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Efetividade e segurança dos inibidores da protease de primeira geração indicados ao tratamento de pacientes cronicamente infectados pelo genótipo 1 do HCV / Effectiveness and safety of first-generation protease inhibitors indicated for the treatment of patients chronically infected by HCV genotype 1

Rodrigues, João Paulo Vilela January 2017 (has links)
Aprovados para o tratamento da hepatite C crônica (HCC) em 2011, os inibidores da protease (IPs) de primeira geração telaprevir (TVR) e boceprevir (BOC) representaram o início de uma nova era caracterizada pelo desenvolvimento de fármacos de ação direta contra o vírus da hepatite C (HCV). Os principais objetivos do presente trabalho foram descrever a efetividade e as incidências de eventos adversos ao uso de BOC ou TVR em esquema triplos com interferon peguilado (Peg-INF) e ribavirina (RBV), verificar a associação de fatores do hospedeiro e de fatores virais com a resposta virológica sustentada (RVS) e com a cirrose hepática (CH), além de realizar uma análise de custo-efetividade envolvendo a incorporação de TVR e BOC ao Sistema Único de Saúde (SUS). Foi realizado um estudo descritivo que incluiu pacientes cronicamente infectados pelo genótipo 1 do HCV cujo tratamento para HCC foi iniciado entre julho de 2013 e dezembro de 2015. Realizou-se ainda uma análise de custo-efetividade comparando as terapias triplas com a terapia dupla com RBV e Peg- INF alfa-2a. Foram incluídos 115 indivíduos, dos quais 58 (50,4%) tinham CH e 103 (89,6%) utilizaram TVR. A taxa de RVS global foi de 61,7% (62,1%, considerando TVR e 58,3%, considerando BOC). As análises bivariadas indicaram que ausência de CH, recidiva a tratamento prévio em relação a outros tipos de resposta, ausência de varizes de esôfago, presença dos alelos CC localizados no sítio rs12979860 do gene que codifica a interleucina-28 e razão entre o valor de aspartato aminotransferase (AST) pré-tratamento e o limite superior da normalidade menor que 3,0 são fatores associados com a RVS. A regressão logística evidenciou que o nível de AST e o tipo de resposta ao tratamento prévio seriam as variáveis mais fortemente associadas. Evidenciou-se ainda que valores maiores de transaminases estão associados ao diagnóstico de CH, sendo a alanina aminotransferase mais fortemente associada. Com relação às reações adversas a medicamentos, foi evidenciado que a inclusão de um dos IPs à terapia para HCC aumenta a incidência destas, com destaque para os eventos hematológicos que foram observados em quase 100,0% dos pacientes. Sobre a análise farmacoeconômica, os cálculos das razões de custo-efetividade, das razões de custoefetividade incremental e as análises de sensibilidade foram favoráveis à terapia dupla. As taxas de RVS foram superiores àquelas descritas nos estudos com terapia dupla e inferiores às taxas de efetividade encontradas nos principais estudos précomercialização com TVR ou BOC. Fatores relacionados à condição clínica do paciente infectado e ao seu sistema imune estão associados com a RVS aos IPs de primeira geração. As terapias triplas mostraram um perfil de segurança desfavorável em relação ao esquema com RBV e Peg-INF. O estudo sugeriu ainda que a incorporação de TVR ou BOC ao SUS não foi uma conduta custo-efetiva. / Approved for the treatment of chronic hepatitis C (CHC) in 2011, the protease inhibitors (PIs) telaprevir (TVR) and boceprevir (BOC) were the beginning of a new era characterized by the development of direct action drugs against the hepatitis C virus (HCV). The main aims of the present study were to describe effectiveness and the incidence of adverse events to the use of BOC or TVR with pegylated interferon (Peg-INF) and ribavirin (RBV) in triple therapy, to verify the association of host factors and viral factors with sustained virological response (SVR) and with cirrhosis and to perform a cost-effectiveness analysis involving the incorporation of TVR and BOC to Brazilian Public Health System (BPHS). A descriptive study was carried out which included patients chronically infected with HCV genotype 1 whose treatment for CHC was started between July 2013 and December 2015. A cost-effectiveness analysis comparing triple therapies to a therapy with RBV and Peg-INF alpha-2a was also performed. A total of 115 subjects were included, of which 58 (50,4 %) had cirrhosis and 103 (89,6 %) used TVR. The overall SVR rate was 61,7 % (62,1 %, considering TVR and 58,3 %, considering BOC). Bivariate analyzes indicated that absence of cirrhosis, relapse of previous treatment in relation to other types of response, absence of esophageal varices, presence of the CC alleles located at the site rs12979860 of the gene coding the interleukin-28 and ratio between the pre-treatment aspartate aminotransferase (AST) value and the upper limit of normality less than 3.0 are factors associated to SVR. The logistic regression showed that the level of AST and type of response to previous treatment would be as variables more strongly associated. It was also evidenced that higher values of transaminases are associated to the diagnosis of cirrhosis, being the alanine aminotransferase more strongly associated. In relation to the adverse drug reactions, it was evidenced that the inclusion of one of the PIs to the therapy for CHC increases the incidence of these, highlighting the hematological disorders that were observed in almost 100,0% of the patients. About the pharmacoeconomic analysis performed, the calculations of the cost-effectiveness ratios, incremental cost-effectiveness ratios and the sensitivity analyzes were favorable to the dual therapy. The SVR rates were higher than those described in most studies with dual therapy and lower than the rates of effectiveness found in the main premarketing studies with TVR or BOC. Factors related to the infected patients clinical condition and to their immune system are associated with SVR to the firstgeneration PIs. The triple therapies showed an unfavorable safety profile in relation to dual regimen with RBV and Peg-INF. The study also suggested that incorporation of TVR or BOC to BPHS was not a cost-effective conduct.
