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Maternal Stress, Breastmilk IGF-1, and Offspring Growth among Breastfeeding Mothers-Infant Pairs in the Tampa Bay AreaGottfredson, Lauren Michelle 01 January 2015 (has links)
Background: Maternal stress during utero has been shown to have negative health consequences on the offspring, including low birth weight and increased risk of adult disease. Variation in breastmilk may act as an environmental cue of maternal stress and continue to program the infant during early life. This research aimed to explore the role of breastmilk on developmental programming of the infant. Specifically, to examine how breastmilk may act as a medium for the exposure of stress between the mother and the offspring, and see if variation in insulin like growth factor-1 (IGF-1) a potential mechanism for the relationship.
Methods: Survey-interviews, anthropometrics of the mother and offspring (height and weight), and breastmilk samples were collected for 31 breastfeeding mother-offspring pairs in the Tampa Bay area. Breastmilk was analyzed for IGF-1 and fat content. Maternal stress was measured through the PSS-10 and two self-reported ten-point stress scales. Offspring length for age and weight for age Z-scores were calculated using LMS equation.
Results: PPS-10 score was negatively correlated with child length for age and weight for age Z-scores. Child length for age and weight for age Z-scores were also negatively correlated with the breastmilk fat variables (creamatocrit percent, fat g/dL, and kcal/dL). No relationships were found between breastmilk IGF-1 and offspring length for age, weight for age, or maternal stress. Conclusions: Results indicate that maternal stress may negatively impact offspring growth. However, more research is necessary to better understand if or how breastmilk fat may act as a mechanism to mediate offspring growth due to maternal stress. This sample had low levels and prevalence of detectable IGF-1, which likely contributed to the lack of statistical relationships.
Further research using lower dilutions and larger samples sizes is necessary to better explore the potential role of breastmilk IGF-1 on offspring growth and/or its relationship to maternal stress.
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Tabagismo materno durante a gestação e reações faciais hedônicas ao gosto doce em recém-nascidosAyres, Caroline January 2015 (has links)
Objetivo: O objetivo desse estudo é verificar se a exposição ao tabagismo materno na vida intrauterina está relacionada a um padrão específico de expressões faciais hedônicas para o gosto doce em recém-nascidos, no início da vida. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, controlado e observacional. Foram avaliados recém-nascidos saudáveis, com até 24 horas de vida. Para compor a amostra foram incluídos recém-nascidos de nascimento único, idade gestacional acima de 37 semanas, nascidos de parto normal, em aleitamento materno exclusivo e cujos recém-nascidos já haviam sido colocados ao seio materno previamente ao teste de reação facial hedônica resultante do gosto doce. A amostra é de conveniência e foi selecionada de forma consecutiva, de acordo com a exposição ou não ao tabaco na vida intrauterina, até atingir o número de recém-nascidos necessários para o estudo. Neste estudo, dividimos os recém-nascidos estudados em dois grupos: a)Recém-nascidos expostos ao tabagismo materno na vida uterina (n=50); b)Recém-nascidos não expostos ao tabagismo materno na vida uterina (n=150). Para comparar as expressões faciais hedônicas à sacarose em relação à exposição ou não ao tabagismo materno durante a gestação foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Para comparar os valores extremos das expressões faciais hedônicas a sacarose entre os grupos foi aplicado o teste de Moses. Para controle de fatores confundidores como, peso ao nascimento, comprimento ao nascimento, duração da gestação, escolaridade, razão de crescimento fetal e tempo da última mamada até a hora do teste foi utilizada a Análise de Covariância (ANCOVA). da última mamada até a hora do teste foi utilizada a Análise de Covariância (ANCOVA). Resultados: A frequência total de reações faciais hedônicas a estímulo oral doce em recém-nascidos expostos e não expostos ao tabagismo materno durante a gestação não foi diferente entre os grupos (p=0,051), no entanto, verificando os valores extremos, observou-se que o grupo exposto ao tabagismo na gestação apresenta menos valores extremos do que o grupo não exposto, provavelmente devido ao “congelamento” da reação hedônica no grupo exposto (p<0,001). Conclusão: O tabagismo materno durante a gestação pode estar relacionado a um padrão especifico de expressões faciais hedônicas para o sabor doce no inicio da vida. Não existe diferença estatística entre maior frequência de reações faciais hedônicas a substâncias doces em recém-nascidos expostos ao tabagismo na vida intrauterina, entretanto, observamos que recém-nascidos expostos ao tabagismo na vida intrauterina parecem ter as expressões faciais congeladas/sensibilizadas em relação ao consumo de uma substância doce, uma vez que recém-nascidos não expostos atingem níveis maiores de prazer em relação à ingestão de substância doce. Pode-se propor que o tabagismo materno leva a uma sensibilidade ao prazer provocada pelo sabor doce e, possivelmente, os indivíduos com esta sensibilidade poderiam aumentar o consumo alimentar por doce para tentar chegar a um maior grau de prazer. / Objective: The objective of this study is to verify that exposure to maternal smoking during intrauterine life is related to a specific pattern of hedonic facial expressions to the sweet taste in newborns, in early life. Methods: This is a cross-sectional study controlled and observational. Healthy newborns were evaluated up to 24 hours of life. For the sample were included newborns single birth, gestational age of 37 weeks, born vaginally, were exclusively breastfed and whose newborn had already been placed in the womb prior to the resulting hedonic facial reaction test sweet taste. The sample is for convenience and is selected consecutively, according to exposure or not tobacco during intrauterine life, until the number of infants needed for the study. In this study, we divided the newborns studied in two groups: a) Newborns exposed to maternal smoking on uterine life (n=50); b) Infants not exposed to maternal smoking on uterine life (n=150). To compare the facial expressions hedonic the sucrose with respect to exposure or not to maternal smoking during pregnancy was performed using the Mann-Whitney test. To compare the extreme values of facial expressions hedonic sucrose was applied between groups Moses test. To control confounding factors such as birth weight, length at birth, length of gestation, education, fetal growth rate and time of the last feeding until the time of testing we used the Analysis of Covariance (ANCOVA). Results: The overall frequency of hedonic facial reactions sweet oral stimulation in neonates exposed and not exposed to maternal smoking during pregnancy did not differ between the groups (p=0.051), however, checking the extreme values, it was observed the group exposed to smoking during pregnancy has fewer outliers than the unexposed group, probably due to "freeze" the hedonic reaction in the exposed group (p <0.001). Conclusion: Maternal smoking during pregnancy may be related to a specific pattern of hedonic facial expressions to the sweet taste at the beginning of life. There is no statistical difference between higher frequency of hedonic facial reactions to sweet substances in newborns exposed to smoking in intrauterine life, however, we found that newborns exposed to smoking in intrauterine life seem to have facial expressions frozen/sensitized in relation to consumption a sweet substance, since non-exposed neonates soon reach higher levels compared to the sweet substance intake. One can propose that maternal smoking leads to a sensitivity to pleasure caused by sweet taste and possibly individuals with this sensitivity could increase food consumption by sweet to try to reach a greater degree of pleasure.
