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Saúde mental masculina: prevalência e vulnerabilidades aos transtornos mentais comuns nos contextos rural e urbano

Bezerra, Edilane Nunes Régis 09 March 2017 (has links)
Submitted by Maike Costa (maiksebas@gmail.com) on 2017-07-06T14:34:12Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2524791 bytes, checksum: 15d07d9937e0452b345edd0616d97937 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-06T14:34:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2524791 bytes, checksum: 15d07d9937e0452b345edd0616d97937 (MD5) Previous issue date: 2017-03-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Psychic illness, highlighting Common Mental Disorders (CMD), one of bigest issues menking is facing actually, from non-psychotic nature. Those disorders involves a sinals set and related symptoms, mainly, to somatic problems and depressive and anxiety symptons generally related to life conditions and occupational structure. So, our goal is to analyse the vulnerabilities aspects on common mental disorders in Paraíba’s men, comparing urban and rural contexts. There were realized two empiric studies. The first is a quantitative epidemiological research wich its objective was estimate the prevalence of common mental disorders in capital and rural cities’ on men from Paraíba, associated to social economic factors, life style, search for treatment and mental health. In a sample of 432 men (160 linving in capital and 272 living in rural cities), from 21 to 59 years-old age group, were applyed a set of instruments: SRQ-20; Life Style, Acess and Health Atendance, Mental Health and Social-Demographic Questionnaries, which results were evaluated by descriptive statistics, Prevalence ratio, association (chi-square and test t) and multivariate. The CMD prevalence found among men from urban context was 46,3% and 18,4% from rural. It was observed the association between CMD presence and the age group (X2=9,183; p=0,01), with higher prevalence on yougest age group (44%), decreasing during life course (40% on group between 30 and 49 years-old and 15% on group above 50 years-old). The schoolarity association (X2=11,182; p=0,01) points to prevalence increase with schoolarity (basic: 29%; high school: 38%; university: 30%); so, we can deduce, given sample’s low Family income, that suffering can come from Family income increasing abstance after increasing the schoolarity level. At last, there was the association of CMD presence with marital status (X2=11,755; p=0,008), with bigger difference between singles (43%). The second study, qualitative, had as objective to analyse – from the participants description, which vulnerabilities elements (individuals, socials and programmatic) to CMD are presents on men’s lives from cities rurals and urbans. There were 07 men from rural context and 16 from urban context participating, with ages from 21 to 59 years-old, it was utilized individual enterviews analyzed through themactic categorial technique. Thematic categorization allowed obtaining three thematic classes: the first named “Male Suffering Contexts” refered to suffering individual aspects and involved seven analysing categories, a) Symptomatology; b) Main motives to getting ill; c) Illness consequences; d) Selfcare practices; e) Health care; f) Metal Health Care; g) Social support net. In second thematic class, named “Male Psychic Suffering Experiences”, had made refference to suffering social and intersubjetives aspects involved four analysis categories: a) Marital Relations; b) Gender Relations; c) Labor factors which step in metal health; d) Rural and urban everyday. The third thematic class was named “Professionals more sensitive and humanized to male suffering”. The results allowed to conclude, in urban context, that the relation between individual, social and programatic aspects associated to urban violence, finantial issues, unemployment, marital issues, lack of perspective and professional grown, health issues (family and personal), work oveload, social isolation, contrinute to CMD vulnerability situations between men linving on urban context. / O adoecimento psíquico, com destaque para os Transtornos Mentais Comuns (TMC), é um dos grandes problemas enfrentados na atualidade, de natureza não psicótica, tais transtornos envolvem um conjunto de sinais e sintomas relacionados, principalmente, às queixas somáticas e sintomas depressivos e ansiosos, geralmente associadas às condições de vida e à estrutura ocupacional. Neste sentido, objetiva-se analisar os aspectos de vulnerabilidades aos transtornos mentais comuns em homens paraibanos comparando os contextos urbano e rural. Foram realizados dois Estudos Empíricos. O primeiro trata-se de uma pesquisa quantitativa, epidemiológica, com objetivo de estimar a prevalência dos transtornos mentais comuns em homens da capital e de cidades rurais paraibanas, associados com fatores socioeconômicos, de estilos de vida, busca por atendimento e saúde mental. Para uma amostra de 432 homens (160 residentes na capital e 272 em cidades rurais), na faixa etária de 21 a 59 anos, foi aplicado um conjunto de instrumentos: SRQ-20; Questionários de Estilo de Vida; de Acesso e Atendimento em Saúde; de Saúde Mental; Sócio-demográfico, cujos resultados foram analisados por estatística descritiva, razão de prevalência, de associação (qui-quadrado e test t) e multivariada. A prevalência de TMC encontrada entre os homens do contexto urbano foi de 46,3% e 18,4% no rural. Observou-se associação entre a presença de TMC com a faixa etária (X2=9,183; p=0,01), com maior prevalência na faixa etária mais jovem (44%), diminuindo no decorrer da vida (40% na faixa entre 30 e 49 anos e 15% na faixa acima de 50 anos). A associação com a escolaridade (X2=11,182; p=0,01) aponta o aumento da prevalência juntamente com o aumento da escolaridade (fundamental: 29%; médio: 38%; superior: 30%), podendo-se inferir, dado a baixa renda familiar da amostra, que o sofrimento pode decorrer pela ausência de melhoria na renda após o aumento da escolaridade. Por fim, houve associação da presença de TMC com o estado civil (X2=11,755; p=0,008), com maior diferença entre os solteiros (43%). O segundo estudo, qualitativo, objetivou analisar – a partir do relato dos participantes, quais elementos (individuais, sociais e programáticos) de vulnerabilidades aos TMC estão presentes nas vivências dos homens de cidades rurais e urbana. Participaram 07 homens do contexto rural e 15 do contexto urbano, com idades entre 21 e 59 anos, utilizando-se de entrevistas individuais, analisadas por meio da técnica de análise categorial temática. A categorização temática permitiu a obtenção de três classes temáticas: a primeira intitulada “Contextos de sofrimento masculino” fez referência aos aspectos individuais do sofrimento e envolveu sete categorias de análise, a saber, a) Sintomatologia; b) Principais motivos para o adoecimento; c) Consequências do adoecimento; d) Práticas de autocuidado; e) Cuidado em saúde; f) Cuidado em saúde mental; g) Rede de apoio social. Já a segunda classe temática, intitulada “Vivências de sofrimento psíquico masculino, fez referência aos aspectos sociais e intersubjetivos do sofrimento e envolveu quatro categorias de análise, a) Relações Conjugais; b) Relações de gênero; c) Fatores no trabalho que interferem na saúde psíquica; d) Cotidiano urbano e rural. A terceira classe “Profissionais mais humanizados e sensibilizados ao sofrimento masculino”. Os resultados permitiram concluir que, no contexto urbano, há uma maior prevalência de transtorno mental comum, a relação entre os aspectos individuais, sociais e programáticos, associados à violência urbana, problemas financeiros, desemprego, problemas conjugais, falta de perspectiva e crescimento profissional, problemas de saúde (familiares, pessoal), sobrecarga de trabalho, isolamento social, contribuem para situações de vulnerabilidades aos TMC entre os homens residentes no contexto urbano.
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Transtornos mentais comuns e uso de risco de álcool em estudantes de graduação em odontologia / Common mental disorders and hazardous alcohol consumption among dental students

Graner, Karen Mendes [UNESP] 14 July 2017 (has links)
Submitted by KAREN MENDES GRANER null (kmendesgra@yahoo.com.br) on 2017-08-05T17:23:22Z No. of bitstreams: 1 TESE COMPLETA_FINAL_Karen.pdf: 4265685 bytes, checksum: ffc72126aa22a871312c0c8a1f8fd4da (MD5) / Approved for entry into archive by LUIZA DE MENEZES ROMANETTO (luizamenezes@reitoria.unesp.br) on 2017-08-09T14:09:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1 graner_km_dr_bot.pdf: 4265685 bytes, checksum: ffc72126aa22a871312c0c8a1f8fd4da (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-09T14:09:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 graner_km_dr_bot.pdf: 4265685 bytes, checksum: ffc72126aa22a871312c0c8a1f8fd4da (MD5) Previous issue date: 2017-07-14 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Transtornos Mentais Comuns (TMC) e uso de risco de álcool entre estudantes universitários vêm sendo foco de pesquisas, sendo ainda raros os estudos com alunos de graduação em odontologia. O objetivo desta pesquisa foi investigar a prevalência de TMC e do uso de risco de álcool e suas associações com as características sociodemográficas, de saúde, relacionais, do ambiente acadêmico, de estratégias de enfrentamento e resiliência entre estudantes do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Neste manuscrito, estão apresentados três estudos que representam os resultados obtidos: uma revisão integrativa sobre o tema e dois estudos empíricos que focalizaram dois diferentes desfechos: TMC e uso de risco de álcool em estudantes de odontologia. A revisão investigou, em pesquisas publicadas entre 2006 e 2016, fatores de risco e proteção para sofrimento psíquico de estudantes universitários. Os estudos empíricos utilizaram delineamentos transversais, descritivos e analíticos. A amostra nesses estudos foi composta por 230 alunos, 71,8% dos estudantes matriculados nos quatro anos do curso de odontologia. Foram aplicados formulário padronizado para caracterização da amostra e seis instrumentos que investigaram: Transtorno Mental Comum (Self Repporting Questionnarie-20 – SRQ-20), uso de risco de álcool (Alcohol Use Disorder Identification Test-AUDIT), apoio social (Escala de Apoio Social, do Medical Outcomes Study-EAS), percepção do ambiente educacional (Dundee Ready Education Environment Measure-DREEM), estratégias de enfrentamento (Inventário de Estratégias de Enfrentamento-IEC) e resiliência (Escala de Resiliência-ER). Foram realizadas análises descritiva e bivariada, e regressão logística (RL) para modelos sucessivos. Do total da amostra, 30,0% cursavam a primeira série, 21,7% a segunda, 31,2% a terceira e 17,0% na quarta, sendo 75,2% mulheres. A média de idade foi de 20,6 (DP±1,99), maioria referiu não ter companheiro (98,7%), morar com amigos (59,6%), ter pai e mãe (66,1%; 63,5%) com ensino superior completo, renda familiar elevada (65,9%) e ter gasto mensal de até dois salários mínimos (87,6%). A maioria não recebia mesada ou a considerava insuficiente (61,6%), não tinha trabalhado nos últimos seis meses (91,3%), seguia alguma religião (84,3%) e