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Associação entre depressão na vida adulta e trauma psicológico na infânciaZavaschi, Maria Lucrécia Scherer January 2002 (has links)
Objetivos: Avaliar a associação entre depressão (DSM IV) na vida adulta e trauma psicológico na infância em uma amostra clínica de pacientes do ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Por trauma na infância considerou-se abuso sexual, maus tratos, exposição a violência e perdas, por morte ou separação da criança de seus pais, antes dos 18 anos de idade. Métodos: Em um estudo caso controle, foram avaliados pacientes deprimidos (n = 90) e pacientes não deprimidos (n = 50). Através do M.I.N.I. e M.I.N.I plus (Mini International Neuropsychiatric Interview / Brazilian Version 5.0.0.) avaliou-se a presença de depressão e comorbidades. Utilizou-se as escalas Screening Survey of Children's Exposure to Community Violence Richters & Martinez, 1993 Modified by Osofsky, 1995 and Zeannah, 1996 e a Familial Experiences Interview 1988 de Naomi Ogata para avaliar traumas na infância. Resultados: encontrou-se uma maior prevalência de abuso sexual (P = 0,018), história de maus tratos físicos por parte dos pais ou cuidadores (P = 0,005) e exposição à violência (P = 0,007) no grupo de pacientes deprimidos em relação ao grupo de pacientes não deprimidos. Quanto a perdas na infância não se encontrou diferença entre os dois grupos. Quando estas variáveis foram controladas para potenciais fatores confundidores (sexo, etnia, estado civil, doença mental na família, e renda per capita), somente a exposição a múltiplos episódios de violência e história de maus tratos físicos por parte dos pais ou cuidadores se mantiveram como variáveis independentes. Conclusões: Nossos achados, à semelhança de outras pesquisas, encontraram uma associação entre traumas psicológicos na infância e depressão na vida adulta, sugerindo que múltiplos estressores, em maior ou menor grau, na infância, se encontram associados a depressão na vida adulta.
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Avaliação da contratransferência no atendimento inicial de pacientes vítimas de trauma psíquicoEizirik, Mariana January 2007 (has links)
O conceito de contratransferência foi introduzido por Freud e ampliado por outros autores, sendo compreendido como as reações emocionais despertadas pelo paciente no terapeuta. Tem papel central na teoria e na técnica psicanalíticas atuais por ser uma importante ferramenta para o entendimento do mundo interno e das comunicações do paciente, com influência no desenvolvimento da relação terapêutica e no desfecho do tratamento. A partir do reconhecimento da importância da mente do terapeuta e do campo terapêutico, tem sido discutida a associação entre características da pessoa real do terapeuta e a forma como é estabelecida a relação com o paciente. Do mesmo modo, características específicas dos pacientes, como ter sido vítima de trauma psíquico, são consideradas potenciais desencadeadoras de padrões contratransferenciais similares. A relevância do estudo dos sentimentos contratransferenciais despertados no atendimento de vítimas de trauma psíquico se justifica pela grande intensidade destes e pelo potencial destas reações emocionais se tornarem barreiras para o sucesso do tratamento quando não compreendidas pelo terapeuta.Avaliar o padrão de expressão da contratransferência dos terapeutas durante o atendimento inicial de pacientes mulheres vítimas de trauma psíquico e a sua associação com características dos terapeutas e das pacientes, tais como o momento da consulta, o gênero do terapeuta, a natureza do trauma (violência sexual ou violência urbana) e o momento da violência sexual na vida das pacientes. Também foi investigada a associação entre o padrão contratransferencial e a presença de sintomas de Transtorno de Estresse Pós-Traumático e de sintomas depressivos atuais nas pacientes, escores em rastreamento para transtornos de personalidade e em escala de percepção da gravidade da doença nas pacientes e estilo defensivo utilizado pelas mesmas. Os estudos foram realizados no Núcleo de Estudos e Tratamento do Trauma Psíquico (NETTRAUMA), do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Brasil. Os terapeutas eram médicos residentes do segundo ano de Psiquiatria do HCPA. No primeiro estudo, foi conduzidauma avaliação qualitativa, a análise de conteúdo, associada a uma análise estatística, de 36 relatos de sentimentos contratransferenciais despertados no primeiro atendimento de pacientes mulheres, sendo13 vítimas de violência sexual na infância, 15 vítimas de violência sexual atual, e 8 vítimas de violência urbana. Os relatos foram classificados em 6 grupos, conforme o gênero do terapeuta e a natureza do trauma. O segundo estudo teve a participação de 26 terapeutas, 11 homens e 15 mulheres. Foram incluídas nesta amostra todas as pacientes mulheres vítimas de violência sexual, tanto na infância quanto na idade adulta, atendidas no NET-TRAUMA durante dois anos consecutivos, totalizando 40 pacientes. Após a primeira consulta com a paciente, era solicitado ao terapeuta que preenchesse a Escala para Avaliação da Contratransferência (EACT). Neste mesmo momento, era solicitado à paciente que preenchesse os instrumentos referentes aos fatores em estudo: a Escala Davidson de Trauma (EDT), a Standardized Assessment of Personality - Abbreviated Scale (SAPAS), o Inventário de Depressão de Beck (BDI), e a versão em português do Defense Style Questionaire (DSQ-40). A Escala de Impressão Clínica Global (CGI) era preenchida após a consulta de triagem. Na análise dos relatos redigidos pelos terapeutas, observou-se predomínio de sentimentos de aproximação nos terapeutas de ambos os gêneros no atendimento de vítimas de violência sexual. Entre terapeutas mulheres, a natureza do trauma (sexual ou urbano) não influenciou os padrões contratransferenciais. Entre os terapeutas homens, a natureza do trauma