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As políticas de educação inclusiva para a educação infantil no BrasilLópez, Graziela Maria Beretta 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T02:42:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
286527.pdf: 7532581 bytes, checksum: f283545ef67e938b00e0537916f74fbb (MD5) / A presente pesquisa objetivou compreender as políticas de educação especial voltadas à educação infantil no Brasil. O período de estudo delimitou-se à primeira década dos anos 2000, quando se percebe vasta documentação introduzida nos meios educacionais, com o intuito de direcionar a política de educação especial, em sua perspectiva inclusiva, na educação básica. Para delimitação do objeto de pesquisa, foram debatidos alguns pontos de tensão, que constituem a educação infantil e a educação especial. O acesso, a diversificação das instituições de educação infantil e a ausência de consenso pedagógico na área foram apresentados neste estudo como questões candentes no campo da educação infantil. No campo das políticas voltadas para a educação especial brasileira, tratou-se do debate por meio da documentação nacional, que institui as diretrizes para esta modalidade de educação básica, particularmente aquelas que integram a coleção Educação Infantil: saberes e práticas da inclusão. O processo de investigação constituiu-se de análise documental de fontes nacionais e internacionais, com base na análise de discurso proposta por Fairclough (2001) e Orlandi (2009). A análise desta pesquisa partiu do pressuposto, segundo o qual as reformas sofridas pelo Estado brasileiro, nestas últimas décadas, a política educacional indicada aos países em desenvolvimento, por organismos internacionais, e as concepções e proposições amplamente difundidas por órgãos oficiais estão imbricadas no processo de constituição da EI inclusiva em nosso país. Compreendeu-se que os termos criança, aluno, deficiência, educação infantil, inclusão e educação inclusiva foram conceitos-chave na divulgação da política de educação especial para a educação infantil numa perspectiva inclusiva. O presente estudo possibilitou caracterizar a proposição política para a educação infantil brasileira na perspectiva inclusiva, mediante a identificação e apreensão dos conceitos que embasam o discurso político e a proposta de estruturação dos serviços de educação especial na creche e pré-escola da rede regular de ensino. A pesquisa revelou que a proposição política para a educação infantil inclusiva se materializa na subordinação dos saberes às práticas e da disponibilização dos serviços tradicionais da Educação especial na creche e pré-escola, às quais é imputado o lugar de convívio harmonioso da diversidade.
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Sem tempo de ser criançaStaviski, Gilmar 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T06:03:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
279938.pdf: 727626 bytes, checksum: 343496e7bddb18391bf1661248cde25e (MD5) / A forma como temos percebido o tempo está relacionado com as mudanças mais radicais e menos perceptíveis da nossa modernidade. O foco central da presente pesquisa se estrutura no intuito de entender como o tempo pode influenciar as nossas vidas e especialmente, as relações entre adultos e crianças que ocorrem dentro e fora do ambiente educacional. Este trabalho tem características de um estudo bibliográfico, que conjuga diferentes aportes teóricos, como a Filosofia, Sociologia, Fenomenologia e Psicologia Gestáltica, no sentido de entender o que se deseja, faz e se pensa em relação à educação das crianças, considerando o forte controle do tempo e um culto a velocidade. Partindo de questões gerais, chega-se até o ambiente específico da educação infantil, no qual a educação física está inserida e que constitui parte da denominada rotina, ou seja, o conjunto de atividades diárias que envolvem tanto os adultos como as crianças. Neste trajeto, revela-se que o conceito do tempo surgiu na ecessidade de regular as nossas atividades de vida diária, se tornando nos dias de hoje, muito difícil viver sem o auxílio de um referencial cronológico. O controle que desenvolvemos sobre o tempo do relógio parece imperar sobre o tempo subjetivo - o nosso tempo natural nos distanciando cada vez mais da nossa essência e referencia pessoal. No campo da educação, o culto à velocidade compromete o processo de ensinar e aprender, tornado os acontecimentos passageiros e superficiais. A criança parece ser a mais prejudica neste contexto, onde absorve toda uma gama de expectativas e esperança de mudanças, muitas vezes se esquecendo do que ela é, quer e deseja. Ao depositar na criança e na sua infância estas intenções, o adulto rouba dela a sua condição de criança e de viver o presente sem preocupar-se com o passado ou com o futuro. O estudo revela como portunidades, tanto das crianças como dos adultos, nos dias de hoje, de se encontrarem naquilo que fazem e viverem o presente de suas vidas. Em relação ás crianças, o brincar, além de ser uma necessidade natural, também é o meio que ela precisa para crescer e se desenvolver a sua maneira e em seu tempo. Do ponto de vista da Educação Física, o respeito ao brincar e a consciência no presente do que se faz, parece ser uma maneira de proceder enquanto professores, no sentido de sermos facilitadores na luta da criança pela sua sobrevivência.
