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Estudantes surdos no Proeja: o que nos contam as narrativas

BREGONCI, A. M. 28 September 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T11:11:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_6250_ALINE DE MENEZES BREGONCI.pdf: 1208798 bytes, checksum: 642a63e4dd5d233fef1026c2493ec9e2 (MD5) Previous issue date: 2012-09-28 / A presente dissertação: Estudantes Surdos no Proeja: o que nos contam as narrativas sobre os seus percursos? , problematiza os caminhos trilhados pelos estudantes surdos jovens e adultos no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo Ifes, dentro do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação Jovens e Adultos- Proeja, procurando através das narrativas, remontar esses percursos e a partir deles, procurar responder algumas questões. O interesse por este tema surgiu devido aos últimos movimentos nos quais a comunidade surda se engajou, a fim de tentar estabelecer uma política em nível nacional que garanta o acesso e a permanência dos surdos na escola. Esta dissertação tem como objetivo geral evidenciar os espaços de formação que os surdos tem ocupado e como tem sido esse processo de formação para o mundo do trabalho. Como objetivos específicos, destacamos: a) a realização de um resgate histórico da Educação de Surdos; b) a discussão de questões legais, relacionadas ao direito educacional do surdos; c) a identificação de espaços nos quais ocorrem o diálogo entre a Educação de Jovens e Adultos, a Educação de Surdos e a Educação Profissional e Tecnológica; d) apontar algumas possibilidades de alternativas para o desenvolvimento dos surdos e a sua inserção no mundo do trabalho. Como inspirações teóricas utilizamos Bakhtin, Benjamin, Ricouer, Freire e Marx, estes são nossas referências principais. Na metodologia de trabalho, lançamos mão da Narrativa, como forma de alcançar os participantes do processo de inclusão dos surdos no Ifes. Primeiramente, remontamos o passado da Educação de Surdos, como forma de levantar dados sobre o que nos dizem as fontes bibliográficas, sobre esse processo. Em seguida, damos ênfase a uma discussão legal, que procura, dentro da legislação, subsídios que garantam aos surdos uma formação para o mundo do trabalho. Por último, construímos os percursos dos estudantes surdos dentro do Ifes, destacando o movimento que surgiu dentro do instituto por conta da inclusão desses alunos, problematizando as práticas e refletindo sobre os fatos que se deram ao longo desta caminhada. Foram muitos os acontecimentos, verdadeiras movimentações, que merecem nossa reflexão, pois a experiência ali vivenciada, tem muito a contribuir para pensarmos sobre como, no futuro, garantir a outros estudantes surdos, condições de acesso e permanência, não só no Ifes, mas nas escolas como um todo. E também, destacamos uma outra alternativa de trabalho com surdos, no que tange a EJA e a formação para o mundo trabalho que é a EJA da Garoto, um espaço onde foi possível dialogar com outros surdos que almejam a formação profissional, quais são seus projetos de vida e perspectivas profissionais
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A educação de surdos e a prática pedagógica : análise a partir da alteridade surda

Maria Luna Freire da Fonte, Zélia 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T17:15:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo129_1.pdf: 848811 bytes, checksum: 20f7279b33152124fceb5d41654f5699 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Enfocamos com este estudo de natureza qualitativa a problemática da prática pedagógica na educação de surdos, a partir da alteridade surda. Direcionamos o estudo para 05 escolas públicas da cidade do Recife, PE. Focalizamos o estudo para um grupo de 53 estudantes com surdez, matriculados no Ensino Fundamental. O objetivo foi compreender os significados e sentidos atribuídos à educação de surdos e à prática pedagógica a partir das subjetividades surdas, do ser surdo. Desse modo, interessou-nos investigar: 1) que concepção de surdez têm os sujeitos surdos que participaram desse estudo; 2) como os sujeitos surdos percebem a educação de surdos; e 3) como os sujeitos surdos narram a prática pedagógica no contexto escolar onde estão inseridos. O reconhecimento das especificidades da Língua Brasileira de Sinais LIBRAS - levou-nos à busca por encaminhamentos próprios que melhor atendessem ao objetivo proposto. A escolha do modo de investigação estudo multicasos - deu-se por compreendermos que o estudo de mais de uma realidade - estudantes cursando o Ensino Fundamental I e II, e EJA (módulos I, II e III), atendidos em Classes Especiais e integrados/incluídos - permite uma maior abrangência do objeto de pesquisa, possibilitando a comparação das informações coletadas, e. desse modo descobrir convergências entre vários casos. A estratégia metodológica escolhida consistiu na realização de entrevistas semiestruturadas, filmadas e arquivadas, realizadas por professora bilíngüe, bem como por professoras intérpretes da Língua Brasileira de Sinais LIBRAS. Entre os resultados obtidos destacamos que, em relação à educação dos estudantes surdos esta continua materializada sob o paradigma dos ouvintismo; em relação à prática pedagógica, esta encontra-se reduzida à prática docente. Assim, os estudantes com surdez revelam em suas narrativas uma diversidade cultural, no entanto, distante de uma realidade de interculturalidade, que implica decisão, vontade política, mobilização, que demanda uma prática educativa coerente com esses objetivos. Tais resultados apontam para a necessidade de (re) construção da práxis pedagógica enquanto ação coletiva de formação humana, que demanda prioritariamente formação continuada de docentes e gestores radicada em uma nova ética fundada na alteridade surda
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Escolas de surdos: avanços, retrocessos e realidades