considerava-a muito importante (54,8%). Análise descritiva dos escores obtidos nos instrumentos indicou, em geral, médias elevadas para percepção geral positiva do apoio social (EAS total: 72,7, DP:15,9), ambiente educacional (DREEM total: 119,9; DP:22,9), resiliência (ER: 124,1; DP:16,4). Identificou-se também maior uso de Reavaliação Positiva como estratégia de enfrentamento (13,6; DP:4,7; 1-27) e menor uso de estratégias de Fuga/Esquiva (1,7, DP:1,8) pelos estudantes. A prevalência de TMC foi de 45.2% (95% CI: 38.7- 51.6) e de uso de risco de álcool 29,6% (95%IC: 23,7%-35,9%) com prevalência significativamente maior entre os homens (p<0,01). A análise multivariada permitiu identificar como fatores de risco para TMC: não desempenhar atividades extracurriculares como gostaria (OR:4,5;IC:1,9-10,7), avaliar negativamente sua saúde (OR:4,24;IC:1,9-9,8), e seu desempenho escolar (OR:3,8;IC:1,3-10,5), ter recebido tratamento psicológico/psiquiátrico após o ingresso na universidade (OR:2,65;IC:1,1-6,1), e utilizar coping confronto (OR:1,20;IC:1.0-1.4). Resiliência (OR:0,93;IC:0,9-1,0) foi identificada como fator de proteção para TMC. Em relação aos fatores de risco para uso problemático do álcool, permaneceram no modelo final da RL: cursar a terceira série (OR:3,72;IC:1,55-8,90), ter recebido trote (OR:3,29;IC:1,54-7,03), sexo masculino (OR:3,19; IC:1,57-6,49), renda mais alta (OR:2,87;IC:1,31-6,28). As prevalências de TMC e de uso de risco de álcool foram mais elevadas que as descritas para a população geral. Características individuais (sexo, renda), de saúde (autoavaliação da saúde, histórico de tratamento psicológico/psiquiátrico), comportamentais (coping e resiliência) e, principalmente, as relativas à vida acadêmica (série, atividades extracurriculares, desempenho acadêmico, trote abusivo) desempenharam importante função nos desfechos investigados. Embora tenha sido realizado com população universitária específica, os achados sugerem a relevância de ações de prevenção e cuidado nas instituições de ensino superior de forma a favorecer o bem estar dos estudantes. Estudos longitudinais poderão favorecer o aprofundamento dos dados identificados. / Common Mental Disorders and hazardous alcohol consumption in university students have been the focus of researchers; however, studies that focus on mental health and risk behaviors of dental students are less frequent. This study aimed to identify the prevalence of CMD and hazardous alcohol consumption, and its associations with sociodemographic characteristics, health conditions, relational aspects, academic life’ perceptions, coping and resilience of dental students in the State of University of Campinas - UNICAMP. Three scientific papers are presented: an integrative review and two empirical studies about CMD and hazardous alcohol consumption of dental students. The review investigated, in publications between 2006 and 2016, risk and protective factors for psychological distress in university students. The empirical studies had cross-sectional, descriptive and analytical design. The sample in these studies was composed by 230 students, 71.8% enrolled in the four years of the dentistry course. Students answered to a standardized questionnaire and six instruments: Self-Repporting Questionnarie-20 (SRQ-20; CMD), Alcohol Use Disorder Identification Test (hazardous alcohol consumption), Social Support Scale of the Medical Outcomes Study (MOS; social support), Dundee Ready Education Environment (DREEM; educational environment’ perception), Ways of Coping (WC; coping strategies) and Resilience Scale (RS; resilience). We conducted a descriptive and bivariate analyzes, and a logistic regression (LR) performed for successive models. Of the total sample, 30.0% were in the first grade, 21.7% in the second grade, 31.2% in the third grade and 17.0% in the fourth grade, 75.2% of which were women. The mean age was 20.6 (SD ± 1.99), the majority reported having no partner (98.7%), living with friends (59.6%), having father and mother with complete higher education (66.1%, 63.5%), high family income (65.9%) and monthly cost more than two minimum wages (87.6%). Most of students did not receive allowance or it was insufficient (61.6%), had not worked in the last six months (91.3%), were religious (84.3%) and considered it very important (54.8%). Descriptive analysis indicated high averages for overall positive perception of social support (total MOS: 72.7, SD: 15.9), educational environment’perception (total DREEM: 119.9; 9), and resilience (RS: 124.1, SD: 16.4). Positive reappraisal was the coping strategy most reported (13.6, SD: 4.7, 1-27) and escape/avoidance the less use strategy (1.7, SD: 1.8). The prevalence of CMD was 45.2% (95% CI: 38.7-51.6), and 29.6% (95% CI: 23.7% -35.9%) of the students presented hazardous alcohol consumption, which was significantly higher among men (p<0.01). Multivariate analysis showed that the risk factors for CMD were having unsatisfactory extracurricular activities (OR: 4.5, CI: 1.9-10.7), having negative perception of their health (OR: 4.24;9-9,8) and of their academic performance (OR: 3.8; CI: 1.3-10.5), having psychological/psychiatric treatment during the course (OR: 2.65; CI: 1,1-6,1), and using confrontive coping (OR: 1.20; CI: 1.0-1.4). Resilience (OR: 0.93; CI: 0.9- 1.0) was identified as a protective factor for CMD. Regarding risk factors for hazardous alcohol consumption identified in LR were being in the third grade (OR: 3.72, CI: 1.55-8.90), having received hazing (OR: 3.29 , CI: 1.54-7.03), being male (OR: 3.19, CI: 1.57-6.49) and having higher family income (OR: 2.87; CI: 1.31-6, 28). In this study, the prevalence of CMD and hazardous alcohol consumption was higher than identified in general population. Individuals characteristics (sex, income), health aspects (self-assessment of health, history of psychological / psychiatric treatment), behavioral (coping and resilience) and especially those characteristics related to academic life (series, extracurricular activities, academic performance) influenced the outcomes. Longitudinal studies may contribute to clarify the findings. Although this study carried out with a specific university population (dental students of one university), the findings suggest the relevance of preventive and care actions in university students contributing to their well-being. / FAPESP: 2014/093230
