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O mandonisno local na Chapada DiamantinaRosa, Dora Leal January 1974 (has links)
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Dissertacao-Dora-Leal-Rosa1.pdf: 6232580 bytes, checksum: 44ad3906804fd80b0f57dc8f96142ba3 (MD5) / Ao longo do curso "A Estrutura Social dos Dois Nordestes na Primeira Republica", oferecido pelo Mestrado em Cien- cias Humanas, no período 1970/1971, veio sendo desenvo'1 vida uma ampla investigação e respeito do fenomeno "mandón i smo local", em um nível, ate então, pouco trabalhado: o da invest igaçao empirica.
"Certos fenomenos ja largamente referidos pela I it<2 ratura socio logica, e mesmo, paro-soc i o Iog i ca, no Brasil, tais co mo o privatismo e o mandonismo local - suas decorrências ou man i - festações espacio-tempora i s, como o coroneli smo, observado como expressão do privat ismo que herdamos de nossas origens coloniais, re i nterpretado e manifestado na primeira etapa do nosso Republica por imposição de inadequações ou contradições no plano da vida pc! lítica - tais fenomenos nao tem tido, quer nos parecer, o necessa rio tratamento factual ao nível de se tentar a construção de mode Ios empíricos trabalhados sob o controle das referencias teóricas ja elaborados". (*)
Real mente, ernbora ja existindo, uma relativamente - rica bibliografia sobre assuntos tais como mandon i smo, fami Ii smo, privatismo, poder local e coronelismo sao escassos os trabaIhos que tratem o fenomeno da incursão do poder privado no domínio pu- bIi co”, ao n1 ve I da empiric, ao nivel do "caso".
Trabalhos classicos como os de Costa Pinto ( Lutas de Familias no Brasil), VÍtor Nunes Leal (Corone Iismo. Enxada & Voto), e Maria Isaura Pereira de Queiroz (0 Mandonismo Local na
(*) Zahide Machado Neto - "Nota Previa sobre o Coronelismo na Bahia do Republica Velha" - p. I e 2
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Vida Política Brasileira) - que abordam o assunto poder I oca I, detn tro de um plano teorico (embora por vezes tragam referencias emp_í ricas) - sugerem em momentos diversos a necessidade de se elaborar estudos monograficos a respeito do mandonismo como tentativa de compreensão total do fenomeno. (*)
Por outro lado, o trato empírico de manifestações circunstanciais do fenomeno "poder local", poder ia permitir "nao so testar as teorias ja existentes, atravessa aplicaçao das refereji cies teóricas aos fatos empiricamente observados, como e medida em que os resultados das investigações sejam suficientemente cori sistentes, reelabora-las convenientemente". (**)
Assim, alguns dos mestrandos, matriculados naquela di£ cíplina, iniciaram, sob a orientação do professor responsável pe Io curso, uma investigação de cerater exploratorio, sobre tre/fa "casos" de mandonismo'corridos na Bahia, no período comumente rjs ferido como "Republica Velha* (I889-1930).Procurava-se observar, nessa investigação, o funcionamento de tres elementos identifica dos como condIcionantes a persistência 6 permanência de expres- gões de mandonismo local na vida política nacional; o latifundic* 9 familia grande e o isolamento,
0 presente trabalho e o resultado final de uma dessas investigações, (***) Investigação em que se tomou como "cago" e p Coronel Horacio de Matos, chefe político na Chapada Oi amant ln*y durante um longo período (1912-1930), herdeiro de uma dae mela Antigas familias da região, os Mate# da Chapada Velha, de grande tradiçap no mando e no exercício do poder,
(*) Os três autores citados parecem-nos ser as matrizes dos estjj dos de poder local realizados no Brasil. Outros trabaIhos,cn tretanto, existem, enriquecendo a literatura sobre o tema, (vide bibliografia)
(**) Zahidé Machado Neto - op. cit, pag. 2
(***) Um relatório inicial, apresentado como^traboI ho final do curso, serviu de base a esta dissertação. Tal relotorio , ao lado de outros trabalhos de mestrandos, compoe uma co- letanea de textos "Coronelismo na Bahia" editado pelo Mes trado em Ciências Humanas.
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A seleção deste *caso", dentre as alternativas possi- veis, deveu-se a dois fatores: o primeiro, a possibilidade de se acompanhar através o estudo da fami I ia Matos e do Coronel Horacig o processo de formaçao e organizaçao da familia como um "grupo de poder”, de se proceder a recoritruçao da velha ordem coronelista; a segunda, a existência de um volumoso arquivo, deixado pelo Cor£ nel, contendo toda documentação que conseguiu acumular em sua vida de chefe político.
0 arquivo do Coronel Horacio de Matos, fonte primária em nosso trabalho, compreende cerca de 2.000 documentos (cartas , telegramas, notas de compras, balancetes, a coleção do jornal ” 0 Sertão”, por ele fundado) cujos datas variam entre os anos dej9!3 a 1931• Tal arquivo tornou-se sumamente importante para nos, por ser ”capaz nao apenas de indicar a reconstrução historica de toda uma época, mas de prestar valiosa contribuição para a tentativa - de testar hipóteses teóricas sobre o fenomeno do coronelismo, ja que ele pertenceu, e seu conteúdo esta estritamente vinculado, a um coronel e ao funcionamento do sistema do coronelismo numa area em que este fenomeno se expressou em termos de uma larga riqueza de relações, composiçoes e soiuçoes". (*)
Nao apenas nos documentos do arquivo, se fundamenta es-
(*) - Zahiué Machado Noto - op. cit. p. 9
0 arquivo do Coronel Horacio esta em Mucuge, antigo cidade das Lavras. Com o objetivo de consulta-Io Ia estivemos em viagem promovida pelo Mestrado, viagem que se estendeu a Lençóis, Andaraí, Xique-Xique de Igatu e Scabra, cidades - onde, ainda hoje, "vivem” os velhos coronéis, recriados a- traves as historias, casos e lendas dos seus moradores,mu^i. tos deles contemporaneos, parentes, amigos ou inimigos do Coronel Aurélio, de ”seu Douca, Manuel fabricio e Horacio. Recentemente, ainda em busca de dados e documentos sobre - os Coronéis da Chapada, voltamos es Lavras, em percurso s<i melhante, alongado a Palmeiras, a antiga Vila Bela, do che fe LÍdio.
