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Caracterização da atividade eletromiográfica dos músculos da deglutição nos pacientes portadores de esclerose múltiplaSANTOS, Valéria Alves dos 29 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-29 / A esclerose múltipla (EM) é uma desordem neurológica progressiva e crônica que pode levar a severas incapacidades incluindo as alterações das funções do sistema estomatognático, como por exemplo a deglutição. As pesquisas atuais relatam a presença dessas alterações na EM entretanto, há poucos estudos que utilizem instrumentos que auxiliem no diagnóstico das alterações da deglutição. Assim surgiu o interesse de desenvolver uma pesquisa utilizando a Eletromiografia de Superfície (EMGs) que é uma técnica segura e não invasiva e bastante utilizada no monitoramento da atividade elétrica muscular. O objetivo principal desse estudo foi caracterizar a atividade eletromiográfica dos músculos da deglutição na EM. Método: o projeto foi desenvolvido no ambulatório de reabilitação do Hospital da Restauração Governador Paulo Guerra (HR) e teve como população 30 indivíduos oriundos do setor de Neurologia, com diagnóstico definitivo de EM, de ambos os sexos e com média de idade 37,57 anos. Também foram avaliados 30 indivíduos sem nenhuma patologia neurológica como grupo de comparação. Foi realizada uma entrevista para coleta dos dados pessoais dos voluntários com EM e dos voluntários que serviram como grupo de comparação selecionados entre os funcionários do referido hospital. Foi realizada também análise do prontuário para coleta dos dados clínicos dos indivíduos com EM. Em seguida foi aplicado o questionário DYMUS que é utilizado para detectar os sinais da disfagia na EM e também foi utilizado o Protocolo de Avaliação Eletromiográfica da Deglutição para obter os sinais da atividade elétrica da musculatura avaliada. Conclusão: Quanto pior o estado clínico do paciente com EM menor será a atividade elétrica da musculatura suprahioidea e que o aumento da atividade elétrica do músculo masseter está relacionado com o aumento da dificuldade de deglutição. O aumento da atividade elétrica de masseter parece ter relação com mecanismos compensatórios que buscam o melhor sinergismo muscular possível durante a deglutição de saliva e líquido. Estudos futuros devem avançar na busca da relação da atividade elétrica dessa musculatura com outros dados clínicos e instrumentais relacionados à deglutição na EM na medida em que nossos achados ressaltaram diferenças no comportamento da musculatura relacionada à deglutição dos pacientes em relação a uma população saudável. / The multiple sclerosis (MS) is a chronic progressive neurological disorder which can lead to severe disabilities including changes in Stomatognathic system functions such as swallowing. The current research report the presence of these changes on in however, there are few studies that use instruments to aid in the diagnosis of the changes of swallowing. Thus arose the interest of developing a research using surface electromyography (SEMG) which is a safe and noninvasive technique widely used in muscle electrical activity monitoring. The main objective of this study was to characterize the electromyographic activity of the swallowing muscles in on. Method: the project was developed in the Rehabilitation Clinic of the Hospital da Restauração Governor Paulo Guerra (HR) and 30 individuals from the population sector of Neurology, with definitive diagnosis, of both sexes and averaging 37.57 age years. 30 individuals were also evaluated with no neurological pathology as the comparison group. An interview was held to collect the personal data of the volunteers with MS and of the volunteers who served as a comparison group selected from the staff of that hospital. Chart analysis also was held for collection of clinical data of individuals with in. Then we applied the questionnaire DYMUS which is used to detect the signs of dysphagia and was also used in the Electromyographic Assessment of swallowing Protocol for signs of electrical activity of the muscles evaluated. Conclusion: it is concluded that the worse the clinical state of the patient with lesser will be the electrical activity of the muscles suprahioidea and that the increase in electrical activity of the masseter muscle is related to the increased difficulty swallowing. The increase in electrical activity of masseter seems to have relationship with compensatory mechanisms that seek the best synergy possible muscle during swallowing of saliva and fluid. Future studies should go forward in search of the relationship between the electrical activity of this muscle with other clinical and instrumental data related to swallowing in on to the extent that our findings underscored differences in behavior related to swallowing muscles of patients with respect to a healthy population.
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Protocolo fonoaudiológico de introdução e transição da alimentação por via oral para pacientes com risco para disfagia (PITA) / Oral feeding transition protocol (OFTP)Aline Rodrigues Padovani 02 March 2010 (has links)
A disfagia orofaríngea é um déficit frequentemente relacionado à consequências graves, como a desidratação, desnutrição, aspiração, pneumonia e morte. A avaliação fonoaudiológica a beira do leito é indicada para a detecção precoce deste distúrbio, no ambiente hospitalar. Geralmente inclui a coleta de informações acerca da dificuldade de deglutição; revisão da história médica; observação do estado clínico atual; avaliação da fala, voz e estruturas orofaciais e; observação do paciente durante os testes de deglutição com diferentes consistências de alimentos. Neste estudo, foi proposta a elaboração e validação de conteúdo do Protocolo Fonoaudiológico de Introdução e Transição da Alimentação por Via Oral para pacientes com risco para disfagia orofaríngea (PITA). Este protocolo visa auxiliar o fonoaudiólogo no gerenciamento clínico da disfagia, durante a fase de introdução e transição da alimentação por via oral na internação. O processo de elaboração e validação de conteúdo do PITA foi conduzido em três fases. A primeira fase baseou-se na fundamentação teórica e avaliação do protocolo-piloto. A segunda fase teve como objetivo a elaboração do PITA, sendo determinadas as definições constitutivas e operacionais de cada variável eleita. A terceira fase, a validação de aparência e conteúdo foi conduzida por meio da análise de treze juízes com expertise na área de estudo. Durante a terceira fase, os juízes foram convidados a avaliar o PITA, por meio de um questionário de validação de aparência e conteúdo. Para a análise das respostas dos juízes foram aceitos os índices de 0,78 para validação de conteúdo dos itens individualmente (IVC-I) e 0,90 para o índice de validação total do protocolo (IVC-T). Como resultado, o PITA foi constituído por vinte e um itens, com suas respectivas definições constitutivas e operacionais. Os resultados da terceira fase foram divididos em duas etapas. Na primeira, após a avaliação dos juízes, houve necessidade de modificar, incluir e excluir algumas variáveis. Na segunda, após repetição da avaliação dos juízes, os índices calculados apresentaram-se adequados, conforme a proposta do estudo, sendo definida a aparência e conteúdo do protocolo final. Assim, o PITA apresenta-se como um protocolo teórico, elaborado com base na literatura científica disponível. Por meio da avaliação de juízes experientes na área de estudo foi possível aperfeiçoar o instrumento e validá-lo em sua aparência e conteúdo. Outras pesquisas são essenciais para a aplicação experimental em larga escala, abrangendo diferentes fonoaudiólogos, pacientes, doenças de base e