51 |
Efeitos da N-acetilcisteína em modelos animais de esquizofreniaHerrmann, Ana Paula January 2015 (has links)
A esquizofrenia é um transtorno mental crônico e incapacitante, que em geral inicia na adolescência ou início da vida adulta. O diagnóstico atual é baseado na presença de sintomas como delírios, alucinações, discurso e comportamento desorganizados, expressão emocional diminuída e declínio significativo no nível de funcionamento social, profissional ou acadêmico. Apesar da revolução no tratamento com o surgimento do primeiro antipsicótico no início da década de 1950, a esquizofrenia ainda é um dos transtornos mentais mais custosos em termos de sofrimento humano e encargos sociais. Os antipsicóticos disponíveis apresentam pouco ou nenhum efeito no controle dos sintomas negativos e, de modo geral, não há melhora das funções cognitivas. Sabe-se hoje que o primeiro episódio psicótico é precedido por uma fase prodrômica, e foram estabelecidos critérios para o reconhecimento precoce da doença, possibilitando a identificação de indivíduos em risco de converter para psicose. Assim, é necessário investigar a segurança e a eficácia de tratamentos precoces com potencial para adiar ou prevenir a transição para psicose. Na presente tese, investigamos nesse contexto o potencial da Nacetilcisteína (NAC), um precursor de cisteína com ação antioxidante e antiinflamatória, e modulador da transmissão glutamatérgica. Utilizada como mucolítico e no manejo da intoxicação por paracetamol, estudos recentes levaram NAC a ser considerada uma promessa na psiquiatria. O objetivo dessa tese foi gerar dados relevantes ao uso clínico de NAC para intervenção terapêutica preventiva na esquizofrenia, analisando seus efeitos em modelos animais da doença. No modelo desenvolvimental de isolamento social pós-desmame, NAC preveniu o aumento da resposta locomotora a anfetamina. No modelo farmacológico de sensibilização a anfetamina, NAC atenuou a resposta locomotora a anfetamina mas não preveniu o déficit de inibição latente em animais sensibilizados; em animais controles, NAC induziu déficit de inibição latente. Em experimentos agudos, NAC não preveniu a hiperlocomoção induzida por anfetamina ou MK-801. Finalmente, testamos os efeitos de NAC em um modelo de “dois hits” que combina ativação imune pré-natal com estresse na puberdade. Nesse modelo, NAC preveniu o déficit de inibição por prepulso da resposta de sobressalto e o aumento da resposta locomotora a anfetamina. O mecanismo de ação de NAC nesses modelos ainda deve ser esclarecido, mas sabe-se que processos inflamatórios e estresse oxidativo estão implicados no aparecimento das alterações comportamentais em modelos animais e em humanos que convertem a esquizofrenia. A adolescência é uma fase crítica de vulnerabilidade, mas também representa uma janela de oportunidade para prevenção, e os dados apresentados nessa tese corroboram o potencial do uso de NAC como estratégia farmacológica com potencial para atenuar, adiar, ou mesmo prevenir o surgimento de alterações comportamentais características de transtornos psicóticos. Ensaios clínicos em indivíduos em risco de converter a psicose são necessários para avaliar a real eficácia e segurança desse fármaco. / Schizophrenia is a chronic and disabling mental disorder that usually onsets in adolescence or early adulthood. The current diagnosis is based on the presence of symptoms such as delusions, hallucinations, disorganized speech and behavior, decreased emotional expression and significant decline in the level of social, professional or academic functioning. Despite the breakthrough in its treatment with the emergence of the first antipsychotic in the early 1950s, schizophrenia is still one of the most costly mental disorders in terms of human suffering and social costs. Currently available antipsychotics have little or no effect in controlling the negative symptoms and, in general, there is no improvement in cognitive function. It is now accepted that the first psychotic episode is preceded by a prodromal phase, and criteria were implemented for enabling the identification of individuals at risk of converting to psychosis. It is thus necessary to investigate the safety and efficacy of drug candidates with potential to delay or prevent the transition to psychosis. In this thesis, we investigated in this context the potential of N-acetylcysteine (NAC), a cysteine precursor with antioxidant and anti-inflammatory properties, and a modulator of glutamate transmission. Used as mucolytic and in the management of paracetamol intoxication, recent studies led NAC to be considered a promise in psychiatry. The aim of this thesis was to generate relevant data to the clinical use of NAC as a preventive therapeutic intervention in schizophrenia by investigating its effects in animal models of the disease. In the developmental model of post-weaning social isolation, NAC prevented the increase in locomotor response to amphetamine. In the pharmacological model of amphetamine sensitization, NAC attenuated locomotor response to amphetamine but did not prevent the latent inhibition deficit in sensitized animals; in control animals, NAC per se induced latent inhibition deficit. In acute experiments, NAC did not prevent amphetamine- or MK-801-induced hyperlocomotion. We also tested the effects of NAC in a "two-hit" model that combined prenatal immune activation with stress in puberty. In this model, NAC prevented the prepulse inhibition deficit and the increased locomotor response to amphetamine. The mechanism of action of NAC in these models remains to be clarified, but it is known that inflammation and oxidative stress are involved in the emergence of the behavioral abnormalities in animal models and in humans that convert to schizophrenia. Adolescence is a critical stage of vulnerability, but also represents a window of opportunity for prevention. The data presented in this thesis supports the potential use of NAC as a drug strategy with to attenuate, delay or even prevent the emergence of behavioral changes associated with psychotic disorders. Clinical trials in subjects at risk of converting to psychosis are required to assess the efficacy and safety of this drug.
