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O ROTEM  tem a habilidade de prever sangramento em cirurgia cardíaca valvar? / Does ROTEM have the ability to predict bleeding in valve cardiac surgery?

Garcia Neto, José 10 April 2017 (has links)
Introdução: Considerando que uma melhor vigilância do estado hemostático dos doentes antes, durante e após o ato cirúrgico pode ter impacto significativo na sua evolução, e sabendo que os testes clássicos da coagulação têm limitações para avaliar a hemóstase na globalidade, e presumindo-se que o ROTEM seja um teste que permite efetuar esta avaliação da coagulação, fizemos hipótese de que este método seria uma ferramenta que teria a habilidade de prever sangramento em cirurgia cardíaca valvar. Objetivos: 1) Verificar se o ROTEM (Tromboelastometria Rotacional) ao analisar o estado da coagulação sanguínea de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca valvar tem a capacidade de prever maior risco de sangramento com suas consequentes complicações; 2) Correlacionar comorbidades e história clinica pré-existentes à cirurgia cardíaca valvar com o nível de sangramento apresentado. Métodos: Foram incluídos 100 pacientes consecutivos submetidos à cirurgia cardíaca valvar com circulação extracorpórea (CEC) nos seguintes procedimentos: cirurgia cardíaca valvar em uma ou mais valvas, incluindo reoperações e cirurgias combinadas, realizadas no Instituto do Coração (INCOR) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Estudo prospectivo que buscou avaliar a eficácia do uso da tromboelastometria rotacional na previsão de sangramento em cirurgia cardíaca valvar. Após a indução anestésica foram coletados: Tromboelastometria, coagulograma, fibrinogênio, dímero D e contagem de plaquetas; com a finalidade de verificar potencial risco de sangramento neste paciente. Correspondente ao tempo - 0 (T0). Estes mesmos exames foram recoletados na admissão na Unidade de Terapia Intensiva Cirúrgica (UTIC), onde o paciente foi recebido após o procedimento cirúrgico cardíaco valvar. Correspondente ao tempo - 1 (T1). Optou-se pela coleta de T1 na UTI, pois a CEC já terá sido descontinuada e a heparina revertida com a administração da protamina. Resultados: Os pacientes fora subdivididos em quartis de acordo com o sangramento, configurando um total (n) de 100 pacientes com uma média de sangramento (débitos dos drenos) de 492,95 mL, apresentando um desvio padrão de 388,14 mL e 2260 mL. Não foi encontrada nenhuma variável estatisticamente significante entre os grupos, comparando-se exames laboratoriais pré-operatórios, tempo de CEC, tempo de pinçamento e uso de drogas vaso ativas. Porém, ocorreu diferença significativa (p = 0,015) nos níveis transfusionais de hemocomponentes entre os quartis. Ocorreu uma relação significante (p =0,014) entre o nível adequado de calcemia e tendência a menor sangramento nos grupos estudados. Os resultados do ROTEM - INTEM, ROTEM - EXTEM e ROTEM - FIBTEM não demonstraram diferença estatística significante entre os grupos estudados. Considerando-se os desfechos, baixo débito, choque cardiogênico, arritmia, AVC, insuficiência renal aguda, óbito e reoperação, apenas a reoperação apresentou resultados com diferença significante entre os grupos (p =0,024). Conclusões: 1- O ROTEM não demonstrou a capacidade de prever sangramento em cirurgia cardíaca valvar. 2 - Não houve correlação do sangramento apresentado com as comorbidades pré-existentes / INTRODUCTION: Considering that better monitoring of the haemostatic status of patients before, during and after the surgical procedure can have a significant impact on their evolution, and knowing that classical coagulation tests have limitations in assessing hemostasis overall, and assuming that ROTEM is a test that allows to perform this evaluation, we hypothesized that this method would be a tool that would have the ability to predict bleeding in valve heart surgery. OBJECTIVES: 1) To verify if the ROTEM (Rotational Thromboelastometry) when analyzing the blood coagulation status of patients submitted to valve heart surgery has the capacity to predict a