instituições. Apesar de ser um instrumento de baixo custo e fácil utilização, há ressalvas quanto à sua subjetividade e adverte-se a necessidade de treinamento prévio do examinador para a correta aplicação do instrumento. / Dysphagia is a deficit often related to serious consequences such as dehydration, malnutrition, aspiration, pneumonia, and death. Speech evaluation at bedside is indicated for early detection of this disorder in the hospital. It usually includes collecting information about dysphagia; medical review; current clinical status; assessment of speech, voice, and orofacial structures and; clinical tests with intake of different food textures. In this study, the development and validation of content of the \"Oral Feeding Transition Protocol (OFTP) was proposed. This protocol aims to assist speech pathologists in the clinical management of dysphagia, during the introduction and the transition to oral feeding at hospitals. The process of developing and validating the content of OFTP was conducted in three phases. The first phase provided theoretical background and evaluation of the pilot protocol. The OFTP was elaborated in the second phase, when the constitutive and operational definitions of each chosen variable were determined. The third phase was carried out in order to validate the protocol content. This validation was performed through the analysis of thirteen judges with expertise in dysphagia. During the third phase, the judges were asked to assess the OFTP, through a questionnaire of content validation. For this analysis the following validation indexes were accepted: 0.78 for individual items (IVC-I), and 0.90 for the overall scale (CVI-T). As a result, the OFTP was composed of 21 items, with their respective constitutive and operational definitions. The results of third phase were divided in two stages. In the first stage, after the judges evaluations, it was necessary to modify, add and delete some variables. In the second stage, after a new evaluation of the judges, the calculated indexes demonstrated to be adequate, as proposed by the study, and the final version of the protocol was determined. The OFTP is a theoretical protocol based on the available scientific literature. The evaluation of expert judges improved the tool and validated appearance and content of the protocol. Further research is essential for the experimental application with a large scale, different speech therapists, patients, underlying diseases, and institutions. The OFTP is a low cost instrument, with simple procedures for application. Despite this, there are concerns about its subjectivity; specific training is needed prior to the correct application of the instrument.
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Caracterização da deglutição em portadores de distrofia miotônica de Steinert / Characterization of swallowing in patients with myotonic dystrophy of SteinertBeatriz Ercolin 07 November 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: A disfagia orofaríngea e os distúrbios de motilidade esofágica são considerados as mais importantes causas de pneumonia aspirativa em pacientes com distrofia miotônica. O objetivo deste estudo foi avaliar as características clínicas da motricidade orofacial e a deglutição de indivíduos com distrofia miotônica (DM1), utilizando um protocolo clínico padronizado e eletromiografia de superfície (EMGs). MÉTODO: Os participantes foram divididos em dois grupos: G1-composto por 20 adultos com DM1; G2-composto por 20 voluntários saudáveis, os participantes foram pareados por idade e gênero com G1 para a análise estatística. Foi realizada a avaliação das estruturas e funções orofaciais, utilizando um protocolo clínico padronizado, e mensurada a atividade mioelétrica da deglutição por meio da EMGs, com eletrodos localizados em quatro grupos musculares: (1) orbicular da boca, (2) masseter, (3) musculatura suprahioidea e (4) extrínseca da laringe. A atividade mioelétrica foi medida durante o repouso muscular e durante a deglutição de saliva e de 16,5ml e 20ml de água. Os traçados da EMGs foram avaliados durante o inicio (onset), pico e o término (offset), dos evento da deglutição. A análise estatística incluiu a ANOVA de duplo fator para intragrupos e intergrupos e o teste de Bonferroni para correções de comparações múltiplas. RESULTADOS: Pacientes com DM1 apresentaram déficits em posição, postura e mobilidade dos órgãos miofuncionais orofaciais, e nas funções de mastigação e deglutição. Além disso, os resultados da EMGs para diferentes tarefas de deglutição indicaram maior atividade muscular do orbicular da boca e maior duração da ativação muscular para os músculos: orbicular da boca, masseter e extrínseco de laringe. Não foi observado aumento significativo na amplitude da EMGs, nos pacientes com DM1, quando comparado aos resultados obtidos no teste de deglutição normal com o teste de estresse. CONCLUSÕES: A maior duração da deglutição na EMGs no grupo DM1, possivelmente está relacionada a miotonia e/ou incoordenação dos músculos envolvidos no processo da deglutição ou pode estar relacionado a uma adaptação fisiológica para uma deglutição segura. A identificação precoce dos distúrbios da deglutição permite reabilitação precoce oral, o que poderia diminuir o risco de pneumonia por aspiração nesta população. / INTRODUCTION: Oropharyngeal dysphagia and oesophageal motility disorders were found to be the most important reasons causing aspiration pneumonia in patients with myotonic dystrophy. The purpose of this report was to evaluate clinical characteristics of the oral motor movements and swallowing of individuals with myotonic dystrophy type 1 (DM1), using a standardized clinical protocol and surface electromyography (sEMG). METHOD: Participants were 40 individuals divided in two groups: G1- composed by 20 adults with DM1; G2- composed by 20 healthy volunteers paired by age and gender to individuals in G1. Participants of all groups underwent clinical assessment of the orofacial structures and functions using a standardized clinical protocol. The myoelectric activity of swallowing was measured using sEMG. Four muscle groups were examined: (1) the orbicularis oris superior and inferior; (2) the masseter; (3) the submental muscle group; and (4) the laryngeal strap muscles. Muscle activity was measured during rest, during dry swallows and during the swallowing of 16.5ml and 20ml of water. Surface EMG traces were evaluated for onset, peak and offset of activity during swallow events. The statistical analysis included the one-way ANOVA with two factors for within and between group comparisons and the Bonferroni correction for multiple comparisons. RESULTS: Patients with DM1 presented deficits in posture, position and mobility of the oral motor organs, as well as compromised mastication and deglutition. Moreover, sEMG results for different swallowing tasks indicated higher muscle activity for the orbicularis oris and longer durations of muscle activation for the orbicularis oris, masseter and laryngeal strap muscles. When considering within group comparisons, DM1 patients did not present a significant increase of sEMG amplitude during the stress test in comparison with the normal swallow test. CONCLUSION: Compared to healthy individuals, patients with DM1 presented longer times to pass a bolus from the oral cavity to the esophagus. The larger duration of sEMG in the DM1 group is possibly related to myotonia and/or incoordination of the muscles involved in the swallowing process or could reflect a physiological adaptation for safe swallowing. Early identification of swallowing disorders enables early oral rehabilitation, which in turn could decrease the risk of aspiration pneumonia in this population.
