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Geologia e Mineralogia do Diamante da Serra do Espinhaço em Minas Gerais / not availableChaves, Mario Luiz de Sá Carneiro 05 August 1997 (has links)
A Serra do Espinhaço é conhecida como a região mais clássica em termos de produção de diamantes no Brasil, embora seja atualmente responsável por somente 20% dessa produção. O Supergrupo Espinhaço, de idade mesoproterozóica, é a seqüência geológica que sustenta a serra, e na qual ocorrem intercalados em sua porção basal conglomerados diamantíferos (o \"Conglomerado Sopa\", da Formação Sopa Brumadinho) que constituem a virtual fonte espalhadora do mineral na região. Para o conhecimento da geologia e da mineralogia do diamante do Espinhaço, desenvolveram-se estudos nos três principais distritos: Diamantina, Grão Mogol e Serra do Cabral, objetivando o mapeamento geológico em escalas adequadas, os minerais pesados por meio de amostragem dos conglomerados pré-cambrianos e dos aluviões recentes, e ainda a caracterização da mineralogia do próprio diamante através de populações representativas. No Distrito de Diamantina, o Conglomerado Sopa foi estudado nos quatro campos diamantíferos onde ocorrem: Sopa-Guinda, São João da Chapada, Datas e Extração. Os conglomerados foram depositados em diversos sistemas de leques aluviais, progradantes de oeste para leste, os quais trouxeram os diamantes de uma fonte próxima. A existência de possíveis rochas primárias na região foi testada de duas maneiras. Inicialmente a matriz dos conglomerados foi analisada em vários locais onde se apresentava pelítica, na tentativa de detectar elementos provenientes de fontes ultrabásicas e/ou alcalinas, porém nenhuma evidência se encontrou a este respeito. Estudos complementares foram realizados no sentido de se rastrear minerais pesados indicadores de rochas kimberlíticas nos conglomerados e no sistema aluvionar recente. As granadas foram analisadas com microssonda eletrônica, mas revelaram ser da espécie almandina, portanto sem nenhuma ligação com possíveis fontes primárias. A geologia proterozóica do Distrito de Grão Mogol foi objeto de estudos específicos devido à carência de dados a respeito, apresentando diversas diferenças em relação ao Distrito de Diamantina. Os conglomerados diamantíferos do Supergrupo Espinhaço foram atribuídos à Formação Grão Mogol, uma seqüência sedimentar de idade ligeiramente mais nova que a Formação Sopa Brumadinho que ocorre na região de Diamantina. Depósitos mais recentes são relacionados ao desmantelamento desses conglomerados. No Distrito da Serra do Cabral, não afloram rochas conglomeráticas atribuíveis ao Supergrupo Espinhaço. Os estudos demonstraram que o diamante desta região é originado de conglomerados cretácicos (Formação Areado) que afloram reliquiarmente nos altos serranos na cota de \'+OU-\'1000 metros. A partir de tais rochas os diamantes foram transportados no Plio-Pleistoceno para depósitos fanglomeráticos que ocorrem bordejando a Serra do Cabral, onde são preferencialmente lavrados. Os estudos detalhados sobre a mineralogia do diamante do Espinhaço mostraram várias peculiaridades, através da análise estatística de populações de cristais das diversas localidades enfocadas. Primeiramente deve ser destacada a ausência de cristais com grande quilatagem, sendo raríssimas as pedras de peso superior a 10 ct. Outra característica marcante é a presença de cristais com hábito cristalino definido, destacando-se o rombododecaedro (33-38%) e as transições octaedro-rombododecaedro (22-23%), em detrimento aos cristais geminados, irregulares e fragmentos de clivagem. Esses diamantes se destacam pela presença de feições superficiais conhecidas como \"marcas de impacto\", notadamente nas faces do rombododecaedro (110). Observações detalhadas dessas estruturas, no microscópio eletrônico de varredura, evidenciaram porém sua formação a partir da dissolução natural. Diamantes policristalinos são extremamente raros (<0,5%): borts são virtualmente ausentes dos depósitos e ballas ocorrem em todas as áreas. Carbonados, raríssimos, aparecem somente no Distrito de Grão Mogol. Os diamantes foram também analisados por espectroscopia de raios infravermelhos e por ativação neutrônica, além de caracterizados gemologicamente. O comportamento dos cristais ao infravermelho mostrou uma proporção anômala de cristais do tipo Ib (54%) e uma proporção bastante significante de diamantes do tipo II (12%). A análise por ativação com nêutrons revelou que apenas os diamantes de capa verde apresentavam certos elementos químicos tais como escândio e Terras Raras. Esses dados evidenciam que a radioatividade natural do meio, geralmente considerada como a causadora das capas verdes, não é a única responsável pela geração desta feição nos diamantes. O conhecimento da qualificação gemológica dos diamantes do Espinhaço, além do aspecto prático referente ao assunto, auxiliou também no que diz respeito da fonte de diamante na região. Nas principais províncias diamantíferas do mundo onde o diamante se relaciona a fontes primárias, o percentual de gemas varia em geral de 5 a 20%. No Espinhaço esses valores são muito mais expressivos (83-97%), o que corrobora com um transporte mais longo para esses diamantes, no qual os cristais com defeitos, inclusões grandes e os tipos policristalinos seriam pulverizados. O conjunto de dados obtidos leva a considerar que os diamantes da Serra do Espinhaço possuem uma origem primária longínqua e que foram reciclados várias vezes até alcançarem o sítio de sedimentação nos conglomerados proterozóicos das formações Sopa Brumadinho e Grão Mogol. A possível área fonte dos diamantes estaria relacionada à região cratônica situada a oeste (Cráton do São Francisco). No processo de transporte, minerais indicadores, cristais de diamantes defeituosos e com inclusões, além dos tipos policristalinos, foram pulverizados. A partir desses conglomerados pré-cambrianos os diamantes foram novamente reciclados para depósitos cretácicos, plio-pleistocênicos e recentes. A conclusão aqui chegada pode ter conseqüências econômicas importantes, na medida em que considera sem utilidade a prospecção de rochas primárias no âmbito da própria Serra do Espinhaço. / The Espinhaço mountain range, historically, is known as the classical region for diamond production in Brazil, although today only 20% of Brazil\'s production comes from this region. The Espinhaço Supergroup, of Mesoproterozoic age, comprises the bulk of the Espinhaço Range, and includes in the basal portion diamond-bearing comglomerates (\"Sopa Conglomerate\" of the Sopa Brumadinho Formation, and the Grão Mogol Formation). The Sopa Conglomerate is the main source from which diamonds were scattered to various Phanerozoic deposits where diamonds are also mined. This thesis presents the geological development and mineralogical characterization of the Diamantina, Grão Mogol, and Serra do Cabral Districts based on geological mapping at several scales, heavy mineral sampling of deposits of all ages, and mineralogical characterization of representative diamond populations. In the Diamantina District the Sopa Conglomerate was studied at four separate diamonds fields: the Sopa-Guinda, São João da Chapada, Datas, and