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A escrita e o afeto: o impulso de João Guimarães Rosa em seu Corpo de Baile / The writing and the affect: the inventive impulse of João Guimarães Rosa in his Corpo de Baile.

Santos, Wagner Dias dos 14 March 2011 (has links)
Este trabalho faz referências às relações entre o afeto e a escrita, tomando como modelo o impulso criativo de João Guimarães Rosa, um dos grandes autores da literatura brasileira. Parto do pressuposto que o escritor de Corpo de baile (1956) se expõe deliberadamente aos afetos como fonte de conhecimento, forma de criação e de sustentação de sua arte. Assim, destaco de sua produção textual algumas anotações de viagem (manuscritos), cartas e intenções que antecedem a obra literária. Das publicações, são analisadas duas novelas de Corpo de baile: O recado do morro e Uma estória de amor. Sirvo-me dos conceitos de pulsão, sublimação, cadeia significante e transliteração, ligados à psicanálise freudo-lacaniana, para evidenciar que Guimarães Rosa constrói um particular diálogo com os estímulos do mundo. Pretendo argumentar a favor de uma hipótese segundo a qual a escrita deste autor vem de seu corpo, conforme as marcas ou os cortes que incidiram em sua vida, mas, sobretudo, pela sua peculiar disposição em se deixar inscrever pela linguagem a partir dos afetos. Neste trabalho fica a intenção de responder à seguinte pergunta de pesquisa: como João Guimarães Rosa organiza o percurso de criação de duas de suas novelas de Corpo de baile, visando a ser afetado pelas experiências vividas ao longo do período de preparação dos originais de forma a, no momento da escrita, transmudá-las para a ficção? Deste modo, ressalto nesta dissertação os seguintes objetivos específicos: a) a descrição de alguns recursos utilizados por João Guimarães Rosa, quando ele organiza seu percurso de escrita; b) o uso de uma teoria que considere a pulsão e o afeto como molas propulsoras para a invenção de um processo de criação. Trata-se, portanto, de apontar para o modo singular de um autor se deixar inscrever pela linguagem, situandose num posicionamento metódico e paciente na apreensão da palavra, da poética. / This work makes references to the relationship between affect and writing, taking as model the creative impulse of João Guimarães Rosa, one of the great authors of the Brazilian literature. I assume that the writer of Corpo de baile (1956) deliberately exposes himself to the affects as a source of knowledge, form of creation and support for his art. Thus, I highlight from his textual production some (handwritten) trip notes, letters and intentions prior to the literary work. From publications, have been considered two novels from Corpo de baile: \"O recado do morro\" and \"Uma história de amor\". I make use of instinctual drive, sublimation, significant chain and transliteration concepts, linked to Freudian-Lacanian psychoanalysis, to show that Guimarães Rosa builds a dialogue with private worlds stimuli. I intend to argue for a hypothesis that this authors writing comes from his body, according to imprints or cuts that happened to his life, but especially by its peculiar readiness to inscribe himself to language as from the affects. In this work it is intended to respond to the following research questionings: How João Guimarães Rosa organizes the creating route of his two novels from Corpo de baile, aiming to be affected by experiences lived through the period of documents preparation in order to, at the time of writing, to transmute them into fiction? Thus, I emphasize in this thesis the following specific objectives: a) a description of some resources used by Joao Guimarães Rosa, when he organizes his writing route, b) the use of a theory that considers the instinctual drive and affect as driving forces for inventing a process of creation. It is, therefore, to point out the unique way an author let to be inscribed by language, standing in a methodical and patient positioning in the seizure of the word and poetry.
