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Fatores associados ao baixo peso ao nascer no município de Cruzeiro do Sul, Acre / Factors associated with the low birth weight in Cruzeiro do Sul, State of AcreRaquel da Rocha Paiva Maia 30 July 2009 (has links)
Introdução - O baixo peso ao nascer (BPN) é considerado um dos mais importantes problemas de saúde pública em todo o mundo, contribuindo, substancialmente, para a morbi-mortalidade infantil. Objetivos Estimar a proporção de baixo peso ao nascer e identificar a presença de associações entre o baixo peso ao nascer e fatores relacionados à gestação, ao parto, ao recém-nascido e a características sócio-demográficas maternas. Métodos Estudo transversal onde se analisaram 3220 declarações de nascidos vivos referentes aos partos ocorridos no município de Cruzeiro do Sul, Estado do Acre, no período de 2006 e 2007, de mães residentes nesta localidade. Na análise, utilizou-se regressão linear generalizada família Poisson ligação logarítmica com variância robusta, simples e múltipla. Adotou-se nível de significância de 0,10. Resultados - A proporção de baixo peso ao nascer foi 9,13%. Os fatores associados ao baixo peso ao nascer foram: prematuridade; nascimento no domicílio; sexo feminino; idades maternas entre 12 e 13 anos, 16 e 17 anos, 18 e 19 anos, 35 e mais anos; realização de 1 a 3 consultas de pré-natal, crianças não brancas, mães sem ocupação fora do lar e mães solteiras. Conclusão São poucos (ou nenhum) os fatores suscetíveis de mudança ou controle com ações isoladas de saúde. Estratégias de ampla abrangência são necessárias para a redução da proporção de BPN em Cruzeiro do Sul, Acre e, uma vez ocorrido baixo peso ao nascer, atenção especial deve ser proporcionada à criança. / Introduction - The low birth weight (LBW) is considered one of the most important public health problems around the world, contributing substantially to infantile morbidity and mortality. Objectives - To estimate the proportion of low birth weight and identify the presence of associations between low birth weight and factors related to pregnancy, chilbirth, newborn baby and maternal socio-demographic characteristics. Methods - Cross-sectional study which examined 3220 statements of births relating to births occurring in the city of Cruzeiro do Sul, Acre, in the period 2006 to 2007, of resident mothers in this locality. In the analysis, was used linear regression generalized with Poisson family logarithmic linking robust variance, simple and multiple. It was used a significance level of 0,10. Results - The proportion of low birth weight was 9,13%. Factors associated with low birth weight were: prematurity, birth at home, female, maternal age between 12 and 13 years, 16 and 17 years, 18 and 19 years, more than 34 years, achieving 1-3 pre-natal consultations, non-white children, mothers with no occupation outside home and single mothers. Conclusion- Few (or none) the factors susceptible to change or control with isolated actions health. Wide variety of strategies are needed to reduce the proportion of LBW in the city of Cruzeiro do Sul, Acre, and once occurred low birth weight, attention should be given to the child.
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Seguimento longitudinal do crescimento de prematuros com peso de nascimento menor de 1.500 gramasRover, Milene de Moraes Sedrez 13 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-13 / The increasing survival of preterm infants with birth weight below 1500 grams (VLBW) determines the need for a focus on care and follow-up of this group after discharge from the Neonatal Intensive Care Unit (NICU). Based on the high morbidity rate and changes in the growth of these children, the growth follow-up of the VLBW preterm is turned into an essential tool for monitoring its health. Thus, this study aims to: evaluate the growth of the VLBW preterm from birth to 12 months of Corrected Age (CA) after the NICU s discharge; describe the Z score profile of the anthropometric variables from birth to 12 months of CA; identify events that have influenced the Extra Uterine Growth Restriction (EUGR) during hospitalization and in the 12 month period of follow-up; identify the morbidities that have influenced the growth of the VLBW preterm. It is a quantitative, observational, longitudinal, retrospective and cross sectional study, which was realized in High Risk Follow up Ambulatory. The study enrolled 71 children who were attended between 2006-2013, with birth weight below 1500 g; admitted to the NICU at birth and had at least three outpatient visits in the following periods: period I up to 3 months of CA; period II between 4-6 months of CA and period III between 7-12 months of CA. In order to classify the relation Weight/Gestational