Extração. The conglomerates were deposited in alluvial fan systems prograding eastwards from a source situated nearby. Two studies were carried out to provide information concerning the source area. One study analyzed the conglomerate matrix for evidence of ultrabasic and/or alkaline components that may have come from a primary source. The results were negative. The second study looked for diamond indicator minerals, and none were found. Garnets which were found, and analysed by electron microprobe, proved to be almandine probably derived from basement rocks. The geology of Grão Mogol District shows some differences compared with the Diamantina District. Here the diamond-bearing conglomerate of the Espinhaço Supergroup belongs to the Grão Mogol Formation, a sedimentary sequence slightly younger than the Sopa Brumadinho Formation. The diamond deposits of more recent ages derived from the destruction of these rocks. In the Serra do Cabral District no Espinhaço Supergroup conglomerates have been found which could be diamonds sources. This study showed that the diamonds are derived from Cretaceous conglomerates (Areado Formation), which outcrop in relict form at higher elevations, +- 1000 m, of the district. In this district diamonds are mined in the vicinity of the Cabral mountains from plio-pleistocene fanglomeratic rocks. Mineralogical studies of diamond populations from the three districts showed several peculiarities. Most diamonds have well defined crystal habits with rombododecahedra (33-38%) and transitional forms (22-23%) predominating. The weights are low, rarely exceeding 10 ct. Twin crystals, irregular forms and cleavages are rare. The diamonds frequently show structures known as \"impact marks\" normally occurring on the rombododecahedral faces (110). Scanning Electronic Microscopic (SEM) observations did not confirm that these were \"impact marks\", but suggests that are natural dissolution features or etch marks. Polycrystalline diamonds are extremely rare (<0,5%); bort are absent and ballas occur in all the deposits. Carbonados are very scarce and were observed only in the Grão Mogol District. Individual diamonds from all three districts were analyzed by both infrared spectroscopic and neutron activation methods. Infrared spectra showed an abnormal proportion of Type Ib diamonds (54%), and a significant proportion of Type II (12%). Trace elements shown by neutron activation indicated that only diamonds with a green coating incorporated scandium and the rare-earth elements. The cause of the green coating, which is usually attributed to natural radioactivity, can not be the exclusive cause in the diamonds studied. Gemological features of Espinhaço range diamonds are seen to provide a practical tool for determination of their geographic source area. In primary diamond deposits worldwide the proportion of cuttable gems is in the range of 5-20%. In the Brazilian deposits derived from the Espinhaço rocks the proportion of cuttable gems is from 83-97%. This corroborates a history of long transport for these diamonds, during which defective crystals are eliminated. These new data indicate that Espinhaço diamonds have a remote primary source area. Precambrian secondary deposits were reworked repeatedly until diamonds were deposited in the Mesoproterozoic Sopa Brumadinho and Grão Mogol conglomerates. These conglomerates were then the source for Phanerozoic deposits from which diamonds are mined today. The original, or primary, source area for diamonds shoukd be the craton to the west of the Espinhaço range (the São Francisco Craton). During this long history of transport most indicator minerals and poor quality diamonds were destroyed. This thesis has important economic implications for diamond exploration in the Espinhaço region, suggesting that prospecting methods looking for indicator minerals from a primary source is probably futile.
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Aspectos geológicos e mineralógicos da intrusão kimberlítica K3 Fazenda Araçatuba, Município de Paranatinga - MT / Not available.Casimiro, Elias Maria 16 July 2003 (has links)
O kimberlito K3 é caracterizado como um kimberlito de fácies cratera com aspecto brechoíde que, em níveis mais profundos passa para um kimberlito alterado com cores verdes a marrom e vermelha. A sua textura é em grande parte um lapilli tufo com xenólitos arredondados de arenitos e siltito da Formação Diamantino, além dos xenólitos das rochas encaixantes. A mineralogia mostra xenocristais de granadas de cor laranja e granadas menores de cor vermelho à vinho, além da matriz constituídas por olivina alterada, flogopitas e ilmenitas. O kimberlito K3 possui uma forma ovulada orientado na direção NW-SE com as dimensões principais de aproximadamente 240 x 140m. O empilhamento estratigráfico das rochas adjacentes do kimberlito K3 é constituída por arenitos arcoseano, siltitos e argilitos da formação Diamantino formando o topo do grupo Alto Paraguai. Os sedimentos das coberturas são rochas Terciário-Quaternário da formação Cachoeirinha e Aluviões Atuais. Através das análises dos minerais pesados tal como, a granada e a ilmenita realizados por meio da microssonda eletrônica, foram identificados duas populações de granadas na intrusão kimberlítica K3 as quais são do grupo 1 e 9 (Mitchell 1975). Os 83 cristais de granadas analisadas possuem os teores variando de \'Cr IND.2\'\'O IND.3\'(0.2-5.7%), CaO (3.4-5.21%), FeO (7.7-10%), MgO (19.8-21%), e Ti\'O IND.2\'(0.22-0.4), mostrando que eles pertencem à suíte de granadas peridotitos da classe lherzolítico. No diagrama ternário CaO-Mg-FeO observa-se que todas amostras do K3 projetam-se no Campo G9. Em outros diagramas tais como MgO/(MgO + FeO) x \'Cr IND.2\'\'O IND.3\'/ (\'Cr IND.2\'\'O IND.3\' + \'Al IND.2\'\'O IND.3\') todas as amostras da intrusão kimberlítica K3 seguem o trend peridotítico. As ilmenitas analisadas, são magnesianas, do tipo kimberlito, com teores de Ti\'O IND.3\' (50,89-53,15%), \'Cr IND.2\'\'O IND.3\' 0.13-1,09%), \'Fe IND.2\'\'O IND.3\' (4.86-8.32%), FeO (22.07-25.52%) e MgO (9.98-14.16). No diagrama FeTi\'O IND.3\'-MgTiO-\'Fe IND.2\'\'O IND.3\' as análises mostram uma concentração no campo kimberlítico embora uma amostra anômala se encontra no campo basáltica. Portanto, as granadas desse corpo foram formadas numa profundeza de aproximadamente 120 km e trazidas na superfície por ascensão do magma kimberlítica. Apesar de indicações de que o magma se formou no manto astenosférico fértil, as composições químicas de ilmenitas e granada sugerem condições oxidantes desfavoráveis à preservação de diamantes. / The kimberlite K3 is characterized as a kimberlite of crater facies with an breccia aspect. At deeper levels it changes into an altered kimberlite with green to brown to red colors and its texture shows a great part of lapilli tuffs with rounded xenoliths of sandstone and siltstones of the Diamantino formation besides xenoliths of border rocks. The mineralogy shows xenocrysts of orange colored and smaller red to wine red garnets. The matrix is constituted by altered olivine phlogopite and ilmenite. The kimberlite K3 is an oval-shaped NW-SE oriented body. It\'s main dimensions are about 240x140m. The