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Fatores de risco aos sintomas de deglutição em idosos da comunidade = Risk factors to swallowing symptoms in community elderly / Risk factors to swallowing symptoms in community elderlyNeves, Danielle Akemi, 1981- 07 December 2012 (has links)
Orientador: Lucia Figueiredo Mourão / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-21T01:11:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: Introdução: O processo de envelhecimento ou senescência, tem como evento concomitante o risco aumentado para o aparecimento de doenças crônicas (DC); no entanto, poucos estudos analisam a influência das DC no envelhecimento natural do processo da deglutição. Objetivo: Descrever e investigar os fatores de risco sociodemográficos, doenças crônicas, sintomas depressivos, saúde bucal e fatores nutricionais sobre os sintomas de deglutição em idosos da comunidade. Método: Estudo transversal realizado a partir dos dados do Estudo sobre Fragilidade em Idosos Brasileiros. Dentre os 900 idosos recrutados (65 anos ou mais) sem alterações neurológicas limitantes, que integravam amostra representativa de Campinas, SP, foram excluídos os idosos com déficit cognitivo sugestivo de demência e os idosos que autorrelataram história de acidente vascular cerebral ou câncer. Foram levantadas as variáveis sobre gênero, idade, renda familiar e colhidos o autorrelato de doenças crônicas, saúde bucal e sintomas de deglutição. Foram feitas as medidas de peso e altura para cálculo do índice de massa corporal (IMC) e investigada a presença de sintomas depressivos através da Escala de Depressão Geriátrica. O tratamento estatístico consistiu em análises descritivas e de regressão logística multivariada. Resultados: A amostra constituiu de 507 idosos, sendo a maioria mulheres (69,2%), com média de idade de 71,9 anos. A prevalência dos sintomas em fase oral foi de 39,1% e em fase faríngea de 35,9%, sendo os mais referidos: dificuldade ou dor para mastigar e sensação de alimento parado. Número de doenças e grau de depressão apareceram como fatores de risco aos sintomas em fase oral tendo OR=1,33 (IC=1,15-1,55) e OR=2,13 (IC=1,44-3,15) respectivamente. Sensação de boca seca (OR=0,50; IC=0,34-0,74), número de doenças (OR=1,53;IC=1,30-1,81) e renda familiar (OR=0,71;IC=0,55-0,92) foram fatores de risco aos sintomas em fase faríngea. Idade foi fator de risco apenas para a ocorrência de pigarro tendo OR=1,05 (IC=1,00-1,11). Conclusão: As DC como doenças do coração, doença pulmonar, depressão e osteoporose, bem como o maior número de DC, a maior idade, a menor renda familiar, o menor IMC e a sensação de boca seca, são fatores de risco aos sintomas de deglutição em idosos da comunidade / Abstract: Introduction: Aging is a natural process which leads to changes in swallowing process, however there are few studies which analyze the interference of chronic diseases (CD) in the natural aging of swallowing process. Objective: Describing and Investigating the socio-demographic risk factors, chronic diseases, depressive symptoms, oral health and nutritional status on swallowing symptoms in elderly. Method: Cross-sectional study performed based on data from the Study of Brazilian Elderly Frailty. Among 900 elderly recruited (65 or older) with no limiting neurological dysfunctions who integrated representative samples from Campinas, SP, elderly who presented suggestive dementia cognitive deficit who self-reported stroke and cancer were excluded. Data on gender, age, family yields, CDs, oral health and swallowing symptoms were collected. Weight and height were measured to calculate body mass index, and the depresssive symptoms were investigated by using geriatric depression scale. The statistical analysis were based on the multivariate logistic regression analysis Results: Samples were built out of 507 elderly, and mostly formed from women (69.2%), whereas the mean age was 71.9 years. The swallowing oral phase symptoms prevalence was at 39.1% and pharynx phase was at 35.9%, difficulty in chewing and the feeling of food stuck in throat is mostly reported. The multivariate logistic regression analysis showed that the number of diseases (OR=1,33; IC=1,15-1,55) and depression (OR=2,13;IC=1,44-3,15) were risk factors to oral phase. Dry mouth self-report (OR=0,50; IC=0,34-0,74), number of diseases (OR=1,53;IC=1,30-1,81) and family yields (OR=0,71;IC=0,55-0,92) were risk factors to the gathered pharynx phase symptoms. The age (OR=1,05; IC=1,00-1,11) was a risk factor solely to throat clearing occurrence. Conclusion: Chronic diseases such as heart disease, pulmonary disease, depression and osteoporosis, as well as higher number of diseases, older age, shorter family yields, shorter body mass index and dry mouth self-report are risk factors to swallowing symptoms in community elderly / Mestrado / Gerontologia / Mestra em Gerontologia
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Videofluoroscopia da Deglutição : alterações esofágicas em pacientes com disfagia / Videofluoroscopic swallowing study : esophageal alterations in patients with dysphagiaScheeren, Betina January 2013 (has links)
Introdução: A Videofluoroscopia da Deglutição (VFD) é um exame dinâmico e permite a avaliação de todo o processo da deglutição, entretanto, a maioria dos estudos publicados relata apenas alterações na orofaringe e transição faringoesofágica, não sendo rotina o estudo do esôfago. O objetivo da presente pesquisa foi verificar a prevalência de alterações na fase esofágica à VFD em pacientes com disfagia cervical. Métodos: Pacientes com queixa de disfagia cervical submetidos à Videofluoroscopia da Deglutição incluindo estudo esofágico entre maio de 2010 e maio de 2012 tiveram seus exames revisados retrospectivamente. Os pacientes foram classificados em dois grupos: Grupo I - sem diagnóstico etiológico pré-estabelecido e Grupo II – com diagnóstico de doença neurológica. Durante o exame os pacientes ingeriram três consistências de alimento (líquido, pastoso e sólido) contrastadas com sulfato de bário e 19 itens foram analisados segundo protocolo. A fase esofágica foi considerada alterada quando apenas um dos itens avaliados estivesse comprometido. Resultados: Trezentos e trinta e três (n=333) pacientes consecutivos foram estudados com 213 (64%) no Grupo I e 120 (36%) no Grupo II. Alterações esofágicas foram identificadas em 104 (31%) pacientes, sendo a