Age (GA) the Fenton and Kim s curve was used. Besides, to calculate the Z score, the Research Bulk Calculator and the Anthro calculators were used. The variables were analyzed by logistic regression with XLSTAT program. The GA average was 29.4 weeks; 36 (51%) PT male, 50 (70%) PT babies the weight was Appropriate for GA (AGA). During hospitalization, 43 (61%) babies used Parenteral Nutrition. The weight score Z average at birth was -0.95; at the hospital discharge -3.05; in period I -2.4; period II -1.8; period III -1.2. The height at birth was -1.21, at discharge -2.23; -2.5, -1.8 and -1.1 for the periods I, II and III, respectively. Regarding the Head Circumference (HC): Z score at birth was -0.71; at discharge -1.5; and monitoring -1.1, -0.8 and -0.5, respectively in the periods I, II and III. Presenting AGA birth weight, shorter hospitalization and percentage of lost weight during the hospitalization, reduce the chance for EUGR. In the follow up period, the occurrence of metabolic bone disease, retinopathy of prematurity, gastro esophageal reflux and hospitalization, increase the EUGR chance. Despite of the substantial reduction in the Z score during hospitalization, there was a progressive improvement during follow up in this score in the three anthropometric variables, especially in the HC. At 12 months of CA 86% of infants were with Z score above -2 in relation to HC. Thus, it was possible to verify the importance of nutrition in the neonatal period, as well as, the proper and systematic follow-up in order to minimize the consequences and changes in the growth caused by prematurity, focusing on the full potential of preterm. / A crescente sobrevida de Prematuros (PT) com peso ao nascimento abaixo de 1.500 gramas (PTMBP) determina a necessidade do enfoque no atendimento e acompanhamento desse grupo após alta da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Frente ao elevado índice de morbidades e alterações no crescimento dessas crianças, o acompanhamento do crescimento infantil do PTMBP se traduz em ferramenta essencial à vigilância à sua saúde. Nesse contexto, têm-se como objetivos: avaliar o crescimento do PTMBP do nascimento aos doze meses de Idade Corrigida (IC) após a alta da UTIN; descrever o perfil do escore Z das variáveis antropométricas do nascimento até aos 12 meses de IC; identificar intercorrências que influenciaram o Retardo de Crescimento Extrauterino (RCEU) durante a internação e no período de 12 meses de seguimento ambulatorial; identificar as morbidades que influenciaram o crescimento dos PTMBP. Estudo quantitativo, observacional, longitudinal, retrospectivo e de corte transversal, realizado em Ambulatório de Seguimento de Alto Risco. Participaram do estudo 71 crianças atendidas entre 2006 a 2013, nascidas com peso menor de 1.500 g; que ficaram internadas na UTIN ao nascimento e realizaram pelo menos três consultas ambulatoriais, nos seguintes períodos: período I - até 3 meses de IC; período II - entre 4 a 6 meses de IC e período III - entre 7 a 12 meses de IC. Para relação Peso/Idade Gestacional (IG) foi utilizada a curva de Fenton e Kim. O escore Z obteve-se na Calculadora de Pesquisa em Massa disponível em: http://www.ucalgary.ca/fenton/ e calculadora Anthro. As variáveis foram analisadas por meio da regressão logística com o programa XLStat 2014. A IG média foi de 29,4 semanas, 36 (51%) masculinos, 50 (70%) PT eram Adequados para a IG (AIG). Na internação, 43 (61%) PT fizeram uso de Nutrição Parenteral (NP). Média do escore Z do peso ao nascimento: -0,95; na alta hospitalar: -3,05; no período I: -2,4; no período II: -1,8; no período III: -1,2. A média da estatura foi: -1,21 ao nascimento; -2,23 na alta; -2,5, -1,8 e -1,1 nos períodos I, II e III, respectivamente. Em relação ao Perímetro Cefálico (PC): escore Z ao nascimento foi -0,71; na alta: -1,5; e seguimento: -1,1, -0,8 e -0,5, respectivamente nos períodos I, II e III. Apresentar o peso AIG, menor tempo de internação na UTIN e porcentagem de peso perdido na hospitalização, reduz a chance de RCEU. No seguimento ambulatorial, a ocorrência de doença metabólica óssea, retinopatia da prematuridade, refluxo gastroesofágico e reinternação, aumentam a chance de RCEU. Apesar da importante queda do escore Z durante a internação, houve melhora progressiva durante o seguimento ambulatorial nos índices de escore Z das três variáveis antropométricas, principalmente do PC. Sendo que com 12 meses de IC, 86% das crianças acompanhadas estavam com escore Z acima de -2 em relação ao PC. Verifica-se a importância da nutrição no período neonatal, assim como, do seguimento ambulatorial adequado e sistematizado, visando minimizar as sequelas e alterações no crescimento advindas da prematuridade, na busca de alcançar todo o potencial do RNPT.