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Professoras de bebêsDuarte, Fabiana January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T03:34:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
298646.pdf: 1977269 bytes, checksum: e69640353342e5b1a52fc12f79c78ff9 (MD5) / A presente pesquisa teve por objetivo identificar a especificidade que constitui a ação docente das profissionais que atuam diretamente com os bebês em creche, buscando, dessa forma, compreender as dimensões envolvidas na educação de crianças pequenas em espaços coletivos. A pesquisa foi realizada na rede municipal de educação infantil pública do município de Florianópolis, na totalidade das instituições que atendiam no ano de 2010 os grupos de bebês com faixa etária de 4 meses a 1 ano, denominados de G1. A metodologia utilizada foi a aplicação de questionário e de entrevistas com as profissionais que estavam no momento da investigação atuando diretamente com esse grupo de crianças. Quanto à metodologia para a análise do material, optou-se pela análise de conteúdo. O estudo evidenciou que a ação docente com os bebês é constituída por especificidades que denotam, principalmente, as particularidades da faixa etária dessas crianças, além de contar com uma #docência partilhada# que prevê outras pessoas envolvidas nessa rede de relações. Neste estudo compreende-se que #ser professora de bebês# trata-se de exercer uma docência, chamando-se a atenção para uma docência marcada por relações, visto que esse é o princípio central do ser professora de crianças pequenininhas. Por sua vez, essas relações se constituem através de dimensões educativas que consolidam a especificidade da ação docente das professoras de bebês, as quais nesta pesquisa correspondem à dimensão das relações de cuidado e à dimensão das relações corporais. / Présente recherche a eu objectif identifier la spécificité qui constitue l'action enseignante des professionnelles qui agissent directement avec les bébés dans crèche, en cherchant, de cette forme, comprendre les dimensions engagées dans l'éducation d'enfants petits dans des espaces collectifs. La recherche a été réalisée dans le filet municipal d'éducation infantile publique de la ville de Florianópolis, dans la totalité des institutions qui faisaient attention dans l'année de 2010 les groupes de bébés avec bande étaire de 4 mois à 1 an, appelés de G1. La méthodologie utilisée a été l'application de questionnaire et d'entrevues avec les professionnelles qui étaient au moment de la recherche en agir directement avec ce groupe d'enfants. Combien à la méthodologie pour l'analyse du matériel, il s'est opté par l'analyse de contenu. L'étude il a prouvé que l'action enseignante avec les bébés est constituée par des spécificités elles lesquelles dénotent, principalement, les particularités de la bande étaire de ces enfants, outre compter avec un enseignement partagé qui prévoit autres personnes engagées dans ce filet de relations. Dans cette étude se comprend que #être enseignante# de bébés il s'agit d'exercer un enseignement, en s'appelant l'attention pour un enseignement marqué par des relations, vu que celui-là est le principe central de l'être enseignante d'enfants pequenininhas. À son tour, ces relations se constituent à travers des dimensions éducatives qui consolident la spécificité de l'action enseignante des enseignantes de bébés, lesquelles dans cette recherche correspondent à la dimension des relations de soins et à la dimension des relations corporelles.