-se estudo. Também, era relatos colhidos em entrevistas e conversas com os antigos habitantes da região, em suas lembranças e memoria, Indícios que foram permitindo a reconstrução do universo e da
teia de relações em que se formaram e se movimentaram os coronéis da Chapada•
Da pequena, mas minunciosa bibliografia sobre os Chefes Políticos da Chapada Diamantina recolhemos dados diversos, a história das suas lutas; dos seus feitos, as primeiras coordenadas ־־
sobre o assunto.
Como apoio teorico partimos do conceito de coronelismo, formulado por VÍtor Nunes Leal, em que o fcnomeno c definido nao como "utr.a manifestaçao anacrônica de poder local, ou sobrevivcn- cia de formas arcaicas de mandonismo e localismo, mas como superposição de formas desenvolvidas do regime representativo a uma es5 trutura social e economics inadequada", e do modelo de referencia seguinte:
" I. rarefaçao do poder publico e reciprocidade: prestigio
proprio do coronel e prestigio de empréstimo, que o p<3 der lhe outorgo;
2. Iiderança do coronel - herdada ou conquistada - e funcionamento de uma. constelação do prestigios entre co- roneI/corone i s/1ugar-tenentes, entre coronel/doutores;
3. ascendência do coronel resultante do fato de ser proprietário rural; grande propriedade, grande numero de dependentes (fami Iiares - parentesco de "sangue", parentesco civil e religioso) empregados, parceiros, pequenos proprietarios. .
4• organ i zaçao partidar i a -e regime eleitoral compelindo a açao direta do coronel sobj^seus liderados e ovidencian do filhotismo e mandonismo ("para os amigos, pao; paro os inimigos pau"; *para os amigos, tudo; para 03 ininu. gos, a lei").
5• s ituae i on i smo como condição de sobrevivência: apoio ao governo, e como contrapartida, "carta-branca".
6. assunçao de instituições sociais pelo coronel: Jurisdai>
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çao sobre dependentes, funções policiais com polícia privada (v. 9., o jagunço) e autonomia extra-IegaI”.
O
A partir desse quadro desenvolvemos nossa investi- gaçao dando maior enfase ao item 3 (grande propriedade e rela— çoes dela resultantes), procurando observar as relações que se estabelecem dentro do grupo domestico, entre as familias dom i naji tes, e entre estos o o poder publico, tendo como suportes a graji de propriedade e o i so:amento.
Por fim, queremos agradecer ao Coordenador do Mestrado, Prof. Machado Meto, o estímulo constante a realizaçao do curso e da investigação proposta, aos professores e todos a que- les que tornaram possivcl a elaboração deste trabalho, e em especial a Professora Zahide Machado Neto, nossa orientadora desde os primeiros momentos, pelo incentivo, sugestões e orientação, - que conduziram a esse estudo, ora apresentado como dissertação de Mestrado.
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O gênero Cuphea P. Browne na Chapada Diamantina, Bahia, BrasilBrauner, Laiana de Moraes 29 August 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Botânica, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-11-28T20:27:03Z
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2017_LaianadeMoraesBrauner.pdf: 10237419 bytes, checksum: 1a2f29fed3870793a169db50adcd1b06 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-31T20:15:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2018-01-31 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Apoio a Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). / A Chapada Diamantina abrange aproximadamente 24 municípios e é considerada o principal maciço montanhoso do nordeste brasileiro, se estendendo do norte de Minas Gerais até a porção central da Bahia. Apresenta um mosaico vegetacional com campos rupestres, cerrados, matas secas e ciliares e alta diversidade de espécies e endemismos. O presente estudo está inserido no contexto do projeto “Flora da Bahia”, e tem como objetivo o levantamento das espécies do gênero Cuphea na Chapada Diamantina. Cuphea é o maior gênero de Lythraceae, com cerca de 240 espécies ocorrendo no continente americano, sendo que o Brasil é o país mais rico em espécies e em endemismos. O gênero é reconhecido pelos representantes predominantemente subarbustivos, pelas flores zigomorfas com tubo floral alongado e calcarado, 11 estames e pela presença de uma glândula na base do ovário. O estudo foi baseado em levantamentos nos herbários representativos do estado da Bahia, além do herbário Embrapa Cenargen e da Universidade de Braília, e a campo, resultando no reconhecimento de 21 táxons, entre estes, C. bahiensis, C. glareosa e C. sp. nov., espécie nova encontrada em Mucugê e Palmeiras, consideradas espécies endêmicas da Chapada Diamantina. O estudo apresenta chaves de identificação para espécies e variedades, descrições, comentários, ilustrações e mapas de distribuição geográfica. / The Chapada Diamantina covers 24 municipalities, and is the main mountain chain from northeast of Brazil, extending from northern Minas Genais to the central portion of Bahia. It is a mosaic vegetation, with rock outcrops, cerrados, dry forests and riparian forests, with a high diversitiy and endemism. The present study contributes to the project “Flora da Bahia” and its main goal is a floristic survey of the genus Cuphea in Chapada Diamantina. Cuphea is the largest genus in Lythraceae, with about 240 species occurring in the American continent, and Brazil is the richest country in species and endemisms. The genus is recognized by subshrubs, zygomorphic flowers with an elongated and spurred floral tube, 11 stamens, and presence of a nectariferous disc at the base of the ovarium. The study was based on herbarium specimens and field exploration, resulting in the recognition of 21 taxa, among them, three species endemic to Chapada Diamtina, C. bahiensis, C. glareosa and C. sp. nov., new species found in Mucugê and Palmeiras, species considered endemic of Chapada Diamantina. The study also presents identification keys to species and varieties, descriptions, comments, illustrations and geographic distribution maps.