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Da experiência estética para a experiência psicanalítica: reverberações entre força, figura e sentido / From the aesthetic to the psychoanalytic experience: reverberations among force, figure and sense

Pereira, Adriana Barbosa 23 May 2014 (has links)
O que a experiência estética ensina aos psicanalistas? Essa pergunta ampla dá início às investigações deste trabalho sustentado pela hipótese de que há uma dimensão estética na experiência analítica. Configuramos as problemáticas da análise do estético e da sublimação, a partir de Freud, para em seguida recolher as influências da estética e reanalisar certas conceitualizações da psicanálise. Consideramos que experiência estética e experiência analítica são vizinhas e enfrentam problemas homólogos ligados: 1- à contiguidade entre sensibilidade e inteligibilidade; 2- a não hierarquia entre o regime representativo e o regime estético (apresentativo) nos processos de significação; 3- à dimensão de ruptura de sentido no estético. As relações entre experiência estética e os processos de sublimação, a partir da reciprocidade entre atividade e passividade na experiência de apreciação e de criação, sugerem que esses processos sejam estudados de modo adjacente. A partir da análise estética da formatividade (Pareyson) e das relações intrínsecas entre conteúdo e forma, é investigada a metapsicologia das relações, sempre fugidias, entre imagem e palavra, e os processos de figurabilidade/apresentação (Darstellung). Resgata-se a legitimidade de se reconhecer os processos oníricos como um dos modelos de análise do estético e da criatividade em psicanálise. Em outra dimensão do estético, estabelecemos aproximações entre a estética do sublime e o estranhofamiliar de Freud, como experiências de ruptura de sentido. A ruptura, sob certas condições, está na base das experiências de ressignificação, nas bordas do irrepresentado e do irrepresentável da experiência. A figurabilidade/apresentação é compreendida como transformação de inscrições psíquicas mudas em formas eloquentes e tem efeitos na interpretação e no manejo na clínica com destaque para as construções em análise. No que toca a sublimação, articulada à experiência estética, levamos adiante a formulação de Freud de que há uma relação entre os processos criativos e o brincar da criança. A experiência estética e o brincar da criança retiram as análises de Freud sobre a sublimação de uma perspectiva adaptativa e deserotizada. Destacamos, não o suposto conteúdo recalcado dessas atividades, mas a transformação da pulsão, articulada aos elementos formais que participam tanto do brincar quanto do trabalho do artista. Propusemos uma relação de coconstituição entre processos sublimatórios, instâncias psíquicas (id, ego, superego) e a organização da pulsão, através de jogos constituintes de ausência e presença, continuidade e descontinuidade, identidade e alteridade. Brincar e sublimar são jogos constitutivos de prazer e luto que articulam objeto subjetivo e objeto objetivo na área transicional da experiência. Reconhece-se, por outro lado, os limites dos processos sublimatórios e a participação das forças de desligamento pulsional. As implicações no manejo e interpretação também são abordadas na análise com crianças, privilegiando a construção dos processos de figurar e ficcionar. Consideramos que a reanálise das relações entre a experiência estética e sublimação contribui para destacar a dimensão estética e criativa da clinica psicanalítica contemporânea / What does the aesthetic experience teach psychoanalysts? It is this wide question that opens the investigations in this work, which is supported by the hypothesis of an aesthetic dimension in the psychoanalytic experience. After setting up aesthetics and sublimations analysis problems, following Freud, aesthetics influences are gathered and some psychoanalytical concepts reanalyzed. The aesthetic and the analytical experiences are considered to be neighbors, facing homologous problems, related to: (1) contiguity between sensibility and intelligibility; (2) non-hierarchy between the representative regime and the aesthetic regime (presentative) in the signifying processes; (3) the rupture of meanings dimension within aesthetics. The relations between the aesthetic experience and the sublimation processes, according to activity and passivitys reciprocity in the creation and appreciation experience, suggest that these processes be studied in an adjacent manner. Following Pareysons formativitys aesthetic analysis and the intrinsic relations between form and content, the ever escaping relations between image and word, as well as the figurabilty/presentation (Darstellung) processes are investigated. The oniric processes legitimacy in the analysis of aesthetics and creativity in psychoanalysis is then recovered. In another dimension of aesthetics, an approximation between the sublime and Freuds Unheimlich, as an experience of rupture of meaning, is established. This rupture, under certain conditions, is at the bottom of re-signification experiences, on the verge of what is not represented and of what is non representable in