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Perturbações do sono em doentes com limitação crônica ao fluxo aéreoMarchiori, Roseane Cardoso January 1992 (has links)
Este estudo foi realizado prospectivamente, para descrever o quadro polissonográflco de pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo e para testar a hipótese de que a qualidade do sono destes pacientes é semelhante à de pessoas sem pneumopatia mas com queixas de sono perturbado. Foi criado um índice de qualidade do sono, composto por escores atribuídos a cinco variáveis polissonográflcas, totalizando de zero a dez pontos. Foram estudados 22 pacientes consecutivos (16 homens, sete mulheres), portadores de limitação crônica ao fluxo aéreo, com sintomas há mais de três anos, idade mínima de 18 anos. O grupo controle foi composto por 11 pacientes (oito homens, três mulheres), que procuraram o Laboratório do Sono da Santa Casa de Misericórdia, para avaliação de distúrbio do sono. Os pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo tinham idade (média ± um desvio padrão) de 54 ± 16 anos, com variação de 21 a 73 anos: a altura foi de 1,68 ± 0,07 metro, com variação de 1,68 a 1,84 metro: o peso foi de 71 ± 14 quilogramas, com variação de 54 a 108 quilogramas e o índice de massa corporal foi 25,0 ± 3,6 Kg / m2, com variação de 20,4 a 34,0 Kg/m2. A relação VEF1 / CVF foi, em média, 47 ± 18 %, com variação de 24 a 67%. O volume expiratório forçado em um segundo foi, em média, 1,30 ± O,71 litro, com variação de 0,39 a 3,43 litro, o que correspondeu a 39 ± 17 % do previsto, com variação de 12 a 69%. Houve 39 ± 27 % de melhora do VEF1, 15 minutos após o uso de broncodUatador, com variação de 14 a 120 %. Nos pacientes em estudo, a dificuldade em iniciar o sono esteve associada à dificuldade em manter o sono ( p O,Ol), à hipoxemia em vigília (p=0,04), bem como à presença de disritmias respiratórias (p=0,006). A presença de disritmias respiratórias associou-se, também, a uma latência ao sono REM prolongada. A menor percentagem de sono de ondas lentas correlacionou-se com maior número de movimentos corpóreos (p=0,02) e maior número de despertares com mais de cinco minutos (P= 0,03). O índice de qualidade do sono correlacionou-se com a eficiência do sono (p= 0,06) e com a dessaturação durante o sono (p=0,006). Não se observou correlação entre a saturação máxima de oxigênio arterial e o índice de qualidade do sono (p= 0,30). Assim, é difícil prever, pela oximetria da vigília, a qualidade do sono de um paciente com limitação crônica ao fluxo aéreo. Dois dos 22 pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo tiveram o diagnóstico polissonográfico de síndrome da apnéia do sono. Os grupos diferiram quanto aos dados de saturação máxima, média e mínima de oxigênio, sendo que os pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo apresentaram valores inferiores aos dos controles. Houve diferença, também, quanto aos dados de índice de qualidade do sono e percentagem de estágio 1, sendo que os pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo apresentaram mais sono superficial e índice de qualidade do sono inferior aos dos pacientes do grupo controle. As diferenças persistiram mesmo após a remoção dos dois casos com apnéias. Conclui-se que pneumopatas tem sono mais perturbado do que pacientes que consultaram por distúrbio do sono e que esta perturbação é relacionada à hipoxemia noturna.
