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O uso da talidomida como terapia adjuvante na leptospirose experimentalSoares, Luciane Marieta January 2013 (has links)
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Luciane Marieta Soares O uso da talidomida...2013.pdf: 1032465 bytes, checksum: 705c1f8374aee3a4f8a1b0f537cd33f6 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-04-22T16:33:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Luciane Marieta Soares O uso da talidomida...2013.pdf: 1032465 bytes, checksum: 705c1f8374aee3a4f8a1b0f537cd33f6 (MD5)
Previous issue date: 2013 / Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina da Bahia. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil / A leptospirose é uma zoonose de importância global, causada por leptospiras patogênicas. Seu tratamento é limitado quando iniciado após quatro dias do surgimento de sintomas, portanto, novas terapias adjuvantes são necessárias. Objetivo. Testar a droga imunomoduladora talidomida como terapia adjuvante à ampicilina no modelo de tratamento tardio da leptospirose experimental em hamsters. Métodos. 60 hamsters foram infectados via intraperitoneal por Leptospirainterrogans cepa L1-130, e foram separados em grupos: nenhum tratamento (NONE), talidomida (TAL), ampicilina (AMP) e ambos (AMP-TAL). A talidomida foi administrada via sonda orogástrica na dosagem de 50 mg/Kg diluída em óleo de linhaça (2ml/Kg) por três dias. Já a ampicilina por via intramuscular: 100mg/Kg/bid por seis dias. Foram realizados dois desenhos experimentais. Experimento 1: o tratamento foi iniciado 48h após o início dos sinais clínicos da doença. Experimento 2: o tratamento foi iniciado imediatamente após a detecção do primeiro óbito entre os animais infectados. Resultados. Experimento1: todos os hamsters dos grupos AMP e AMP-TAL sobreviveram (n=8) enquanto todos os animais dos grupos NONE (n=6) e TAL (n=8) morreram. Os hamsters dos grupos AMP e AMP-TAL não mostraram lesões renais, pulmonares ou hepáticas. Baixa carga de leptospiras foi detectada nos órgãos alvo. Experimento 2: o desfecho letal foi observado em 6/6 hamsters no grupo NONE, 8/8 do grupo TAL, 6/8 do AMP e 6/8 do AMP-TAL. A talidomida usada como adjuvante não prolongou a sobrevida dos animais tratados com ampicilina. No entanto, o grupo TAL apresentou sobrevida mais longa que o grupo que não recebeu tratamento algum. Os animais tratados apresentaram maior frequência de destrabeculação de hepatócitos. Conclusão: Esse estudo abre novas perspectivas no desenvolvimento de um tratamento tardio na leptospirose, contudo observou-se que a talidomida utilizada como terapia adjuvante não teve impacto na sobrevida de hamsters como modelo de início tardio de terapia antimicrobiana. / Leptospirosis is a zoonosis of global importance, caused by pathogenic leptospira. His treatment is limited when started after four days of onset of symptoms, increasing the risk of morbidity and mortality, so new adjuvant therapies are needed.Objectives.To test the immunomodulatory drug, thalidomide, as an adjuvant therapy to antibiotics in experimental leptospirosis. Methods. Hamsters were infected by Leptospirainterrogans strain L1-130, and groups were assigned based on no treatment (NONE), thalidomide only (TAL), ampicillin only (AMP) or both (AMP-TAL). Thalidomide was administered via a gastric tube: 50 mg/kg in linseed oil and 2 ml/kg for three days. Ampicillin was administered intramuscularly at the rate of 100 mg/kg/bid for six days. Treatment was started two days after the onset of symptoms (experiment 1) and immediately after detection of the first death (experiment 2). Results. Experiment 1: all hamsters from the groups AMP and AMP-TAL survived (n=8), while all hamsters from groups NONE (n=6) and TAL (n=8) died. The AMP and the AMP-TAL groups showed no renal, lung or liver pathology and absent or very low leptospiral burden in target organs. Experiment 2: lethal outcome was observed in 6/6 hamsters in the NONE group, 8/8 in the TAL group, and 6/8 in the AMP group and the AMP-TAL group. Thalidomide showed no survival benefit when compared to hamsters treated with ampicillin alone. The TAL group, however, had a longer interval between infection and death when compared to the NONE group. Treated animals had a higher frequency of liver plate disarray. The TAL, AMP and AMP-TAL groups had very low tissue leptospiral counts. Conclusion: This study may open new perspectives to assist the development of a delayed treatment in leptospirosis, however it was observed that thalidomide used as adjuvant therapy had no impact on the survival of hamsters as late onset of antimicrobial therapy model.