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Autopercepção do peso corporal e transtornos mentais comuns em funcionários de uma universidade no Rio de Janeiro: Estudo Pró-Saúde / Self-perception of body weight and common mental disorders in university employees in Rio de Janeiro: Estudo Pro-Saúde

Alessandra Bento Veggi 28 April 2005 (has links)
Gênero, raça e transtornos mentais são variáveis importantes a serem consideradas em estudos que avaliam a autopercepção do peso corporal. Se, por um lado, a sociedade contemporânea se depara com um crescimento epidêmico do sobrepeso e da obesidade, por outro os paradigmas corporais construídos socialmente para homens e mulheres têm-se tornado com o passar dos anos mais rigorosos e inatingíveis, sendo relacionados não somente à saúde, mas também ao sucesso pessoal, profissional e afetivo. Desse modo, perceber-se fora desse padrão pode levar ao desenvolvimento de transtornos mentais comuns (TMC). Alguns grupos, entretanto, parecem ser menos vulneráveis a tais padrões como no caso de indivíduos da raça negra. No entanto, poucos estudos nacionais têm investigado essas questões. A presente tese avaliou a incidência de TMC segundo a autopercepção do peso corporal entre funcionários de uma universidade no Rio de Janeiro, assim como a concordância entre a autopercepção do peso corporal e o Índice de Massa Corporal (IMC) segundo raça nessa mesma população. O primeiro estudo avaliou dados da primeira onda de seguimento da coorte do estudo Pró-Saúde analisando através de modelos lineares generalizados os riscos relativos da associação entre o desenvolvimento de TMC e a autopercepção do peso corporal. O segundo avaliou a estrutura de concordância entre a autopercepção do peso corporal e o IMC segundo raça. Os resultados do primeiro artigo evidenciaram associação entre incidência de TMC e perceber-se acima do peso corporal (RR=1,42) no modelo ajustado por sexo. Na análise que avaliou a concordância entre o IMC e a autopercepção do peso corporal não foram observadas diferenças em relação à raça e a concordância variou de moderada a elevada em entre mulheres e homens, respectivamente.Em ambos os sexos, o padrão de concordância fora da diagonal principal indicou que categorias altas e baixas de IMC corresponderam às categorias extremas de percepção corporal. Entre as mulheres, entretanto, a concordância dentro da diagonal principal sugeriu um padrão de concordância possivelmente maior para as categorias extremas de autopercepção de peso e IMC. Não foram evidenciadas diferenças segundo raça, possivelmente, pelo fato das pressões sociais em relação à aquisição de peso ideal serem desenvolvidas, no Brasil, dentro de um contexto multiracial. / Gender, race and mental health are important variables to be considered in studies that evaluate the self-perception of body weight. If on the other hand, the actual society comes across with an epidemic growth of the overweight and of the obesity, for another one the body paradigms socially constructed for men and women have become unattachable and most rigorous and, being related not only to the health but also to the personal, professional and affective success. In this way, the selfperception out of the ideal weight can lead to the development of common mental disorders (CMD). Some groups, however, seem to be less vulnerable to such standards as in the case of individuals of the black race. However, few national studies have investigated these questions. The present thesis evaluated the incidence of CMD according to self-perception of body weight between employees of a university in Rio de Janeiro, as well as the agreement between the self-perception of body weight and the Body Mass Index (BMI) according to race in this same population. The first study it evaluated the first wave of cohort of the Pró-Saúde study analyzing through generalized linear models the relative risks of the association between incidence of CMD and self-perception of body weight. The second one evaluated the agreement between self-perception of body weight and BMI according to race. The first article, on the model adjusted for sex it was observed an association between incidence of CMD and having a perception above ideal weight (RR=1,42). In the analysis that evaluated the agreement between BMI and self-perception of body weight, differences related to race were not detected, so the agreement ranged from moderated to high among women and men, respectively. For both sexes, the structure of agreement out of the principal diagonal indicates that high scores of BMI corresponding to above ideal perception. For women, however, the exact agreement was higher to extremes categories of body weight perception and BMI. In Brazil, because social pressures related to obtaining the ideal weight are strongly development within a multiracial context, differences related to race were not detected.