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Efetividade e segurança dos inibidores da protease de primeira geração indicados ao tratamento de pacientes cronicamente infectados pelo genótipo 1 do HCV / Effectiveness and safety of first-generation protease inhibitors indicated for the treatment of patients chronically infected by HCV genotype 1

Rodrigues, João Paulo Vilela January 2017 (has links)
Aprovados para o tratamento da hepatite C crônica (HCC) em 2011, os inibidores da protease (IPs) de primeira geração telaprevir (TVR) e boceprevir (BOC) representaram o início de uma nova era caracterizada pelo desenvolvimento de fármacos de ação direta contra o vírus da hepatite C (HCV). Os principais objetivos do presente trabalho foram descrever a efetividade e as incidências de eventos adversos ao uso de BOC ou TVR em esquema triplos com interferon peguilado (Peg-INF) e ribavirina (RBV), verificar a associação de fatores do hospedeiro e de fatores virais com a resposta virológica sustentada (RVS) e com a cirrose hepática (CH), além de realizar uma análise de custo-efetividade envolvendo a incorporação de TVR e BOC ao Sistema Único de Saúde (SUS). Foi realizado um estudo descritivo que incluiu pacientes cronicamente infectados pelo genótipo 1 do HCV cujo tratamento para HCC foi iniciado entre julho de 2013 e dezembro de 2015. Realizou-se ainda uma análise de custo-efetividade comparando as terapias triplas com a terapia dupla com RBV e Peg- INF alfa-2a. Foram incluídos 115 indivíduos, dos quais 58 (50,4%) tinham CH e 103 (89,6%) utilizaram TVR. A taxa de RVS global foi de 61,7% (62,1%, considerando TVR e 58,3%, considerando BOC). As análises bivariadas indicaram que ausência de CH, recidiva a tratamento prévio em relação a outros tipos de resposta, ausência de varizes de esôfago, presença dos alelos CC localizados no sítio rs12979860 do gene que codifica a interleucina-28 e razão entre o valor de aspartato aminotransferase (AST) pré-tratamento e o limite superior da normalidade menor que 3,0 são fatores associados com a RVS. A regressão logística evidenciou que o nível de AST e o tipo de resposta ao tratamento prévio seriam as variáveis mais fortemente associadas. Evidenciou-se ainda que valores maiores de transaminases estão associados ao diagnóstico de CH, sendo a alanina aminotransferase mais fortemente associada. Com relação às reações adversas a medicamentos, foi evidenciado que a inclusão de um dos IPs à terapia para HCC aumenta a incidência destas, com destaque para os eventos hematológicos que foram observados em quase 100,0% dos pacientes. Sobre a análise farmacoeconômica, os cálculos das razões de custo-efetividade, das razões de custoefetividade incremental e as análises de sensibilidade foram favoráveis à terapia dupla. As taxas de RVS foram superiores àquelas descritas nos estudos com terapia dupla e inferiores às taxas de efetividade encontradas nos principais estudos précomercialização com TVR ou BOC. Fatores relacionados à condição clínica do paciente infectado e ao seu sistema imune estão associados com a RVS aos IPs de primeira geração. As terapias triplas mostraram um perfil de segurança desfavorável em relação ao esquema com RBV e Peg-INF. O estudo sugeriu ainda que a incorporação de TVR ou BOC ao SUS não foi uma conduta custo-efetiva. / Approved for the treatment of chronic hepatitis C (CHC) in 2011, the protease inhibitors (PIs) telaprevir (TVR) and boceprevir (BOC) were the beginning of a new era characterized by the development of direct action drugs against the hepatitis C virus (HCV). The main aims of the present study were to describe effectiveness and the incidence of adverse events to the use of BOC or TVR with pegylated interferon (Peg-INF) and ribavirin (RBV) in triple therapy, to verify the association of host factors and viral factors with sustained virological response (SVR) and with cirrhosis and to perform a cost-effectiveness analysis involving the incorporation of TVR and BOC to Brazilian Public Health System (BPHS). A descriptive study was carried out which included patients chronically infected with HCV genotype 1 whose treatment for CHC was started between July 2013 and December 2015. A cost-effectiveness analysis comparing triple therapies to a therapy with RBV and Peg-INF alpha-2a was also performed. A total of 115 subjects were included, of which 58 (50,4 %) had cirrhosis and 103 (89,6 %) used TVR. The overall SVR rate was 61,7 % (62,1 %, considering TVR and 58,3 %, considering BOC). Bivariate analyzes indicated that absence of cirrhosis, relapse of previous treatment in relation to other types of response, absence of esophageal varices, presence of the CC alleles located at the site rs12979860 of the gene coding the interleukin-28 and ratio between the pre-treatment aspartate aminotransferase (AST) value and the upper limit of normality less than 3.0 are factors associated to SVR. The logistic regression showed that the level of AST and type of response to previous treatment would be as variables more strongly associated. It was also evidenced that higher values of transaminases are associated to the diagnosis of cirrhosis, being the alanine aminotransferase more strongly associated. In relation to the adverse drug reactions, it was evidenced that the inclusion of one of the PIs to the therapy for CHC increases the incidence of these, highlighting the hematological disorders that were observed in almost 100,0% of the patients. About the pharmacoeconomic analysis performed, the calculations of the cost-effectiveness ratios, incremental cost-effectiveness ratios and the sensitivity analyzes were favorable to the dual therapy. The SVR rates were higher than those described in most studies with dual therapy and lower than the rates of effectiveness found in the main premarketing studies with TVR or BOC. Factors related to the infected patients clinical condition and to their immune system are associated with SVR to the firstgeneration PIs. The triple therapies showed an unfavorable safety profile in relation to dual regimen with RBV and Peg-INF. The study also suggested that incorporation of TVR or BOC to BPHS was not a cost-effective conduct.
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Uso de tacrolimo no desenvolvimento de diabete melito pós-transplante renal

Gnatta, Diego January 2009 (has links)
Introdução: Diabete Melito Pós-Transplante (DMPT) é considerado uma séria complicação do transplante de rim, podendo diminuir a sobrevida do enxerto e do paciente. O imunossupressor tacrolimo (TAC) pode aumentar o risco de desenvolvimento de DMPT. Objetivos: Estimar o risco de DMPT em pacientes tratados com TAC no Serviço de Transplante Renal da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, identificar os demais fatores de risco para o DMPT e suas conseqüências. Métodos: Foram analisados 413 pacientes sem diabetes prévia ao transplante, com 18 anos ou mais, tratados com TAC, ciclosporina (CsA) ou sirolimo (SIR), em uso de corticoterapia e com período de seguimento póstransplante maior de 6 meses. O estudo seguiu o modelo observacional–coorte retrospectivo. Os critérios da Associação Americana de Diabete foram utilizados para o diagnóstico de DMPT. Os dados foram coletados de prontuários. Resultados: Dos 413 pacientes analisados, 171(41,4%) receberam como imunossupressão inicial TAC, 221(53,5%) CsA e 21(5,1%) SIR. DMPT ocorreu em 20,6% dos pacientes da coorte (85 de 413). A mediana do tempo para o desenvolvimento de DMPT foi de 54 dias. A incidência cumulativa de DMPT foi de 24,6% e 17,2% para os grupos de tratamento TAC e CsA, respectivamente. Na análise por intenção de tratamento, o risco para o desenvolvimento de DMPT, ao comparar os grupos TAC vs. CsA foi de HR=1,563, (IC:95%=1,008–2,425), P=0,006. Pelo método de Kaplan-Meier, 78,9% dos pacientes em uso de TAC estavam livres de DMPT no mês 6 vs. 87,8% dos pacientes em uso de CsA (P= 0,044). Os demais fatores de risco independentes