SÁ, Nelson Pereira de January 2011 (has links)
Pesquisa descritiva fenomenológica, de abordagem qualitativa que coletou dados em duas escolas que trabalham com surdos na cidade de Manaus: Escola Estadual Augusto Carneiro dos Santos e Instituto Filippo Smaldone. As escolas foram escolhidas por serem, originalmente, consideradas “escolas de surdos”, pelo fato de atenderem apenas a este grupo específico. Trata-se de um Estudo de Caso cujos sujeitos foram professores e profissionais da educação (surdos e ouvintes) que atuam nas escolas investigadas. A pesquisa teve como objetivo investigar os avanços e retrocessos a partir da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva/2008 (BRASIL, 2008), no contexto das escolas que trabalham com surdos na cidade de Manaus, identificando movimentos, discursos, pressões, resistências e conseqüências desta política pública atual e resultados dela decorrentes para as escolas de surdos, para o cotidiano escolar, para os professores e profissionais da educação bem como para os estudantes surdos. Entende-se que o microcosmo da escola e de seu entorno podem dar subsídios para uma análise aprofundada sobre as principais questões que envolvem a Educação de Surdos nestes tempos de pós-Política Nacional de Educação Especial. Em se tratando de surdos, na área da Educação, é de grande relevância abordar o tema da inclusão. Atualmente, tem sido esta a direção política no Brasil, a qual enfatiza a defesa dos direitos de todos os alunos com deficiências (sensoriais, físicas ou mentais) a estarem nas escolas comuns. Quanto aos resultados, destacam-se avanços como: o estabelecimento de que as escolas devem proporcionar uma perspectiva bilíngüe para os surdos, tendo a Libras como primeira língua e a Língua Portuguesa como segunda língua e; a possibilidade de que os professores tenham algum conhecimento de Libras. No que concerne a retrocessos, foi constatado que, por força da Política Nacional de Educação Especial, as escolas de surdos estão sendo fechadas ou descaracterizadas como escolas específicas e transformadas em AEE (Atendimento Educacional Especializado); os alunos surdos estão sendo espalhados numa infinidade de escolas regulares despreparadas para atender esse público específico.
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Aspectos da organização de textos escritos por universitários surdos

