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"Avaliação estrutural e funcional da deglutição de idosos, com e sem queixas de disfagia, internados em uma enfermaria geriátrica" / Clinical and functional assessment of swallowing of older patients with or without complaints of dysphagia admitted to a care geriatric wardIssa, Paula de Carvalho Macedo 12 December 2003 (has links)
Os mecanismos fisiológicos sofrem mudanças durante o processo de envelhecimento. Dentre as alterações que ocorrem naturalmente durante esse processo, existem os problemas de deglutição. A integridade da deglutição não só garante a manutenção do estado nutricional do paciente mas também protege o trato respiratório contra acidentes como aspiração de conteúdo da orofaringe; por outro lado, suas alterações, muitas vezes somadas a processos patológicos, levam a complicações nutricionais e infecciosas, favorecendo a ocorrência de outras doenças e podendo, até mesmo, levar a quadros irreversíveis. O presente estudo teve por objetivo avaliar a fase orofaríngea da deglutição de pacientes idosos internados na enfermaria da Divisão de Clínica Médica Geral e Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, com ou sem queixas de dificuldade de deglutição, através da avaliação clínica fonoaudiológica e do estudo cintilográfico da deglutição, correlacionando-os. Para tanto, foram avaliados 30 pacientes idosos internados, com idades entre 66 e 94 anos, idade média de 80 anos, selecionados aleatoriamente, sem se considerar suas doenças e a presença ou não de queixas de disfagia, sendo excluídos os pacientes gravemente comprometidos, cujo estado impossibilitava a avaliação clínica e objetiva da deglutição. Além disso, obteve-se dois grupos controle, sendo um constituído por jovens, com idades variando de 21 a 30 anos, idade média de 25 anos e o outro foi constituído por idosos, com idades variando de 60 a 80 anos, idade média de 70 anos. Os voluntários dos grupos controle foram cuidadosamente triados antes da participação no estudo para assegurar que eles não apresentassem histórias de dificuldades para a deglutição e/ou condições médicas que pudessem influenciar a deglutição ou performance motora orofacial e/ou que usassem medicamentos depressores do sistema nervoso central. Para a avaliação funcional da deglutição, os participantes do estudo deglutiram dois bolos de alimentos de 5 ml cada, nas consistências líquida e pastosa. No estudo cintilográfico foram adicionados aos dois bolos, um marcador de radioatividade de fitato coloidal ligado ao tecnécio (99mTc). Os dados da avaliação foram analisados no computador através do protocolo de aquisição da gama-câmara (vision DST) quanto ao trânsito e resíduo oral, trânsito, clearance e resíduo faríngeo e entrada no esôfago proximal. O estudo permitiu concluir que idosos doentes sem queixa de dificuldade de deglutição e sem a presença de doenças que cursam com a disfagia, não apresentam diferença significativa dos parâmetros observados quando comparados com idosos saudáveis; pessoas idosas deglutem mais lentamente quando comparadas com pessoas mais jovens, entretanto essa lentificação permite que idosos deglutam mais seguramente. As mudanças no hábito alimentar de idosos devem ser questionadas por profissionais que trabalham com a população geriátrica e a avaliação fonoaudiológica clínica da deglutição deve fazer parte da definição do diagnóstico diferencial em quadros que sugiram dificuldades de deglutição e, principalmente deve ser imprescindível naqueles que apresentem patologias que cursam com a disfagia; a técnica cintilográfica é sensível a sutis mudanças relacionadas ao trânsito, clearance e resíduo alimentar. / Physiological mechanisms change during the aging process. Among the changes that occur naturally during this process, there are the problems of swallowing. Swallowing integrity not only warrants the maintenance of the patients nutritional status, but also protects the respiratory system against accidents like the aspiration of oropharyngeal contents. On the other hand, changes in the swallowing process, often added by other diseases, induces nutritional and infectious complications, favoring the occurrence of other diseases and, even, irreversible clinical pictures. The present study aimed to assess the oropharyngeal phase of swallowing of older persons admitted to the wards of the Division of General Internal Medicine and Geriatric Medicine of the Internal Medicine Department of the School of Medicine of Ribeirão Preto University of São Paulo, independently of the presence or absence of swallowing complaints, through phonoaudiological clinical evaluation and cintilographic study of swallowing. Thirty elderly patients were studied, with age ranging from 66 to 94 years old, mean age 80 years, randomly selected, without being taken into consideration specific diseases and the presence or absence of swallowing complaints. Severely compromised Patients, whose health status made impossible adequate evaluation, were excluded. Two control groups were composed, one of young volunteers, aged from 21 to 30 years, mean age 25 years and one of elderly volunteers, with age ranging from 60 to 80 years old, mean age 70 years. Volunteers of the control groups were carefully evaluated before participation, to make sure that they did not have swallowing difficulties and/or clinical conditions that could influence swallowing and oral and facial motor performance and did not take medications with central nervous system actions. For functional assessment of swallowing, the study participants swallowed two boluses of 5 ml each, in liquid and syrup consistence. In the cintilographic study, a radioactive tracer (99mTc colloidal phytate) was added to the boluses. Data were analyzed through the gamma-camera acquisition protocol (vision DST) for oral transit and residual, pharyngeal transit, clearance time and residual and time for proximal esophagus entrance. The study allowed us to conclude that older patients without swallowing complaints and without diseases that cause dysphagia, do not show significant differences of the observed parameters when compared to healthy older persons. Older persons swallow slower when compared to younger persons, however this delay allows them to swallow safer. Changes in dietary habits of older persons should be questioned by professionals that work with geriatric populations and clinical phonoaudiological assessment of swallowing must be part of the assessment process of situations where difficulties for swallowing appeared, being absolutely necessary for those that present diseases that courses with dysphagia. The cintilographic technique is sensitive to subtle changes in transit, clearance and food residuals.