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Perturbações do sono em doentes com limitação crônica ao fluxo aéreoMarchiori, Roseane Cardoso January 1992 (has links)
Este estudo foi realizado prospectivamente, para descrever o quadro polissonográflco de pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo e para testar a hipótese de que a qualidade do sono destes pacientes é semelhante à de pessoas sem pneumopatia mas com queixas de sono perturbado. Foi criado um índice de qualidade do sono, composto por escores atribuídos a cinco variáveis polissonográflcas, totalizando de zero a dez pontos. Foram estudados 22 pacientes consecutivos (16 homens, sete mulheres), portadores de limitação crônica ao fluxo aéreo, com sintomas há mais de três anos, idade mínima de 18 anos. O grupo controle foi composto por 11 pacientes (oito homens, três mulheres), que procuraram o Laboratório do Sono da Santa Casa de Misericórdia, para avaliação de distúrbio do sono. Os pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo tinham idade (média ± um desvio padrão) de 54 ± 16 anos, com variação de 21 a 73 anos: a altura foi de 1,68 ± 0,07 metro, com variação de 1,68 a 1,84 metro: o peso foi de 71 ± 14 quilogramas, com variação de 54 a 108 quilogramas e o índice de massa corporal foi 25,0 ± 3,6 Kg / m2, com variação de 20,4 a 34,0 Kg/m2. A relação VEF1 / CVF foi, em média, 47 ± 18 %, com variação de 24 a 67%. O volume expiratório forçado em um segundo foi, em média, 1,30 ± O,71 litro, com variação de 0,39 a 3,43 litro, o que correspondeu a 39 ± 17 % do previsto, com variação de 12 a 69%. Houve 39 ± 27 % de melhora do VEF1, 15 minutos após o uso de broncodUatador, com variação de 14 a 120 %. Nos pacientes em estudo, a dificuldade em iniciar o sono esteve associada à dificuldade em manter o sono ( p O,Ol), à hipoxemia em vigília (p=0,04), bem como à presença de disritmias respiratórias (p=0,006). A presença de disritmias respiratórias associou-se, também, a uma latência ao sono REM prolongada. A menor percentagem de sono de ondas lentas correlacionou-se com maior número de movimentos corpóreos (p=0,02) e maior número de despertares com mais de cinco minutos (P= 0,03). O índice de qualidade do sono correlacionou-se com a eficiência do sono (p= 0,06) e com a dessaturação durante o sono (p=0,006). Não se observou correlação entre a saturação máxima de oxigênio arterial e o índice de qualidade do sono (p= 0,30). Assim, é difícil prever, pela oximetria da vigília, a qualidade do sono de um paciente com limitação crônica ao fluxo aéreo. Dois dos 22 pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo tiveram o diagnóstico polissonográfico de síndrome da apnéia do sono. Os grupos diferiram quanto aos dados de saturação máxima, média e mínima de oxigênio, sendo que os pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo apresentaram valores inferiores aos dos controles. Houve diferença, também, quanto aos dados de índice de qualidade do sono e percentagem de estágio 1, sendo que os pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo apresentaram mais sono superficial e índice de qualidade do sono inferior aos dos pacientes do grupo controle. As diferenças persistiram mesmo após a remoção dos dois casos com apnéias. Conclui-se que pneumopatas tem sono mais perturbado do que pacientes que consultaram por distúrbio do sono e que esta perturbação é relacionada à hipoxemia noturna.
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Associação entre o tamanho das tonsilas palatinas e faríngeas com a pressão da artéria pulmonar em criançasGranzotto, Eduardo Homrich January 2009 (has links)
Introdução: Hiperplasia adenotonsilar (HAT) é a principal causa de distúrbios respiratórios do sono em crianças, levando a inúmeras complicações. Cor pulmonale. é a mais severa, onde há aumento insidioso e assintomático da pressão da artéria pulmonar antes da descompensação cardíaca, somente podendo ser diagnosticado por cateterismo cardíaco ou ecodopplercardiografia, exames com indicação e acesso limitado. Adenotonsilectomia é o tratamento de eleição nesses pacientes, entretanto existem atrasos para a cirurgia em vários países, aumentando da morbi-mortalidade por exposição prolongada à patologia. Necessita-se de métodos diagnósticos mais baratos e acessíveis para avaliar quais crianças com HAT estão sob risco de desenvolver complicações cardíacas. Estudos já atestaram que sintomas e exame físico não fazem satisfatoriamente esse papel. Objetivo: O objetivo desse estudo é avaliar correlação entre medida de tonsila palatina e faríngea por radiografia de perfil e pressão da artéria pulmonar aferida por ecodopplercardiografia, em crianças com indicação cirúrgica por HAT. Materiais e Métodos: Estudo transversal com amostra consecutiva de crianças com indicação de adenotonsilectomia por distúrbios respiratórios do sono. O tamanho das tonsilas foi aferido por radiografia de perfil, pressão da artéria pulmonar por ecodopplercardiografia e sintomas clínicos e qualidade de vida pelo questionário OSA-18. A relação tonsila/faringe foi inserida em curva ROC para identificar o melhor ponto de corte para identificar crianças com hipertensão da ateria pulmonar. Resultados: Participaram do estudo 45 crianças com média de idade de 72,0±32,3 anos, sendo que 6 (13%) apresentaram hipertensão da artéria pulmonar pela ecodopplercardiografia. Correlação entre pressão da artéria pulmonar sistólica (sPAP) e relação tonsila/faringe foi forte (r = 0,624; p < 0,0001). Os valores da relação tonsila/faringe foram significativamente maiores nos pacientes com HP do que nos normotensos (p < 0,001). relação adenóide/nasofaringe e OSA-18 não se relacionaram significativamente com as variáveis. O ponto de corte da relação tonsila/faringe identificado na cuva ROC com melhor especificidade ainda com sensibilidade 100% foi 0,66. A média de sPAP nas crianças com relação tonsila/faringe > 0,66 foi significativamente maior que nas com relação tonsila/faringe < 0,66 (p < 0,001). Conclusão: A relação tonsila/faringe apresenta ótima correlação com sPAP em crianças com HAT e indicação cirúrgica por distúrbios respiratórios do sono. Crianças com relação tonsila/faringe > 0,66 podem estar em maior risco de complicações cardíacas, portanto sendo indicado investigação complementar com ECD ou preferência na fila de cirurgia.
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Padrão respiratório ineficaz em crianças portadoras de cardiopatias congênitas : validação de um instrumento de avaliação dos resultados de enfermagem / Characterization of nursing diagnoses in children with congenital heart disease : study at a specialized hospital in diseases cardiopulmonarySilva, Viviane Martins da January 2007 (has links)
SILVA, Viviane Martins da. Padrão respiratório ineficaz em crianças portadoras de cardiopatias congênitas : validação de um instrumento de avaliação dos resultados de enfermagem . 2007. 206 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2007. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-03-01T13:36:38Z
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Previous issue date: 2007 / Os cuidados de enfermagem para crianças com cardiopatia congênita devem ser estabelecidos e executados tão logo se suspeite do diagnóstico de defeito cardíaco congênito, voltados sempre para a detecção precoce de sinais de descompensação e manutenção de condições ótimas para a cirurgia. Objetivou-se caracterizar o quadro de diagnósticos de enfermagem apresentados por crianças com cardiopatias congênitas. Estudo de natureza observacional, longitudinal desenvolvido nos meses de julho a novembro de 2004. A amostra foi composta por 45 crianças internadas em um hospital da rede pública do município de Fortaleza-Ceará. Para a coleta, foram utilizados entrevista e exame clínico de enfermagem. As crianças foram acompanhadas durante quinze dias de internamento desde a data de sua admissão. No período efetivaram-se seis avaliações diagnósticas com intervalo de 48 horas. O processo de elaboração e inferência dos diagnósticos e problemas colaborativos seguiu as etapas de coleta, interpretação / agrupamento das informações e nomeação de categorias. Foram encontrados 22 diagnósticos de enfermagem, 34 fatores relacionados e 13 problemas colaborativos diferentes nas 270 avaliações realizadas. Observou-se associação estatisticamente significante entre os diagnósticos Troca de gases prejudicada, Padrão respiratório ineficaz, Intolerância à atividade, Crescimento e desenvolvimento retardados e Perfusão tissular ineficaz. Estes diagnósticos apresentaram associação com os fatores relacionados: Desequilíbrio da ventilação-perfusão, Hiperventilação, Redução mecânica do fluxo sangüíneo, Secreções brônquicas e Secreções retidas. Os diagnósticos Intolerância à atividade e Crescimento e desenvolvimento retardados mostraram associação com o sexo feminino. Nos diagnósticos Troca de gases prejudicada, Padrão respiratório ineficaz, Intolerância à atividade, Crescimento e desenvolvimento retardados e Débito cardíaco diminuído, identificaram-se diferenças de média de sobrevida entre crianças até 4 meses e acima de 4 meses. Os diagnósticos Troca de gases prejudicada, Padrão respiratório ineficaz, Intolerância à atividade e Risco para infecção ocorreram precocemente no período de internamento. Entre os diagnósticos, seis evidenciaram maiores oscilações em suas trajetórias de ocorrência no tempo: Padrão respiratório ineficaz, Intolerância à atividade, Desobstrução ineficaz das vias aéreas, Hipertermia, Padrão de sono perturbado e Risco para intolerância à atividade. Foram construídos cinco modelos paramétricos no domínio tempo, com vistas a predizer a ocorrência desses diagnósticos de enfermagem. O ajustamento das equações para os diagnósticos Padrão de sono perturbado e Hipertermia denotou grande dispersão entre os dados e a linha de tendência, indicando que, além do tempo, outras variáveis determinam a proporção de crianças que manifestarão esses diagnósticos. Considera-se a importância de se realizar pesquisas de caracterização do quadro de diagnósticos para determinação das necessidades de assistência de enfermagem à criança cardiopata. O conhecimento da evolução temporal das respostas do indivíduo pode direcionar os cuidados de enfermagem para as reais necessidades do cliente, facilitando, assim, a escolha de intervenções mais adequadas.