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Gradientes de oxigênio, glicose, dióxido de carbono e lactato em diferentes compartimentos vasculares / Oxygen, glucose, carbon dioxide and lactate in different vascular compartmentsPereira, Adriano José 03 August 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: Apesar do amplo uso da medida da saturação central de oxigênio como meta terapêutica em pacientes de terapia intensiva, diferenças absolutas em relação à saturação venosa mista existem. As causas desses gradientes, bem como o comportamento das mesmas ao longo do tempo nas doenças graves não foram completamente esclarecidas. Considerando que a maioria das intervenções atualmente empregadas para reverter desequilíbrios de oxigenação tecidual presentes nos pacientes graves é direcionada, direta ou indiretamente, ao coração; a situação particular de elevada taxa de extração de oxigênio basal do miocárdio e a ausência de ferramentas de monitorização do impacto miocárdico dessas intervenções, o presente estudo, diante da possibilidade teórica da participação do efluente do seio coronário nessas diferenças centrais para pulmonares, não só para a saturação de oxigênio (SO2), analisou o comportamento da SO2, pressão parcial de dióxido de carbono (PCO2), lactato e glicose, em diferentes modelos de hipóxia e compartimentos vasculares, com ênfase na avaliação do metabolismo miocárdico e seu impacto nos gradientes centrais para pulmonares. MÉTODOS: 37 porcos, machos, com peso em torno de 35 Kg, sedados e ventilados mecanicamente, foram estudados após indução de quatro diferentes tipos de injúria hipóxica (hipóxia anêmica, estagnante, hipóxica e sepse), sendo 8 animais por grupo e mais 5 controles. Além de variáveis hemodinâmicas e de oxigenação, SO2, PCO2, lactato e glicose foram medidos, em diferentes momentos, em 9 compartimentos vasculares distintos, incluindo o seio coronário (artéria femoral, veia cava inferior e superior, átrio direito, ventrículo direito, artéria pulmonar, veia suprahepática direita e veia porta). PRINCIPAIS RESULTADOS: As concentrações de O2, lactato e glicose no efluente do seio coronário apresentaram padrões distintos entre os grupos: troca de substrato energético de lactato por glicose nos grupos hipóxia hipóxica e anêmica, aumento no consumo de ambos os substratos na sepse e ausência de tendência clara no grupo da hipóxia estagnante. Os gradientes de PCO2 entre seio coronário e artéria femoral mantiveram-se estáveis com tendência de alargamento tardio em todos os modelos. Na análise dos demais gradientes regionais, o seio coronário apresentou a menor SO2 do organismo, as menores concentrações de lactato, os maiores níveis de PCO2, e esses padrões variaram ao longo do tempo. Mesma tendência evolutiva foi percebida entre os gradientes centrais para pulmonares de O2, lactato, CO2 e glicose e a medida desses mesmos parâmetros no seio coronário. CONCLUSÕES: As concentrações de O2, lactato e glicose no efluente do seio coronário estão relacionadas ao tipo de injúria e não apenas à disponibilidade de substrato energético. Padrões de gravidade, comuns às fases tardias de todos os grupos, puderam ser identificados: qualquer redução da SO2 coronariana; incremento do metabolismo de glicose; produção de lactato pelo miocárdio e surgimento de igualdade ou inferioridade dos níveis da PCO2 coronariana em relação aos valores dos demais compartimentos vasculares do organismo (independentemente da trajetória). A tendência dos gradientes de PCO2 transmiocárdicos seguiu a do débito cardíaco e, certamente, deve refletir fluxo coronariano. A análise dos gradientes regionais se mostrou capaz de permitir a avaliação de contextos orgânicos regionais específicos, como na avaliação do metabolismo hepático, na qual foi possível demonstrar que na hipóxia, a produção de glicose hepática é mantida até o óbito, diferentemente do padrão descrito para a sepse. Por fim, com a análise dos dados do grupo sepse, foi possível demonstrar que: a) assim como os gradientes centrais para pulmonares de SO2 e lactato já foram descritos, gradientes de glicose e PCO2 também existem; b) o