|
52 |
Modelo de estresse materno perinatal em ratos : efeito sobre filhotes / Model of perinatal maternal stress in rats: effects on offspringLutz, Maiara Lenise January 2011 (has links)
Em ratos a mãe é indispensável para a sobrevivência dos filhotes durante as duas primeiras semanas de vida. O comportamento maternal despendido pelas fêmeas tem grande importância para o desenvolvimento adequado dos filhotes. Assim, eventos estressores durante o período perinatal capazes de desencadear perturbações nessa relação podem levar a alterações comportamentais e neuroendócrinas duradouras nesses filhotes. Nesse trabalho avaliamos o efeito do estresse perinatal sobre a formação do vínculo entre mãe-filhotes e sobre os níveis dos hormônios relacionados com as respostas ao estresse, para tanto, os filhotes foram submetidos à coleta de plasma sanguíneo para a dosagem de hormônios relacionados ao estresse (corticosterona e prolactina) e foram submetidos ao Teste de Preferência Olfatória (teste comportamental) e à dosagem de ocitocina central para avaliar a formação do vínculo mãe-filhote. O estresse perinatal aqui empregado foi subdividido em estresse pré-natal e estresse pós-natal. No primeiro, a fêmea prenha foi submetida à restrição de maravalha ao longo da última semana de gestação – do 14º ao 21º dia gestacional – e no segundo a ninhada inteira (mãe e filhotes) foi exposta à presença de um predador (gato) no 1º dia pós-parto. Levando em consideração a presença ou ausência desses estressores os filhotes foram divididos em quatro grupos experimentais: Controle, Estresse Pré, Estresse Pós e Estresse Pré+Pós. Em nossos animais, o estresse perinatal, tanto o pré como o pós-natal, foi capaz de desencadear alterações no Teste de Preferência Olfatória no nono dia de vida, alterações estas que podem ser traduzidas como uma perda na capacidade desses animais se direcionarem ao cheiro da mãe. No entanto, a ocitocina central (coletada no primeiro dia pós-parto) que é fortemente relacionada à formação do vínculo mãe-filhote não foi alterada pelo estresse. Além da alteração no teste comportamental, o estresse perinatal foi capaz de desencadear alterações nos hormônios de estresse (corticosterona e prolactina) em filhotes muito jovens (primeiro dia pós-natal) e, portanto, ainda dentro do período hiporresponsivo ao estresse no qual as respostas ao estresse, assim como todo o eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal (HPA) estão inibidos. No entanto, os efeitos observados nem sempre foram de aumento desses hormônios e nem sempre foram homogêneos entre os gêneros. Em conclusão, os resultados dessa dissertação apontam para a validade do modelo de estresse perinatal aqui empregado para provocar perturbações no desenvolvimento adequado dos filhotes a ele submetidos, pois ambos os protocolos de estresse empregados (restrição de maravalha e exposição ao predador) mostraram-se eficazes em gerar mudanças tanto na relação mãe-filhotes como nos principais hormônios relacionados com a resposta ao estresse desses filhotes. E as consequências desse modelo de estresse abrangem tanto os filhotes fêmeas como os filhotes machos, embora nem sempre os gêneros tenham respondido da mesma forma aos estresses, o que demonstra que mesmo ainda muito jovens esses animais já podem apresentar respostas diferentes a mesmas situações e estímulos. O curioso desse modelo é que embora o estresse pré-natal tenha tido uma duração mais longa, o estresse pós-natal (estresse agudo) parece ter sido mais eficiente em provocar alterações nesses filhotes, o que demonstra tanto a importância do período pós-parto imediato para o desenvolvimento desses animais como o forte efeito do predador sobre a presa. / In rats, the mother plays an essential role in offspring survival during the first two weeks of life. Mother behavior is very important for appropriate offspring development. In this sense, stress events during the perinatal period may disturb the relationship between mother and offspring, leading to enduring behavioral and endocrine changes in the newly born rats. The present study evaluates the effect of perinatal stress on the establishment of a bond between mother and offspring and on hormone levels associated with response to stress. With that aim, levels of hormones associated with stress (corticosterone and prolactin) were analyzed using blood plasma collected from offspring. Also, the olfactory preference test (behavioral test) was conducted and central oxytocin levels were evaluated to test the mother-to-offspring bond. Perinatal stress challenge was divided into two stages, pre-natal and post-natal stress. In the first, pregnant females were kept in cages without sawdust during the last week of pregnancy (14th to 21st day), while in the second the whole litter (mother and offspring) were exposed to a predator (cat) on the first post-partum day. Considering exposure to stress, four experimental groups were formed: pre-natal stress, post-natal stress, pre- and post-natal stress, control (no exposure to stress factors). Perinatal stress (pre- and post-natal) influenced the results of the olfactory preference test on the 9th day of life of offspring. These changes manifested as the loss of the ability to detect the mother’s smell. However, central oxytocin levels, which are strongly associated to the establishment of a mother-to-offspring bond and was collected on the first day post-partum, remained unaltered during stress challenge. Apart from the changes observed in the behavioral test, perinatal stress altered corticosterone and prolactin levels in very young offspring (one day old), within the hyporesponsive period, when responses to stress and the hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA) axis are inhibited. Nevertheless, the effects observed were not uniform across genders and were not restricted to increased corticosterone and prolactin levels. In conclusion, the results obtained point to the legitimacy of the perinatal stress model tested to trigger changes in appropriate offspring development of rats. Both stress protocols (absence of sawdust and exposure to a predator) were efficient in altering the mother-to-offspring bond and influencing the main hormones associated with response to stress by this offspring. The model tested affected both male and female offspring, though genders not always responded uniformly to stresses, demonstrating that even at a very tender age these animals may already exhibit different responses to different stimuli. The interesting point in this model is that, though pre-natal stress lasted longer, post-natal stress (acute stress) seemed to have been more efficient in triggering changes, showing the importance of immediate post-partum period in the development of these animals and the strong effect a predator has on its prey.