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Uso de antidepressivos e benzodiazepínicos em mulheres atendidas em unidades de saúde da família e sua dimensão psicossocial / Use of antidepressants and benzodiazepines in women attending family health units and its psychosocial dimension

Celina Ragoni de Moraes Correia 02 May 2013 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Introdução: A preocupação em torno do uso irracional de psicofármacos tem sido observada em diversos países, constituindo-se uma questão importante para a saúde pública mundial. No Brasil, a promoção do uso racional de psicofármacos é um desafio para a atenção primária, sendo importante caracterizar sua dimensão psicossocial. Objetivos. O artigo 1, com características descritivas, tem como objetivo caracterizar o uso de psicofármacos em unidades de saúde da família segundo a presença de transtornos mentais comuns (TMC) e segundo as principais características socioeconômicas e demográficas. O artigo 2, com um caráter analítico, tem como objetivo avaliar o papel da rede social no uso de cada um destes psicofármacos segundo a presença de TMC. Métodos O estudo utiliza um delineamento seccional e abarca a primeira fase de coleta de dados de dois estudos em saúde mental na atenção primária. Esta se deu em 2006/2007 para o estudo 1 (Petrópolis, n= 2.104) e em 2009/2010 para o estudo2 (São Paulo, n =410, Rio de Janeiro, n= 703, Fortaleza , n=149 e Porto Alegre, n= 163 participantes). Ambos os estudos possuem o mesmo formato no que se refere à coleta de dados, seu processamento e revisão, resultando em uma amostra de 3.293 mulheres atendidas em unidades de saúde da família de cinco diferentes cidades do país. Um questionário objetivo com perguntas fechadas foi utilizado para a coleta de informações socioeconômicas e demográficas. O uso de psicofármacos foi avaliado através de uma pergunta aberta baseada no auto-relato do uso de medicamentos. A presença de TMC foi investigada através do General Health Questionnaire, em sua versão reduzida (GHQ-12). O nível de integração social foi aferido através do índice de rede social (IRS), calculado a partir de perguntas sobre rede social acrescentado ao questionário geral. No estudo descritivo (artigo 1), a frequência do uso de antidepressivos e o uso de benzodiazepínicos na população de estudo foram calculadas para cada cidade, tal como a frequência do uso destes psicofármacos entre as pacientes com transtornos mentais comuns. A distribuição do uso de cada um destes psicofármacos segundo as principais características socioeconômicas, demográficas e segundo transtornos mentais comuns foi avaliada através do teste de qui-quadrado de Pearson. No estudo analítico (artigo 2), a associação entre o nível de integração social e o uso exclusivo de cada um dos psicofármacos foi analisada através da regressão logística multivariada, com estratificação segundo a presença de TMC. Resultados: A frequência do uso de psicofármacos foi bastante heterogênea entre as cidades, destacando-se, porém, a importância do uso de benzodiazepínicos frente ao uso de antidepressivos em sua maioria. A proporção do uso de psicofármacos, sobretudo antidepressivos, foi predominantemente baixa entre as pacientes com TMC. Entre elas, o uso de antidepressivos mostrou-se positivamente associado ao isolamento social, enquanto o uso de benzodiazepínicos associou-se negativamente a este. Conclusão: Os resultados colaboram para a caracterização do uso de psicofármacos em unidades de saúde da família e para a discussão acerca de sua racionalidade. Destaca-se a importância de avaliar a dimensão psicossocial que envolve o uso destas substâncias com vistas ao desenvolvimento de estratégias de cuidado mais efetivas / Introduction: Concerns about irrational use of psychotropic drugs has been observed in many countries, becoming an important issue for global public health. In Brazil, the promotion of rational use of psychotropic drugs is a challenge for primary care, therefore it is important to characterize its psychosocial dimension. Objectives This dissertation consists of two articles. Article 1, with descriptive characteristics, aims to characterize the use of psychotropic drugs in family health units, according to major socioeconomic and demographic characteristics and according to the presence of common mental disorders (CMD). Article 2, with an analytical character, aims to evaluate the role of social networks in the use of each of these psychotropic drugs, according to the presence of CMD. Methods The study has a cross-sectional design and integrates baseline data from two previous studies on mental health in primary care . Data collection took place in 2006/2007 for the study 1 (Petropolis, n = 2.104) and in 2009/2010 for the study2 (São Paulo, n = 410, Rio de Janeiro, n = 703, Fortaleza - n = 149 and Porto Alegre, n = 163 participants). Although performed in different periods, both studies have the same format as regards data collection, processing and review, resulting in a sample of 3293 women attending family health units from five different cities. An objective questionnaire with closed questions was used to collect socioeconomic and demographic information. Psychotropic use was assessed through an open-ended question based on self-reporting of drug use. The presence of CMD was investigated by the General Health Questionnaire in its reduced version (GHQ-12). The level of social integration was evaluated through the social network index (IRS), calculated from questions about social network added to the general questionnaire. In the descriptive study (Article 1), the frequency of antidepressants and benzodiazepines use in the study population were calculated for each city, such as the frequency of the use of psychotropic drugs among patients with common mental disorders. The distribution of the use of each of these psychoactive drugs according to major socioeconomic and demographic characteristics and according to the presence of common mental disorders was assessed by Pearsons chi-square test. In the analytical study (Article 2), the association between the level of social integration and the exclusive use of each of psychotropic drugs was analyzed by multivariate logistic regression, stratified according to the presence of TMC. Results: The frequency of psychotropic medication use was quite heterogeneous among cities, emphasizing, however, the importance of the use of benzodiazepines against the use of antidepressants in most of the cities. The proportion of use of psychotropic medication, particularly antidepressants, was predominantly low among patients with CMD. Among these, antidepressants use was positively associated with social isolation, while benzodiazepines use was negatively associated. Conclusion: This study collaborates to characterize the use of antidepressants and benzodiazepines in family health units and to discuss about their rationality. The results highlight the importance of assessing the psychosocial dimension that involves the use of these substances in order to develop strategies to promote its rational use in primary care.