seio coronário participa, significativamente, na formação desses gradientes de lactato, CO2 e glicose / INTRODUCTION: Despite of the widespread use of the central venous oxygen saturation measurement as a therapeutic goal in critically ill patients, absolute differences between this measurement and the mixed venous oxygen exist. Causes of these differences, as well the behavior of these gradients in critical illness, are not completely understood. Considering current therapeutic interventions aimed to reverse tissue oxygenation impairment are mediated by increases in cardiac output; the particular scenario in which the heart is not physiologically able to further increase oxygen extraction and the absence of tools to monitoring the myocardium impact of those interventions, the present study, facing the theoretical possibility of the coronary sinus effluent participation in those central to mixed venous differences, has analyzed the oxygen saturation (SO2), carbon dioxide partial pressure (PCO2), lactate and glucose concentrations behaviors over time, in different models of tissue hypoxia and in different vascular sites. Emphasis on the myocardial energetic metabolism and its impact over central to mixed venous gradients was placed. METHODS: 37 pigs, males, weighting about 35 Kg, sedated and mechanically ventilated, were studied after induction of four different hypoxic injury models (sepsis, and anemic, stagnant, hypoxic hypoxia), eight for group and five controls. In addition to hemodynamic and oxygen variables, SO2, PCO2, lactate and glucose were measured in different phases, in 9 distinct vascular sites, including coronary sinus (femoral artery, inferior and superior vena cava, right atria, right ventricle, pulmonary artery, right suprahepatic vein and portal vein). MAIN RESULTS: Concentrations of O2, lactate and glucose in the coronary sinus effluent presented distinctive patterns among groups: shift from lactate to glucose consumption in hypoxic hypoxia and anemic hypoxia groups, increase in both glucose and lactate consumption in sepsis and absence of clear trend in stagnant hypoxia group. PCO2 gradients from systemic artery to coronary sinus presented late enlargement trend in all groups. In the regional gradients analysis comparisons, coronary sinus presented the lowest SO2, the lowest lactate concentrations, the highest PCO2 levels, and these patterns changed over time. Similar evolution trends were observed between central to mixed venous O2, PCO2, lactate and glucose gradients and the same parameters measured in coronary sinus. CONCLUSIONS: Different concentrations of O2, PCO2, lactate and glucose in coronary sinus are related to the type of hypoxic injury and not only to energetic substrate availability. Severity-related patterns, common to all groups in late phases, were identified: any reduction of coronary SO2, shift to glucose consumption, net lactate myocardial production and equality or inferiority of PCO2 levels related to other vascular compartments (independently of trend). Trends in transmyocardial PCO2 gradients followed cardiac output ones and, certainly, should mirror coronary blood flow. Regional gradients analysis showed suitable to explore specific regional metabolic settings, as in the described example of liver metabolism, in which production of glucose were maintained in all phases by this organ in hypoxic hypoxia groups, differently from the impaired production described in literature for sepsis. At last, data from sepsis group have showed: a) as to the previously known central to mixed venous SO2 and lactate gradients, PCO2 and glucose gradients also exist; b) coronary sinus has participated significantly in formation of central to mixed venous lactate, PCO2 and glucose gradients