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Iconicidade toponímica na Chapada Diamantina: estudo de caso / toponymic iconicity in the Chapada Diamantina: a case studyOliveira, Carlos Eduardo de 03 October 2008 (has links)
O signo toponímico, cuja característica principal é a identificação de um determinado espaço, estabelecendo uma significação, em certos contextos, pode destacar traços do espaço referido, evidenciando uma iconicidade toponímica (DICK, 1990). Este estudo de caso examina, sob estes aspectos, topônimos da Chapada Diamantina, Bahia, por meio da aplicação dos modelos teóricos e metodológicos propostos por Dick no projeto Atlas Toponímico do Brasil (ATB). Considerando o contexto regional, foram selecionados 108 topônimos que designam sítios turísticos na área conhecida como Circuito do Diamante, onde estão situadas as principais cidades que, no final do século XIX, emergiram com a mineração e que, hoje, figuram como as cidades históricas de destaque no circuito turístico local: Andaraí, Lençóis, Mucugê e Palmeiras. Considerando o topônimo um traço cultural, a descrição dos ambientes físico e social é observada, com apresentação dos caracteres geográficos e dos ciclos históricos que se sucederam desde as fundações destes núcleos populacionais. A catalogação dos topônimos, em fichas lexicográfico-toponímicas (DICK, 2004), dispõe o tratamento lingüístico do corpus e acrescenta informações extralingüísticas que concorrem à compreensão dos mecanismos motivadores das nomeações. Os signos toponímicos são analisados em suas categorias semânticas e em suas propriedades icônicas. / The toponymic sign, which main characteristic is the identification of a certain location that establishes meaning, in some contexts, may emphasize some referred location features, bringing to light a kind of toponymic iconicity (DICK, 1990). The present case study explores, on these aspects, toponyms from Chapada Diamantina, Bahia, on the theoretical and methodological models presented by Dick in Atlas Toponímico do Brasil (ATB). By taking the regional context into consideration, 108 toponyms designating tour sites have been chosen from the Diamond Circuit area, where the main late 19th Century cities of Andaraí, Lençóis, Mucugê, and Palmeiras, that emerged due to mining and nowadays are important historic cities in the regional touristic circuit, are located. Having toponym as a cultural trace, physical and social environments description is performed, presenting geographic and historical cycles information, since these people settlement. The toponyms cataloging using lexigraphictoponymic forms (DICK, 2004) defines the linguistic treatment of the corpus and adds extralinguistic data, which help the understanding of naming motivation mechanisms. Toponymic signs are analyzed by their semantic categories and iconic properties
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Estudo sobre as imagens fotográficas da Chapada Diamantina / Study about the photography images of Chapada DiamantinaSerrer, Pedro Benetazzo 04 December 2018 (has links)
Esta dissertação pretendeu interpretar as representações fotográficas da área que hoje é compreendida como Chapada Diamantina, localizada no estado da Bahia. Para tanto, está sugerida a necessidade de considerar os limites objetivos da paisagem como categoria de análise do processo social do qual resulta e, consequentemente, de sua representação em fotografias. Na interpretação aqui empreendida, a paisagem e a fotografia que fazem aparecer tal processo, ao mesmo tempo escondem aquilo que lhe é substancial enquanto forma social. Característica própria da sociabilidade mediada pela mercadoria. Por isso, durante o processo de estudo, por um lado buscou-se montar um panorama interpretativo lógico e histórico da área estudada e dos nexos que estabelece enquanto particularidade com a totalidade da reprodução social capitalista em escala nacional e global. Em paralelo correlato, buscou-se estabelecer um quadro das relações que possibilitaram a produção de cada um dos grupos de imagens selecionados para a realização dessa pesquisa. A análise crítica desses processos é a intenção dessa dissertação. / This dissertation intended to interpret the photographic representations of the area that today is understood as Chapada Diamantina, located in the state of Bahia. Therefore, it is suggested the need to consider the objective limits of the landscape as a category of analysis of the social process from which it results and, consequently, of its representation in photographs. In the interpretation made here, the landscape and the photograph that make this process appear, at the same time hide what is substantial as a social form. Characteristic of sociability mediated by the commodity. For this reason, during the study process, on the one hand we sought to create a logical and historical interpretive panorama of the area studied and the nexus that establishes as a particularity with the totality of capitalist social reproduction on a national and global scale. In parallel correlate, it was tried to establish a framework of the relations that enabled the production of each of the groups of images selected for the accomplishment of this research. The critical analysis of these processes is the intention of this dissertation.