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Transtornos mentais comuns e uso de risco de álcool em estudantes de graduação em odontologia

Graner, Karen Mendes. January 2017 (has links)
Orientador: Ana teresa de Abreu Ramos-Cerqueira / Resumo: Transtornos Mentais Comuns (TMC) e uso de risco de álcool entre estudantes universitários vêm sendo foco de pesquisas, sendo ainda raros os estudos com alunos de graduação em odontologia. O objetivo desta pesquisa foi investigar a prevalência de TMC e do uso de risco de álcool e suas associações com as características sociodemográficas, de saúde, relacionais, do ambiente acadêmico, de estratégias de enfrentamento e resiliência entre estudantes do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Neste manuscrito, estão apresentados três estudos que representam os resultados obtidos: uma revisão integrativa sobre o tema e dois estudos empíricos que focalizaram dois diferentes desfechos: TMC e uso de risco de álcool em estudantes de odontologia. A revisão investigou, em pesquisas publicadas entre 2006 e 2016, fatores de risco e proteção para sofrimento psíquico de estudantes universitários. Os estudos empíricos utilizaram delineamentos transversais, descritivos e analíticos. A amostra nesses estudos foi composta por 230 alunos, 71,8% dos estudantes matriculados nos quatro anos do curso de odontologia. Foram aplicados formulário padronizado para caracterização da amostra e seis instrumentos que investigaram: Transtorno Mental Comum (Self Repporting Questionnarie-20 – SRQ-20), uso de risco de álcool (Alcohol Use Disorder Identification Test-AUDIT), apoio social (Escala de Apoio Social, do Medical Outcomes Study-EAS), percepção do ambiente educacional (Dundee Re... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Doutor
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G?nero, trabalho e sa?de mental entre trabalhadoras rurais assentadas na regi?o do Mato Grande Potiguar

Costa, Maria da Gra?a Silveira Gomes da 14 March 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:39:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MariaGSGC_DISSERT.pdf: 2555739 bytes, checksum: 0efa18c9d47df1166ff7932c946b8297 (MD5) Previous issue date: 2014-03-14 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico / The lack of studies aimed at the mental health of the rural population, the social, economic, familial and emotional impact that mental disorders produce and the vulnerability that women have in this context, lead us to believe in the need to investigate the mental health demands of female rural workers, in order to subsidize the development of more effective and culturally sensitive public health programs and policies that take into account the specificities of this population. The present study aims to investigate the prevalence of common mental disorders (CMD) and the possible factors associated with the emergence of such disorders among women living in a rural settlement in Rio Grande do Norte. This survey has a quantitative and qualitative character with an ethnographic approach. As methodological strategies, we made use of an adapted version of the socio-demographic and environmental questionnaire prepared by The Department of Geology/UFRN s Strategic Analysis Laboratory to evaluate the quality of life of the families from the rural settlement and the mental health screening test Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) to identify the prevalence of CMD in adult women from the community. Complementing the role of methodological tools, we use the participant observation and semi-structured interviews with women who presented positive hypothesis of CMD attempting to comprehend the crossings that build the subjective experience of being a woman in this context. The results point to the high prevalence of CMD (43.6%) and suggest the link between poverty, lack of social support, unequal gender relations and the occurrence of CMD. We also verified that the settled women do not access the health network to address issues relating to mental health and that the only recourse of care offered by primary health care is the prescription of anxiolytic medication. In this context, the religiosity and the work are the most important strategies for mental health support among women / A car?ncia de estudos voltados ? sa?de mental da popula??o rural, o impacto socioecon?mico, familiar e afetivo que os transtornos mentais produzem e o lugar de vulnerabilidade que as mulheres ocupam nas ?reas rurais, imp?em a necessidade de investigar a realidade de mulheres assentadas e trabalhadoras rurais, visando subsidiar a elabora??o de programas e pol?ticas p?blicas de sa?de mais eficazes e culturalmente sens?veis que levem em conta as especificidades dessa popula??o. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo investigar a preval?ncia de transtornos mentais comuns (TMC) e os poss?veis fatores associados ? emerg?ncia de tais transtornos entre mulheres residentes de um assentamento rural do RN. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa que parte de uma abordagem quantitativa e qualitativa de inspira??o etnogr?fica. Inicialmente aplicamos uma vers?o adaptada do question?rio s?cio-demogr?fico-ambiental elaborado pelo Laborat?rio de An?lises Estrat?gicas da UFRN/Departamento de Geologia para avaliar a qualidade de vida das fam?lias do assentamento e o instrumento de rastreamento em sa?de mental Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) para identificar a preval?ncia de TMC nas mulheres adultas da comunidade. Complementando o rol de ferramentas, nos valemos da observa??o participante do cotidiano do assentamento e entrevistas semiestruturadas com as mulheres que apresentaram hip?tese positiva de TMC buscando apreender os atravessamentos que constroem a experi?ncia subjetiva de ser mulher nesse contexto. Os resultados apontam a alta preval?ncia de TMC (43,6%) e sugerem a articula??o entre pobreza, falta de redes de apoio social e comunit?ria, rela??es desiguais de g?nero e a ocorr?ncia de TMC. Constatamos ainda que as assentadas n?o acessam a rede de sa?de para tratar de quest?es relativas ? sa?de mental e que o ?nico recurso de cuidado ofertado pela aten??o prim?ria ? prescri??o de medica??o ansiol?tica, destacando-se a religiosidade e o trabalho como os mais importantes fatores de suporte ? sa?de mental entre as mulheres no contexto do assentamento rural