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Estudo da ação da lovastatina no desenvolvimento do modelo experimental de epilepsia induzido pela pilocarpina em ratos / Study of lovastatin on development of experimental model of epilepsy induced by pilocarpine in ratsGouveia, Telma Luciana Furtado [UNIFESP] 29 June 2011 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2011-06-29 / Introducao: A inflamacao tem sido relacionada a varias doencas neurodegenerativas e dados clinicos e experimentais sugerem uma funcao crucial nos processos inflamatorios no desenvolvimento da epilepsia, em particular, nos mecanismos geradores de crises (ictogenese) e na transformacao de uma rede neuronal normal a uma rede geradora de crises. A lovastatina, substancia usada na reducao da sintese do colesterol, tambem esta relacionada com a resposta inflamatoria, podendo modular a producao de citocinas e diminuir e o estresse oxidativo. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo analisar a acao da lovastatina no desenvolvimento das diferentes fases do modelo de epilepsia, induzido por pilocarpina em ratos. Metodos: Ratos Wistar machos foram analisados nos 3 periodos do modelo da pilocarpina (350mg/kg) fases: aguda (24h), silenciosa (15 dias) e cronica (30 dias apos a 1.a crise espontanea) e para cada periodo do modelo usamos 4 grupos de animais: salina, lovastatina (Lova), pilocarpina (Pilo) e pilocarpina+lovastatina (Pilo+Lova). O tratamento com lovastatina (20 mg/kg) se iniciou 2 h apos o inicio do estado de mal epileptico e foi administrada por 15 dias, duas vezes ao dia nos animais do grupo silencioso e cronico. O cerebro foi processado para realizacao de PCR em tempo real e imuno-histoquimica de IL-1ƒÀ, IL-6, TNF-ƒ¿, IL-10, receptor B1 e B2 de cininas e quantificacao de aminoacidos no hipocampo. Alem disso, o tecido hipocampal foi processado para as tecnicas de Nissl e Neo-Timm modificado. Alem disso, foi medida a temperatura corporea na fase aguda, duracao do periodo silencioso e frequencia de crises na fase cronica. Resultados: O tratamento com a lovastatina no grupo Pilo+Lova mostrou diminuicao da expressao de RNAm e das proteinas IL-1ƒÀ e TNF-ƒ¿ nas 3 fases do modelo Notamos tambem reducao nos niveis do receptor B1 e B2 de cininas na fase aguda e de IL-6 nas fases aguda e silenciosa do modelo. Houve um aumento da expressão de IL-10 na fase crônica e não houve alteração nos níveis dos aminoácidos no hipocampo dos animais desse grupo, quando comparado ao grupo Pilo. Foi observada uma normalização da temperatura corpórea dos ratos submetidos ao SE e tratados com lovastatina. Não houve diferença significativa entre o grupo Pilo e Pilo+Lova na duração da fase silenciosa e na freqüência de crises. Foi observada uma preservação de neurônios em CA1 e também uma diminuição no brotamento de fibras musgosas no grupo Pilo+Lova, quando comparado ao grupo Pilo, na fase crônica do modelo. Conclusão: O presente estudo demonstrou que o tratamento com a lovastatina diminuiu diversos parâmetros importantes relacionados com o dano neuronal induzido pelo SE, no hipocampo de ratos nas diferentes fases do modelo experimental de epilepsia induzido pela pilocarpina. / Introduction: Inflammation has been associated with several neurodegenerative diseases and experimental and clinical data suggest a crucial role in inflammatory processes in the development of epilepsy, particularly in seizure-generating mechanisms (ictogenesis) and transformation of a normal neuronal network into a network generating seizures. Lovastatin, a drug used in the reduction of cholesterol synthesis, is also related to the inflammatory response and can modulate cytokine production reducing the oxidative stress. Objectives: This study aimed to analyze the action of lovastatin in different stages of development model of epilepsy induced by pilocarpine in rats. Methods: Male Wistar rats were analyzed in three periods of the pilocarpine-induced epilepsy (350mg/kg) into phases: acute (24h), silent (15 days) and chronic (30 days after the 1st spontaneous seizure) and for each period of this model we used 4 groups of animals: saline-treated, lovastatin (Lova), pilocarpine (Pilo) and pilocarpine + lovastatin (Pilo+ Lova). Treatment with lovastatin (20 mg / kg) begun 2 h after the onset of status epilepticus (SE) and was administered for 15 days, twice a day the animals in the silent and chronic phases. The brain was processed for performing real-time PCR and immunohistochemistry of