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Biologia reprodutiva e padrões de uso de habitat da toninha, e Pontoporia blainvillei (mammalia, cetacea), no litoral do Rio Grande do Sul

Schiavon, Daniel Danilewicz January 2000 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:12:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000386394-Texto+Completo-0.pdf: 1407034 bytes, checksum: 3c89d5c3a285573bf804cd809091bc92 (MD5) Previous issue date: 2000 / The reproductive biology and patterns of habitat use of the franciscana, Pontoporia blainvillei, were studied in Rio Grande do Sul, southern Brazil. Data were collected from franciscanas incidentally caught by the commercial fleet of Rio Grande and Tramandaí (1993- 1998) and stranded in the northern coast of Rio Grande do Sul (1991-1999). Age of the dolphins were estimated by counting the growth layer groups present in the dentin and cementum of the teeth. The female reproductive status was determined through the analysis of the ovaries, mammary glands and uterus, and the male reproductive status was determined through the histological analysis of the testes. The large majority of the ovulations occurred in the left ovary. There is no evidence that the corpus luteum increases its size as gestation increases. The reproduction of the franciscana is markedly seasonal, with births occurring from October to February. Birth length was estimated at 73,4 cm. Gestation length was estimated at 11,2 months. Sexual maturity in females is attained between 3 and 5 years. Estimation of mean age at sexual maturity using three distinct methods were 3,7, 3,5 and 3,2 years. Length and weight at sexual maturity for females were 138,9 cm (CI 95%=132,8-145,1) and 32,6 kg (CI 95%=29,8-35,3), respectively. The annual pregnancy rate was 0,53-0,66 and the calving interval was 1,5-1,9 years. The overall ovulation rate was 0,92. The ovulation rate decreases as age increases. It was not found any evidence of reproductive senescence in females. The testes of franciscanas are characterized by an extreme simetry between left and right sides and also by its small relative weight. The mean diameter of seminiferous tubules increases rapidly when sexual maturity is reached. The combined testicular weight and the index of testicular maturity are good predictors of sexual maturity. Length and weight at sexual maturity for males were 128,2 cm (CI 95%=125,3-131,1) and 26,4 kg (CI 95%=24,7-28,8), respectively. The absence of variation in the testicular weight in mature males along the year and the presence of spermatids and spermatozoa in males collected outside the reproductive period indicate that there is not a complete cessation in the testicular activity of all males in the population, and at least some of them continue able to reproduct all the year. The small relative testes size, the reversed sexual size dimorphism, the lack of secondary sexual traits and the apparent low number of intraespecific teeth scars in the males indicate the absence of sperm competition and male-male fights for copulation. This suggests the formation of temporary reproductive pairs of franciscanas during the reproductive period, where one male defends and copulates with only one female (temporary monogamy). The habitat use of franciscanas in the Rio Grande do Sul was studied through the analysis on the depth of the incidental catches of franciscanas of different sexes, ages, lengths and reproductive status, through the comparison of length of the franciscanas from the northern coast and southern coast, and through the comparison of the sex ratios between the northern coast and southern coast. It was not found differences of depth of capture between dolphins of different sexes, ages, lengths, and between juveniles and adults. Pregnant females did not differ from non pregnant females in depth use. Nevertheless, lactating females were caught in bigger depths than non lactating females. Males from the northern coast have smaller total length. The proportion of adult males in the northern coast (11,9%) are significantly lower than in the southern coast (42,1%).The sex ratio in the southern coast did not differed from 1, while in the northern coast the sex ratio is in favor of the males. It is suggested that these differences