stratigraphic piling of the rocks next to the kimberlite K3 is constituted by slightly metamorphosed shales and sandstone of the Cambrian Diamantino Formation and Tertiary - Quaternary cover. Analyses of the heavy minerals such as the garnet carried out by the use of an electron microprobe shows two populations of garnet in the kimberlite K3. They belong to the group 1 and 9 of Mitchell (1975). Analyses of 83 garnet crystals shows varying amounts of Cr2O3 (0.2 - 5.7%), CaO (3.4 - 5.21%), FeO (7.7 - 10%), MgO (19.8 - 21%) and TiO2 (04 - 0.22%). They belong to the suite of peridotitic garnets of lherzolitic class. On the ternary diagram CaO-MgO-FeO, one can observe that all garnet samples of the K3 kimberlite project on the field of G9 garnets. On other diagrams, such as MgO/(MgO + FeO) x Cr2O3/Cr2O3 + Al2O3) all samples of granets from kimberlite pipe K3 follow the peridotitic trend. The ilmentes analysed are magnesian ilmenites of kimberlitic type, with amounts of TiO3 (50,89 - 53.15%). Cr2O3 (0.13 - 1.09%), Fe2O3 (4.86 - 8.32), FeO (22.7 - 25.52%), e MgO (9.98 - 14.16%). On the diagram FeTiO3 - MgTiO - Fe2O3, the analysis show a concentration in the kimberlitic field. It is concluded that the garnets of this pipe were formed at a depth of approximately 120 km and brought to the surface by the uprise of the kimberlitic magma. In spite of indications that the magma was formed in the fertile astenosferic mantle, the chemical compositions of ilmenites and garnet suggest unfavorable oxidisting conditions for the preservation of diamond.
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Geologia da região diamantífera de Poxoréu e áreas adjacentes, Mato Grosso / Not available.Weska, Ricardo Kalikowski 29 October 1996 (has links)
Nesta Tese foram desenvolvidos estudos geológicos gerais na região diamantífera situada entre os municípios de Dom Aquino Geral e Carneiro, cobrindo uma área de aproximadamente 12.000 k\'m POT.2\'. O trabalho inclui também estudos químicos e isotópicos de rochas básicas de natureza basáltica, bem como estudos de química mineral de granadas, ilmenitas e espinélios presentes em algumas rochas básicas/ultrabásicas, conglomerados e sedimentos de corrente. Durante o mapeamento regional foi elaborada uma nova coluna estratigráfica, cuja seqüência da base para o topo, é constituída por um conjunto vulcânico-clasto-químico de idade cretácea, equivalente ao Grupo Bauru, englobando as Formações Paredão Grande, Quilombinho, Cachoeira do Bom Jardim e Cambambe. Seguem-se a Formação Cachoeirinha de idade e terciária-quaternária representando os eventos da Superfície Sul American na região, um pacote terciário- quaternário indiviso constituindo terraços laterais de drenagens, e por fim a Fácies Coité no topo da coluna englobando as aluviões recentes. Essas duas últimas unidades encerram as mineralizações diamantíferas mais expressivas da região, concentradas em torno de Poxoréu. A Formação Paredão Grande é constituída por rochas equivalentes a basaltos do tipo OIB, datados em 83,9 \'+ OU -\' 0,4 Ma. pelo método \'Ar POT.40\'/\'Ar POT.39\', englobados na província ígnea de Poxoréu e resultantes da atividade da Pluma de Trindade sob o Estado de Mato Grosso. As Formações Quilombinho, Cachoeira do Bom Jardim e Cambembe, de idade cretácea superior, são constituídas por seqüências cíclicas de conglomerados, arenitos e argilitos conglomeráticos. A Formação vulcano-derivada contendo mais de 90% de clastos da Formação Paredão Grande; a Cachoeira do Bom Jardim possui por volta de 50,0% desse tipo de clastos, e destaca-se pela presença de calcretes. A Cambambe, quase desprovida de clastos vulcânicos, caracteriza-se pelapresença de silcretes. Seguem-se a Formação Cachoeirinha com cascalhos, areias, argilas e ferricretes; um pacote terciário/quaternário indiviso, e a Fácies Coité com deposições de cascalhos, areias e argilas. Esse conjunto vulcano-clasto-químico, formado por leques aluviais, desenvolveu-se em uma bacia do tipo rifte denominado neste trabalho de Rifte Rio das Mortes. a evolução geomorfológica do Cretáceo Superior ao Quaternário, sugere que essa Bacia Bauru depositou-se sobre uma paleo superfície de meio graben, cujo depocentro estaria localizado sob o vale atual do Rio das Mortes. Esta bacia está sendo capturada pelos eventos erosivos e deposicionais da Bacia Intracratônica do Pantanal. Os depósitos diamantíferos da área são representados por placeres localizados junto às drenagens, sobretudo em torno da cidade de Poxoréu. O diamante possui distribuição heterogênea e seus depósitos mais ricos estão condicionados por armadilhas de pequeno a grande porte. Esse mineral ocorre desde os conglomerados cretáceos (fonte intermediária) até cascalhos recentes. Suas fontes primárias ainda não foram localizadas na região. Contudo, no decorrer desse trabalho detectamos a presença de um microdiamante em uma intrusão básica/ultrabásica alterada denominada Intrusão Tamburi. Os minerais pesados granadas, ilmenitas e espinélios amostrados na Intrusão Tamburi, em piroclásticas da Formação Paredão Grande e em conglomerados da Formação Quilombinho, são constituídos por duas populações distintas, com características químicas diferentes de kimberlitos. As evidências de campo sugerem que a Intrusão Tamburi poderia ser a fonte alimentadora dos depósitos quaternários junto à drenagem adjacente do Rio Paraíso. Entretanto, ela não poderia ser contribuído para os ricos depósitos situados nas circunvizinhanças de Poxoréu. Dessa forma a origem primária desses diamantes continua sendo uma questão em aberto. / During this thesis we carried out a large amount of geological surveys is na area of 12,000km² located between the Municipalities of Dom Aquino and General Carneiro, central east Mato Grosso State, Brazil. Field work revealed a new stratigraphic column whose sequence from the bottom to the top is characterized by volcanic-clastic-chemical rocks of Late Cretaceous age equivalent to the Bauru Group, encompassing the Quilombinho, Cachoeira do Bom Jardim and Cambambe Formations. Next in the column lies the Tertiary-Quaternary Cachoeirinha Formation representing the the South American peneplanization in the area; an indivisible Tertiary-Quaternary sequence of terraces found along the fluvial system, and finally, the Coité Fácies representing recent placers. The latter two units contain the rich diamond-bearing deposits with have been mined around Poxoréu in the last decades. The Paredão Grande Formation is made up of basic rocks equivalent to OIB basalts, dated at 83.9 Ma. By \'Ar POT. 40\'/\'Ar POT. 39\' method. These rocks represent the magmatic events of the Poxoréu Igneous Province produced by the Trindade Plume under the State of Mato Grosso during the Late Cretaceous. The Late Cretaceous Quilombinho, Cachoeira do Bom Jardim and Cabambe Formations, are made up of cyclical sequences of conglomerates, arenites and conglomeratic clays. Furthermore, the Quilombinho Formation contains more than 90.0% volcanic clasts derived from the Paredão Grande Formation. As for the Cachoeira do Bom Jardim Formation, calcretes are conspicuous but volcanic clasts still amount to around 50.0% The Cambambe Formation is enriched in silcretes produced by