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Associação entre desfechos perinatais e monóxido de carbono atmosférico no Município de Campina Grande no período de 2007 a 2011Gomes, Marcia Matos Bezerra 24 August 2015 (has links)
Submitted by Rosina Valeria Lanzellotti Mattiussi Teixeira (rosina.teixeira@unisantos.br) on 2016-02-22T16:47:21Z
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Previous issue date: 2015-08-24 / Introduction - Several studies have demonstrated an association between air pollution and adverse effects of pregnancy-related low birth weight (LBW) and preterm delivery, affecting growth and neurological development. This association has contributed to intrauterine growth retardation (IUGR), likely to cause over time various diseases in adulthood. Objective - This study aimed to investigate the association between low birth weight and premature birth and maternal exposure to carbon monoxide (CO) in Campina Grande -PB, Brazil. Methods - This is a population longitudinal study, investigating all newborn babies of women living in Campina Grande, Paraiba, Brazil, from 2007 to 2011. The birth data were obtained from the Live Birth Information System (SINASC) of the Ministry of Health. The exposure information was provided by CATT- BRAMS - SISAM. The associations between the outcomes of interest and changes in CO concentrations, controlling for several risk factors during pregnancy were done using the regression models univariate and multiple logistic, using trimesters of pregnancy as display windows. The level of significance was 5%. The study covered 31,030 births from 1st. January 2007 to 31 December 2011. Results - The low birth weight accounted for 8.1% of all newborns. Prematurity was observed in 21.8% of all newborns. To BPN was increased risks of maternal exposure to CO in the 1st., 2nd. and 3rd. quarter respectively of: (RR 1.59, 95% CI 1.34; 1.89), (RR 1.58, 95% CI 1.30; 1.92) and (RR 1.34, 95% CI 1, 21; 1.54). To prematurity, the risks to the 1st, 2nd and 3rd trimesters of pregnancy were RR 1.50; 95% CI 0.61; 3.66), 0.47 RR and CI 0.26; 8.69) and (RR 0.97 CI 0.12; 7.81). The variables settings included in multiple models were maternal age, marital status, pre-natal, childbirth and sex. Conclusion - This study suggests that exposure to CO, even below the standard of air quality in Brazil, for BPN outcome contributes to risk of low birth weight in all the analyzed quarters. Prematurity outcome for the risk of this exposure effect was only observed in the 1st. trimester. The use of CATT-BRAMS data can be an important tool in areas where monitoring stations are not available, although these models are preliminary, needing a validation. / Introdução - Vários estudos têm demonstrado a associação entre poluição atmosférica e efeitos adversos da gravidez, relacionada com baixo peso ao nascer (BPN) e parto prematuro, comprometendo o crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor, contribuindo para um retardo do crescimento intrauterino (RCIU), com probabilidade de causar ao longo do tempo varias doenças na vida adulta. Objetivo - Este estudo objetivou investigar a associação entre o BPN, parto prematuro e exposição materna ao monóxido de carbono (CO) em Campina Grande -PB, Brasil. Métodos - Estudo longitudinal populacional, investigando todos os recém-nascidos de mulheres residentes em Campina Grande, Paraíba, Brasil, no período de 2007-2011. Os dados foram obtidos do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde. As Informações de exposição foram fornecidas por CATT- BRAMS - SISAM. Para avaliar a associação entre os desfechos de interesse e associação às variações das concentrações de CO, controlando para os diversos fatores de risco durante a gravidez, foram utilizados os modelos de regressão logística univariado e múltiplo, usando os trimestres da gravidez como janelas de exposição. O nível de significância adotado para confirmar associações e para identificar fatores de risco para prematuridade e baixo peso, tanto no modelo logístico univariado quanto nos modelos múltiplos, foi de 5%. O estudo abrangeu 31.030 nascimentos ocorridos entre 1º de Janeiro de 2007 e 31 de Dezembro de 2011. Resultados - O baixo peso ao nascimento representou 8,1% de todos os recém-nascidos. Prematuridade foi observada em 21,8% de todos os recém-nascidos. Para BPN houve aumento dos riscos de exposição materna ao CO no 1º. , 2º. e 3º. trimestre respectivamente de: (RR 1,59; IC 95% 1,34; 1,89), (RR 1,58; IC 95% 1,30; 1,92) e (RR 1,34; IC95% 1,21; 1,54). Para prematuridade, os riscos para os 1º, 2º e 3º trimestres gestacionais foram RR 1,50; IC 95% 0,61; 3,66), RR 0,47 e IC 0,26; 8,69) e (RR 0,97 IC 0,12; 7,81). As variáveis de ajustes incluídas nos modelos múltiplos foram a idade materna, estado civil, pré-natal, parto e sexo. Conclusão - Este estudo sugere que a exposição ao CO, mesmo abaixo do padrão de qualidade do ar do Brasil, para o desfecho BPN contribui para risco de baixo peso ao nascer em todos os trimestres analisados. Para o desfecho Prematuridade o risco de sofrer efeito dessa exposição só foi observado no 1º. trimestre gestacional. A utilização de dados CATT-BRAMS pode ser uma ferramenta importante em regiões onde estações de monitoramento não estejam disponíveis, embora esses modelos sejam preliminares, precisando de uma validação.