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Avaliacao do metodo cintilografico quantitativo no diagnostico do acometimento esofagico da esclerose sistemica progressivavon Mühlen, Carlos Alberto January 1985 (has links)
Resumo não disponível.
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Avaliação da qualidade de vida em pacientes portadores de câncer de esôfago submetidos à inserção de stent esofágico auto-expansívelFresca, Aldenir [UNESP] 07 May 2012 (has links) (PDF)
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fresca_a_me_botfm.pdf: 331178 bytes, checksum: 1089a9ca98c48ae16944fa75faebc949 (MD5) / Universidade Estadual Paulista (UNESP) / Objetivo: Avaliação da qualidade de vida dos pacientes portadores de câncer de esôfago inoperável submetidos à inserção de stents esofágicos auto-expansíveis como opção no tratamento paliativo da neoplasia avançada. Pacientes e métodos: Avaliação prospectiva de 50 pacientes admitidos no Departamento de Endoscopia do Hospital de Câncer de Barretos com câncer de esôfago inoperável, em estágio avançado e com indicação de tratamento paliativo no período de agosto de 2007 a setembro de 2009. Os pacientes foram encaminhados para o Departamento de Endoscopia após serem estadiados pela classificação TNM e realizados exames. Após definido o tratamento paliativo com stent, os pacientes foram avaliados nas primeiras 24 horas (M0) ainda em ambiente hospitalar, 7dias (M1), 8 (M2) e 16 (M3) semanas após a colocação do stent, aplicando o questionário EORTC QLQ-C30 (versão 3), Escala do Índice de Karnofsky, classificação do grau disfagia, sintoma de dor retroesternal através escala numérico-verbal, avaliação nutricional e tempo de sobrevida. As perguntas foram respondidas pelos pacientes e nos casos de dificuldade de entendimento ou leitura os mesmos foram orientados por uma equipe de enfermagem treinada. Resultados: dos 50 pacientes que participaram do estudo, 41 eram homens (82%) e 9 eram mulheres (18%). Os stents utilizados, todos autoexpansíveis, de tecnologia totalmente brasileira, foram 32 recobertos e 18 descobertos e o local mais comum da neoplasia maligna foi o terço médio do esôfago e o tipo histológico carcinoma de células escamosas em todos os pacientes. A disfagia melhorou significativamente... / Objectives: Evaluation of quality of life in patients with inoperable esophageal cancer submitted to insertion of self expandable stent as an option on the palliative treatment of advanced neoplasia. Patients and methods: Prospective evaluation of 50 patients admitted at the endoscopy department of Barretos Cancer Hospital with inoperable esophageal cancer in an advanced state with indication of palliative treatment during the period from August 2007 to September 2009. The patients were forwarded to the endoscopy department after being staged by the TNM classification. After have defined the palliative treatment with stent, patients were evaluated during on the first 24 hours (M0) still at the hospital, 7 days (M1), 8(M2) and 16(M3) weeks, after stent placement applying the EORTC QLQ-C30 (version 3) questionnaire, scale of the Karnofsky index, dysphagia, retrosternal pain symptoms, through verbal numeric scale, nutritional evaluation, and survival time. The questions were answered by the patients and in cases of difficulty in understanding or reading they were guided by a trained nursing staff. They followed exclusion and inclusion criteria for the stent insertion. Results: of 50 patients that participated on the study, 41 were men (82 %) and 9 women (18%). The stents used were all self expandable stent of totally Brazilian technology , 32 were covered and 18 uncovered and the most common places for malignant neoplasia were the third medium of the esophagus and the histological type were squamous cells carcinoma in all patients... (Complete abstract click electronic access below)
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Efeito do sabor azedo e da temperatura fria na fase oral da deglutição no acidente vascular encefálicoGatto, Ana Rita [UNESP] 22 February 2010 (has links) (PDF)