Renata Pereira Do Nascimento, Gláucia 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:30:09Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3553_1.pdf: 9391771 bytes, checksum: 759d80ca89a651351e35aeea314ef4a5 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / Esta tese é o resultado da pesquisa que desenvolvemos durante o curso de Doutorado em Letras, na área de concentração em Lingüística, para a obtenção do grau de doutor. O objetivo geral da pesquisa é a descrição de aspectos da organização de textos escritos por universitários surdos, a partir de um corpus constituído por 15 (quinze) textos produzidos por surdos adultos, entre os anos de 2005 e 2006, regularmente matriculados em instituições superiores de ensino localizadas nas cidades do Recife e de Olinda, sendo 13 (treze) textos escritos por surdos oralizados usuários de LIBRAS, 1(um) escrito por um surdo não-oralizado usuário de LIBRAS e 1 (um) produzido por um surdo oralizado nãousuário da língua de sinais. A base teórica fundamentou-se nos trabalhos de Halliday; Hasan (1976), Beaugrande; Dressler (1981), Van Dijk (1989), Antunes (1996, 2005), Neves (2000), Felipe (2001), Quadros; Karnopp (2004), entre outros. Os textos escritos em português por indivíduos surdos apresentam organização atípica. Algumas das peculiaridades observadas no corpus são decorrentes da influência da organização sintático-espacial da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), no caso dos textos escritos por surdos usuários dessa língua, e das especificidades interacionais instauradas pela surdez. Nos textos escritos por surdos usuários de LIBRAS há 10 (dez) anos ou mais, ocorre o uso de menor diversidade de recursos de coesão por reiteração, em relação aos textos escritos pelo voluntário surdo não-usuário da língua de sinais e aos textos produzidos pelos surdos que usam a LIBRAS há menos tempo. Percebemos, ainda, nos textos escritos por surdos usuários de LIBRAS há mais tempo, dificuldades com o uso de verbos e de preposições, que se revelam, em muitos casos, pela omissão dessas palavras
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Aspectos da organização de textos escritos por universitários surdos

Renata Pereira Do Nascimento, Gláucia 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:31:22Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3832_1.pdf: 9391771 bytes, checksum: 759d80ca89a651351e35aeea314ef4a5 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / Esta tese é o resultado da pesquisa que desenvolvemos durante o curso de Doutorado em Letras, na área de concentração em Lingüística, para a obtenção do grau de doutor. O objetivo geral da pesquisa é a descrição de aspectos da organização de textos escritos por universitários surdos, a partir de um corpus constituído por 15 (quinze) textos produzidos por surdos adultos, entre os anos de 2005 e 2006, regularmente matriculados em instituições superiores de ensino localizadas nas cidades do Recife e de Olinda, sendo 13 (treze) textos escritos por surdos oralizados usuários de LIBRAS, 1(um) escrito por um surdo não-oralizado usuário de LIBRAS e 1 (um) produzido por um surdo oralizado nãousuário da língua de sinais. A base teórica fundamentou-se nos trabalhos de Halliday; Hasan (1976), Beaugrande; Dressler (1981), Van Dijk (1989), Antunes (1996, 2005), Neves (2000), Felipe (2001), Quadros; Karnopp (2004), entre outros. Os textos escritos em português por indivíduos surdos apresentam organização atípica. Algumas das peculiaridades observadas no corpus são decorrentes da influência da organização sintático-espacial da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), no caso dos textos escritos por surdos usuários dessa língua, e das especificidades interacionais instauradas pela surdez. Nos textos escritos por surdos usuários de LIBRAS há 10 (dez) anos ou mais, ocorre o uso de menor diversidade de recursos de coesão por reiteração, em relação aos textos escritos pelo voluntário surdo não-usuário da língua de sinais e aos textos produzidos pelos surdos que usam a LIBRAS há menos tempo. Percebemos, ainda, nos textos escritos por surdos usuários de LIBRAS há mais tempo, dificuldades com o uso de verbos e de preposições, que se revelam, em muitos casos, pela omissão dessas palavras
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Institucionalização (sistemática) das representações sociais sobre a “deficiência” e a surdez: relações com o ensino de ciências/matemática

BORGES, Fábio Alexandre January 2006 (has links)
O presente trabalho trata das possíveis correlações entre as representações docentes e o ensino para surdos. Tanto como sabemos, essa é uma questão ainda pouco investigada no contexto da Pesquisa em ensino de ciências e educação matemática. Nesse sentido, professores de ciências/matemática são entrevistados, sendo solicitados a descreverem suas experiências no estar ensinando surdos no que diz respeito aos seguintes aspectos: formação profissional, recursos didáticos, expectativas suas e dos estudantes quanto ao ensinar/aprender ciências/matemática, e outros. A fala dos professores é submetida a um processo de Análise Textual Qualitativa, a saber: identificação de unidades de significado; delineamento do perfil das idéias do entrevistado e identificação das convergências dentro do conjunto de unidades de significado encontradas. Finalmente, são revelados elementos que auxiliam para com a compreensão do atual estado das coisas do ensino para surdos.
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Representações sociais dos participantes do curso Letras - Libras/EaD sobre os surdos