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Iconicidade toponímica na Chapada Diamantina: estudo de caso / toponymic iconicity in the Chapada Diamantina: a case studyCarlos Eduardo de Oliveira 03 October 2008 (has links)
O signo toponímico, cuja característica principal é a identificação de um determinado espaço, estabelecendo uma significação, em certos contextos, pode destacar traços do espaço referido, evidenciando uma iconicidade toponímica (DICK, 1990). Este estudo de caso examina, sob estes aspectos, topônimos da Chapada Diamantina, Bahia, por meio da aplicação dos modelos teóricos e metodológicos propostos por Dick no projeto Atlas Toponímico do Brasil (ATB). Considerando o contexto regional, foram selecionados 108 topônimos que designam sítios turísticos na área conhecida como Circuito do Diamante, onde estão situadas as principais cidades que, no final do século XIX, emergiram com a mineração e que, hoje, figuram como as cidades históricas de destaque no circuito turístico local: Andaraí, Lençóis, Mucugê e Palmeiras. Considerando o topônimo um traço cultural, a descrição dos ambientes físico e social é observada, com apresentação dos caracteres geográficos e dos ciclos históricos que se sucederam desde as fundações destes núcleos populacionais. A catalogação dos topônimos, em fichas lexicográfico-toponímicas (DICK, 2004), dispõe o tratamento lingüístico do corpus e acrescenta informações extralingüísticas que concorrem à compreensão dos mecanismos motivadores das nomeações. Os signos toponímicos são analisados em suas categorias semânticas e em suas propriedades icônicas. / The toponymic sign, which main characteristic is the identification of a certain location that establishes meaning, in some contexts, may emphasize some referred location features, bringing to light a kind of toponymic iconicity (DICK, 1990). The present case study explores, on these aspects, toponyms from Chapada Diamantina, Bahia, on the theoretical and methodological models presented by Dick in Atlas Toponímico do Brasil (ATB). By taking the regional context into consideration, 108 toponyms designating tour sites have been chosen from the Diamond Circuit area, where the main late 19th Century cities of Andaraí, Lençóis, Mucugê, and Palmeiras, that emerged due to mining and nowadays are important historic cities in the regional touristic circuit, are located. Having toponym as a cultural trace, physical and social environments description is performed, presenting geographic and historical cycles information, since these people settlement. The toponyms cataloging using lexigraphictoponymic forms (DICK, 2004) defines the linguistic treatment of the corpus and adds extralinguistic data, which help the understanding of naming motivation mechanisms. Toponymic signs are analyzed by their semantic categories and iconic properties
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Riqueza de cupins (Insecta, Isoptera) em uma ?rea de caatinga e outra de cerrado senso restrito na Chapada Diamantina, Bahia, BrasilAlves, Emerson Almeida 27 March 2013 (has links)
Submitted by Ricardo Cedraz Duque Moliterno (ricardo.moliterno@uefs.br) on 2015-07-29T22:20:23Z
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Previous issue date: 2013-03-27 / The current study had as a goal the analysis of termites species in Chapada Diamantina, at two different areas: one through Caatinga and the other at,cerrado restricted sense, Palmiras city, state of Bahia, Brazil and as well as to compare the wealth coming from these organisms considering the physical factors of climate, edaphic and vegetation factors. This study was made at two different areas, the first one in Caatinga and the second place was at cerrado sensu stricto, in Palmeiras city, state of Bahia. there were 12 transects installed for each area studied ( six of them in dry season and the other six in rainy season) which was 65 meters lenght, 2 meters wide and so it owned 5 plots, measuring 5 meters lenght, 2 meters wide, one away from the other 10 meters. There were made soil gathering up to 30 cm depth with the help coming from an 10 cm diameter auger at different spots from each area of study and the analysis of this material was made at the Brazilian Agricultural Research corporation. So, 50 termites species were found belonging to 25 genres, split into three families. The occurance of collected species at Caatinga was slightly richer counting 44 of species, mentioning that 39 from these ones were observed happening at cerrado areas. The results obtained from the curves of accumulation of species through Jacknife estimator first order showed different results as for collection eficiency for both areas. The analysis of wealth variation from both ecosystems and so the analysis of sorting calculated from the Nonmetric Multidimensional Scaling (NMDS) shows a high similarity of species among different studied areas. The results that were here found evidenced from the two studied ecosystems the guild of humivoros as the most meaningful with twenty species showed, however the xylophagous were then the most usual among the samples. The presence of stratum arboreal in both areas may be the determining factor for the finding of these results, as well as for the greatest wealth of termite species at Caatinga, cause the presence of greenery may promote important resources offer for these insects survival. / O presente estudo teve como objetivo analisar a ocorr?ncia das esp?cies de cupins na Chapada Diamantina, em duas ?reas distintas uma de Caatinga e outra de cerrado senso restrito no munic?pio de Palmeiras, Bahia, Brasil e comparar a riqueza destes organismos levando-se em considera??o os fatores f?sicos do clima, ed?ficos e vegetacional. Este estudo foi realizado em duas ?reas distintas, a primeira de Caatinga e a segunda de cerrado sensu restrito, no Munic?pio de Palmeiras, Bahia.Para cada ?rea estudada foram instalados 12 transectos, (seis na esta??o seca e outros seis na esta??o chuvosa) que mediam 65m de comprimento por dois metros de largura (65x2m) e possu?am cinco parcelas, medindo 5m de comprimento por 2m de largura (5x2m), distantes dez metros umas das outras. Foram realizadas coletas de solos at? 30 cm de profundidade com o aux?lio de um trado de 10 cm (di?metro) em diversos pontos de cada ?rea trabalhada e a an?lise deste material foi realizada na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu?ria (EMBRAPA). Foram encontradas, no total, 50 esp?cies de cupins pertencentes a 25 g?neros, distribu?das em tr?s fam?lias. A ?rea de ocorr?ncia de Caatinga foi ligeiramente mais rico com 43 esp?cies coletadas, enquanto que 39 destas foram observadas ocorrendo nas ?reas do Cerrado. Os resultados obtidos a partir das curvas de ac?mulo das esp?cies atrav?s do estimador Jacknife de 1? ordem mostraram resultados distintos quanto ? efici?ncia de coleta para ambas as ?reas. As an?lises de varia??o de riqueza de ambos os ecossistemas (ANOVA) e a an?lise de ordena??o calculado a partir do ?Nonmetric Multidimensional Scaling? (NMDS), apontam uma alta similaridade das esp?cies entre as distintas ?reas estudadas. Os resultados aqui encontrados evidenciaram que nos dois ecossistemas estudados a guilda dos hum?voros foi a mais representativa com vinte esp?cies amostradas, contudo os xil?fagos foram os mais frequentes entre as amostras. A presen?a do estrato arb?reo em ambas as ?reas pode ter sido o fator determinante para a constata??o destes resultados, bem como para a maior riqueza de esp?cies de cupins na Caatinga, pois a presen?a de vegetais pode promover a oferta de recursos importantes para a sobreviv?ncia destes insetos.
