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La mujer Wayuu, en la cultura colombiana ,tejedora de kanasus y de esperanzas

Schmucker Bula, Cecilia 04 1900 (has links)
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Corpo, sangue e território em Wounmaikat (nossa mãe terra) : uma etnografia sobre violência e mediações de alteridades e sonhos entre os wayuu na Colômbia e na Venezuela

Romero, Fanny Longa January 2010 (has links)
Os wayuu são um povo indígena de família lingüística arawak [arahuaca] que habitam na Península da Guajira, localizada sobre o mar do Caribe no extremo nordeste da Colômbia e na porção norte do extremo ocidental da Venezuela. Esta é uma tese que trata das dinâmicas coletivas e individuais dos wayuu. Eles estão culturalmente informados face à violência de genocídio no marco referencial do conflito interno armado na Colômbia. Sua dinâmica histórica e social tem sido perpassada pelo desdobramento da violência desde o período do contato colonial europeu, até os dias de hoje. Embora essa violência possa entender-se como um programa sistemático e racional de aniquilar as existências subjetivas e sociais do outro, pretendo ampliar essa perspectiva tomando em consideração uma dinâmica móbil e conflitiva de regimes de historicidade que aposta na agência social dos wayuu como sujeitos históricos. Os wayuu constroem, experimentam e significam dinâmicas culturais atreladas à violência de genocídio, mas que são ressemantizadas por eles através do protagonismo de entidades espirituais ativas que perpassam, tanto a vida como a morte enquanto planos contíguos, embora diferenciados, de existência social. Meu argumento é que wounmaikat (a mãe terra) dos wayuu é uma territorialidade física e social que tem como significante o espaço feminino no qual se vinculam as práticas sociais desse povo indígena. As mulheres wayuu constroem e mobilizam simbolicamente os sentidos da violência narrando e ressemantizando seus desdobramentos nos seus corpos e suas ações no palco das suas vidas cotidianas e no espaço público. Nessas ações elas reclamam pela reivindicação de direitos e travam embates com as estruturas políticas do Estado e do Para-estado. Nessa perspectiva são relevantes algumas questões: quais são os horizontes de sentido que mediam a ressignificação do genocídio no contexto social dos wayuu? Como as pessoas compreendem suas experiências individuais e coletivas na (e através) das relações sociais com seres existentes que potencializam também reivindicações por direitos dos wayuu? O que podemos dizer sobre a agência feminina wayuu e de uma etnopolítica em que as mulheres são tão visíveis e tão relevantes em seu protagonismo? Qual é o entendimento da territorialidade significada por eles como wounmaikat (a mãe terra)? Como se constroem as agências etnopolíticas dos movimentos indígenas, no espaço fronteiriço entre a Colômbia e a Venezuela? Para responder a essas questões, essa tese buscou uma aproximação com as lógicas na prática. O trabalho se sustenta em pesquisa etnográfica que tem como suporte metodológico a observação participante, em termos de uma relação de sentido com meus interlocutores wayuu. / The wayuu are an indigenous group of the Arawak linguistic family, and they inhabit the Guajira Peninsula, in northeast Colombia, on the Caribbean Sea, and the Western border of Venezuela. This thesis is about the wayuu´s collective and individual dynamics. They are culturally informed in the face of the genocidal violence contextualized by Colombia´s armed conflict. Their historical and social dynamics has been imbued by the violence that derived from the first contact with the European colonization, all through the present time. In spite of the fact that such violence could be understood as a systematic attempt to destroy the other´s subjective and social existence, I hereby intend to widen this perspective by taking into account a mobile and conflictive dynamics of historicity regimes that relies on the wayuu´s social agency as historical subjects. The wayuu build experience and signify their cultural dynamics related to genocidal violence. They confer such dynamics new meanings through the interference of active spiritual entities that impinge both on life and death as two continuous, though separate, realms of social life. I defend that wounmaikat (mother earth) is a physical and social place whose significant is the feminine space in which their social practices interlink. The wayuu women symbolically construct and mobilize the significance of violence by narrating and resignifying this violence, in the context of their daily lives and in the public sphere. In doing so, they claim for their rights and engage in political struggles against the State and the Para-State. In such context, some questions become relevant: what are the horizons of significance that mediate the resignification of genocide in their social life? How do these people understand their collective and individual experiences in the (and through) their social relations with existing beings that also enhance the wayuu´s claims for rights? What could be said about the wayuu´s feminine agency and about the ethnopolitics in which women are so relevant and visible? How do they understand territoriality, signified by them as wounmaikat? How are the ethnopolitics agency of the indigenous movements constructed in the border region of Colombia and Venezuela? In order to answer these questions, I have tried, in this thesis, an approach with the logics of practice. This paper is based on the ethnographic research, with participant observation as a technique, in the search of a relation of significance with my wayuu interlocutors.
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Corpo, sangue e território em Wounmaikat (nossa mãe terra) : uma etnografia sobre violência e mediações de alteridades e sonhos entre os wayuu na Colômbia e na Venezuela