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Associação entre o tamanho das tonsilas palatinas e faríngeas com a pressão da artéria pulmonar em criançasGranzotto, Eduardo Homrich January 2009 (has links)
Introdução: Hiperplasia adenotonsilar (HAT) é a principal causa de distúrbios respiratórios do sono em crianças, levando a inúmeras complicações. Cor pulmonale. é a mais severa, onde há aumento insidioso e assintomático da pressão da artéria pulmonar antes da descompensação cardíaca, somente podendo ser diagnosticado por cateterismo cardíaco ou ecodopplercardiografia, exames com indicação e acesso limitado. Adenotonsilectomia é o tratamento de eleição nesses pacientes, entretanto existem atrasos para a cirurgia em vários países, aumentando da morbi-mortalidade por exposição prolongada à patologia. Necessita-se de métodos diagnósticos mais baratos e acessíveis para avaliar quais crianças com HAT estão sob risco de desenvolver complicações cardíacas. Estudos já atestaram que sintomas e exame físico não fazem satisfatoriamente esse papel. Objetivo: O objetivo desse estudo é avaliar correlação entre medida de tonsila palatina e faríngea por radiografia de perfil e pressão da artéria pulmonar aferida por ecodopplercardiografia, em crianças com indicação cirúrgica por HAT. Materiais e Métodos: Estudo transversal com amostra consecutiva de crianças com indicação de adenotonsilectomia por distúrbios respiratórios do sono. O tamanho das tonsilas foi aferido por radiografia de perfil, pressão da artéria pulmonar por ecodopplercardiografia e sintomas clínicos e qualidade de vida pelo questionário OSA-18. A relação tonsila/faringe foi inserida em curva ROC para identificar o melhor ponto de corte para identificar crianças com hipertensão da ateria pulmonar. Resultados: Participaram do estudo 45 crianças com média de idade de 72,0±32,3 anos, sendo que 6 (13%) apresentaram hipertensão da artéria pulmonar pela ecodopplercardiografia. Correlação entre pressão da artéria pulmonar sistólica (sPAP) e relação tonsila/faringe foi forte (r = 0,624; p < 0,0001). Os valores da relação tonsila/faringe foram significativamente maiores nos pacientes com HP do que nos normotensos (p < 0,001). relação adenóide/nasofaringe e OSA-18 não se relacionaram significativamente com as variáveis. O ponto de corte da relação tonsila/faringe identificado na cuva ROC com melhor especificidade ainda com sensibilidade 100% foi 0,66. A média de sPAP nas crianças com relação tonsila/faringe > 0,66 foi significativamente maior que nas com relação tonsila/faringe < 0,66 (p < 0,001). Conclusão: A relação tonsila/faringe apresenta ótima correlação com sPAP em crianças com HAT e indicação cirúrgica por distúrbios respiratórios do sono. Crianças com relação tonsila/faringe > 0,66 podem estar em maior risco de complicações cardíacas, portanto sendo indicado investigação complementar com ECD ou preferência na fila de cirurgia.