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Investigação sobre o comportamento alimentar na vida adulta de ratos submetidos a regime de superalimentação no período de lactaçãoPortella, André Krumel January 2010 (has links)
Alimentação hedônica e homeostática são fatores independentes envolvidos no desenvolvimento da obesidade. Apesar de já se saber que a superalimentação precoce altera a alimentação não hedônica na vida adulta, pouco se sabe sobre seu impacto sobre a preferência por alimentos doces. O objetivo deste trabalho foi o de verificar o comportamento alimentar de ratos superalimentados no período de lactação, com foco principalmente no comportamento alimentar hedônico, e correlacionar com o funcionamento do sistema dopaminérgico mesolímbico, que sabidamente está envolvido na sua regulação. Ninhadas de ratos foram reduzidas a 4 filhotes (ninhada pequena - SL) ou 8 filhotes (ninhada normal - NL) no dia 1 de vida. O desmame ocorreu no dia 21, e todos os testes foram realizados a partir do dia 84 de vida. O consumo de ração foi realizado em condições basais, em resposta à jejum de 24h, na presença de comida palatável (doce), durante isolamento social, e em resposta ao teste de pinçamento da cauda (tail-pinch). Antes de testados com alimento doce, os ratos foram habituados a esse alimento. Locomoção foi aferida em um aparato automatizado. A Área Tegmentar Ventral (VTA) e o Núcleo Accumbens (Acc) foram dissecados a partir de microfatias congeladas. Tecido muscular foi dissecado e processado para medida da fosforilação de AKT (p-AKT) em resposta à insulina. AKT, p-AKT e Tirosina Hidroxilase (TH) foram medidas por método de western-blot. A quantidade de gordura abdominal foi cuidadosamente dissecada e pesada. Resultados: Ratos SL foram mais pesados que os NL em todas as medidas, e ao sacrifício apresentavam maior gordura abdominal (p=0,035). A atividade locomotora não foi diferente quanto à distância percorrida, mas os ratos SL exploraram a região central por mais tempo, indicando menor comportamento ansioso (p=0,036). Não se encontrou diferenças quanto ao consumo de ração padrão (p=0.085) ou alimento doce em condições basais (p=0,65), mas ratos SL tiveram maior consumo de doce num paradigma de escolha com ração-padrão (p=0,017) e em resposta ao estresse de pinçamento da cauda (interação teste x grupo, p=0,006). TH encontrou-se aumentada em ratos SL, tanto no VTA (p=0.016) quanto no Acc (p=0,022). Ratos SL não diferiram quanto a fosforilação do AKT no músculo, porém tiveram menor AKT (p=0,047), o que sugere uma resistência periférica à insulina latente. Em conclusão, a exposição a superalimentação no período de lactação reduz a ansiedade, induz obesidade e programa o comportamento alimentar persistentemente, de maneira que esses animais têm maior preferência por alimento doce. A esses resultados se soma a alteração dos níveis de TH nas vias mesolímbicas, o que sugere a participação destas nessa alteração de comportamento. / Hedonic and homeostatic food intakes are independent factors involved in the development of obesity. Although it is well known that early life overfeeding increases food intake in adulthood, little is know about its impact on the palatable food preference in adulthood. We aimed at verifying feeding behavior in this model, with special focus in the hedonic compound, and correlate it to the dopaminergic mesolimbic pathway known to be involved in its regulation. Rat litters were standardized to 4 (small litter - SL) or 8 pups (normal litter- NL) at postnatal day 1. Weaning was at day 21, and all tests were conducted after day 84 of life. Chow consumption was measured at baseline, in response to 24h fasting, in the presence of palatable food, during social isolation and after 1 min. tail pinch stress. Prior to testing sweet food, rats were habituated to the sweet pellets. Locomotion was assessed in an automated box. The ventral tegmentar area (VTA) and nucleus accumbens were micro dissected from frozen brain slices. Muscular tissue was also dissected for assessing the phosphorylation of Akt in response to an insulin challenge. Akt, pAkt and TH proteins were assessed by Western-blot. The abdominal fat content was weighed. Results: SL rats were heavier than NL at all time points and had increased abdominal fat at sacrifice (p=0.035). Locomotor activity was not different with regard to total distance, but RL rats spent more time in the center of the box, an indicative of less anxiety (p=0.036). No difference was found in chow (p=0.085) or sweet food intake at baseline (p=0.65), but SL rats had higher intake of sweet pellets in a two food choice paradigm (p=0.017) and in response to tail pinch stress (test x group interaction, p=0.006). TH was higher in SL rats VTA (p=0.016) and in the nucleus accumbens (p=0.022). SL animals had decreased Akt in the muscle (p=0.047), which suggest a latent peripheral insulin resistance, but p-AKT and the AKT/p-AKT ratio were not different. In conclusion, exposure to overfeeding during the neonatal period decreases anxiety, induces obesity and programs the feeding behavior persistently, in such a way that the animals eat more palatable food. These results are associated with a higher TH protein content and transport in these animals, which suggests that the dopaminergic mesolimbic circuitry may involved in the behavioral findings.