prevalência maior no Grupo I (36,2%), principalmente, nos itens clareamento esofágico (16,9%) e contrações terciárias (16,4%). Pudemos observar que 12% dos indivíduos do Grupo I apresentaram somente alteração em fase esofágica. Conclusão: Avaliação da fase esofágica durante a Videofluoroscopia da Deglutição identificou alterações esofágicas em um terço dos pacientes com queixa de disfagia cervical, principalmente no grupo sem diagnóstico etiológico pré-estabelecido. / Introduction: Videofluoroscopic Swallowing Study (VFSS) is a dynamic exam and allows the evaluation of the complete swallowing process. However, most published studies have only reported alterations in the oropharynx and pharyngoesophageal transition, leaving the analysis of the esophagus an under researched area. The goal of this study was to investigate the prevalence of alterations in the esophageal phase thorough VFSS in patients with cervical dysphagia. Methods: Consecutive patients with cervical dysphagia who underwent VFSS including esophageal analysis between May 2010 and May 2012 had their exams retrospectively reviewed. Patients were classified into two groups: Group I - without a pre-established etiological diagnosis and Group II - with neurological disease. During the exam, the patients ingested three different consistencies of food (liquid, pasty and solid) contrasted with barium sulfate and 19 items were analyzed according to a protocol. The esophageal phase was considered abnormal when at least one of the evaluated items was compromised. Results: Three hundred and thirty-three (n = 333) consecutive patients were studied - 213 (64%) in Group I and 120 (36%) in Group II. Esophageal alterations were found in 104 (31%) patients, with a higher prevalence in Group I (36,2%), especially on the items esophageal clearance (16,9%) and tertiary contractions (16,4%). It was observed that 12% of individuals in Group I only presented alterations on the esophageal phase. Conclusion: Evaluation of the esophageal phase of swallowing during VFSS detects abnormalities in patients with cervical dysphagia, especially in the group without pre-established etiological diagnosis.
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Intervenção fonoaudiológica em pacientes com disfagia, pós intubados e sem morbidades neurológicasTurra, Giovana Sasso January 2013 (has links)
Introdução e Objetivos: A intubação orotraqueal (IOT) é utilizada no centro de tratamento intensivo (CTI) em pacientes graves que precisam de auxílio para manter a respiração. Quando prolongada é considerada um dos principais fatores de risco para disfagia orofaríngea (DOF). Nestes casos, o controle neurológico central e nervos periféricos estão intactos, mas as estruturas anatômicas responsáveis pela deglutição podem sofrer prejuízos. O tratamento para a DOF visa proteger as vias aéreas e garantir a nutrição. A terapia de reabilitação da deglutição, através de técnicas e exercícios orofaciais e vocais, parece ser benéfica em pacientes disfágicos. Sendo assim, essa pesquisa apresentou como objetivo avaliar a eficácia da fonoterapia em pacientes com DOF, pós-intubados e sem comorbidades neurológicas. Metodologia: Foram avaliados 240 pacientes, dos quais 40 (16,6%) apresentaram DOF. De acordo com os critérios de inclusão e exclusão, trinta e dois pacientes foram incluídos no estudo realizado de setembro de 2010 a dezembro 2012 no CTI de um hospital universitário. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: tratamento fonoaudiológico e controle, sendo que o primeiro (53%) recebeu orientações, técnicas terapêuticas, manobras de proteção de via aérea e de limpeza glótica, exercícios oromiofuncionais e vocais e introdução de dieta; o acompanhamento ocorreu durante 10 dias. Os dados da anamnese foram coletados do prontuário e o local de atendimento de todos os sujeitos foi à beira do leito. Os desfechos primários do estudo foram o tempo de permanência com sonda nasoentereral (SNE) e os níveis da escala FOIS. Resultados e Discussão: O grupo tratado permaneceu por menos tempo com SNE (mediana de 3 dias) em comparação ao grupo controle (mediana de 10 dias) (p< 0,001). No grupo controle houve o dobro de sujeitos com a SNE por ainda apresentarem DOF ao final do tempo de acompanhamento fonoaudiológico. O grupo tratado apresentou evolução significativa nos níveis da escala FOIS (entre 4 e 7) em relação ao controle (p=0,005). O grupo tratado apresentou evolução favorável nos níveis de gravidade pelo protocolo PARD (DOF moderada passou para leve). A consistência alimentar líquida (água) foi a que os pacientes mais apresentaram sinais clínicos de DOF. As doenças respiratórias foram as mais frequentes em ambos os grupos. Conclusões: Os achados desse estudo demonstram que o tratamento fonoaudiológico favorece a progressão mais rápida de alimentação por SNE para via oral em pacientes pós-intubados. Isto sugere que a Fonoaudiologia, na área de DOF, tem um papel importante dentro do plano de tratamento destes indivíduos, hipótese que deve ser confirmada por estudos adicionais. / Introduction: In intensive care units (ICU), orotracheal intubation (OTI) is used in severe patients who need assistance to maintain breathing. When OTI is prolonged, it is considered one of the main risk factors for oropharyngeal dysphagia (OPD). In these cases, the central neurological control and peripheral nerves are intact, but the anatomical structures responsible for swallowing may suffer damages. Treatment of OPD aims to protect the airways and nutrition of individuals. Swallowing rehabilitation therapy, by means of orofacial and vocal techniques and exercises, seems to be beneficial to dysphagic patients. Thus, this research presented as objective to evaluate the efficacy of the speech therapy in patients with OPD, post-intubated and without neurological comorbidities. Material and Methods: The recruitment period of the study was from September 2010 to December 2012 in the ICU of a university hospital. Two hundred and forty patients were assessed, of whom 40 presented OPD (16.6%). According to the inclusion and exclusion criteria, thirty-two patients were included in the study. Patients were randomized in two groups: speech treatment and control, and the first (53%) received daily, for a maximum period of 10 days, assessment, guidance, therapeutic techniques, airway protection and glottal cleaning maneuvers, oromiofunctional and vocal