identificados foram: índice de massa corporal (IMC) pré-transplante (P<0,0001), idade do receptor (P<0,0001) e episódio de rejeição aguda (RA) (P=0,013). Não houve diferença estatística significativa para anti-HCV reagente do receptor. Em 3 anos, a sobrevida do enxerto, ao comparar os pacientes com diagnóstico de DMPT vs. ausência de DMPT foi de 85,5% e 93,3%, respectivamente (P=0,021) e a sobrevida do paciente foi de 88,9% e 96,7%, respectivamente (P=0,017). Conclusão: A incidência de DMPT está associada com o tipo de imunossupressão utilizada, idade do receptor, IMC pré-transplante e episódio de RA. DMPT é um importante fator de risco para perda do enxerto e mortalidade. Medidas para minimizar o risco dessa complicação devem ser tomadas, como a individualização da terapia imunossupressora. / Introduction: Post-transplant diabetes mellitus (PTDM) is considered a serious complication of kidney transplantation and may reduce the patient and graft survival. The immunosuppressive Tacrolimus (TAC) may increase the risk of developing PTDM. Purpose: To estimate the risk of PTDM in renal transplant recipients treated with TAC in our center, identify all risk factors for PTDM and its consequences. Methodology: We analyzed 413 patients without diabetes prior to transplantation, with age ≥ 18 years, who were treated with tacrolimus (TAC), cyclosporine (CyA) or sirolimus (SIR), under steroids therapy and with a follow-up post-transplant period more than 6 months. We performed a retrospective review – cohort study. PTDM was diagnosed according to American Diabetes Association guidelines. Data were collected from medical records. Results: We examined 413 renal allograft recipients, these, 171 (41.4%) received initial immunosuppresion with TAC, 221 (53.5%) CyA and 21 (5.1%) SIR. PTDM occurred in 20.6% of patients in the cohort (85 of 413). The median time to the development of PTDM was 54 days post transplant. The cumulative incidence of PTDM was 24.6% and 17.2% for groups TAC and CyA treatment, respectively. In the analysis by intention to treat, the proportion of patients receiving TAC who developed PTDM was significantly higher than patients receiving CyA (HR=1,563, (CI:95%=1,008–2,425), P=0,006. The Kaplan-Meier method showed that 78,9% patients taking TAC were free of PTDM at six months compared to 87,8% of patients taking CsA (P= 0.044). The other independent risk factors identified were: body mass index (BMI) (P<0,0001), recipient age (P<0,0001) and acute rejections episodes (AR) (P=0,013). There was no statistically significant difference for patients with hepatitis C. Three years actuarial graft survival was 85,5% in patients with PTDM compared with 93,3% for those without diabetes (P=0,021) and patient survival was 88,9% e 96,7%, respectively (P=0,017). Conclusions: The incidence of PTDM is associated with TAC use, the recipient age, BMI and acute rejections episodes. PTDM is an important risk factor for graft loss and mortality. Measures to minimize the risk of this complication should be taken, such as the individualization of immunosuppresive therapy.
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Uso de tacrolimo no desenvolvimento de diabete melito pós-transplante renal

Gnatta, Diego January 2009 (has links)
Introdução: Diabete Melito Pós-Transplante (DMPT) é considerado uma séria complicação do transplante de rim, podendo diminuir a sobrevida do enxerto e do paciente. O imunossupressor tacrolimo (TAC) pode aumentar o risco de desenvolvimento de DMPT. Objetivos: Estimar o risco de DMPT em pacientes tratados com TAC no Serviço de Transplante Renal da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, identificar os demais fatores de risco para o DMPT e suas conseqüências. Métodos: Foram analisados 413 pacientes sem diabetes prévia ao transplante, com 18 anos ou mais, tratados com TAC, ciclosporina (CsA) ou sirolimo (SIR), em uso de corticoterapia e com período de seguimento póstransplante maior de 6 meses. O estudo seguiu o modelo observacional–coorte retrospectivo. Os critérios da Associação Americana de Diabete foram utilizados para o diagnóstico de DMPT. Os dados foram coletados de prontuários. Resultados: Dos 413 pacientes analisados, 171(41,4%) receberam como imunossupressão inicial TAC, 221(53,5%) CsA e 21(5,1%) SIR. DMPT ocorreu em 20,6% dos pacientes da coorte (85 de 413). A mediana do tempo para o desenvolvimento de DMPT foi de 54 dias. A incidência cumulativa de DMPT foi de 24,6% e 17,2% para os grupos de tratamento TAC e CsA, respectivamente. Na análise por intenção de tratamento, o risco para o desenvolvimento de DMPT, ao comparar os grupos TAC vs. CsA foi de HR=1,563, (IC:95%=1,008–2,425), P=0,006. Pelo método de Kaplan-Meier, 78,9% dos pacientes em uso de TAC estavam livres de DMPT no mês 6 vs. 87,8% dos pacientes em uso de CsA (P= 0,044). Os demais fatores de risco independentes identificados foram: índice de massa corporal (IMC) pré-transplante (P<0,0001), idade do receptor (P<0,0001) e episódio de rejeição aguda (RA) (P=0,013). Não houve diferença estatística significativa para anti-HCV reagente do receptor. Em 3 anos, a sobrevida do enxerto, ao comparar os pacientes com diagnóstico de DMPT vs. ausência de DMPT foi de 85,5% e 93,3%, respectivamente (P=0,021) e a sobrevida do paciente foi de 88,9% e 96,7%, respectivamente (P=0,017). Conclusão: A incidência de DMPT está associada com o tipo de imunossupressão utilizada, idade do receptor, IMC pré-transplante e episódio de RA. DMPT é um importante fator de risco para perda do enxerto e mortalidade. Medidas para minimizar o risco dessa complicação devem ser tomadas, como a individualização da terapia imunossupressora. / Introduction: Post-transplant diabetes mellitus (PTDM) is considered a serious complication of kidney transplantation and may reduce the patient and graft survival. The immunosuppressive Tacrolimus (TAC) may increase the risk of developing PTDM. Purpose: To estimate the risk of PTDM in renal transplant recipients treated with TAC in our center, identify all risk factors for PTDM and its consequences. Methodology: We analyzed 413 patients without diabetes prior to transplantation, with age ≥ 18 years, who were treated with tacrolimus (TAC), cyclosporine (CyA) or sirolimus (SIR), under steroids therapy and with a follow-up post-transplant period more than 6 months. We performed a retrospective review – cohort study. PTDM was diagnosed according to American Diabetes Association guidelines. Data were collected from medical records. Results: We examined 413 renal allograft recipients, these, 171 (41.4%) received initial immunosuppresion with TAC, 221 (53.5%) CyA and 21 (5.1%) SIR. PTDM occurred in 20.6% of patients in the cohort (85 of 413). The median time to the development of PTDM was 54 days post transplant. The cumulative incidence of PTDM was 24.6% and 17.2% for groups TAC and CyA treatment, respectively. In the analysis by intention to treat, the proportion of patients receiving TAC who developed PTDM was significantly higher than patients receiving CyA (HR=1,563, (CI:95%=1,008–2,425), P=0,006. The Kaplan-Meier method showed that 78,9% patients taking TAC were free of PTDM at six months compared to 87,8% of patients taking CsA (P= 0.044). The other independent risk factors identified were: body mass index (BMI) (P<0,0001), recipient age (P<0,0001) and acute rejections episodes (AR) (P=0,013). There was no statistically significant difference for patients with hepatitis C. Three years actuarial graft survival was 85,5% in patients with PTDM compared with 93,3% for those without diabetes (P=0,021) and patient survival was 88,9% e 96,7%, respectively (P=0,017). Conclusions: The incidence of PTDM is associated with TAC use, the recipient age, BMI and acute rejections episodes. PTDM is an important risk factor for graft loss and mortality. Measures to minimize the risk of this complication should be taken, such as the individualization of immunosuppresive therapy.