greater risk of bleeding with its consequent complications; 2) To correlate pre-existing comorbidities and clinical history with valve heart surgery with the level of bleeding presented. METHODS: We included 100 consecutive patients submitted to cardiac valve surgery with cardiopulmonary bypass (CPB) in the following procedures: valvular heart surgery in one or more valves, including reoperations and combined surgeries performed at the Heart Institute of the University of São Paulo. It is a prospective study aimed at evaluating the efficacy of rotational thromboelastometry in the prediction of bleeding in valve heart surgery. After the anesthetic induction were collected: thromboelastometry, coagulogram, fibrinogen, D-dimer and platelet count, with the purpose of verifying potential risk of bleeding in this patient. These samples were defined as time - 0 (T0). These same exams were collected on admission to the Intensive Care Unit. These samples were defined as time - 1(T1 We chose to collect T1 in the ICU, because at this moment it is expected that the total reversal of anticoagulation has already occurred .. RESULTS: Patients were subdivided into quartiles according to bleeding, with a total of 100 patients with a mean bleed (drainage rates) of 492.95 mL. No statistically significant variables were found between the groups, comparing preoperative laboratory tests, CPB time, clamping time and use of vasoactive drugs. However, there was a significant difference (p = 0.015) in transfusion levels of blood components between the quartiles. There Abstract was a significant relationship (p = 0.014) between the adequate level of calcemia and tendency to less bleeding in the groups studied. The results of ROTEM - INTEM, ROTEM - EXTEM and ROTEM - FIBTEM did not show a statistically significant difference between the groups studied. Considering the outcomes, low rate, cardiogenic shock, arrhythmia, stroke, acute renal failure, death and reoperation, only reoperation presented results with significant difference between the groups (p = 0.024). CONCLUSIONS: 1 - ROTEM did not demonstrate the ability to predict bleeding in valvular heart surgery. 2 - There was no correlation of bleeding presented with pre-existing comorbidities
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Exames convencionais da coagulação como variáveis preditoras da indicação de transfusão de plasma fresco congelado durante o transplante de fígado / Conventional coagulation assays as predictors of indication of fresh frozen plasma transfusion during liver transplantation

David Silveira Marinho 29 April 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: sangramento por coagulopatia é problema comum durante o transplante hepático (TH). O uso adequado da monitorização da coagulação pode reduzir a transfusão de hemocomponentes, como o Plasma Fresco Congelado (PFC). Exames Convencionais da Coagulação (ECC), tais como Tempo de Protrombina (TP) e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa), são os testes mais amplamente utilizados para monitorizar a coagulação durante o TH, mas algumas limitações têm sido apontadas acerca do seu uso em pacientes cirróticos. OBJETIVO: investigar o uso de ECC como variáveis preditoras da indicação de transfusão de PFC durante o TH em pacientes cirróticos. MÉTODO: analisou-se coorte histórica de 297 transplantes hepáticos com enxertos provenientes de doadores cadáveres. Foram incluídos receptores cirróticos de uma única instituição durante nove anos (2002-2010). A infusão profilática de ácido épsilon-aminocaproico (20 mg/kg/h) e outros pré-requisitos hemostáticos foram mantidos na cirurgia. O TP [expresso na forma de Percentual de Atividade da Protrombina (TP%) e de Relação Normalizada Internacional (INR)] e o TTPa foram medidos no pré-operatório e no fim de cada fase do TH. Os participantes só receberam transfusão de PFC quando se diagnosticou coagulopatia, independentemente dos resultados dos ECC. Os pacientes foram distribuídos em dois grupos, de acordo com a ocorrência de transfusão intraoperatória de PFC. Examinou-se o comportamento dos