Romero, Fanny Longa January 2010 (has links)
Os wayuu são um povo indígena de família lingüística arawak [arahuaca] que habitam na Península da Guajira, localizada sobre o mar do Caribe no extremo nordeste da Colômbia e na porção norte do extremo ocidental da Venezuela. Esta é uma tese que trata das dinâmicas coletivas e individuais dos wayuu. Eles estão culturalmente informados face à violência de genocídio no marco referencial do conflito interno armado na Colômbia. Sua dinâmica histórica e social tem sido perpassada pelo desdobramento da violência desde o período do contato colonial europeu, até os dias de hoje. Embora essa violência possa entender-se como um programa sistemático e racional de aniquilar as existências subjetivas e sociais do outro, pretendo ampliar essa perspectiva tomando em consideração uma dinâmica móbil e conflitiva de regimes de historicidade que aposta na agência social dos wayuu como sujeitos históricos. Os wayuu constroem, experimentam e significam dinâmicas culturais atreladas à violência de genocídio, mas que são ressemantizadas por eles através do protagonismo de entidades espirituais ativas que perpassam, tanto a vida como a morte enquanto planos contíguos, embora diferenciados, de existência social. Meu argumento é que wounmaikat (a mãe terra) dos wayuu é uma territorialidade física e social que tem como significante o espaço feminino no qual se vinculam as práticas sociais desse povo indígena. As mulheres wayuu constroem e mobilizam simbolicamente os sentidos da violência narrando e ressemantizando seus desdobramentos nos seus corpos e suas ações no palco das suas vidas cotidianas e no espaço público. Nessas ações elas reclamam pela reivindicação de direitos e travam embates com as estruturas políticas do Estado e do Para-estado. Nessa perspectiva são relevantes algumas questões: quais são os horizontes de sentido que mediam a ressignificação do genocídio no contexto social dos wayuu? Como as pessoas compreendem suas experiências individuais e coletivas na (e através) das relações sociais com seres existentes que potencializam também reivindicações por direitos dos wayuu? O que podemos dizer sobre a agência feminina wayuu e de uma etnopolítica em que as mulheres são tão visíveis e tão relevantes em seu protagonismo? Qual é o entendimento da territorialidade significada por eles como wounmaikat (a mãe terra)? Como se constroem as agências etnopolíticas dos movimentos indígenas, no espaço fronteiriço entre a Colômbia e a Venezuela? Para responder a essas questões, essa tese buscou uma aproximação com as lógicas na prática. O trabalho se sustenta em pesquisa etnográfica que tem como suporte metodológico a observação participante, em termos de uma relação de sentido com meus interlocutores wayuu. / The wayuu are an indigenous group of the Arawak linguistic family, and they inhabit the Guajira Peninsula, in northeast Colombia, on the Caribbean Sea, and the Western border of Venezuela. This thesis is about the wayuu´s collective and individual dynamics. They are culturally informed in the face of the genocidal violence contextualized by Colombia´s armed conflict. Their historical and social dynamics has been imbued by the violence that derived from the first contact with the European colonization, all through the present time. In spite of the fact that such violence could be understood as a systematic attempt to destroy the other´s subjective and social existence, I hereby intend to widen this perspective by taking into account a mobile and conflictive dynamics of historicity regimes that relies on the wayuu´s social agency as historical subjects. The wayuu build experience and signify their cultural dynamics related to genocidal violence. They confer such dynamics new meanings through the interference of active spiritual entities that impinge both on life and death as two continuous, though separate, realms of social life. I defend that wounmaikat (mother earth) is a physical and social place whose significant is the feminine space in which their social practices interlink. The wayuu women symbolically construct and mobilize the significance of violence by narrating and resignifying this violence, in the context of their daily lives and in the public sphere. In doing so, they claim for their rights and engage in political struggles against the State and the Para-State. In such context, some questions become relevant: what are the horizons of significance that mediate the resignification of genocide in their social life? How do these people understand their collective and individual experiences in the (and through) their social relations with existing beings that also enhance the wayuu´s claims for rights? What could be said about the wayuu´s feminine agency and about the ethnopolitics in which women are so relevant and visible? How do they understand territoriality, signified by them as wounmaikat? How are the ethnopolitics agency of the indigenous movements constructed in the border region of Colombia and Venezuela? In order to answer these questions, I have tried, in this thesis, an approach with the logics of practice. This paper is based on the ethnographic research, with participant observation as a technique, in the search of a relation of significance with my wayuu interlocutors.
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Corpo, sangue e território em Wounmaikat (nossa mãe terra) : uma etnografia sobre violência e mediações de alteridades e sonhos entre os wayuu na Colômbia e na Venezuela