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gatto_ar_me_botfm.pdf: 1016238 bytes, checksum: 8616d5f78187c09a64363d4593887258 (MD5) / A dificuldade de deglutição é um déficit comum em pacientes após Acidente Vascular Encefálico (AVE). Estudos com esta população evidenciam atraso no início da resposta faríngea e um aumento do tempo de trânsito oral, quando comparada com indivíduos normais. Verificou-se que a redução destes tempos poderia reduzir o risco de penetração e/ou aspiração laringotraqueal e, consequentemente, diminuir o risco de complicações broncopulmonares. Portanto este estudo tem por objetivo verificar o efeito do sabor azedo e da temperatura fria no tempo de trânsito oral da deglutição, no tempo de resposta faríngea e no escape oral posterior. Participaram deste estudo 52 indivíduos após Acidente Vascular Encefálico isquêmico hemisférico, tanto com lesão à direita (D) como à esquerda (E), e disfagia orofaríngea de grau leve a moderado, sendo 28 do gênero masculino e 24 do gênero feminino, de 50 a 80 anos (66 anos). Para a análise dos tempos de deglutição foi realizada a videofluoroscopia da deglutição. Cada indivíduo foi avaliado durante a deglutição de bolo na consistência pastosa, oferecido em colher, com 5 ml cada, sendo ao todo 4 estímulos diferentes (natural, gelado, azedo e azedo-gelado). Os indivíduos foram divididos em dois grupos conforme a seqüência dessa oferta: Grupo 1- estímulos oferecidos aleatoriamente (24 indivíduos), grupo 2 - estímulos oferecidos na seguinte ordem: natural, gelado, azedo e azedogelado (28 indivíduos). Após o exame, através de software específico, foram realizadas as medidas de deslocamento do bolo alimentar. Foram mensurados o tempo de trânsito oral (TTO), o tempo de trânsito oral total (TTOT), o tempo de início da resposta faríngea (IRF) e o escape posterior. Os resultados mostraram que a associação entre os estímulos azedo e gelado provocou mudanças significantes no TTOT e no TTO, no grupo de indivíduos... / Dysphagia is a common deficit in patients after stroke. Comparing with normal subjects, studies in this population show both a delay in swallowing initiation and an increase in oral transit time. It is postulated that the remediation of, or reduction of these times could reduce the bronchopulmonary complications risk. Therefore, the goal of this study is to verify the effect of sour taste and cold temperature in the oral phase of swallow, swallow response time, and measure the position of the head of the bolus at the swallowing initiation (posterior oral spillage). Participated in these study 52 patients with hemisphere stroke, as with right lesion as with left lesion, with mild to moderate oropharyngeal dysphagia, being 28 males and 24 females, 50 to 80 years (median 66 years). The stroke ictus ranged from 1 to 30 days (median 6 days). All subjects were assessed by objective examination of swallowing. To measure the swallow times a videofluoroscopic exam was used. During the videofluoroscopic, 4 spoons were offered, with 5 milliliters each of thickened substance (natural, cold, sour and sour-cold). The subjects were divided in two specific groups according to the offering sequence: group 1 – random offer (24 subjects), group 2 – sequential offer: natural, cold, sour and sour-cold (28 subjects). The videofluoroscopic images were digitalized and the measurement of the time of displacement of the bolus in oral phase of swallowing was done by specific software. It was measured the oral transit time (OTT), the total oral transit time (TOTT), the swallow response time (SRT), and the posterior oral spillage. The results showed that, in subjects from group 2, the OTT as well as the TOTT of swallowing were significantly lower during swallowing of the bolus with sour-cold stimulus, than when other stimulus offered separately. Spite of the tendency of reduction in both initial swallow response... (Complete abstract click electronic access below)
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Correlação entre a escala internacional de acidente vascular cerebral do Instituto Nacional de Saúde (NIHSS) e a penetração laríngea e aspiração laringotraqueal no acidente vascular cerebral isquêmico /Ribeiro, Priscila Watson. January 2013 (has links)