resultados dos ECC durante a cirurgia. Analisaram-se os fatores de risco para a transfusão de PFC por análises uni e multivariada. Os resultados pós-operatórios de ambos os grupos foram comparados. A acurácia dos ECC para predizer o uso de PFC em cada fase da cirurgia foi investigada por curvas ROC. Além disso, pontos de corte dos ECC não associados à coagulopatia foram calculados para cada fase da cirurgia. RESULTADOS: a análise multivariada demonstrou que hematócrito pré-operatório (odds ratio [OR] = 0,90, P < 0,001), fibrinogênio pré-operatório (OR = 0,99, P < 0,001) e ausência de carcinoma hepatocelular (OR = 3,57, P = 0,004) foram as únicas variáveis preditoras independentes para a transfusão de PFC durante o TH. As mortalidades precoce e tardia, a permanência em UTI e a incidência de reoperações por sangramento microvascular foram semelhantes entre os grupos. Os ECC demonstraram baixa acurácia global para a predição de transfusão de PFC durante o TH (as áreas sob as curvas ROC não chegaram a 70%, independentemente do teste da coagulação e do momento da aferição). Pontos de corte de ECC com alta especificidade para a não transfusão de PFC foram determinados em cada fase do TH para TP% (39,4, 27,8 e 20,3), INR (2,14, 2,62 e 3,52) e TTPa (50,5, 80,2 e 119,5 segundos). CONCLUSÕES: os únicos preditores independentes para a transfusão de PFC durante o TH foram hematócrito pré-operatório, fibrinogênio pré-operatório e ausência de carcinoma hepatocelular. Os ECC demonstraram baixa correlação com a transfusão intraoperatória de PFC, independentemente do momento da coleta ou dos pontos de corte adotados / BACKGROUND & AIMS: Bleeding due to coagulopathy is a common problem during liver transplantation (LT). Coagulation monitoring may reduce transfusion of blood components, including Fresh Frozen Plasma (FFP). Conventional coagulation assays (CCA), like Prothrombin Time (PT) and Activated Partial Thromboplastin Time (aPTT), are the most widely employed tests to monitor coagulation during LT, but some limitations have been assigned to their use in cirrhotic patients. This study investigated the predictive value of these blood coagulation tests in predicting FFP transfusions during LT in cirrhotic patients. METHODS: This historical cohort study analyzed 297 isolated, deceased donor LTs performed in cirrhotic patients from a single institution during a nine-year period (2002 - 2010). Prophylactic infusion of epsilon-aminocaproic acid [EACA] (20 mg/kg/h) and other hemostatic requirements were maintained intraoperatively. PT [expressed as Activity Percentage (PT%) and International normalized ratio (INR)] and aPTT [expressed in seconds] were measured preoperatively and by the end of each phase of LT. Hemostatic blood components were transfused only in case of coagulopathy. Patients were divided in two groups according to intraoperative FFP transfusion: FFP group and Non-FFP group. Behavior of CCA results during LT were examined in both groups. Univariate and multivariate analyses of risk factors associated with FFP transfusion were performed. Post-operative outcomes were compared between groups. Accuracy of CCA to predict FFP transfusions was investigated using receiver operating characteristic (ROC) curves. Also, alert values of CCA unassociated with coagulopathy in each phase of surgery were calculated. RESULTS: Multivariate analysis showed that preoperative hematocrit (odds ratio [OR] = 0.90, P < 0.001), preoperative fibrinogen (OR = 0.99, P < 0.001) and absence of hepatocellular carcinoma (OR = 3.57, P = 0.004) were the only significant predictors for FFP transfusion. Short- and long-term survival, ICU stay and incidence of early reoperations for bleeding were similar between the groups. CCA demonstrated poor overall accuracy for predicting FFP transfusions (area under the ROC curves did not reach 0.70, irrespective of assay and of phase of sampling). High-specificity values of CCA unassociated with coagulopathy in each of 3 phases of LT were identified for INR (2.14, 2.62 and 3.52), PT% (39.4, 27.8 and 20.3%) and aPTT (50.5, 80.2 and 119.5 seconds). CONCLUSIONS: the only significant predictors for FFP transfusion were preoperative hematocrit, preoperative fibrinogen and absence of hepatocellular carcinoma. CCA, regardless of adopted cutoffs and of time of sampling during LT, have poor correlation with intraoperative FFP transfusion