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Perturbações do sono em doentes com limitação crônica ao fluxo aéreoMarchiori, Roseane Cardoso January 1992 (has links)
Este estudo foi realizado prospectivamente, para descrever o quadro polissonográflco de pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo e para testar a hipótese de que a qualidade do sono destes pacientes é semelhante à de pessoas sem pneumopatia mas com queixas de sono perturbado. Foi criado um índice de qualidade do sono, composto por escores atribuídos a cinco variáveis polissonográflcas, totalizando de zero a dez pontos. Foram estudados 22 pacientes consecutivos (16 homens, sete mulheres), portadores de limitação crônica ao fluxo aéreo, com sintomas há mais de três anos, idade mínima de 18 anos. O grupo controle foi composto por 11 pacientes (oito homens, três mulheres), que procuraram o Laboratório do Sono da Santa Casa de Misericórdia, para avaliação de distúrbio do sono. Os pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo tinham idade (média ± um desvio padrão) de 54 ± 16 anos, com variação de 21 a 73 anos: a altura foi de 1,68 ± 0,07 metro, com variação de 1,68 a 1,84 metro: o peso foi de 71 ± 14 quilogramas, com variação de 54 a 108 quilogramas e o índice de massa corporal foi 25,0 ± 3,6 Kg / m2, com variação de 20,4 a 34,0 Kg/m2. A relação VEF1 / CVF foi, em média, 47 ± 18 %, com variação de 24 a 67%. O volume expiratório forçado em um segundo foi, em média, 1,30 ± O,71 litro, com variação de 0,39 a 3,43 litro, o que correspondeu a 39 ± 17 % do previsto, com variação de 12 a 69%. Houve 39 ± 27 % de melhora do VEF1, 15 minutos após o uso de broncodUatador, com variação de 14 a 120 %. Nos pacientes em estudo, a dificuldade em iniciar o sono esteve associada à dificuldade em manter o sono ( p O,Ol), à hipoxemia em vigília (p=0,04), bem como à presença de disritmias respiratórias (p=0,006). A presença de disritmias respiratórias associou-se, também, a uma latência ao sono REM prolongada. A menor percentagem de sono de ondas lentas correlacionou-se com maior número de movimentos corpóreos (p=0,02) e maior número de despertares com mais de cinco minutos (P= 0,03). O índice de qualidade do sono correlacionou-se com a eficiência do sono (p= 0,06) e com a dessaturação durante o sono (p=0,006). Não se observou correlação entre a saturação máxima de oxigênio arterial e o índice de qualidade do sono (p= 0,30). Assim, é difícil prever, pela oximetria da vigília, a qualidade do sono de um paciente com limitação crônica ao fluxo aéreo. Dois dos 22 pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo tiveram o diagnóstico polissonográfico de síndrome da apnéia do sono. Os grupos diferiram quanto aos dados de saturação máxima, média e mínima de oxigênio, sendo que os pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo apresentaram valores inferiores aos dos controles. Houve diferença, também, quanto aos dados de índice de qualidade do sono e percentagem de estágio 1, sendo que os pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo apresentaram mais sono superficial e índice de qualidade do sono inferior aos dos pacientes do grupo controle. As diferenças persistiram mesmo após a remoção dos dois casos com apnéias. Conclui-se que pneumopatas tem sono mais perturbado do que pacientes que consultaram por distúrbio do sono e que esta perturbação é relacionada à hipoxemia noturna.
