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Simbolismo animal os sermões de Santo Antônio de Lisboa e o bestiário medieval / Symbolisme animal - les sermons de Saint Antoine de Lisbonne et le bestiaire médievalGlícia Silva Campos 24 March 2010 (has links)
Saint Antoine de Lisbonne (1192-1231) a vécu la grande partie de sa vie pendant les premières décennies de la période connue par Bas Moyen Âge (treizième au quinzième siècle). Cest justement au début de cette ère quon arrive létablissement dun art de prêcher médiéval, preennant pour référence les idées répandues au début du Christianisme, par Jésus, et, après, par Saint Paul ; la philosophie des Saints Prêtres de lÉglise ; et, enfin, les plusieurs précepteurs du treizième siècle, qui refléchissaient le nouveau contour sur lequel il y avait se revêti la théorie de la prédication, où on soulignait la façon de prêcher, jusquau moment oubliée en faveur du contenu de loratoire. Cest aussi à cette époque que les ordres mendicantes se sont aggrandies, parmi lesquelles on cite les franciscains. Saint Antoine, pendant que prêcheur des Frères Mineurs, a employé les connaissances quil a acquises pendant la période dont il a fait partie de lOrdre des Chanoines Réguliers de Saint Augustin ; les connaissances de la philosophie diffusée par le fondateur de lOrdre Franciscain, Saint Fraçois dAssise ; et, enfin, les connaissances de tous les artifices offrés par loratoire de son époque. Il a dirigé sa prétication, surtout, aux catares, qui étaient hérétiques et méprisaient toutes les choses matérielles, y compris la nature. On pense que, en utilisant le simbolisme des bestiaires médiévals, Saint Antoine a concilié trois facteurs de grande efficacité dans son discours. Le premier facteur concerne à la pleine conciliation entre les recours de lars praedicandi et lallégorie du bestiaire médiéval. Ensuite, on relève lutilisation même du monde animal pendant que facteur defficacité du discours, prennant en consideration la conception selon laquelle la nature serait un miroir codifié de lunivers spirituel, où les propos de Dieux envers les hommes seraient déposités de façon implicite. Cette conception était três diffusée pendant le Moyen Âge. Le troisièmme facteur est lharmonie entre lutilisation du bestiaire médiéval comme recours rhétorique et la philosophie des franciscains. Cette dernière attribue une valeur spéciale à la nature, surtout aux animaux. Lanalise des sermons dAntoine, ceux dans lesquels on utilise lunivers animal, elle a lobjectif de mettre en lumière ces éléments intrensèques, en utilisant la correspondance entre le symbolisme contenu dans les sermons et lanalogie implicite dans les bestiaires. Enfin, cest très important prenner en consideration la suprématie de linterprétation morale à laquelle se sont soumis ces deux discours / Santo Antônio de Lisboa (1192-1231) viveu a maior parte de sua vida durante as primeiras décadas do período conhecido como Baixa Idade Média (século XIII ao XV). Data do início dessa era o estabelecimento de uma arte de pregar medieval, que toma como referência as idéias propaladas no princípio do Cristianismo, por Jesus e, posteriormente, por São Paulo; a filosofia dos Padres da Igreja; e, enfim, os diversos preceptores do século XIII, que espelhavam o novo contorno do qual havia se revestido a teoria da prédica, em que se sublinhava também a forma de pregar, até então preterida em função do conteúdo da oratória. É também nessa época que tomam vulto as ordens mendicantes, dentre as quais se destacam os franciscanos. Santo Antônio, como pregador dos Frades Menores, valeu-se dos conhecimentos adquiridos durante o período em que integrou a Ordem dos Cônegos Regrantes de Santo Agostinho; da filosofia propalada pelo fundador da Ordem instituída por São Francisco de Assis; e, por fim, de todos os artifícios que lhe oferecia a oratória de seu tempo. Dirigiu sua prédica, sobretudo, aos cátaros, hereges que desprezavam as coisas materiais, inclusive a natureza. Ao utilizar o simbolismo dos bestiários medievais, estima-se que Santo Antônio conciliou três fatores fundamentais na eficácia de seu discurso. O primeiro deles, se refere à plena comunhão entre os recursos da ars praedicandi e a alegoria do bestiário medieval. Em seguida, ressalta-se a própria utilização do mundo animal como fator de eficaz eloqüência, considerando-se a concepção, em voga na sociedade medieval, de que a natureza seria um espelho codificado do universo espiritual, e nela estariam subjacentes os propósitos de Deus para com os homens. O terceiro fator a ser destacado é a harmonia entre a utilização do bestiário medieval como subsídio retórico e a filosofia dos franciscanos, que confere valor especial à natureza, sobretudo aos animais. A análise dos sermões de Antônio que utilizam o universo animal tem por objetivo trazer à luz esses elementos intrínsecos na sua prédica, utilizando-se a correlação entre a simbologia evocada nos sermões e a analogia implícita nas histórias narradas nos bestiários, considerando-se a supremacia da interpretação de sentido moral em ambos os discursos
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Simbolismo animal os sermões de Santo Antônio de Lisboa e o bestiário medieval / Symbolisme animal - les sermons de Saint Antoine de Lisbonne et le bestiaire médievalGlícia Silva Campos 24 March 2010 (has links)