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O tabagismo materno durante a gestação e o consumo alimentar na vida adultaAyres, Caroline January 2009 (has links)
Objetivo: Tabagismo materno durante a gestação tem sido associado com obesidade na vida adulta, sem que mecanismos de causalidade tenham sido totalmente esclarecidos. O objetivo deste estudo é determinar se o tabagismo materno durante a gestação está associado à preferência alimentar do filho na vida adulta e consequentemente influencia seu estado nutricional. Métodos: Estudo de coorte realizado entre 01 de junho de 1978 e 31 de maio de 1979, neste período foram incluídos 6973 recém-nascidos vivos na cidade de Ribeirão Preto. Nesta ocasião foram coletadas informações maternas, sócio-econômicas e antropométricas dos recém-nascidos. Após 24 anos, uma amostra representativa de indivíduos (n=2103) foi reavaliada. Os indivíduos responderam a um questionário de frequência alimentar, para avaliação do consumo alimentar (variáveis de desfecho). Após a exclusão de gêmeos, dos recém-nascidos menores que 34 semanas e dos indivíduos que não possuíam informação referente ao tabagismo materno durante a gestação (missings), totalizamos uma amostra representativa de 2010 indivíduos. Os indivíduos foram divididos em expostos (n=424) e não expostos ao tabagismo materno durante a gestação (n=1586). Através de análise de Covariância (ANCOVA), foi avaliada a relação entre a exposição ao fumo materno e o desfecho, ajustada para variáveis dos indivíduos e maternas. Resultados: Indivíduos expostos ao tabagismo materno durante a gestação preferem mais carboidrato em detrimento às proteínas (representada pela variável relação carboidrato/proteína) (P=0,014). Não há associação entre a exposição ao tabagismo durante a gestação e o índice de massa corporal do filho na vida adulta (P=0,332). Ao categorizar os indivíduos conforme sua preferência por carboidratos em relação às proteínas foi encontrada maior percentagem de indivíduos com alta preferência entre os expostos ao tabagismo durante a gestação (P<0,001). Conclusão: Tabagismo materno durante a gestação está associado com uma preferência alimentar por carboidrato na vida adulta em humanos. É possível que eventos adversos que ocorrem na vida fetal programem de forma persistente a fisiologia e metabolismo do indivíduo, levando a uma alteração do comportamento alimentar, o que poderia contribuir para o aumento da incidência de obesidade descrita nesta população. / Objectives: Maternal smoking during pregnancy has been associated with obesity in adulthood, although the causal mechanisms are yet to be elucidated. This study aimed to determine whether maternal smoking during pregnancy is associated with food preferences of the adult offspring and consequently impact their nutritional status. Study Design: Cohort study carried out from 01 June 1978 to May 31, 1979, in this period 6973 newborns living in Ribeirão Preto city were included. Information on maternal, socioeconomic, and anthropometric variables was collected on that occasion. After 24 years a representative sample of individuals (n = 2103) was reassessed. The subjects answered a food frequency questionnaire. After exclusion of twins, of newborns less than 34 weeks gestation and subjects who did not have information regarding maternal smoking during pregnancy (missings), a total of 2010 individuals were included in the final analysis. The subjects were categorized in exposed (n = 424) and not exposed to maternal smoking during pregnancy (n = 1586). Through analysis of covariance (ANCOVA), results were adjusted for individual and maternal variables. Results: Individuals exposed to maternal smoking during pregnancy prefer more carbohydrate to protein (represented by the variable carbohydrate / protein ratio) (P=0.014). No association between exposure to smoking during pregnancy and body mass index of the offspring was found (P=0.332). By categorizing individuals according to their preferences for carbohydrates over proteins, we found a higher percentage of individuals with high preference among those exposed to smoking during pregnancy (P <0.001). Conclusions: Maternal smoking during pregnancy is associated with a preference for carbohydrate food in adulthood in humans. It is possible that adverse events occurred in fetal life promote persistent changes in the individual physiology and metabolism, leading to altered eating behavior, which could contribute to the increased incidence of obesity reported in this population.