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Prematuridade e baixo peso ar nascer em três municípios da Paraíba no período de 1997 a 2011Fernandes, Jacqueline Bezerra Araújo 27 August 2015 (has links)
Submitted by Rosina Valeria Lanzellotti Mattiussi Teixeira (rosina.teixeira@unisantos.br) on 2016-03-07T13:12:06Z
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Previous issue date: 2015-08-27 / The advances in care during pregnancy and the fetus are not available seamlessly to all the regions of the country. Prematurity and low birth weight, adverse outcomes of pregnancy are two conditions that can be prevented. Their risk factors have been investigated in different locations and specific characteristics of population groups or health systems that modify these relationships. This study aims to estimate the prevalence of low birth weight and prematurity and to investigate its risk factors in live births in the cities of Patos, Cajazeiras and Sousa, county of Alto SertãoParaibano from 1997 to 2011. This is a cross-sectional study using data from System Live Birth Information. Public data were obtained from the Unified Health System data logging system. The study included all infants born to single pregnancy, residents mother of children in the three counties of interest during the fixed period. A descriptive analysis of all variables was done. To investigate the association between low birth weight and prematurity with the explanatory variables the Pearson chi-square test or Fisher's exact test were used. To evaluate the risk factors we used logistic regression univariate and multivariate model. All independent variables with statistical significance level less than 0.2 were included in the multivariate model specific to each outcome. The significance level adopted to confirm associations and to identify risk factors for prematurity and low birth weight in both univariate logistic models as in multiple models was 5%. Among the 51,830 live births from mothers living in Patos, Cajazeiras and Sousa city from 1997 to 2011, 3,124 (6.03%) were newborns with low weight and 2,079 (4.01%) were premature. Regarding to the risk factors for low birth weight, female sex (OR = 1.43, 95% CI 1.30 to 1.56) and prenatal less than six consultations (OR = 1.37; 95% CI 1.24 to 1.50) were the ones that stood out and should be mentioned that being a teenager mother and have basic education or no education were also risk factors for this outcome. To prematurity, widowed or separated mother (OR = 2.13, 95% CI 1.38 to 3.30), fewer than six prenatal consultations (OR = 1.85, 95% CI 1.66 to 2, 06) and mothers with 36 years or more (OR = 1.40, 95% CI 1.15 to 1.69) were the most relevant risk factors, although the teenage or single mother also have been shown to be independent risk factors. For both outcomes, cesarean section showed a protective factor. We can conclude that despite the limitations in the structures of health services in the studied region, the prematurity prevalence and low birth weight are no greater than those observed in other Brazilian cities located in areas with higher HDI values and known risk factors and in other studies, some of them preventable, are still present in the genesis of these adverse outcomes, deserving attention and taking action to eliminate or to reduce them. / Os avanços na área da atenção à gestação e ao concepto ainda não estão disponível de modo homogêneo para todasa regiões do país. A prematuridade e o baixo peso, desfechos adversos da gestação, são duas condições que podem ser evitadas. Seus fatores de risco têm sido investigados em diferentes locais e características específicas de grupos populacionais ou de sistemas de saúde que modificam estas relações. Este estudo objetiva estimar a prevalência de baixo peso ao nascer e de prematuridade e investigar seus fatores de risco nos nascidos vivos das cidades de Patos, Sousa e Cajazeiras município do Alto Sertão Paraibano, entre 1997 a 2011. Este é um estudo transversal utilizando dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Os dados públicos foram obtidos junto ao sistema de registro de dados do Sistema Único de Saúde. Foram incluídos no estudo todos os recém-nascidos de gestação única, filhos de mãe residentes nos três municípios de interesse, durante o período definido. Foi feita a análise descritiva de todas as variáveis. Para verificar a associação entre baixo peso e prematuridade com as variáveis explicativas foram utilizados os testes de quiquadrado de Pearson ou o teste exato de Fisher. Para se avaliar fatores de risco foi utilizado o modelo de regressão logística univariado e múltiplo. Todas as variáveis independentes que apresentaram nível de significância estatística menor que 0,2 foram incluídas no modelo múltiplo especifico para cada desfecho. O nível de significância adotado para confirmar associações e para identificar fatores de risco para prematuridade e baixo peso, tanto nos modelos logísticos univariados quanto nos modelos múltiplos foi de 5%. Entre os 51.830 nascidos vivos de mães residentes nos município de Patos, Sousa e Cajazeiras no período, de 1997 a 2011, 3.124 (6,03%) foram recém-nascidos com baixo peso e 2.079 (4,01%) foram prematuros. Em relação aos fatores de risco para o baixo peso, sexo feminino (RC = 1,43; IC 95% 1,30 ¿ 1,56) e pré-natal com menos de seis consultas (RC = 1,37; IC 95% 1,24 ¿ 1,50) foram os que se destacaram, devendo ser mencionado que ser mãe adolescente e ter escolaridade fundamental ou nenhuma escolaridade também foram fatores de risco para este desfecho. Para prematuridade, mãe viúva ou separada (RC = 2,13; IC 95% 1,38 ¿ 3,30), menos que seis consultas de pré-natal (RC = 1,85; IC 95% 1,66 ¿ 2,06) e mães com 36 anos ou mais (RC = 1,40; IC 95% 1,15 ¿ 1,69) foram os fatores de risco mais relevante, embora mãe a adolescente ou solteira também tenham se mostrado fatores de risco independente. Para ambos os desfechos, parto cesáreo se mostrou fator de proteção. Podemos concluir que apesar das limitações na estrutura dos serviços de saúde na região estudada, as prevalências de prematuridade e de baixo-peso não são maiores do que as observadas em outras cidades brasileiras localizadas em regiões com maiores valores de IDH e que fatores de risco conhecidos e encontrados em outros estudos, alguns deles evitáveis, ainda estão presentes na gênese destes desfechos adversos, merecendo atenção e a adoção de ações para eliminá-los ou reduzi-los.