experience. Figurablity/presentation is understood as transformations of mute inscriptions into eloquent forms. From these, effects on interpretation and clinical handling are implied, with a stress on constructions in analysis. Concerning sublimation, when articulated to the aesthetic experience, Freuds formulation that there is a relation between creative processes and childrens play is furthered developed. The aesthetic experience and childrens play aid Freuds analysis of sublimation from an adaptive de-erotized perspective. What is emphasized is not the supposed repressed content of such activities, but drives transformation, articulated to formal elements which participate both in childrens play and in artists work. A co-constitution relation among sublimation processes, psychic instances (ego, id, superego) and drives organization is proposed, through elementary games of presence and absence, continuity and discontinuity, identity and otherness. To play and sublimate are constitutive games of pleasure and mourning that articulate both the subjective object and the objective object in the experiences transitional area. On the other hand, limits of the sublimation processes and the participation of unlinking drive forces are recognized. The implications on analysis handling and interpretation in childrens analysis are also approached, with a privilege on the construction process of figures and fiction. It is considered, then, that this re-analysis of the relations between the aesthetic experience and sublimation contributes to highlight the aesthetic and creative dimension of contemporary psychoanalytical clinic
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Da experiência estética para a experiência psicanalítica: reverberações entre força, figura e sentido / From the aesthetic to the psychoanalytic experience: reverberations among force, figure and sense

Adriana Barbosa Pereira 23 May 2014 (has links)
O que a experiência estética ensina aos psicanalistas? Essa pergunta ampla dá início às investigações deste trabalho sustentado pela hipótese de que há uma dimensão estética na experiência analítica. Configuramos as problemáticas da análise do estético e da sublimação, a partir de Freud, para em seguida recolher as influências da estética e reanalisar certas conceitualizações da psicanálise. Consideramos que experiência estética e experiência analítica são vizinhas e enfrentam problemas homólogos ligados: 1- à contiguidade entre sensibilidade e inteligibilidade; 2- a não hierarquia entre o regime representativo e o regime estético (apresentativo) nos processos de significação; 3- à dimensão de ruptura de sentido no estético. As relações entre experiência estética e os processos de sublimação, a partir da reciprocidade entre atividade e passividade na experiência de apreciação e de criação, sugerem que esses processos sejam estudados de modo adjacente. A partir da análise estética da formatividade (Pareyson) e das relações intrínsecas entre conteúdo e forma, é investigada a metapsicologia das relações, sempre fugidias, entre imagem e palavra, e os processos de figurabilidade/apresentação (Darstellung). Resgata-se a legitimidade de se reconhecer os processos oníricos como um dos modelos de análise do estético e da criatividade em psicanálise. Em outra dimensão do estético, estabelecemos aproximações entre a estética do sublime e o estranhofamiliar de Freud, como experiências de ruptura de sentido. A ruptura, sob certas condições, está na base das experiências de ressignificação, nas bordas do irrepresentado e do irrepresentável da experiência. A figurabilidade/apresentação é compreendida como transformação de inscrições psíquicas mudas em formas eloquentes e tem efeitos na interpretação e no manejo na clínica com destaque para as construções em análise. No que toca a sublimação, articulada à experiência estética, levamos adiante a formulação de Freud de que há uma relação entre os processos criativos e o brincar da criança. A experiência estética e o brincar da criança retiram as análises de Freud sobre a sublimação de uma perspectiva adaptativa e deserotizada. Destacamos, não o suposto conteúdo recalcado dessas atividades, mas a transformação da pulsão, articulada aos elementos formais que participam tanto do brincar quanto do trabalho do artista. Propusemos uma relação de coconstituição entre processos sublimatórios, instâncias psíquicas (id, ego, superego) e a organização da pulsão, através de jogos constituintes de ausência e presença, continuidade e descontinuidade, identidade e alteridade. Brincar e sublimar são jogos constitutivos de prazer e luto que articulam objeto subjetivo e objeto objetivo na área transicional da experiência. Reconhece-se, por outro lado, os limites dos processos sublimatórios e a participação das forças de desligamento pulsional. As implicações no manejo e interpretação também são abordadas na análise com crianças, privilegiando a construção dos processos de figurar e ficcionar. Consideramos que a reanálise das relações entre a experiência estética e sublimação contribui para destacar a dimensão estética e criativa da clinica psicanalítica contemporânea / What does the aesthetic experience