evaporation under arid conditions and depleted in volcanic clasts. The Cachoeirinha Formation is made up of gravels, sands, clays and ferricretes; the indivisib Tertiary-Quaternary unit and the Coité Fácies are composed of gravels, sands and clays. This volcanic-clastic-chemical sequence developed as an isolated basin, herein named the Rio das Mortes Rift. Geomorphological evolution from the Late Cretaceous till the Quaternary suggests that this basin was developed upon a paleosurface of a half-graben. Its depocenter was located under the current Rio das Mortes Valley. Presently, the basin is being eroded by processes related to the Intracratonic Pantanal Basin. Diamond-bearing deposits are widespread throughout the area, being particularly rich around the locality of Poxoréu. Diamond distribution is heterogeneous but the presence of traps accounts for the concentrations worked in some diggings. Chemical analyses of pyrope garnets, magnesium ilmenites and chromium spinels recovered from pyroclastic rocks of the Paredão Grande Formation, Tamburi Intrusion, Quilombinho Formation and stream sediments revealed the presence of two distinct populations unrelated to kimberlites. The presence of a microdiamond recovered in the Tamburi intrusion could represent the source of some deposits but of the entire diggings around Poxoréu. Therefore, the origin of Poroxéu diamonds still remains unknown.
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Fabricación y caracterización de nuevos materiales electródicos para la tranformación-eliminación de compuestos aromáticos en disolución acuosaMontilla, Francisco 07 February 2003 (has links)
No description available.
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Aspectos mineralógicos, geológicos e econômicos de diamantes e carbonados da Chapada Diamantina, Bahia / Not available.Andrade, Cláudio Meira de 18 August 1999 (has links)
O diamante foi descoberto em 1842 nas margens do rio Mucugê, afluente das cabeceiras do rio Paraguaçu, na Serra do Sincorá localizada na Chapada Diamantina, região situada no centro-leste do estado da Bahia. O desenvolvimento dos garimpos deu origem à diversas vilas que por sua vez evoluíram para as cidade de Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Mucugê, Morro do Chapéu, Igatu, Xique-Xique, Piranhas, entre outras, cujo desenvolvimento acompanhou de perto o comércio do diamante. Além do diamante, a região ganhou fama devido à ocorrência de diamantes policristalinos entre os quais os mais frequentes vem sendo o carbonado e o tipo ballas. Ambos são constituídos por microcristais de diamante; no carbonado eles formam agregados aleatórios de cores escuras e textura porosa enquanto que na variedade ballas, os microcristais formam agregados esféricos, translúcidos e de cores variando do incolor ao preto. Enquanto a densidade do diamante é constante em torno de 3,51 a do carbonado é variável dentro da faixa entre 3,0 a 3,45. Os garimpos da Chapada Diamantina seguem o padrão de outras áreas brasileiras no qual o garimpeiro trabalha isolado usando peneiras e batéias. As tentativas de mecanização dos garimpos tiveram existência efêmera. Do ponto de vista geológico, o diamante e o carbonado estão associados a metaconglomerados da Formação Tombador, do Grupo Chapada Diamantina, Super Grupo Espinhaço do Proterozóico Médio. A Formação Tombador é constituída por um pacote de sedimentos entre os quais se destacam arenitos eólicos e fluvieólicos e conglomerados formados por leques aluviais que foram metamorfisados durante os eventos orogenéticos do Proterozóico Médio. O diamante e o carbonado são lavrados a partir de sedimentos quaternários constituídos essencialmente de areias e cascalhos provenientes da erosão das rochas da Formação Tombador. Os minerais pesados que acompanham o diamante e o carbonado na região são representados pela magnetita, elmenita, hematita, turmalina, rutilo, zircão, hornblenda, epídoto, cianita, andaluzita, granada almandina, coríndon, crisoberilo, estaurolita e ouro. Estas fases são provenientes de rochas metamórficas do embasamento estando ausentes os indicadores típicos de rochas kimberlíticas. O diamante da região é representado por cristais de hábito predominantemente rombododecaédrico, seguidos de cristais irregulares, fragmentos de clivagem, agregados cristalinos, além de cristais cúbicos, octaédricos e de combinações entre essas formas simples. Com relação à cor macroscópica predominam os cristais incolores seguidos dos castanhos, cinzas, amarelos, pretos e os de cores raras como rosa, azul e vermelho. O padrão granulométrico indica que o diamante possui uma granulometria de fina a média sendo raros os cristais acima de 5 ct. O carbonado é a principal variedade policristalina da região ocorrendo na forma de agregados granulares de textura porosa, de coloração escura entre as quais se destacam o cinza, o castanho e o preto. Ao contrário do diamante, o carbonado ocorre desde cristais de dimensões milimétricas até exemplares de dezenas, centenas e até alguns milhares de quilates. O Carbonado do Sérgio de 3.167 ct encontrado na região de Lençóis em 1905, continua sendo o maior diamante conhecido pelo homem até hoje. A produção de carbonado alcançou o apogeu no final do século passado, mas começou a declinar na primeira metade desse século com o desenvolvimento das minas de diamante industrial da África, e posteriormente com a competição do diamante sintético a partir do final dos anos 60. Nos últimos anos a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina inviabilizou o garimpo na região. Com relação à origem do diamante, faltam trabalhos sistemáticos de prospecção na área. Os dados obtidos nesse trabalho revelaram a ausência dos indicadores tradicionais de kimberlitos representados pela granada piropo, ilmenita magnesiana, cromioespinélio, cromiodiopsídio e zircão. A falta desses minerais indica que as fontes primárias são antigas podendo ter sido cortadas pela erosão ou estarem cobertas por sedimentos da plataforma. Com relação ao carbonado, algumas observações feitas no decorrer desse trabalho sugerem que a origem desse tipo de diamante está relacionada com a formação do próprio diamante monocristalino. A associação íntima entre esses dois tipos de diamante confirmada em vários locais do Brasil e do exterior, bem como osintercrescimentos cristalinos diamante-carbonado, sugerem uma origem kimberlítica para as variedades policristalinas / Diamond was discovered in the Chapada Diamantina area in 1842 on the banks of the Mucugê river, located in the central-eastern region of the Bahia State. The development of the diggings originated several villages which on its turn originated the towns of Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Mucugê, Morro do Chapéu, Igatu, Xique-Xique, Piranhas. However, the trademark of the region became the discovery of carbonado and ballas, two polycrystalline varieties of diamond. Both are constituted of microcrystals of diamond. Carbonado is made up of alleatory tiny micrometric crystalline constituting aggregates with ceramic-like texture. Carbonado varies in size as well as in colour being usually dark, gray or brown. Ballas, on the other hand, displays an espherical habit being