exercises, as well as introduction of diet. Anamnesis data were collected from the patient’s medical records, and all individuals were seen on the hospital bedside. Primary study outcomes were length of stay with nasoenteric tube (NET) and levels on the FOIS scale. Results and Discussion: When compared to the control group (median of 10 days), NET permanence was shorter in the treated group (median of 3 days) (p<0.001). The control group there was twice the number of individuals with NET because they still presented OPD at the end of the speech therapy follow up. The treated group showed a significant evolution in levels on the FOIS scale (between 4 and 7) when compared to the control group (p=0.005). The treated group presented a favorable evolution in severity levels by the PARD (from moderate to mild OPD). Patients showed most clinical signs of OPD with liquid-consistency (water). Respiratory disorders were the most frequent in both groups. During treatment, in some cases it was not possible to complete the length of intervention. In the GT, interruption happened in 2 cases (11.8%) due to death, in 3 cases, (17.6%) due to reintubation, in one patient (5.9%) due to clinical worsening and in one patient (5.9%) due to withdrawal from treatment. In the GC, 4 (26.7%) patients were re-intubated. All these patients remained in the study for an intention-to-treat analysis (ITT). Conclusion: The findings of this study demonstrate that speech therapy favors a faster progression from NET feeding to oral feeding in post-intubated patients. His suggests that Speech Therapy in OPD area, has an important role in the treatment plan of these individuals, this hypothesis should be confirmed by additional studies.
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Differences in timing between functional swallows of older adults at risk for dysphagia and healthy older and young adults / Diferenças nas medidas temporais de deglutições funcionais de idosos em risco de disfagia e idosos e jovens adultos saudáveisNascimento, Weslania Viviane do 04 April 2018 (has links)
As with other functions, the aging process can cause changes in swallowing, even in asymptomatic individuals. Purpose: 1. To determine whether timing measures for swallows from healthy older adults differ from comparison measures for healthy young adults. 2. To determine whether timing measures for functional swallows from older adults at risk of dysphagia differ from comparison measures for healthy older adults. 3 To determine whether differences in timing explain the occurrence of transient penetration of material into the airway (Penetration-Aspiration Scale scores of 2) in any of these groups. Method: Duplicate blinded ratings were obtained for swallows of 20%w/v thin liquid barium collected under videofluoroscopy at 30 frames/s from 17 healthy older adults, aged 60-84 (12 women). Swallows were compared to data from a retrospective dataset collected in 20 healthy young adults aged 22- 45 (10 women) and functional swallows (Penetration-Aspiration Scale scores <3) of 11 older adults at risk for dysphagia, aged 62-87 (3 women). Eight timing measures were studied, including parameters related to swallow response, bolus transit, laryngeal vestibule closure and upper esophageal sphincter (UES) function. We used linear mixed model repeated measures ANOVAs to explore the hypothesis that swallow timing measures would be longer in the older adults than in young adults, and even longer in the older adults at risk for dysphagia. Results: Consistent with the hypotheses, significantly longer swallow reaction time, UES opening (UESO) duration, the interval from laryngeal vestibule closure (LVC) to UESO (p<0.01) and the interval following UESO to maximum pharyngeal constriction (MPC) were seen in the healthy older participants compared to the young healthy controls. Furthermore, a significantly longer interval from the onset of hyoid movement to UES opening, and longer laryngeal vestibule closure reaction time (LVCRT), (p<0.01) were seen in the older participants at risk of dysphagia in comparison with healthy older adults. Also, this group presented longer intervals from LVC to UES opening and from maximum pharyngeal constriction to UES closure. For both the healthy young group and the healthy elderly group, in cases where transient penetration of material into the laryngeal vestibule was seen, laryngeal vestibule closure reaction time was longer and laryngeal vestibule closure occurred late, after UES opening. For both the healthy elderly group and elderly at risk of dysphagia, when penetration was observed, a shorter interval from hyoid onset to upper esophageal sphincter opening was seen. Also, laryngeal vestibule closure was late and there was a longer LVC to UESO interval when penetration occurred. Finally, laryngeal vestibule closure duration was shorter in case of penetration in the elderly group at risk of dysphagia Conclusions: Longer swallow timing measures, in general, distinguish swallows in healthy older adults from swallows in young healthy adults, and in older adults at risk of dysphagia from healthy older adults. In cases of transient penetration, laryngeal vestibule closure was delayed. / Introdução: Tal como acontece com outras funções, o processo de envelhecimento pode causar alterações na deglutição, mesmo em indivíduos assintomáticos. Objetivo: 1. Determinar se as medidas temporais da deglutição diferem entre idosos saudáveis e adultos jovens saudáveis. 2. Determinar se as medidas temporais de deglutições funcionais de idosos em risco de disfagia diferem das medidas de idosos saudáveis. 