|
53 |
Uso e seleção de hábitat, atividade diária e comportamento de Nasua nasua (Linnaeus, 1766) (Carnivora; Procyonidae) na Ilha do Campeche, Florianópolis, Santa CatarinaBonatti, Juliano January 2006 (has links)
O carnívoro procionídeo Nasua nasua, o coati, é uma espécie típica da América do Sul da qual, até pouco tempo, havia escassas informações. Na ilha do Campeche, localizada na costa sudeste de Florianópolis-SC e com área aproximada de 50 ha, buscou-se avaliar os seguintes aspectos de N. nasua: uso e seleção de hábitat, padrão de atividade diária, influência de fatores abióticos sobre a atividade dos animais, uso do espaço vertical e comportamento. Também foram coletados dados descritivos, principalmente de observações casuais, tais como reação à presença de observador, interação com os humanos, relações com o meio, início e término das atividades diárias, período reprodutivo, coesão de grupo, competição, predadores e mortalidade. Entre fevereiro de 2005 e fevereiro de 2006, para a obtenção dos dados, sazonalmente, foram percorridas trilhas fixas, as quais abrangiam a maioria dos hábitats da ilha, isso de maneira sistematizada e em classes horárias preestabelecidas. Durante 60 dias de amostragem, totalizando 420 horas de busca, foram registradas 270 detecções, 80 de indivíduos solitários e 190 de bandos. O padrão de atividade diária dos bandos e dos animais solitários não esteve correlacionado. Houve variação da atividade dos bandos ao longo do dia, ocorrendo picos de atividade no início da manhã e no final da tarde. A variação da atividade dos animais solitários não foi significativa, mas o maior número de detecções ocorreu pela manhã. O padrão diário de atividade dos bandos e dos solitários não foi o mesmo entre as estações do ano. Além disso, a intensidade de atividade foi maior na primavera e no verão para ambas as organizações sociais. Entre 18.00 h e 19.00 h houve uma redução da atividade dos bandos, ao passo que os solitários tenderam a continuar ativos no mesmo período no outono e no verão. Os hábitats foram usados de maneira heterogênea, havendo um mesmo padrão de uso e seleção geral por parte dos bandos e dos solitários. A floresta ombrófila densa foi usada preponderantemente e, em segundo plano, a formação antrópica, sendo ambas selecionadas positivamente. Sazonal e diariamente, os animais mantêm o mesmo padrão de uso dos hábitats, havendo uma diversificação maior do uso na primavera. A floresta ombrófila densa foi usada em maior proporção na maior parte do dia, principalmente nos períodos iniciais e finais. A maior variação no uso dos hábitats ocorreu nos períodos próximos do meio-dia. A seleção de hábitat variou ao longo do ano, sendo observada a seleção da floresta ombrófila densa pelos bandos e a formação antrópica pelos animais solitários. O número de detecções dos coatis em atividade esteve relacionado positivamente com o fotoperíodo e negativamente com os períodos da metade do dia e com a tarde. Ao perceberem a presença de observador, freqüentemente os animais emitiram vocalização de alarme, fugindo em seguida ou, principalmente quando arborícolas, permanecendo imóveis. Os coatis interagiram com os humanos fundamentalmente para obtenção de alimento, o que geralmente provocava conflitos. Tocas entre rochas eventualmente foram usadas pelos animais para forragear. Em condições de chuva forte os animais permaneceram inativos em árvores. Os coatis construíram ninhos nas árvores para descansar. Esses foram encontrados freqüentemente em Syagrus romanzoffiana e Syzygium jambolanum, das quais os animais consumiram os frutos, principalmente da primeira. Os coatis construíram conexões entre as árvores, unindo galhos suspensos, para facilitar o deslocamento arborícola. Além disso, foram observados animais percorrendo um mesmo trajeto no estrato arbóreo. Foi constatada certa sincronia do início e término das atividades diárias dos animais com o nascer e pôr-do-sol, entretanto foram registrados coatis solitários ativos durante a noite no inverno e na primavera. O período de acasalamento, provavelmente, compreende o final do inverno, setembro, ocorrendo o nascimento dos filhotes entre o final de novembro e início de dezembro, na primavera. Durante o dia os coatis usam mais o solo, havendo variações durante o outono e inverno, bem como nos primeiros e nos últimos períodos do dia, quando o estrato arbóreo foi mais usado. As categorias comportamentais registradas foram o forrageio, deslocamento, postura neutra, manutenção, interação social não-agonística e vocalização, sendo as duas primeiras as mais representativas. Os bandos demonstraram uma diversificação comportamental maior. Sazonalmente, os animais solitários mostraram maior variação comportamental, enquanto que os bandos apresentaram um padrão mais uniforme, ocorrendo no verão a maior diversificação comportamental. Os dados deste estudo contribuíram para ampliar o conhecimento sobre a biologia e ecologia da espécie N. nasua. Entretanto, é necessário que outros estudos sejam realizados para corroborar com estes resultados, vislumbrando, assim, identificar padrões que possam evidenciar