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A Chapada Diamantina: uma experiência arlequiniana de desenvolvimento territorial no BrasilSantos, Claudilson Souza dos 24 April 2014 (has links)
Submitted by Tatiana Lima (tatianasl@ufba.br) on 2015-12-16T18:28:57Z
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Santos, Claudilson Souza dos.pdf: 1676353 bytes, checksum: 729b7d3f9f3d6b345d91100c16eb39c4 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-12-16T18:37:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Santos, Claudilson Souza dos.pdf: 1676353 bytes, checksum: 729b7d3f9f3d6b345d91100c16eb39c4 (MD5) / This dissertation it is a reflection on the politics of territory in the Chapada
Diamantina, proposed by the Department of Territorial Development - SDT and the
Government of Bahia, discussing learnings built in deployment and territorial
development. Has as its central objective , understand the process of implementation
of the regional development policy in order to identify their limits, advances and perspectives in order to analyze which learning have been built for the development of Chapada Diamantina, from the planning policy. For both, the methodological ways departed from the principle that science is built with apprehension and interpretation placed on the reality of the subject and the object, based on the method of abduction, living experiences during the various meetings in various space-times, promoted by entities toured together, including the process of immersion in Social Housing: Territorial Collegiate of the Chapada Diamantina, SDT, CONSAD Far West. In developing the survey, presents the historical and conceptual process that is understood as a territory. Also brings reflections on the current development, seeking understanding of the proposed spatial development in the Chapada Diamantina and finally, analyzes, generally and specifically, all the elements that make up the development of the Chapada Diamantina, from territorial politics. / A presente dissertação trata-se de uma reflexão sobre a política de território na
Chapada Diamantina, proposta pela Secretaria de Desenvolvimento Territorial - SDT e pelo Governo da Bahia, problematizando as aprendizagens construídas no processo de implantação e de desenvolvimento territorial. Tem como objetivo central, compreender o processo de implementação da política de desenvolvimento territorial, a fim de identificar seus limites, avanços e perspectivas, no propósito de analisar quais aprendizagens têm sido construídas para o desenvolvimento da Chapada Diamantina, a partir da política de território. Para tanto, os caminhos
metodológicos partiram do princípio de que a ciência seja construída com apreensão
e interpretação inseridas na realidade do sujeito e do objeto, com base no método
da abdução, vivenciando experiências realizadas durante os diversos encontros, nos mais diversos espaços-tempos, promovidos pelas entidades visitadas acompanhadas, inclusive no processo de imersão na Residência Social: Colegiado
Territorial da Chapada Diamantina, SDT, CONSAD Extremo Oeste. No desenvolvimento da pesquisa, apresenta-se o processo histórico e conceitual do que é compreendido como território. Traz ainda, reflexões acerca das correntes do
desenvolvimento, buscando o entendimento da proposta de desenvolvimento territorial na Chapada Diamantina e por fim, analisa, de modo geral e específico, todos os elementos que compõem o desenvolvimento da Chapada Diamantina, a partir da política territorial.
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Aspectos mineralógicos, geológicos e econômicos de diamantes e carbonados da Chapada Diamantina, Bahia / Not available.Andrade, Cláudio Meira de 18 August 1999 (has links)
O diamante foi descoberto em 1842 nas margens do rio Mucugê, afluente das cabeceiras do rio Paraguaçu, na Serra do Sincorá localizada na Chapada Diamantina, região situada no centro-leste do estado da Bahia. O desenvolvimento dos garimpos deu origem à diversas vilas que por sua vez evoluíram para as cidade de Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Mucugê, Morro do Chapéu, Igatu, Xique-Xique, Piranhas, entre outras, cujo desenvolvimento acompanhou de perto o comércio do diamante. Além do diamante, a região ganhou fama devido à ocorrência de diamantes policristalinos entre os quais os mais frequentes vem sendo o carbonado e o tipo ballas. Ambos são constituídos por microcristais de diamante; no carbonado eles formam agregados aleatórios de cores escuras e textura porosa enquanto que na variedade ballas, os microcristais formam agregados esféricos, translúcidos e de cores variando do incolor ao preto. Enquanto a densidade do diamante é constante em torno de 3,51 a do carbonado é variável dentro da faixa entre 3,0 a 3,45. Os garimpos da Chapada Diamantina seguem o padrão de outras áreas brasileiras no qual o garimpeiro trabalha isolado usando peneiras e batéias. As tentativas de mecanização dos garimpos tiveram existência efêmera. Do ponto de vista geológico, o diamante e o carbonado estão associados a metaconglomerados da Formação Tombador, do Grupo Chapada Diamantina, Super Grupo Espinhaço do Proterozóico Médio. A Formação Tombador é constituída por um pacote de sedimentos entre os quais se destacam arenitos eólicos e fluvieólicos e conglomerados formados por leques aluviais que foram metamorfisados durante os eventos orogenéticos do Proterozóico Médio. O diamante e o carbonado são lavrados a partir de sedimentos quaternários constituídos essencialmente de areias e cascalhos provenientes da erosão das rochas da Formação Tombador. Os minerais pesados que acompanham o diamante e o carbonado na região são representados pela magnetita, elmenita, hematita, turmalina, rutilo, zircão, hornblenda, epídoto, cianita, andaluzita, granada almandina, coríndon, crisoberilo, estaurolita e ouro. Estas fases são provenientes de rochas metamórficas do embasamento estando ausentes os indicadores típicos de rochas kimberlíticas. O diamante da região é representado por cristais de hábito predominantemente rombododecaédrico, seguidos de cristais irregulares, fragmentos de clivagem, agregados cristalinos, além de cristais cúbicos, octaédricos e de combinações entre essas formas simples. Com relação à cor macroscópica predominam os cristais incolores seguidos dos