3. Determinar se diferenças nas medidas temporais explicam a ocorrência de penetração transitória (escore PAS igual a 2) em qualquer desses grupos. Método: Foram realizadas análises cegas duplicadas para deglutições de bário líquido diluído a 20%, coletadas em videofluoroscopia a 30 quadros/s de 17 idosos saudáveis, entre 60 e 84 anos (12 mulheres). As deglutições foram comparadas a um banco de dados coletado retrospectivamente de 20 jovens jovens saudáveis entre 22 e 45 anos (10 mulheres) e deglutições funcionais (escores da Escala Penetração-Aspiração <3) de 11 idosos com risco de disfagia, com idade entre 62-87 (3 mulheres). Foram estudadas oito medidas temporais, incluindo parâmetros relacionados à resposta à deglutição, trânsito do bolo, fechamento do vestíbulo laríngeo e função do esfíncter esofágico superior (EES). Utilizamos análise de medidas repetidas em modelos mistos lineares ANOVAs para explorar a hipótese de que as medidas temporais da deglutição seriam maiores nos idosos do que em adultos jovens e ainda maiores nos idosos em risco de disfagia. Resultados: De acordo com as hipóteses, para resposta à deglutição (SRT), duração da abertura do EES (AEES), do intervalo entre o fechamento do vestíbulo laríngeo (FVL) para AEES (p <0,01) e do intervalo entre AEES até a constrição máxima da faringe foram observadas medidas significantemente aumentadas no grupo idosos saudáveis em comparação com jovens saudáveis. Além disso, um intervalo significativamente mais longo desde o inicio do movimento do hióide até a abertura da EES e longo tempo de reação para o fechamento do vestíbulo laríngeo (p <0,01) foram observados nos participantes idosos em risco de disfagia em comparação com idosos saudáveis. Além disso, este grupo apresentou intervalos mais longos entre FVL e AEES e entre a constrição máxima da faríngea e o fechamento do EES. Tanto para o grupo jovem saudável como para o grupo idoso saudável, nos casos em que a penetração transitória do material no vestíbulo laríngeo foi observada, o tempo de reação para fechamento do vestíbulo laríngeo foi maior e o fechamento do vestíbulo laríngeo ocorreu de forma tardia, após a abertura do EES. Tanto para o grupo de idosos saudáveis quanto para os idosos em risco de disfagia, quando ocorreu penetração, observou-se um intervalo menor entre o início do movimento do hióide e a abertura do esfíncter superior do esôfago. Além disso, o FVL estava atrasado e houve um intervalo prolongado entre FVL e AEES quando ocorreu a penetração. Finalmente, a duração do fechamento do vestíbulo laríngeo foi menor em caso de penetração no grupo idoso em risco de disfagia. Conclusões: medidas de tempo de deglutição prolongada, em geral, são um fator claro que distingue as deglutições de idosos saudáveis e deglutições de jovens saudáveis, e de idosos em risco de disfagia e de idosos saudáveis. Quando uma penetração transitória foi encontrada, o mecanismo de fechamento do vestíbulo laríngeo apresentava-se atrasado.
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Caracterização e classificação da deglutição orofaríngea do idoso institucionalizado : avaliaçao clínica fonoaudiológica /Fioravanti, Marisa Portes. January 2007 (has links)
Resumo: O aumento da expectativa de vida preocupa os profissionais de saúde quanto à qualidade da mesma em idosos. Entre os problemas que surgem com o envelhecimento estão aqueles relacionados com as condições orais e os distúrbios da deglutição. Os distúrbios da deglutição orofaríngea em idosos, particularmente naqueles institucionalizados, causam desnutrição, desidratação e disfagia, aspiração e pneumonia. A dificuldade para deglutir pode ser avaliada inicialmente por testes clínicos fonoaudiológicos da deglutição, os quais apresentam grande heterogeneidade quanto aos sinais clínicos observados e às consistências e volume de alimentos usados. Objetivo: Caracterizar e classificar a deglutição orofaríngea do idoso institucionalizado. Pacientes e Métodos: Foram estudados 47 moradores de uma casa de repouso que ingeriram 4 consistências de alimentos e foram observados quanto à presença de 7 sinais clínicos sugestivos risco de disfagia e de aspiração. As condições oral e nutricional foram determinadas, foram estabelecidas correlações entre consistências e presença de alterações clínicas e foi criada classificação das alterações segundo grau de severidade. Resultados: Foram encontrados 43 indivíduos desdentados, 40% deles com prótese dentária, 38 dos quais com alteração à mastigação para sólido entre 78 alterações nas 4 consistências. Dos 47 indivíduos, cerca de 69% apresentaram alterações à mastigação de sólidos, enquanto que alteração na elevação da laringe e alteração na qualidade vocal foram apresentados, cada uma, por 15,6% deles. Na consistência pastoso grosso cerca de 19% dos idosos apresentavam deglutições múltiplas, enquanto que alteração na elevação da laringe e da qualidade vocal estiveram presentes, cada uma, em 13%. Foram classificados como portadores de alteração de grau leve a moderado... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The increase in life expectancy concerns health care professionals with regard to the quality of life of the elderly population. Problems arising from ageing include those related to oral condition and deglutition disorders. Oropharyngeal swallowing disorders particularly in institutionalized elderly individuals, cause malnutrition, dehydration, aspiration and pneumonia. Swallowing impairment can be initially evaluated by clinical tests, which present great heterogeneity regarding the clinical signs observed and the consistency and volume of the food used. Objective: To characterize and classify oropharyngeal deglutition in institutionalized elderly individuals by means the bedside clinical evaluation. Patients and methods: Forty-seven nursing home residents were evaluated during ingestion of foods of four consistencies. They were assessed for the presence of 7 clinical signs suggestive of risk dysphagia. Oral and nutritional conditions were determined; correlations between the consistencies and the presence of clinical changes were established and a classification of the alterations according to levels of severity was done. Forty-three toothless individuals were found, of whom 40% had dental prostheses and 38 presented alteration in mastication for solid food among the 78 alterations found for the 4 consistencies. Of the 47 individuals, approximately 69% showed alteration for solid food and impairment of larynx elevation and of vocal quality were each found in 15.6% of the subjects. In thick consistency 19% of the elderly showed repetitive swallowing and alteration in larynx elevation and vocal quality were each present in 13% of the elderly. Seventy-four percent of the individuals were classified as presenting mild to moderate alteration, and 38% of them were malnourished, without differences between age ranges. Discussion: The presence... (Complete abstract click electronic access below) / Orientador: Onivaldo Bretan / Coorientador: Roberta Gonçalves da Silva / Banca: José Vicente Tagliarini / Banca: Giédre Berretin-Félix / Mestre