Orientador: Maria Aparecida Coelho de Arruda Henry / Coorientador: Arthur Oscar Schelp / Coorientador: Roberta Gonçalves da Silva / Banca: Célia Maria Giacheti / Banca: Luiz Roberto Lopes / Resumo: Estudos têm proposto a utilização da Escala Internacional de Acidente Vascular Cerebral do Instituto Nacional de Saúde (NIHSS) como um instrumento de triagem, como preditor clínico da presença de disfagia orofaríngea e indicador de via de alimentação nos indivíduos pós-AVC, mesmo este não pontuando o distúrbio de deglutição. No entanto, a maioria deles preconizou o uso de parâmetros clínicos na avaliação da deglutição, o que dificulta a identificação de alterações específicas que podem direcionar a conduta sobre a via e consistência de alimentação. Sendo assim, este estudo teve como objetivo verificar a correlação entre a pontuação obtida no NIHSS e a presença de penetração laríngea e aspiração laringotraqueal nos indivíduos pós-AVC isquêmico, utilizando o exame de videofluoroscopia da deglutição. Participaram deste estudo 74 indivíduos pós-AVC isquêmico submetidos à avaliação neurológica e aplicação do NIHSS. Os indivíduos foram divididos em quatro grupos conforme a gravidade do AVC na pontuação do NIHSS, sendo G1 (0-4 pontos), G2 (5-10), G3 (11-20) e G4 (≥ 20). Destes indivíduos, dois foram excluídos da avaliação fonoaudiológica da deglutição por apresentarem comprometimento neurológico grave mensurado pelo NIHSS. 72 indivíduos foram submetidos à avaliação fonoaudiológica clinica e ao exame videofluoroscópico da deglutição, realizados no mesmo dia, com o pastoso fino e líquido ralo, observando a presença de penetração laríngea e aspiração laringotraqueal. Foi verificada a ausência de correlação estatisticamente significante entre a pontuação no NIHSS e a presença de penetração laríngea com pastoso fino ... / Abstract: The use of the National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS) have been proposed as a screening tool, as clinical predictors of the presence of oropharyngeal dysphagia and an indicator of the safe way of feeding in individuals after stroke, even these not scoring the swallowing disorder. However, most studies recommend the use of clinical parameters in evaluating of swallowing, which hinder identification of specific alterations that could help to decide the way of feeding and the safe consistency. Therefore, this study aimed to determine the correlation between the NIHSS score and the presence of laryngeal penetration and tracheal aspiration in individuals after ischemic stroke, using videofluoroscopic evaluation of swallowing. Seventy-four after ischemic stroke individuals were evaluated; they had been submitted to neurological and NIHSS evaluation. They were divided into four groups according to the severity of stroke in NIHSS score, G1 (0-4 points), G2 (5-10 points), G3 (11-20 points) and G4 (≥ 20 points). Two of these individuals were excluded from the swallowing clinical assessment because they have severe neurological impairment measured by NIHSS. Seventy two subjects were submitted to swallowing clinical evaluation and videofluoroscopy of swallowing, performed on the same day, using thin pasty e liquid consistencies , observing the presence of laryngeal penetration and tracheal aspiration. The absence of a statistically significant correlation between the NIHSS score and the presence of laryngeal penetration with thin pasty (P = 0.3270) and liquid (P= 0.8138) was verified. Likewise, there was no correction between the NIHSS and the presence of tracheal aspiration with thin pastoso (P = 0.3714) and liquid (P=0.6292). The laryngeal penetration occurred in only 06 (8.33%) individuals with thin pasty, distributed in G1 (66.6%) and G2 (33.3%) of the NIHSS. With liquid, laryngeal penetration ... / Mestre
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Sinais clínicos de disfagia em lactentes com bronquiolite viral agudaBarbosa, Lisiane de Rosa January 2012 (has links)
Objetivo: Determinar a ocorrência de sinais clínicos de disfagia em lactentes com bronquiolite viral aguda. Métodos: Estudo transversal, com 42 lactentes, entre 0 e 12 meses, previamente hígidos, recebendo dieta via oral e internados com bronquiolite viral aguda. A avaliação clínica da deglutição foi acompanhada das medidas da frequência respiratória e oximetria de pulso. Foi elaborado escore de alterações de deglutição para estabelecer associações com demais variáveis do estudo. Realizada a concordância intra e entre examinadores. Os cuidadores responderam um questionário sobre comportamento de alimentação. O nível de significância utilizado foi p<0,05. Resultados: Foram encontradas alterações na fase oral (pausas prolongadas) e faríngea (respiração ruidosa, tosse e engasgos) da deglutição. Houve aumento significativo da frequência respiratória entre o momento pré e pós alimentação e quase metade dos lactentes apresentaram taquipnéia. Observou-se associação entre o escore de alterações de deglutição e a queda de saturação de oxigênio. Apesar da associação do número de alterações de deglutição com o aumento da frequência respiratória não ter sido significativa, as crianças com maior número de alterações de deglutição