Saint Antoine de Lisbonne (1192-1231) a vécu la grande partie de sa vie pendant les premières décennies de la période connue par Bas Moyen Âge (treizième au quinzième siècle). Cest justement au début de cette ère quon arrive létablissement dun art de prêcher médiéval, preennant pour référence les idées répandues au début du Christianisme, par Jésus, et, après, par Saint Paul ; la philosophie des Saints Prêtres de lÉglise ; et, enfin, les plusieurs précepteurs du treizième siècle, qui refléchissaient le nouveau contour sur lequel il y avait se revêti la théorie de la prédication, où on soulignait la façon de prêcher, jusquau moment oubliée en faveur du contenu de loratoire. Cest aussi à cette époque que les ordres mendicantes se sont aggrandies, parmi lesquelles on cite les franciscains. Saint Antoine, pendant que prêcheur des Frères Mineurs, a employé les connaissances quil a acquises pendant la période dont il a fait partie de lOrdre des Chanoines Réguliers de Saint Augustin ; les connaissances de la philosophie diffusée par le fondateur de lOrdre Franciscain, Saint Fraçois dAssise ; et, enfin, les connaissances de tous les artifices offrés par loratoire de son époque. Il a dirigé sa prétication, surtout, aux catares, qui étaient hérétiques et méprisaient toutes les choses matérielles, y compris la nature. On pense que, en utilisant le simbolisme des bestiaires médiévals, Saint Antoine a concilié trois facteurs de grande efficacité dans son discours. Le premier facteur concerne à la pleine conciliation entre les recours de lars praedicandi et lallégorie du bestiaire médiéval. Ensuite, on relève lutilisation même du monde animal pendant que facteur defficacité du discours, prennant en consideration la conception selon laquelle la nature serait un miroir codifié de lunivers spirituel, où les propos de Dieux envers les hommes seraient déposités de façon implicite. Cette conception était três diffusée pendant le Moyen Âge. Le troisièmme facteur est lharmonie entre lutilisation du bestiaire médiéval comme recours rhétorique et la philosophie des franciscains. Cette dernière attribue une valeur spéciale à la nature, surtout aux animaux. Lanalise des sermons dAntoine, ceux dans lesquels on utilise lunivers animal, elle a lobjectif de mettre en lumière ces éléments intrensèques, en utilisant la correspondance entre le symbolisme contenu dans les sermons et lanalogie implicite dans les bestiaires. Enfin, cest très important prenner en consideration la suprématie de linterprétation morale à laquelle se sont soumis ces deux discours / Santo Antônio de Lisboa (1192-1231) viveu a maior parte de sua vida durante as primeiras décadas do período conhecido como Baixa Idade Média (século XIII ao XV). Data do início dessa era o estabelecimento de uma arte de pregar medieval, que toma como referência as idéias propaladas no princípio do Cristianismo, por Jesus e, posteriormente, por São Paulo; a filosofia dos Padres da Igreja; e, enfim, os diversos preceptores do século XIII, que espelhavam o novo contorno do qual havia se revestido a teoria da prédica, em que se sublinhava também a forma de pregar, até então preterida em função do conteúdo da oratória. É também nessa época que tomam vulto as ordens mendicantes, dentre as quais se destacam os franciscanos. Santo Antônio, como pregador dos Frades Menores, valeu-se dos conhecimentos adquiridos durante o período em que integrou a Ordem dos Cônegos Regrantes de Santo Agostinho; da filosofia propalada pelo fundador da Ordem instituída por São Francisco de Assis; e, por fim, de todos os artifícios que lhe oferecia a oratória de seu tempo. Dirigiu sua prédica, sobretudo, aos cátaros, hereges que desprezavam as coisas materiais, inclusive a natureza. Ao utilizar o simbolismo dos bestiários medievais, estima-se que Santo Antônio conciliou três fatores fundamentais na eficácia de seu discurso. O primeiro deles, se refere à plena comunhão entre os recursos da ars praedicandi e a alegoria do bestiário medieval. Em seguida, ressalta-se a própria utilização do mundo animal como fator de eficaz eloqüência, considerando-se a concepção, em voga na sociedade medieval, de que a natureza seria um espelho codificado do universo espiritual, e nela estariam subjacentes os propósitos de Deus para com os homens. O terceiro fator a ser destacado é a harmonia entre a utilização do bestiário medieval como subsídio retórico e a filosofia dos franciscanos, que confere valor especial à natureza, sobretudo aos animais. A análise dos sermões de Antônio que utilizam o universo animal tem por objetivo trazer à luz esses elementos intrínsecos na sua prédica, utilizando-se a correlação entre a simbologia evocada nos sermões e a analogia implícita nas histórias narradas nos bestiários, considerando-se a supremacia da interpretação de sentido moral em ambos os discursos
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O bestiário na igreja do Colégio da Companhia de Jesus em SalvadorNeves, Belinda 12 May 2015 (has links)
Submitted by Belinda Neves (belindaneves@hotmail.com) on 2017-09-09T14:53:49Z