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Papel da tromboelastometria em pacientes com dengue e trombocitopenia / Thromboelastometry role in patients with dengue and thrombocytopenia

Felipe Maia de Toledo Piza 19 July 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: Dengue é uma doença viral prevalente e potencialmente fatal associada à alteração da permeabilidade capilar e coagulopatia. Entretanto, não há estudos concernentes aos achados tromboelastométricos nesta doença. Realizamos o presente estudo para analisar pacientes com dengue e plaquetopenia por meio de um exame rápido, efetivo e a beira leito comparando com os exames convencionais de coagulação. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional e transversal conduzido entre os dias 6 de abril a 5 de maio de 2015, em São Paulo, Brasil, durante epidemia de dengue. Foi realizado tromboelastometria ROTEM® em 53 pacientes com dengue e trombocitopenia em associação com exames convencionais de coagulação: tempo de protrombina (TP), international normalized ratio (INR), tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPa), tempo de trombina (TT), contagem de plaquetas, fibrinogênio e d-dímero. Um grupo controle de pacientes foi estabelecido para comparação do status tromboelastométrico. RESULTADOS: Um total de 38 pacientes de 53 (71,7%) apresentaram anormalidades no INTEM e 29/53 (57,4%) no EXTEM. Em contrapartida, alterações no FIBTEM foram encontradas apenas em 3/53 (5,7%). Houve significância estatística em pacientes correlacionando alterações tromboelastométricas no EXTEM e INTEM e contagem de plaquetas (p=0,052) e (p=0,005), respectivamente; assim como os valores de fibrinogênio (p=0,006) e (p=0,021), respectivamente. O grupo controle (GC) apresentou status tromboelastométrico normal em 10/10 (100%) na análise do INTEM, EXTEM, FIBTEM. Avaliação do EXTEM demonstrou significância estatística entre o GC e o grupo Dengue: CT (p=0,044); CFT (p<0,001); MCF (p < 0,001) e Alpha (p < 0,001). Foram observados níveis normais de fibrinogênio (mediana: 290) e altos níveis de d-dímero (mediana: 1330) com IQR (800-1840). Todos os pacientes (53/53) apresentavam trombocitopenia abaixo de 100 x 109/L (mediana 77 x 109/L) IQR (63-88). Exames convencionais de coagulação revelaram-se completamente normais: TP (mediana: 100%) IQR (90-100); INR (mediana: 1,0) IQR (1,0-1,1); TTPa (mediana: 28,9 segundos) IQR (26,0-32,5) e TT (mediana: 18,2 segundos) IQR (17,0-19,5). Apenas (7/49) 14,3% pacientes apresentaram sangramento e (3/52) 5,8% necessitou de hospitalização. Não houve associação entre alterações tromboelastométricas com sangramento ou hospitalização. CONCLUSÕES: Dengue representa um processo inflamatório intenso, mantendo níveis normais de fibrinogênio. Portanto, FIBTEM mantém-se normal promovendo boa formação do coágulo sem risco imediato de sangramento. Não houve correlação entre os achados tromboelastométricos com os exames convencionais de coagulação, sugerindo que testes viscoelásticos são exames mais sensíveis para análise de coagulopatia precoce nessa população / INTRODUCTION: Dengue is a prevalent and potentially fatal viral disease associated with plasma leakage and coagulopathy, though no information is available on thromboelastometric profile. We performed this study to analyze dengue fever patients with thrombocytopenia clot changes through point-ofcare thromboelastometry tests and standard coagulation tests. METHODS: This was an observational, transversal and cross sectional study conducted between April 6th and May 5th 2015 in São Paulo, Brazil, during a dengue outbreak. Thromboelastometry ROTEM® was performed in 53 patients with dengue and thrombocytopenia, in association with conventional coagulation tests: prothrombin time (PT), international normalized ratio (INR), activated