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Associação entre o tamanho das tonsilas palatinas e faríngeas com a pressão da artéria pulmonar em criançasGranzotto, Eduardo Homrich January 2009 (has links)
Introdução: Hiperplasia adenotonsilar (HAT) é a principal causa de distúrbios respiratórios do sono em crianças, levando a inúmeras complicações. Cor pulmonale. é a mais severa, onde há aumento insidioso e assintomático da pressão da artéria pulmonar antes da descompensação cardíaca, somente podendo ser diagnosticado por cateterismo cardíaco ou ecodopplercardiografia, exames com indicação e acesso limitado. Adenotonsilectomia é o tratamento de eleição nesses pacientes, entretanto existem atrasos para a cirurgia em vários países, aumentando da morbi-mortalidade por exposição prolongada à patologia. Necessita-se de métodos diagnósticos mais baratos e acessíveis para avaliar quais crianças com HAT estão sob risco de desenvolver complicações cardíacas. Estudos já atestaram que sintomas e exame físico não fazem satisfatoriamente esse papel. Objetivo: O objetivo desse estudo é avaliar correlação entre medida de tonsila palatina e faríngea por radiografia de perfil e pressão da artéria pulmonar aferida por ecodopplercardiografia, em crianças com indicação cirúrgica por HAT. Materiais e Métodos: Estudo transversal com amostra consecutiva de crianças com indicação de adenotonsilectomia por distúrbios respiratórios do sono. O tamanho das tonsilas foi aferido por radiografia de perfil, pressão da artéria pulmonar por ecodopplercardiografia e sintomas clínicos e qualidade de vida pelo questionário OSA-18. A relação tonsila/faringe foi inserida em curva ROC para identificar o melhor ponto de corte para identificar crianças com hipertensão da ateria pulmonar. Resultados: Participaram do estudo 45 crianças com média de idade de 72,0±32,3 anos, sendo que 6 (13%) apresentaram hipertensão da artéria pulmonar pela ecodopplercardiografia. Correlação entre pressão da artéria pulmonar sistólica (sPAP) e relação tonsila/faringe foi forte (r = 0,624; p < 0,0001). Os valores da relação tonsila/faringe foram significativamente maiores nos pacientes com HP do que nos normotensos (p < 0,001). relação adenóide/nasofaringe e OSA-18 não se relacionaram significativamente com as variáveis. O ponto de corte da relação tonsila/faringe identificado na cuva ROC com melhor especificidade ainda com sensibilidade 100% foi 0,66. A média de sPAP nas crianças com relação tonsila/faringe > 0,66 foi significativamente maior que nas com relação tonsila/faringe < 0,66 (p < 0,001). Conclusão: A relação tonsila/faringe apresenta ótima correlação com sPAP em crianças com HAT e indicação cirúrgica por distúrbios respiratórios do sono. Crianças com relação tonsila/faringe > 0,66 podem estar em maior risco de complicações cardíacas, portanto sendo indicado investigação complementar com ECD ou preferência na fila de cirurgia.
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Efeitos da cirurgia bariátrica na síndrome da apnéia-hipopnéia obstrutiva do sonoFritscher, Leandro Genehr January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Introduction: Obstructive sleep apnea-hypopnea syndrome (OSAHS) is characterized by repetitive obstruction or partial obstruction of upper airways. Obesity is known to be one important risk factor for its development. The treatment is usually based on CPAP therapy (continuous positive airway pressure), and on weight loss in patients with obesity. Weight loss with low-calories diet is usually uneffective and CPAP use does not have good compliance. Over the last years, bariatric surgery has emerged as an alternative to treat obesity and many of its comorbidities. Methods: In this cohort study 12 morbid obese patients with moderate to severe OSAHS were evaluated before and after weight loss obtained by Roux-en-Y gastric bypass surgery. The subjects were selected between December, 2002 and July, 2004 and were re-evaluated after a minimum of 18 months post intervention. Polysomnographic changes were measured using the apnea-hypopnea index (AHI) and with oxygen saturation. Daytime sleepiness was measured with Epworth Sleepiness Scale. Results: The median (+SD) excess of body weight loss was 70,5 + 24%. The median level obtained in Epworth scale was 4,8.There was a significant reduction in AHI, from median (minimum-maximum) of 46,5 (33-140) events per hour to 16 (0,9-87) (P < 0,05), and improvement in basal oxygen saturation from mean 85,7 + 5,1% to 94,5 + 3,6%(P < 0,05), and in minimum oxygen saturation from mean 64,7 + 13,4% to 78,7 + 13,7% (P < 0,05) There was a positive correlation between the excess body weight loss and the improvement in basal and minimum oxygen saturation, (r = 0,76; P < 0,01) and (r = 0,59; P < 0,05), respectively. Conclusions: Bariatric surgery may provide excellent weight loss, resolution of daytime sleepiness symptoms and significant improvements in airway obstruction and in oxygenation. Therefore, it can be considered an alternative treatment for morbid obese patients with obstructive sleep apnea. / Introdução: A síndrome da apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS) caracteriza-se por episódios repetidos de cessação ou de diminuição do fluxo das vias aéreas superiores. Apresenta como importante fator de risco para seu desenvolvimento a obesidade. Na atualidade, o tratamento de eleição em pacientes adultos baseia-se no uso de continuous positive airway pressure (CPAP) e no emagrecimento em pacientes obesos. O emagrecimento por meio de dieta, freqüentemente, proporciona resultados desapontadores; enquanto o uso do CPAP, não apresenta boa adesão. A cirurgia bariátrica surgiu, nos últimos anos, como forma de tratar a obesidade mórbida e várias das