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Belinda Maria de Almeida Neves.pdf: 19622122 bytes, checksum: e5cce9b72101d87f7e77c6f345a12a7a (MD5) / Fapesb / A presente pesquisa aborda a iconografia e iconologia do bestiário presente na Igreja e Botica dos jesuítas em Salvador, Bahia, séculos XVII e XVIII, período barroco, e está dimensionada em três capítulos. Compondo o repertório simbólico dos altares da nave está a pomba, o cordeiro, a fênix, o golfinho. Acrescidos ao conjunto estão híbridos zoo-antropomorfos como sereias bicaudais, mulheres com corpo de serpente e harpias, presentes no altar mor e, com exceção da harpia, igualmente nos altares dos Santos Mártires e das Santas Virgens Mártires. Mediante a presença do bestiário fantástico estabelecemos os possíveis diálogos entre a virtude e o vício e, especificamente nesse caso, a virtude da castidade contra o vício da luxúria, discurso amplamente utilizado pelos jesuítas no período colonial, e refletido no programa iconográfico. No teto da nave, o majestoso emblema da Companhia de Jesus é ladeado pelos tetramorfos alados, em quatro pontos cardeais, e acompanhado por listeis grafados com a Epístola de São Paulo aos filisteus. Os tritões estão presentes no teto, em credencias e na forma de atlantes e complementam o conjunto simbólico da nave. Na sacristia o Ipupiara - monstro marinho que ilustrou a cronística colonial – está presente nas três torneiras do lavabo de mármore. Nas pinturas do teto da sacristia estão retratados 21 painéis de jesuítas mártires e Confessores da Fé católica, pertencentes aos quatro continentes em que atuou a Societas Jesu. Com a análise e interpretação feita em camadas, observamos que estão presentes e em constante diálogo a religiosidade, fé, arte e ciência. Destacamos nesse aspecto a astronomia, matemática, poesia, música, astrologia e alquimia, temas pertinentes e em consonância com o século XVII, o que permite que a visão do teto possa ser ainda, interpretada no formato tridimensional. No centro deste programa está o painel de S. Ignácio de Loyola, ladeado por outros quatro painéis dos jesuítas S. Francisco Xavier, S. Francisco de Borja, S. Stanislaw Kostka e S. Luis Gonzaga, e formam uma cruz grega. No conjunto estão quatro representações de Orfeu encantando os animais com alaúdes e violinos, juntamente com um significativo contingente zoomorfo de espécies do continente americano. Entre aves e mamíferos estão retratados 46 animais e o repertório abrange o tucano, a onça, o guará, o ganso-do-Orinoco, o cão-da-pradaria, a cegonha, a andorinha, o macaco, entre outros. O contingente é também composto por duas águias bicéfalas, símbolo do Quinto Império - o Império de Cristo, presentes nos painéis dos jesuítas mártires P. Marcelo Mastrilli e P. Pedro Dias. O mito de Orfeu popularizou-se através da obra do poeta italiano Ovídio (43 a.C-18 d.C.) intitulada Metamorfoses. No Livro X e XI da obra, Orfeu encanta as bestas e as transforma através de sua música. Analisamos a metáfora do encantamento e estabelecemos as possíveis relações entre o mito de Orfeu, Jesus Cristo, as missões jesuíticas, e a possível transformação do gentio colonial mediante a doutrina cristã. Por sua vez, o estudo do bestiário na Botica foi realizado com base nas informações contidas na Collecção de várias receitas, manuscrito de jesuíta não identificado e datado de 1766. Entre os animais estão o lagarto, o ouriço-cacheiro, o sirênio, veado, borboleta, que estabelecem igualmente o diálogo entre o simbolismo cristão e a alquimia, e demonstram a importância da metáfora e emblemática no discurso artístico da Companhia de Jesus. / This research addresses the iconography and iconology of the bestiary present in the Church and Pharmacy of the jesuits in Salvador, Bahia, XVIIth and XVIIIth centuries, baroque period and is dimensioned in three chapters. Composing the symbolic repertory of the altars of the church nave are the dove, the sheep, the phoenix, the dolphin. Added to the set are zoo-anthropomorphics such as two-tailed mermaids, women with bodies of snake and harpies, present in the altar mor and, with exception of the harpy, equally on the altars of the Holy Martyrs and of the Holy Virgin Martyrs. By means of the presence of the fantastic bestiary the possible dialogs between virtue and vice were established and, specifically in this case, the virtue of chastity against the vice of lust, a speech widely used by jesuits during the colonial period, and reflected on the iconographic program. In the ceiling of the nave, the majestic emblem of the Society of Jesus is flanked by winged tetramorphs, in four cardinal points together with listels engraved with the Epistle of St. Paul to the fhilistines. The tritons are in the ceiling, in the shape of atlanteans and complement the symbolic set of the nave. On the sacristy the Ipupiara – sea monster that illustrated the colonial chronicles – is present in the three taps of the marble toilet. In this ceiling 21 panels of Jesuit martyrs and Confessors of Catholic Faith are portrayed, belonging to the four continents where the Societas Jesu acted. With the analysis and interpretation made in layers, it was observed that are present, and in constant dialogue, the religiosity, the faith, the art and the science. Astronomy, mathematic, poetry, music, astrology and alchemy are highlighted, relevant topics and in consonance with the XVIIth century, allowing that the vision of the ceiling can also be interpreted in tridimensional format. In the center of this program is the panel of Saint Ignatius of Loyola, flanked by four other panels of Jesuits Saint Francisco Xavier, Saint Francisco de Borja, Saint Stanislaw Kostka and Saint Luis Gonzaga, forming a greek cross. In the group are four representations of Orpheus enchanting the animals with lutes and violins, along with a significant zoomorphic contingent of species from the american continent. Among birds and mammals there are 46 animals portrayed and the repertory encompasses the toucan, the ounce, the guara, the Orinoco’s goose, the prairie