teach psychoanalysts? It is this wide question that opens the investigations in this work, which is supported by the hypothesis of an aesthetic dimension in the psychoanalytic experience. After setting up aesthetics and sublimations analysis problems, following Freud, aesthetics influences are gathered and some psychoanalytical concepts reanalyzed. The aesthetic and the analytical experiences are considered to be neighbors, facing homologous problems, related to: (1) contiguity between sensibility and intelligibility; (2) non-hierarchy between the representative regime and the aesthetic regime (presentative) in the signifying processes; (3) the rupture of meanings dimension within aesthetics. The relations between the aesthetic experience and the sublimation processes, according to activity and passivitys reciprocity in the creation and appreciation experience, suggest that these processes be studied in an adjacent manner. Following Pareysons formativitys aesthetic analysis and the intrinsic relations between form and content, the ever escaping relations between image and word, as well as the figurabilty/presentation (Darstellung) processes are investigated. The oniric processes legitimacy in the analysis of aesthetics and creativity in psychoanalysis is then recovered. In another dimension of aesthetics, an approximation between the sublime and Freuds Unheimlich, as an experience of rupture of meaning, is established. This rupture, under certain conditions, is at the bottom of re-signification experiences, on the verge of what is not represented and of what is non representable in experience. Figurablity/presentation is understood as transformations of mute inscriptions into eloquent forms. From these, effects on interpretation and clinical handling are implied, with a stress on constructions in analysis. Concerning sublimation, when articulated to the aesthetic experience, Freuds formulation that there is a relation between creative processes and childrens play is furthered developed. The aesthetic experience and childrens play aid Freuds analysis of sublimation from an adaptive de-erotized perspective. What is emphasized is not the supposed repressed content of such activities, but drives transformation, articulated to formal elements which participate both in childrens play and in artists work. A co-constitution relation among sublimation processes, psychic instances (ego, id, superego) and drives organization is proposed, through elementary games of presence and absence, continuity and discontinuity, identity and otherness. To play and sublimate are constitutive games of pleasure and mourning that articulate both the subjective object and the objective object in the experiences transitional area. On the other hand, limits of the sublimation processes and the participation of unlinking drive forces are recognized. The implications on analysis handling and interpretation in childrens analysis are also approached, with a privilege on the construction process of figures and fiction. It is considered, then, that this re-analysis of the relations between the aesthetic experience and sublimation contributes to highlight the aesthetic and creative dimension of contemporary psychoanalytical clinic
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O estético e o ético na psicanálise: Freud, o sublime e a sublimação / The aesthetic and ethical in psychoanalysis: Freud, sublimation and the sublime

Guilherme Massara Rocha 12 November 2010 (has links)
As relações da psicanálise com as obras de arte, a filosofia da arte e as disciplinas estéticas têm sido objeto de inúmeras investigações. Desde sua invenção, a experiência artística esteve presente na argumentação metapsicológica de Freud. E se uma primeira aproximação do tema poderia sugerir que o recurso às formas artísticas ali encontraria uma função meramente expositiva, mobilizado em benefício da ilustrabilidade das teses e proposições psicanalíticas, ou debatidas sob a perspectiva de sua aptidão em demonstrar a plausibilidade das idéias freudianas, cumpre apontar para o que se possa conceber para além desse dispositivo puramente metodológico. A arte realiza na obra freudiana uma função legitimamente heurística. Em momentos decisivos do estabelecimento de determinadas teses da metapsicologia, o recurso ao debate interpretativo acerca de figuras e experiências artísticas provê aportes fundamentais para a configuração e consolidação das mesmas. Recurso esse, é bem verdade, que coexiste e articula-se com elementos extraídos das investigações clínicas de Freud, esses ainda mais frequentes e não menos importantes para os contornos da teoria psicanalítica. O conceito de sublimação é aquele que reúne, sob o extenso e complexo panorama de sua inserção metapsicológica, os mais diversos apontamentos freudianos acerca das consequências e pormenores subjetivos de vicissitudes das mudanças de alvo da pulsão, das quais a experiência artística é um paradigma exemplar. Tal conceito é aqui revisitado, com vistas a restabelecer suas principais matrizes teóricas e alguns de seus matizes doutrinais, numa investigação interna à obra de Freud. Mas, preponderantemente, a discussão