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Crianças, o que elas querem e precisam do mundo, do adulto e delas mesmas?Costa, Andrize Ramires 26 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T04:35:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
289955.pdf: 995947 bytes, checksum: bb111776eece03c9ea149d7a1887228a (MD5) / Nesse estudo tivemos como objetivo central uma reflexão diferenciada sobre o ser criança, seus desejos e suas necessidades, enfim, nos preocupamos em investigar o que elas realmente querem e precisam para seu desenvolvimento humano. O foco central da pesquisa constituiu-se, assim, num estudo teórico, mas que permitiu um diálogo com a prática, ou seja, a realidade empírica. Dessa forma, diferentes aportes teóricos, como a Filosofia, Sociologia e Psicologia Gestáltica foram utilizados para aprofundar o entendimento e avançar em proposições com relação ao objetivo de pesquisa. Ficou evidente já nos primeiros passos da investigação, um forte Gerenciamento da criança, possível de ser visto também como um culto hegemônico em nossas creches atualmente. Nesse contexto, a criança é sempre a mais prejudicada, pois é obrigada a absorver uma gama de expectativas e esperanças de mudanças, muitas vezes esquecendo-se do que ela é, quer e deseja do mundo. Assim, afirmamos no decorrer dessa pesquisa que ao depositar na criança suas intenções, o adulto rouba a sua condição de ser criança, e de viver o presente sem preocupar-se com o passado e principalmente com o seu futuro. Para tanto, buscamos aprofundar nessa pesquisa não só aspectos históricos relacionados à criança, Educação Infantil e Educação Física, mas também expor como se encontram os estudos referentes a essa problemática, bem como apontar alguns pressupostos para a compreensão desse ser criança. Dentre esses pressupostos, apontamos um novo olhar para a brincadeira, que é entendida como o próprio "Brincar e Se-Movimentar" da criança, ou seja, é através do seu livre "Brincar e Se-Movimentar" que a criança dialoga, interage e percebe o mundo, a si e os outros, e principalmente, se expressa, mostrando-nos quais são seus desejos, medos, prazeres, angústias, necessidades, traumas, enfim seus sentimentos, cabendo a nós auxiliarmos, ou seja, participarmos através de um ativo acompanhamento dessas crianças e descobrirmos com elas o caminho para um desenvolvimento Integral que possa contribuir de forma significativa para uma formação mais emancipada. Nos momentos finais, apontamos como o "Brincar e Se-Movimentar" se apresenta e vem representando as poucas oportunidades, tanto das crianças, quanto dos adultos, de se encontrarem naquilo que fazem e viverem o presente de suas vidas de forma mais intensa e plena. Afinal o "Brincar e Se-Movimentar" além de ser uma necessidade natural, também é o meio que ela precisa para crescer e desenvolver-se à sua maneira. Do ponto de vista da Educação Física, o respeito ao brincar e a consciência no presente do que se faz, parece ser uma maneira de procedermos enquanto professores, no sentido de sermos facilitadores na luta da criança pela sobrevivência. Assim, concluímos essa pesquisa com uma série de preocupações a mais do que quando foi iniciada, ou seja, o aumento do problema, que alguns autores chamam de "Gerenciamento Infantil", ou seja, controle total sobre a vida da criança pelo adulto e a ausência de poder da Educação e em especial da Educação Física de interferir nesse processo. A falta de autoridade educacional em poder dizer que em lugar de uma Educação Infantil nos moldes formais da escolarização precoce, se promova, realmente e na prática, conforme destacamos nessa pesquisa: um ativo acompanhamento ao processo de desenvolvimento integral da criança via "Brincar e Se-Movimentar".
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Expectativas das famílias com crianças menores de quatro anos em relação à educação pública e às experiências educativas vividas por seus filhosMartins, Rosimari Koch January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. Programa de Pós-Graduação em Serviço Social / Made available in DSpace on 2012-10-22T19:53:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
235984.pdf: 1181491 bytes, checksum: 6eb05c1a58fbfb8faf0b5fad492b2bf4 (MD5) / O acesso a serviços de educação pública a crianças antes da escolarização obrigatória, apesar de assegurado no campo legal, ocorre, ainda, de forma muito incipiente, sobretudo no meio rural. Este estudo objetivou investigar as expectativas das famílias em relação a essa educação e as experiências educativas de crianças no âmbito familiar e social. Foi utilizada a metodologia de pesquisa exploratória em forma de estudo de caso, abrangendo o universo das famílias com crianças de zero a quatro anos da localidade rural de São José, município de Braço do Norte - SC. Os dados obtidos indicaram a presença de uma educação familiar calcada na disciplina para a obediência nos primeiros anos de vida, sinalizando que os cuidados e a educação da criança de zero a quatro anos ocorrem exclusivamente no âmbito das famílias, tendo preferencialmente a mãe como a principal cuidadora. Evidencia-se, portanto, no cotidiano dessas crianças uma rotina entre o brincar nos "limites de sua casa" e o ato de acompanhar os pais no trabalho na lavoura. O estudo sugere que as crianças dessa faixa etária vêem restringidas suas oportunidades educativas de convívio com seus pares e de desenvolvimento de modos de expressão de linguagens e de brincadeiras para além do espaço familiar. A maioria das famílias informantes de pesquisa, apesar de desconhecerem os direitos legais relativos à educação das crianças antes da escolarização obrigatória, revelou ter conhecimento acerca da existência da alternativa de serviços públicos para compartilhar a educação dos filhos nos primeiros anos de vida. Nesse sentido, demonstraram ter expectativas em relação a serviços de educação pública em creches, ora como equipamento de liberação da mãe para o trabalho, ora reconhecendo tais instituições como espaço educativo para as crianças, em período parcial. O estudo conclui ressaltando a necessidade de instrumentalizar as famílias para ampliar a concepção acerca da educação familiar com a oferta pelo poder público de serviços de educação pública para atender a crianças de zero a quatro anos, do meio rural, com profissionais especializados na área da educação infantil, pois, além de iniciativa dessa ordem trazer grandes benefícios tanto para os pais como para as crianças, ao efetivá-la, o poder público estaria cumprindo uma de suas obrigações garantida juridicamente.