a plasticidade da espécie em viver nos diferentes ambientes ao longo de sua distribuição geográfica e, sobretudo, subsidiar estratégias de conservação. / The carnivore procyonids, Nasua nasua, the brown-nosed coati, is a typical South American species which, until recently, there was little information about it. On the Campeche Island, southeast coast of Florianópolis, Santa Catarina state, with an area nearly 50 ha, an attempt was made to evaluate the following aspects of N. nasua: use and selection of habitat, daily activity pattern, influence of abiotic factors on the activity of the animals; and the use of the vertical space and behavior. Descriptive data were also collected, mainly those of casual observation such as: the reaction to the observer’s presence, interaction with human being, relations with the environment, beginning and ending of the daily activities, reproductive period, group cohesion, competition, predators and mortality. In order to obtain the data, between February 2005 and February 2006, tracks, over the most habitats of the island, were traveled around, seasonally, in such a systematized way and in pre-established time. In 60 days of sampling, performing 420 hours of searching, 270 detections were recorded, 80 of solitary individuals and 190 of bands. The daily activity pattern of the bands and of the solitary animals were not correlated. The activity of bands varied throughout the day with peaks in the early morning and in the late afternoon. The variation of the solitary animals activity was not significant, but it was more detected in the morning. The activity daily pattern of the bands and the solitary animals was not the same among the seasons of the years. Moreover, the intensity of the activity was bigger in the spring and in the summer for both social organizations. Between 18.00 h and 19.00 h there was a reduction in the activity of the bands, whereas the solitary ones, tended to keep active in the same period, in the autumn and in the summer. The habitats were used, heterogeneously, having a similar use and general selection pattern, on the part of the bands and the solitary animals. The dense rain forest was preponderantly used, and secondly, the anthropic formation, with both being positively selected. Daily and seasonally, the animals keep the same use pattern of the habitats with a greater diversification of the use, in the spring. The dense rain forest was used in greater proportion, in the most part of the day, mainly in the initial and final periods. The biggest variation in the habitat use occurred in the period next to midday. Habitat selection varied throughout the year, with the selection of the dense rain forest being observed by the bands and the anthropic formation being observed by the solitary animals. The number of detections of the active coatis has been positively related with the photoperiod, and negatively, with the periods of the middle of the day and afternoon. When noticing the presence of the observer the animals often produced an alarm vocalization, immediately running away, or, when they were on trees, getting immobile. Coatis interacted with humans beings, basically, for the attainment of food, what generally caused conflicts. Burrows among rocks were eventually used to forage. Under storm conditions the animals remained inactive on the trees. Coatis built nests on the trees in order to rest. These ones were frequently found in Syagrus romanzoffiana and Syzygium jambolanum, from which the animals consumed the fruits, mainly from the first one. Coatis built connections between trees, joining suspended branches, to facilitate the arboreal dislocation. Moreover, animals going through the same route on the arboreal stratum were observed. Synchronism between the beginning and ending of the animals daily activities with sunset and sunrise was observed. However, in the winter and in the spring, solitary active coatis were detected in the evening. The mating period probably occurs in the end of winter, September, with nestling birth happening between the end of November and in the beginning of December. During the day coatis use the ground a lot more, with variation during the autumn and winter as well as in the first and last periods of the day, when the arboreal stratum was more used. Foraging, dislocating, neutral posture, carrying, nonagonistic social interaction and vocalizating were the behavioral categories registered. The two first were the most representative. Bands showed a greater behavioral diversification. Seasonally, the solitary animals presented greater behavioral variation, whereas the bands showed a more uniform pattern. In the summer, there was the biggest behavioral diversification. The data of this study have contributed to enlarge the knowledge of biology and ecology of N. nasua. However, other studies are necessary to corroborate with the data presented here. This aiming identify patterns that evidencing the species’ plasticity, what is responsible to it living in different environments along its geographic range, and above all, to subsidize strategies of conversation.