tenderam a apresentar frequência respiratória mais elevada. Não houve diferença significativa entre as duas avaliações do mesmo observador (p>0,05), entretanto na concordância entre examinadores houve diferença significativa entre os dois avaliadores quanto à cinco itens da avaliação. Os lactentes cujos cuidadores relataram dificuldades de alimentação durante a internação tiveram um número significativamente maior de alterações de deglutição na avaliação. Conclusão: Lactentes com bronquiolite viral aguda apresentaram alterações da deglutição, acrescidas de mudanças na frequência respiratória e nas medidas das taxas de saturação de oxigênio. Sugere-se, assim, risco para a disfagia. / Objective: To determine the occurrence of clinical signs of dysphagia in infants with acute viral bronchiolitis. Methods: Cross-sectional study of 42 infants between 0 and 12 months, previously healthy, receiving oral diet and hospitalized with acute viral bronchiolitis. Clinical evaluation of swallowing was accompanied by measurements of respiratory rate and pulse oximetry. Score of swallowing dysfunction was developed to establish associations with other study variables. An agreement among the examiners was reached. Caregivers answered a questionnaire on feeding behavior. The level of significance was p <0.05. Results: Alterations in the oral phase (prolonged pauses) and pharyngeal phase (wheezing, coughing and gagging) of swallowing were found in the study. There was a significant increase in respiratory rate between the time before and after feeding and nearly half of the infants had tachypnea. It was observed a relation between the score of swallowing dysfunction and fall of oxygen saturation. Although the association of the number of swallowing disorders with the increase of respiratory rate was not significant, children with larger changes in swallowing tended to have higher respiratory rate. There was no significant difference between the two evaluations of the same observer (p> 0.05), however in the agreement between examiners there was significant difference between the two raters on the five items of the assessment. Infants whose caregivers reported feeding difficulties during hospitalization had a significantly greater number of changes in the evaluation of swallowing. Conclusion: Infants with acute viral bronchiolitis showed abnormal swallowing, plus changes in respiratory frequency and measures the rate of oxygen saturation. It is suggested, therefore, risk for dysphagia.
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Deglutição e voz em idosos com sequelas de acidente vascular encefálico / Swallowing and speech in elderly patients with strokeBovolin, Paula de Campos 07 November 2013 (has links)
Distúrbios neurológicos como o Acidente Vascular Encefálico (AVE) podem causar alterações nos mecanismos responsáveis pela voz e deglutição, levando a quadros de disfonia e disfagia neurogênica, sendo que a maioria dos estudos aborda tais aspectos separadamente. O objetivo do presente trabalho foi estudar as funções de deglutição e voz, bem como a relação entre ambas, em indivíduos com sequelas de AVE. Foram analisados, para este estudo retrospectivo, os prontuários e exames de 30 idosos com média de 72 anos de idade. Foram realizados: aplicação de questionários referentes a queixas de deglutição e voz; avaliação perceptivo-auditiva da voz por meio da escala GRBASI; videoendoscopia da deglutição para classificação do grau da disfagia, da penetração e aspiração, além da taxa de gravidade de secreção; videoendoscopia da fonação, para observação de aspectos morfológicos e funcionais. Para verificar as correlações entre variáveis quantitativas e/ou qualitativas ordinais foi utilizado o Coeficiente de Correlação Spearman. Para verificar associação entre variáveis qualitativas nominais foram utilizados o teste exato de Fischer e o teste de Mann-Whitney. Em todos os testes foi adotado nível de significância de 5%. Para verificar a concordância entre juízes foi utilizada a estatística Kappa. Observou-se que 46% dos indivíduos referiu queixa vocal e voz muito fraca, 43% apresentou sensação de catarro preso na garganta e tosse; 46% dos indivíduos referiu dificuldades para mastigar, 36% engasgo durante as refeições e 32% ingestão de líquidos para ajudar na deglutição e tosse após as refeições. Na escala GRBASI, a maioria dos indivíduos apresentou o grau geral de disfonia e a rugosidade moderados para conversa espontânea e grau geral de disfonia e instabilidade moderados