influenciou de forma significativa a contratransferência, havendo um número elevado de sentimentos de distanciamento nos relatos de atendimentos de vítimas de violência urbana em relação àqueles atendimentos a vítimas de violência sexual na infância (p=0,02). No segundo estudo, os terapeutas apresentaram, da mesma forma, mais sentimentos de proximidade em relação às pacientes, que foram maiores no meio e no final das consultas (p<0,001), sem influência do gênero do terapeuta. Em uma sub-amostra estratificada para pacientes atendidas por terapeutas mulheres, identificou-se associação significativa entre maiores escores obtidos pelas pacientes na SAPAS e menos sentimentos de proximidade das terapeutas (p=0,038).Estes estudos evidenciaram um predomínio de respostas contratransferenciais de proximidade em terapeutas jovens, no início da vida profissional, ao longo das primeiras consultas compacientes mulheres vítimas de violência sexual. Destaca-se a importância da utilização da contratransferência para a melhor compreensão dos pacientes, o que pode trazer benefícios ao tratamento e ao prognóstico destes, ressaltando-se a necessidade de que investigações continuadas sobre o tema sigam sendo desenvolvidas. / The concept of countertransference was introduced by Freud and expanded by other authors. It is understood as the emotional reactions triggered by the patient in the therapist. It is pivotal in the current psychoanalytic theory and technique since it is an important tool in understanding the patient’s internal world and reportings, influencing the therapeutic relationship and the outcome of the treatment. From the acknowledgement of the importance of the therapist’s mind and the therapeutic field, there has been a growing debate on the association between characteristics of the real person of the therapist and the way that the relationship with the patient is established. Likewise, specific characteristics of the patients, such as having been victim of a psychological trauma, have been considered potential triggers of similar patterns of countertransferential responses. The relevance of studying the countertransferential feelings triggered when seeing victims of psychological trauma is justified by their high intensity and by the possibility of such emotional reactions becoming barriers for a successful treatment when they are not understood by the therapist.To evaluate the therapists’ countertransference during the first visit of women victims of psychological trauma, and its association with therapists’ and patients’ characteristics, such as the moment within the visit, the gender of the therapist, the nature of the trauma (sexual violence or urban violence) and the time when sexual violence occurred in the patient’s life. The association between countertransference pattern and the presence of Post-Traumatic Stress Disorder symptoms and of depressive symptoms in the patients, scores in a screening of personality disorders and in a scale of perception of disease severity in the patients and the defensive style utilized by them were also investigated. The studies were conducted at the Center for the Study and Treatment of Psychological Trauma (NET-TRAUMA), of Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Brazil. The therapists were second-year Psychiatry residents of HCPA. On the first study, a qualitative evaluation, thecontent analysis, was performed, associated to a statistical analysis, of 36 reports of the countertransferential feelings aroused in the first visit of female patients. Thirteen patients were victims of sexual violence during childhood, 15 were victims of current sexual violence, and 8 were victims of urban violence. The reports were categorized into 6 groups according to the gender of the therapist and the nature of the trauma. Twenty-six therapists (11 males and 15 females) participated in the second study. All women victims of sexual violence, both during childhood and adulthood, seen at the NET-TRAUMA during two consecutive years were included in this sample, which totaled 40. After the patient’s first visit, the therapist was asked to complete the Assessment of Countertransference Scale (ACTS). On the same visit, the patient was asked to complete the instruments regarding the factors in study: the Davidson Trauma Scale (DTS), the Standardized Assessment of Personality - Abbreviated Scale (SAPAS), the Beck Depression Inventory (BDI), and the Brazilian Portuguese version of the Defense Style Questionnaire (DSQ-40). The Clinical Global Impressions Scale (CGI) was completed after the screening visit. In the analysis of the therapists’ reports, a predominance of feelings of closeness was observed in therapists of both genders when caring for victims of sexual violence. Among female therapists, the nature of the trauma (sexual or urban) did not influence the countertransferential pattern. Among male therapists, the nature of the trauma significantly influenced countertransference, with increased number of feelings of distance toward victims of urban violence compared to victims of sexual violence during childhood (p=0.02). On the second study, the therapists showed, likewise, more feelings of closeness toward the patients, which were higher in the midpoint and in the end of the visits (p<0.001), without influence of the therapists' gender. In a stratified sample of patients seen by female therapists, there was a significant association between higher patients’ SAPAS scores and less therapists’ feelings of closeness (p=0.038).These studies have showed a predominance of countertransferential reactions of closeness in young therapists, at the beginning of their professional lives, during the first visit of women victims of sexual violence. The importance of the use of countertransference for theunderstanding of the patients is emphasized, as it can be beneficial for their treatment and prognosis; further investigation on the matter is of interest.