castanhos, cinzas, amarelos, pretos e os de cores raras como rosa, azul e vermelho. O padrão granulométrico indica que o diamante possui uma granulometria de fina a média sendo raros os cristais acima de 5 ct. O carbonado é a principal variedade policristalina da região ocorrendo na forma de agregados granulares de textura porosa, de coloração escura entre as quais se destacam o cinza, o castanho e o preto. Ao contrário do diamante, o carbonado ocorre desde cristais de dimensões milimétricas até exemplares de dezenas, centenas e até alguns milhares de quilates. O Carbonado do Sérgio de 3.167 ct encontrado na região de Lençóis em 1905, continua sendo o maior diamante conhecido pelo homem até hoje. A produção de carbonado alcançou o apogeu no final do século passado, mas começou a declinar na primeira metade desse século com o desenvolvimento das minas de diamante industrial da África, e posteriormente com a competição do diamante sintético a partir do final dos anos 60. Nos últimos anos a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina inviabilizou o garimpo na região. Com relação à origem do diamante, faltam trabalhos sistemáticos de prospecção na área. Os dados obtidos nesse trabalho revelaram a ausência dos indicadores tradicionais de kimberlitos representados pela granada piropo, ilmenita magnesiana, cromioespinélio, cromiodiopsídio e zircão. A falta desses minerais indica que as fontes primárias são antigas podendo ter sido cortadas pela erosão ou estarem cobertas por sedimentos da plataforma. Com relação ao carbonado, algumas observações feitas no decorrer desse trabalho sugerem que a origem desse tipo de diamante está relacionada com a formação do próprio diamante monocristalino. A associação íntima entre esses dois tipos de diamante confirmada em vários locais do Brasil e do exterior, bem como osintercrescimentos cristalinos diamante-carbonado, sugerem uma origem kimberlítica para as variedades policristalinas / Diamond was discovered in the Chapada Diamantina area in 1842 on the banks of the Mucugê river, located in the central-eastern region of the Bahia State. The development of the diggings originated several villages which on its turn originated the towns of Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Mucugê, Morro do Chapéu, Igatu, Xique-Xique, Piranhas. However, the trademark of the region became the discovery of carbonado and ballas, two polycrystalline varieties of diamond. Both are constituted of microcrystals of diamond. Carbonado is made up of alleatory tiny micrometric crystalline constituting aggregates with ceramic-like texture. Carbonado varies in size as well as in colour being usually dark, gray or brown. Ballas, on the other hand, displays an espherical habit being made up of cristallites with an radial arrangement. As carbonado, ballas are usually dark, gray or brown in colour. Diamond has an almost constant density of 3,51 while in carbonado it is variable betweenh 3,0 and 3,45. Roughly the diggings of Chapada Diamantina are similar to the others throughout Brazil where the garimpeiro works alone using only sieve and pan. Several tentatives in other to mechanize the washings failed in the area. Concerning the geology, diamond and carbonado are associated with metaconglomerates of the Tombador Formation of the Chapada Diamantina Group, part of the middle Proterozoic Espinhaço Supergroup. The Tombador Formation is made up of eolian and fluvio-eolic metassediments constituting alluvial fans that were metamorphosed during the middle Proterozoic orogenesis. Diamond and carbonado have been prospected from quaternary sediments made up of sands and gravels as a result of the erosion of the Tombador Formation rocks. The heavy minerals associated with diamond and carbonado in the region is comprised of magnetite, ilmenite, hematite, tourmaline, rutile, zircon, hornblende, epidote, kyanite, andalusite, almandine garnet, corindon, crysoberil, staurolite and gold. The former minerals are all typical metamorphic phases being derived from the crystalline basement rocks. Kimberlite indicators such as pyrope garnet, Mg-ilmenite, Cr-spinel , Cr-diopside and zircon are absent in the area. The study of representative parcels of diamond recovered in the region showed that the majority of diamonds have a rhombododecahedral crystalline habit. The remaining crystallographical types include irregular crystals, fragments, crystalline aggregates, macles, cubic and octahedral crystals as well as combinations among the late forms. Regarding the macroscopic colour most of the crystals are colourless although yellow, brown, gray and black are common too. Fancy colours such as pink, blue and red have been observed in the area. As to the size diamonds range around some millimeters; crystals bigger than 5 ct are rare. Carbonado is the main polycrystalline variety in the region occurring as porousgranular aggregates with a ceramic-type texture. The colour is usually dark ranging from gray to brown and black. Concerning the size carbonado range from milimetric up to centimetric samples. The Sérgio Carbonado found near the town of Lençóis in 1905 and weighing 3.167 ct is still the biggest diamond ever found. The amount of carbonado produced reached its peak around 1880 declining in the beginning of this century. The use of synthetic diamond after the 60\'s followed by the stablishment of the National Park of Chapada Diamantina ended the washing of gravels in the area. The origin of diamond is still a controversial subject due to the lack of systematic surveys in the area. The absence of kimberlite indicators such as pyrope garnet, Mg-ilmenite, Cr-spinel, Cr-diopside and zircon as well suggests that the primary source rocks may have been eroded or are covered now by sediments of the platform. As to the carbonado some observations made during this work suggest that the origin of the polycrystalline varieties is related to the formation of the monocrystalline diamond itself. The intimate association between diamond and carbonado confirmed in several localites in Brazil and elsewhere as well as the crystalline intergrowth between diamond and carbonado confirmed in several localities in Brazil and elsewhere as well as the crystalline intergrowth between diamond and carbonado suggests a kimberlitic origin for the polycrystalline varieties.