para a vogal /a/ sustentada. Com relação aos aspectos morfológicos, foi possível observar assimetria laríngea (73%), arqueamento bilateral da porção membranosa da prega vocal (77%) e saliência bilateral do processo vocal (77%). Quanto aos aspectos funcionais, observou-se fenda (57%), constrição supraglótica anteroposterior (57%) e constrição mediana (80%). A maioria dos indivíduos (83%) apresentou classificação 6 na escala DOSS, nível 1 para a consistência líquida (57%) e nível 0 para pastosa (57%) e sólida (63%) na escala de Taxa de Gravidade de Secreção. Foram encontradas relações entre sintomas de cansaço depois de falar muito com dificuldade para deglutir os alimentos (p=0,03), engasgo durante as refeições (p=0,00) e tosse após as refeições (p=0,01). Observou-se também relação entre catarro preso na garganta e engasgo durante as refeições (p=0,04), entre pigarro na garganta e ingestão de líquido para ajudar na deglutição (p=0,03), e entre pigarro na garganta e pigarro após as refeições (p=0,00). Ainda, foi observado que houve correlação entre estase em valécula para a consistência sólida e as características vocais de soprosidade (p=0,01) e astenia (p=0,02); relação entre a gravidade dos sinais de alteração da deglutição com a configuração laríngea. Concluiu-se que as características de voz e deglutição apresentadas pela população estudada foram semelhantes às frequentemente encontradas em idosos e que houve relações entre as funções de deglutição e voz. / Neurological disorders such as cerebrovascular accident (AVE) may cause changes in the mechanisms responsible for voice and swallowing, leading to dysphonia and neurogenic dysphagia and most studies addresses these aspects separately. The aim of this retrospective work was to study the functions of swallowing and voice as well as the relationship between them to individuals affected by sequel of stroke. We analyzed the medical charts of 30 patients averaging 72 years of age. Were performed: questionnaires regarding complaints of swallowing and voice; perceptual evaluation of voice through GRBASI scale; videoendoscopy of swallowing to classify the degree of dysphagia, penetration and aspiration, besides the severity rate of secretion; videoendoscopy of phonation, for observation of morphological and functional aspects. To verify the correlation between quantitative variables and / or qualitative ordinal was used Spearman Correlation Coefficient. To assess the association between nominal qualitative variables we used the Fisher exact test and Mann - Whitney. In all tests the level of significance was 5%. To verify the agreement between judges Kappa statistics was used. It was observed that 46% of the individuals reported voice complaints and very weak voice, 43% had feeling of phlegm stuck in throat and cough, 46% of subjects reported difficulty in chewing, 36% choking during meals and 32% drinking to assist in swallowing and coughing after meals. In GRBASI scale, most individuals showed grade and roughness moderate for spontaneous conversation and the grade and instability moderate for the vowel / a / sustained. With respect to morphology, was observed laryngeal asymmetry (73%), bilateral bowing of the membranous portion of the vocal fold (77%) and bilateral protrusion of the vocal process (77%). Regarding to the functional aspects, it was observed slit (57%), supraglottic anteroposterior constriction (57%) and median constriction (80%). Most individuals (83%) had rating 6 in DOSS scale, level 1 for liquid (57%) and level 0 to paste (57%) and solid (63%) in The Secretion Severity Rating scale. Relationships were found between symptoms of fatigue after speaking with much difficulty swallowing foods (p=0.03), choking during meals (p=0.00) and cough after meals (p=0.01). It was also observed relationship between phlegm stuck in my throat and choking during meals (p=0.04) between phlegm in the throat and fluid intake to aid in swallowing (p=0.03), and between phlegm in throat and hoarseness after meals (p=0.00). Still, it was observed that there was a correlation between stasis in the vallecula to solid and the vocal characteristics of breathiness (p=0.01), and asthenia (p=0.02), the relationship between the severity of the signs of swallowing disorders with laryngeal configuration. It was concluded that the characteristics of voice and swallowing presented by this study were similar to those often found in the elderly and that there were relations between the functions of swallowing and voice.