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Saúde mental materna e estado nutricional de crianças aos seis meses de vida / Maternal mental health and child nutricional status at six months of life

Bruna Kulik Hassan 27 April 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Apesar do declínio dos déficits nutricionais em menores de cinco anos nas últimas décadas, a desnutrição infantil ainda se configura como problema de saúde pública, apresentando altas prevalências em algumas regiões do Brasil e em outros países em desenvolvimento, além de inúmeras repercussões negativas na morbi-mortalidade. A saúde mental materna (SMM) tem sido cada vez mais considerada como um aspecto relevante para a saúde infantil. Apesar disso, pouco enfoque tem sido dado às suas repercussões sobre o estado nutricional infantil. Investigar a associação entre SMM e estado nutricional infantil no sexto mês de vida. Conduziu-se um estudo seccional inserido em uma coorte prospectiva com 235 crianças aos seis meses advindas de unidades básicas de saúde do município do Rio de Janeiro. Para formar os desfechos, médias de peso-para-comprimento e peso-para-idade foram expressas em escores z usando a nova curva de referência da OMS (2006) para menores de cinco anos. Aplicou-se a versão em português do General Health Questionnaire com 12 itens (GHQ-12) e 4 opções de resposta para aferição da SMM. Utilizou-se sistemas de pontuação de forma a gerar duas variáveis discretas: GHQ-bimodal (zero a 12 pontos) e GHQ-Likert (zero a 36 pontos). Tomando como referência a variável GHQ-bimodal, foram empregados os pontos de corte >3 para detecção de transtornos mentais comuns (TMC), >5 para transtornos mentais mais graves e >9 para sintomas depressivos. A análise da associação entre SMM e desfechos nutricionais se baseou em modelos de regressão linear. A amostra revelou escores z médios de 0,23 para peso-para-comprimento e de 0,05 para peso-para-idade. As prevalências de TMC, transtornos mentais mais graves e sintomas depressivos foram de 39,9%, 23,7% e 8,3%, respectivamente. Após ajuste pelo peso ao nascer, maiores pontuações no GHQ-bimodal e GHQ-Likert estiveram associadas a menores médias de peso-para-comprimento. Para este desfecho, os filhos de mulheres com transtornos mentais mais graves tinham, em média, 0,37 escores-z mais baixos em relação aos filhos de mulheres sem estes agravos (p = 0,026). Observou-se, também, uma média de 0,67 escores-z mais baixos em filhos de mulheres com sintomas depressivos em relação aos filhos de mulheres não deprimidas (p = 0,010). Apenas sintomas depressivos na mãe estiveram associados significativamente com valores médios mais baixos de escore-z de peso-para-idade (p = 0,041). Não se observou associação significante entre TMC e os desfechos avaliados. A SMM esteve relacionada à inadequação do estado nutricional de crianças aos seis meses. O reconhecimento precoce e tratamento destes agravos durante o puerpério poderiam ser estratégias adjuvantes para melhorar a situação nutricional infantil e, por fim, reduzir a morbi-mortalidade associada aos déficits nutricionais. / Despite the decline of nutritional deficits in children under five years in the last decades, infant malnutrition remains a public health problem, with high prevalence in some regions of Brazil and other developing countries and numerous adverse effects on morbidity and mortality. Maternal mental health (MMH) is being increasingly considered a relevant aspect in the context of child health. Nevertheless, little focus has been given to the MMH impact on nutritional status. To investigate the association between maternal mental health and child nutritional status at six months of life. A cross-sectional study inserted in a prospective cohort was conducted with 235 children at six months of age recruited in primary health care centers in Rio de Janeiro, Brazil. To form the outcomes, means of weight-for-length and weight-for-age were expressed in z scores using the new WHO growth standards (2006) for children under five years of age. The Portuguese version of the General Health Questionnaire with 12 items and four answer options (GHQ-12) was applied to measure MMH. Two scoring systems were used to create discrete variables: GHQ-bimodal score (zero to 12 points) and GHQ-Likert score (zero to 36 points). Using the GHQ-bimodal score a cut-off point of >3 was used for the detection of common mental disorders (CMD), a cut-off of >5 for more severe mental disorders, and a cut-off of >9 for depressive symptoms. Analysis of association between MMH and nutritional outcomes was based on linear regression models. The sample showed average z scores of 0.23 for weight-for-length and 0.05 for weight-for-age. The prevalence of CMD, more severe mental disorders and depression was 39.9%, 23.7% and 8.3%, respectively. After adjusting for birth weight, higher scores of GHQ-bimodal and GHQ-Likert were associated with lower mean z scores of weight-for-length. For this outcome, children of women with more severe mental disorders had, on average, 0.37 z-scores lower when compared to children of women without these disorders (p = 0.026). Also, children of women with depressive symptoms had, on average, 0.67 z-scores lower than those from non-depressive mothers (p = 0.010). Only maternal depressive symptoms showed significantly association with lower weight-for-age (p = 0,041). There was no statistically significant association between TMC and both nutritional outcomes. MMH was related to inadequate nutritional status of children at six months of age. Early recognition and treatment of mental health problems in the postpartum period might be an adjuvant strategy to improve child nutritional status and ultimately reduce the morbidity and mortality associated with nutritional deficits.