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Efetividade e segurança dos inibidores da protease de primeira geração indicados ao tratamento de pacientes cronicamente infectados pelo genótipo 1 do HCV / Effectiveness and safety of first-generation protease inhibitors indicated for the treatment of patients chronically infected by HCV genotype 1

Rodrigues, João Paulo Vilela January 2017 (has links)
Aprovados para o tratamento da hepatite C crônica (HCC) em 2011, os inibidores da protease (IPs) de primeira geração telaprevir (TVR) e boceprevir (BOC) representaram o início de uma nova era caracterizada pelo desenvolvimento de fármacos de ação direta contra o vírus da hepatite C (HCV). Os principais objetivos do presente trabalho foram descrever a efetividade e as incidências de eventos adversos ao uso de BOC ou TVR em esquema triplos com interferon peguilado (Peg-INF) e ribavirina (RBV), verificar a associação de fatores do hospedeiro e de fatores virais com a resposta virológica sustentada (RVS) e com a cirrose hepática (CH), além de realizar uma análise de custo-efetividade envolvendo a incorporação de TVR e BOC ao Sistema Único de Saúde (SUS). Foi realizado um estudo descritivo que incluiu pacientes cronicamente infectados pelo genótipo 1 do HCV cujo tratamento para HCC foi iniciado entre julho de 2013 e dezembro de 2015. Realizou-se ainda uma análise de custo-efetividade comparando as terapias triplas com a terapia dupla com RBV e Peg- INF alfa-2a. Foram incluídos 115 indivíduos, dos quais 58 (50,4%) tinham CH e 103 (89,6%) utilizaram TVR. A taxa de RVS global foi de 61,7% (62,1%, considerando TVR e 58,3%, considerando BOC). As análises bivariadas indicaram que ausência de CH, recidiva a tratamento prévio em relação a outros tipos de resposta, ausência de varizes de esôfago, presença dos alelos CC localizados no sítio rs12979860 do gene que codifica a interleucina-28 e razão entre o valor de aspartato aminotransferase (AST) pré-tratamento e o limite superior da normalidade menor que 3,0 são fatores associados com a RVS. A regressão logística evidenciou que o nível de AST e o tipo de resposta ao tratamento prévio seriam as variáveis mais fortemente associadas. Evidenciou-se ainda que valores maiores de transaminases estão associados ao diagnóstico de CH, sendo a alanina aminotransferase mais fortemente associada. Com relação às reações adversas a medicamentos, foi evidenciado que a inclusão de um dos IPs à terapia para HCC aumenta a incidência destas, com destaque para os eventos hematológicos que foram observados em quase 100,0% dos pacientes. Sobre a análise farmacoeconômica, os cálculos das razões de custo-efetividade, das razões de custoefetividade incremental e as análises de sensibilidade foram favoráveis à terapia dupla. As taxas de RVS foram superiores àquelas descritas nos estudos com terapia dupla e inferiores às taxas de efetividade encontradas nos principais estudos précomercialização com TVR ou BOC. Fatores relacionados à condição clínica do paciente infectado e ao seu sistema imune estão associados com a RVS aos IPs de primeira geração. As terapias triplas mostraram um perfil de segurança desfavorável em relação ao esquema com RBV e Peg-INF. O estudo sugeriu ainda que a incorporação de TVR ou BOC ao SUS não foi uma conduta custo-efetiva. / Approved for the treatment of chronic hepatitis C (CHC) in 2011, the protease inhibitors (PIs) telaprevir (TVR) and boceprevir (BOC) were the beginning of a new era characterized by the development of direct action drugs against the hepatitis C virus (HCV). The main aims of the present study were to describe effectiveness and the incidence of adverse events to the use of BOC or TVR with pegylated interferon (Peg-INF) and ribavirin (RBV) in triple therapy, to verify the association of host factors and viral factors with sustained virological response (SVR) and with cirrhosis and to perform a cost-effectiveness analysis involving the incorporation of TVR and BOC to Brazilian Public Health System (BPHS). A descriptive study was carried out which included patients chronically infected with HCV genotype 1 whose treatment for CHC was started between July 2013 and December 2015. A cost-effectiveness analysis comparing triple therapies to a therapy with RBV and Peg-INF alpha-2a was also performed. A total of 115 subjects were included, of which 58 (50,4 %) had cirrhosis and 103 (89,6 %) used TVR. The overall SVR rate was 61,7 % (62,1 %, considering TVR and 58,3 %, considering BOC). Bivariate analyzes indicated that absence of cirrhosis, relapse of previous treatment in relation to other types of response, absence of esophageal varices, presence of the CC alleles located at the site rs12979860 of the gene coding the interleukin-28 and ratio between the pre-treatment aspartate aminotransferase (AST) value and the upper limit of normality less than 3.0 are factors associated to SVR. The logistic regression showed that the level of AST and type of response to previous treatment would be as variables more strongly associated. It was also evidenced that higher values of transaminases are associated to the diagnosis of cirrhosis, being the alanine aminotransferase more strongly associated. In relation to the adverse drug reactions, it was evidenced that the inclusion of one of the PIs to the therapy for CHC increases the incidence of these, highlighting the hematological disorders that were observed in almost 100,0% of the patients. About the pharmacoeconomic analysis performed, the calculations of the cost-effectiveness ratios, incremental cost-effectiveness ratios and the sensitivity analyzes were favorable to the dual therapy. The SVR rates were higher than those described in most studies with dual therapy and lower than the rates of effectiveness found in the main premarketing studies with TVR or BOC. Factors related to the infected patients clinical condition and to their immune system are associated with SVR to the firstgeneration PIs. The triple therapies showed an unfavorable safety profile in relation to dual regimen with RBV and Peg-INF. The study also suggested that incorporation of TVR or BOC to BPHS was not a cost-effective conduct.