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Correlação entre a escala internacional de acidente vascular cerebral do Instituto Nacional de Saúde (NIHSS) e a penetração laríngea e aspiração laringotraqueal no acidente vascular cerebral isquêmicoRibeiro, Priscila Watson [UNESP] 13 May 2013 (has links) (PDF)
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000753127.pdf: 826516 bytes, checksum: fe85f0bae920852c6bf495af2b6aa206 (MD5) / Estudos têm proposto a utilização da Escala Internacional de Acidente Vascular Cerebral do Instituto Nacional de Saúde (NIHSS) como um instrumento de triagem, como preditor clínico da presença de disfagia orofaríngea e indicador de via de alimentação nos indivíduos pós-AVC, mesmo este não pontuando o distúrbio de deglutição. No entanto, a maioria deles preconizou o uso de parâmetros clínicos na avaliação da deglutição, o que dificulta a identificação de alterações específicas que podem direcionar a conduta sobre a via e consistência de alimentação. Sendo assim, este estudo teve como objetivo verificar a correlação entre a pontuação obtida no NIHSS e a presença de penetração laríngea e aspiração laringotraqueal nos indivíduos pós-AVC isquêmico, utilizando o exame de videofluoroscopia da deglutição. Participaram deste estudo 74 indivíduos pós-AVC isquêmico submetidos à avaliação neurológica e aplicação do NIHSS. Os indivíduos foram divididos em quatro grupos conforme a gravidade do AVC na pontuação do NIHSS, sendo G1 (0-4 pontos), G2 (5-10), G3 (11-20) e G4 (≥ 20). Destes indivíduos, dois foram excluídos da avaliação fonoaudiológica da deglutição por apresentarem comprometimento neurológico grave mensurado pelo NIHSS. 72 indivíduos foram submetidos à avaliação fonoaudiológica clinica e ao exame videofluoroscópico da deglutição, realizados no mesmo dia, com o pastoso fino e líquido ralo, observando a presença de penetração laríngea e aspiração laringotraqueal. Foi verificada a ausência de correlação estatisticamente significante entre a pontuação no NIHSS e a presença de penetração laríngea com pastoso fino ... / The use of the National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS) have been proposed as a screening tool, as clinical predictors of the presence of oropharyngeal dysphagia and an indicator of the safe way of feeding in individuals after stroke, even these not scoring the swallowing disorder. However, most studies recommend the use of clinical parameters in evaluating of swallowing, which hinder identification of specific alterations that could help to decide the way of feeding and the safe consistency. Therefore, this study aimed to determine the correlation between the NIHSS score and the presence of laryngeal penetration and tracheal aspiration in individuals after ischemic stroke, using videofluoroscopic evaluation of swallowing. Seventy-four after ischemic stroke individuals were evaluated; they had been submitted to neurological and NIHSS evaluation. They were divided into four groups according to the severity of stroke in NIHSS score, G1 (0-4 points), G2 (5-10 points), G3 (11-20 points) and G4 (≥ 20 points). Two of these individuals were excluded from the swallowing clinical assessment because they have severe neurological impairment measured by NIHSS. Seventy two subjects were submitted to swallowing clinical evaluation and videofluoroscopy of swallowing, performed on the same day, using thin pasty e liquid consistencies , observing the presence of laryngeal penetration and tracheal aspiration. The absence of a statistically significant correlation between the NIHSS score and the presence of laryngeal penetration with thin pasty (P = 0.3270) and liquid (P= 0.8138) was verified. Likewise, there was no correction between the NIHSS and the presence of tracheal aspiration with thin pastoso (P = 0.3714) and liquid (P=0.6292). The laryngeal penetration occurred in only 06 (8.33%) individuals with thin pasty, distributed in G1 (66.6%) and G2 (33.3%) of the NIHSS. With liquid, laryngeal penetration ...
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Sinais clínicos de disfagia em lactentes com bronquiolite viral agudaBarbosa, Lisiane de Rosa January 2012 (has links)
Objetivo: Determinar a ocorrência de sinais clínicos de disfagia em lactentes com bronquiolite viral aguda. Métodos: Estudo transversal, com 42 lactentes, entre 0 e 12 meses, previamente hígidos, recebendo dieta via oral e internados com bronquiolite viral aguda. A avaliação clínica da deglutição foi acompanhada das medidas da frequência respiratória e oximetria de pulso. Foi elaborado escore de alterações de deglutição para estabelecer associações com demais variáveis do estudo. Realizada a concordância intra e entre examinadores. Os cuidadores responderam um questionário sobre comportamento de alimentação. O nível de significância utilizado foi p<0,05. Resultados: Foram encontradas alterações na fase oral (pausas prolongadas) e faríngea (respiração ruidosa, tosse e engasgos) da deglutição. Houve aumento significativo da frequência respiratória entre o momento pré e pós alimentação e quase metade dos lactentes apresentaram taquipnéia. Observou-se associação entre o escore de alterações de deglutição e a queda de saturação de oxigênio. Apesar da associação do número de alterações de deglutição com o aumento da frequência respiratória não ter sido significativa, as crianças com maior número de alterações de deglutição tenderam a apresentar frequência respiratória mais elevada. Não houve diferença significativa entre as duas avaliações do mesmo observador (p>0,05), entretanto na concordância entre examinadores houve diferença significativa entre os dois avaliadores quanto à cinco itens da