|
54 |
Contextos fenotípicos multifuncionais : influência do padrão de coloração de uma borboleta impalatável (Heliconius erato phyllis) sobre seu sucesso de acasalamento, ritmo diário de atividades e sobrevivência em campoLutz, Leonardo Vanderlei January 2002 (has links)
Resumo não disponível
|
55 |
Influência da urbanização sobre assembléias de Drosophilidae na cidade de Florianópolis, SC, BrasilGottschalk, Marco Silva January 2004 (has links)
Os objetivos do trabalho foram caracterizar e comparar as assembléias de drosofilídeos em um gradiente que vai de um ambiente florestal ao urbano, e verificar se há uma variação sazonal na abundância destes indivíduos. Para isso foram realizadas dez coletas entre os anos de 2000 e 2003 em quatro pontos com diferentes níveis de urbanização na cidade de Florianópolis, SC, Brasil. Um número bastante alto de espécies foi coletado, sendo 88 pertencentes ao gênero Drosophila, sete ao gênero Zygothrica, e uma de cada um dos demais gêneros coletados – Diathoneura, Hirtodrosophila, Rhinoleucophenga, Scaptodrosophila e Zaprionus. Foi observada uma mudança gradual na estrutura das assembléias estudadas, sendo que no ponto de menor urbanização, localizado em uma área de Mata Atlântica, as espécies dominantes foram as do subgrupo willistoni de Drosophila e Drosophila capricorni, enquanto que nos pontos de maior urbanização as espécies dominantes foram D. simulans, D. malerkotliana e Zaprionus indianus. A abundância absoluta das espécies nativas manteve-se na cidade e não foi observado um decréscimo na riqueza de espécies com o aumento da urbanização. Constatou-se uma variação sazonal típica de cada ambiente estudado, sendo que no ponto de menor urbanização (Mata Atlântica), D. capricorni apresentou um aumento em sua abundância durante os invernos e épocas adjacentes e nas outras épocas do ano o subgrupo willistoni dominou. Nos pontos de maior urbanização, observou-se a dominância de D. simulans nos invernos, de D. malerkotliana nos outonos e de Z. indianus nos verões, sendo que as primaveras foram caracterizadas como uma estação de transição, ora dominada por D. simulans ou por Z. indianus. / This work aimed to characterise and to compare the drosophilid assemblages into a gradient across forest to urban environments, and to verify if there was a sazonal variation in the abundance of individuals. For this, we make ten samples between the years 2000 and 2003 in four sites with different urbanization levels in the city of Florianópolis, SC, Brazil. A high number of species was collected, being, 88 of the genus Drosophila, seven of the genus Zygothrica, and one of each other collected genus – Diathoneura, Hirtodrosophila, Rhinoleucophenga, Scaptodrosophila and Zaprionus. We observed a gradual change in the structure of the studied assemblages, and in the non urbanization site, localized in a Atlantic Rain Forest area, the dominant species were those of the willistoni subgroup of Drosophila and Drosophila capricorni, and in the high urbanization sites, the dominant species were D. simulans, D. malerkotliana and Zaprionus indianus. The absolute abundance of native species remained constant in the city and was not observed a decrease in the species richness with the grow up of the urbanization. It was also detected a typical sazonal variation in each studied environment: in the low urbanization site (Atlantic Forest) D. capricorni presented an increase of its abundance during the winters and adjacent months whereas, in other seasons of year, the willistoni subgroup was dominant. In the high urbanization sites, we observed the dominance of D. simulans in the winters, of D. malerkotliana in the autumns and of Z. indianus in summers. The springs were characterized as a transitional season, sometimes dominated by D. simulans and sometimes by Z. indianus.
|
56 |
Desempenho e comportamento de ovinos em gestação e lactação nos diferentes estágios fenológicos de azevém anual sob pastejoPedroso, Carlos Eduardo da Silva January 2002 (has links)
O experimento foi conduzido na Estação Experimental Agronômica, UFRGS, Eldorado do Sul (30º05’22” S; 51º39’08” W), com o objetivo de avaliar o desempenho e comportamento ingestivo de ovinos em fim de gestação e início de lactação nos diferentes estágios fenológicos do azevém anual (Lolium multiflorum Lam.): vegetativo, pré-florescimento e florescimento. As maiores taxas de acúmulo diário de matéria seca (MS) foram registradas nos estágios vegetativo (70kg/ha/dia) e pré-florescimento de azevém anual (44kg/ha/dia) e as menores taxas no estágio de florescimento (30kg/ha/dia). As porcentagens de digestibilidade in vitro da matéria orgânica (80,5, 71,4 e 60,7%) e da proteína bruta (23,7, 21,2 e 19,4%) apresentaram a mesma tendência. Estes efeitos foram acompanhados por redução de folhas e aumento de colmos proporcionais de 66 e 42 para 35% e 18 e 29 para 41% nos estágios vegetativo, pré-florescimento e florescimento, respectivamente. Em resposta a estes parâmetros, observou-se variações no comportamento ingestivo dos ovinos tais como nos tempos de pastejo diário (9,65, 10,97 e 10,68h), nas taxas de bocados (52,65, 51,93 e 40,63 bocados/min) e nos tamanhos de bocados (0,064, 0,055 e 0,048g/bocado) que determinaram diferentes consumos de forragem estimado por simulação de pastejo (4,48%, 3,91% e 2,72% P.V.). Estes resultados evidenciam o alto potencial do azevém anual em termos de ganho de peso vivo nos estágios vegetativo (225kg/ha) e pré-florescimento (145kg/ha). Estes registros também evidenciam o efeito negativo da redução na qualidade da forragem no estágio de florescimento sobre o consumo voluntário e o rendimento animal (1,2kg/ha).