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Alteração dos níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) no transtorno de estresse pós-traumáticoHauck, Simone January 2010 (has links)
Introdução: A prevalência ao longo da vida do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é estimada em 7-12%. O papel do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) nos processos de aprendizado, aquisição, consolidação e extinção da memória faz dele um candidato importante para a pesquisa dos fatores neurobiológicos subjacentes à patologia pós-traumática. Objetivo: Investigar os níveis do BDNF em pacientes com diagnóstico de transtorno de estresse agudo (TEA) e TEPT. Método: Um paciente com TEA e um com TEPT foram avaliados, antes e após tratamento efetivo, quanto à gravidade clínica e aos níveis de BDNF e comparados a controles normais. Em um segundo momento, 34 pacientes com TEA ou TEPT foram avaliados quanto a variáveis sócio-demográficas, gravidade clínica, tempo decorrido do trauma e níveis de BDNF e comparados a controles normais. Além disso, o grupo com trauma recente (menos de um ano da exposição) e o grupo com trauma remoto (mais de 4 anos da exposição) foram comparados entre si e com seus respectivos grupos controle. Resultados: Os dois pacientes avaliados antes e após tratamento tiveram níveis basais do BDNF superiores aos controles. Após o tratamento, esses níveis reduziram paralelamente à melhora clínica: 25% no caso de TEPT (tratado com psicoterapia breve e sertralina) e 65% no caso de TEA (tratado apenas com psicoterapia breve). Na segunda fase, os 34 pacientes com TEA e TEPT tiveram nível de BDNF mais alto que os controles. No entanto, o nível do BDNF foi maior logo após o evento traumático, reduzindo ao longo do tempo. Quando divididos em dois grupos de pacientes, os pacientes com trauma recente tiveram nível superior aos controles, o que não ocorreu com os pacientes com trauma remoto. Os dois grupos tiveram níveis de BDNF diferentes. Esses achados persistiram, mesmo controlando para severidade dos sintomas, uso de medicação e história de doença psiquiátrica. Conclusão: Esses achados sugerem que os níveis séricos de BDNF estão aumentados no TEA e nas fases iniciais do TEPT, de forma oposta ao que ocorre nos transtornos de humor. Considerando estudos que implicam o BDNF no aprendizado e na aquisição e consolidação da memória, esse aumento poderia estar relacionado ao comportamento disfuncional e às alterações de memória típicos do TEPT. Pode-se supor que, nas fases iniciais da patologia pós-traumática, o aumento do BDNF na via mesolíbica dopaminérgica pode ser mais importante do que a sua redução em áreas hipocampais, sendo central no desenvolvimento dos sintomas. É importante salientar que esse é um estudo preliminar, e pesquisas com amostras maiores são necessárias para confirmar os achados. / Background: The overall life-time prevalence of post-traumatic stress disorder (PTSD) is estimated at 7-12%. The role of brain-derived neurotrophic factor (BDNF) in the processes of learning, storage, retention and extinction of memory makes it a major candidate for investigating the neurobiological factors underlying the post-traumatic pathology. Objective: The aim of this study was to investigate the levels of BDNF in patients with acute stress disorder (ASD) and PTSD. Method: One ASD and one PTSD patient were assessed before and after effective treatment, regarding the clinical severity and the BDNF levels, and compared to age and gender matched controls. In a second phase, 34 patients with ASD or PTSD were assessed regarding socio-demographic variables, clinical severity, time elapsed since trauma, BDNF levels, and compared to matched controls. Besides, the recent trauma group (less than one year since trauma) and the remote trauma group (more than four years since trauma) were compared with each other and with their respective controls. Results: The two patients, evaluated before and after treatment, had basal levels of BDNF higher than that of controls. After treatment, these levels decreased in parallel with clinical improvement: 25% for PTSD (treated with brief psychotherapy, and sertraline) and 65% for ASD (treated with brief psychotherapy only). In the second phase, the 34 patients with ASD or PTSD had higher BDNF levels than controls. However, the level of BDNF was higher immediately after the traumatic event, reducing over time. When divided into two groups of patients, patients with recent trauma had higher levels than controls, which did not occur with trauma patients with remote trauma. The two groups had different levels of BDNF. These findings persisted, even controlling for severity of symptoms, medication use and history of psychiatric disorder. Conclusions: These findings suggest that serum BDNF levels are increased in TEA and in the early stages of PTSD, as opposed to what happens in mood disorders. Considering studies implicating BDNF in the formation and consolidation of memory, this increase could be related to dysfunctional learning and memory disruption typical of PTSD. One can assume that in the early stages of post-traumatic pathology, the increase in BDNF in the mesolimbic dopamine pathway may be more important than its reduction in hippocampal areas, being central in the development of symptoms and dysfunctional behavioral responses. It is important to note that this is a preliminary study, and researches with larger samples are necessary to confirm those findings.
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Avaliação da tomada de decisão através do jogo do ultimato no transtorno do humor bipolarGoi, Pedro Domingues January 2011 (has links)
Contexto: O Transtorno Bipolar (TB) freqüentemente está associado a um curso crônico e altamente incapacitante, com comprometimento das funções cognitivas e sociais. O prejuízo funcional no TB pode estar associado a um prejuízo nos processos de tomada de decisão. Ainda que o déficit cognitivo esteja bem documentado no TB, a avaliação de funções cognitivas específicas como a tomada de decisão econômica e a punição altruística ainda não foram bem estudadas. Nesse contexto, o Jogo do Ultimato (JU) é um teste único na avaliação da cognição social por compreender a avaliação da punição altruística, a qual é um importante mecanismo de adaptação social, funcional e do comportamento econômico. Objetivos: Avaliar o padrão de respostas ao JU e o comportamento de punição altruística em uma amostra de pacientes com TB e em controles sadios, além dos fatores clínicos e sociodemográficos associados aos diferentes padrões de resposta ao jogo. Métodos: Vinte e oito pacientes com diagnóstico de TB, eutímicos, e vinte e oito controles saudáveis foram avaliados utilizando o JU em um estudo comparativo. Todos os participantes do estudo fizeram o papel de respondedores no