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Uso de tacrolimo no desenvolvimento de diabete melito pós-transplante renal

Gnatta, Diego January 2009 (has links)
Introdução: Diabete Melito Pós-Transplante (DMPT) é considerado uma séria complicação do transplante de rim, podendo diminuir a sobrevida do enxerto e do paciente. O imunossupressor tacrolimo (TAC) pode aumentar o risco de desenvolvimento de DMPT. Objetivos: Estimar o risco de DMPT em pacientes tratados com TAC no Serviço de Transplante Renal da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, identificar os demais fatores de risco para o DMPT e suas conseqüências. Métodos: Foram analisados 413 pacientes sem diabetes prévia ao transplante, com 18 anos ou mais, tratados com TAC, ciclosporina (CsA) ou sirolimo (SIR), em uso de corticoterapia e com período de seguimento póstransplante maior de 6 meses. O estudo seguiu o modelo observacional–coorte retrospectivo. Os critérios da Associação Americana de Diabete foram utilizados para o diagnóstico de DMPT. Os dados foram coletados de prontuários. Resultados: Dos 413 pacientes analisados, 171(41,4%) receberam como imunossupressão inicial TAC, 221(53,5%) CsA e 21(5,1%) SIR. DMPT ocorreu em 20,6% dos pacientes da coorte (85 de 413). A mediana do tempo para o desenvolvimento de DMPT foi de 54 dias. A incidência cumulativa de DMPT foi de 24,6% e 17,2% para os grupos de tratamento TAC e CsA, respectivamente. Na análise por intenção de tratamento, o risco para o desenvolvimento de DMPT, ao comparar os grupos TAC vs. CsA foi de HR=1,563, (IC:95%=1,008–2,425), P=0,006. Pelo método de Kaplan-Meier, 78,9% dos pacientes em uso de TAC estavam livres de DMPT no mês 6 vs. 87,8% dos pacientes em uso de CsA (P= 0,044). Os demais fatores de risco independentes identificados foram: índice de massa corporal (IMC) pré-transplante (P<0,0001), idade do receptor (P<0,0001) e episódio de rejeição aguda (RA) (P=0,013). Não houve diferença estatística significativa para anti-HCV reagente do receptor. Em 3 anos, a sobrevida do enxerto, ao comparar os pacientes com diagnóstico de DMPT vs. ausência de DMPT foi de 85,5% e 93,3%, respectivamente (P=0,021) e a sobrevida do paciente foi de 88,9% e 96,7%, respectivamente (P=0,017). Conclusão: A incidência de DMPT está associada com o tipo de imunossupressão utilizada, idade do receptor, IMC pré-transplante e episódio de RA. DMPT é um importante fator de risco para perda do enxerto e mortalidade. Medidas para minimizar o risco dessa complicação devem ser tomadas, como a individualização da terapia imunossupressora. / Introduction: Post-transplant diabetes mellitus (PTDM) is considered a serious complication of kidney transplantation and may reduce the patient and graft survival. The immunosuppressive Tacrolimus (TAC) may increase the risk of developing PTDM. Purpose: To estimate the risk of PTDM in renal transplant recipients treated with TAC in our center, identify all risk factors for PTDM and its consequences. Methodology: We analyzed 413 patients without diabetes prior to transplantation, with age ≥ 18 years, who were treated with tacrolimus (TAC), cyclosporine (CyA) or sirolimus (SIR), under steroids therapy and with a follow-up post-transplant period more than 6 months. We performed a retrospective review – cohort study. PTDM was diagnosed according to American Diabetes Association guidelines. Data were collected from medical records. Results: We examined 413 renal allograft recipients, these, 171 (41.4%) received initial immunosuppresion with TAC, 221 (53.5%) CyA and 21 (5.1%) SIR. PTDM occurred in 20.6% of patients in the cohort (85 of 413). The median time to the development of PTDM was 54 days post transplant. The cumulative incidence of PTDM was 24.6% and 17.2% for groups TAC and CyA treatment, respectively. In the analysis by intention to treat, the proportion of patients receiving TAC who developed PTDM was significantly higher than patients receiving CyA (HR=1,563, (CI:95%=1,008–2,425), P=0,006. The Kaplan-Meier method showed that 78,9% patients taking TAC were free of PTDM at six months compared to 87,8% of patients taking CsA (P= 0.044). The other independent risk factors identified were: body mass index (BMI) (P<0,0001), recipient age (P<0,0001) and acute rejections episodes (AR) (P=0,013). There was no statistically significant difference for patients with hepatitis C. Three years actuarial graft survival was 85,5% in patients with PTDM compared with 93,3% for those without diabetes (P=0,021) and patient survival was 88,9% e 96,7%, respectively (P=0,017). Conclusions: The incidence of PTDM is associated with TAC use, the recipient age, BMI and acute rejections episodes. PTDM is an important risk factor for graft loss and mortality. Measures to minimize the risk of this complication should be taken, such as the individualization of immunosuppresive therapy.