made up of cristallites with an radial arrangement. As carbonado, ballas are usually dark, gray or brown in colour. Diamond has an almost constant density of 3,51 while in carbonado it is variable betweenh 3,0 and 3,45. Roughly the diggings of Chapada Diamantina are similar to the others throughout Brazil where the garimpeiro works alone using only sieve and pan. Several tentatives in other to mechanize the washings failed in the area. Concerning the geology, diamond and carbonado are associated with metaconglomerates of the Tombador Formation of the Chapada Diamantina Group, part of the middle Proterozoic Espinhaço Supergroup. The Tombador Formation is made up of eolian and fluvio-eolic metassediments constituting alluvial fans that were metamorphosed during the middle Proterozoic orogenesis. Diamond and carbonado have been prospected from quaternary sediments made up of sands and gravels as a result of the erosion of the Tombador Formation rocks. The heavy minerals associated with diamond and carbonado in the region is comprised of magnetite, ilmenite, hematite, tourmaline, rutile, zircon, hornblende, epidote, kyanite, andalusite, almandine garnet, corindon, crysoberil, staurolite and gold. The former minerals are all typical metamorphic phases being derived from the crystalline basement rocks. Kimberlite indicators such as pyrope garnet, Mg-ilmenite, Cr-spinel , Cr-diopside and zircon are absent in the area. The study of representative parcels of diamond recovered in the region showed that the majority of diamonds have a rhombododecahedral crystalline habit. The remaining crystallographical types include irregular crystals, fragments, crystalline aggregates, macles, cubic and octahedral crystals as well as combinations among the late forms. Regarding the macroscopic colour most of the crystals are colourless although yellow, brown, gray and black are common too. Fancy colours such as pink, blue and red have been observed in the area. As to the size diamonds range around some millimeters; crystals bigger than 5 ct are rare. Carbonado is the main polycrystalline variety in the region occurring as porousgranular aggregates with a ceramic-type texture. The colour is usually dark ranging from gray to brown and black. Concerning the size carbonado range from milimetric up to centimetric samples. The Sérgio Carbonado found near the town of Lençóis in 1905 and weighing 3.167 ct is still the biggest diamond ever found. The amount of carbonado produced reached its peak around 1880 declining in the beginning of this century. The use of synthetic diamond after the 60\'s followed by the stablishment of the National Park of Chapada Diamantina ended the washing of gravels in the area. The origin of diamond is still a controversial subject due to the lack of systematic surveys in the area. The absence of kimberlite indicators such as pyrope garnet, Mg-ilmenite, Cr-spinel, Cr-diopside and zircon as well suggests that the primary source rocks may have been eroded or are covered now by sediments of the platform. As to the carbonado some observations made during this work suggest that the origin of the polycrystalline varieties is related to the formation of the monocrystalline diamond itself. The intimate association between diamond and carbonado confirmed in several localites in Brazil and elsewhere as well as the crystalline intergrowth between diamond and carbonado confirmed in several localities in Brazil and elsewhere as well as the crystalline intergrowth between diamond and carbonado suggests a kimberlitic origin for the polycrystalline varieties.
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Análise quantitativa na fidelidade de microestruturas em réplicas de diamante e recobrimentos de DLC. / Quantitative analysis of microstructure's fidelity in diamond replicas and DLC coantings.Martins, Deilton Reis 25 September 2006 (has links)
Uma das técnicas para fabricar microestruturas em diamante é usar moldes em silício microfabricados. Assim, microestruturas são produzidas em laminas de silício, um filme de diamante é depositado sobre essa lamina e o silício é corroído. Dessa forma é possível se obter réplicas de diamante das microestruturas que estavam presentes na superfície do molde de silício. Nesta técnica é muito importante a fidelidade morfológica da réplica de diamante, quando comparada ao molde de silício, previamente microfabricado. Um dos objetivos deste trabalho é analisar quantitativamente a fidelidade de reprodução de microestruturas em filmes de diamante, utilizando moldes de silício microfabricados. Nossos resultados mostram que a rugosidade das réplicas de diamante é sistematicamente maior que a rugosidade dos moldes de silício. Medindo degraus em escala de centenas de nanômetros, o erro na reprodução morfológica está entre 6 e 11 %. No caso de medidas de degraus em escala de dezenas de nanômetros, o erro na reprodução é de aproximadamente 18 %. O segundo objetivo deste trabalho consiste em comparar a variação da rugosidade de uma superfície devido ao recobrimento com filmes de DLC. Os resultados sugerem que, para substratos com rugosidade original de centenas de nanômetros, a variação da rugosidade tende a aumentar com a espessura do filme de DLC até um valor máximo, a partir do qual ela tende a diminuir. Para substratos com rugosidade original de alguns poucos nanômetros, a variação da rugosidade oscila aleatoriamente, não apresentando tendências de aumentar ou diminuir com a espessura do filme de DLC. Finalmente, a última parte desta Tese foi fabricar um microbocal de diamante utilizando a técnica de moldes microfabricados em silício. / One of the techniques to fabricate microstructures in diamond is to use microfabricated silicon molds. Microstructures are produced on silicon wafer; diamond film is deposited on it and the silicon is etched. In this way, it is possible to obtain diamond replicas of the microstructures that were present in the silicon surface. In this technique it is very important the morphological fidelity of the diamond replica, when compared with the silicon mold previously microfabricated. One of our objectives in this work is to analyze quantitatively the reproduction fidelity of microstructures in diamond films, using microfabricated silicon molds. The results show that, roughnesses of the diamond replicas are systematically higher than the roughness of the silicon molds. Measuring steps in scales of hundreds of nanometers, the reproduction error is between 6 and 11 %. In the case of steps measured in scales of tenth of nanometers, the reproduction error is about 18 %. A second objective of this work is to compare the roughness change of rough surfaces coated with DLC films. The results suggest that, for substrates with original roughness of hundreds of nanometers, the roughness shift tends to increase with the DLC film thickness until a maximum value and then it tends to decrease. For substrates with original roughness of few nanometers, the roughness shift oscillates erratically and it does not tend to increase or decrease with the DLC film thickness. Finally, the last part of this Thesis was to fabricate a diamond micronozzle, using the technique of silicon molds microfabricated.