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Efeito do leite materno na prevenção da retinopatia da prematuridadeFonseca, Luciana Teixeira January 2016 (has links)
Introdução: A retinopatia da prematuridade (ROP) é uma das principais causas de cegueira e morbidade visual na infância. É uma doença ocular vasoproliferativa secundária à vascularização inadequada da retina dos recém-nascidos (RNs) prematuros (PMTs), cuja etiologia é multifatorial e não está completamente elucidada. Dentre os fatores implicados na sua patogênese estão a exposição da retina em desenvolvimento a níveis anormais de oxigênio e a deficiência do fator de crescimento insulínico-1 (insulin-like growth factor-1, IGF-1). O leite materno (LM) contém IGF-1 e pode ter um efeito protetor contra o desenvolvimento da ROP. Objetivos: Avaliar o possível efeito protetor do LM contra a ROP, através da comparação da quantidade de LM recebida entre os pacientes que desenvolveram ROP e aqueles livres da doença. Tentar determinar a quantidade mínima necessária e o momento em que o RN precisa receber o LM para que esse efeito seja significativo. Pacientes e métodos: Estudo de coorte observacional incluindo RNs com peso de nascimento (PN) inferior a 1500 gramas e / ou com idade gestacional (IG) inferior a 32 semanas, nascidos no período de janeiro de 2011 a outubro de 2014 e internados nas primeiras 24 horas de vida na UTI Neonatal do Hospital da Criança Conceição (HCC) em Porto Alegre. Resultados: A prevalência da ROP em qualquer grau foi de 31% (100 casos em 323 pacientes) e a de ROP grave foi de 9% (29 casos em 323 pacientes). A mediana da quantidade de LM recebida pelos pacientes foi de 10,2mL/kg/dia entre os pacientes sem ROP (amplitude interquartil 1,5-25,5) e de 4,9 mL/kg/dia entre os pacientes com ROP (0,3-15,4). A quantidade de LM recebida nas primeiras seis semanas de vida foi inversamente associada à incidência de ROP em qualquer grau e de ROP grave nas análises univariadas, mas a significância estatística não se manteve após análise multivariada para controle de fatores confundidores na maioria dos períodos avaliados, exceto na sexta semana de vida. Conclusão: Pequenas quantidades de LM não são suficientes para prevenção de ROP em PMTs de risco para a doença. / Introduction: Retinopathy of prematurity (ROP) is one of the major causes of blindness and visual morbidity in childhood. It is a vasoproliferative eye disease secondary to inad-equate vascularization of the retina in premature neonates. Its etiology is multifactorial and it is not completely elucidated. The exposure of the developing retina to abnormal oxygen levels and the deficiency of insulin-like growth factor-1 (IGF-1) are among the factors involved in its pathogenesis. Breast milk (BM) contains IGF-1 and may have a protective effect against the development of ROP. Objectives: To evaluate the possible protective effect of BM against ROP by comparing the amount of breast milk received among patients who developed ROP and those who were disease-free. To attempt to determine both the required minimum amount and the time in which a neonate needs to receive BM for this effect to be significant. Patients and methods: Observational cohort study of newborns with a birth weight be-low 1500 grams and/or gestational age less than 32 weeks, born from January 2011 to October 2014 and hospitalized within their first 24 hours of life in the Neonatal Intensive Care Unit (NICU) at the Hospital da Criança Conceição (HCC), in Porto Alegre- RS- Brazil. Results: The prevalence of ROP at any degree was of 31% (100 cases in 323 patients) and of severe ROP was of 9% (29 cases in 323 patients). The median amount of BM received by patients was 10.2 mL/kg/day among patients without ROP (interquartile range 1.5-25.5) and 4.9 mL/kg/day among patients with ROP (0.3-15.4). The amount of breast milk received in the first six weeks of life was inversely associated with the inci-dence of ROP in any degree and of severe ROP in the univariate analyses. The statistical significance was not maintained after a multivariate analysis to control for confounding factors in the majority of the periods evaluated, except in the sixth week of life. Conclusion: Small amounts of BM are not enough to prevent ROP in premature new-borns at risk of the disease.
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Índices de resistência à insulina, IGF-1 e componentes da síndrome metabólica na pré-eclâmpsia graveValério, Edimárlei Gonsales January 2008 (has links)
Introdução: Há controvérsia sobre a relação entre resistência à insulina e componentes desta síndrome e doença hipertensiva específica da gestação (DHEG). Métodos: Realizado estudo caso-controle pareado por IMC e idade gestacional, foram incluídas 16 pacientes com pré-eclâmpsia grave (PEG) e 16 controles normotensas. A resistência à insulina foi avaliada através dos índices HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment of Insulin Resistance) e QUICKI-IS (Quantitative Insulin Sensitivity Check Index), os componentes da síndrome de resistência à insulina dosados foram colesterol-HDL e triglicerídeos e também foi dosado IGF-1 (Insulin-Like Growth Factor-1). No sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos foram dosados glicemia e insulinemia para cálculo dos índices HOMA-IR e QUICK-IS, assim como a proteína C reativa (PCR). Também foram verificados peso, razão perímetro cefálico/ circunferência abdominal (PC/CA) e idade gestacional ao nascimento. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos quanto aos índices HOMA-IR e QUICKI-IS e colesterol- HDL. Os níveis de triglicerídeos no grupo com PEG foram maiores do que no grupo controle (330,9 mg/dl e 225,1 mg/dl, respectivamente [p = 0,02]) enquanto que os níveis de IGF-1 foram maiores no grupo controle do que no grupo com PEG (277,8 ng/ml e 164,6 ng/ml, respectivamente [p < 0,01]). A maioria das pacientes apresentava sobrepeso ou obesidade (75 %) Os recém-nascidos do grupo com préeclâmpsia apresentaram menor peso e idade gestacional assim como maior razão PC/CA (p < 0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa nos índices HOMA-IR e QUICKI-IS e os níveis de PCR foram normais nos dois grupos. Conclusões: Quando as gestantes com PEG foram pareadas com gestantes normotensas segundo seu IMC e idade gestacional, não houve diferença nos índices de resistência à insulina entre os dois grupos, porém as primeiras apresentaram níveis significativamente menores de IGF-1 e maiores de triglicerídeos.