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Prevalência de infecção pelo vírus da hepatite C (VHC)em gestantes e transmissão materno-infantil

Passini, Sione Souza Santos January 2012 (has links)
Submitted by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2013-10-15T16:15:07Z No. of bitstreams: 1 Sione Passini Prevalência de infecção... 2013.pdf: 2410664 bytes, checksum: 9fd8b1765a81738455f4e2fc95fd769a (MD5) / Made available in DSpace on 2013-10-15T16:15:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sione Passini Prevalência de infecção... 2013.pdf: 2410664 bytes, checksum: 9fd8b1765a81738455f4e2fc95fd769a (MD5) Previous issue date: 2012 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil / A transmissão materno-infantil (TMI) do vírus da hepatite C (VHC) ocorre em 4%-13% das gestações quando a mãe é infectada, e poucos estudos de prevalência foram realizados em gestantes no Brasil. O objetivo desta pesquisa foi determinar a prevalência de infecção e fatores associados à presença de infecção pelo VHC em gestantes, e determinar a taxa de TMI do VHC. O estudo foi realizado em Salvador, no período entre Maio de 2009 e Abril de 2011, na Maternidade Referência Professor José Maria Magalhães Netto. Todas as voluntárias que assinaram ao TCLE, tiveram seus prontuários revisados e tiveram amostra de soro coletada para a realização do teste rápido anti-VHC (Bioeasy), ELISA 3ª geração (Artech), e detecção do VHC-RNA Qualitativo e Quantitativo (AMPLICOR HCV TESTE, ROCHE versão 2.0). Em uma subamostra de gestantes selecionada aleatoriamente, realizouse entrevista para analisar fatores sócio-demográficos e de exposição ao VHC não disponíveis nos prontuários. A análise estatística descritiva e de associação foram realizadas utilizando o programa EPI Info 3.5.3 (CDC, Atlanta, GE, EUA). Foram incluídas no estudo 3.049 gestantes, sendo que 8 (0,26%; IC 95%: 0,12%-0,50%)foram soropositivos para o anti-VHC pelo ELISA e 6 (0,20%; IC 95%: 0,08%-0,41%) confirmaram viremia. Todos os VHC genotipados pertenceram ao genótipo 1, 1a ou 1b. Os principais fatores associados à infecção materna pelo VHC foram uso de drogas, tatuagem, e infecção por HIV (p < 0,05). Das 6 gestantes com HCV positivo, 2 (33,3%; IC 95%: 6,0%-73,8%) transmitiram o HCV para seus filhos. Em um dos casos de TMI, a mãe relatou ter feito uso de drogas injetáveis e inaláveis durante a gestação, possuía tatuagem e era portadora do HIV sob tratamento antiretroviral. O recém-nascido (RN) nasceu com idade gestacional (IG) de 38 semanas através de parto cesariano eletivo. No outro caso, a mãe relatou uso de drogas injetáveis e inaláveis, possuía piercing e tatuagem, mas não foi portadora de HIV. O RN nasceu com IG de 39 semanas, através de parto normal, com tempo de ruptura da bolsa de 15 horas. Concluímos que a prevalência de infecção pelo VHC entre gestantes é baixa quando comparada à da população em geral na mesma localidade, sendo associado a uso de drogas e tatuagem. A taxa de TMI do VHC encontrada foi maior do que o esperado. Assim, estudos mais amplos serão necessários. / The mother-to-child transmission (MTCT) of hepatitis C virus (HCV) occurs in 4%- 13% of pregnancies when the mothers are infected and very few studies were conducted to determine the HCV prevalence in pregnant women in Brazil. The aim of this work was to determine the prevalence and associated factors of HCV infection in pregnant women, and the rate of the MTCT of HCV. It was conducted in Salvador, between March 2009 and April 2011, at the maternity hospital Prof. José Maria Magalhães Netto. All volunteers signed to informed consent, their medical records were reviewed and serum samples were collect for screening anti-HCV antibody by a rapid anti-HCV testing (Bioeasy), ELISA 3rd generation (Artech), and HCV-RNA qualitative and quantitative detection (AMPLICOR HCV TEST, ROCHE version 2.0). In a randomly selected pregnant women subsample, interviews were made to evaluate socio-demographic and exposure factors for HCV, not available in the records. The descriptive and association statistical analysis were performed using Epi Info 3.5.3 (CDC, Atlanta, GE, USA). The study included 3.049 pregnant women, 8 (0.26%; 95% CI: 0.12%-0.50%) were anti-HCV positive by ELISA and 6 (0.20%; 95% CI: 0.08%-0.41%) confirmed viremia. All genotypes HCV belonged to genotype 1, 1a or 1b. Injection and inhaled drug use, tattoo and piercing were the most important associated factors for the mother infection. Out of the 6 HCV infected mothers, 2 (33.3%; 95% CI: 6.0%-73.8%) transmitted HCV to their newborns. In one of the cases of MTCT, the mother reported to injection and inhaled drug user during pregnancy, had tattoo and was HIV carrier held under antiretroviral therapy. The newborn was born at gestational age (GA) 38 weeks by elective cesarean section. In the other case, the mother was also injection and inhaled drug user, had piercing and tattooing. Her newborn was born at GA 39 weeks by normal delivery, and time of rupture of membranes was estimated to be 15 hours. We conclude that the prevalence of HCV infection among pregnant women was lower than the prevalence in the general population in the same locality, been associated to drug use and tattoo. The rate of MTCT of HCV was higher than expected. Thus, larger studies are required.
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Avaliação dos testes e algoritmos empregados na triagem de doadores de sangue para o vírus da hepatite C / Evaluation of anti-HCV and HCV RNA tests and analysis of algorithm for blood donors screening

Barreto, Angela Maria Egydio de Carvalho 08 December 2004 (has links)
O diagnóstico da infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) é obtido através de testes de triagem para anti-HCV pelo ELISA e para confirmar os positivos, por teste suplementar mais específico, o immunoblot (IB). A infecção ativa é determinada pelas técnicas moleculares como por exemplo a PCR. Os testes sorológicos são métodos indiretos, baseados na detecção de anticorpos específicos, estando portanto, sujeito a vários fatores que limitam a sua eficiência diagnóstica, podendo gerar resultados inespecíficos. Um dos objetivos deste trabalho foi o de avaliar a eficiência diagnóstica dos testes para o diagnóstico da infecção pelo HCV, em condições de rotina diagnóstica, em um grande número de amostras de doadores de sangue e analisar o custo benefício de três diferentes algoritmos, recentemente propostos pelo Centro de Controle de Doenças e Prevenção (EUA). Foram estudadas 692 amostras de soros provenientes de doadores de sangue, sendo 522 positivas e 170 inconclusivas pelo ELISA de triagem (ELlSA-T) realizado no momento da doação. Esses doadores retornaram à Fundação PróSangue/ Hemocentro de São Paulo para a coleta da segunda amostra de sangue para confirmação dos resultados obtidos na doação. Em todas as amostras de retorno foram realizadas ELISA (ELISA-R) e a PCR, o IB somente nas positivas ou indeterminadas no ELISA-R. A concordância global de resultados entre ELlSA-T e ELlSA-R foi de 64,5%, sendo 77,6% (405/522) entre os positivos e 24,1 % (41/170) entre os inconclusivos. Em amostras positivas nos dois ELlSAs, o IB foi positivo (aqui denominadas de sorologicamente positivas) em 