dog, the stork, the swallow, the monkey, among others. The contingent is also composed by two double-headed eagles, symbol of the Fifth Empire – Christ’s Empire, present in panels of the Jesuit martyrs Father Marcelo Mastrilli and Father Pedro Dias. The myth of Orpheus became popular due to the work of Italian poet Ovid (43 a.C – 18 d.C) entitled Metamorphoses. In Book X and XI of the work, Orpheus enchants the beasts and transform them through his music. We analyzed the metaphor of enchantment and established the possible relations between the myth of Orpheus, Jesus Christ, the Jesuitical missions and the transformation of the colonial gentile by the Christian doctrine. On the other hand, the study about the bestiary of the Pharmacy was made based in information contained in the Collecção de várias receitas, a manuscript from a non-identified jesuit, dated from 1766. Among the animals are the lizard, the urchin, the sirenian, the deer, the butterfly, which establish equally the dialogue between christian symbolism and alchemy, and demonstrate the importance of the metaphor and emblematic on the artistic speech of the Society of Jesus.
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Bestiário do Apolo: a dimensão trágica e inquietante da belezaCOSTA, Marcelo Monteiro 10 February 2017 (has links)
Submitted by Rafael Santana (rafael.silvasantana@ufpe.br) on 2018-02-16T18:47:58Z
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Bestiario de Apolo (tese) Marcelo Monteiro Costa.pdf: 13116392 bytes, checksum: 1d69d90ccd4ee1895811f13b8af7e823 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-02-16T18:47:58Z (GMT). No. of bitstreams: 2
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Previous issue date: 2017-02-10 / CAPES / O presente trabalho é uma investigação sobre a dimensão trágica da beleza, ou a relação entre o belo e o inquietante (unheimlich), que permeia o fascínio da experiência estética ou da ordem do sensível. Como o próprio título sugere, a pesquisa parte da composição dos impulsos artísticos apolíneo e dionisíaco, para então reivindicar a face inquietante e trágica da beleza, ou o lado obscuro e perturbador na aparência resplandecente de Apolo. Ao retomar o conceito do belo através de uma harmonia dos contrários ou de uma poética do encontro entre o bestial e o rigor da forma, entre a graça e a crueldade humana, entre a razão e a vontade, a intenção é restabelecer e ressignificar as concepções estéticas que viam no belo e no inquietante não campos de atuação opostos que se excluem, mas componentes de uma beleza insondável que inquieta e perturba em seu caráter inapreensível. Uma beleza capaz de trazer à tona aquilo que era pra ser mantido oculto ou em segredo. Num segundo momento, a concepção do unheimlich como algo da ordem do estranho-familiar é retomada a partir das narrativas de retorno à casa, especialmente A parábola do filho pródigo. A casa enquanto abrigo é aqui tomada como refúgio e lugar do repouso contra a ameaça da noite que inquieta e perturba. A casa em sua dimensão estética, no confronto entre o que é heimlich e doméstico, e o unheimlich ou estranho. A construção do lar enquanto elemento reconfortante sofre aqui a ameaça da dimensão trágica. É dentro dessa prerrogativa da fruição estética como uma experiência da ordem do estranho-familiar que o trabalho consolida sua tese. Uma forma retórica de reafirmar que mesmo dentro de estruturas estabilizadoras, como o conceito apolíneo de beleza na estética, ou a volta ao "lar doce lar", há sempre uma dimensão trágica e perturbadora a se manifestar e provocar fascínio. / The present study is an investigation about the tragic dimension of beauty, or the relationship between the beauty and the uncanny (unheimlich), which permeates the fascination of aesthetic experience or of a sensitive percept. As the title suggests, the research stems from the composition of Apollonian and Dionysian artistic impetus, in order to reclaim the disturbing and tragic face of beauty, or the obscure and disruptive side of the bright appearance of Apollo. By resuming the concept of beauty throughout a harmony of opposites or a poetic of the encounter of the bestial and the logical form, of human grace and cruelty, of rationality and will, the intention is to recover and reframe the aesthetic notion that used to perceive the beauty and the uncanny not as opposite scopes of work that exclude each other, but as components of an inconceivable beauty which disquiets and disturbs within its unreachable nature. A beauty that is capable of eliciting what should be kept occult or in secret. In a second moment, the notion of unheimlich as something in the strange-familiar category is took up from narratives of returning home, specially the parable of the prodigal son. The house as a shelter is here taken as a refuge and resting place against the threat of the night that troubles and terrifying. The house in its aesthetic dimension, in the confrontation between what is heimlich and domestic, and the unheimlich or stranger. The framing of home as a warming element is here threatened by the tragic dimension. Within this prerogative of aesthetic fruition as an experience in the strangefamiliar category, the work consolidates its theory. A rhetorical way of reassuring that even within the stabiliser structures, as the Apollonian concept of beauty in aesthetics, or the returning to “home sweet home”, there is always a tragic and disturbing dimension to arise and cause fascination.