between the two areas possibly reflect different patterns of distribution of juveniles and adult male franciscanas in Rio Grande do Sul. / A biologia reprodutiva e os padrões de utilização de habitat da toninha, Pontoporia blainvillei, foram estudados no Rio Grande do Sul, sul do Brasil. As toninhas deste estudo foram coletadas através do monitoramento de capturas acidentais em redes de pesca das embarcações de Rio Grande e Tramandaí (1993-1998) e de encalhes na costa norte do Rio Grande do Sul (1991-1999). As idades dos animais foram estimadas a partir da contagem do número de grupo de linhas de crescimento presentes nas camadas de dentina e cemento dos dentes. O estado reprodutivo das fêmeas foi determinado através do exame macroscópico dos ovários, glândulas mamárias e útero, e o estado reprodutivo dos machos determinado através da análise histológica dos testículos. A grande maioria das ovulações ocorrem no ovários esquerdo. Não foi encontrada evidência de que o corpo lúteo aumente de tamanho com a gestação. A reprodução da toninha é caracterizada pela sazonalidade, com os nascimentos ocorrendo entre outubro e fevereiro. O tamanho de nascimento foi estimado em 73,4 cm. O período de gestação foi estimado em 11,2 meses. A maturidade sexual nas fêmeas é atingida entre os 3 e 5 anos de idade. Empregando três métodos distintos, foram estimadas as idades médias de maturidade sexual de 3,7 3,5 3,2 anos para as fêmeas. O comprimento e peso médio de maturidade sexual nas fêmeas foi 138,9 cm (IC 95%=132,8-145,1) e 32,6 kg (IC 95%=29,8-35,3), respectivamente. Foi estimada uma taxa de prenhez anual de 0,53-0,66 e um intervalo reprodutivo de 1,5-1,9 anos. A taxa de ovulação decai com a idade, e a taxa média para todas as idades foi estimada em 0,92 ovulações por ano. Não foi encontrada evidência de senescência reprodutiva nas fêmeas de toninha. Os testículos de P. blainvillei se caracterizam pela extrema simetria entre lados e pelo peso relativo muito pequeno. O diâmetro dos túbulos seminíferos aumentam rapidamente com a chegada da maturidade sexual.O peso testicular combinado e o índice de maturidade testicular são ótimos indicadores indiretos, não histológicos, de maturidade sexual em machos. O comprimento e peso médio de maturidade sexual nos machos foi 128,2 cm (IC 95%=125,3-131,1) e 26,4 kg (IC 95%=24,7-28,8), respectivamente. A falta de variação no peso testicular ao longo do ano e a presença de espermátides e espermatozóides em machos coletados fora do período reprodutivo indicam que não há uma interrupção completa na atividade testicular de todos os machos da população e que pelo menos alguns deles continuam aptos para reprodução durante todo ano. O tamanho testicular relativo extremamente baixo, o dimorfismo sexual reverso, a ausência de características secundárias nos machos e o aparente baixo número de cicatrizes em machos indicam a inexistência de competição espermática e conflitos entre machos para acesso às fêmeas. Isto sugere a existência de formação de pares temporários de toninhas durante o período reprodutivo, onde um macho defende e copula apenas com uma fêmea (monogamia temporária). A utilização de habitat da toninha nas águas do Rio Grande do Sul foi estudada através da análise das profundidades de captura de animais de diferentes sexos, idade, tamanho e condição reprodutiva, da comparação das distribuições de freqüência relativa de comprimentos entre o litoral norte e sul, e da comparação entre as razões sexuais entre o litoral norte (LN) e sul (LS). Não foram constatadas diferenças no uso de profundidades entre indivíduos de diferentes sexos, idades, comprimentos e entre juvenis e adultos. Fêmeas prenhas não diferiram de fêmeas maduras não prenhas no uso de profundidades. No entanto, fêmeas lactantes foram coletadas em profundidades maiores do que não lactantes. Os machos capturados no LN possuem comprimento total e a proporção de adultos (11,9%) significativamente menor que no LS (42,1%).A razão sexual das toninhas capturadas no LS não diferiu de 1, enquanto os animais do LN apresentaram a razão sexual desviada significativamente em favor aos machos. É sugerido que esta razão sexual desviada aos machos no LN possivelmente reflete padrões de distribuição distintos de machos juvenis e adultos nas duas áreas.
