grupo LFS+PCI. A natremia 1 hora após a reperfusão foi mais elevada no grupo controle do que nos demais, já com relação ao potássio, a dosagem foi mais baixa nesse grupo no mesmo intervalo. A dosagem da aspartato aminotransferase (AST) foi mais elevada nos grupos LFS e LFS+PCI do que no controle. A análise histológica não Resumo demonstrou diferença entre os grupos. A expressão do gene Bax foi mais elevada no grupo LFS do que nos demais, enquanto que a do gene eNOS foi mais acentuada no grupo LFS+PCI do que nos demais nos dois intervalos estudados. Após 3 horas de reperfusão a expressão do gene IL-6 foi maior no grupo LFS+PCI. CONCLUSÕES: O modelo de transplante hepático large-for-size em suínos foi exequível e adequado para a pesquisa. A lesão IR foi mais acentuada no grupo LFS do que no grupo controle e apesar de não ter alterado a elevação de enzimas hepatocelulares, o PCI teve papel de aumentar a expressão dos genes IL-6 e eNOS e diminuir a do gene Bax / INTRODUCTION: Liver transplantation has been established as therapy for children with end-stage liver disease. The main indication is biliary atresia, cholestatic disease that leads to cirrhosis in most cases even in children undergoing portoenterostomy. These children develop other complications as severely malnutrition and need early transplantation. The ideal graft to body weight ratio (GBWR) for transplantation varies from 1 to 3%. However, when transplantation is performed in children younger than 2 years, this ratio in most cases is higher than 5%. This situation, known as large-for-size, may be related to insufficient graft perfusion and liver disfunction. The mechanisms of injury involved in this scenario are not well established. Ischemia-reperfusion injury (IRI) has been related as a factor for poor graft function and other complications. Inflammatory cascade culminating in cell death by apoptosis and cellular mechanisms of regeneration are the elements involved in IRI. Ischemic preconditioning (IPC) is a phenomenon that attenuates IR injury. There are no experimental studies conducted to evaluate the hepatic injury in large-for-size situation and the effect of IPC in this situation. METHODS: 8 procedures were required for standardize the model. Weight of the animals, GBWR and surgical technique were evaluated. In the experimental phase, 21 transplantations were performed. The animals were divided in three groups. In the first group (control), liver transplantation was performed with donors and recipients with similar weights. To characterize large-for-size situation, donors of the second group had approximately twice the weight receptor (LFS). In the third group the weight distribution was similar to the second but IPC was performed in donor (LFS+IPC). Procedures were performed under general anesthesia and aseptic technique and the animals were kept alive for 3 hours after reperfusion. Blood samples were obtained at three times (immediately after opening the abdominal cavity, 1 and 3 hours after reperfusion) and fragments of liver 1 and 3 hours after reperfusion. Blood samples were analyzed for arterial blood gases, sodium, potassium and hepatocellular enzymes. The fragments of liver tissues were subjected to histological analysis by hematoxylin-eosin staining (HE). Molecular biology involved quantification of the expression of Bax, Bcl-XL, endothelial nitric oxide synthase (eNOS) and interleukin- 6 (IL-6) genes. RESULTS: The mortality rate was 28%. The GBWR was 2.9% in the control group, 6.3% in the LFS group and 6.4% in the LFS+ICP group. The natremia 1 hour after reperfusion was higher in the control group and potassium dosage was lower in this group in the same period. The dosage of aspartate aminotransferase (AST) was higher in LFS and LFS+IPC groups than control. Histological analysis showed no difference between groups. The Bax gene expression was higher in the LFS, while the eNOS gene was more expressed in LFS + PCI group. After 3 hours of reperfusion the expression of IL-6 gene was higher in the PCI + LFS. CONCLUSIONS: The model of large-for-size liver transplantation in swine was feasible and appropriate for the research. IR injury was more pronounced in the Summary group LFS than in the control group and despite not having changed the elevation of hepatocellular enzymes, the PCI was responsible for increasing the expression of IL- 6 and eNOS and decreasing the Bax gene expression
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Neobexiga gastroileal ortotópica e gastroileocistoplastia laparoscópicas: viabilidade técnica e análise crítica de um modelo experimental em suínos / Laparoscopic orthotopic gastroileal neobladder and gastroileocystoplasty: technical feasibility and critical analysis of an experimental porcine modelEduardo Franco Carvalhal 13 September 2004 (has links)