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Estudos dos efeitos do ultra-som na determinação e degradação de pesticidas e seus subprodutos empregando eletrodos de diamante / Studies of the ultrasound effects on the determination and degradation os pesticides and their subproducts using diamond electrodesGarbellini, Gustavo Stoppa 20 October 2009 (has links)
O desenvolvimento de metodologias eletroanalíticas altamente eficientes para a determinação de resíduos de pesticidas em amostras de alimentos usando a radiação de ultra-som (US) e o eletrodo de diamante dopado com boro (DDB) é reportado neste trabalho.Também são apresentadas tentativas para melhorar a degradação eletroquímica de pesticidas e de seus metabólitos no ambiente usando estas novas ferramentas (US e DDB) para minimizar o bloqueio da superfície eletródica que, usualmente, impede tais processos.A primeira parte do trabalho apresenta a determinação do metilparation (MP), do seu produto de degradação 4-nitrofenol (4-NF) e do carbaril em água pura e em amostras de alimentos, por voltametria de onda quadrada (SWV) na ausência e na presença do ultra-som usando o eletrodo de DDB. Os resultados obtidos em água pura foram comparados com os dados obtidos por cromatografia líquida de alta eficiência.As metodologias sonoeletroanalíticas para todos os analitos em água pura e nas matrizes de alimentos apresentaram maior sensibilidade e precisão e menores limites de detecção (LD) e de quantificação (LQ) em relação às medidas silenciosas. Para a redução do MP e do 4-NF e para a oxidação do carbaril em água pura, o LD diminuiu de 10,8 para 4,86 μg L-1, de 6,38 para 2,57 μg L-1 e de 2,96 para 2,08 μg L-1, respectivamente. Para a detecção do MP em extrato de batata e do 4-NF em suco de limão, o valor do LD diminuiu de 36,6 para 10,1 μg L-1 e de 13,8 para 8,32 μg L-1, respectivamente.Em todos os casos, foi observado que os valores de LD e LQ estão dentro da concentração máxima permitida para os compostos em amostras de alimentos (50 e 500 μg kg-1 para amostras de batata e de milho, respectivamente, de 1000 μg kg-1 para frutas cítricas e de 500 μg kg-1 para amostras de abacaxi). Satisfatórios valores de recuperação dos analitos nas amostras indicam a possibilidade da determinação direta do MP em extratos de batata e de milho (83 a 96 %) e do 4-NF em sucos de laranja e de limão (84 a 94 %) e também para a detecção do carbaril em suco de abacaxi após o procedimento de extração líquido-líquido (89 a 92 %). Inicialmente, não foram encontrados resíduos detectáveis dos compostos em todas essas amostras de alimentos.As vantagens observadas para os estudos na presença do ultra-som são devidas ao aumento do transporte de espécies até a superfície eletródica e também à limpeza da superfície, visto que a limpeza intermediária não é necessária, resultando em análises mais rápidas e reprodutíveis.Na segunda parte do trabalho, os efeitos benéficos do ultra-som, particularmente a limpeza da superfície eletródica, foram avaliados em associação às eletrólises potenciostáticas para a degradação do pentaclorofenol (PCF) a 0,9, 2,0 e 3,0 V vs. Ag/AgCl e do carbaril a 3,0 V vs. Ag/AgCl.Para o pentaclorofenol, as eletrólises a 0,9 V mostraram que o bloqueio da superfície eletródica foi mais rápido na sonoeletrólise em relação ao processo na ausência do ultra-som, devido à formação de um composto dimérico na superfície eletródica. Eletrólises a 2,0 V e a 3,0 V mostraram maiores níveis de decaimento das bandas do PCF para os estudos na presença do ultra-som em relação àqueles obtidos por medidas silenciosas, devido ao aumento do transporte de massa, minimização da inativação do eletrodo e geração simultânea de radicais hidroxila pelo ultra-som e pela superfície polarizada do DDB. Resultados similares àqueles obtidos para o pentaclorofenol no maior valor de potencial foram também observados para a degradação do carbaril a 3,0 V. / The development of highly efficient electroanalytical methodologies for the determination of pesticide residues in food samples using ultrasound radiation (US) and a boron-doped diamond (BDD) electrode is reported in this work.Also reported are attempts to improve the electrochemical degradation of pesticides and their metabolites in the environment by using those new tools (US and BDD) to minimize the blockage of the electrode surface that usually hinders such processes.The first part of the work presents the determination of methylparathion (MP), their degradation product 4-nitrophenol (4-NP) and carbaryl in pure water and food samples by square wave voltammetry (SWV) in the absence and presence of ultrasound using the BDD electrode. The results obtained in pure water were compared with the high performance liquid chromatography data.The sonoelectroanalytical methodologies for all analytes in pure water and food matrices showed greater sensitivity and precision and lower limits of detection (LOD) and quantification (LOQ) than the silent measurements. For the reduction of MP and 4-NP and oxidation of carbaryl in pure water, the LOD diminished from 10.8 to 4.86 μg L-1, from 6.38 to 2.57 μg L-1 and from 2.96 to 2.08 μg L-1, respectively. For the detection of MP in potato extract and of 4-NP in lemon juice, the LOD value diminished from 36.6 to 10.1 μg L-1 and from 13.8 to 8.32 μg L-1, respectively.In all cases, it was observed that the LOD and LOQ values are inside of the maximum allowed concentration for compounds in food samples (50 and 500 μg kg-1 for potato and corn samples, respectively, 1000 μg kg-1 for citrus fruit and 500 μg kg-1 for pineapple sample). Satisfactory recovery values for the analytes in the samples indicate the possibility of the direct determination of MP in potato and corn extracts (83 to 96 %) and 4-NP in orange and lemon juices (84 to 94 %) and also for the detection of carbaryl in a pineapple juice after a liquid-liquid extraction procedure (89 to 92 %). In all these food samples, no initial detectable residues of the compounds were found.The advantages observed for the insonated studies are due to the increase in the mass transport of species to the electrode surface and also to the cleaning of the surface, since the intermediary cleaning is not necessary thus resulting in a more rapid and reproducible analysis.In the second part of the work, the beneficial effects of the ultrasound, particularly the cleaning of electrode surface, were evaluated in association to potentiostatic electrolyses for the degradation of pentachlorophenol (PCP) at 0.9, 2.0 and 3.0 V vs. Ag/AgCl and for carbaryl at 3.0 V vs. Ag/AgCl.For pentachlorophenol the electrolyses at 0.9 V showed that the blockage of the electrode surface was faster in the sonoelectrolysis than in the absence of ultrasound due to the formation of a dimeric compound on the electrode surface. Electrolyses at 2.0 V and 3.0 V showed greater decay levels of the PCP bands for insonated studies than those obtained for the silent measurements, due the increase of mass transport, minimization of the electrode fouling and to the added generation of hydroxyl radicals by both ultrasound and the polarized BDD surface. Similar results to those for pentachlorophenol at the higher potential were also observed for the degradation of carbaril at 3.0 V.
