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A revolta que não houve: Adhemar de Barros e a articulação contra o golpe civil-militar (1964-66) / The uprising that was not: Adhemar de Barros and the articulation against the civil-military coup (1964-66)

Ruiz, Carlos Henrique dos Santos [UNESP] 28 August 2018 (has links)
Submitted by Carlos Henrique dos Santos Ruiz (caique_ruiz2006@yahoo.com.br) on 2018-09-20T17:47:12Z No. of bitstreams: 1 A Revolta que Não Houve - Versão Final.pdf: 1046797 bytes, checksum: 3748577315949e81b1766ac96499561b (MD5) / Approved for entry into archive by Satie Tagara (satie@marilia.unesp.br) on 2018-09-20T18:33:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 ruiz_chs_me_mar.pdf: 1046797 bytes, checksum: 3748577315949e81b1766ac96499561b (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-20T18:33:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ruiz_chs_me_mar.pdf: 1046797 bytes, checksum: 3748577315949e81b1766ac96499561b (MD5) Previous issue date: 2018-08-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Em 1º de abril de 1964, é derrubado o presidente constitucional da república João Goulart, consolidando o Golpe Civil-Militar, depois de uma Crise de Hegemonia. No entanto, o novo período não foi de tranquilidade política, havendo tanto contestações e tentativas de revolta por grupos de oposição quanto disputas entre os grupos políticos no poder, que ficou polarizado entre os “moderados” e os “duros” para definir qual seria o projeto hegemônico dirigiria o Bloco Histórico. De início, muitos participantes e apoiadores do golpe acreditavam que os militares logo devolveriam o poder aos civis. Mas a prorrogação do mandato do General Castelo Branco e a consequente cassação de expoentes históricos civis que apoiaram o golpe como Juscelino Kubitschek, outras lideranças começaram a perceber que um grupo dos militares procurava se hegemonizar no poder e estava conquistando espaço, com projeto político próprio. O Governador de São Paulo Adhemar de Barros entendeu que seria o próximo político a ser cassado. Face à impopularidade do regime devido à crise econômica, ele se alia a vários grupos políticos descontentes distintos, entre os quais a esquerda nacionalista e ligada ao PCB, e a militares descontentes, como o General Amaury Kruel, entre outros, articulando-se com ele à frente de um contragolpe. No entanto, a revolta não aconteceu, e Adhemar de Barros teve o mandato de governador cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos. O objetivo deste trabalho é fazer uma retomada histórica da tentativa de revolta, e ao mesmo tempo uma análise política, tendo como referencial o conceito de Hegemonia e Crise de Hegemonia em Gramsci. Com isso, a pesquisa se propõe a responder: O que foi a Revolta? Quem participou dela? Qual o seu poderio militar? Quais seus objetivos políticos? Teve ramificações em outros estados? Por que ela não ocorreu? Para realizar isso, será discutido na Introdução o referencial teórico e a principal liderança da conspiração Adhemar de Barros. No Capítulo 1, será retomado historicamente o governo João Goulart, tendo como base o conceito de Crise de Hegemonia. No Capítulo 2, será retomado o governo Castelo Branco, tendo como enfoque a disputa hegemônica entre “moderados” e “duros”, além de retomar outras contestações do período. E no Capítulo 3, será discutido e analisado “A Revolta que Não Houve”, tendo como base o referencial teórico. Por fim, nas Considerações Finais, será discutido o resultado obtido na pesquisa. / On April 1st, 1964, the constitutional president of the republic João Goulart was overthrow, consolidating the Civil-Military Coup, after a Hegemony Crisis. However, the period was not a political one, and there were both contestations and attempts of riots by opposition groups and disputes between political groups in power, which became polarized between "moderados" (the "moderates") and "duros" (the "brash") to define the hegemonic project that would direct the Historical Bloc. Initially, many participants and supporters of the coup believed that the military would soon return the power to civilians. But the extension of the mandate of General Castelo Branco and the consequent annulment of historical civilian exponents who supported the coup as Juscelino Kubitschek, other leaders began to realize that a group of the military sought to hegemonize in power and was gaining space with its own political project. The Governor of the state of São Paulo, Adhemar de Barros, realized that he would be the next politician to be annulled. Faced with the unpopularity of the government due to the