Introdução: Reservatórios gastroileais (GI) compostos podem apresentar vantagens em relação a segmentos intestinais isolados em cirurgias de reconstrução urinária em pacientes selecionados. Apresentamos aqui as técnicas laparoscópicas de gastroileocistoplastia (ampliação vesical) e de neobexiga gastroileal ortotópica (substituição vesical), realizadas de forma completamente intracorpórea em um modelo suíno experimental. Avalia-se sua viabilidade técnica e resultados funcionais. Métodos: Após padronização da técnica em estudo piloto (três animais), realizaram-se as cirurgias de gastroileocistoplastia (Grupo I; N = 5) e neobexiga GI ortotópica (Grupo II; N = 10), envolvendo os mesmos princípios de ressecção laparoscópica de cunha gástrica e íleo. No grupo II, a criação da neobexiga GI incluiu reimplante ureteral bilateral no segmento gástrico com técnica antirefluxo e anastomose uretro-ileal. Foram utilizados exclusivamente grampeadores e técnicas de sutura livre laparoscópica, de forma completamente intracorpórea. Análise pré e pós-operatória de dados laboratoriais, capacidade vesical, avaliação histológica e por imagem (uretrocistografia, urografia venosa) dos reservatórios resultantes foi concluída ao final do seguimento de 8 a 12 semanas (Grupo I) e quatro a oito semanas (Grupo II). Resultados: Os segmentos ileal e gástrico alcançaram a pelve do animal em todos os casos. Tempo cirúrgico foi de 5,2 h para o Grupo I e 7,4 h para o Grupo II. Não houve conversões ou óbitos intra-operatórios. Todos os reservatórios GI apresentavam-se viáveis por ocasião da eutanásia em ambos os grupos. No Grupo I, quatro dos cinco animais completaram sem intercorrências o seguimento de 8 (N = 2) e 12 (N = 2) semanas. Um animal apresentou deterioração clínica, sendo levado precocemente à eutanásia por pielonefrite e alcalose metabólica. Houve aumento da capacidade vesical (a uma pressão vesical de 20cmH2O) de 650ml para 1025ml (p < 0,05) após a cirurgia de ampliação vesical. No Grupo II, cinco dos 10 animais completaram o seguimento previsto em quatro (N = 3) e oito (N = 2) semanas, com mínima alteração da função renal (Cr pré e pós-operatório=1,4 e 2,2mg/dl, respectivamente; p = 0,09). Três animais tiveram a eutanásia antecipada devido a obstrução ureteral com pielonefrite (N = 2) e alcalose hipoclorêmica severa (N=1). Dois óbitos foram associados a obstrução ureteral bilateral e sepse. Capacidade vesical média das neobexigas foi de 400ml. Não houve casos de refluxo vesico-ureteral à cistografia. Porém, sete das 20 unidades renais (35%) apresentaram estenose uretero-gástrica. Obstrução intestinal (N = 1), fístula gástrica (N = 1) e urinoma (N = 1) foram outras complicações do Grupo II. Conclusões: A ressecção gástrica laparoscópica para ampliação e substituição vesicais é viável e reprodutível. A gastroileocistoplastia laparoscópica apresenta adequado resultado funcional após três meses no modelo suíno. A neobexiga GI laparoscópica é tecnicamente viável no modelo suíno, apesar de sua complexidade. A descrição inicial é apresentada. Aperfeiçoamento da técnica de reimplante ureteral anti-refluxo laparoscópico é necessário antes de sua aplicação clínica. / Introduction: Composite gastroileal (GI) urinary reservoirs may present advantages over the use of isolated intestinal segments for urinary reconstructive procedures in selected patients. Herein, we present the laparoscopic techniques of gastroileocystoplasty (bladder augmentation) and GI orthotopic neobladder (bladder substitution), performed completely intracorporeally in a porcine model. Technical feasibility and functional results of these procedures are evaluated. Methods: After a pilot study (three animals) to technically standardize the procedures, gastroileocystoplasty (Group I, N = 5) and GI orthotopic neobladder (Group II; N = 10) were performed applying the same principles of wedge gastric resection and ileal resection. In Group II, creation of the neobladder included bilateral ureteral reimplantation into the gastric segment with an anti-reflux technique and an urethro-ileoanastomosis. Staplers and free-hand laparoscopic suture techniques were utilized exclusively, in a completely intracorporeal manner. Preop and postoperative analysis of laboratory data, bladder capacity, image (cystourethrography, intravenous urography) and histological evaluation of the resulting GI reservoirs was concluded at the end of follow-up, at eight and 12 weeks (Group I) and four and eight weeks (Group II). Results: Ileal and gastric patches reached the animal pelvis in all cases. Operative times were 5.2h for Group I and 7.4h for Group II. No conversions or intraoperative deaths occurred. All GI reservoirs were viable by the time of euthanasia in both groups. In Group I, four of the five animals completed the scheduled follow-up of 8 (N = 2) and 12 (N = 2) weeks without complications. One animal received early euthanasia due to pyelonephritis and metabolic alkalosis. Bladder capacity (at a bladder pressure of 20cmH2O) increased from 650ml to 1025ml (p < 0.05) after the bladder augmentation procedure. In Group II, five of 10 animals completed the scheduled follow-up at four (N = 3) and eight (N = 2) weeks, with minimal alteration on renal function (pre and postoperative Cr = 1.4 and 2.2mg/dl, respectively; p = 0.09). Three animals had an early euthanasia due to ureteral obstruction and pyelonephritis (N=2) and severe hipochloremic alkalosis (N = 1). Two deaths were associated to bilateral ureteral obstruction and sepsis. Mean bladder capacity for the neobladders was 400ml. No cases of vesico-ureteral reflux were seen at cystourethrography. However, seven of 20 renal units (35%) presented with uretero-gastric stenosis. Bowel obstruction (N = 1), gastric fistula (N = 1) and urinoma (N = 1) were other complications in Group II. Conclusions: Laparoscopic gastric resection for bladder augmentation and substitution purposes is feasible and reproducible. Laparoscopic gastroileocystoplasty presents adequate functional results after three months in the porcine model. Laparoscopic GI neobladder is technically viable in the porcine model, despite its complexity. The initial report is presented. Refinements of laparoscopic anti-reflux ureteral reimplantation techniques are necessary before its clinical application.
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