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Tabagismo materno durante a gestação e reações faciais hedônicas ao gosto doce em recém-nascidosAyres, Caroline January 2015 (has links)
Objetivo: O objetivo desse estudo é verificar se a exposição ao tabagismo materno na vida intrauterina está relacionada a um padrão específico de expressões faciais hedônicas para o gosto doce em recém-nascidos, no início da vida. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, controlado e observacional. Foram avaliados recém-nascidos saudáveis, com até 24 horas de vida. Para compor a amostra foram incluídos recém-nascidos de nascimento único, idade gestacional acima de 37 semanas, nascidos de parto normal, em aleitamento materno exclusivo e cujos recém-nascidos já haviam sido colocados ao seio materno previamente ao teste de reação facial hedônica resultante do gosto doce. A amostra é de conveniência e foi selecionada de forma consecutiva, de acordo com a exposição ou não ao tabaco na vida intrauterina, até atingir o número de recém-nascidos necessários para o estudo. Neste estudo, dividimos os recém-nascidos estudados em dois grupos: a)Recém-nascidos expostos ao tabagismo materno na vida uterina (n=50); b)Recém-nascidos não expostos ao tabagismo materno na vida uterina (n=150). Para comparar as expressões faciais hedônicas à sacarose em relação à exposição ou não ao tabagismo materno durante a gestação foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Para comparar os valores extremos das expressões faciais hedônicas a sacarose entre os grupos foi aplicado o teste de Moses. Para controle de fatores confundidores como, peso ao nascimento, comprimento ao nascimento, duração da gestação, escolaridade, razão de crescimento fetal e tempo da última mamada até a hora do teste foi utilizada a Análise de Covariância (ANCOVA). da última mamada até a hora do teste foi utilizada a Análise de Covariância (ANCOVA). Resultados: A frequência total de reações faciais hedônicas a estímulo oral doce em recém-nascidos expostos e não expostos ao tabagismo materno durante a gestação não foi diferente entre os grupos (p=0,051), no entanto, verificando os valores extremos, observou-se que o grupo exposto ao tabagismo na gestação apresenta menos valores extremos do que o grupo não exposto, provavelmente devido ao “congelamento” da reação hedônica no grupo exposto (p<0,001). Conclusão: O tabagismo materno durante a gestação pode estar relacionado a um padrão especifico de expressões faciais hedônicas para o sabor doce no inicio da vida. Não existe diferença estatística entre maior frequência de reações faciais hedônicas a substâncias doces em recém-nascidos expostos ao tabagismo na vida intrauterina, entretanto, observamos que recém-nascidos expostos ao tabagismo na vida intrauterina parecem ter as expressões faciais congeladas/sensibilizadas em relação ao consumo de uma substância doce, uma vez que recém-nascidos não expostos atingem níveis maiores de prazer em relação à ingestão de substância doce. Pode-se propor que o tabagismo materno leva a uma sensibilidade ao prazer provocada pelo sabor doce e, possivelmente, os indivíduos com esta sensibilidade poderiam aumentar o consumo alimentar por doce para tentar chegar a um maior grau de prazer. / Objective: The objective of this study is to verify that exposure to maternal smoking during intrauterine life is related to a specific pattern of hedonic facial expressions to the sweet taste in newborns, in early life. Methods: This is a cross-sectional study controlled and observational. Healthy newborns were evaluated up to 24 hours of life. For the sample were included newborns single birth, gestational age of 37 weeks, born vaginally, were exclusively breastfed and whose newborn had already been placed in the womb prior to the resulting hedonic facial reaction test sweet taste. The sample is for convenience and is selected consecutively, according to exposure or not tobacco during intrauterine life, until the number of infants needed for the study. In this study, we divided the newborns studied in two groups: a) Newborns exposed to maternal smoking on uterine life (n=50); b) Infants not exposed to maternal smoking on uterine life (n=150). To compare the facial expressions hedonic the sucrose with respect to exposure or not to maternal smoking during pregnancy was performed using the Mann-Whitney test. To compare the extreme values of facial expressions hedonic sucrose was applied between groups Moses test. To control confounding factors such as birth weight, length at birth, length of gestation, education, fetal growth rate and time of the last feeding until the time of testing we used the Analysis of Covariance (ANCOVA). Results: The overall frequency of hedonic facial reactions sweet oral stimulation in neonates exposed and not exposed to maternal smoking during pregnancy did not differ between the groups (p=0.051), however, checking the extreme values, it was observed the group exposed to smoking during pregnancy has fewer outliers than the unexposed group, probably due to "freeze" the hedonic reaction in the exposed group (p <0.001). Conclusion: Maternal smoking during pregnancy may be related to a specific pattern of hedonic facial expressions to the sweet taste at the beginning of life. There is no statistical difference between higher frequency of hedonic facial reactions to sweet substances in newborns exposed to smoking in intrauterine life, however, we found that newborns exposed to smoking in intrauterine life seem to have facial expressions frozen/sensitized in relation to consumption a sweet substance, since non-exposed neonates soon reach higher levels compared to the sweet substance intake. One can propose that maternal smoking leads to a sensitivity to pleasure caused by sweet taste and possibly individuals with this sensitivity could increase food consumption by sweet to try to reach a greater degree of pleasure.