|
57 |
Ecologia comportamental do Golfinho-Chileno, Cephalorhynchus eutropia (Gray 1846): seleção de hábitat e interações com atividades antrópicas no sul do ChileRibeiro, Sandra January 2003 (has links)
Os mares e oceanos vêm sendo intensamente impactados por diversas atividades antrópicas, as quais vêm provocando a diminuição dos recursos naturais devido a sobrepesca, poluição e o aumento do tráfego de embarcações. A perda de hábitat crítico, decorrente do intenso uso das zonas litorâneas, tem sido uma das maiores ameaças aos cetáceos costeiros. O Chile possui uma grande diversidade de baleias e golfinhos, porém o golfinho-chileno (Cephalorhynchus eutropia) é a única espécie endêmica às águas costeiras deste país. Na porção sul da distribuição de C. eutropia (fiordes e canais) há uma grande sobreposição da indústria de aqüicultura (uma das atividades antrópicas mais importantes no sul do Chile) aos principais locais de ocorrência desta espécie. Observações a partir de terra foram realizadas com o objetivo de estudar a seleção de hábitat dos golfinhos-chilenos em pequena escala espacial e avaliar as reações comportamentais desta espécie em relação ao tráfego de embarcações presente na Baía Yaldad, local onde há intenso cultivo de mexilhão e de salmão. Utilizou-se um teodolito para marcar a posição dos golfinhos e um total de 293,5 horas de esforço foram realizadas entre os meses de janeiro a abril de 2002. O padrão de uso de hábitat, concentrado a uma pequena porção da área de estudo, mostrou que os golfinhos selecionam locais rasos, próximos à costa e próximo aos rios. As atividades dos golfinhos foram influenciadas pelo regime de maré e o forrageio foi a principal atividade realizada na baía. . A aqüicultura representou um impacto negativo, devido à redução de espaço disponível aos animais e ao aumento do tráfego de embarcação, que afetou consideravelmente os padrões comportamentais de C. eutropia. A presença, os padrões de movimento e uso de hábitat dos golfinhos-chilenos devem ser levados em consideração na regulamnetação das atividades de aqüicultura e nas políticas de manejo dos ecossistemas costeiros. Visto que predadores topo de cadeia podem ser considerados indicadores ambientais, a conservação dos ecossistemas marinhos poderia ser abordada pela descrição dos movimentos e seleção de hábitat de cetáceos que atuariam como “espécies guarda-chuva”.
|
58 |
Aspectos do comportamento reprodutivo de Aegla platensis Schimitt, em condições de cultivo (Crustacea, Anomura, Aeglidae)Almerão, Maurício Pereira January 2005 (has links)
Os eglídeos constituem o único grupo de anomuros que ocorrem em águas continentais, na região subtropical e temperada da América do Sul. Com o objetivo de obter informações sobre o comportamento reprodutivo desse grupo, machos e fêmeas de Aegla platensis foram coletados no Arroio do Mineiro, na bacia hidrográfica do rio Gravataí, no município de Taquara, localidade da Fazenda Fialho, RS (29° 46 S - 50° 53 W) e trazidos para o laboratório para aclimatação e posterior observação. Na sala de cultivo do laboratório de crustáceos da UFRGS, os animais foram mantidos, observados e filmados durante seis meses ad libitum. Foram montados três experimentos (experimentos 1, 2 e 3), com casais, trincas (um macho e duas fêmeas) e quartetos (um macho e três fêmeas), respectivamente. A partir dos protocolos de observações diárias dos experimentos e das filmagens, as atividades dos animais, o comportamento reprodutivo e a influência da maturidade fisiológica das fêmeas no comportamento reprodutivo foram descritos e analisados. Ao longo das observações os animais exibiram atos de inatividade e atividades de rotina. Tanto os machos quanto as fêmeas alternaram períodos de atividade, nos quais basicamente alimentaram-se e limparam-se, com períodos de letargia, nos quais estavam escondidos. O número e a maturidade fisiológica das fêmeas nos experimentos influenciaram as atividades dos animais. Fêmeas maduras em um mesmo aquário com fêmeas imaturas (experimento 2) apresentaram uma maior atividade, podendo ser explicada por competição por comida. Com três fêmeas em um mesmo aquário (experimento3), os machos aumentam suas atividades. Talvez os machos, com o aumento do número de fêmeas precisem sair dos abrigos ou do estado de letargia para “controlar” o ambiente. O comportamento reprodutivo da espécie foi descrito em três diferentes fases: fase pré-copulatória, fase copulatória e fase pós-copulatória. A fase pré-copulatória foi caracterizada pela exibição dos atos de agarrar e cortejar exibidos pelos machos. Verificou-se uma tendência, ao longo dos experimentos, com o aumento do número de fêmeas, de um aumento na exibição do ato de agarrar, e conseqüente diminuição da corte, sugerindo que o ato de agarrar está relacionado com o reconhecimento das fêmeas e de seus diferentes estágios de maturação das gônadas. Durante a fase copulatória, evidências indicam que o quinto par de pereiópodos pode ser o apêndice responsável pela produção e transferência desse pacote de espermatozóides. Após a cópula, o macho permanece próximo à fêmea, para que essa dar início à fertilização e posterior fixação dos ovos aos pleópodos. O comportamento reprodutivo de A. platensis caracteriza-se por uma fase précopulatória diretamente relacionada à maturidade fisiológica das fêmeas, mediada por atos agonísticos (agarrar) ou atos ritualizados (cortejar), além de uma fase copulatória envolvendo fêmeas em estágio de inter-muda, que também são encontradas em outros grupos de crustáceos decápodos. Algumas dessas características podem ser identificadas em outros anomuros até então estudados, mas o fato novo dentro do grupo é que a espécie não possui espermatóforos produzidos nos vasos deferentes.