69,6% (282/405) e PCR em 61,2% (248/405). Entre as 282 amostras sorologicamente positivas, viremia foi detectada em 87,6% (247/282). A ausência de viremia em 12,4% (37/282) dessas amostras pode representar amostras de indivíduos que tiveram a infecção no passado e que eliminaram espontaneamente o HCV. A avaliação de bandas individuais no IB mostrou a alta freqüência das bandas do core (C1C2 e C3C4). Entretanto sua distribuição entre as amostras de doadores virêmicos e não virêmicos foi bastante semelhante. A intensidade da reação, expressa como graduação da coloração das bandas no IB, demonstrou que C1C2 e NS3 fortemente reativas eram as mais associadas à positividade no IB e na PCR e a banda NS4 somente com a PCR. A análise dos resultados do teste de ELISA anti-HCV de doadores de sangue indicou que a relação DO/CO, aqui denominada de índice de reatividade (IR), poderia ser utilizada como preditivo de positividade no teste suplementar. O IR de todas as amostras foram estratificados em 6 grupos sendo o IR &#8805; 6 o que melhor correlacionou-se com a positividade no IB (IR de corte). Os três algoritmos para o diagnóstico da infecção pelo HCV, propostos pelo CDC foram avaliados, sendo dois novos (a e b) e o outro, o algoritmo convencional (c). a) Resultados de ELISA com IR &#8805; 6,0 é considerado positivo sem a necessidade de teste suplementar. Para amostras IR < 6,0, de preferência o IB, seria realizado; b) Teste molecular (NAT) deve ser feito para todas as amostras positivas no teste de triagem, seguido de IB naquelas negativas no NAT; c) IB realizado para todas as amostras positivas na triagem. Esses algoritmos foram aplicados em todas as amostras, com resultados muito semelhantes entre si: 287, 287 e 285 positivos, respectivamente para a, b e c. Um total de 283 amostras foi positivo nos três algoritmos e quatro, com resultados divergentes, foram analisadas separadamente. A análise do custo benefício mostrou que o algoritmo a é o mais econômico e prático podendo ser recomendado para os laboratórios com condições econômicas limitadas; o b é o mais completo para fins de decisão médica, fornecendo informações precoces sobre a presença ou a ausência da viremia; o c é importante para determinar o status imunológico e para a população de baixa prevalência da infecção pelo HCV. O custo estimado dos três algoritmos baseou-se na tabela de 2004 da Associação Médica Brasileira. Esses custos mostraram ser o algoritmo a, 40% mais econômico e o b, 18,2% mais oneroso do que o c. Os algoritmos a e c foram complementados pela realização da PCR, nas amostras indeterminadas provenientes desses algoritmos. Duas amostras resultaram em PCR positivas, as mesmas já consideradas positivas inicialmente pelo algoritmo b. Os três algoritmos estudados, puderam ser validados para o diagnóstico laboratorial da infecção pelo HCV, podendo a escolha depender do interesse clínico ou da prevalência dessa infecção na população. / The diagnosis of hepatitis C (HCV) infection is usually undertaken stepwise by screening with ELISA and confirming the positive results in screening with a more specific assay, the immunoblot (IB). Active infection by hepatitis C virus should be confirmed by molecular techniques such as PCR. Serological tests are indirect methods based on specific antibody detection. Therefore, they may be influenced by many factors which limit their diagnostic efficiency, producing false-positive results. The aim of this work was to evaluate the real diagnostic efficiency of anti-HCV screening tests, in routine condition, in a large serum sampling, and to analyze the cost-benefit of three different algorithms recently proposed by the Center for Diseases Control and Prevention. 692 serum samples were studied. The samples consisted of 522 sera from blood donors, positive in ELISA, with the sample collected by the time of donation (ELlSA-T), and of 170 inconclusive sera. Those donors returned to Fundação PróSangue Hemocentro de São Paulo to have a second sample of blood collected to confirm the former results. ELlSA-R and PCR were carried out in all second samples and all the positive and inconclusive samples were submitted to IB. The global concordance of results between ELlSA-T and ELlSA-R was 64,5%, in that 77,6%(405/522) were obtained among the positives results and 24,1% (41/170) among inconclusive. For samples positive in both ELlSAs, IB was positive (serologically positive) in 69,6% (282/405) and PCR in 61,2% (248/405). Among 282 serologically positive samples, viremia was detected in 87,6% (247/282) and it was absent in 12,4% (37/282) of the sera, which could represent samples from individuals who were infected by HCV in the past and who have spontaneously cleared the virus. Evaluation of each antigenic band of IB showed high frequency of core (C1C2 and C3C4). Their distribution among viremic and non-viremic donors was similar. The reaction intensity, expressed by the color score of the bands, demonstrated that the strongly reactive bands of C1C2 and NS3 were associated with positiveness in IB and PCR and of NS4 only with PCR positive. Analysis of anti-HCV ELISA results from blood donors indicated that the signal-to-cut-off ratio (DO/CO), named as reactive index (IR) in this study, could be used to predict supplemental test positive results for anti-HCV. IR from all samples was classified in 6 groups, being IR &#8805; 6, the index better correlated with positive on IB (cut-off IR). The CDC has recently proposed three algorithms for HCV diagnosis, in which two were new (a and c) and one was a conventional algorithm (c). a) screening-test-positive samples with IR &#8805; 6,0 can be reported as anti-HCV positive without supplemental testing. IR < 6,0 should have refiex supplemental testing performed, preferably IB; b) reflex supplemental testing in all specimens screening-test-positive by performing NAT followed by IB for specimens with NAT negative results; c) reflex supplemental testing (IB) in all specimens screening-test-positive. These algorithms were applied to all samples and resulted in very similar positive results: 287, 287 and 285, respectively for a, b and c. A total of 283 samples were positive in three algorithms. Four samples showed divergent results and were analyzed separately. Cost-benefit - The algorithm a is the most economical and practical and it could be recommended for laboratory with limited conditions and for population with a high prevalence of HCV infection; b is the most complete for medical decision providing early information about the presence or absence of viremia; c is suitable for determining immune status and for HCV infection low prevalence population. The cost of the three algorithms was estimated based on the 2004 Brazilian Medical Association Table. These costs were 40% lower than c for algorithm a, and 18,2% higher for b. The algorithm a and c were complemented by performing PCR to solve indeterminate results. This complementary test detected two samples PCR positive which were already positive by algorithm b. Therefore we could validate those algorithms for HCV infection laboratory diagnosis. Laboratories and blood banks may choose the algorithm depending on the clinical interest or on the prevalence of HCV infection in the population.