economic crisis, Barros joins several distinct disaffected political groups, including the nationalist and PCB-bound left wing, and disgruntled military personnel like General Amaury Kruel, among others, articulating with him the leadership of a counter-coup. However, the uprising did not happen, and Adhemar de Barros had his governor office annulled, and the political rights suspended for ten years. Thus, the present work is intended to draw both a historical recovering of the attempt of riot and a political analysis, taking as reference the concept of Hegemony and Crisis of Hegemony by Gramsci. The research, then, proposes to answer: What was this uprising? Who were the participants? Does it have military power? What are their political goals? Were there ramifications in other states? Why did not it happen? In order to accomplish it, the theoretical framework and the main leadership of the Adhemar de Barros conspiracy will be discussed in the Introduction. In Chapter 1, João Goulart's government is taken up historically, based on the concept of Crisis of Hegemony. In Chapter 2, the Castelo Branco's government is resumed, focusing on the hegemonic dispute between "moderados" and "duros", as well as resuming other contestations of the period. And in Chapter 3, "The Uprising that was Not" is discussed and analyzed, based on the theoretical framework by Gramsci. Finally, in the Final Considerations, the results obtained in the present research are discussed.
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Neoliberalismo e o conflito capital e trabalho no Brasil (1990-1996) / Neoliberalism and conflict capital and labor in Brazil (1990-1996)

Germano, Matheus Nascimento 29 July 2013 (has links)
Submitted by Marlene Santos (marlene.bc.ufg@gmail.com) on 2014-11-28T18:26:31Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Matheus Nascimento Germano - 2013.pdf: 954448 bytes, checksum: 783155a29f52820168edd5b90aa04ce7 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2014-12-04T14:13:00Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Matheus Nascimento Germano - 2013.pdf: 954448 bytes, checksum: 783155a29f52820168edd5b90aa04ce7 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-12-04T14:13:00Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Matheus Nascimento Germano - 2013.pdf: 954448 bytes, checksum: 783155a29f52820168edd5b90aa04ce7 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2013-07-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Our object of study deals with the conflict between capital and labor in Brazil at the time of systematization of neoliberal policies, with the time frame from 1990 to 1996, the beginning of the Collor government until the middle of the first government of Fernando Henrique Cardoso. During the Collor government, we will analyze the early deployment of neoliberal addendum through the prism of a crisis of bourgeois hegemony. This crisis of hegemony, among other factors, led the impeachment of Collor's term and the beginning of Itamar Franco, who made the ultimate option for neoliberalism to develop an important economic mainstay with the Real Plan. The success of the Real will be crucial for the development of neoliberal hegemony that materialized with the election of FHC in 1994, which imposed a series of regressive measures for the working world. This entire process will be seen from the thesis that the defeat suffered by workers not only at the corporate level, but also in the ideological and organizational, which imposed new dynamics of social struggle in Brazil. / Nosso objeto de estudo se trata do conflito entre capital e trabalho no Brasil no momento de sistematização das políticas neoliberais, tendo como recorte temporal de 1990 a 1996, do inicio do governo Collor até a metade do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso. Durante o governo Collor, analisaremos o início da implantação da adenda neoliberal sob o prisma de uma crise de hegemonia burguesa. Essa crise de hegemonia, entre outros fatores, levou o impeachment de Collor e o início do mandato de Itamar Franco, que fez a opção definitiva pelo neoliberalismo ao elaborar um importante sustentáculo econômico com o Plano Real. O êxito do Real vai ser crucial para a elaboração da hegemonia neoliberal que se materializou com a eleição de FHC em 1994, que impôs uma série de medidas regressivas para o mundo do trabalho. Todo esse processo será visto a partir da tese de que a derrota sofrida pelos trabalhadores não somente no plano corporativo, mas também no plano ideológico e organizativo, que impôs uma nova dinâmica da luta social no Brasil.