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Estado nutricional e dificuldades de deglutição em pacientes com acidente vascular cerebral após três meses do ictus / Nutritional status and difficulty of deglutition in stroke patients after three months of strokeSantos, Rafaela Silveira 28 September 2017 (has links)
Introdução: A desnutrição é um problema de saúde frequente, especialmente em pacientes com AVC, que atinge cerca de 16% da população podendo aumentar para 50% em até 3 meses. A Disfagia orofaríngea é considerada um distúrbio de deglutição, com sinais e sintomas específicos, que se caracteriza por alterações em qualquer etapa e/ou entre as etapas da dinâmica da deglutição, podendo ocorrer em 45 a 65% dos casos de AVC. Desnutrição e problemas de deglutição são comuns após acidente vascular encefálico e frequentemente ocorrem juntos. A falha em reconhecer a sua presença resultará em um aumento da morbidade e mortalidade. Pacientes internados em hospital como consequência de um AVC podem já estar desnutridos ou em risco de desnutrição, e muitas vezes estes se tornam mais desnutridos enquanto estão hospitalizados, mantendo este quadro meses depois. Entretanto, apesar da alta taxa de morbidade e mortalidade, estudos que investigam a evolução da desnutrição e disfagia e suas consequências clínicas após a o AVC ainda são escassos. Objetivos: Este estudo tem como objetivos identificar a frequência do estado nutricional e as dificuldades de deglutição em pacientes com AVC além de identificar os fatores preditivos para o estado nutricional e verificar se há associação entre o estado nutricional e os desfechos clínicos nesta população após três meses do ictus. Casuística e Métodos Foram avaliados 102 pacientes com AVC que deram entrada na Unidade de Emergência e que compareceram para consulta no Ambulatório de Doenças Neurovasculares (ADNV) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRPUSP) após três meses do ictus. Os seguintes procedimentos foram realizados com todos os pacientes selecionados para o estudo: aplicação da NIHSS para avaliação da gravidade do AVC; escala de Rankin modificada, para avaliação da capacidade funcional; aplicação do Eating Assessment Tool (EAT-10) que avalia sintomas de disfagia; aplicação da Mini-Avaliação Nutricional (MNA®) para avaliação do estado Nutricional e avaliação da cognição com o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) Resultados: De acordo com a Análise multivariada (Correlação de Pearson) entre os instrumentos de avaliação é possível determinar que o estado nutricional associou-se com a gravidade do AVC na admissão (r=-0,38; p=0,001) e ambos se correlacionaram com incapacidade funcional aos 3 meses (r=-0,5; p=0,001), (r=0,45; p=0,001). A gravidade do AVC na admissão associou-se significativamente com maior número de noites no hospital. (r=0,41 p=0,001). E que a presença de alteração cognitiva associou-se significativamente com a incapacidade funcional aos 3 meses (rankin de 3 meses) (r=-0,51; p=0,001). Na análise de regressão logística, utilizando o método Backward a gravidade do AVC na admissão hospitalar foi fator preditivo independente de desnutrição nesta população (p=0,001) Portanto, os pacientes com pior estado nutricional possuíam maior gravidade do AVC na admissão, tiveram maior tempo de internação, (noites no hospital) e possuíam pior capacidade funcional e pior cognição aos 3 meses. / Introduction: Malnutrition is a frequent health problem, especially in patients with stroke, which affects about 16% of the population and can increase to 50% within 3 months. Oropharyngeal dysphagia is considered a swallowing disorder, with specific signs and symptoms, which is characterized by changes at any stage and / or between the stages of swallowing dynamics which can occur in 45 to 65% of stroke cases. Malnutrition and swallowing problems are common after a stroke and often occur together. Failure to recognize their presence will result in increased morbidity and mortality. Patients hospitalized as a consequence of a stroke may already be malnourished or at risk of malnutrition and often become more malnourished while hospitalized, maintaining this condition months later. However, despite the high rate of morbidity and mortality studies that investigate the evolution of malnutrition and dysphagia and its clinical consequences after stroke are still scarce. Objectives: This study aims to identify the frequency of nutritional status and swallowing difficulties in stroke patients in addition to identifying the predictive factors for nutritional status and to verify if there is an association between nutritional status and clinical outcomes in this population after three months of the stroke. Casuistry and Methods: We evaluated 102 stroke patients admitted to the Emergency Unit and attending the Neurovascular Diseases Outpatient Clinic (ADNV) at the Hospital das Clínicas of the Medical School of Ribeirão Preto at the University of São Paulo (HCFMRP-USP) After three months of the stroke. The following procedures were performed with all patients selected for the study: application of the NIHSS to evaluate the severity of stroke; Modified Rankin scale for functional capacity assessment; Application of the Eating Assessment Tool (EAT-10) evaluating symptoms of dysphagia; Application of the Nutritional Mini-Assessment (MNA®) to evaluate the nutritional status and evaluation of cognition with the Mini Mental State Examination (MMSE). Results: According to the Multivariate Analysis (Pearson\'s Correlation) among the evaluation instruments it was possible to determine that the nutritional status was associated with the severity of stroke on admission (r = - 0.38, p = 0.001) and both Correlated with functional disability at 3 months (r = -0.5, p = 0.001), (r = 0.45, p = 0.001). The severity of stroke on admission was significantly associated with greater number of nights in the hospital. (R = 0.41 p = 0.001). And that the presence of cognitive alteration was significantly associated with functional disability at 3 months (Rankin of 3 months) (r = -0.51; p = 0.001). In the logistic regression analysis using the Backward method the severity of stroke at hospital admission was an independent predictor of malnutrition in this population (p = 0.001). Therefore, patients with worse nutritional status had a greater severity of stroke on admission, had a longer (Nights in the hospital) and had worse functional capacity and worse cognition at 3 months.