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Saúde mental materna e estado nutricional de crianças aos seis meses de vida / Maternal mental health and child nutricional status at six months of life

Bruna Kulik Hassan 27 April 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Apesar do declínio dos déficits nutricionais em menores de cinco anos nas últimas décadas, a desnutrição infantil ainda se configura como problema de saúde pública, apresentando altas prevalências em algumas regiões do Brasil e em outros países em desenvolvimento, além de inúmeras repercussões negativas na morbi-mortalidade. A saúde mental materna (SMM) tem sido cada vez mais considerada como um aspecto relevante para a saúde infantil. Apesar disso, pouco enfoque tem sido dado às suas repercussões sobre o estado nutricional infantil. Investigar a associação entre SMM e estado nutricional infantil no sexto mês de vida. Conduziu-se um estudo seccional inserido em uma coorte prospectiva com 235 crianças aos seis meses advindas de unidades básicas de saúde do município do Rio de Janeiro. Para formar os desfechos, médias de peso-para-comprimento e peso-para-idade foram expressas em escores z usando a nova curva de referência da OMS (2006) para menores de cinco anos. Aplicou-se a versão em português do General Health Questionnaire com 12 itens (GHQ-12) e 4 opções de resposta para aferição da SMM. Utilizou-se sistemas de pontuação de forma a gerar duas variáveis discretas: GHQ-bimodal (zero a 12 pontos) e GHQ-Likert (zero a 36 pontos). Tomando como referência a variável GHQ-bimodal, foram empregados os pontos de corte >3 para detecção de transtornos mentais comuns (TMC), >5 para transtornos mentais mais graves e >9 para sintomas depressivos. A análise da associação entre SMM e desfechos nutricionais se baseou em modelos de regressão linear. A amostra revelou escores z médios de 0,23 para peso-para-comprimento e de 0,05 para peso-para-idade. As prevalências de TMC, transtornos mentais mais graves e sintomas depressivos foram de 39,9%, 23,7% e 8,3%, respectivamente. Após ajuste pelo peso ao nascer, maiores pontuações no GHQ-bimodal e GHQ-Likert estiveram associadas a menores médias de peso-para-comprimento. Para este desfecho, os filhos de mulheres com transtornos mentais mais graves tinham, em média, 0,37 escores-z mais baixos em relação aos filhos de mulheres sem estes agravos (p = 0,026). Observou-se, também, uma média de 0,67 escores-z mais baixos em filhos de mulheres com sintomas depressivos em relação aos filhos de mulheres não deprimidas (p = 0,010). Apenas sintomas depressivos na mãe estiveram associados significativamente com valores médios mais baixos de escore-z de peso-para-idade (p = 0,041). Não se observou associação significante entre TMC e os desfechos avaliados. A SMM esteve relacionada à inadequação do estado nutricional de crianças aos seis meses. O reconhecimento precoce e tratamento destes agravos durante o puerpério poderiam ser estratégias adjuvantes para melhorar a situação nutricional infantil e, por fim, reduzir a morbi-mortalidade associada aos déficits nutricionais. / Despite the decline of nutritional deficits in children under five years in the last decades, infant malnutrition remains a public health problem, with high prevalence in some regions of Brazil and other developing countries and numerous adverse effects on morbidity and mortality. Maternal mental health (MMH) is being increasingly considered a relevant aspect in the context of child health. Nevertheless, little focus has been given to the MMH impact on nutritional status. To investigate the association between maternal mental health and child nutritional status at six months of life. A cross-sectional study inserted in a prospective cohort was conducted with 235 children at six months of age recruited in primary health care centers in Rio de Janeiro, Brazil. To form the outcomes, means of weight-for-length and weight-for-age were expressed in z scores using the new WHO growth standards (2006) for children under five years of age. The Portuguese version of the General Health Questionnaire with 12 items and four answer options (GHQ-12) was applied to measure MMH. Two scoring systems were used to create discrete variables: GHQ-bimodal score (zero to 12 points) and GHQ-Likert score (zero to 36 points). Using the GHQ-bimodal score a cut-off point of >3 was used for the detection of common mental disorders (CMD), a cut-off of >5 for more severe mental disorders, and a cut-off of >9 for depressive symptoms. Analysis of association between MMH and nutritional outcomes was based on linear regression models. The sample showed average z scores of 0.23 for weight-for-length and 0.05 for weight-for-age. The prevalence of CMD, more severe mental disorders and depression was 39.9%, 23.7% and 8.3%, respectively. After adjusting for birth weight, higher scores of GHQ-bimodal and GHQ-Likert were associated with lower mean z scores of weight-for-length. For this outcome, children of women with more severe mental disorders had, on average, 0.37 z-scores lower when compared to children of women without these disorders (p = 0.026). Also, children of women with depressive symptoms had, on average, 0.67 z-scores lower than those from non-depressive mothers (p = 0.010). Only maternal depressive symptoms showed significantly association with lower weight-for-age (p = 0,041). There was no statistically significant association between TMC and both nutritional outcomes. MMH was related to inadequate nutritional status of children at six months of age. Early recognition and treatment of mental health problems in the postpartum period might be an adjuvant strategy to improve child nutritional status and ultimately reduce the morbidity and mortality associated with nutritional deficits.

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