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Hipercalemia nos recém-nascidos de muito baixo peso no Hospital de Clínicas de Porto Alegre : incidência e fatores associadosNader, Paulo de Jesus Hartmann January 1994 (has links)
A hipercalemia não oligúrica tem sido relatada como um achado freqüente nos recém-nascidos prematuros. Valores de KP acima de 6,7 mEq/l levam a arritmias cardíacas e óbito. Os mecanismos da hipercalemia não oligúrica não estão comple tamente estabelecidos. O presente estudo avaliou a incidência de hipercalemia (potássio > 6mEq/l) em RNPs com peso < 1250 gramas e idade gestacional < 32 semanas nas primeiras 72 horas de vida, nascidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de 1 ano. Vinte e nove prematuros preencheram os critérios do estudo, sendo 26 avaliados. A incidência de hipercalemia foi de 38,4% (potássio 6 mEq/1) e de 15,3% com níveis de potássio passíveis de arritmias cardíacas ( KP > 6,7 mEq/1 ). A população foi dividida em 2 grupos: grupo KN com potássio < 6mEqll e grupo KE com potássio6 mEq/l. A amostra constou de 16 prematuros do grupo KN e de 1O prematuros do grupo KE. A conduta no controle hidroeletrolítico e na manutenção do ambiente térmico neutro foi a mesma nos 2 grupos. Nenum dos grupos recebeu potássio nas primeiras 36 horas de vida. lngesta hídrica, transfusões sangüíneas, infusões de bicarbonato e diurese foram rigorosamente registradas. Foram coletadas amostras de sangue para potássio, sódio, pH, bicarbonato, glicose, creatinina plasmática, aldosterona, insulina, sódio urinário, potássio e creatinina urinária. Foi testada a influência das variáveis peso de nascimento, idade gesta cional, Índice de Apgar, doença da membrana hialina, hemorragia cerebral, bicarbonato sangüíneo, pH sangüíneo, insulina sérica, glicemia, índice glicemia/insulina, aldosterona sérica, creatinina plasmática, taxa de filtração glomerular, potássio urinário, excreção fracionada de sódio, excreção fracionada de potássio, índice tubular de aldosterona e volume urinário, comparando os grupos KN e KE. O •grupo KE apresentou níveis de potássio mais elevados durante todo o estudo.O volume de lfquidos administrado nos grupos foi similar, e a quantidade de potássio recebida no grupo KN foi significativamente maior no terceiro dia de vida em relação ao grupo KE. Os pesos de nascimento dos grupos não diferiram significati vamente (KN = 963 gr; KE = 987 gr). O grupo KN apresentou idade gestacional (29,3 semanas X 30,8 semanas) e índice de Apgar no primeiro minuto (3,18 X 5,7) significativamente menores (p = 0,004 e p = 0,015 respectivamente) comparativamente ao grupo KE. Não houve diferença significativa entre os dois grupos em relação a hemorragia intraventricular, acidose, doença da membrana hialina, níveis de insulina, glicemia, índice glicemia/ insulina, filtração glomerular, diurese, potássio urinário e índice tubular de aldosterona. O nível de aldosterona foi significativamente maior no grupo KE (p = 0,029) com 24 horas de vida (212,8 ng/dl X 110,2 ng/dl) quando comparado com o grupo KN. A excreção fracionada de sódio foi maior no grupo KN, sem, contudo, mostrar significância estatística Os resultados sugerem que os níveis de aldosterona e a filtração glome rular não são responsáveis pelo elevado potássio plasmático nos prematuros estudados. Considera-se que mecanismos de controle do potássio a nível da membrana celular e a nível tubular renal possam estar envolvidos na gênese da hipercalemia nos prematuros.