JU, recebendo ofertas injustas previamente estabelecidas. Os sintomas depressivos e maníacos foram avaliados através da Escala de Avaliação da Depressão de Hamilton de 17 itens (HAMD) e da Escala de Avaliação de Mania de Young (YMRS), respectivamente, devendo ser igual ou menor que 8 pontos. A história de traumas na infância foi avaliada pelo Questionário de Traumas na Infância (CTQ), e a impulsividade foi avaliada pela Escala de Impulsividade de Barratt (BIS). Resultados: Não houve diferença significativa na idade e no gênero entre os grupos. A taxa de rejeição das ofertas injustas do JU foi diferente entre pacientes e controles (53% nos pacientes e 28% nos controles). A história de traumas na infância estava relacionada à maior aceitação de ofertas injustas em pacientes (p=0,038), mas não em controles (p=0,691). Com o objetivo de avaliar a interação entre os dois grupos, o padrão de resposta no JU e a história de traumas na infância, uma análise log-linear foi realizada, mostrando uma interação estatisticamente significativa entre as três variáveis (p=0,038). Conclusão: As maiores taxas de rejeição ao JU indicam maior uso do mecanismo de punição altruística no TB, quando comparado aos controles. Por outro lado, a coexistência de TB com trauma na infância está associado a um menor uso do comportamento de punição altruística em comparação ao TB sem trauma na infância. , A flexibilidade de uso da punição altruística parece ser um importante mecanismo adaptativo segundo estudos prévios em população saudável. Dessa forma, os resultados sugerem que tanto o maior uso da punição altruística (maior taxa de rejeição no JU) no TB quanto a inibição de seu uso, que parece associado ao trauma, podem explicar em parte a dificuldade de adaptação social destes pacientes e seu comportamento econômico. / Introduction: Bipolar Disorder is frequently associated to cronic and disabling course, with impairment of social and cognitive functions. Functional impairment can be related to decision-making process impairment. Although cognitive deficits in Bipolar Disorder are well documented, assessment of specific cognitive functions such as economic decision making and altruistic punishment have not been well studied. In this context, the Ultimatum Game is a unique test in the study of social cognition by the assessment of altruistic punishment, which is an important mechanism of social adaptation, functioning and economic behavior. Objective: To compare Ultimatum Game responses and the altruistic punishment behavior between individuals with Bipolar Disorder and healthy controls and assess its associated factors. Methods: Twenty-eight euthymic Bipolar Disorder patients and an equal number of healthy controls were evaluated using the Ultimatum Game paradigm in a comparative design study. The entire sample acted as responders in the Ultimatum Game, receiving previously fixed unfair offers. Depressive and manic symptoms were determined by Hamilton Depression Rating Scale - 17 items and the Young Mania Rating Scale, respectively, and they must be 8 points or lesser. A childhood trauma history was recorded using Childhood Trauma Questionnaire, and impulsivity was evaluated by the Barratt Impulsiveness Scale. Results: There were no significant differences in age and gender between groups. The rate of rejection of unfair offers in Ultimatum Game was significantly different between groups (53% in Bipolar Disorder patients and 28% in healthy controls). History of childhood trauma was correlated with unfair offer acceptance in Bipolar Disorder (p=0.038), but not in controls (p=0.691). In order to explore the interaction between the two groups, the pattern of response in Ultimatum Game and the history of childhood trauma, a log linear analysis was carried out and showed a statistically significant interaction (p=0.038). Conclusion: The highest rates of Ultimatum Game rejections indicate greater use of altruistic punishment mechanism in Bipolar Disorder compared to controls. Besides, childhood trauma in Bipolar Disorder is associated with greater acceptance of the Ultimatum Game offers, indicating less use of altruistic punishment in comparison with Bipolar Disorder patients without childhood trauma. The appropriate use of altruistic punishment seems to be an important social adaptive mechanism, as previously reported by non-clinical population studies. Thus, results suggest that both the greater use of altruistic punishment (higher rate of Ultimatum Game rejections) in Bipolar Disorder and the inhibition of its use, which seems related to trauma, may explain in part difficulties in social adaptation and economic behavior of these patients.
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Avaliação da tomada de decisão através do jogo do ultimato no transtorno do humor bipolarGoi, Pedro Domingues January 2011 (has links)
Contexto: O Transtorno Bipolar (TB) freqüentemente está associado a um curso crônico e altamente incapacitante, com comprometimento das funções cognitivas e sociais. O prejuízo funcional no TB pode estar associado a um prejuízo nos processos de tomada de decisão. Ainda que o déficit cognitivo esteja bem documentado no TB, a avaliação de funções cognitivas específicas como a tomada de decisão econômica e a punição altruística ainda não foram bem estudadas. Nesse contexto, o Jogo do Ultimato (JU) é um teste único na avaliação da cognição social por compreender a avaliação da punição altruística, a qual é um importante mecanismo de adaptação social, funcional e do comportamento econômico. Objetivos: Avaliar o padrão de respostas ao JU e o comportamento de punição altruística em uma amostra de pacientes com TB e em controles sadios, além dos fatores clínicos e sociodemográficos associados aos diferentes padrões de resposta ao jogo. Métodos: Vinte e oito pacientes com diagnóstico de TB, eutímicos, e vinte e oito controles saudáveis foram avaliados utilizando o JU em um estudo comparativo. Todos os participantes do estudo fizeram o papel de respondedores no JU, recebendo ofertas injustas previamente estabelecidas. Os sintomas depressivos e maníacos foram avaliados através da Escala de Avaliação da Depressão de Hamilton de 17 itens (HAMD) e da Escala de Avaliação de Mania de Young (YMRS), respectivamente, devendo ser igual ou menor que 8 pontos. A história de traumas na infância foi avaliada pelo Questionário de Traumas na Infância (CTQ), e a impulsividade foi avaliada pela Escala de Impulsividade de Barratt (BIS). Resultados: Não houve diferença significativa na idade e no gênero entre os grupos. A taxa de rejeição das ofertas injustas do JU foi diferente entre pacientes e controles (53% nos pacientes e 28% nos controles). A história de traumas na infância estava relacionada à maior aceitação de ofertas injustas em pacientes (p=0,038), mas não em controles (p=0,691). Com o objetivo