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Aspectos mineralógicos, geológicos e econômicos de diamantes e carbonados da Chapada Diamantina, Bahia / Not available.Cláudio Meira de Andrade 18 August 1999 (has links)
O diamante foi descoberto em 1842 nas margens do rio Mucugê, afluente das cabeceiras do rio Paraguaçu, na Serra do Sincorá localizada na Chapada Diamantina, região situada no centro-leste do estado da Bahia. O desenvolvimento dos garimpos deu origem à diversas vilas que por sua vez evoluíram para as cidade de Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Mucugê, Morro do Chapéu, Igatu, Xique-Xique, Piranhas, entre outras, cujo desenvolvimento acompanhou de perto o comércio do diamante. Além do diamante, a região ganhou fama devido à ocorrência de diamantes policristalinos entre os quais os mais frequentes vem sendo o carbonado e o tipo ballas. Ambos são constituídos por microcristais de diamante; no carbonado eles formam agregados aleatórios de cores escuras e textura porosa enquanto que na variedade ballas, os microcristais formam agregados esféricos, translúcidos e de cores variando do incolor ao preto. Enquanto a densidade do diamante é constante em torno de 3,51 a do carbonado é variável dentro da faixa entre 3,0 a 3,45. Os garimpos da Chapada Diamantina seguem o padrão de outras áreas brasileiras no qual o garimpeiro trabalha isolado usando peneiras e batéias. As tentativas de mecanização dos garimpos tiveram existência efêmera. Do ponto de vista geológico, o diamante e o carbonado estão associados a metaconglomerados da Formação Tombador, do Grupo Chapada Diamantina, Super Grupo Espinhaço do Proterozóico Médio. A Formação Tombador é constituída por um pacote de sedimentos entre os quais se destacam arenitos eólicos e fluvieólicos e conglomerados formados por leques aluviais que foram metamorfisados durante os eventos orogenéticos do Proterozóico Médio. O diamante e o carbonado são lavrados a partir de sedimentos quaternários constituídos essencialmente de areias e cascalhos provenientes da erosão das rochas da Formação Tombador. Os minerais pesados que acompanham o diamante e o carbonado na região são representados pela magnetita, elmenita, hematita, turmalina, rutilo, zircão, hornblenda, epídoto, cianita, andaluzita, granada almandina, coríndon, crisoberilo, estaurolita e ouro. Estas fases são provenientes de rochas metamórficas do embasamento estando ausentes os indicadores típicos de rochas kimberlíticas. O diamante da região é representado por cristais de hábito predominantemente rombododecaédrico, seguidos de cristais irregulares, fragmentos de clivagem, agregados cristalinos, além de cristais cúbicos, octaédricos e de combinações entre essas formas simples. Com relação à cor macroscópica predominam os cristais incolores seguidos dos castanhos, cinzas, amarelos, pretos e os de cores raras como rosa, azul e vermelho. O padrão granulométrico indica que o diamante possui uma granulometria de fina a média sendo raros os cristais acima de 5 ct. O carbonado é a principal variedade policristalina da região ocorrendo na forma de agregados granulares de textura porosa, de coloração escura entre as quais se destacam o cinza, o castanho e o preto. Ao contrário do diamante, o carbonado ocorre desde cristais de dimensões milimétricas até exemplares de dezenas, centenas e até alguns milhares de quilates. O Carbonado do Sérgio de 3.167 ct encontrado na região de Lençóis em 1905, continua sendo o maior diamante conhecido pelo homem até hoje. A produção de carbonado alcançou o apogeu no final do século passado, mas começou a declinar na primeira metade desse século com o desenvolvimento das minas de diamante industrial da África, e posteriormente com a competição do diamante sintético a partir do final dos anos 60. Nos últimos anos a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina inviabilizou o garimpo na região. Com relação à origem do diamante, faltam trabalhos sistemáticos de prospecção na área. Os dados obtidos nesse trabalho revelaram a ausência dos indicadores tradicionais de kimberlitos representados pela granada piropo, ilmenita magnesiana, cromioespinélio, cromiodiopsídio e zircão. A falta desses minerais indica que as fontes primárias são antigas podendo ter sido cortadas pela erosão ou estarem cobertas por sedimentos da plataforma. Com relação ao carbonado, algumas observações feitas no decorrer desse trabalho sugerem que a origem desse tipo de diamante está relacionada com a formação do próprio diamante monocristalino. A associação íntima entre esses dois tipos de diamante confirmada em vários locais do Brasil e do exterior, bem como osintercrescimentos cristalinos diamante-carbonado, sugerem uma origem kimberlítica para as variedades policristalinas / Diamond was discovered in the Chapada Diamantina area in 1842 on the banks of the Mucugê river, located in the central-eastern region of the Bahia State. The development of the diggings originated several villages which on its turn originated the towns of Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Mucugê, Morro do Chapéu, Igatu, Xique-Xique, Piranhas. However, the trademark of the region became the discovery of carbonado and ballas, two polycrystalline varieties of diamond. Both are constituted of microcrystals of diamond. Carbonado is made up of alleatory tiny micrometric crystalline constituting aggregates with ceramic-like texture. Carbonado varies in size as well as in colour being usually dark, gray or brown. Ballas, on the other hand, displays an espherical habit being made up of cristallites with an radial arrangement. As carbonado, ballas are usually dark, gray or brown in colour. Diamond has an almost constant density of 3,51 while in carbonado it is variable betweenh 3,0 and 3,45. Roughly the diggings of Chapada Diamantina are similar to the others throughout Brazil where the garimpeiro works alone using only sieve and pan. Several tentatives in other to mechanize the washings failed in the area. Concerning the geology, diamond and carbonado are associated with metaconglomerates of the Tombador Formation of the Chapada Diamantina Group, part of the middle Proterozoic Espinhaço Supergroup. The Tombador Formation is made up of eolian and fluvio-eolic metassediments constituting alluvial fans that were metamorphosed during the middle Proterozoic orogenesis. Diamond and carbonado have been prospected from quaternary sediments made up of sands and gravels as a result of the erosion of the Tombador Formation rocks. The heavy minerals associated with diamond and carbonado in the region is comprised of magnetite, ilmenite, hematite, tourmaline, rutile, zircon, hornblende, epidote, kyanite, andalusite, almandine garnet, corindon, crysoberil, staurolite and gold. The former minerals are all typical metamorphic phases being derived from the crystalline basement rocks. Kimberlite indicators such as pyrope garnet, Mg-ilmenite, Cr-spinel , Cr-diopside and zircon are absent in the area. The study of representative parcels of diamond recovered in the region showed that the majority of diamonds have a rhombododecahedral crystalline habit. The remaining crystallographical types include irregular crystals, fragments, crystalline aggregates, macles, cubic and octahedral crystals as well as combinations among the late forms. Regarding the macroscopic colour most of the crystals are colourless although yellow, brown, gray and black are common too. Fancy colours such as pink, blue and red have been observed in the area. As to the size diamonds range around some millimeters; crystals bigger than 5 ct are rare. Carbonado is the main polycrystalline variety in the region occurring as porousgranular aggregates with a ceramic-type texture. The colour is usually dark ranging from gray to brown and black. Concerning the size carbonado range from milimetric up to centimetric samples. The Sérgio Carbonado found near the town of Lençóis in 1905 and weighing 3.167 ct is still the biggest diamond ever found. The amount of carbonado produced reached its peak around 1880 declining in the beginning of this century. The use of synthetic diamond after the 60\'s followed by the stablishment of the National Park of Chapada Diamantina ended the washing of gravels in the area. The origin of diamond is still a controversial subject due to the lack of systematic surveys in the area. The absence of kimberlite indicators such as pyrope garnet, Mg-ilmenite, Cr-spinel, Cr-diopside and zircon as well suggests that the primary source rocks may have been eroded or are covered now by sediments of the platform. As to the carbonado some observations made during this work suggest that the origin of the polycrystalline varieties is related to the formation of the monocrystalline diamond itself. The intimate association between diamond and carbonado confirmed in several localites in Brazil and elsewhere as well as the crystalline intergrowth between diamond and carbonado confirmed in several localities in Brazil and elsewhere as well as the crystalline intergrowth between diamond and carbonado suggests a kimberlitic origin for the polycrystalline varieties.