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Biologia reprodutiva e padr?es de uso de habitat da toninha, e Pontoporia blainvillei (mammalia, cetacea), no litoral do Rio Grande do Sul

Schiavon, Daniel Danilewicz 03 July 2000 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 386394.pdf: 1407034 bytes, checksum: 3c89d5c3a285573bf804cd809091bc92 (MD5) Previous issue date: 2000-07-03 / A biologia reprodutiva e os padr?es de utiliza??o de habitat da toninha, Pontoporia blainvillei, foram estudados no Rio Grande do Sul, sul do Brasil. As toninhas deste estudo foram coletadas atrav?s do monitoramento de capturas acidentais em redes de pesca das embarca??es de Rio Grande e Tramanda? (1993-1998) e de encalhes na costa norte do Rio Grande do Sul (1991-1999). As idades dos animais foram estimadas a partir da contagem do n?mero de grupo de linhas de crescimento presentes nas camadas de dentina e cemento dos dentes. O estado reprodutivo das f?meas foi determinado atrav?s do exame macrosc?pico dos ov?rios, gl?ndulas mam?rias e ?tero, e o estado reprodutivo dos machos determinado atrav?s da an?lise histol?gica dos test?culos. A grande maioria das ovula??es ocorrem no ov?rios esquerdo. N?o foi encontrada evid?ncia de que o corpo l?teo aumente de tamanho com a gesta??o. A reprodu??o da toninha ? caracterizada pela sazonalidade, com os nascimentos ocorrendo entre outubro e fevereiro. O tamanho de nascimento foi estimado em 73,4 cm. O per?odo de gesta??o foi estimado em 11,2 meses. A maturidade sexual nas f?meas ? atingida entre os 3 e 5 anos de idade. Empregando tr?s m?todos distintos, foram estimadas as idades m?dias de maturidade sexual de 3,7 3,5 3,2 anos para as f?meas. O comprimento e peso m?dio de maturidade sexual nas f?meas foi 138,9 cm (IC 95%=132,8-145,1) e 32,6 kg (IC 95%=29,8-35,3), respectivamente. Foi estimada uma taxa de prenhez anual de 0,53-0,66 e um intervalo reprodutivo de 1,5-1,9 anos. A taxa de ovula??o decai com a idade, e a taxa m?dia para todas as idades foi estimada em 0,92 ovula??es por ano. N?o foi encontrada evid?ncia de senesc?ncia reprodutiva nas f?meas de toninha. Os test?culos de P. blainvillei se caracterizam pela extrema simetria entre lados e pelo peso relativo muito pequeno. O di?metro dos t?bulos semin?feros aumentam rapidamente com a chegada da maturidade sexual. O peso testicular combinado e o ?ndice de maturidade testicular s?o ?timos indicadores indiretos, n?o histol?gicos, de maturidade sexual em machos. O comprimento e peso m?dio de maturidade sexual nos machos foi 128,2 cm (IC 95%=125,3-131,1) e 26,4 kg (IC 95%=24,7-28,8), respectivamente. A falta de varia??o no peso testicular ao longo do ano e a presen?a de esperm?tides e espermatoz?ides em machos coletados fora do per?odo reprodutivo indicam que n?o h? uma interrup??o completa na atividade testicular de todos os machos da popula??o e que pelo menos alguns deles continuam aptos para reprodu??o durante todo ano. O tamanho testicular relativo extremamente baixo, o dimorfismo sexual reverso, a aus?ncia de caracter?sticas secund?rias nos machos e o aparente baixo n?mero de cicatrizes em machos indicam a inexist?ncia de competi??o esperm?tica e conflitos entre machos para acesso ?s f?meas. Isto sugere a exist?ncia de forma??o de pares tempor?rios de toninhas durante o per?odo reprodutivo, onde um macho defende e copula apenas com uma f?mea (monogamia tempor?ria). A utiliza??o de habitat da toninha nas ?guas do Rio Grande do Sul foi estudada atrav?s da an?lise das profundidades de captura de animais de diferentes sexos, idade, tamanho e condi??o reprodutiva, da compara??o das distribui??es de freq??ncia relativa de comprimentos entre o litoral norte e sul, e da compara??o entre as raz?es sexuais entre o litoral norte (LN) e sul (LS). N?o foram constatadas diferen?as no uso de profundidades entre indiv?duos de diferentes sexos, idades, comprimentos e entre juvenis e adultos. F?meas prenhas n?o diferiram de f?meas maduras n?o prenhas no uso de profundidades. No entanto, f?meas lactantes foram coletadas em profundidades maiores do que n?o lactantes. Os machos capturados no LN possuem comprimento total e a propor??o de adultos (11,9%) significativamente menor que no LS (42,1%). A raz?o sexual das toninhas capturadas no LS n?o diferiu de 1, enquanto os animais do LN apresentaram a raz?o sexual desviada significativamente em favor aos machos. ? sugerido que esta raz?o sexual desviada aos machos no LN possivelmente reflete padr?es de distribui??o distintos de machos juvenis e adultos nas duas ?reas.