partial thromboplastin time (aPTT), thrombin time (TT); platelet count, fibrinogen level, and d-dimer. A control group of 10 patients was established to compare thromboelastometry profiles. RESULTS: A total of 38 patients in 53 (71,7%) had abnormalities in INTEM, 29 in 53 (57,4%) in EXTEM. Conversely, FIBTEM was abnormal in 3/53 (5,7%). Statistical analysis revealed significant relation in those patients with impairment EXTEM and INTEM with lowered platelet (p=0,052) and (p=0,005) respectively and lowered fibrinogen levels (p=0,006) and (p=0,021) respectively. Control group (CG) had normal status in 10/10 (100%) of INTEM, EXTEM, FIBTEM analysis. EXTEM analysis demonstrated statistical differences between CG and dengue group: CT (p=0,044); CFT (p < 0,001); MCF (p < 0,001) and Alpha (p < 0,001). Normal levels of fibrinogen (median: 290) and high levels of ddimer (median: 1330) IQR (800-1840) were found. All patients (53/53) had platelet under 100 x 109/L (median 77 x 109/L) IQR (63-88). Standard coagulation tests were completely normal: PT (median: 100%) IQR (90-100); INR (median: 1,0) IQR (1,0-1,1); aPTT (median: 28,9 seconds) IQR (26.0- 32,5) and TT (median: 18,2 seconds) IQR (17,0-19.5). Only (7/49) 14,3% patients had bleeding manifestations and (3/52) 5,8% needed hospitalization. There was no association between altered thromboelastometry with bleeding manifestations or hospitalization. CONCLUSIONS: Dengue represents an intense inflammatory process, maintaining normal levels of fibrinogen. FIBTEM remains normal providing good clot strength without immediate bleeding risk. There were no correlation between thromboelastometry findings and standard coagulation exams, suggesting that viscoelastic tests are more sensible method to analyze early coagulation impairments in this population
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O ROTEM  tem a habilidade de prever sangramento em cirurgia cardíaca valvar? / Does ROTEM have the ability to predict bleeding in valve cardiac surgery?

José Garcia Neto 10 April 2017 (has links)
Introdução: Considerando que uma melhor vigilância do estado hemostático dos doentes antes, durante e após o ato cirúrgico pode ter impacto significativo na sua evolução, e sabendo que os testes clássicos da coagulação têm limitações para avaliar a hemóstase na globalidade, e presumindo-se que o ROTEM seja um teste que permite efetuar esta avaliação da coagulação, fizemos hipótese de que este método seria uma ferramenta que teria a habilidade de prever sangramento em cirurgia cardíaca valvar. Objetivos: 1) Verificar se o ROTEM (Tromboelastometria Rotacional) ao analisar o estado da coagulação sanguínea de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca valvar tem a capacidade de prever maior risco de sangramento com suas consequentes complicações; 2) Correlacionar comorbidades e história clinica pré-existentes à cirurgia cardíaca valvar com o nível de sangramento apresentado. Métodos: Foram incluídos 100 pacientes consecutivos submetidos à cirurgia cardíaca valvar com circulação extracorpórea (CEC) nos seguintes procedimentos: cirurgia cardíaca valvar em uma ou mais valvas, incluindo reoperações e cirurgias combinadas, realizadas no Instituto do Coração (INCOR) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Estudo prospectivo que buscou avaliar a eficácia do uso da tromboelastometria rotacional na previsão de sangramento em cirurgia cardíaca valvar. Após a indução anestésica foram coletados: Tromboelastometria, coagulograma, fibrinogênio, dímero D e contagem de plaquetas; com a finalidade de verificar potencial risco de sangramento neste paciente. Correspondente ao tempo - 0 (T0). Estes mesmos exames foram recoletados na admissão na Unidade de Terapia Intensiva Cirúrgica (UTIC), onde o paciente foi recebido após o procedimento cirúrgico cardíaco valvar. Correspondente ao tempo - 1 (T1). Optou-se pela coleta de T1 na UTI, pois a CEC já terá sido descontinuada e a heparina revertida com a administração da protamina. Resultados: Os pacientes fora subdivididos em quartis de acordo com o sangramento, configurando um