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Contribuição ao estudo da jazida diamantífera de Romaria, MG / Not availableIsotta, Carlos Augusto Luciano 10 June 1969 (has links)
1. Este trabalho consta de duas partes: a primeira trata do histórico, importância, tipos de jazimentos e gênese dos diamantes. Na segunda é feito um estudo geológico, litológico, mineralógico e econômico da jazida de diamantes de Romaria (antiga Água Suja), localizada na Fazenda Marrecos, município de Romaria, Estado de Minas Gerais. 2. Conhecida desde 1888, a jazida é mencionada em trabalhos de G. Campos, Hussak, Draper e outros autores. Minerada durante algumas décadas por grandes companhias, passou em seguida por uma fase de abandono, voltando atualmente a ser alvo de atenções de nova companhia. A jazida é classificada como "secundária elevada". Os diamantes são encontrados em sedimentos fluviais de idade provavelmente neo-cretácica ou talvez enozoica. Tais sedimentos assentam-se discordantemente sobre o arenito Botucatu e em alguns lugares, diretamente sobre o embasamento cristalino. A seqüência diamantífera é constituída de três camadas, cujos nomes locais são: conglomerado Tauá, que é um conglomerado polimíctico basal, mal selecionado; Secundina, arenito grosseiro com intercalações conglomeráticas e argilosas; Gorgulho, nome dado ao solo rico em canga que recobre toda a área. O Tauá, a camada mais rica em diamantes, foi estudado com maiores pormenores. Distinguem-se dois tipos desse conglomerado: o Tauá tipo e o Tauá atípico. 3. O diamante da jazida de Romaria apresenta hábito cristalino predominantemente rombododecaédrico. Alguns exemplares, quando submetidos à luz ultra-violeta, mostraram fluorescência azul-violácea. Alguns mostraram anisotropia anômala. Os cristais octaédricos normalmente apresentam trígonos de corrosão nas faces de octaedro, enquanto os cúbicos, extremamente corroídos e sempre translúcidos, mostram nas faces de cubo pirâmides reentrantes de base quadrada. Alguns apresentam inclusões de grafita; em um cristal examinado, constatou-se a presença de inclusões de olivina e cromita. Os diamantes da jazida não apresentam arestas arredondadas e sinais de impacto. 4. A reserva mínima provada da jazida é de 2.000.000 m3 de Tauá. A capa a ser removida (Secundina e Gorgulho) tem espessura média de 11 m. O teor médio obtido foi de 16 pontos/m3. 5. O diamante do Tauá parece ter sofrido pouco ou nenhum transporte, sugerindo fonte primária nas proximidades. A presença de inclusões de olivina e cromita indica uma associação primária de diamante com rochas ultrabásicas. 6. Recomendações sobre a lavra do diamante são feitas no final deste trabalho. / Not available
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Competitividade e qualidade do mercado de café no Brasil : uma análise por meio do modelo do diamante de PorterSalguero, Justino 25 March 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-03-25 / Esta pesquisa examina a competitividade e sua relação com a qualidade do café industrializado no Brasil por meio das empresas Café Canecão Ltda., Torrefações Noivacolinenses Ltda. e Torrefação e Moagem de Café Serra da Grama Ltda., que utilizaram a melhoria dos seus produtos como estratégia de crescimento. Dentro do atual cenário competitivo, que teve a desregulamentação do mercado do café, a mudança de hábitos dos consumidores, a segmentação e a diferenciação dos produtos, elas optaram pela estratégia de diferenciação, através do incremento da qualidade, realizando alterações nas atividades que compõem a cadeia de valores. Este trabalho foi fundamentado no Diamante de Porter (1989), que estabeleceu os quatro determinantes: condições de fatores; condições de demanda; indústrias correlatas e de apoio; estratégia, estrutura e rivalidade entre as empresas; e ainda, as variáveis: o acaso e o governo. A verificação do Diamante de Porter foi conduzida por meio do confronto de dez enunciados teóricos, abrangendo os quatro determinantes, bem como o papel do governo. Dos elementos do modelo são indicados aqueles que apresentam aderência total e suas contradições, por exemplo, a sofisticação do mercado interno no Brasil. Desse modo é apresentado um resultado onde o modelo do Diamante de Porter é validado a partir dos dados obtidos através das entrevistas nas empresas mencionadas e dados secundários do mercado. A pesquisa mostrou que mesmo tendo havido melhorias na qualidade e crescimento do mercado, o setor do café ainda não alcançou a competitividade preconizada pelo Diamante de Porter.