|
59 |
Caracterização dos sítios de dormida de saguis híbridos, Callithrix sp. (MAMMALIA, PRIMATES), em um fragmento florestal urbano / Characterization of sleeping sites of marmosets hybrids, Callithrix sp. (MAMMALIA, PRIMATES) in an urban forest fragmentMilagres, Adriana Pereira 27 February 2015 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2015-11-18T12:57:51Z
No. of bitstreams: 1
texto completo.pdf: 1475163 bytes, checksum: eda6261f187d86371e47fa062f061b8c (MD5) / Made available in DSpace on 2015-11-18T12:57:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
texto completo.pdf: 1475163 bytes, checksum: eda6261f187d86371e47fa062f061b8c (MD5)
Previous issue date: 2015-02-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Nos mamíferos, o sono pode ser definido, em termos dos critérios de comportamentos, como a postura assumida no momento de escolha da árvore de dormida diária, a quietude ou alarde no caminho para esta árvore, a presença de predadores, recursos alimentares, entre outros (CAMPBELL & TOBLER, 1984). Primatas passam a maior parte do seu tempo em sítios de dormida (ANDERSON, 1984; ALBERT et al., 2011). Esclarecer os critérios de seleção dos sítios de dormida nos leva a descrever parâmetros usados por estes primatas nos padrões de uso do habitat, além de inferir sobre mudanças ambientais e influências antrópicas sobre espécies silvestres. O trabalho detalhado a seguir buscou analisar os critérios de seleção de árvores de dormida, observando influências ambientais, presença de predadores, disponibilidade de recursos alimentares e ainda a proximidade com estruturas antrópicas. Dessa forma, foi possível observar a forte influência ocasionada pela proximidade aos humanos. Os animais alimentados diariamente buscam árvores de dormida próximas a estas instalações. Animais que não possuem essa periodicidade de oferta de alimento, buscam a proximidade com árvores de goma. A baixa densidade de predadores parecem não exercer forte influência nos padrões de escolha dos sítios de dormida. / In mammals, sleep can be defined in terms of the behavior of criteria, such as the stance taken at the time of choosing the daily sleep tree, the stillness or splurge on the way to this tree, the presence of predators, food resources, among others (CAMPBELL & TOBLER, 1984). Primates spend most of their time sleeping sites (ANDERSON, 1984; ALBERT et al., 2011). Clarify the selection criteria of sleeping sites leads us to describe parameters used by these primates in habitat use patterns, and infer about environmental changes and anthropogenic influences on wild species. This study aimed to analyze the sleeping tree selection criteria, observing environmental influences, presence of predators, the food resources and also the proximity to man-made structures. Thus, it was possible to observe the strong influence caused by the proximity to humans. Animals fed daily seek tree overnight near these facilities. Animals that do not have this food supply basis, seek proximity to gum trees. Lower density of predators may not exert a strong influence on patterns of choice of sleeping sites.
|
60 |
Estudo da influência de duas dietas maternas hiperlipídicas com diferentes teores calóricos sobre a sensibilidade do sistema serotoninérgico na prole adulto-jovemCAVALCANTI, Carolina Cadete Lucena 16 August 2017 (has links)
Submitted by Fernanda Rodrigues de Lima (fernanda.rlima@ufpe.br) on 2018-09-28T21:01:11Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)
DISSERTAÇÃO Carolina Cadete Lucena Cavalcanti.pdf: 1519392 bytes, checksum: 652784737c5847ef1c3935173c4c4234 (MD5) / Approved for entry into archive by Alice Araujo (alice.caraujo@ufpe.br) on 2018-11-22T20:03:55Z (GMT) No. of bitstreams: 2
license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)
DISSERTAÇÃO Carolina Cadete Lucena Cavalcanti.pdf: 1519392 bytes, checksum: 652784737c5847ef1c3935173c4c4234 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-11-22T20:03:55Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)
DISSERTAÇÃO Carolina Cadete Lucena Cavalcanti.pdf: 1519392 bytes, checksum: 652784737c5847ef1c3935173c4c4234 (MD5)
Previous issue date: 2017-08-16 / FACEPE / A exposição materna a dieta hiperlipídica durante os períodos de gestação e lactação pode alterar o comportamento associado à ansiedade da prole. Apesar disso, a influência que a dieta rica em lipídios tem sobre a resposta do sistema serotoninérgico aos fármacos ainda não está clara. Por isso, o objetivo geral deste trabalho foi avaliar a influência de duas dietas maternas hiperlipídicas com diferentes teores calóricos sobre a responsividade do sistema serotoninérgico avaliados a partir de parâmetros comportamentais relacionados à ansiedade em ratos adultos jovens. Para isso, foram utilizadas 43 ratas da linhagem Wistar. Após a confirmação da gestação, as fêmeas foram divididas em três grupos, sendo classificadas de acordo com a dieta recebida durante a gestação e lactação, o controle (CTR=17), o hiperlipídico/isocalórico (DHI=12) e o hiperlipídico/hipercalórico (DHH=14). O peso corporal foi registrado a cada dois dias durante as três semanas da lactação e no 30º, 45º, 60º e 70º dia no período pós-desmame. Após o desmame, todos os animais receberam a dieta padrão do biotério. Para os procedimentos experimentais, apenas filhotes machos foram utilizados. Na nona semana pós-natal, cada grupo formado pela manipulação nutricional foi subdividido em três grupos de acordo com a manipulação farmacológica recebida: veículo, fluoxetina 1mg/kg e fluoxetina 10mg/kg. Considerando as duas manipulações (nutricional materna e farmacológica na prole), foram formados nove grupos experimentais. São eles: Controle – Veículo (CV, n=13); Controle – Fluoxetina 1mg (CF1, n=13); Controle – Fluoxetina 10mg (CF10, n=14); Hiperlipídico/Isocalórico – Veículo (HIV, n=11); Hiperlipídico/Isocalórico – Fluoxetina 1mg (HIF1, n=9); Hiperlipídico/Isocalórico – Fluoxetina 10mg (HIF10, n=10); Hiperlipídico/Hipercalórico – Veículo (HHV, n=11); Hiperlipídico/Hipercalórico – Fluoxetina 1mg (HHF1, n=11); Hiperlipídico/Hipercalórico – Fluoxetina 10mg (HHF10, n=10). Os machos foram expostos ao campo aberto (CA), ao labirinto elevado em cruz (LEC) e ao paradigma da exploração livre (PEL), enquanto eram filmados por uma câmera digital acoplada a um computador. A análise dos vídeos foi feita com auxílio de um cronômetro desenvolvido pelo próprio grupo de pesquisa. Ademais, foi registrado o peso corporal e o consumo durante esse período. Durante a lactação, filhotes do grupo DHH apresentaram maior peso corporal do que filhotes do grupo CTR no 21º dia pós-natal e do que filhotes DHI no 19º e 21º dia pós-natal. No campo aberto, o grupo CF10 apresentou menor número de bolos fecais do que os grupos CV e CF1. No labirinto elevado em cruz, por sua vez, o grupo CF10 expressou mais comportamentos associados à ansiedade do que os grupos CV (diminuição do número de entradas nos braços abertos, aumento do tempo e porcentagem de tempo nos braços fechados e diminuição da porcentagem de tempo na área central) e CF1 (diminuição do tempo de permanência nos braços fechados). Houve aumento da expressão de parâmetros relacionados ao comportamento ansioso para ratos HI10 em relação aos grupos HIV (diminuição do número de entradas e da porcentagem de tempo nos braços abertos) e HI1 (aumento do tempo de permanência nos braços fechados e do número total de entradas nos braços do labirinto). O grupo HI1 também apresentou menor porcentagem de tempo nos braços abertos do que o grupo HIV. Ademais, o grupo HH10 dispendeu mais tempo na área central do que o grupo HI10; e o grupo HHV obteve menor porcentagem de tempo nos braços fechados do que o grupo HIV. Por fim, no paradigma da exploração livre, o grupo CF10 demorou menos tempo para adentrar o ambiente novo do que o grupo CV. Em suma, ratos jovem-adultos DHH, nos três aparatos, e DHI, no campo aberto e no paradigma da exploração livre, foram resistentes à ação do fármaco, sugerindo diminuição da responsividade dos receptores serotoninérgicos as diferentes doses de fluoxetina. / Maternal exposure to a high-fat diet through gestation and lactation may alter the offspring anxiety-like behavior. Despite this, an influence of maternal high fat diet on offspring’s serotonergic system response to drugs is not yet clear. Therefore, the general objective of this work is to evaluate the influence of two maternal high-fat diets with different caloric contents on the responsiveness of the serotoninergic system to anxiety-like behavior in young adult rats. For this, 43 Wistar rats were used. After confirmation of gestation, females were divided into three groups, classified according to the diet received during gestation and lactation, control (CTR = 17), hyperlipid/isocaloric (DHI = 12) and hyperlipid/hypercaloric (DHH = 14). Body weight was recorded every two days through lactation and at the 30th, 45th, 60th and 70th day of life. After weaning, all animals received a standard diet until the end of experiments. For the experiments, only male were used. At the ninth postnatal week, each group formed by nutritional manipulation was subdivided into three groups according to pharmacological manipulation: vehicle, fluoxetine 1mg/kg and fluoxetine 10mg/kg. Considering as two manipulations (maternal nutrition and pharmacological in the offspring), nine experimental groups were formed: Control - Vehicle (CV, n = 13); Control - Fluoxetine 1mg (CF1, n = 13); Control - Fluoxetine 10mg (CF10, n = 14); Hyperlipid/Isocaloric - Vehicle (HIV, n = 11); Hyperlipid/Isocaloric - Fluoxetine 1mg (HIF1, n = 9); Hyperlipid/Isocaloric - Fluoxetine 10mg (HIF10, n = 10); Hyperlipid/Hypercaloric - Vehicle (HHV, n = 11); Hyperlipid/Hypercaloric - Fluoxetine 1mg (HHF1, n = 11); Hyperlipid/Hypercaloric - Fluoxetine 10mg (HHF10, n = 10). The males were exposed to open field (OF), elevated plus maze (EPM) and free exploratory paradigm (FEP), while being filmed by a digital camera coupled to a computer. The analyses were performed with the help of a timer developed by the research group itself. In addition, body weight and consumption were recorded during this period for FEP. During lactation, pups from the DHH group presented higher body weight than the CTR pups on the 21st postnatal day and then the DHI pups on the 19th and 21st postnatal days. In the open field, the CF10 group has lower number of fecal boli than the CV and CF1 groups. In the elevated plus maze, the CF10 group expressed more anxiety-like behavior than the CV (decreased number of entries in the open arms, increased time and percentage of time in the closed arms and decreased percentage of time in the central area) and CF1 groups (decreased length of stay in the closed arms). There was an increase in the expression of anxiety-related behavior for HI10 rats in relation to HIV (decreased number of entries and percentage of time in open arms) and HI1 groups (increased length of stay in the closed arms and number of total number of entries in the labyrinth arms). HI1 group also had a lower percentage of time in the open arms than the HIV group. In addition, the HH10 group spent more time in the central area than the HI10 group; and the HHV group had a lower percentage of time in the closed arms than the HIV group. Finally, in free exploratory paradigm, the CF10 group took less time to join the new environment than the CV group. In summary, rats from DHH, in all three tests, and from DHI, in open field and free exploratory paradigm, were resistant to the action of the drug, suggesting a decrease in the response of serotonergic receptors to different doses of fluoxetine.
|
Page generated in 0.0725 seconds