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A toninha, Pontoporia blainvillei (Mammalia: Cetacea), no litoral norte do Rio Grande do Sul: mortalidade acidental em redes de pesca, abundância populacional e perspectivas para a conservação da espécie

Schiavon, Daniel Danilewicz January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:13:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000402507-Texto+Completo-0.pdf: 1091814 bytes, checksum: 6a25739d4ec8e40376ad8113b472df93 (MD5) Previous issue date: 2007 / Bycatch in demersal coastal gillnets is the main conservation problem faced by the franciscana, Pontoporia blainvillei. The highest rates of mortality for this species in Brazil are found on Rio Grande do Sul’s coast area. This thesis presents the results of three different research works related to the conservation and population biology of franciscanas in Rio Grande do Sul: a study on the bycatch mortality, an abundance estimation, and a critical essay on the conservation perspectives fo the species. Between January 2002 and December 2004, the fisheries communities of Torres and Tramandaí were visited during 350 days in order to obtain data about the fishery, to select the fishery vessels that could collaborate with the project, to interview the fishermen and to distribute logbooks to the vessels´ masters. In addition, 33 onboard observations were carried out to obtain direct information on the fishery-franciscana interactions. Data from 823 fishery operations and thirteen fishery vessels were collected. During this study, the bycatch of 99 franciscanas in 74 fishery operations were recorded. The annual mortality estimate extrapolated for 31 fishery vessels that operate in Torres and Tramandaí, utilizing CPUE in the calculations, is 429 animals (CI 95%: 168 – 853). When the mortality rate is utilized in the calculations, the annual estimate is 353 animals (CI 95%: 171 – 629). The estimates presented here confirm the high rates of bycatch faced by the species in Rio Grande do Sul, with very similar estimates with those presented for the 1992-97 period in the same region. The results of this paper do not point out fast and easy solutions for the fishery-franciscana problematic in Rio Grande do Sul, thought the restrictions of areas, seasons or fishery gear. Franciscana bycatch occurs in water depths varying from nine to 40 meters, with a slight decrease in the catches as the water depth increases.Demersal gillnets present higher bycatch rates than surface gillnets. Nevertheless, it was not detected statistical differences in the franciscana catchability between the gillnet set for croakers and the one set for weakfishes and hake, the two kinds of nets more employed in Rio Grande do Sul. Two peaks were noticed in total mortality estimates: one in winter and another in summer. Nevertheless, regarding the relative mortality, the winter is the season presenting the highest mortality estimates. In spite of the remarkable increase in the fishery effort in the last 15 years in Rio Grande do Sul (e. g. about 500% in nets length), the franciscana mortality rates remained almost unaltered, corroborating that the population that inhabits this region is declining in size. The estimation of the species abundance has been systematically recommended as a highest research priority. The results of the second aerial survey carried out in March 2004 for franciscana abundance in Rio Grande do Sul, southern Brazil, are presented. Linetransect with a zigzag pattern were followed between the shoreline and a mean distance of 24 km offshore. The overall surveyed area comprised 13. 341 km2. Abundance was estimated using Distance sampling assuming g0 = 0. 304. During the 48 transects and a total effort of 1256,8 km, 31 franciscanas were observed in 25 groups. The corrected density is 0. 51 franciscanas/km2, resulting in an abundance estimation of 6,839 franciscanas (CV = 32%; 95% CI = 3,709-12,594) for the surveyed area in Rio Grande do Sul. The encounter rate for franciscana groups was 0. 