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Aspectos mineralógicos, geológicos e econômicos de diamantes e carbonados da Chapada Diamantina, Bahia / Not available.Cláudio Meira de Andrade 18 August 1999 (has links)
O diamante foi descoberto em 1842 nas margens do rio Mucugê, afluente das cabeceiras do rio Paraguaçu, na Serra do Sincorá localizada na Chapada Diamantina, região situada no centro-leste do estado da Bahia. O desenvolvimento dos garimpos deu origem à diversas vilas que por sua vez evoluíram para as cidade de Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Mucugê, Morro do Chapéu, Igatu, Xique-Xique, Piranhas, entre outras, cujo desenvolvimento acompanhou de perto o comércio do diamante. Além do diamante, a região ganhou fama devido à ocorrência de diamantes policristalinos entre os quais os mais frequentes vem sendo o carbonado e o tipo ballas. Ambos são constituídos por microcristais de diamante; no carbonado eles formam agregados aleatórios de cores escuras e textura porosa enquanto que na variedade ballas, os microcristais formam agregados esféricos, translúcidos e de cores variando do incolor ao preto. Enquanto a densidade do diamante é constante em torno de 3,51 a do carbonado é variável dentro da faixa entre 3,0 a 3,45. Os garimpos da Chapada Diamantina seguem o padrão de outras áreas brasileiras no qual o garimpeiro trabalha isolado usando peneiras e batéias. As tentativas de mecanização dos garimpos tiveram existência efêmera. Do ponto de vista geológico, o diamante e o carbonado estão associados a metaconglomerados da Formação Tombador, do Grupo Chapada Diamantina, Super Grupo Espinhaço do Proterozóico Médio. A Formação Tombador é constituída por um pacote de sedimentos entre os quais se destacam arenitos eólicos e fluvieólicos e conglomerados formados por leques aluviais que foram metamorfisados durante os eventos orogenéticos do Proterozóico Médio. O diamante e o carbonado são lavrados a partir de sedimentos quaternários constituídos essencialmente de areias e cascalhos provenientes da erosão das rochas da Formação Tombador. Os minerais pesados que acompanham o diamante e o carbonado na região são representados pela magnetita, elmenita, hematita, turmalina, rutilo, zircão, hornblenda, epídoto, cianita, andaluzita, granada almandina, coríndon, crisoberilo, estaurolita e ouro. Estas fases são provenientes de rochas metamórficas do embasamento estando ausentes os indicadores típicos de rochas kimberlíticas. O diamante da região é representado por cristais de hábito predominantemente rombododecaédrico, seguidos de cristais irregulares, fragmentos de clivagem, agregados cristalinos, além de cristais cúbicos, octaédricos e de combinações entre essas formas simples. Com relação à cor macroscópica predominam os cristais incolores seguidos dos castanhos, cinzas, amarelos, pretos e os de cores raras como rosa, azul e vermelho. O padrão granulométrico indica que o diamante possui uma granulometria de fina a média sendo raros os cristais acima de 5 ct. O carbonado é a principal variedade policristalina da região ocorrendo na forma de agregados granulares de textura porosa, de coloração escura entre as quais se destacam o cinza, o castanho e o preto. Ao contrário do diamante, o carbonado ocorre desde cristais de dimensões milimétricas até exemplares de dezenas, centenas e até alguns milhares de quilates. O Carbonado do Sérgio de 3.167 ct encontrado na região de Lençóis em 1905, continua sendo o maior diamante conhecido pelo homem até hoje. A produção de carbonado alcançou o apogeu no final do século passado, mas começou a declinar na primeira metade desse século com o desenvolvimento das minas de diamante industrial da África, e posteriormente com a competição do diamante sintético a partir do final dos anos 60. Nos últimos anos a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina inviabilizou o garimpo na região. Com relação à origem do diamante, faltam trabalhos sistemáticos de prospecção na área. Os dados obtidos nesse trabalho revelaram a ausência dos indicadores tradicionais de kimberlitos representados pela granada piropo, ilmenita magnesiana, cromioespinélio, cromiodiopsídio e zircão. A falta desses minerais indica que as fontes primárias são antigas podendo ter sido cortadas pela erosão ou estarem cobertas por sedimentos da plataforma. Com relação ao carbonado, algumas observações feitas no decorrer desse trabalho sugerem que a origem desse tipo de diamante está relacionada com a formação do próprio diamante monocristalino. A associação íntima entre esses dois tipos de diamante confirmada em vários locais do Brasil e do exterior, bem como osintercrescimentos cristalinos diamante-carbonado, sugerem uma origem kimberlítica para as variedades policristalinas / Diamond was discovered in the Chapada Diamantina area in 1842 on the banks of the Mucugê river, located in the central-eastern region of the Bahia State. The development of the diggings originated several villages which on its turn originated the towns of Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Mucugê, Morro do Chapéu, Igatu, Xique-Xique, Piranhas. However, the trademark of the region became the discovery of carbonado and ballas, two polycrystalline varieties of diamond. Both are constituted of microcrystals of diamond. Carbonado is made up of alleatory tiny micrometric crystalline constituting aggregates with ceramic-like texture. Carbonado varies in size as well as in colour being usually dark, gray or brown. Ballas, on the other hand, displays an espherical habit being made up of cristallites with an radial arrangement. As carbonado, ballas are usually dark, gray or brown in colour. Diamond has an almost constant density of 3,51 while in carbonado it is variable betweenh 3,0 and 3,45. Roughly the diggings of Chapada Diamantina are similar to the others throughout Brazil where the garimpeiro works alone using only sieve and pan. Several tentatives in other to mechanize the washings failed in the area. Concerning the geology, diamond and carbonado are associated with metaconglomerates of the Tombador Formation of the Chapada Diamantina Group, part of the middle Proterozoic Espinhaço Supergroup. The Tombador Formation is made up of eolian and fluvio-eolic metassediments constituting alluvial fans that were metamorphosed during the middle Proterozoic orogenesis. Diamond and carbonado have been prospected from quaternary sediments made up of sands and gravels as a result of the erosion of the Tombador Formation rocks. The heavy minerals associated with diamond and carbonado in the region is comprised of magnetite, ilmenite, hematite, tourmaline, rutile, zircon, hornblende, epidote, kyanite, andalusite, almandine garnet, corindon, crysoberil, staurolite and gold. The former minerals are all typical metamorphic phases being derived from the crystalline basement rocks. Kimberlite indicators such as pyrope garnet, Mg-ilmenite, Cr-spinel , Cr-diopside and zircon are absent in the area. The study of representative parcels of diamond recovered in the region showed that the majority of diamonds have a rhombododecahedral crystalline habit. The remaining crystallographical types include irregular crystals, fragments, crystalline aggregates, macles, cubic and octahedral crystals as well as combinations among the late forms. Regarding the macroscopic colour most of the crystals are colourless although yellow, brown, gray and black are common too. Fancy colours such as pink, blue and red have been observed in the area. As to the size diamonds range around some millimeters; crystals bigger than 5 ct are rare. Carbonado is the main polycrystalline variety in the region occurring as porousgranular aggregates with a ceramic-type texture. The colour is usually dark ranging from gray to brown and black. Concerning the size carbonado range from milimetric up to centimetric samples. The Sérgio Carbonado found near the town of Lençóis in 1905 and weighing 3.167 ct is still the biggest diamond ever found. The amount of carbonado produced reached its peak around 1880 declining in the beginning of this century. The use of synthetic diamond after the 60\'s followed by the stablishment of the National Park of Chapada Diamantina ended the washing of gravels in the area. The origin of diamond is still a controversial subject due to the lack of systematic surveys in the area. The absence of kimberlite indicators such as pyrope garnet, Mg-ilmenite, Cr-spinel, Cr-diopside and zircon as well suggests that the primary source rocks may have been eroded or are covered now by sediments of the platform. As to the carbonado some observations made during this work suggest that the origin of the polycrystalline varieties is related to the formation of the monocrystalline diamond itself. The intimate association between diamond and carbonado confirmed in several localites in Brazil and elsewhere as well as the crystalline intergrowth between diamond and carbonado confirmed in several localities in Brazil and elsewhere as well as the crystalline intergrowth between diamond and carbonado suggests a kimberlitic origin for the polycrystalline varieties.
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