aqui pretendida entrevê as conexões da teoria freudiana da sublimação com os elementos artísticos que nela infletem ou à ela subjazem. Na esteira desses desdobramentos, fez-se crucial um debate entre o conceito de sublimação e momentos da filosofia moderna do sublime. Um debate que, em seu desenlace, buscou revelar, quanto a doutrina freudiana da sublimação e acerca da apreensão freudiana das obras de arte, os principais efeitos que sobre ela parecem ter exercido aspectos das idéias de Kant, Schopenhauer e Schiller em suas investigações acerca do belo e do sublime. Se o conceito de sublimação não pode ser subsumido à filosofia do sublime, ali figurando como mais um de seus capítulos, ele é todavia permeável a esse debate, sob aspectos que, por motivos e circunstâncias que aqui se procurou evidenciar, Freud jamais soube suficientemente explicitar. / The relationship between psychoanalysis and works of art, the philosophy of art, and the aesthetic disciplines have been the subject of innumerable studies. Since its invention, the metapsychology of Freud has discussed the artistic experience. Beyond merely serving as a methodological exercise for the purpose of illustrating psychoanalytic theses and propositions or demonstrating the plausibility of Freudian ideas, revisiting the topic of artistic expression succeeds in extending their conceptual range. Art serves a legitimately heuristic function in Freudian works. At crucial points in the establishment of particular metapsychological theses, the configuration and consolidation of the theory receives fundamental support from revisiting the interpretation of artistic expression and experience. It is true that this involves elements which are extraneous to the clinical investigations of Freud, but this does not diminish their importance to the shape of psychoanalytic theory. Due to the extent and complexity if its insertion into metapsychological theory, the concept of sublimation reunites many diverse Freudian concepts concerning the effect of subjective idiosyncracies upon the way in which impulses are directed to a target, and the artistic experience serves as a paradigm for this process. The concept is revisited here in an internal investigation of the works of Freud for the purpose of elucidating its principal theoretical origins and some of its nuance. However, for the most part, this discussion intends to connect the Freudian theory of sublimation to artistic elements that are expressed in, or underly, it. In the course of these expositions, there is a crucial dialogue between the concept of sublimation and modern philosophy\'s propositions concerning the sublime. The debate ultimately seeks to reveal how much the Freudian doctrine of sublimation and the Freudian understanding of art have been effected by, and employed, the ideas of Kant, Schopenhauer, and Schiller in its investigation of beauty and the sublime. If the concept of sublimation cannot be subsumed within the philosophy of the sublime, configured as one more of its chapters, it is nevertheless permeable to that discussion, with the view that, for motives and circumstances which herein one attempts to make evident, Freud never knew how to make it sufficiently explicit.
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Da Liebe à Minne : entre Alcibíades e Da Vinci, Sidonie

Moura, Alexandre Rambo de January 2011 (has links)
A questão que move este trabalho concerne à relação do sujeito com o amor: por que, para alguns, de forma recorrente, ou para todos, em determinado(s) momento(s), amar não implica demandar amor, demandar a presença do outro, construir e suportar um enlace junto ao objeto de amor, mas parece, justamente, ao contrário, evitar que esse laço se estabeleça? O que está em jogo nesse amor que se sustenta mediante a segurança de um impedimento, de uma distância que prive (e preserve), ao menos em parte, o sujeito, do contato com seu amado. Que elementos sustentam e requerem que o sujeito se coloque a amar, necessariamente, de fora do laço? Aqui não estamos diante da lógica do rodeio como forma de se aproximar e chegar ao amado: nossa interrogação recai sobre o rodeio como fim em si mesmo. A questão desta pesquisa partiu inicialmente da biografia “Desejos Secretos, a história de Sidonie C., a paciente homossexual de Freud”, mas ganhou desdobramento ao dialogar com produções artísticas no campo da poesia, com o arranjo colocado em cena pelo amor cortês e pelo movimento “As Preciosas”. A partir disso, orientados pelo referencial da psicanálise de Jacques Lacan, resgatamos as noções referentes ao amor, à transferência e ao amor cortês. Na seqüência do trabalho, tratamos de dois efeitos relativos ao limite do que pode o sujeito suportar em seu enlace ao Outro: a angústia e a passagem ao ato. Ao fim, passando pelo desejo do Outro, chegamos aos avatares da demanda e da sublimação, indicando aí distinções a partir das figuras topológicas do grafo do desejo, do oito interior e do toro. Nesse percurso, colocamos a psicanálise a trabalhar, com o objetivo de elaborar o paradoxo levantado. / The question that drives this essay concerns the relationship of the subject with love: why, for some, on