de avaliar a interação entre os dois grupos, o padrão de resposta no JU e a história de traumas na infância, uma análise log-linear foi realizada, mostrando uma interação estatisticamente significativa entre as três variáveis (p=0,038). Conclusão: As maiores taxas de rejeição ao JU indicam maior uso do mecanismo de punição altruística no TB, quando comparado aos controles. Por outro lado, a coexistência de TB com trauma na infância está associado a um menor uso do comportamento de punição altruística em comparação ao TB sem trauma na infância. , A flexibilidade de uso da punição altruística parece ser um importante mecanismo adaptativo segundo estudos prévios em população saudável. Dessa forma, os resultados sugerem que tanto o maior uso da punição altruística (maior taxa de rejeição no JU) no TB quanto a inibição de seu uso, que parece associado ao trauma, podem explicar em parte a dificuldade de adaptação social destes pacientes e seu comportamento econômico. / Introduction: Bipolar Disorder is frequently associated to cronic and disabling course, with impairment of social and cognitive functions. Functional impairment can be related to decision-making process impairment. Although cognitive deficits in Bipolar Disorder are well documented, assessment of specific cognitive functions such as economic decision making and altruistic punishment have not been well studied. In this context, the Ultimatum Game is a unique test in the study of social cognition by the assessment of altruistic punishment, which is an important mechanism of social adaptation, functioning and economic behavior. Objective: To compare Ultimatum Game responses and the altruistic punishment behavior between individuals with Bipolar Disorder and healthy controls and assess its associated factors. Methods: Twenty-eight euthymic Bipolar Disorder patients and an equal number of healthy controls were evaluated using the Ultimatum Game paradigm in a comparative design study. The entire sample acted as responders in the Ultimatum Game, receiving previously fixed unfair offers. Depressive and manic symptoms were determined by Hamilton Depression Rating Scale - 17 items and the Young Mania Rating Scale, respectively, and they must be 8 points or lesser. A childhood trauma history was recorded using Childhood Trauma Questionnaire, and impulsivity was evaluated by the Barratt Impulsiveness Scale. Results: There were no significant differences in age and gender between groups. The rate of rejection of unfair offers in Ultimatum Game was significantly different between groups (53% in Bipolar Disorder patients and 28% in healthy controls). History of childhood trauma was correlated with unfair offer acceptance in Bipolar Disorder (p=0.038), but not in controls (p=0.691). In order to explore the interaction between the two groups, the pattern of response in Ultimatum Game and the history of childhood trauma, a log linear analysis was carried out and showed a statistically significant interaction (p=0.038). Conclusion: The highest rates of Ultimatum Game rejections indicate greater use of altruistic punishment mechanism in Bipolar Disorder compared to controls. Besides, childhood trauma in Bipolar Disorder is associated with greater acceptance of the Ultimatum Game offers, indicating less use of altruistic punishment in comparison with Bipolar Disorder patients without childhood trauma. The appropriate use of altruistic punishment seems to be an important social adaptive mechanism, as previously reported by non-clinical population studies. Thus, results suggest that both the greater use of altruistic punishment (higher rate of Ultimatum Game rejections) in Bipolar Disorder and the inhibition of its use, which seems related to trauma, may explain in part difficulties in social adaptation and economic behavior of these patients.
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Avaliação da contratransferência no atendimento inicial de pacientes vítimas de trauma psíquicoEizirik, Mariana January 2007 (has links)
O conceito de contratransferência foi introduzido por Freud e ampliado por outros autores, sendo compreendido como as reações emocionais despertadas pelo paciente no terapeuta. Tem papel central na teoria e na técnica psicanalíticas atuais por ser uma importante ferramenta para o entendimento do mundo interno e das comunicações do paciente, com influência no desenvolvimento da relação terapêutica e no desfecho do tratamento. A partir do reconhecimento da importância da mente do terapeuta e do campo terapêutico, tem sido discutida a associação entre características da pessoa real do terapeuta e a forma como é estabelecida a relação com o paciente. Do mesmo modo, características específicas dos pacientes, como ter sido vítima de trauma psíquico, são consideradas potenciais desencadeadoras de padrões contratransferenciais similares. A relevância do estudo dos sentimentos contratransferenciais despertados no atendimento de vítimas de trauma psíquico se justifica pela grande intensidade destes e pelo potencial destas reações emocionais se tornarem barreiras para o sucesso do tratamento quando não compreendidas pelo terapeuta.Avaliar o padrão de expressão da contratransferência dos terapeutas durante o atendimento inicial de pacientes mulheres vítimas de trauma psíquico e a sua associação com características dos terapeutas e das pacientes, tais como o momento da consulta, o gênero do terapeuta, a natureza do trauma (violência sexual ou violência urbana) e o momento da violência sexual na vida das pacientes. Também foi investigada a associação entre o padrão contratransferencial e a presença de sintomas de Transtorno de Estresse Pós-Traumático e de sintomas depressivos atuais nas pacientes, escores em rastreamento para transtornos de personalidade e em escala de percepção da gravidade da doença nas pacientes e estilo defensivo utilizado pelas mesmas. Os estudos foram realizados no Núcleo de Estudos e Tratamento do Trauma Psíquico (NETTRAUMA), do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Brasil. Os terapeutas eram médicos residentes do segundo ano de Psiquiatria do HCPA. No primeiro estudo, foi conduzidauma avaliação qualitativa, a análise de conteúdo, associada a uma análise estatística, de 36 relatos de sentimentos contratransferenciais despertados no primeiro atendimento de pacientes mulheres, sendo13 vítimas de violência sexual na infância, 15 vítimas de violência sexual atual, e 8 vítimas de violência urbana. Os relatos foram classificados em 6 grupos, conforme o gênero do terapeuta e a natureza do trauma. O segundo estudo teve a participação de 26 terapeutas, 11 homens e 15 mulheres. Foram incluídas nesta amostra todas as pacientes mulheres vítimas de violência sexual, tanto na infância quanto na idade adulta, atendidas no NET-TRAUMA durante dois anos consecutivos, totalizando 40 