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A INTERFACE ENTRE O PARADISÍACO E O BESTIÁRIO NA CRONÍSTICA COLONIAL BRASILEIRAGERVÁSIO, Eduardo Vieira 01 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-01-01 / Cette dissertation análise le mythe du Paradis tel qu il est disseminé dans les cronistiques
des voyageurs européen en Amerique et Brésil dans la colonisation. Pour ça, deux
chroniqueurs français sont análisés: André Thévet dans l oeuvre As Singularidades da
França Antártica et Jean de Léry dans l oeuvre Viagem à Terra do Brasil. Pour la part des
portugaises, les auteures: Ambrósio Fernandes Brandão, Os Diálogos das Grandezas do
Brasil; Fernão Cardim, Tratados da terra e gente do Brasil; Gabriel Soares de Souza,
Tratado descritivo do Brasil em 1587 et Pêro de Magalhães Gândavo, dans une chapitre
avec le titre Tratado da terra do Brasil part de l oeuvre História da Província da Santa
Cruz. Cette vision sur le Nouveau Monde port sur soi des caractéristiques du premier
Paradis, tels que: l harmonie entre créatures, l état innocence, le délassement, l abondance,
l immortalité et une faune exotique et marveilleuse. Sur la faune paradisiaque, on recherche
l influence du symbolisme des bestiaires médiévaux à la description de la faune exotique
brésilienne. Ainsi, le mythe du Paradis se fonde avec le symbolisme des bestiaire, c est une
interface où les animaux exotiques de la cronistiques symbolisent les caractérisques
principaux paradisiaques: quelques-uns symbolisent l abondance d aliments; des autres,
vertus comme l immortalité et l absence de males comme maladies; et des autres,
symbolisent l harmonie entre l homme et les animaux de la nature du Paradis de Adam et
Éve. Il est construit, alors, ce qu on appele, dans ce travail, bêts paradisiaques . Alors, on
identifie une nouvelle tipologie de bêtes, dont thème est un mélange entre les traditionneles
bestiaires et le paradisiaque. Pour tel propos, le travail s appuye sur les théories sur le
mythe du Paradis et sur les théories du symbolisme des bestiaires, dans une recherche
critique et comparative de la mythologie e du symbolisme, éléments caractéristiques de la
nature littéraire. / Esta dissertação analisa o mito do Paraíso tal como ele está disseminado nas crônicas dos
viajantes europeus que visitaram a América e o Brasil colonial. Para tanto, dois cronistas
franceses serão analisados: André Thévet na sua obra As Singularidades da França
Antártica e Jean de Léry na sua narrativa intitulada Viagem à Terra do Brasil. Quanto à
cronística de autoria portuguesa serão examinados os seguintes autores: Ambrósio
Fernandes Brandão, Os Diálogos das Grandezas do Brasil; Fernão Cardim, Tratados da
terra e gente do Brasil; Gabriel Soares de Souza, Tratado descritivo do Brasil em 1587 e
Pêro de Magalhães Gândavo, no capítulo intitulado Tratado da terra do Brasil contido na
sua obra História da Província da Santa Cruz. Tal visão acerca do Novo Mundo trás
consigo algumas características do Paraíso, tais como: harmonia entre as criaturas, o estado
de inocência, a ociosidade, a abundância de alimentos, a imortalidade e uma fauna exótica e
maravilhosa. Com relação a essa fauna paradisíaca, procura-se demonstrar a influência do
simbolismo dos bestiários medievais na descrição da fauna exótica brasileira. Assim, o mito
do Paraíso funde-se ao simbolismo dos bestiários, numa interface na qual vários animais
exóticos dessa cronística simbolizam as principais características paradisíacas: alguns
simbolizam a abundância de alimentos; outros, as virtudes da imortalidade e da ausência de
males como as doenças; e outros, ainda, simbolizam a harmonia entre o homem e os
animais do Paraíso de Adão e Eva. Forma-se, então, aquilo que se chama, neste trabalho, de
bestas paradisíacas . Nesse sentido, se buscará identificar uma nova tipologia de bestas,
cujo tema é uma miscelânea entre os tradicionais bestiários e o paradisíaco. Para tal
propósito, o trabalho se baseia nas teorias sobre o mito do Paraíso e nas teorias do
simbolismo dos bestiários, numa pesquisa crítica e comparativa da mitologia e do
simbolismo, elementos característicos da natureza literária.