a regular basis, or for everyone, at a particular time(s), love means neither to require love, nor to require the other's presence, nor to build and support a bond with the object of love, but it seems precisely the opposite, to keep that bond from happening? What is at stake in this love that is established by the security of a constraint, by a distance that deprives (and preserves), at least in parts, the subject from contacting his beloved one? Which elements that sustain and claim that the subject puts himself to love, necessarily, out of the bond? Here we are not facing the logic of the deviousness as a way to get closer and get to the beloved one: our question lays down on the deviousness as an end in itself. The question of this research first came from the biography "Desejos Secretos, a história de Sidonie C., a paciente homossexual de Freud”, but it unfolded from the dialogue with artistic productions in the field of poetry, with the arrangement brought to light by the Courtly Love and The Precious movement. Having these fields taken into consideration and, guided by the reference of the psychoanalysis of Jacques Lacan, we recover the notions relating to love, to the transfer and to the Courtly Love. Going further with the work, we deal with two effects of the boundary of what the subject can stand on his bond to the Other: the anguish and the passing to act. In the end, going through the desire of the Other, we came to the avatars of demand and sublimation, indicating then distinctions to the topological figures from the graph of desire, the eight inside and the torus. Along the way, we put psychoanalysis to work, with the goal of developing the paradox raised.
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Uma analogia do amor platônico na óptica Freudo-Lacaniana / Vanessa Augusta Luparia Vanhazeprouck ; Orientador, Rogério Miranda de Almeida

Vanhazeprouck, Vanessa Augusta Luparia January 2011 (has links)
Bibliografia: 94-96. / O presente trabalho possui o intuito de realizar uma analogia sobre o amor de transferência que ocorre na clínica analítica, através da obra de Platão, O Banquete, e a perspectiva da psicanálise de Sigmund Freud e Jacques Lacan. A visão mostrada por Platã / The present work has the intention to make an analogy about the love of transference that occurs in clinical analysis, through the work of Plato, The Symposium, along with the perspective of psychoanalysis of Sigmund Freud and Jacques Lacan. The vision sh
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Sobre o que versa a vida: metáforas da criatividade em Freud e Winnicott / About what life versa: metaphors of creativity in Freud and Winnicott

Luciana Lucena Brasil de Oliveira 12 March 2007 (has links)
Este trabalho partiu da preocupação com a inapetência para a vida nos dias atuais. Diante de sujeitos que se sentem desapossados do próprio viver, e de uma sociedade que imprime rótulos de vida nos sujeitos, trazemos possibilidades de entendimento dessa área tão fragilizada atualmente: a criatividade a esfera da vida em que o sujeito se move no mundo com realizações inovadoras.Tomando como referência a psicanálise, analisamos as metáforas linguísticas da criatividade nas obras de Freud e Winnicott, e percebemos dois grandes campos semânticos: a criatividade como desvio dos interesses primários do sujeito, e como abertura, autocriação e cumplicidade com o mundo. Na metáfora freudiana do desvio sublimatório encontramos ainda duas tonalidades de significação: um emblema simbólico do interesse frustrado, ou um consolo diante da incompletude humana. Seguindo esses enredos metafóricos, discutimos as concepções teóricas fundamentais em que cada autor estava engajado: as concepções de mente e as corporeidades envolvidas nos processos criativos. Com a multiplicação das ferramentas linguísticas do conceito de criatividade, proporcionamos um leque metafórico mais amplo para aqueles que acolhem pessoas cujo sofrimento é resultado da indiferença com o mundo. / This research started on the worry about the indifference to life nowadays. In the face of subjects who feel theirselves deprived of their lives, and of a society that fixes the ways of life, we indicated possibilities of comprehending this so fragilized area: the creativity this field of life which the subject moves himself in the world with innovating realizations. In the psychoanalytical perspective, we analyzed the linguistic metaphors of creativity in Freuds and Winnicotts thoughts, and attempted to two semantical fields: the creativity as a subterfuge of subjects primary interests, and as an approaching, an auto-creation and complicity with the world. The freudian metaphor of a sublimate detour has two tones of meaning: a symbolic emblem of a failed interest, or a consolation in face of the human uncompleteness. Going ahead with these metaphors, we disserted about the fundamental theorical concepts each author was engaged in: the mind conceptions and the corporealities involved in the creative proceeding. Multiplying the linguistical tools of the creativity, we offered a larger metaphorical horizon to that who listen people that suffer from inaptitude to life.