pacientes. Após a primeira consulta com a paciente, era solicitado ao terapeuta que preenchesse a Escala para Avaliação da Contratransferência (EACT). Neste mesmo momento, era solicitado à paciente que preenchesse os instrumentos referentes aos fatores em estudo: a Escala Davidson de Trauma (EDT), a Standardized Assessment of Personality - Abbreviated Scale (SAPAS), o Inventário de Depressão de Beck (BDI), e a versão em português do Defense Style Questionaire (DSQ-40). A Escala de Impressão Clínica Global (CGI) era preenchida após a consulta de triagem. Na análise dos relatos redigidos pelos terapeutas, observou-se predomínio de sentimentos de aproximação nos terapeutas de ambos os gêneros no atendimento de vítimas de violência sexual. Entre terapeutas mulheres, a natureza do trauma (sexual ou urbano) não influenciou os padrões contratransferenciais. Entre os terapeutas homens, a natureza do trauma influenciou de forma significativa a contratransferência, havendo um número elevado de sentimentos de distanciamento nos relatos de atendimentos de vítimas de violência urbana em relação àqueles atendimentos a vítimas de violência sexual na infância (p=0,02). No segundo estudo, os terapeutas apresentaram, da mesma forma, mais sentimentos de proximidade em relação às pacientes, que foram maiores no meio e no final das consultas (p<0,001), sem influência do gênero do terapeuta. Em uma sub-amostra estratificada para pacientes atendidas por terapeutas mulheres, identificou-se associação significativa entre maiores escores obtidos pelas pacientes na SAPAS e menos sentimentos de proximidade das terapeutas (p=0,038).Estes estudos evidenciaram um predomínio de respostas contratransferenciais de proximidade em terapeutas jovens, no início da vida profissional, ao longo das primeiras consultas compacientes mulheres vítimas de violência sexual. Destaca-se a importância da utilização da contratransferência para a melhor compreensão dos pacientes, o que pode trazer benefícios ao tratamento e ao prognóstico destes, ressaltando-se a necessidade de que investigações continuadas sobre o tema sigam sendo desenvolvidas. / The concept of countertransference was introduced by Freud and expanded by other authors. It is understood as the emotional reactions triggered by the patient in the therapist. It is pivotal in the current psychoanalytic theory and technique since it is an important tool in understanding the patient’s internal world and reportings, influencing the therapeutic relationship and the outcome of the treatment. From the acknowledgement of the importance of the therapist’s mind and the therapeutic field, there has been a growing debate on the association between characteristics of the real person of the therapist and the way that the relationship with the patient is established. Likewise, specific characteristics of the patients, such as having been victim of a psychological trauma, have been considered potential triggers of similar patterns of countertransferential responses. The relevance of studying the countertransferential feelings triggered when seeing victims of psychological trauma is justified by their high intensity and by the possibility of such emotional reactions becoming barriers for a successful treatment when they are not understood by the therapist.To evaluate the therapists’ countertransference during the first visit of women victims of psychological trauma, and its association with therapists’ and patients’ characteristics, such as the moment within the visit, the gender of the therapist, the nature of the trauma (sexual violence or urban violence) and the time when sexual violence occurred in the patient’s life. The association between countertransference pattern and the presence of Post-Traumatic Stress Disorder symptoms and of depressive symptoms in the patients, scores in a screening of personality disorders and in a scale of perception of disease severity in the patients and the defensive style utilized by them were also investigated. The studies were conducted at the Center for the Study and Treatment of Psychological Trauma (NET-TRAUMA), of Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Brazil. The therapists were second-year Psychiatry residents of HCPA. On the first study, a qualitative evaluation, thecontent analysis, was performed, associated to a statistical analysis, of 36 reports of the countertransferential feelings aroused in the first visit of female patients. Thirteen patients were victims of sexual violence during childhood, 15 were victims of current sexual violence, and 8 were victims of urban violence. The reports were categorized into 6 groups according to the gender of the therapist and the nature of the trauma. Twenty-six therapists (11 males and 15 females) participated in the second study. All women victims of sexual violence, both during childhood and adulthood, seen at the NET-TRAUMA during two consecutive years were included in this sample, which totaled 40. After the patient’s first visit, the therapist was asked to complete the Assessment of Countertransference Scale (ACTS). On the same visit, the patient was asked to complete the instruments regarding the factors in study: the Davidson Trauma Scale (DTS), the Standardized Assessment of Personality - Abbreviated Scale (SAPAS), the Beck Depression Inventory (BDI), and the Brazilian Portuguese version of the Defense Style Questionnaire (DSQ-40). The Clinical Global Impressions Scale (CGI) was completed after the screening visit. In the analysis of the therapists’ reports, a predominance of feelings of closeness was observed in therapists of both genders when caring for victims of sexual violence. Among female therapists, the nature of the trauma (sexual or urban) did not influence the countertransferential pattern. Among male therapists, the nature of the trauma significantly influenced countertransference, with increased number of feelings of distance toward victims of urban violence compared to victims of sexual violence during childhood (p=0.02). On the second study, the therapists showed, likewise, more feelings of closeness toward the patients, which were higher in the midpoint and in the end of the visits (p<0.001), without influence of the therapists' gender. In a stratified sample of patients seen by female therapists, there was a significant association between higher patients’ SAPAS scores and less therapists’ feelings of closeness (p=0.038).These studies have showed a predominance of countertransferential reactions of closeness in young therapists, at the beginning of their professional lives, during the first visit of women victims of sexual violence. The importance of the use of countertransference for theunderstanding of the patients is emphasized, as it can be beneficial for their treatment and prognosis; further investigation on the matter is of interest.