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O tabagismo materno durante a gestação e o consumo alimentar na vida adultaAyres, Caroline January 2009 (has links)
Objetivo: Tabagismo materno durante a gestação tem sido associado com obesidade na vida adulta, sem que mecanismos de causalidade tenham sido totalmente esclarecidos. O objetivo deste estudo é determinar se o tabagismo materno durante a gestação está associado à preferência alimentar do filho na vida adulta e consequentemente influencia seu estado nutricional. Métodos: Estudo de coorte realizado entre 01 de junho de 1978 e 31 de maio de 1979, neste período foram incluídos 6973 recém-nascidos vivos na cidade de Ribeirão Preto. Nesta ocasião foram coletadas informações maternas, sócio-econômicas e antropométricas dos recém-nascidos. Após 24 anos, uma amostra representativa de indivíduos (n=2103) foi reavaliada. Os indivíduos responderam a um questionário de frequência alimentar, para avaliação do consumo alimentar (variáveis de desfecho). Após a exclusão de gêmeos, dos recém-nascidos menores que 34 semanas e dos indivíduos que não possuíam informação referente ao tabagismo materno durante a gestação (missings), totalizamos uma amostra representativa de 2010 indivíduos. Os indivíduos foram divididos em expostos (n=424) e não expostos ao tabagismo materno durante a gestação (n=1586). Através de análise de Covariância (ANCOVA), foi avaliada a relação entre a exposição ao fumo materno e o desfecho, ajustada para variáveis dos indivíduos e maternas. Resultados: Indivíduos expostos ao tabagismo materno durante a gestação preferem mais carboidrato em detrimento às proteínas (representada pela variável relação carboidrato/proteína) (P=0,014). Não há associação entre a exposição ao tabagismo durante a gestação e o índice de massa corporal do filho na vida adulta (P=0,332). Ao categorizar os indivíduos conforme sua preferência por carboidratos em relação às proteínas foi encontrada maior percentagem de indivíduos com alta preferência entre os expostos ao tabagismo durante a gestação (P<0,001). Conclusão: Tabagismo materno durante a gestação está associado com uma preferência alimentar por carboidrato na vida adulta em humanos. É possível que eventos adversos que ocorrem na vida fetal programem de forma persistente a fisiologia e metabolismo do indivíduo, levando a uma alteração do comportamento alimentar, o que poderia contribuir para o aumento da incidência de obesidade descrita nesta população. / Objectives: Maternal smoking during pregnancy has been associated with obesity in adulthood, although the causal mechanisms are yet to be elucidated. This study aimed to determine whether maternal smoking during pregnancy is associated with food preferences of the adult offspring and consequently impact their nutritional status. Study Design: Cohort study carried out from 01 June 1978 to May 31, 1979, in this period 6973 newborns living in Ribeirão Preto city were included. Information on maternal, socioeconomic, and anthropometric variables was collected on that occasion. After 24 years a representative sample of individuals (n = 2103) was reassessed. The subjects answered a food frequency questionnaire. After exclusion of twins, of newborns less than 34 weeks gestation and subjects who did not have information regarding maternal smoking during pregnancy (missings), a total of 2010 individuals were included in the final analysis. The subjects were categorized in exposed (n = 424) and not exposed to maternal smoking during pregnancy (n = 1586). Through analysis of covariance (ANCOVA), results were adjusted for individual and maternal variables. Results: Individuals exposed to maternal smoking during pregnancy prefer more carbohydrate to protein (represented by the variable carbohydrate / protein ratio) (P=0.014). No association between exposure to smoking during pregnancy and body mass index of the offspring was found (P=0.332). By categorizing individuals according to their preferences for carbohydrates over proteins, we found a higher percentage of individuals with high preference among those exposed to smoking during pregnancy (P <0.001). Conclusions: Maternal smoking during pregnancy is associated with a preference for carbohydrate food in adulthood in humans. It is possible that adverse events occurred in fetal life promote persistent changes in the individual physiology and metabolism, leading to altered eating behavior, which could contribute to the increased incidence of obesity reported in this population.
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Investigação sobre o comportamento alimentar na vida adulta de ratos submetidos a regime de superalimentação no período de lactaçãoPortella, André Krumel January 2010 (has links)
Alimentação hedônica e homeostática são fatores independentes envolvidos no desenvolvimento da obesidade. Apesar de já se saber que a superalimentação precoce altera a alimentação não hedônica na vida adulta, pouco se sabe sobre seu impacto sobre a preferência por alimentos doces. O objetivo deste trabalho foi o de verificar o comportamento alimentar de ratos superalimentados no período de lactação, com foco principalmente no comportamento alimentar hedônico, e correlacionar com o funcionamento do sistema dopaminérgico mesolímbico, que sabidamente está envolvido na sua regulação. Ninhadas de ratos foram reduzidas a 4 filhotes (ninhada pequena - SL) ou 8 filhotes (ninhada normal - NL) no dia 1 de vida. O desmame ocorreu no dia 21, e todos os testes foram realizados a partir do dia 84 de vida. O consumo de ração foi realizado em condições basais, em resposta à jejum de 24h, na presença de comida palatável (doce), durante isolamento social, e em resposta ao teste de pinçamento da cauda (tail-pinch). Antes de testados com alimento doce, os ratos foram habituados a esse alimento. Locomoção foi aferida em um aparato automatizado. A Área Tegmentar Ventral (VTA) e o Núcleo Accumbens (Acc) foram dissecados a partir de microfatias congeladas. Tecido muscular foi dissecado e processado para medida da fosforilação de AKT (p-AKT) em resposta à insulina. AKT, p-AKT e Tirosina Hidroxilase (TH) foram medidas por método de western-blot. A quantidade de gordura abdominal foi cuidadosamente dissecada e pesada. Resultados: Ratos SL foram mais pesados que os NL em todas as medidas, e ao sacrifício apresentavam maior gordura abdominal (p=0,035). A atividade locomotora não foi diferente quanto à distância percorrida, mas os ratos SL exploraram a região central por mais tempo, indicando menor comportamento ansioso (p=0,036). Não se encontrou diferenças quanto ao consumo de ração padrão (p=0.085) ou alimento doce em condições basais (p=0,65), mas ratos SL tiveram maior consumo de doce num paradigma de escolha com ração-padrão (p=0,017) e em resposta ao estresse de pinçamento da cauda (interação teste x grupo, p=0,006). TH encontrou-se aumentada em ratos SL, tanto no VTA (p=0.016) quanto no Acc (p=0,022). Ratos SL não diferiram quanto a fosforilação do AKT no músculo, porém tiveram menor AKT (p=0,047), o