020 groups for each km surveyed. The abundance estimate presented is restricted only to the area covered in the survey and extrapolation for the whole species distribution range is not recommended. Although franciscana abundance studies have been showing recent progresses, there is still much room for improvement.The critical points to be improved are: (a) a perception bias value should be firstly estimated; (b) the parameters influencing availability bias should be improved; (c) sample size should be increased. While the lack of factors to correct for perception bias and group size underestimation in aerial surveys leads to an underestimation of franciscana abundance, the use of surfacing and diving time data from boat and land-based surveys to correct for availability bias is likely to cause its overestimation. Since the magnitude of both errors is unknown, it should not be assumed that one error balance the other. The present knowledge on the the franciscana and its threats frequently raises the following question: when management action on the fishery should take place. However, the pertinent question now in not when, but how management actions should be implemented. In my view, the franciscana bycatch problem requires an adaptive management model characterized by a program of continual monitoring of indicators that measure progress toward goals. Four management propositions for the fishery that affect the franciscana are critically comented: the use of acoustic alarms, the criation of marine protected areas, the restriction of fishery effort and the modification of fishery gear. / A toninha, Pontoporia blainvillei, é a espécie de pequeno cetáceo mais ameaçada na América do Sul, devido às capturas acidentais em redes de pesca em toda sua distribuição geográfica. Na costa do Brasil, a região onde a espécie sofre os mais altos níveis de mortalidade acidental é o Rio Grande do Sul. A presente tese apresenta os resultados de três trabalhos distintos relacionados a aspectos populacionais e da conservação da espécie: um estudo sobre a mortalidade causada pelas capturas acidentais em redes de pesca, uma estimativa de abundância populacional, e um ensaio crítico sobre perspectivas de conservação, recomendações de políticas públicas e medidas de manejo para a pesca. Com os objetivos de apresentar estimativas de mortalidade atualizadas, identificar épocas do ano, tipos e tamanho de rede de pesca e faixas de profundidades com maior risco de captura, foi realizado entre 2002 e 2004, no litoral norte do Rio Grande do Sul, um estudo sobre as interações da pesca e a toninha. As comunidades de pesca de Torres e Tramandaí foram monitoradas durante 350 dias para seleção das embarcações colaboradoras, condução de entrevistas com pescadores e distribuição dos cadernos de bordo e embarques acompanhando as operações de pesca. No total, foram coletados dados relativos a 823 operações de pesca realizadas pelas treze embarcações monitoradas. Foram registradas as capturas acidentais de 99 toninhas em 74 eventos de captura.A mortalidade anual de toninhas foi extrapolada para as 31 embarcações da pesca comercial costeira que atuam em Torres e Tramandaí, resultando em duas estimativas, dependendo do índice empregado: 429 animais (IC 95%: 168 – 853) utilizando CPUE e 353 toninhas (IC 95%: 171 – 629) utilizando taxa de captura. Os resultados desse trabalho não apontam soluções rápidas e fáceis para a mitigação das capturas acidentais da toninha através de restrições de áreas, artes e épocas de pesca. As capturas acidentais de toninhas ocorreram em profundidades variando de 9 a 40 m, havendo uma leve propensão das capturas diminuírem à medida que a profundidade aumenta. Não foram detectadas diferenças significativas entre as redes de corvina e brota/pescada, as duas redes de espera mais empregadas na região. O inverno é a estação do ano com maior mortalidade relativa de toninhas. Apesar do notável aumento no esforço de pesca nos últimos 15 anos, as taxas de capturas de toninhas se mantiveram praticamente inalteradas, reforçando que a população de toninhas do Rio Grande do Sul está declinando em tamanho. A estimativa da abundância para espécie tem sido sistematicamente recomendada como uma alta prioridade de pesquisa para a espécie. Os resultados de um segundo levantamento aéreo realizado em março de 2004 no Rio Grande do Sul é apresentado. Transectos lineares com padrão de zig-zag foram seguidos desde a linha da costa até uma distância média de 24 km em direção à mar aberto. A área total monitorada compreendeu 13. 