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Avaliação dos testes e algoritmos empregados na triagem de doadores de sangue para o vírus da hepatite C / Evaluation of anti-HCV and HCV RNA tests and analysis of algorithm for blood donors screening

Angela Maria Egydio de Carvalho Barreto 08 December 2004 (has links)
O diagnóstico da infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) é obtido através de testes de triagem para anti-HCV pelo ELISA e para confirmar os positivos, por teste suplementar mais específico, o immunoblot (IB). A infecção ativa é determinada pelas técnicas moleculares como por exemplo a PCR. Os testes sorológicos são métodos indiretos, baseados na detecção de anticorpos específicos, estando portanto, sujeito a vários fatores que limitam a sua eficiência diagnóstica, podendo gerar resultados inespecíficos. Um dos objetivos deste trabalho foi o de avaliar a eficiência diagnóstica dos testes para o diagnóstico da infecção pelo HCV, em condições de rotina diagnóstica, em um grande número de amostras de doadores de sangue e analisar o custo benefício de três diferentes algoritmos, recentemente propostos pelo Centro de Controle de Doenças e Prevenção (EUA). Foram estudadas 692 amostras de soros provenientes de doadores de sangue, sendo 522 positivas e 170 inconclusivas pelo ELISA de triagem (ELlSA-T) realizado no momento da doação. Esses doadores retornaram à Fundação PróSangue/ Hemocentro de São Paulo para a coleta da segunda amostra de sangue para confirmação dos resultados obtidos na doação. Em todas as amostras de retorno foram realizadas ELISA (ELISA-R) e a PCR, o IB somente nas positivas ou indeterminadas no ELISA-R. A concordância global de resultados entre ELlSA-T e ELlSA-R foi de 64,5%, sendo 77,6% (405/522) entre os positivos e 24,1 % (41/170) entre os inconclusivos. Em amostras positivas nos dois ELlSAs, o IB foi positivo (aqui denominadas de sorologicamente positivas) em 69,6% (282/405) e PCR em 61,2% (248/405). Entre as 282 amostras sorologicamente positivas, viremia foi detectada em 87,6% (247/282). A ausência de viremia em 12,4% (37/282) dessas amostras pode representar amostras de indivíduos que tiveram a infecção no passado e que eliminaram espontaneamente o HCV. A avaliação de bandas individuais no IB mostrou a alta freqüência das bandas do core (C1C2 e C3C4). Entretanto sua distribuição entre as amostras de doadores virêmicos e não virêmicos foi bastante semelhante. A intensidade da reação, expressa como graduação da coloração das bandas no IB, demonstrou que C1C2 e NS3 fortemente reativas eram as mais associadas à positividade no IB e na PCR e a banda NS4 somente com a PCR. A análise dos resultados do teste de ELISA anti-HCV de doadores de sangue indicou que a relação DO/CO, aqui denominada de índice de reatividade (IR), poderia ser utilizada como preditivo de positividade no teste suplementar. O IR de todas as amostras foram estratificados em 6 grupos sendo o IR &#8805; 6 o que melhor correlacionou-se com a positividade no IB (IR de corte). Os três algoritmos para o diagnóstico da infecção pelo HCV, propostos pelo CDC foram avaliados, sendo dois novos (a e b) e o outro, o algoritmo convencional (c). a) Resultados de ELISA com IR &#8805; 6,0 é considerado positivo sem a necessidade de teste suplementar. Para amostras IR < 6,0, de preferência o IB, seria realizado; b) Teste molecular (NAT) deve ser feito para todas as amostras positivas no teste de triagem, seguido de IB naquelas negativas no NAT; c) IB realizado para todas as amostras positivas na triagem. Esses algoritmos foram aplicados em todas as amostras, com resultados muito semelhantes entre si: 287, 287 e 285 positivos, respectivamente para a, b e c. Um total de 283 amostras foi positivo nos três algoritmos e quatro, com resultados divergentes, foram analisadas separadamente. A análise do custo benefício mostrou que o algoritmo a é o mais econômico e prático podendo ser recomendado para os laboratórios com condições econômicas limitadas; o b é o mais completo para fins de decisão médica, fornecendo informações precoces sobre a presença ou a ausência da viremia; o c é importante para determinar o status imunológico e para a população de baixa prevalência da infecção pelo HCV. O custo estimado dos três algoritmos baseou-se na tabela de 2004 da Associação Médica Brasileira. Esses custos mostraram ser o algoritmo a, 40% mais econômico e o b, 18,2% mais oneroso do que o c. Os algoritmos a e c foram complementados pela realização da PCR, nas amostras indeterminadas provenientes desses algoritmos. Duas amostras resultaram em PCR positivas, as mesmas já consideradas positivas inicialmente pelo algoritmo b. Os três algoritmos estudados, puderam ser validados para o diagnóstico laboratorial da infecção pelo HCV, podendo a escolha depender do interesse clínico ou da prevalência dessa infecção na população. / The diagnosis of hepatitis C (HCV) infection is usually undertaken stepwise by screening with ELISA and confirming the positive results in screening with a more specific assay, the immunoblot (IB). Active infection by hepatitis C virus should be confirmed by molecular techniques such as PCR. Serological tests are indirect methods based on specific antibody detection. Therefore, they may be influenced by many factors which limit their diagnostic efficiency, producing false-positive results. The aim of this work was to evaluate the real diagnostic efficiency of anti-HCV screening tests, in routine condition, in a large serum sampling, and to analyze the cost-benefit of three different algorithms recently proposed by the Center for Diseases Control and Prevention. 692 serum samples were studied. The samples consisted of 522 sera from blood donors, positive in ELISA, with the sample collected by the time of donation (ELlSA-T), and of 170 inconclusive sera. Those donors returned to Fundação PróSangue Hemocentro de São Paulo to have a second sample of blood collected to confirm the former results. ELlSA-R and PCR were carried out in all second samples and all the positive and inconclusive samples were submitted to IB. The global concordance of results between ELlSA-T and ELlSA-R was 64,5%, in that 77,6%(405/522) were obtained among the positives results and 24,1% (41/170) among inconclusive. For samples positive in both ELlSAs, IB was positive (serologically positive) in 69,6% (282/405) and PCR in 61,2% (248/405). Among 282 serologically positive samples, viremia was detected in 87,6% (247/282) and it was absent in 12,4% (37/282) of the sera, which could represent samples from individuals who were infected by HCV in the past and who have spontaneously cleared the virus. Evaluation of each antigenic band of IB showed high frequency of core (C1C2 and C3C4). Their distribution among viremic and non-viremic donors was similar. The reaction intensity, expressed by the color score of the bands, demonstrated that the strongly reactive bands of C1C2 and NS3 were associated with positiveness in IB and PCR and of NS4 only with PCR positive. Analysis of anti-HCV ELISA results from blood donors indicated that the signal-to-cut-off ratio (DO/CO), named as reactive index (IR) in this study, could be used to predict supplemental test positive results for anti-HCV. IR from all samples was classified in 6 groups, being IR &#8805; 6, the index better correlated with positive on IB (cut-off IR). The CDC has recently proposed three algorithms for HCV diagnosis, in which two were new (a and c) and one was a conventional algorithm (c). a) screening-test-positive samples with IR &#8805; 6,0 can be reported as anti-HCV positive without supplemental testing. IR < 6,0 should have refiex supplemental testing performed, preferably IB; b) reflex supplemental testing in all specimens screening-test-positive by performing NAT followed by IB for specimens with NAT negative results; c) reflex supplemental testing (IB) in all specimens screening-test-positive. These algorithms were applied to all samples and resulted in very similar positive results: 287, 287 and 285, respectively for a, b and c. A total of 283 samples were positive in three algorithms. Four samples showed divergent results and were analyzed separately. Cost-benefit - The algorithm a is the most economical and practical and it could be recommended for laboratory with limited conditions and for population with a high prevalence of HCV infection; b is the most complete for medical decision providing early information about the presence or absence of viremia; c is suitable for determining immune status and for HCV infection low prevalence population. The cost of the three algorithms was estimated based on the 2004 Brazilian Medical Association Table. These costs were 40% lower than c for algorithm a, and 18,2% higher for b. The algorithm a and c were complemented by performing PCR to solve indeterminate results. This complementary test detected two samples PCR positive which were already positive by algorithm b. Therefore we could validate those algorithms for HCV infection laboratory diagnosis. Laboratories and blood banks may choose the algorithm depending on the clinical interest or on the prevalence of HCV infection in the population.

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