COSTA, Simone de Fátima Saldanha Carneiro January 2011 (has links)
De acordo com a literatura, o indivíduo é considerado surdo quando apresenta perda parcial ou total da audição, mas historicamente os Surdos são considerados como pessoas incompletas, doentes e alienadas. No entanto, os Surdos têm chegado ao ensino superior e muitos ainda enfrentam barreiras para permanecer no curso e concluí-lo. Na perspectiva da educação inclusiva, o aluno com necessidade educacional especial precisa receber condições de entrada e também de permanência em qualquer nível de escolarização. No entanto, essa não tem sido a nossa realidade. Alguns projetos de educação inclusiva para o ensino superior não estão adequadamente preparados para lidar com a especificidade linguística do Surdo e com suas necessidades educacionais dela advindas. Mas, em meio às diferentes propostas de educação inclusiva, encontra-se o curso de graduação Licenciatura em Letras – Libras/Educação à Distância da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, o qual apresenta uma proposta diferenciada para a educação de Surdos. Esse curso é oferecido na modalidade à distância em convênio com o MEC – Ministério da Educação e Cultura através da Secretaria de Educação à Distância e Secretaria de Ensino Especial. Os objetivos desse trabalho são investigar as representações sociais dos professores tutores e/ou intérpretes de Libras do curso Letras – Libras/EaD – UFSC sobre os Surdos, assim como as representações sociais dos alunos Surdos sobre si mesmos e analisar as implicações dessas representações na aprendizagem do Surdo. Foram estruturados quatro momentos de análises, organizados de acordo com os instrumentos e procedimentos utilizados. No momento I, foram feitas observações realizadas na turma de 2008 do polo UnB durante aulas presenciais. No momento II, foi feita a aplicação do questionário aos professores tutores e/ou intérpretes dos dezessete polos do curso de graduação em Letras – Libras. No momento III, foi feita a aplicação do questionário aos alunos surdos do polo UnB e, para sua análise, utilizou-se o software Evoc. No quarto e último momento, foram realizadas entrevistas com seis alunos surdos, sendo três alunos surdos da turma de 2006 e três alunos surdos da turma de 2008. As análises foram construídas através do conteúdo das falas dos sujeitos participantes. Os resultados indicam que as representações sociais que os professores tutores e/ou intérpretes atuantes no curso de Letras – Libras têm sobre os Surdos contribuem para que os alunos surdos do curso elaborem e reelaborem representações sociais sobre si mesmos e sobre sua educação, motivando-os a continuar estudando e a se sentir mais valorizados e capazes.
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A educação dos surdos: avanços e desafios

OLIVEIRA, Rosely Lucas de January 2015 (has links)
Este trabalho tem por objetivo analisar os processos pelos quais a educação de surdos atravessou, buscando analisar seus avanços e desafios. Atualmente, existe uma política formal do Ministério da Educação que dá ênfase ao modelo de educação inclusiva, enquanto o Movimento Surdo e pesquisadores (QUADROS, 2000; 2006; BOTELHO, 2003) defendem um modelo de educação bilíngue em escolas específicas. Este trabalho procura analisar o percurso e os vários contextos pelos quais a educação de surdos passou. Ao longo dos anos, quais modelos de educação de surdos foram desenvolvidos? Quais políticas educacionais brasileiras organizaram e implementaram esses modelos? Dentre elas, quais garantiram uma educação que reconhecesse e garantisse a diversidade linguística e cultural do surdo? Qual foi a participação dos surdos nessas políticas? Este estudo objetiva analisar os processos percorridos pela educação de surdos no Brasil até atingir uma defesa ampla pela escola/educação bilíngue. Por meio da aproximação da experiência pessoal da autora com uma ampla revisão bibliográfica, procura-se discutir os vários modelos educacionais numa perspectiva histórica e biográfica e os principais desafios e avanços contemporâneos da educação de surdos.
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A educação de alunos surdos no Brasil do final da década de 1970 a 2005: análise dos documentos referenciadores