341 km2. Abundância foi estimada utilizando o programa Distance sampling assumindo g0 = 0. 304. Durante 48 transectos e um esforço total de 1256. 8 km, foram registradas 31 toninhas em 25 grupos. A densidade corrigida é 0. 51/toninhas/km2, resultando em uma estimativa de abundância de 6. 839 toninhas (95% CI = 3,709-12,594) para a área coberta.A taxa de encontro para grupos de toninha é de 0. 02 grupos por cada km sobrevoado. A estimativa de abundância apresentada aqui é restrita apenas para a área monitorada e extrapolações para a distribuição restante da espécie são fortemente desaconselhadas. Embora estudos de abundância de toninha tenham mostrado progressos recentes, ainda há muitos pontos a ser melhorados. Os aspectos críticos são: (a) um valor de erro de percepção deve ser estimado; (b) os parâmetros influenciando o erro de disponibilidade devem ser melhorados; (c) tamanho amostral deve ser aumentado. O atual grau de conhecimento sobre a toninha e suas ameaças tem direcionado a pergunta de quando terá início alguma ação concreta para a conservação da espécie? No entanto, a questão mais importante agora não é quando, mas sim como o manejo deve ser implementado. Em minha opinião, o problema das capturas acidentais da toninha requer um modelo de manejo adaptativo caracterizado por um monitoramento contínuo dos indicadores que aferem o progresso das medidas propostas. Quatro proposições de manejo para a pesca que exerce impacto sobre as populações de toninha são comentadas criticamente: o uso de alarmes acústicos em redes, a criação de áreas marinhas protegidas, a redução do esforço de pesca, a modificação das redes de pesca.As seguintes recomendações relativas à implementação de medidas de manejo são propostas e discutidas: (1) ações de manejo não devem ser vistas como uma solução final; (2) o sucesso das ações de manejo devem ser monitoradas a longo prazo; (3) ações de manejo não devem ser inviáveis logisticamente para fiscalização; (4) ações de manejo devem contar com ampla disseminação de informação; (5) ações de manejo devem contar com a concordância e participação de parte das comunidades de pesca envolvidas; (6) ações de manejo devem ter uma abrangência nacional; (7) o impacto econômico das medidas de manejo deve ser previamente estudado; (8) ações de manejo devem ser acompanhadas de pesquisa.
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A toninha, Pontoporia blainvillei (Mammalia: Cetacea), no litoral norte do Rio Grande do Sul : mortalidade acidental em redes de pesca, abund?ncia populacional e perspectivas para a conserva??o da esp?cie

Schiavon, Daniel Danilewicz 31 August 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 402507.pdf: 1091814 bytes, checksum: 6a25739d4ec8e40376ad8113b472df93 (MD5) Previous issue date: 2007-08-31 / A toninha, Pontoporia blainvillei, ? a esp?cie de pequeno cet?ceo mais amea?ada na Am?rica do Sul, devido ?s capturas acidentais em redes de pesca em toda sua distribui??o geogr?fica. Na costa do Brasil, a regi?o onde a esp?cie sofre os mais altos n?veis de mortalidade acidental ? o Rio Grande do Sul. A presente tese apresenta os resultados de tr?s trabalhos distintos relacionados a aspectos populacionais e da conserva??o da esp?cie: um estudo sobre a mortalidade causada pelas capturas acidentais em redes de pesca, uma estimativa de abund?ncia populacional, e um ensaio cr?tico sobre perspectivas de conserva??o, recomenda??es de pol?ticas p?blicas e medidas de manejo para a pesca. Com os objetivos de apresentar estimativas de mortalidade atualizadas, identificar ?pocas do ano, tipos e tamanho de rede de pesca e faixas de profundidades com maior risco de captura, foi realizado entre 2002 e 2004, no litoral norte do Rio Grande do Sul, um estudo sobre as intera??es da pesca e a toninha. As comunidades de pesca de Torres e Tramanda? foram monitoradas durante 350 dias para sele??o das embarca??es colaboradoras, condu??o de entrevistas com