Romero, Fanny Longa January 2010 (has links)
Os wayuu são um povo indígena de família lingüística arawak [arahuaca] que habitam na Península da Guajira, localizada sobre o mar do Caribe no extremo nordeste da Colômbia e na porção norte do extremo ocidental da Venezuela. Esta é uma tese que trata das dinâmicas coletivas e individuais dos wayuu. Eles estão culturalmente informados face à violência de genocídio no marco referencial do conflito interno armado na Colômbia. Sua dinâmica histórica e social tem sido perpassada pelo desdobramento da violência desde o período do contato colonial europeu, até os dias de hoje. Embora essa violência possa entender-se como um programa sistemático e racional de aniquilar as existências subjetivas e sociais do outro, pretendo ampliar essa perspectiva tomando em consideração uma dinâmica móbil e conflitiva de regimes de historicidade que aposta na agência social dos wayuu como sujeitos históricos. Os wayuu constroem, experimentam e significam dinâmicas culturais atreladas à violência de genocídio, mas que são ressemantizadas por eles através do protagonismo de entidades espirituais ativas que perpassam, tanto a vida como a morte enquanto planos contíguos, embora diferenciados, de existência social. Meu argumento é que wounmaikat (a mãe terra) dos wayuu é uma territorialidade física e social que tem como significante o espaço feminino no qual se vinculam as práticas sociais desse povo indígena. As mulheres wayuu constroem e mobilizam simbolicamente os sentidos da violência narrando e ressemantizando seus desdobramentos nos seus corpos e suas ações no palco das suas vidas cotidianas e no espaço público. Nessas ações elas reclamam pela reivindicação de direitos e travam embates com as estruturas políticas do Estado e do Para-estado. Nessa perspectiva são relevantes algumas questões: quais são os horizontes de sentido que mediam a ressignificação do genocídio no contexto social dos wayuu? Como as pessoas compreendem suas experiências individuais e coletivas na (e através) das relações sociais com seres existentes que potencializam também reivindicações por direitos dos wayuu? O que podemos dizer sobre a agência feminina wayuu e de uma etnopolítica em que as mulheres são tão visíveis e tão relevantes em seu protagonismo? Qual é o entendimento da territorialidade significada por eles como wounmaikat (a mãe terra)? Como se constroem as agências etnopolíticas dos movimentos indígenas, no espaço fronteiriço entre a Colômbia e a Venezuela? Para responder a essas questões, essa tese buscou uma aproximação com as lógicas na prática. O trabalho se sustenta em pesquisa etnográfica que tem como suporte metodológico a observação participante, em termos de uma relação de sentido com meus interlocutores wayuu. / The wayuu are an indigenous group of the Arawak linguistic family, and they inhabit the Guajira Peninsula, in northeast Colombia, on the Caribbean Sea, and the Western border of Venezuela. This thesis is about the wayuu´s collective and individual dynamics. They are culturally informed in the face of the genocidal violence contextualized by Colombia´s armed conflict. Their historical and social dynamics has been imbued by the violence that derived from the first contact with the European colonization, all through the present time. In spite of the fact that such violence could be understood as a systematic attempt to destroy the other´s subjective and social existence, I hereby intend to widen this perspective by taking into account a mobile and conflictive dynamics of historicity regimes that relies on the wayuu´s social agency as historical subjects. The wayuu build experience and signify their cultural dynamics related to genocidal violence. They confer such dynamics new meanings through the interference of active spiritual entities that impinge both on life and death as two continuous, though separate, realms of social life. I defend that wounmaikat (mother earth) is a physical and social place whose significant is the feminine space in which their social practices interlink. The wayuu women symbolically construct and mobilize the significance of violence by narrating and resignifying this violence, in the context of their daily lives and in the public sphere. In doing so, they claim for their rights and engage in political struggles against the State and the Para-State. In such context, some questions become relevant: what are the horizons of significance that mediate the resignification of genocide in their social life? How do these people understand their collective and individual experiences in the (and through) their social relations with existing beings that also enhance the wayuu´s claims for rights? What could be said about the wayuu´s feminine agency and about the ethnopolitics in which women are so relevant and visible? How do they understand territoriality, signified by them as wounmaikat? How are the ethnopolitics agency of the indigenous movements constructed in the border region of Colombia and Venezuela? In order to answer these questions, I have tried, in this thesis, an approach with the logics of practice. This paper is based on the ethnographic research, with participant observation as a technique, in the search of a relation of significance with my wayuu interlocutors.

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