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A situação de comunicação dos Akwẽ-Xerente surdos / The situation of communication of deaf Akwẽ-XerenteBarretos, Euder Arrais 07 April 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-04-07 / This research aims to investigate the situation of communication in which the Akwẽ-Xerente
Deaf people are situated. In view of its execution, it has become relevant the identification,
the registration, the description and the analysis of the communicative situation in which they
are inserted, considering the reports of the research collaborators on the communicative
interactions between Deaf-Deaf and Deaf-listener, among other factors inherent to the
communication process of the Deaf in the cultural ambiance of this people. Regarding
research methodology, we considered making use of qualitative approaches (DENZIN,
LINCOLN, 2006; LÜDKE, ANDRÉ, 1986) and quantitative approaches, a bibliographical
research, surveys and a field study. For the generation of data, we adopted, in addition to the
bibliographical research, observation and personal conversations collected during the
Intercultural and Transdisciplinary Specialization offered by Universidade Federal de Goiás
(UFG) as well as the moments of my fieldwork in Akwẽ villages, and semi-structured
interviews with Akwẽ teachers attending that course. The theoretical foundations that
supported the research were, among others, the concept of deafness as a cultural difference
coined by Skliar (2005), rooted in socio-anthropological theories and theories of mediations
or culturalist theories of communication and the notions of utterances based on Bateson
(2002), Martin-Barbero (1991), Bakhtin (1997) and Freire (1987). As for sociolinguistic
analysis of Akwẽ-Xerente, we considered the data generated from the studies by Lopes and
Farias (1992), Guimarães (2002), Schroeder (2010), Cotrim (2011), Mesquita (2015) and my
field research. The survey recorded the presence of thirteen Deaf people between the ages 07
and 62 years old living in 10 villages of this people and the research evidenced the ways of
seeing and being in the world of the Akwẽ-Xerente people. It also showed the forms of
communication between Deaf-Deaf and Deaf-listener, as well as the access the Deaf have to
the cultural practices of their people. It is evident from this study the great possibility of
communicative interaction provided by the cultural practices of Akwẽ-Xerente and, on the
other hand, the need to further investigate the communication between Deaf-listener and
Deaf-Deaf, considering the spaces of cultural production and the use of signs as well as the
discussion of the "homemade signs" and the concept of language discussed by other studies
regarding the indigenous Deaf in Brazil. The access to knowledge, to the wisdom that is
already available to all in the cultural life-experiences of this people should also be considered
in the educational process by the means of the use of visuals, images and rituals that, when
authorized, can be experienced, learned and internalized by all without the exclusive use of
oralism necessarily. In this understanding, the appropriation and the dissemination by Akwẽ
sign language school brought by the Deaf are essential to expand the possibilities of
communication among everyone, to the cultural valorization and the improvement of selfesteem.
For the inclusion of Deaf people in Akwẽ schools, we should take into account all
these world records and all this form of communication. In this respect, while we highlight
the presence of Akwẽ signs, we ask ourselves about the existence of a Akwẽ-Xerente sign
language. / Esta pesquisa objetiva investigar a situação de comunicação em que se encontram os Akwẽ-
Xerente Surdos. Tendo em vista sua execução, tornaram-se relevantes a identificação, o
registro, a descrição e a análise da situação de comunicação em que eles estão inseridos,
considerando os relatos dos colaboradores da pesquisa em relação às interações comunicativas
entre Surdo-Surdo e Surdo-ouvinte, entre outros fatores inerentes ao processo de comunicação
dos Surdos nas ambiências culturais do povo Akwẽ-Xerente. Em relação à metodologia de
pesquisa foram consideradas as abordagens qualitativa (DENZIN, LINCOLN, 2006; LÜDKE,
ANDRÉ, 1986) e quantitativa: a pesquisa bibliográfica, de levantamento e o estudo de campo.
Para a geração de dados adotaram-se, além da pesquisa bibliográfica, a observação e
conversas pessoais durante o Curso de Especialização Intercultural e Transdisciplinar
oferecida pela UFG, bem como nos momentos de meu trabalho de campo nas aldeias Akwẽ,
além de entrevistas semiestruturadas com professores Akwẽ que frequentam o referido curso.
As bases teóricas que embasaram a pesquisa foram, entre outras, as concepções de surdez em
Skliar (2005) enquanto uma diferença cultural, ancorada nas teorias socioantropológicas,
assim como as teorias das mediações ou teorias culturalistas da comunicação e as noções de
enunciado baseadas em Bateson (2002), Martin-Barbero (1991), Bakhtin (1997) e Freire
(1987). Quanto à análise sociolinguística dos Akwẽ-Xerente, foram considerados os dados
gerados pelos estudos feitos por Lopes e Farias (1992), Guimarães (2002), Schroeder (2010),
Cotrim (2011), Mesquita (2015) e por minha pesquisa de campo. A pesquisa registrou a
presença de treze Surdos entre 07 e 62 anos de idade residindo em 10 aldeias desse povo e
evidenciou as formas próprias de ver e estar no mundo dos Akwẽ-Xerente, as formas de
comunicação entre Surdo-Surdo e Surdo-ouvinte, além do acesso dos Surdos às práticas
culturais de seu povo. Fica evidente com este estudo a grande possibilidade de interação
comunicativa propiciada pelas práticas culturais dos Akwẽ-Xerente e, por outro lado, a
necessidade de se investigar ainda mais a respeito da comunicação entre Surdo-ouvinte e
Surdo-Surdo, considerando os espaços de produção cultural e de uso dos sinais, bem como a
discussão a respeito dos “sinais caseiros” e da concepção de língua debatidos em outros
estudos a respeito dos indígenas Surdos no Brasil. O acesso aos conhecimentos, aos saberes
que já estão disponíveis a todos nas vivências culturais desse povo também devem ser
considerados no processo de escolarização por meio da utilização de recursos visuais,
imagens e rituais que, quando autorizados a sua divulgação podem ser vivenciados,
aprendidos e internalizados por todos, sem que seja necessário o uso exclusivo da oralização.
Nesse entendimento, a apropriação e divulgação pela escola dos sinais Akwẽ trazidos pelos
Surdos são imprescindíveis para a ampliação das possibilidades de comunicação entre todos,
para a valorização cultural e a melhoria da autoestima. Para a inclusão dos Surdos nas escolas
Akwẽ, deve-se levar em consideração todos esses registros de mundo e toda essa forma de
comunicação. A esse respeito, ao evidenciar a presença de sinais Akwẽ, indaga-se sobre a
existência de uma Língua de Sinais Akwẽ-Xerente.
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