ALBRES, Neiva de Aquino January 2005 (has links)
Esta dissertação procura analisar as proposições de ensino na educação de alunos surdos no Brasil. Para fins desta análise foram selecionadas, publicações do MEC (1979, 1997, 2002) onde se apresenta propostas curriculares e orientações metodológicas destinadas a alunos com surdez. O problema que nos moveu, foi compreender se havia uma proposta de ensino de Língua portuguesa aos surdos, já que esta é apontada por especialista como uma questão problemática, delineou-se uma hipótese de partida. Se há uma proposta de ensino de Língua Portuguesa, ela não estaria definida como proposta pedagógica, mas, sim, como proposta conceitual de interpretação de que língua o aluno surdo tem, ou de que língua deve aprender. Retomamos o pensamento educacional brasileiro sobre o ensino dos surdos, identificando em tais documentos nuances das propostas oralista, comunicação total e bilíngüe. Na análise das proposições de ensino tomamos como ponto de reflexão o significado da surdez, constatamos que a mesma se modifica no decorrer dos anos, assim como a concepção de linguagem que segue de certa maneira o proposto pela educação geral, da língua como código para língua como atividade discursiva e constituidora da identidade dos indivíduos. Consideramos que destacado está o estudo dos aportes lingüísticos, pelas concepções de linguagem e da necessidade de uma língua para que ocorra o processo de aprendizagem; a língua que se deve ensinar e em que momento, fundamentalmente, encontrava-se como discussão privilegiada nos documentos. A cultura acadêmica também foi abordada, delimitamos alguns eixos de análise como: a) conceito de escola e suas funções; b) conceito de aluno e seus processos de aprendizagem; c) Professor e outros agentes, os papéis e suas práticas; d) conteúdo e proposição de seu ensino aprendizagem. Os mesmos são destinados à escola, portanto predispõem as funções e comportamentos de seus agentes, e a organização do sistema educativo. Mas seus agentes, de formas distintas, interpretam e implementam tais orientações. Assim, tais documentos não são absorvidos e transmitidos passivamente, mas a escola como um espaço de promoção do ensino de habilidades necessárias para o desenvolvimento do aluno faz uma seleção da cultura e desta propõe experiências aos mesmos. Constatou-se, porém, que tanto as práticas pedagógicas, quanto a habilitação desses agentes não são claras. Concluiu-se ainda, que a linguagem pôde ser tomada como função da educação, quanto marca constitutiva nas proposições didáticas.
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Sentidos subjetivos relacionados à motivação de alunos surdos para participarem do Clube do Pesquisador Mirim do Museu Paraense Emílio Goeldi

CARDOSO, Deusa Priscila Resque January 2014 (has links)
Inspirada na Teoria da Subjetividade de González Rey, meu objetivo no presente estudo foi investigar a motivação de dois Surdos para participarem de uma turma do Clube do Pesquisador Mirim (CPM), do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Nesta perspectiva teórica, a motivação é concebida como produção subjetiva. A subjetividade, simultaneamente social e individual, é estudada de uma abordagem qualitativa, valorizando-se os casos singulares e o caráter dialógico e construtivo-interpretativo da construção das informações. Realizei a pesquisa em um contexto de iniciação científica infantil, com uma turma de 12 crianças ouvintes e duas surdas, em um espaço de educação não formal, onde todos aprendiam Libras. Durante o ano letivo de 2012, observei e registrei os 31 encontros da turma. Ao final do ano, realizei entrevistas com os responsáveis dos alunos surdos e com os pesquisadores mirins ouvintes, utilizando um gravador de áudio. Também realizei entrevistas com os alunos surdos, em Língua de Sinais. Estas foram filmadas e, posteriormente, transcritas e analisadas. Para a construção dos indicadores da motivação dos surdos considerei as perspectivas de familiares, colegas e dos próprios surdos. A partir desses indicadores, pude concluir que os alunos surdos estão motivados a participar do CPM. Ambos apresentaram indicadores de interesse semelhantes. Eles não querem faltar nem se atrasar para os encontros do clube; querem aprender/ensinar Libras, fazer amigos, aprender e continuar no CPM enquanto puderem; gostam das atividades e do espaço físico. Porém suas configurações de sentidos subjetivos são diferentes em relação ao aprendizado de Libras e de ciências, seus relacionamentos com colegas e planos para o futuro. Participar da turma inclusiva do CPM contribui para a formação de amizades e também para a aprendizagem dos surdos, de maneira diferente daquela que acontece na escola.

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