comorbidades associadas. Método: Estudo de coorte envolvendo 12 pacientes obesos mórbidos, com SAHOS moderada a grave, submetidos à cirurgia de redução gástrica com derivação em Y de Roux, entre dezembro de 2002 e julho de 2004. Os pacientes foram reavaliados após período mínimo de 18 meses em seguimento da cirurgia. Mediram-se as alterações nos parâmetros de polissonografia através do índice de apnéia e hipopnéia (IAH) e da saturação da hemoglobina; enquanto os sintomas de sonolência diurna foram avaliados por meio do questionário de Epworth. Resultados: A perda média (± desvio padrão) do excesso de peso foi 70,5 ±24%. A avaliação da sonolência diurna mostrou uma pontuação média de 4,8.Houve redução significativa no IAH, de mediana (mínimo–máximo) 46,5 (33-140) eventos por hora para 16 (0,9–87) (P<0,05), e melhora na saturação basal da hemoglobina com média de 85,7 ±5,1% para 94,5 +3,6% (P<0,05) e no nadir da saturação da hemoglobina, de 64,7 ±13,4% para 78,7 ±13,7% (P<0,05). Verificou-se correlação positiva entre a perda do excesso de peso com a melhora no nadir da saturação da hemoglobina (r= 0,59; P≤0,05) e na saturação basal (r= 0,76; P≤0,01). Conclusões: A cirurgia bariátrica pode proporcionar excelente perda de peso, resolução dos sintomas de sonolência diurna e melhoras significativas na obstrução do fluxo aéreo e na oxigenação, podendo, dessa forma, ser uma modalidade de tratamento a ser considerada em pacientes obesos mórbidos com apnéia obstrutiva do sono.
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Sintomas e sinais de respiração predominante oral em adolescentes com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e queixa de prejuízo escolarCosta, Tatiana Leonel da Silva January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2008. / Submitted by wesley oliveira leite (leite.wesley@yahoo.com.br) on 2009-09-22T19:46:26Z
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Previous issue date: 2008 / O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e a Respiração Predominantemente Oral apresentam etiologias distintas, entretanto podem levar a sintomas semelhantes e desencadear prejuízos escolares. Distúrbios Respiratórios do Sono podem causar ou intensificar as alterações na atenção e na disciplina repercutindo diretamente na vida escolar. Poucas pesquisas abordam esses temas em um mesmo estudo. A presente pesquisa teve como objetivo geral caracterizar os sintomas e sinais da Respiração Predominantemente Oral em adolescentes com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e queixa de prejuízo escolar. Os objetivos específicos foram relacionar as características encontradas com o diagnóstico dos Tipos do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, o gênero e faixa etária da população. A coleta foi realizada no ADOLESCENTRO instituição pública pertencente à Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal - Brasil. O histórico dos sintomas diurnos e noturnos que os adolescentes apresentaram dos dois aos doze anos foi analisado, assim como, alguns sinais relatados pela literatura, como características comuns da Respiração Predominantemente Oral. Observou-se alta ocorrência de características da Respiração Predominantemente Oral associadas ao ronco, respiração oral noturna, rinite, sialorréia, olheiras e lábios ressecados. Registrou-se também associação entre amigdalite e os Tipos do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade; sialorréia no travesseiro com gênero e respiração oral diurna, respiração oral noturna e sialorréia no travesseiro com a faixa etária. Houve associação entre lábios e língua não funcionais e faixa etária. A possibilidade de associação freqüente da Respiração Predominantemente Oral em adolescentes com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e queixa de prejuízo escolar sugere uma melhor investigação diagnóstica nestes casos. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Attention Deficit Hyperactivity Disorder and Mouth Breathing have distinct etiologies, but they can generate similar symptoms and lead to school underachievement. Sleep-related breathing disorders can cause or intensify behavioral modifications related to attention and discipline, directly impacting on school results. Few researches study all these topics jointly. This research had the general objective of characterizing symptoms and signs of Mouth Breathing on children with Attention Deficit Hyperactivity Disorder and with complaints about school underachievement. The specific objectives were to relate the characteristics found to the Attention Deficit Hyperactivity Disorder types, gender and age of this population. Data was collected on ADOLESCENTRO a public institution of Secretary of State of Health of the Distrito Federal - Brazil. Nocturne and daytime symptoms that appeared in the age ranging between two and twelve-years-old were reported by the parents and were analyzed, as well as some signs cited on literature as being common characteristics of Mouth Breathing. In the conclusion, it was found a high frequency of Mouth Breathing characteristics associated with snoring, nocturne mouth breathing, rhinitis, sialorrhoea, dark undereye circles and dry lips. Related to the symptoms, it was found an association between tonsillitis and Attention Deficit Hyperactivity Disorder types; sialorrhoea on the pillow with gender and daytime mouth breathing; nocturne mouth breathing, sialorrhoea on the pillow with age. It was found an association between malfunctional lips with age and malfunctional tongue with age. The possibility of simultaneous existence of Mouth Breathing on children with Attention Deficit Hyperactivity Disorder and complaints about school underachievement requires a deeper diagnostic investigation.