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Os impasses da sublimação: articulações entre psicanálise e estética / Impairments of sublimation: articulations between psychoanalysis and aesthetics

Sergio Luiz dos Santos Neves 07 May 2010 (has links)
A sublimação é um conceito forjado por Freud que tem por finalidade responder sobre a incidência da sexualidade num campo que não é diretamente ligado à função sexual. Freud inicialmente ligou o conceito de sublimação ao desenvolvimento da sociedade, mantendo entre eles uma estreita ligação através da idéia de aprovação social, coerência e harmonia, sendo a sexualidade algo que deveria ser posta a serviço da civilização pela educação e restrição de sua manifestação. A importância dada aos aspectos quantitativos presentes na subjetividade fez com que a sublimação adquirisse maior destaque, sendo diretamente ligada ao destino a ser dado aos elementos que resistiam à lógica da predicação e significação, buscando alternativas para a manifestação desses fatores que ameaçavam constantemente desestruturar o psiquismo. A sublimação se torna um processo necessário para articular a subjetividade a uma lógica da inadequação e do inacabamento, mostrando-se um operador não só da clínica como também da cultura, pois leva em consideração a sustentação da posição desejante sem incremento de mal-estar. Esses fatores aproximam de maneira surpreendente estética e psicanálise através de um novo campo de atuação. Freud percebeu a capacidade terapêutica da sublimação no final de sua vida, e Lacan, outro psicanalista que se mostrou muito interessado neste tema, também nos deixou uma série de elaborações que podem nos ser úteis para enfrentar os desafios que o nosso tempo produz. / The sublimation is a concept made by Freud and has finality to answer for questions about the sexuality in a field that wasnt fixed into sexual function. In the beginning Freud linked the concept of sublimation and the society development, keeping between then relationships around social approbation, coherence, and harmony. The sexuality has to be put at service of the civilization across education and restriction. The importance done at the aspects quantitative present in into subjectivity made more importance to sublimation, putting him destiny the elements that resist logic of signification and predication, looking for alternatives to manifest those factors that menace frequently destruction the psychics. The sublimation becomes um necessary process to articulate the subjectivity with an logic of inadequate and no finishing, acquires more detach when we looks not only the clinic but the culture, considering the desire position without indisposition. Those factors comes close surprising esthetic and psycho-analysis around a new champ of actuations. Freud and Lacan both have the perception and the importance of the sublimation and made a lot of elaborations that can be usefulness to confront the challengers thats our time produce.
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Da Liebe à Minne : entre Alcibíades e Da Vinci, Sidonie

Moura, Alexandre Rambo de January 2011 (has links)
A questão que move este trabalho concerne à relação do sujeito com o amor: por que, para alguns, de forma recorrente, ou para todos, em determinado(s) momento(s), amar não implica demandar amor, demandar a presença do outro, construir e suportar um enlace junto ao objeto de amor, mas parece, justamente, ao contrário, evitar que esse laço se estabeleça? O que está em jogo nesse amor que se sustenta mediante a segurança de um impedimento, de uma distância que prive (e preserve), ao menos em parte, o sujeito, do contato com seu amado. Que elementos sustentam e requerem que o sujeito se coloque a amar, necessariamente, de fora do laço? Aqui não estamos diante da lógica do rodeio como forma de se aproximar e chegar ao amado: nossa interrogação recai sobre o rodeio como fim em si mesmo. A questão desta pesquisa partiu inicialmente da biografia “Desejos Secretos, a história de Sidonie C., a paciente homossexual de Freud”, mas ganhou desdobramento ao dialogar com produções artísticas no campo da poesia, com o arranjo colocado em cena pelo amor cortês e pelo movimento “As Preciosas”. A partir disso, orientados pelo referencial da psicanálise de Jacques Lacan, resgatamos as noções referentes ao amor, à transferência e ao amor cortês. Na seqüência do trabalho, tratamos de dois efeitos relativos ao limite do que pode o sujeito suportar em seu enlace ao Outro: a angústia e a passagem ao ato. Ao fim, passando pelo desejo do Outro, chegamos aos avatares da demanda e da sublimação, indicando aí distinções a partir das figuras topológicas do grafo do desejo, do oito interior e do toro. Nesse percurso, colocamos a psicanálise a trabalhar, com o objetivo de elaborar o paradoxo levantado. / The