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Trauma infantil e função executiva em usuários de crackNarvaez, Joana Corrêa de Magalhães January 2010 (has links)
O uso de crack é um importante problema de saúde pública no Brasil. Recentes estudos mostraram que a prevalência de uso do crack no Brasil é de 0,7%. Dados atuais sugerem que o trauma de infância é associado a piores desfechos entre os usuários de cocaína e maiores escores de impulsividade. Este estudo avaliou o trauma infantil através do Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) e as funções executivas, utilizando o Wisconsin Card Sorting Test (WCST), em 84 usuários de crack. Os resultados demonstrados a partir de regressão linear apontam que o trauma de infância, o uso contínuo de crack sem períodos de abstinência, a comorbidade com outras substâncias ilícitas e IQ explicaram 44% da variância no funcionamento executivo dos pacientes. Os escores de impulsividade Barrat (BIS 11) foram associados com o trauma de infância, sugerindo que o trauma infantil pode ser um fator de risco para prejuízos mais severos entre usuários crack. / The use of crack cocaine is a major public health concern in Brazil. Recent studies showed that the lifetime prevalence of crack cocaine use among Brazilians is about 0.7%. Recent data suggest that childhood trauma is associated with worse outcomes among cocaine users and higher impulsivity scores. This study evaluated childhood trauma using the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) and executive functioning, using the Wisconsin Card Sorting Test (WCST), among 84 crack cocaine users. The results of a linear regression showed that childhood trauma, continuous use of crack without periods of abstinence, multidrug use and IQ predicted 44% of the variance in the executive functioning of patients. Barrat Impulsivity Scores (BIS 11) were associated with childhood trauma, which suggests that trauma may be a risk factor for more severe impairment among crack cocaine users.
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Avaliar os efeitos da psicoterapia ultra-breve no transtorno de estresse agudo e no transtorno estresse pós-traumáticoKruel, Letícia Rosito Pinto January 2010 (has links)
Introdução: Eventos traumáticos em nossa sociedade, a gravidade dos quadros psicopatológicos que podem advir desses eventos e a dificuldade terapêutica que podem significar levam à necessidade de embasar solidamente as medidas terapêuticas e de prevenção nas características individuais das vítimas de trauma, sendo o Transtorno de Estresse Pós- Traumático (TEPT) o principal transtorno psiquiátrico associado aos acidentes e a violência. Objetivo: Avaliar os efeitos da psicoterapia ultra-breve psicodinamicamente orientada no TEPT e TEA. Método: A amostra foi composta por 27 mulheres que foram atendidas no período de maio de 2008 e novembro de 2009 que completaram pelo menos quatro semanas de tratamento no Núcleo de Estudos e Tratamento do Trauma Psíquico (NET-TRAUMA) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Brasil. 85,2%(23) das pacientes preencheram os critérios para TEPT e 14,8%(4) tinham TEA . As pacientes foram avaliadas antes e após intervenção psicoterápica através das escalas: Davidson Trauma Scale (DTS), Inventário Beck de Depressão (BECK), Defense Style Questionaire (DSQ-40), Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) Impressão Clínica Global (CGI) e Avaliação Global do Funcionamento (GAF). Resultados: Após tratamento houve melhora na sintomatologia das escalas DTS, BECK, CGI E GAF, mesmo controlando para uso de psicofármacos. Com tamanho de efeito elevado na comparação entre as escala no pré e pós-tratamento: CGI d=1,18, GAF d= 1,03, DTS d=0,95 e BDI d=0,9. Houve uma redução da defesa de projeção (p=0,036) e um aumento na defesa humor (p=0,024). Encontramos uma associação positiva entre a diminuição de sintomas de TEPT e a diminuição no escore do fator imaturo (p=0,032 r=0,43). Conclusões: A psicoterapia ultra-breve psicodinamicamente orientada mostrou-se eficaz para o tratamento do TEPT e TEA. Houve melhora na sintomatologia das escalas DTS, BECK, CGI E GAF, mesmo controlando para uso de psicofármacos. / Introduction: Traumatic events in our society, the severity of psychopathology that may result from such events and therapeutic difficulty may mean that lead to the necessity of basing solidly therapeutic measures of prevention and individual characteristics of victims of trauma, the Posttraumatic Stress Disorder (PTSD), the main psychiatric disorders associated with accidents and violence. Objective: To evaluate the effects of psychotherapy ultra-brief psychodynamically oriented PTSD and ASD. Method: The sample consisted of 27 women who were treated between May 2008 and November 2009 who completed at least four weeks of treatment in the Center for Research and Treatment of Psychic Trauma (NET-TRAUMA), Hospital de Clinicas de Porto Alegre ( HCPA), Brazil. 85.2% (23) of patients met criteria for PTSD and 14.8% (4) had ASD. Scales used were: Davidson Trauma Scale (DTS), Beck Depression Inventory (BECK), Defense Style Questionaire (DSQ-40), Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), Clinical Global Impression (CGI), and the Global Assessment of Functioning (GAF). Results: After treatment there was improvement in symptoms scales DTS, BECK, CGI and GAF, even controlling for use of psychoactive drugs. With such a large effect on the comparison between the scale before and after treatment: d = 1.18 CGI, GAF d = 1.03, d = 0.95 DTS and BDI d = 0.9. There was a reduction in the defense of projection (p = 0.036) and an increase in defense humor (p = 0.024). We found a positive association between the reduction of PTSD symptoms and reduction in score of the immature factor (p = 0.032 r = 0.43). Conclusions: The ultra-brief psychotherapy psychodynamically oriented proved effective for the treatment of PTSD and ASD. There was improvement in symptoms scales DTS, BECK, CGI and GAF, even controlling for use of pharmacological drugs.