avaliação. Os lactentes cujos cuidadores relataram dificuldades de alimentação durante a internação tiveram um número significativamente maior de alterações de deglutição na avaliação. Conclusão: Lactentes com bronquiolite viral aguda apresentaram alterações da deglutição, acrescidas de mudanças na frequência respiratória e nas medidas das taxas de saturação de oxigênio. Sugere-se, assim, risco para a disfagia. / Objective: To determine the occurrence of clinical signs of dysphagia in infants with acute viral bronchiolitis. Methods: Cross-sectional study of 42 infants between 0 and 12 months, previously healthy, receiving oral diet and hospitalized with acute viral bronchiolitis. Clinical evaluation of swallowing was accompanied by measurements of respiratory rate and pulse oximetry. Score of swallowing dysfunction was developed to establish associations with other study variables. An agreement among the examiners was reached. Caregivers answered a questionnaire on feeding behavior. The level of significance was p <0.05. Results: Alterations in the oral phase (prolonged pauses) and pharyngeal phase (wheezing, coughing and gagging) of swallowing were found in the study. There was a significant increase in respiratory rate between the time before and after feeding and nearly half of the infants had tachypnea. It was observed a relation between the score of swallowing dysfunction and fall of oxygen saturation. Although the association of the number of swallowing disorders with the increase of respiratory rate was not significant, children with larger changes in swallowing tended to have higher respiratory rate. There was no significant difference between the two evaluations of the same observer (p> 0.05), however in the agreement between examiners there was significant difference between the two raters on the five items of the assessment. Infants whose caregivers reported feeding difficulties during hospitalization had a significantly greater number of changes in the evaluation of swallowing. Conclusion: Infants with acute viral bronchiolitis showed abnormal swallowing, plus changes in respiratory frequency and measures the rate of oxygen saturation. It is suggested, therefore, risk for dysphagia.
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Efeitos da deglutição de esforço sobre a modulação da frequência cardíaca em indivíduos com disfagia orofaríngea neurogênica /Gomes, Livia Maria Silva. January 2018 (has links)
Orientador: Vitor Engrácia Valenti / Banca: Luciana Pinato / Banca: Luiz Carlos de Abreu / Resumo: Introdução: A busca por evidências para a reabilitação e o uso de técnicas terapêuticas aplicadas às disfagias orofaríngeas neurogênicas tornou-se fator determinante na elaboração dos programas de reabilitação. A manobra de deglutição de esforço tem sido frequentemente estudada, porém uma das questões ainda não esclarecidas em indivíduos com disfagia orofaríngea trata da sobrecarga cardíaca proveniente da execução de esforço. Objetivo: Comparar os efeitos da deglutição espontânea e da manobra de deglutição de esforço sobre a modulação da frequência cardíaca em indivíduos com disfagia orofaríngea neurogênica. Método: O estudo foi realizado em 23 indivíduos com disfagia orofaríngea neurogênica, 8 indivíduos pós Acidente Vascular Cerebral e 15 com Doença de Parkinson, ambos os sexos e idade entre 50 e 90 anos (média de idade de 67 anos). O protocolo constou de duas etapas onde foram analisados os índices lineares da variabilidade da frequência cardíaca durante 5 minutos em cada protocolo: 1) deglutição espontânea e; 2) deglutição de esforço monitorada por eletromiografia de superfície durante todo o protocolo com variação de 5,25% na ativação muscular durante a deglutição de esforço (p=0,009). Resultados: Não houve diferença estatisticamente significativa nos índices da variabilidade da frequência cardíaca durante o protocolo de deglutição de esforço comparado com a degutição espontânea do indivíduo da amostra estudada (RMSSD p= 0,3; LF (ms²) p= 0,3; SD1 p= 0,3). Conclusão: O es... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Introduction: The search for evidence for rehabilitation and the use of therapeutic techniques applied to neurogenic oropharyngeal dysphagia has become a determining factor in the design of rehabilitation programs. The effort swallowing maneuver has been frequently studied, but one of the questions still not clarified in individuals with oropharyngeal dysphagia treats the cardiac overload from the execution of effort. Objective: To compare the effects of spontaneous deglutition and effort swallowing maneuver on heart rate modulation in individuals with neurogenic oropharyngeal dysphagia. Methods: The study was performed in 23 individuals with neurogenic oropharyngeal dysphagia, diagnosed with neurological diseases, aged between 50 and 90 years (mean age 67 years), in both sexes. We analyzed groups of individuals after stroke (N = 8) and with Parkinson's Disease (N = 15). The protocol consisted of two steps in which the linear indexes of the heart rate variability during 5 minutes in each protocol were analyzed: 1) spontaneous deglutition and; 2) effortful swallow, monitored by surface electromyography throughout the protocol with variation of 5.25% in muscle activation during effort swallowing (p = 0.009). Results: There was no statistically significant difference in the indices of heart rate variability during the effort swallowing protocol. Conclusion: The muscular effort performed during the maneuver of effort swallowing in individuals with neurogenic oropharyngeal dysphag... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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