question that drives this essay concerns the relationship of the subject with love: why, for some, on a regular basis, or for everyone, at a particular time(s), love means neither to require love, nor to require the other's presence, nor to build and support a bond with the object of love, but it seems precisely the opposite, to keep that bond from happening? What is at stake in this love that is established by the security of a constraint, by a distance that deprives (and preserves), at least in parts, the subject from contacting his beloved one? Which elements that sustain and claim that the subject puts himself to love, necessarily, out of the bond? Here we are not facing the logic of the deviousness as a way to get closer and get to the beloved one: our question lays down on the deviousness as an end in itself. The question of this research first came from the biography "Desejos Secretos, a história de Sidonie C., a paciente homossexual de Freud”, but it unfolded from the dialogue with artistic productions in the field of poetry, with the arrangement brought to light by the Courtly Love and The Precious movement. Having these fields taken into consideration and, guided by the reference of the psychoanalysis of Jacques Lacan, we recover the notions relating to love, to the transfer and to the Courtly Love. Going further with the work, we deal with two effects of the boundary of what the subject can stand on his bond to the Other: the anguish and the passing to act. In the end, going through the desire of the Other, we came to the avatars of demand and sublimation, indicating then distinctions to the topological figures from the graph of desire, the eight inside and the torus. Along the way, we put psychoanalysis to work, with the goal of developing the paradox raised.
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Os impasses da sublimação: articulações entre psicanálise e estética / Impairments of sublimation: articulations between psychoanalysis and aesthetics

Sergio Luiz dos Santos Neves 07 May 2010 (has links)
A sublimação é um conceito forjado por Freud que tem por finalidade responder sobre a incidência da sexualidade num campo que não é diretamente ligado à função sexual. Freud inicialmente ligou o conceito de sublimação ao desenvolvimento da sociedade, mantendo entre eles uma estreita ligação através da idéia de aprovação social, coerência e harmonia, sendo a sexualidade algo que deveria ser posta a serviço da civilização pela educação e restrição de sua manifestação. A importância dada aos aspectos quantitativos presentes na subjetividade fez com que a sublimação adquirisse maior destaque, sendo diretamente ligada ao destino a ser dado aos elementos que resistiam à lógica da predicação e significação, buscando alternativas para a manifestação desses fatores que ameaçavam constantemente desestruturar o psiquismo. A sublimação se torna um processo necessário para articular a subjetividade a uma lógica da inadequação e do inacabamento, mostrando-se um operador não só da clínica como também da cultura, pois leva em consideração a sustentação da posição desejante sem incremento de mal-estar. Esses fatores aproximam de maneira surpreendente estética e psicanálise através de um novo campo de atuação. Freud percebeu a capacidade terapêutica da sublimação no final de sua vida, e Lacan, outro psicanalista que se mostrou muito interessado neste tema, também nos deixou uma série de elaborações que podem nos ser úteis para enfrentar os desafios que o nosso tempo produz. / The sublimation is a concept made by Freud and has finality to answer for questions about the sexuality in a field that wasnt fixed into sexual function. In the beginning Freud linked the concept of sublimation and the society development, keeping between then relationships around social approbation, coherence, and harmony. The sexuality has to be put at service of the civilization across education and restriction. The importance done at the aspects quantitative present in into subjectivity made more importance to sublimation, putting him destiny the elements that resist logic of signification and predication, looking for alternatives to manifest those factors that menace frequently destruction the psychics. The sublimation becomes um necessary process to articulate the subjectivity with an logic of inadequate and no finishing, acquires more detach when we looks not only the clinic but the culture, considering the desire position without indisposition. Those factors comes close surprising esthetic and psycho-analysis around a new champ of actuations. Freud and Lacan both have the perception and the importance of the sublimation and made a lot of elaborations that can be usefulness to confront the challengers thats our time produce.

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