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Avaliar os efeitos da psicoterapia ultra-breve no transtorno de estresse agudo e no transtorno estresse pós-traumáticoKruel, Letícia Rosito Pinto January 2010 (has links)
Introdução: Eventos traumáticos em nossa sociedade, a gravidade dos quadros psicopatológicos que podem advir desses eventos e a dificuldade terapêutica que podem significar levam à necessidade de embasar solidamente as medidas terapêuticas e de prevenção nas características individuais das vítimas de trauma, sendo o Transtorno de Estresse Pós- Traumático (TEPT) o principal transtorno psiquiátrico associado aos acidentes e a violência. Objetivo: Avaliar os efeitos da psicoterapia ultra-breve psicodinamicamente orientada no TEPT e TEA. Método: A amostra foi composta por 27 mulheres que foram atendidas no período de maio de 2008 e novembro de 2009 que completaram pelo menos quatro semanas de tratamento no Núcleo de Estudos e Tratamento do Trauma Psíquico (NET-TRAUMA) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Brasil. 85,2%(23) das pacientes preencheram os critérios para TEPT e 14,8%(4) tinham TEA . As pacientes foram avaliadas antes e após intervenção psicoterápica através das escalas: Davidson Trauma Scale (DTS), Inventário Beck de Depressão (BECK), Defense Style Questionaire (DSQ-40), Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) Impressão Clínica Global (CGI) e Avaliação Global do Funcionamento (GAF). Resultados: Após tratamento houve melhora na sintomatologia das escalas DTS, BECK, CGI E GAF, mesmo controlando para uso de psicofármacos. Com tamanho de efeito elevado na comparação entre as escala no pré e pós-tratamento: CGI d=1,18, GAF d= 1,03, DTS d=0,95 e BDI d=0,9. Houve uma redução da defesa de projeção (p=0,036) e um aumento na defesa humor (p=0,024). Encontramos uma associação positiva entre a diminuição de sintomas de TEPT e a diminuição no escore do fator imaturo (p=0,032 r=0,43). Conclusões: A psicoterapia ultra-breve psicodinamicamente orientada mostrou-se eficaz para o tratamento do TEPT e TEA. Houve melhora na sintomatologia das escalas DTS, BECK, CGI E GAF, mesmo controlando para uso de psicofármacos. / Introduction: Traumatic events in our society, the severity of psychopathology that may result from such events and therapeutic difficulty may mean that lead to the necessity of basing solidly therapeutic measures of prevention and individual characteristics of victims of trauma, the Posttraumatic Stress Disorder (PTSD), the main psychiatric disorders associated with accidents and violence. Objective: To evaluate the effects of psychotherapy ultra-brief psychodynamically oriented PTSD and ASD. Method: The sample consisted of 27 women who were treated between May 2008 and November 2009 who completed at least four weeks of treatment in the Center for Research and Treatment of Psychic Trauma (NET-TRAUMA), Hospital de Clinicas de Porto Alegre ( HCPA), Brazil. 85.2% (23) of patients met criteria for PTSD and 14.8% (4) had ASD. Scales used were: Davidson Trauma Scale (DTS), Beck Depression Inventory (BECK), Defense Style Questionaire (DSQ-40), Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), Clinical Global Impression (CGI), and the Global Assessment of Functioning (GAF). Results: After treatment there was improvement in symptoms scales DTS, BECK, CGI and GAF, even controlling for use of psychoactive drugs. With such a large effect on the comparison between the scale before and after treatment: d = 1.18 CGI, GAF d = 1.03, d = 0.95 DTS and BDI d = 0.9. There was a reduction in the defense of projection (p = 0.036) and an increase in defense humor (p = 0.024). We found a positive association between the reduction of PTSD symptoms and reduction in score of the immature factor (p = 0.032 r = 0.43). Conclusions: The ultra-brief psychotherapy psychodynamically oriented proved effective for the treatment of PTSD and ASD. There was improvement in symptoms scales DTS, BECK, CGI and GAF, even controlling for use of pharmacological drugs.
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Trauma infantil e função executiva em usuários de crackNarvaez, Joana Corrêa de Magalhães January 2010 (has links)
O uso de crack é um importante problema de saúde pública no Brasil. Recentes estudos mostraram que a prevalência de uso do crack no Brasil é de 0,7%. Dados atuais sugerem que o trauma de infância é associado a piores desfechos entre os usuários de cocaína e maiores escores de impulsividade. Este estudo avaliou o trauma infantil através do Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) e as funções executivas, utilizando o Wisconsin Card Sorting Test (WCST), em 84 usuários de crack. Os resultados demonstrados a partir de regressão linear apontam que o trauma de infância, o uso contínuo de crack sem períodos de abstinência, a comorbidade com outras substâncias ilícitas e IQ explicaram 44% da variância no funcionamento executivo dos pacientes. Os escores de impulsividade Barrat (BIS 11) foram associados com o trauma de infância, sugerindo que o trauma infantil pode ser um fator de risco para prejuízos mais severos entre usuários crack. / The use of crack cocaine is a major public health concern in Brazil. Recent studies showed that the lifetime prevalence of crack cocaine use among Brazilians is about 0.7%. Recent data suggest that childhood trauma is associated with worse outcomes among cocaine users and higher impulsivity scores. This study evaluated childhood trauma using the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) and executive functioning, using the Wisconsin Card Sorting Test (WCST), among 84 crack cocaine users. The results of a linear regression showed that childhood trauma, continuous use of crack without periods of abstinence, multidrug use and IQ predicted 44% of the variance in the executive functioning of patients. Barrat Impulsivity Scores (BIS 11) were associated with childhood trauma, which suggests that trauma may be a risk factor for more severe impairment among crack cocaine users.
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