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Investigação de doença celíaca em mães de neonatos prematuros e/ou com baixo peso ao nascerMachado, Ana Paula de Souza Lobo 27 February 2015 (has links)
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Ana Paula de Souza Lobo Machado.pdf: 15523893 bytes, checksum: d5b1ae5d3b90f2ac1c5a1ae267588dce (MD5) / Introduction:Maternal Celiac Disease has been related to adverse events during pregnancy, including an increased risk of low birth weight newborns, prematurity and/or intrauterine limited growth.Objective:To investigatethe occurrenceof celiac disease in a group of mothers of prematureand/or low birth weight newborns.Methods:The study design was cross-sectional, in which were included 54 mothers of premature and/or low birth weight newborns and 107 mothers of term newborns weighing more than 2500g(exposedgroup). Low birth weight was defined as less than 2500g (comparisongroup) and all included newborns were consecutively born from May/2014 to August/2014. Screening for celiac disease was performed by serum IgA and anti-transglutaminase IgA antibody titers. Total serum IgA titers were researched to rule out the possibility of false-negative tests. All of the included patients responded to a survey about symptoms related to celiac disease. In case ofpositive serology for celiac disease, research was also held for HLA DQ2 and HLA DQ8, and endoscopy with intestinal biopsy was requested to confirm the diagnosis. Patients withoutvillous atrophy but positive for both anti-transglutaminase IgA antibodies and HLA DQ2 and/or HLA DQ8 were considered as having latent celiac disease. In patients with positive serology, an additional research of serum ferritin, B12 vitamin and folic acid levels was done in order to investigate micronutrient deficiency, and the BMI (Body Mass Index) was calculated to evaluate the nutritional status of these patients. Results:The positive serology for celiac disease was found in 1 of 54 women in the exposedgroup, with a prevalence of celiac disease of 1,85% (IC 95%: 0,00% -5,57%), while in the comparisongroup there were no positive samples. The patient with positive serology for celiac disease had at least one HLA-DQ2 allele, but there was no evidence of villous atrophy on duodenal biopsy, and the patient was considered as having latent celiac disease. Malnutrition or deficiency of vitamin B12, folic acid and ferritin were not found in this patient. Symptoms related to celiac disease were referred by the patient with latent celiac disease.Conclusions:In the present study, a parturient of a preterm newborn with extreme low birth weight presented positive serology for celiac disease, and well as for the HLA-DQ2 research. Malnutrition or altered levels of ferritin, folic acid and B12 vitamin were not found in this patient. Symptoms typically related to celiac disease were referred by the patient with positive anti-transglutaminase IgA antibodies. Larger studies with greater power are necessary to determine the role of serologic screening for celiac disease in pregnant women. / Introdução:Doença celíaca materna tem sido relacionada a eventos desfavoráveis na gestação, incluindo risco aumentado para o nascimento de neonatos prematuros e/ou combaixo peso ao nascer.Objetivo:Investigar a ocorrênciade doença celíaca em um grupo de parturientes de recém-nascidos prematuros e/ou com baixo peso ao nascer. Métodos:O delineamento do estudo foi do tipo transversal, no qual foram incluídas 54parturientesde recém-nascidos prematuros e/ou com baixo peso ao nascer, definido por peso ao nascimento menor que 2.500g(grupo de expostos) e 107parturientes de recém-nascidos a termoe com peso maior que 2.500g(grupo de comparação) consecutivamente nascidos no período de maio/2014a agosto/2014. A triagem para doença celíaca foi realizada através da dosagem sérica do anticorpo IgA antitransglutaminase. Níveis séricosde IgA total foram pesquisadospara afastar a possibilidade de testes falso-negativos.Todas as pacientes incluídas no estudo responderam a um questionário de sintomas relacionados à doença celíaca. Em caso desorologia positiva, realizou-se a pesquisa do HLA DQ2 e do HLA DQ8sendoindicada a endoscopia digestiva alta com biópsia intestinal para confirmação dodiagnóstico.Pacientes sem atrofia vilositária mas com positividade do anticorpo IgA antitransglutaminase e pesquisa positiva de HLA-DQ2 e/ou HLA-DQ8 foram consideradas portadoras de doença celíaca latente. Nas pacientes com sorologia positiva, dosagem sérica de ferritina, vitamina B12 e ácido fólicoforam pesquisadas para investigação dedeficiência destes micronutrientese o IMC (Índice de Massa Corpórea) foi calculado para avaliar o estado nutricional destas pacientes.Resultados:Soropositividade do anticorpo IgA antitransglutaminase foi encontrada em 1/54 mulheres do grupo de expostos,com frequênciade doença celíaca neste grupo de 1,85% (IC 95%: 0,00% -5,57%)enquanto que no grupodecomparaçãonão houve amostras positivas. Apacientecom sorologia positiva para doença celíaca apresentou ao menos um alelo HLA-DQ2,porém não foi evidenciada atrofia vilositária nabiópsia duodenal, sendo considerada como portadora de doença celíaca latente.Má nutrição ou deficiência de vitamina B12, ácido fólico ou ferritina não foram encontradas nessa paciente. Sintomas relacionados à doença celíaca foram referidos pela paciente com doença celíaca latente. Conclusões:Nesse estudo, uma parturiente de neonato prematuro e com extremo baixo peso ao nascerapresentou sorologia positiva para doença celíacae foi também positiva para a pesquisa de HLA-DQ2. Má nutrição ou níveis alteradosde ferritina, ácido fólico e vitamina B12 não foram encontrados nesta paciente.Sintomas relacionados à doença celíaca foram referidos pela paciente com positividade do anticorpo IgA antitransglutaminase. Estudos com maior poder e tamanho amostral são necessários para definir o papel da triagem sorológica para a doença celíaca em gestantes.