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As imagens em bestiários ingleses dos séculos XII e XIII / Images in English bestiaries of the 12th and 13th centuriesGarcia, Muriel Araujo Lima 18 August 2015 (has links)
Bestiários são manuscritos ricamente ilustrados e, no entanto, há poucos estudos dedicados especificamente às suas imagens. Deste modo, esta pesquisa tem por objetivo investigar o papel das imagens em três bestiários produzidos na Inglaterra entre os séculos XII e XIII, redigidos em latim. Partimos do princípio de que essas imagens não têm uma função meramente ilustrativa ou mnemônica, uma vez que raramente fazem referência às moralizações e exegeses do texto. A proposta principal desta pesquisa é, pois, analisar as imagens e suas funções nos manuscritos tendo em mente que a lógica do pensamento figurativo não é a mesma da do texto. / Bestiaries are richly illustrated manuscripts, however, there are few studies devoted specifically to its images. As it is, the purpose of this research is to investigate the role played by the images in three Latin bestiaries produced in England during the twelfth and thirteenth centuries. Our hypothesis is that these images do not serve a merely illustrative or mnemonic function, as they rarely reference the textual moralizations and exegeses. The objective of this work is to analyze the images and their functions in the manuscripts bearing in mind that the logic of figurative thought is not the same as the texts.
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As imagens em bestiários ingleses dos séculos XII e XIII / Images in English bestiaries of the 12th and 13th centuriesMuriel Araujo Lima Garcia 18 August 2015 (has links)
Bestiários são manuscritos ricamente ilustrados e, no entanto, há poucos estudos dedicados especificamente às suas imagens. Deste modo, esta pesquisa tem por objetivo investigar o papel das imagens em três bestiários produzidos na Inglaterra entre os séculos XII e XIII, redigidos em latim. Partimos do princípio de que essas imagens não têm uma função meramente ilustrativa ou mnemônica, uma vez que raramente fazem referência às moralizações e exegeses do texto. A proposta principal desta pesquisa é, pois, analisar as imagens e suas funções nos manuscritos tendo em mente que a lógica do pensamento figurativo não é a mesma da do texto. / Bestiaries are richly illustrated manuscripts, however, there are few studies devoted specifically to its images. As it is, the purpose of this research is to investigate the role played by the images in three Latin bestiaries produced in England during the twelfth and thirteenth centuries. Our hypothesis is that these images do not serve a merely illustrative or mnemonic function, as they rarely reference the textual moralizations and exegeses. The objective of this work is to analyze the images and their functions in the manuscripts bearing in mind that the logic of figurative thought is not the same as the texts.
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O Simbolismo Animal Medieval: um safári literário em Moacyr Scliar e Manoel de Barros / The animal medieval symbolism: A literary safari throught Moacyr Scliar and Manoel de BarrosFREITAS JUNIOR, Dario Taciano de 02 April 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-04-02 / It s known that the esthetic creation of diverse brazilian literature authors, has been the aim of study of several treatments, theoretic approach, critical and analytical, regarding its image content, symbolic and figurative. Although recurrent, the theoretic works that scrutinizes the animal figure, few productions are dedicated to its literary meaning, what, somehow, shows the lack of attention related to this issue. Without decreasing the importance of the traditional studies, that just presents the animal figure as own human s implicit form, this study tries to fill the critical lack, analyzing literary contemporaneous brazilian productions that contemplates the animal figure based in its symbolical aspects. Thus, as much of the imaginary and symbolism, arose in the bestiary medieval tradition, its recurrent found in the current literature, the following authors, of recognized prominence and importance in the context of national literature, were chosen to be analyzed: Moacyr Scliar and Manoel de Barros. So, there will be a descriptive, analytical, critical and interpretative study of the symbolical and imaginary presence of animals, respectively, in tales of O carnaval dos animais (1968) and in the poetry book Arranjos para assobio (1982), from its own distinction, its gender and its singularity, since each of this works, in addition being part of a particular historical context, it s marked by distinctive aspects of each author / Sabe-se que a criação estética de diversos autores da literatura brasileira tem sido alvo de estudos de variados tratamentos, abordagens teóricas e crítico-analíticas, no que diz respeito ao seu conteúdo imagético, simbólico e figurativo. Apesar de recorrentes, os trabalhos teóricos que rastreiam a figura do animal, poucas são as obras dedicadas ao seu significado literário, o que, de certa forma, mostra descaso sobre o assunto. Sem desfavorecer a importância dos estudos tradicionais, que apenas apresentam a figura animal como forma implícita do próprio homem, este estudo procura preencher essa lacuna na crítica, examinando obras da literatura brasileira contemporânea que contemplam a figura do animal baseado em seus aspectos simbólicos. Assim, como muito do imaginário e simbolismo, originado na tradição bestiária medieval, encontra-se recorrente na literatura atual, foram eleitos os seguintes autores contemporâneos de reconhecido destaque e importância no âmbito da literatura nacional, nos quais será analisada a temática em questão: Moacyr Scliar e Manoel de Barros. Haverá, portanto, a realização de um estudo descritivo, analítico e crítico-interpretativo da presença simbólica e imaginária de animais, respectivamente, em contos de O carnaval dos animais (1968) e no livro de poesia Arranjos para assobio (1982), a partir de sua própria distinção, seu gênero e sua singularidade, já que cada uma dessas obras, além de fazer parte de um contexto histórico particular, é marcada pelo traço distintivo de cada autor