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Crise e transição: um capítulo da modernização conservadora da autocracia no Brasil / Crisis and transition: a chapter of the conservatory modernization of bourgues autocracy in Brazil / Crisis y transición: un capítulo de la modernización conservadora de la autocracia burguesa en Brasil

Sartoretto, Leonardo [UNESP] 25 August 2017 (has links)
Submitted by Leonardo Sartoretto null (leonardosartoretto@hotmail.com) on 2017-09-11T14:59:48Z No. of bitstreams: 1 Crise e Transição - um capítulo da modernização conservadora da autocracia burguesa no Brasil.pdf: 1931441 bytes, checksum: 5f9182281ec1fa91f92c8adba24a82ec (MD5) / Approved for entry into archive by Monique Sasaki (sayumi_sasaki@hotmail.com) on 2017-09-12T17:03:06Z (GMT) No. of bitstreams: 1 sartoretto_l_me_mar.pdf: 1931441 bytes, checksum: 5f9182281ec1fa91f92c8adba24a82ec (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-12T17:03:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 sartoretto_l_me_mar.pdf: 1931441 bytes, checksum: 5f9182281ec1fa91f92c8adba24a82ec (MD5) Previous issue date: 2017-08-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O presente trabalho procura compreender as transformações que ocorrem na base do poder político da autocracia burguesa brasileira em 1930. Nomeadamente a crise que leva a recomposição das suas frações no bloco do poder com a ascensão da Aliança Liberal ao Governo Provisório. Para tanto estudamos a formação e consolidação da fração agrárioexportadora e portadora do grande capital cafeeiro, já que esta vai ser a matriz do intenso desenvolvimento que a nossa formação social vai conhecer com base no ciclo do café. É através de sua gênese e desenvolvimento que observamos que, no bojo de seu avanço social, inclusive na composição de sua hegemonia que ocorre durante a Primeira República, contradições como a formação de uma industrialização com capitais oriundos da acumulação cafeeira vão transformando a estrutura produtiva de sua dominação. Por outro lado, seu domínio absoluto começa a ser contestado em 1922, ferindo mortalmente sua capacidade hegemônica. A Aliança Liberal, herdeira de toda essa crise política, ao agregar em si inúmeros grupos, camadas e frações sociais que já não se veem mais representadas pela política monocultora e agroexportadora do café, com grande ênfase ao apoio armado tenentista, se insurrece e desloca do centro do poder a fração paulista. Como grupo dirigente, ela então reorienta o centro dinâmico da economia brasileira, respondendo ao caráter de suas próprias contradições, e com medidas políticas como o corporativismo trava contato íntimo com a burguesia industrial. Novamente se apropriando do Estado para recompor a relação de suas frações burguesas, e outra vez alijando a classe trabalhadora do poder através de sua organização em moldes corporativistas, mesmo que isso as leve para dentro do próprio Estado, e ainda reprimindo com violência os grupos sociais que não lograram obedecer a esse ditame, como a reorganização do DEOPS bem expressa, características todas de uma legítima autocracia burguesa, agora reposta em novos patamares, o grupo dirigente encabeçado por Getúlio Vargas procede a uma genuína modernização conservadora desta forma de domínio brasileira. / The present work tries to understand the transformations that occur in the base of the political power of the Brazilian bourgeois autocracy in 1930. In particular, the crisis that leads to the recomposition of its fractions in the power bloc with the rise of the Liberal Alliance to the Provisional Government. In order to do so, we study the formation and consolidation of the agrarian-exporting fraction and the great capital of coffee, since this will be the matrix of the intense development that our social formation will know based on the coffee