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Medicina periodontal : doenças periodontais, duração de gravidez e peso ao nascerPetry, Paulo Cauhy January 2006 (has links)
Resumo não disponível
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Baixo peso ao nascer e gemelaridade no município de Porto Alegre (Brasil) : um novo desafioSilva, Clecio Homrich da January 2007 (has links)
Em várias cidades brasileiras, tem-se observado um aumento do Baixo Peso ao Nascer (BPN), mas, até o presente momento, não foi realizada uma avaliação do impacto dos nascimentos múltiplos (gêmeos, trigêmeos ou número superior) sobre o BPN. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência dos nascimentos múltiplos na tendência do das taxas de baixo peso ao nascer na cidade de Porto Alegre, Brasil. Este é um estudo baseado no registro dos nascidos vivos do município no período de 1994 a 2005. Os dados foram obtidos junto ao Sistema Nacional de Nascidos Vivos (SINASC). Os testes de Qui-quadrado de tendência foram realizados para as taxas de BPN e para as taxas de nascimentos múltiplos. Os fatores de risco para BPN e nascimentos múltiplos foram analisados utilizando-se regressão logística múltipla. O impacto dos nascimentos múltiplos na tendência de BPN foi avaliado por meio do modelo seqüencial, incluindo o ano de nascimento e após o ajuste para nascimentos múltiplos. Os fatores de risco para BPN e nascimentos múltiplos foram analisados utilizando-se regressão logística múltipla. O impacto dos nascimentos múltiplos na tendência de BPN foi avaliado por meio do modelo seqüencial, incluindo o ano de nascimento e após o ajuste para nascimentos múltiplos. Foi estudado um total de 263.252 nascidos vivos. A taxa de baixo peso ao nascimento aumentou de 9,70 para 9,88% (P < 0,001) e a taxa de nascimentos múltiplos aumentou de 1,95 para 2,53% (P < 0,001). A taxa de BPN aumentou entre os gêmeos de 57,14 para 63,46% (P < 0,001) enquanto, nos trigêmeos ou em número superior, ela permanece elevada. A taxa de gêmeos aumentou 27,4% enquanto, a de trigêmeos ou em número superior aumentou 150%. Os nascimentos múltiplos podem ser responsáveis por um aumento de 17,9% na taxa de BPN, durante esse período, percentual que pode ser considerado baixo quando comparado aos países desenvolvidos. Pode-se atribuir que ambos, o aumento dos nascimentos múltiplos e o aumento do Baixo Peso ao Nascerentre os recém-nascidos múltiplos, contribuem para esse aumento geral na taxa do BPN. As mães com um maior nível de escolaridade, com uma maior idade e que tiveram seus partos em hospitais privados mostraram associação com nascimentos múltiplos. Nas gestações múltiplas, o Baixo Peso ao Nascer foi mais freqüente naquelas mães: sem filhos prévios, com idade abaixo de 21 ou entre 31 e 35 anos, com baixa escolaridade e nos recém-nascidos trigêmeos ou em número superior. O uso das tecnologias de reprodução assistida poderia explicar o crescimento das taxas de recém-nascidos múltiplos o que, para um país em desenvolvimento como o Brasil, tem repercussões significativas na morbimortalidade dessa população, na saúde pública e no gerenciamento dos recursos para o Sistema Único de Saúde. / There has been an increase of low birth weight (LBW) rates in some Brazilian settings, but no evaluation of the impact of multiple births on LBW rates has been carried out. The aim of this study was to assess the influence of multiple births on trends of LBW rates in Porto Alegre, Brazil. This is a registry based study of live births from 1994 to 2005. The data were obtained from the national live birth information system. Chi-Square tests for trends were assessed for LBW and multiple birth rates. Risk factors for multiple births and LBW in multiples were assessed using multiple logistic regressions. The impact of multiple births on LBW trends was assessed by sequential modeling, including year and further adjustment for multiple births. A total of 263,252 live births were studied. The LBW rate increased from 9.70% to 9.88% (P<0.001) and the multiple birth rate rose from 1.95% to 2.53% (P<0.001). LBW rate increased among twins, from 57.14% to 63.46% (P=0.001). LBW rate among triplets or higher-order births remained high. The twin birth rate rose 24.7% while the rate of triplets or higher-order births increased 150%. Multiple births may be responsible for 17.9% of the increase in the LBW rate over the period. This impact is small compared with most developed countries. The increase in multiple births and in LBW among multiple births contributed to this rise in overall LBW rate. Mothers with higher levels of schooling, older mothers and mothers delivering in private hospitals were more likely to deliver multiple births. In multiple birth pregnancies, LBW wasmore frequent in those without a previous child, those under 21 years or aged 31 to 35 years, those with low schooling, and in triplets or higher-order births. The use of assisted reproductive technologies may explain the increasing the multiple birth rate. This for the developing countries like Brazil had an important impact on morbidity and mortality in children population, on public health and in the organization of recourses in Sistema Único de Saúde.
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