IL-1ƒÀ, IL-6, TNF-ƒ¿, IL-10 and kinin B1 and B2 receptors and quantification of amino acids in the hippocampus. Besides, the hippocampal tissue was processed for Nissl techniques and Neo-Timm. In addition, body temperature was measured in the acute phase and the duration of the silent period and seizure frequency in chronic phase was analyzed. Results: Treatment with lovastatin in Pilo + Lova group showed decreased expression of mRNA and proteins IL-1ƒÀ and TNF-ƒ¿ in the three phases of this model, We also noted reduction of kinin B1 and B2 receptor in the acute and IL-6 into acute and silent periods. There was an increased expression of IL-10 in the chronic phase of this model. There was no change in amino acids levels in the hippocampus of rats from Pilo+Lova group when compared to Pilo group. We observed a normalization of body temperature of rats subjected to SE and treated with lovastatin. There was no significant difference between the group Pilo and Pilo + Lova on the duration of the silent phase and in seizure frequency. We observed a preservation of neurons in CA1 and also a reduction of mossy fiber sprouting in Pilo+ Lova group as compared to the Pilo group in the chronic phase of the model. Conclusion: This study demonstrated that treatment with lovastatin decreased number of important parameters related to the neuronal damage induced by SE in the hippocampus of rats at different stages of the experimental model of epilepsy induced by pilocarpine. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Gradientes de oxigênio, glicose, dióxido de carbono e lactato em diferentes compartimentos vasculares / Oxygen, glucose, carbon dioxide and lactate in different vascular compartmentsAdriano José Pereira 03 August 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: Apesar do amplo uso da medida da saturação central de oxigênio como meta terapêutica em pacientes de terapia intensiva, diferenças absolutas em relação à saturação venosa mista existem. As causas desses gradientes, bem como o comportamento das mesmas ao longo do tempo nas doenças graves não foram completamente esclarecidas. Considerando que a maioria das intervenções atualmente empregadas para reverter desequilíbrios de oxigenação tecidual presentes nos pacientes graves é direcionada, direta ou indiretamente, ao coração; a situação particular de elevada taxa de extração de oxigênio basal do miocárdio e a ausência de ferramentas de monitorização do impacto miocárdico dessas intervenções, o presente estudo, diante da possibilidade teórica da participação do efluente do seio coronário nessas diferenças centrais para pulmonares, não só para a saturação de oxigênio (SO2), analisou o comportamento da SO2, pressão parcial de dióxido de carbono (PCO2), lactato e glicose, em diferentes modelos de hipóxia e compartimentos vasculares, com ênfase na avaliação do metabolismo miocárdico e seu impacto nos gradientes centrais para pulmonares. MÉTODOS: 37 porcos, machos, com peso em torno de 35 Kg, sedados e ventilados mecanicamente, foram estudados após indução de quatro diferentes tipos de injúria hipóxica (hipóxia anêmica, estagnante, hipóxica e sepse), sendo 8 animais por grupo e mais 5 controles. Além de variáveis hemodinâmicas e de oxigenação, SO2, PCO2, lactato e glicose foram medidos, em diferentes momentos, em 9 compartimentos vasculares distintos, incluindo o seio coronário (artéria femoral, veia cava inferior e superior, átrio direito, ventrículo direito, artéria pulmonar, veia suprahepática direita e veia porta). PRINCIPAIS RESULTADOS: As concentrações de O2, lactato e glicose no efluente do seio coronário apresentaram padrões distintos entre os grupos: troca de substrato energético de lactato por glicose nos grupos hipóxia hipóxica e anêmica, aumento no consumo de ambos os substratos na sepse e ausência de tendência clara no grupo da hipóxia estagnante. Os gradientes de PCO2 entre seio coronário e artéria femoral mantiveram-se estáveis com tendência de alargamento tardio em todos os modelos. Na análise dos demais gradientes regionais, o seio coronário apresentou a menor SO2 do organismo, as menores concentrações de