que sugere uma resistência periférica à insulina latente. Em conclusão, a exposição a superalimentação no período de lactação reduz a ansiedade, induz obesidade e programa o comportamento alimentar persistentemente, de maneira que esses animais têm maior preferência por alimento doce. A esses resultados se soma a alteração dos níveis de TH nas vias mesolímbicas, o que sugere a participação destas nessa alteração de comportamento. / Hedonic and homeostatic food intakes are independent factors involved in the development of obesity. Although it is well known that early life overfeeding increases food intake in adulthood, little is know about its impact on the palatable food preference in adulthood. We aimed at verifying feeding behavior in this model, with special focus in the hedonic compound, and correlate it to the dopaminergic mesolimbic pathway known to be involved in its regulation. Rat litters were standardized to 4 (small litter - SL) or 8 pups (normal litter- NL) at postnatal day 1. Weaning was at day 21, and all tests were conducted after day 84 of life. Chow consumption was measured at baseline, in response to 24h fasting, in the presence of palatable food, during social isolation and after 1 min. tail pinch stress. Prior to testing sweet food, rats were habituated to the sweet pellets. Locomotion was assessed in an automated box. The ventral tegmentar area (VTA) and nucleus accumbens were micro dissected from frozen brain slices. Muscular tissue was also dissected for assessing the phosphorylation of Akt in response to an insulin challenge. Akt, pAkt and TH proteins were assessed by Western-blot. The abdominal fat content was weighed. Results: SL rats were heavier than NL at all time points and had increased abdominal fat at sacrifice (p=0.035). Locomotor activity was not different with regard to total distance, but RL rats spent more time in the center of the box, an indicative of less anxiety (p=0.036). No difference was found in chow (p=0.085) or sweet food intake at baseline (p=0.65), but SL rats had higher intake of sweet pellets in a two food choice paradigm (p=0.017) and in response to tail pinch stress (test x group interaction, p=0.006). TH was higher in SL rats VTA (p=0.016) and in the nucleus accumbens (p=0.022). SL animals had decreased Akt in the muscle (p=0.047), which suggest a latent peripheral insulin resistance, but p-AKT and the AKT/p-AKT ratio were not different. In conclusion, exposure to overfeeding during the neonatal period decreases anxiety, induces obesity and programs the feeding behavior persistently, in such a way that the animals eat more palatable food. These results are associated with a higher TH protein content and transport in these animals, which suggests that the dopaminergic mesolimbic circuitry may involved in the behavioral findings.
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Investigação sobre o comportamento alimentar na vida adulta de ratos submetidos a regime de superalimentação no período de lactaçãoPortella, André Krumel January 2010 (has links)
Alimentação hedônica e homeostática são fatores independentes envolvidos no desenvolvimento da obesidade. Apesar de já se saber que a superalimentação precoce altera a alimentação não hedônica na vida adulta, pouco se sabe sobre seu impacto sobre a preferência por alimentos doces. O objetivo deste trabalho foi o de verificar o comportamento alimentar de ratos superalimentados no período de lactação, com foco principalmente no comportamento alimentar hedônico, e correlacionar com o funcionamento do sistema dopaminérgico mesolímbico, que sabidamente está envolvido na sua regulação. Ninhadas de ratos foram reduzidas a 4 filhotes (ninhada pequena - SL) ou 8 filhotes (ninhada normal - NL) no dia 1 de vida. O desmame ocorreu no dia 21, e todos os testes foram realizados a partir do dia 84 de vida. O consumo de ração foi realizado em condições basais, em resposta à jejum de 24h, na presença de comida palatável (doce), durante isolamento social, e em resposta ao teste de pinçamento da cauda (tail-pinch). Antes de testados com alimento doce, os ratos foram habituados a esse alimento. Locomoção foi aferida em um aparato automatizado. A Área Tegmentar Ventral (VTA) e o Núcleo Accumbens (Acc) foram dissecados a partir de microfatias congeladas. Tecido muscular foi dissecado e processado para medida da fosforilação de AKT (p-AKT) em resposta à insulina. AKT, p-AKT e Tirosina Hidroxilase (TH) foram medidas por método de western-blot. A quantidade de gordura abdominal foi cuidadosamente dissecada e pesada. Resultados: Ratos SL foram mais pesados que os NL em todas as medidas, e ao sacrifício apresentavam maior gordura abdominal (p=0,035). A atividade locomotora não foi diferente quanto à distância percorrida, mas os ratos SL exploraram a região central por mais tempo, indicando menor comportamento ansioso (p=0,036). Não se encontrou diferenças quanto ao consumo de ração padrão (p=0.085) ou alimento doce em condições basais (p=0,65), mas ratos SL tiveram maior consumo de doce num paradigma de escolha com ração-padrão (p=0,017) e em resposta ao estresse de pinçamento da cauda (interação teste x grupo, p=0,006). TH encontrou-se aumentada em ratos SL, tanto no VTA (p=0.016) quanto no Acc (p=0,022). Ratos SL não diferiram quanto a fosforilação do AKT no músculo, porém tiveram menor AKT (p=0,047), o que sugere uma resistência periférica à insulina latente. Em conclusão, a exposição a superalimentação no período de lactação reduz a ansiedade, induz obesidade e programa o comportamento alimentar persistentemente, de maneira que esses animais têm maior preferência por alimento doce. A esses resultados se soma a alteração dos níveis de TH nas vias mesolímbicas, o que sugere a participação destas nessa alteração de comportamento. / Hedonic and homeostatic food intakes are independent factors involved in the development of obesity. Although it is well known that early life overfeeding increases food intake in adulthood, little is know about its impact on the palatable food preference in adulthood. We aimed at verifying feeding behavior in this model, with special focus in the hedonic compound, and correlate it to the dopaminergic mesolimbic pathway known to be involved in its regulation. Rat litters were standardized to 4 (small litter - SL) or 8 pups (normal litter- NL) at postnatal day 1. Weaning was at day 21, and all tests were conducted after day 84 of life. Chow consumption was measured at baseline, in response to 24h fasting, in the presence of palatable food, during social isolation and after 1 min. tail pinch stress. Prior to testing sweet food, rats were habituated to the sweet pellets. Locomotion was assessed in an automated box. The ventral tegmentar area (VTA) and nucleus accumbens were micro dissected from frozen brain slices. Muscular tissue was also dissected for assessing the phosphorylation of Akt in response to an insulin challenge. Akt, pAkt and TH proteins were assessed by Western-blot. The abdominal fat content was weighed. Results: SL rats were heavier