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Arcabouço cronológico e proveniência do supergrupo espinhaço na região da Chapada Diamantina e bacias correlatasGuadagnin, Felipe January 2014 (has links)
O Supergrupo Espinhaço corresponde às unidades vulcano–sedimentares depositadas sobre o Cráton do São Francisco entre o final da Era Paleoproterozóica e o início da Era Neoproterozóica. Essa unidade estratigráfica está atualmente exposta em uma ampla área do Cráton do São Francisco e faixas móveis adjacentes. Estudos de sedimentologia–estratigrafia, petrografia, geoquímica e isótopos de U–Pb e Lu–Hf em zircões detríticos, combinados com dados disponíveis na literatura, permitem caracterizar as principais áreas fonte, idades de deposição e empilhamento estratigráfico do Supergrupo Espinhaço na região da Chapada Diamantina, uma das áreas-tipo dessa unidade litoestratigráfica. O registro deposicional do Supergrupo Espinhaço é subdividido em três seqüências cronoestratigráficas, as seqüências Estateriana (1,8–1,68 Ga; Espinhaço Inferior), Calimiana-Ectasiana inferior (1,6–1,38 Ga; Espinhaço Intermediário) e Esteniana- Toniana inferior (1,2–0,9 Ga; Espinhaço Superior). Na Chapada Diamantina, a seqüência Estateriana compreende à Formação Serra da Gameleira e o Grupo Rio dos Remédios, cujo vulcanismo de ca. 1,75 Ga data a deposição desta unidade; a seqüência Calimiana-Ectasiana inferior compreende o Grupo Paraguaçú (intrudido por diques de ca. 1,5 Ga) e pela Formação Tombador, que possui zircões vulcânicos com idade de ca. 1,43 Ga; e a seqüência Esteniana-Toniana inferior compreende as Formações Caboclo e Morro do Chapéu. A composição modal do arcabouço e a composição química dos arenitos das seqüências Espinhaço Intermediário e Superior apontam para uma área fonte reciclada, relacionada a contexto tectônico colisional ou rifte. As idades U–Pb e as composições isotópicas de Hf dos zircões detríticos mostram um padrão variável. Na base da seqüência, predominam zircões de idade Riaciana, com fontes crustais e mantélicas; esse padrão é substituído por uma distribuição de idades Arqueanas a Paleoproterozóicas com isótopos de Hf indicando fontes Eoarqueanas e Neoarqueanas, como o Bloco do Gavião. No topo ocorre nova mudança no padrão de distribuição de zircões detríticos com a adição de zircões Estaterianos, oriundos do retrabalhamento das seqüências inferiores, e Calimianos, derivados de vulcanismo associado com a deposição. A abordagem regional das seqüências cratônicas depositadas no mesmo período em outra áreas do Craton São Francisco e das faixas móveis adjacentes, como as unidades estratigráficas expostas nas regiões das serras do Espinhaço Meridional e Setentrional, e os Grupos Andrelândia, Araí, Paranoá e Serra da Mesa e as Formações Carandaí e Tiradentes, permite reconhecer cinco padrões de distribuição de zircões detríticos, controlados pela idade deposicional e localização paleogeográfica. As informações são importantes para futuros estudos de paleogeografia e cinemática dos supercontinentes Proterozóicos. / The Espinhaço Supergroup corresponds to the volcano–sedimentary units deposited over the São Francisco Craton between the late Paleoproterozoic and early Neoproteozoic Eras. This stratigraphic unit is exposed over a wide area of the São Francisco Craton and adjacent mobile belts. Studies based on sedimentology– stratigraphy, petrography, geochemistry, and detrital zircon U–Pb and Lu–Hf isotopes, combined with data available in the literature, allow characterize main source areas, depositional ages, and the stratigraphic stacking of the Espinhaço Supergroup at Chapada Diamantina, one of the type-areas of this lithostratigraphic unit. The Espinhaço Supergroup is subdivided into three chronostratigraphic sequences, the Statherian (1.8–1.68 Ga; Lower Espinhaço), Calymmian-early Ectasian (1.6–1.38 Ga; Middle Espinhaço), and Stenian-early Tonian sequences (1.2–0.9 Ga; Upper Espinhaço). At Chapada Diamantina, the Statherian sequence comprises the Serra da Gameleira Formation and Rio dos Remédios Group, of which volcanic rocks aged 1.75 Ga date the deposition; the Calymmian-early Ectasian comprises the Paraguaçú Group (intruded by ca. 1.5 Ga dykes) and Tombador Formation, which includes volcanic zircon grains dated ca. 1.43 Ga; and the Stenianearly Tonian sequence comprises the Caboclo and Morro do Chapéu Formations. The framework modal and the chemical compositions of the sandstones from Middle and Upper Espinhaço sequences point to a recycled source area, related with collisional or rift tectonic setting. The detrital zircon U–Pb ages and Hf isotopic compositions show variable pattern. At the base, the juvenile and evolved Rhyacian zircon grains predominates, whereas this pattern changes with the input of Archean– Paleoproterozoic zircons with Hf isotopes indicating Eoarchean and Neoarchean crustal sources, such as the Gavião Block. At the top, another change of detrital zircons occurred with the addition of Statherian, derived from the reworking of lower sequences, and Calymmian grains, sourced from coeval magmatism. The regional approach of the cratonic sequences deposited during the same period in other areas of the San Francisco Craton and adjacent mobile belts, such as those sequences exposed in the Southern and Northern Espinhaço ranges, and the Andrelândia, Araí, Paranoá, and Serra Mesa Groups and Carandaí and Tiradentes Formations, distinguish five detrital zircons distribution patterns, controlled by the depositional age and paleogeography. The information are important for future studies of paleogeography and kinematics of Proterozoic supercontinents.
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