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Paralelos entre a técnica compositiva do conto e da fotografia nas obras Bestiario, Final del juego e Las armas secretas, de Julio cortázarSavaris, Michele January 2017 (has links)
Esta tese busca analisar a estrutura do conto, aproximando-o da fotografia com base no ensaio Alguns aspectos do conto, do argentino Julio Cortázar. No referido texto, o autor propõe que para escrever um conto o escritor segue estratégias muito semelhantes às de um fotógrafo no ato do registro com a sua câmera. Para discutirmos tal afirmação, será feita uma análise dos contos que compõem Bestiario, Final del juego e Las armas secretas, a fim de destacar neles, aspectos que guardam alguma relação com a linguagem fotográfica. Nesse sentido, estruturaremos as discussões a partir de quatro pontos: a) o próprio Cortázar e sua afinidade com o elemento fotográfico, conforme se observa em algumas de suas obras, bem como a comparação que estabelece no ensaio mencionado acima; b) a escrita de seus contos e o uso da linguagem objetiva e, ao mesmo tempo, descritiva que remete a características fotográficas; c) os traços relativos ao contexto fotográfico como: luz e sombra, ponto de vista, dupla exposição, foco, profundidade de campo, planos, composição, enquadramento, macrofotografia e flashes que, no entanto, também podem ser encontrados ao longo dos contos cortazarianos; d) a ideia de que cada livro de contos pode ser lido sob a perspectiva do álbum. Para isso, procederemos à abordagem de algumas obras de Julio Cortázar, em especial, as que contemplam fotografias, com o intuito de observar em que medida ele atuava como fotógrafo enquanto escrevia seus contos, imprimindo aspectos comuns do campo fotográfico nos seus textos. A partir das análises e aproximações entre a narrativa escrita e a fotográfica, buscaremos entender os livros de contos como possíveis álbuns cujos fragmentos geram sentidos que decorrem, em alguma medida, da conexão entre essas unidades independentes. Para tal abordagem, será feita a leitura de algumas das biografias de Julio Cortázar, além de entrevistas concedidas pelo escritor, com o intuito de compreender seus conceitos e pensamento acerca dos diversos temas que atravessam a sua obra. Também realizaremos a leitura e o estudo de materiais teóricos que possibilitem a reflexão sobre a técnica fotográfica para que, a partir do corpus ficcional, possamos estabelecer as aproximações propostas entre os contos literários de Cortázar e fotografia. / Esta tesina busca analizar la estructura del cuento, acercándolo a la fotografía a partir del ensayo Algunos aspectos del cuento, del argentino Julio Cortázar. En el referido texto, el autor propone que para escribir un cuento el escritor sigue estrategias muy semejantes a las de un fotógrafo en el acto del registro con su cámara. Para que se discuta tal afirmativa, será hecho un análisis de los cuentos que componen Bestiario, Final del juego e Las armas secretas, con el objetivo de apuntar en éstos, aspectos que mantienen alguna relación con el lenguaje fotográfico. Así, estructuraremos las discusiones a partir de cuatro puntos: a) el propio Cortázar y su afinidad con el elemento fotográfico, conforme se observa en algunas de sus obras, bien como la comparación que establece en el ensayo mencionado arriba; b) la escrita de los cuentos y el uso del lenguaje objetivo y, a la vez, descriptivo que remite a características fotográficas; c) los rasgos relativos al contexto fotográfico como: luz y sombra, punto de vista, doble exposición, foco, profundidad de campo, planos, composición, encuadramiento, macrofotografía y flashes que, sin embargo, también pueden ser encontrados a lo largo de los cuentos cortazarianos; d) la idea de que cada libro de cuentos puede ser leído bajo la perspectiva de un álbum. Para eso, abordaremos algunas obras de Cortázar, en especial, las que contemplan fotografías, con la intención de observar en qué medida ele actuaba como fotógrafo mientras escribía sus cuentos, imprimiendo aspectos comunes del campo fotográfico en sus textos. A partir de los análisis y acercamientos entre la narrativa escrita y la fotográfica, buscaremos comprender los libros de cuentos como posibles álbumes cuyos fragmentos generan sentidos que resultan, en alguna medida, de la conexión entre esas unidades independientes. Para tal enfoque teórico, serán hechas lecturas de algunas biografías de Julio Cortázar, además de entrevistas concedidas por el escritor, con la intención de comprender sus conceptos y pensamientos acerca de los diversos temas que cruzan su obra. También realizaremos la lectura y el estudio de materiales teóricos que posibiliten una reflexión con relación a la técnica fotográfica para que, a partir del corpus ficcional, podamos establecer los acercamientos propuestos entre los cuentos literarios cortazarianos y la fotografía.