than NL at all time points and had increased abdominal fat at sacrifice (p=0.035). Locomotor activity was not different with regard to total distance, but RL rats spent more time in the center of the box, an indicative of less anxiety (p=0.036). No difference was found in chow (p=0.085) or sweet food intake at baseline (p=0.65), but SL rats had higher intake of sweet pellets in a two food choice paradigm (p=0.017) and in response to tail pinch stress (test x group interaction, p=0.006). TH was higher in SL rats VTA (p=0.016) and in the nucleus accumbens (p=0.022). SL animals had decreased Akt in the muscle (p=0.047), which suggest a latent peripheral insulin resistance, but p-AKT and the AKT/p-AKT ratio were not different. In conclusion, exposure to overfeeding during the neonatal period decreases anxiety, induces obesity and programs the feeding behavior persistently, in such a way that the animals eat more palatable food. These results are associated with a higher TH protein content and transport in these animals, which suggests that the dopaminergic mesolimbic circuitry may involved in the behavioral findings.
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Tabagismo materno durante a gestação e reações faciais hedônicas ao gosto doce em recém-nascidosAyres, Caroline January 2015 (has links)
Objetivo: O objetivo desse estudo é verificar se a exposição ao tabagismo materno na vida intrauterina está relacionada a um padrão específico de expressões faciais hedônicas para o gosto doce em recém-nascidos, no início da vida. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, controlado e observacional. Foram avaliados recém-nascidos saudáveis, com até 24 horas de vida. Para compor a amostra foram incluídos recém-nascidos de nascimento único, idade gestacional acima de 37 semanas, nascidos de parto normal, em aleitamento materno exclusivo e cujos recém-nascidos já haviam sido colocados ao seio materno previamente ao teste de reação facial hedônica resultante do gosto doce. A amostra é de conveniência e foi selecionada de forma consecutiva, de acordo com a exposição ou não ao tabaco na vida intrauterina, até atingir o número de recém-nascidos necessários para o estudo. Neste estudo, dividimos os recém-nascidos estudados em dois grupos: a)Recém-nascidos expostos ao tabagismo materno na vida uterina (n=50); b)Recém-nascidos não expostos ao tabagismo materno na vida uterina (n=150). Para comparar as expressões faciais hedônicas à sacarose em relação à exposição ou não ao tabagismo materno durante a gestação foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Para comparar os valores extremos das expressões faciais hedônicas a sacarose entre os grupos foi aplicado o teste de Moses. Para controle de fatores confundidores como, peso ao nascimento, comprimento ao nascimento, duração da gestação, escolaridade, razão de crescimento fetal e tempo da última mamada até a hora do teste foi utilizada a Análise de Covariância (ANCOVA). da última mamada até a hora do teste foi utilizada a Análise de Covariância (ANCOVA). Resultados: A frequência total de reações faciais hedônicas a estímulo oral doce em recém-nascidos expostos e não expostos ao tabagismo materno durante a gestação não foi diferente entre os grupos (p=0,051), no entanto, verificando os valores extremos, observou-se que o grupo exposto ao tabagismo na gestação apresenta menos valores extremos do que o grupo não exposto, provavelmente devido ao “congelamento” da reação hedônica no grupo exposto (p<0,001). Conclusão: O tabagismo materno durante a gestação pode estar relacionado a um padrão especifico de expressões faciais hedônicas para o sabor doce no inicio da vida. Não existe diferença estatística entre maior frequência de reações faciais hedônicas a substâncias doces em recém-nascidos expostos ao tabagismo na vida intrauterina, entretanto, observamos que recém-nascidos expostos ao tabagismo na vida intrauterina parecem ter as expressões faciais congeladas/sensibilizadas em relação ao consumo de uma substância doce, uma vez que recém-nascidos não expostos atingem níveis maiores de prazer em relação à ingestão de substância doce. Pode-se propor que o tabagismo materno leva a uma sensibilidade ao prazer provocada pelo sabor doce e, possivelmente, os indivíduos com esta sensibilidade poderiam aumentar o consumo alimentar por doce para tentar chegar a um maior grau de prazer. / Objective: The objective of this study is to verify that exposure to maternal smoking during intrauterine life is related to a specific pattern of hedonic facial expressions to the sweet taste in newborns, in early life. Methods: This is a cross-sectional study controlled and observational. Healthy newborns were evaluated up to 24 hours of life. For the sample were included newborns single birth, gestational age of 37 weeks, born vaginally, were exclusively breastfed and whose newborn had already been placed in the womb prior to the resulting hedonic facial reaction test sweet taste. The sample is for convenience and is selected consecutively, according to exposure or not tobacco during intrauterine life, until the number of infants needed for the study. In this study, we divided the newborns studied in two groups: a) Newborns exposed to maternal smoking on uterine life (n=50); b) Infants not exposed to maternal smoking on uterine life (n=150). To compare the facial expressions hedonic the sucrose with respect to exposure or not to maternal smoking during pregnancy was performed using the Mann-Whitney test. To compare the extreme values of facial expressions hedonic sucrose was applied between groups Moses test. To control confounding factors such as birth weight, length at birth, length of gestation, education, fetal growth rate and time of the last feeding until the time of testing we used the Analysis of Covariance (ANCOVA). Results: The overall frequency of hedonic facial reactions sweet oral stimulation in neonates exposed and not exposed to maternal smoking during pregnancy did not differ between the groups (p=0.051), however, checking the extreme values, it was observed the group exposed to smoking during pregnancy has fewer outliers than the unexposed group, probably due to "freeze" the hedonic reaction in the exposed group (p <0.001). Conclusion: Maternal smoking during pregnancy may be related to a specific pattern of hedonic facial expressions to the sweet taste at the beginning of life. There is no statistical difference between higher frequency of hedonic facial reactions to sweet substances in newborns exposed to smoking in intrauterine life, however, we found that newborns exposed to smoking in intrauterine life seem to have facial expressions frozen/sensitized in relation to consumption a sweet substance, since non-exposed neonates soon reach higher levels compared to the sweet substance intake. One can propose that maternal smoking leads to a sensitivity to pleasure caused by sweet taste and possibly individuals with this sensitivity could increase food consumption by sweet to try to reach a greater degree of pleasure.