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Determinação dos volumes pulmonares estáticos : comparação entre pletismografia corporal e método de diluição do hélio em indivíduos portadores de distúrbio ventilatório obstrutivo, restritivo e indivíduos com espirometria normalCoertjens, Patrícia Chaves January 2007 (has links)
A pletismografia e o método de diluição do Hélio (He) por respirações múltiplas são considerados como padrões para mensurar os volumes pulmonares. O valor do método de diluição do He por respiração única, utilizado durante mensuração da capacidade de difusão pulmonar, para estimar os volumes pulmonares reais é alvo de controvérsias. Objetivo: Determinar se a capacidade pulmonar total (CPT) e o volume residual (VR) mensurados pelo método de diluição do He por respiração única (CPT He e VRHe) podem ser utilizados em substituição aos valores obtidos por pletismografia (CPT P e VRP) em indivíduos sem e com obstrução ao fluxo aéreo. Métodos: Estudo transversal retrospectivo. Foram estudados 169 indivíduos que realizaram espirometria e determinação de volumes pulmonares pela pletismografia e pelo método de diluição do He, sendo 27 indivíduos com espirometria normal, 93 portadores de distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO) por doença pulmonar obstrutiva crônica e 49 indivíduos portadores de distúrbio ventilatório restritivo (DVR). Os valores da CPT e do VR mensurados pelos dois métodos foram comparados entre os grupos.Resultados: Os volumes pulmonares mensurados pela pletismog rafia foram maiores que os determinados pelo método de diluição do He em todos os grupos analisados. Nos indivíduos normais e com DVR, a diferença entre os métodos para a CPT variou de 0,56 L a 0,88 L e para a VR de 0,42 L a 0,75 L. Nos indivíduos portador es de DVO a diferença na CPT variou de 1,72 L a 3,17 L e no VR de 1,60 L a 2,95 L. O coeficiente de correlação nos 169 pacientes entre os valores obtidos pelos dois métodos foi de 0,71 para a CPT (p<0,001) e de 0,62 para o VR (p<0,001). A análise pelo méto do de Bland-Altman dos valores de volumes pulmonares obtidos pelos dois métodos mostrou uma maior discordância entre as medidas nos pacientes com DVO e volumes pulmonares maiores. Para predizer a CPTP e o VRP a partir da CPTHe e o VRHe foi utilizada uma equação de regressão para corrigir os valores de acordo com o grau de obstrução ao fluxo aéreo. A equação de regressão para predizer a diferença da CPT entre os dois métodos foi: Y = 4,489 – 0,043X, onde Y=Δ CPTP-H e X= VEF1/CVF e para predizer a diferença do VR foi: Y = 4,243 – 0,042X, onde Y=Δ RVP-H e X= VEF1/CVF. Conclusões: A pletismografia mensura volumes pulmonares maiores em comparação com o método de diluição do He por respiração única, independente do diagnóstico funcional pulmonar, sendo as maiores discrepâncias observadas nos pacientes com DVO. A correção dos valores da CPTHe e do VRHe para a gravidade da obstrução ao fluxo aéreo pode melhorar a acurácia de uma técnica relativamente rápida, mais simples e mais disponível.
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