cycle. It is through its genesis and development that we observe that, in the midst of its social advance, including in the composition of its hegemony that occurs during the Old Republic, contradictions such as the formation of an industrialization with capital from the coffee accumulation transform the productive structure of Their domination. On the other hand, its absolute domination begins to be contested in 1922, mortally wounding its hegemonic capacity. The Liberal Alliance, inheriting all this political crisis, by aggregating in itself numerous groups, strata and social fractions that are no longer represented by the monoculture and agro-exporting policy of coffee, with great emphasis on the tenentista armed support, insurrection and dislocation of the Center of power the São Paulo fraction. As a leading group, it then reorients the dynamic center of the Brazilian economy, responding to the character of its own contradictions, and with political measures such as corporatism, it has intimate contact with the industrial bourgeoisie. Once again appropriating the state to recompose the relation of its bourgeois fractions, and again throwing away the working class of power through its organization in a corporatist way, even if it takes them into the state itself, and still repressing social groups with violence which have not been able to obey this dictum, such as the reorganization of the DEOPS expressed, all characteristics of a legitimate bourgeois autocracy, now restored to new heights, the leading group headed by Getúlio Vargas proceeds to a genuine conservative modernization of this form of Brazilian domination. / El presente trabajo busca comprender las transformaciones que ocurren en la base del poder político de la autocracia burguesa brasileña en 1930. En particular la crisis que lleva a la recomposición de sus fracciones en el bloque del poder con el ascenso de la Alianza Liberal al Gobierno Provisional. Para ello estudiamos la formación y consolidación de la fracción agrario-exportadora y portadora del gran capital cafetero, ya que ésta va a ser la matriz del intenso desarrollo que nuestra formación social va a conocer con base en el ciclo del café. Es a través de su génesis y desarrollo que observamos que, en el seno de su avance social, incluso en la composición de su hegemonía que ocurre durante la Primera República, contradicciones como la formación de una industrialización con capitales oriundos de la acumulación cafetera van transformando la estructura productiva de su dominación. Por otro lado, su dominio absoluto comienza a ser discutido en 1922, hiriendo mortalmente su capacidad hegemónica. La Alianza Liberal, heredera de toda esta crisis política, al agregar en sí innumerables grupos, capas y fracciones sociales que ya no se ven más representadas por la política monocultiva y agroexportadora del café, con gran énfasis al apoyo armado tenentista, se insurrece y se desplaza el centro del poder la fracción paulista. Como grupo dirigente, entonces reorienta el centro dinámico de la economía brasileña, respondiendo al carácter de sus propias contradicciones, y con medidas políticas como el corporativismo traba contacto íntimo con la burguesía industrial. Nuevamente apropiarse del Estado para recomponer la relación de sus fracciones burguesas, y otra vez alijando a la clase obrera del poder a través de su organización en moldes corporativistas, aunque eso las lleve hacia dentro del propio Estado, y aún reprimiendo con violencia a los grupos sociales que no lograron obedecer a ese dictamen, como la reorganización del DEOPS bien expresada, características todas de una legítima autocracia burguesa, ahora restablecida en nuevos niveles, el grupo dirigente encabezado por Getúlio Vargas procede a una genuina modernización conservadora de esta forma de dominio brasileña.