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O tabagismo materno durante a gestação e o consumo alimentar na vida adultaAyres, Caroline January 2009 (has links)
Objetivo: Tabagismo materno durante a gestação tem sido associado com obesidade na vida adulta, sem que mecanismos de causalidade tenham sido totalmente esclarecidos. O objetivo deste estudo é determinar se o tabagismo materno durante a gestação está associado à preferência alimentar do filho na vida adulta e consequentemente influencia seu estado nutricional. Métodos: Estudo de coorte realizado entre 01 de junho de 1978 e 31 de maio de 1979, neste período foram incluídos 6973 recém-nascidos vivos na cidade de Ribeirão Preto. Nesta ocasião foram coletadas informações maternas, sócio-econômicas e antropométricas dos recém-nascidos. Após 24 anos, uma amostra representativa de indivíduos (n=2103) foi reavaliada. Os indivíduos responderam a um questionário de frequência alimentar, para avaliação do consumo alimentar (variáveis de desfecho). Após a exclusão de gêmeos, dos recém-nascidos menores que 34 semanas e dos indivíduos que não possuíam informação referente ao tabagismo materno durante a gestação (missings), totalizamos uma amostra representativa de 2010 indivíduos. Os indivíduos foram divididos em expostos (n=424) e não expostos ao tabagismo materno durante a gestação (n=1586). Através de análise de Covariância (ANCOVA), foi avaliada a relação entre a exposição ao fumo materno e o desfecho, ajustada para variáveis dos indivíduos e maternas. Resultados: Indivíduos expostos ao tabagismo materno durante a gestação preferem mais carboidrato em detrimento às proteínas (representada pela variável relação carboidrato/proteína) (P=0,014). Não há associação entre a exposição ao tabagismo durante a gestação e o índice de massa corporal do filho na vida adulta (P=0,332). Ao categorizar os indivíduos conforme sua preferência por carboidratos em relação às proteínas foi encontrada maior percentagem de indivíduos com alta preferência entre os expostos ao tabagismo durante a gestação (P<0,001). Conclusão: Tabagismo materno durante a gestação está associado com uma preferência alimentar por carboidrato na vida adulta em humanos. É possível que eventos adversos que ocorrem na vida fetal programem de forma persistente a fisiologia e metabolismo do indivíduo, levando a uma alteração do comportamento alimentar, o que poderia contribuir para o aumento da incidência de obesidade descrita nesta população. / Objectives: Maternal smoking during pregnancy has been associated with obesity in adulthood, although the causal mechanisms are yet to be elucidated. This study aimed to determine whether maternal smoking during pregnancy is associated with food preferences of the adult offspring and consequently impact their nutritional status. Study Design: Cohort study carried out from 01 June 1978 to May 31, 1979, in this period 6973 newborns living in Ribeirão Preto city were included. Information on maternal, socioeconomic, and anthropometric variables was collected on that occasion. After 24 years a representative sample of individuals (n = 2103) was reassessed. The subjects answered a food frequency questionnaire. After exclusion of twins, of newborns less than 34 weeks gestation and subjects who did not have information regarding maternal smoking during pregnancy (missings), a total of 2010 individuals were included in the final analysis. The subjects were categorized in exposed (n = 424) and not exposed to maternal smoking during pregnancy (n = 1586). Through analysis of covariance (ANCOVA), results were adjusted for individual and maternal variables. Results: Individuals exposed to maternal smoking during pregnancy prefer more carbohydrate to protein (represented by the variable carbohydrate / protein ratio) (P=0.014). No association between exposure to smoking during pregnancy and body mass index of the offspring was found (P=0.332). By categorizing individuals according to their preferences for carbohydrates over proteins, we found a higher percentage of individuals with high preference among those exposed to smoking during pregnancy (P <0.001). Conclusions: Maternal smoking during pregnancy is associated with a preference for carbohydrate food in adulthood in humans. It is possible that adverse events occurred in fetal life promote persistent changes in the individual physiology and metabolism, leading to altered eating behavior, which could contribute to the increased incidence of obesity reported in this population.
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