pescadores e distribui??o dos cadernos de bordo e embarques acompanhando as opera??es de pesca. No total, foram coletados dados relativos a 823 opera??es de pesca realizadas pelas treze embarca??es monitoradas. Foram registradas as capturas acidentais de 99 toninhas em 74 eventos de captura. A mortalidade anual de toninhas foi extrapolada para as 31 embarca??es da pesca comercial costeira que atuam em Torres e Tramanda?, resultando em duas estimativas, dependendo do ?ndice empregado: 429 animais (IC 95%: 168 853) utilizando CPUE e 353 toninhas (IC 95%: 171 629) utilizando taxa de captura. Os resultados desse trabalho n?o apontam solu??es r?pidas e f?ceis para a mitiga??o das capturas acidentais da toninha atrav?s de restri??es de ?reas, artes e ?pocas de pesca. As capturas acidentais de toninhas ocorreram em profundidades variando de 9 a 40 m, havendo uma leve propens?o das capturas diminu?rem ? medida que a profundidade aumenta. N?o foram detectadas diferen?as significativas entre as redes de corvina e brota/pescada, as duas redes de espera mais empregadas na regi?o. O inverno ? a esta??o do ano com maior mortalidade relativa de toninhas. Apesar do not?vel aumento no esfor?o de pesca nos ?ltimos 15 anos, as taxas de capturas de toninhas se mantiveram praticamente inalteradas, refor?ando que a popula??o de toninhas do Rio Grande do Sul est? declinando em tamanho. A estimativa da abund?ncia para esp?cie tem sido sistematicamente recomendada como uma alta prioridade de pesquisa para a esp?cie. Os resultados de um segundo levantamento a?reo realizado em mar?o de 2004 no Rio Grande do Sul ? apresentado. Transectos lineares com padr?o de zig-zag foram seguidos desde a linha da costa at? uma dist?ncia m?dia de 24 km em dire??o ? mar aberto. A ?rea total monitorada compreendeu 13.341 km2. Abund?ncia foi estimada utilizando o programa Distance sampling assumindo g0 = 0.304. Durante 48 transectos e um esfor?o total de 1256.8 km, foram registradas 31 toninhas em 25 grupos. A densidade corrigida ? 0.51/toninhas/km2, resultando em uma estimativa de abund?ncia de 6.839 toninhas (95% CI = 3,709-12,594) para a ?rea coberta. A taxa de encontro para grupos de toninha ? de 0.02 grupos por cada km sobrevoado. A estimativa de abund?ncia apresentada aqui ? restrita apenas para a ?rea monitorada e extrapola??es para a distribui??o restante da esp?cie s?o fortemente desaconselhadas. Embora estudos de abund?ncia de toninha tenham mostrado progressos recentes, ainda h? muitos pontos a ser melhorados. Os aspectos cr?ticos s?o: (a) um valor de erro de percep??o deve ser estimado; (b) os par?metros influenciando o erro de disponibilidade devem ser melhorados; (c) tamanho amostral deve ser aumentado. O atual grau de conhecimento sobre a toninha e suas amea?as tem direcionado a pergunta de quando ter? in?cio alguma a??o concreta para a conserva??o da esp?cie? No entanto, a quest?o mais importante agora n?o ? quando, mas sim como o manejo deve ser implementado. Em minha opini?o, o problema das capturas acidentais da toninha requer um modelo de manejo adaptativo caracterizado por um monitoramento cont?nuo dos indicadores que aferem o progresso das medidas propostas. Quatro proposi??es de manejo para a pesca que exerce impacto sobre as popula??es de toninha s?o comentadas criticamente: o uso de alarmes ac?sticos em redes, a cria??o de ?reas marinhas protegidas, a redu??o do esfor?o de pesca, a modifica??o das redes de pesca. As seguintes recomenda??es relativas ? implementa??o de medidas de manejo s?o propostas e discutidas: (1) a??es de manejo n?o devem ser vistas como uma solu??o final; (2) o sucesso das a??es de manejo devem ser monitoradas a longo prazo; (3) a??es de manejo n?o devem ser invi?veis logisticamente para fiscaliza??o; (4) a??es de manejo devem contar com ampla dissemina??o de informa??o; (5) a??es de manejo devem contar com a concord?ncia e participa??o de parte das comunidades de pesca envolvidas; (6) a??es de manejo devem ter uma abrang?ncia nacional; (7) o impacto econ?mico das medidas de manejo deve ser previamente estudado; (8) a??es de manejo devem ser acompanhadas de pesquisa.

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