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De Sarney a Collor: reformas políticas, democratização e crise (1985-1990) / Sarney of the Collor: political reform, democratization and crisis (1985-1990)

MACIEL, David 10 June 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T15:14:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DAVID MACIEL, TESE DE DOUTORADO 2008.pdf: 2083143 bytes, checksum: 033431ba820dbe891bf9368a811e6f70 (MD5) Previous issue date: 2008-06-10 / Our object of study is the process of replacement of the authority institutionality by the liberal-democratic institutionality inside of Brazilian autocratic bourgeoisie State during the period of 1985 till 1990, this means, from the begining of the first civil government post Militar Dictatorship (Sarney s government) until the presidential elections of 1989 and the composition of the new government elected. In this period the politics transition process started still in the Militar Dictatorship finishes , with the distensionist project, reaching the top with the end of the militar government in 1985. However the civil government demanded a lot of initiatives that continued/overcame the institutional alterations started previously with the establishment of a new institutionality, by a democratic way, defined mainly by the Constitution of 1988 and confirmed with the presidential elections of 1989. Besides the own constituent process (1987-1988) and of the elections of 1989, we also point out like crucial moments of this period the maintenance of the Democratic Alliance under José Sarney s presidence, the peak and failure of Cruzado Plan between the years of 1986 and 1987 and the begining of an economic guidance more definitely neoliberal from 1987. Therefore, our object of study is called second transition devoted expression by the politics debates and by the literature academic. Called From Sarney to Collor: politic reforms, democratization and crisis (1985- 1990) our work is divided in four chapters, each one dealing with one of the fases, or conjunctures, of this stage. The chapter 1 is developed of the composition and begining of Tancredo/Sarney s government, in 1985, until the ministerial reform of February of 1986. This fase is marked by the implementation of the last reform in the authority institutionality inherited from the Militar Dictatorship. The second fase, dealed on chapter 2 starts with the edition of the Cruzado Plan, in February 1986 and finishes with its collapse, in the begining of 1987. In the chapter 3 we talk about the third fase, that developed during the year of 1987 and is marked by the constituent process and by the crisis conjuncture evolution to an hegemony crisis. Dealed in chapter 4, the last fase marks the victory of the conservative perspective in the creation of the new institutionality, which legal nucleus is the new Constitution, and its confirmation in the presidential elections of 1989. / Nosso objeto de estudo é o processo de substituição da institucionalidade autoritária pela institucionalidade democrático-liberal no interior do Estado autocrático-burguês brasileiro durante o período de 1985 a 1990, ou seja, do início do primeiro governo civil pós-Ditadura Militar (governo Sarney) até as eleições presidenciais de 1989 e a composição do novo governo eleito. Neste período, encerrou-se o processo de transição política iniciado ainda na vigência da Ditadura Militar, com o projeto distensionista, culminando com o fim dos governos militares em 1985. No entanto, a ascensão do governo civil exigiu uma série de iniciativas que continuaram/superaram as reformas institucionais iniciadas anteriormente com o estabelecimento de uma nova institucionalidade, de forma democrática, definida fundamentalmente pela Constituição de 1988 e consolidada com as eleições presidenciais de 1989. Além do próprio processo constituinte (1987-1988) e das eleições de 1989, destacamos também como momentos cruciais deste período a manutenção da Aliança Democrática sob a presidência de José Sarney, o apogeu e fracasso do Plano Cruzado entre os anos de 1986 e 1987 e o início de uma orientação econômica mais definidamente neoliberal a partir de 1987. Em suma, nosso objeto de estudo é a chamada segunda transição , expressão consagrada pelo debate político e pela literatura acadêmica. Intitulado De Sarney a Collor: reformas políticas, democratização e crise (1985- 1990) , nosso trabalho se divide em quatro capítulos, cada qual abordando uma das fases, ou conjunturas, desta etapa. O Capítulo I desdobra-se da composição e início do governo Tancredo/Sarney, em 1985, até a reforma ministerial de fevereiro de 1986. Esta fase foi marcada pela implementação da última reforma na institucionalidade autoritária herdada da Ditadura Militar. A segunda fase, tratada no Capítulo II, começou com a edição do Plano Cruzado, em fevereiro de 1986, e terminou com o seu colapso, no início de 1987. No Capítulo III, discutimos a terceira fase, que se desdobra durante o ano de 1987 e foi marcada pelo processo constituinte e pela evolução da crise conjuntural para uma crise de hegemonia. Tratada no Capítulo IV, a última fase marca a vitória da perspectiva conservadora na criação da nova institucionalidade, cujo núcleo legal foi a nova Constituição, e sua confirmação nas eleições presidenciais de 1989.

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