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Paralelos entre a técnica compositiva do conto e da fotografia nas obras Bestiario, Final del juego e Las armas secretas, de Julio cortázarSavaris, Michele January 2017 (has links)
Esta tese busca analisar a estrutura do conto, aproximando-o da fotografia com base no ensaio Alguns aspectos do conto, do argentino Julio Cortázar. No referido texto, o autor propõe que para escrever um conto o escritor segue estratégias muito semelhantes às de um fotógrafo no ato do registro com a sua câmera. Para discutirmos tal afirmação, será feita uma análise dos contos que compõem Bestiario, Final del juego e Las armas secretas, a fim de destacar neles, aspectos que guardam alguma relação com a linguagem fotográfica. Nesse sentido, estruturaremos as discussões a partir de quatro pontos: a) o próprio Cortázar e sua afinidade com o elemento fotográfico, conforme se observa em algumas de suas obras, bem como a comparação que estabelece no ensaio mencionado acima; b) a escrita de seus contos e o uso da linguagem objetiva e, ao mesmo tempo, descritiva que remete a características fotográficas; c) os traços relativos ao contexto fotográfico como: luz e sombra, ponto de vista, dupla exposição, foco, profundidade de campo, planos, composição, enquadramento, macrofotografia e flashes que, no entanto, também podem ser encontrados ao longo dos contos cortazarianos; d) a ideia de que cada livro de contos pode ser lido sob a perspectiva do álbum. Para isso, procederemos à abordagem de algumas obras de Julio Cortázar, em especial, as que contemplam fotografias, com o intuito de observar em que medida ele atuava como fotógrafo enquanto escrevia seus contos, imprimindo aspectos comuns do campo fotográfico nos seus textos. A partir das análises e aproximações entre a narrativa escrita e a fotográfica, buscaremos entender os livros de contos como possíveis álbuns cujos fragmentos geram sentidos que decorrem, em alguma medida, da conexão entre essas unidades independentes. Para tal abordagem, será feita a leitura de algumas das biografias de Julio Cortázar, além de entrevistas concedidas pelo escritor, com o intuito de compreender seus conceitos e pensamento acerca dos diversos temas que atravessam a sua obra. Também realizaremos a leitura e o estudo de materiais teóricos que possibilitem a reflexão sobre a técnica fotográfica para que, a partir do corpus ficcional, possamos estabelecer as aproximações propostas entre os contos literários de Cortázar e fotografia. / Esta tesina busca analizar la estructura del cuento, acercándolo a la fotografía a partir del ensayo Algunos aspectos del cuento, del argentino Julio Cortázar. En el referido texto, el autor propone que para escribir un cuento el escritor sigue estrategias muy semejantes a las de un fotógrafo en el acto del registro con su cámara. Para que se discuta tal afirmativa, será hecho un análisis de los cuentos que componen Bestiario, Final del juego e Las armas secretas, con el objetivo de apuntar en éstos, aspectos que mantienen alguna relación con el lenguaje fotográfico. Así, estructuraremos las discusiones a partir de cuatro puntos: a) el propio Cortázar y su afinidad con el elemento fotográfico, conforme se observa en algunas de sus obras, bien como la comparación que establece en el ensayo mencionado arriba; b) la escrita de los cuentos y el uso del lenguaje objetivo y, a la vez, descriptivo que remite a características fotográficas; c) los rasgos relativos al contexto fotográfico como: luz y sombra, punto de vista, doble exposición, foco, profundidad de campo, planos, composición, encuadramiento, macrofotografía y flashes que, sin embargo, también pueden ser encontrados a lo largo de los cuentos cortazarianos; d) la idea de que cada libro de cuentos puede ser leído bajo la perspectiva de un álbum. Para eso, abordaremos algunas obras de Cortázar, en especial, las que contemplan fotografías, con la intención de observar en qué medida ele actuaba como fotógrafo mientras escribía sus cuentos, imprimiendo aspectos comunes del campo fotográfico en sus textos. A partir de los análisis y acercamientos entre la narrativa escrita y la fotográfica, buscaremos comprender los libros de cuentos como posibles álbumes cuyos fragmentos generan sentidos que resultan, en alguna medida, de la conexión entre esas unidades independientes. Para tal enfoque teórico, serán hechas lecturas de algunas biografías de Julio Cortázar, además de entrevistas concedidas por el escritor, con la intención de comprender sus conceptos y pensamientos acerca de los diversos temas que cruzan su obra. También realizaremos la lectura y el estudio de materiales teóricos que posibiliten una reflexión con relación a la técnica fotográfica para que, a partir del corpus ficcional, podamos establecer los acercamientos propuestos entre los cuentos literarios cortazarianos y la fotografía.
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