lactato, os maiores níveis de PCO2, e esses padrões variaram ao longo do tempo. Mesma tendência evolutiva foi percebida entre os gradientes centrais para pulmonares de O2, lactato, CO2 e glicose e a medida desses mesmos parâmetros no seio coronário. CONCLUSÕES: As concentrações de O2, lactato e glicose no efluente do seio coronário estão relacionadas ao tipo de injúria e não apenas à disponibilidade de substrato energético. Padrões de gravidade, comuns às fases tardias de todos os grupos, puderam ser identificados: qualquer redução da SO2 coronariana; incremento do metabolismo de glicose; produção de lactato pelo miocárdio e surgimento de igualdade ou inferioridade dos níveis da PCO2 coronariana em relação aos valores dos demais compartimentos vasculares do organismo (independentemente da trajetória). A tendência dos gradientes de PCO2 transmiocárdicos seguiu a do débito cardíaco e, certamente, deve refletir fluxo coronariano. A análise dos gradientes regionais se mostrou capaz de permitir a avaliação de contextos orgânicos regionais específicos, como na avaliação do metabolismo hepático, na qual foi possível demonstrar que na hipóxia, a produção de glicose hepática é mantida até o óbito, diferentemente do padrão descrito para a sepse. Por fim, com a análise dos dados do grupo sepse, foi possível demonstrar que: a) assim como os gradientes centrais para pulmonares de SO2 e lactato já foram descritos, gradientes de glicose e PCO2 também existem; b) o seio coronário participa, significativamente, na formação desses gradientes de lactato, CO2 e glicose / INTRODUCTION: Despite of the widespread use of the central venous oxygen saturation measurement as a therapeutic goal in critically ill patients, absolute differences between this measurement and the mixed venous oxygen exist. Causes of these differences, as well the behavior of these gradients in critical illness, are not completely understood. Considering current therapeutic interventions aimed to reverse tissue oxygenation impairment are mediated by increases in cardiac output; the particular scenario in which the heart is not physiologically able to further increase oxygen extraction and the absence of tools to monitoring the myocardium impact of those interventions, the present study, facing the theoretical possibility of the coronary sinus effluent participation in those central to mixed venous differences, has analyzed the oxygen saturation (SO2), carbon dioxide partial pressure (PCO2), lactate and glucose concentrations behaviors over time, in different models of tissue hypoxia and in different vascular sites. Emphasis on the myocardial energetic metabolism and its impact over central to mixed venous gradients was placed. METHODS: 37 pigs, males, weighting about 35 Kg, sedated and mechanically ventilated, were studied after induction of four different hypoxic injury models (sepsis, and anemic, stagnant, hypoxic hypoxia), eight for group and five controls. In addition to hemodynamic and oxygen variables, SO2, PCO2, lactate and glucose were measured in different phases, in 9 distinct vascular sites, including coronary sinus (femoral artery, inferior and superior vena cava, right atria, right ventricle, pulmonary artery, right suprahepatic vein and portal vein). MAIN RESULTS: Concentrations of O2, lactate and glucose in the coronary sinus effluent presented distinctive patterns among groups: shift from lactate to glucose consumption in hypoxic hypoxia and anemic hypoxia groups, increase in both glucose and lactate consumption in sepsis and absence of clear trend in stagnant hypoxia group. PCO2 gradients from systemic artery to coronary sinus presented late enlargement trend in all groups. In the regional gradients analysis comparisons, coronary sinus presented the lowest SO2, the lowest lactate concentrations, the highest PCO2 levels, and these patterns changed over time. Similar evolution trends were observed between central to mixed venous O2, PCO2, lactate and glucose gradients and the same parameters measured in coronary sinus. CONCLUSIONS: Different concentrations of O2, PCO2, lactate and glucose in coronary sinus are related