total (n) de 100 pacientes com uma média de sangramento (débitos dos drenos) de 492,95 mL, apresentando um desvio padrão de 388,14 mL e 2260 mL. Não foi encontrada nenhuma variável estatisticamente significante entre os grupos, comparando-se exames laboratoriais pré-operatórios, tempo de CEC, tempo de pinçamento e uso de drogas vaso ativas. Porém, ocorreu diferença significativa (p = 0,015) nos níveis transfusionais de hemocomponentes entre os quartis. Ocorreu uma relação significante (p =0,014) entre o nível adequado de calcemia e tendência a menor sangramento nos grupos estudados. Os resultados do ROTEM - INTEM, ROTEM - EXTEM e ROTEM - FIBTEM não demonstraram diferença estatística significante entre os grupos estudados. Considerando-se os desfechos, baixo débito, choque cardiogênico, arritmia, AVC, insuficiência renal aguda, óbito e reoperação, apenas a reoperação apresentou resultados com diferença significante entre os grupos (p =0,024). Conclusões: 1- O ROTEM não demonstrou a capacidade de prever sangramento em cirurgia cardíaca valvar. 2 - Não houve correlação do sangramento apresentado com as comorbidades pré-existentes / INTRODUCTION: Considering that better monitoring of the haemostatic status of patients before, during and after the surgical procedure can have a significant impact on their evolution, and knowing that classical coagulation tests have limitations in assessing hemostasis overall, and assuming that ROTEM is a test that allows to perform this evaluation, we hypothesized that this method would be a tool that would have the ability to predict bleeding in valve heart surgery. OBJECTIVES: 1) To verify if the ROTEM (Rotational Thromboelastometry) when analyzing the blood coagulation status of patients submitted to valve heart surgery has the capacity to predict a greater risk of bleeding with its consequent complications; 2) To correlate pre-existing comorbidities and clinical history with valve heart surgery with the level of bleeding presented. METHODS: We included 100 consecutive patients submitted to cardiac valve surgery with cardiopulmonary bypass (CPB) in the following procedures: valvular heart surgery in one or more valves, including reoperations and combined surgeries performed at the Heart Institute of the University of São Paulo. It is a prospective study aimed at evaluating the efficacy of rotational thromboelastometry in the prediction of bleeding in valve heart surgery. After the anesthetic induction were collected: thromboelastometry, coagulogram, fibrinogen, D-dimer and platelet count, with the purpose of verifying potential risk of bleeding in this patient. These samples were defined as time - 0 (T0). These same exams were collected on admission to the Intensive Care Unit. These samples were defined as time - 1(T1 We chose to collect T1 in the ICU, because at this moment it is expected that the total reversal of anticoagulation has already occurred .. RESULTS: Patients were subdivided into quartiles according to bleeding, with a total of 100 patients with a mean bleed (drainage rates) of 492.95 mL. No statistically significant variables were found between the groups, comparing preoperative laboratory tests, CPB time, clamping time and use of vasoactive drugs. However, there was a significant difference (p = 0.015) in transfusion levels of blood components between the quartiles. There Abstract was a significant relationship (p = 0.014) between the adequate level of calcemia and tendency to less bleeding in the groups studied. The results of ROTEM - INTEM, ROTEM - EXTEM and ROTEM - FIBTEM did not show a statistically significant difference between the groups studied. Considering the outcomes, low rate, cardiogenic shock, arrhythmia, stroke, acute renal failure, death and reoperation, only reoperation presented results with significant difference between the groups (p = 0.024). CONCLUSIONS: 1 - ROTEM did not demonstrate the ability to predict bleeding in valvular heart surgery. 2 - There was no correlation of bleeding presented with pre-existing comorbidities

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