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Eficácia da eletroestimulação neuromuscular no tratamento da disfagia orofaríngea em idosos acometidos por acidente vascular encefálico / Efficiency of neuromuscular electrical stimulation in the treatment of oropharyngeal dysphagia in elderly patients with strokeMituuti, Cláudia Tiemi 26 February 2015 (has links)
Várias são as propostas para reabilitação da disfagia orofaríngea, sendo a eletroestimulação neuromuscular (EENM) uma nova modalidade de tratamento. Poucos são os trabalhos que comprovam a eficácia deste tratamento na reabilitação da disfagia e ainda não foram encontrados estudos que verificaram o efeito da EENM em idosos em fase tardia do acometimento vascular encefálico. Assim, o objetivo do presente trabalho foi verificar o efeito, a curto e médio prazo, da terapia da deglutição com EENM sensorial em idosos com sequelas de acidente vascular encefálico (AVE) que foram submetidos à terapia fonoaudiológica convencional sem sucesso, quanto ao nível de ingestão oral, ao quadro de disfagia orofaríngea e à qualidade de vida relacionada à deglutição. Para isto 10 indivíduos idosos, pósacidente vascular encefálico (AVE), que já haviam realizado terapia fonoaudiológica convencional foram classificados quanto ao nível de ingestão oral na escala funcional de ingestão oral (FOIS), submetidos à avaliação instrumental (videofluoroscopia) da deglutição utilizando-se líquido, alimento na consistência de pudim e sólido, a partir da qual foi analisado o grau da disfagia orofaríngea por meio da escala Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS), realizada a classificação na escala de penetração e aspiração e na escala de resíduos. Também foi realizada a aplicação do protocolo de qualidade de vida relacionado à deglutição SWAL-QOL e aos procedimentos terapêuticos propostos, sendo que os exames foram repetidos imediatamente e três meses após a reabilitação. As sessões de terapia foram realizadas três vezes por semana e distribuídas em quatro semanas, totalizando 12 sessões. Cada sessão consistiu em duas etapas de 10 minutos de exercício, nas quais os pacientes foram solicitados a deglutirem a saliva com esforço, ou umapequena quantidade de água a cada 10 segundos durante a EENM. imediatamente após e três meses após as 12 sessões de terapia, todos os indivíduos foram submetidos novamente às avaliações iniciais. Os resultados demonstram que houve melhora da classificação da deglutição para 4 dos 10 pacientes imediatamente após a intervenção e, após três meses, um paciente ainda melhorou em mais um nível. Na análise estatística foi confirmada diferença significante na classificação da escala DOSS (0,023) entre os períodos. Além disso, houve diferença estatisticamente significante na somatória dos pontos do questionário de qualidade de vida relacionado à deglutição (p=0,008) entre os períodos pré e pós 3 meses de terapia com EENM. Não foram encontradas diferenças entre os períodos da reabilitação quanto ao nível de ingestão oral, classificação da penetração e aspiração, aos resíduos na faringe e aos tempos de trânsito oral e faríngeo (p>0,005). Portanto, a aplicação da eletroestimulação neuromuscular em nível sensorial em idosos acometidos por AVE resultou em diminuição do grau da disfagia em curto e médio prazo, além de melhora na qualidade de vida relacionada à deglutição após três meses de terapia. / There are several proposals for rehabilitation of oropharyngeal dysphagia, and the neuromuscular electrical stimulation (NMES) is a new type of treatment. There are few studies proving the efficiency of this treatment in oropharyngeal dysphagia, and studies verifying the effect of NMES in the elderly in late stage of cerebrovascular impairment haven´t been found yet. Thus, the objective of this study is to verify the short- and medium-term effect of the deglutition therapy with sensorial NMES in elderly patients with stroke sequelae, who underwent conventional speech therapy with no success, regarding the level of oral intake, the oropharyngeal dysphagia condition and the quality of life related to deglutition. In order to achieve such objective, 10 poststroke elderly patients, who had already undergone conventional speech therapy, were classified regarding the level of oral intake according to the functional oral intake scale (FOIS). They underwent swallowing instrumental assessment (fluoroscopy) with liquid, solid food and food in the consistency of pudding, their level of oropharyngeal dysphagia was analyzed by means of the Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS), and they were rated by means of the penetration and aspiration scale and the waste scale. The SWAL-QOL outcomes tool was also applied regarding the quality of life in deglutition and the therapeutic procedures proposed. The sessions were performed three times per week for 4 weeks, a total of 12 sessions. One session consisted of two 10 minutes exercises with a 2 minutes rest period provided between exercises. Patients were asked to forcefully swallow their saliva or a small amount of water every 10 seconds during stimulation. The exams were repeated immediately and three months after rehabilitation. The results show there was an improvement in the deglutition rating for 4 out of the 10 patients immediately after the intervention and, after three months, one patient improved in one more level. In the statistical analysis, a significant difference was confirmed in the rating of the scale DOSS (0.023) between the periods. Furthermore, there was a statistically significant difference in the sum of the scores of the quality of life questionnaire related to deglutition (p=0.008) between the periods before and after 3-month therapy with NMES. No differences were found between the rehabilitation periods regarding the level of oral intake, the penetration and aspiration rating, the waste in the pharynx and oral and pharyngeal transit times (p>0.005). Therefore, the application of neuromuscular electrical stimulation in sensory level in elderly patients who had stroke resulted in the lowering of the dysphagia level in short- and long- term, in addition to the improvement in the quality of life related to deglutition after three months of therapy.
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