to the type of hypoxic injury and not only to energetic substrate availability. Severity-related patterns, common to all groups in late phases, were identified: any reduction of coronary SO2, shift to glucose consumption, net lactate myocardial production and equality or inferiority of PCO2 levels related to other vascular compartments (independently of trend). Trends in transmyocardial PCO2 gradients followed cardiac output ones and, certainly, should mirror coronary blood flow. Regional gradients analysis showed suitable to explore specific regional metabolic settings, as in the described example of liver metabolism, in which production of glucose were maintained in all phases by this organ in hypoxic hypoxia groups, differently from the impaired production described in literature for sepsis. At last, data from sepsis group have showed: a) as to the previously known central to mixed venous SO2 and lactate gradients, PCO2 and glucose gradients also exist; b) coronary sinus has participated significantly in formation of central to mixed venous lactate, PCO2 and glucose gradients
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"Avaliação das alterações anatômicas cardíacas secundárias ao enfisema pulmonar: estudo experimental em ratos" / Evaluation of the cardiac anatomical alterations secondary to the pulmonary emphysema : experimental study in ratsMonteiro, Rosangela 04 November 2004 (has links)
Analisamos as alterações cardíacas pós-indução de enfisema por instilação de papaína. Foram avaliados 75 ratos (grupos papaína e controle), sacrificados 30, 60, 90, 120 ou 180 dias pós-instilação. Foram realizados: gasometria do sangue arterial, avaliação morfométrica cardíaca e pulmonar. A papaína produziu destruição alveolar compatível com enfisema, sem repercussão nas trocas gasosas. Ventrículo direito e septo interventricular não apresentaram alterações significativas. Houve redução da área do ventrículo esquerdo, 90 dias pós-indução, e discreto espessamento de sua parede. / Cardiac alterations post-induction emphysema by instillation of papain were analyzed. Seventy-five rats (groups papain and control), sacrificed 30, 60, 90, 120 or 180 days post-instillation were evaluated. Arterial blood gases, cardiac and pulmonary morphometrical analysis were performed. Papain administration produced alveolar destruction compatible with emphysema, without arterial blood gases changes. Right ventricle and interventricular septum didn't show alterations. There were left ventricular area decrease (90 days post-induction) and light thickness increase of its wall.
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"Avaliação das alterações anatômicas cardíacas secundárias ao enfisema pulmonar: estudo experimental em ratos" / Evaluation of the cardiac anatomical alterations secondary to the pulmonary emphysema : experimental study in ratsRosangela Monteiro 04 November 2004 (has links)
Analisamos as alterações cardíacas pós-indução de enfisema por instilação de papaína. Foram avaliados 75 ratos (grupos papaína e controle), sacrificados 30, 60, 90, 120 ou 180 dias pós-instilação. Foram realizados: gasometria do sangue arterial, avaliação morfométrica cardíaca e pulmonar. A papaína produziu destruição alveolar compatível com enfisema, sem repercussão nas trocas gasosas. Ventrículo direito e septo interventricular não apresentaram alterações significativas. Houve redução da área do ventrículo esquerdo, 90 dias pós-indução, e discreto espessamento de sua parede. / Cardiac alterations post-induction emphysema by instillation of papain were analyzed. Seventy-five rats (groups papain and control), sacrificed 30, 60, 90, 120 or 180 days post-instillation were evaluated. Arterial blood gases, cardiac and pulmonary morphometrical analysis were performed. Papain administration produced alveolar destruction compatible with emphysema, without arterial blood gases changes. Right ventricle and interventricular septum didn't show alterations. There were left ventricular area decrease (90 days post-induction) and light thickness increase of its wall.
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