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O que as crianças falam sobre o museu...Flores, Celia Lucia Baptista January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação. / Made available in DSpace on 2012-10-23T05:05:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
262742.pdf: 515717 bytes, checksum: b83159fad52abe65dfbb7ed6fa89eafa (MD5) / Partindo de pesquisa bibliográfica e de pesquisa empírica, esta dissertação tem como principais objetivos perceber a relação das crianças com os museus compreendendo que conceitos possuem sobre eles; refletir sobre o papel destes espaços na formação pessoal das crianças; bem como levantar possíveis encaminhamentos para políticas de acesso aos museus.
Entendendo que o direito à cultura (compreendendo o conhecimento nas suas várias dimensões como formação cultural) é essencial ao homem em seu processo de humanização, essa produção recorta os espaços denominados MUSEUS como sendo também lócus de acesso aos bens culturais. Através desta pesquisa, busca-se trazer à tona discussões sobre educação e cultura ,a formação da criança e tem como pano de fundo a discussão sobre os direitos da criança.
Em pesquisa de campo realizada com crianças de 7 a 10 anos, estudantes da primeira etapa do Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries) de uma escola particular da zona norte do Rio de Janeiro, realiza-se a investigação sobre a forma como eles efetivamente têm acesso a estes espaços e ganha corpo a discussão sobre a relação entre educação formal e a formação cultural das pessoas, sublinhando a experiência das crianças nos museus como significativa fonte de ampliação de seu repertório cultural.
A pesquisa, a princípio realizada na escola como local em que se encontraria a coletividade das crianças, ganha novos contornos quando emergem as falas das crianças sobre suas experiências em museus. A partir dos relatos trazidos, as crianças falam fortemente da relação por elas vivida entre museu e aprendizagem e, ainda, apontam seu acesso aos museus via escola.
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As concepções de formação continuada de professores no âmbito das políticas para a educação infantil a partir da década de 1990Floriani, Ana Cristina Barreto January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa de Pós-graduação em Educação. / Made available in DSpace on 2012-10-23T18:07:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
261409.pdf: 1515797 bytes, checksum: 7a43927ce19d67ace5fc29b118cf2d31 (MD5) / Esta pesquisa buscou analisar as concepções de formação continuada de professores de Educação Infantil no âmbito de quatro documentos oficiais que abordam a formação de professores para a educação básica e três documentos orientadores para uma política de Educação Infantil a partir dos anos de 1990. Como pano de fundo para a compreensão do objeto investigado, procuraremos dar visibilidade ao contexto histórico da reforma educacional brasileira da década de 1990, em especial a centralidade da formação de professores no conjunto dessas reformas, dentro do panorama de reestruturação produtiva no mundo e sob forte influência e orientações dos Organismos Multilaterais. Com este objetivo, nossa investigação procurou num primeiro momento trazer alguns marcos da produção da área, bem como os referenciais atuais nesta produção, destacando assim, algumas tendências acerca da concepção de formação continuada de professores, tendo como base teórica de apoio a esta discussão os conceitos de conhecimento e práxis. Num segundo momento, partindo do pressuposto de que é necessário compreender para além dos significados imediatos, escolhemos a análise de conteúdo, como o conjunto de técnicas adequado para a interpretação e desvelamento do conteúdo dos documentos escolhidos nesta investigação. Na apresentação dos resultados da análise documental, indicamos a vinculação da formação continuada ao desenvolvimento profissional, que não mais se localiza apenas em um momento temporal, mas se desenvolve ao longo da vida. Também procuramos explicitar algumas das implicações dessa perspectiva: a responsabilização individualizada pela formação continuada, a idéia da obsolescência do conhecimento, secundarização do exercício do pensamento e da abstração. Nestes termos, sob a ótica do capitalismo não é mais possível "perder tempo com uma formação inicial extensa e intensa, pois a formação dos docentes e a própria educação inserem-se no movimento de circulação de mercadorias" (SOARES, 2008). Em nossa compreensão, aqui reside o cerne da discussão acerca da formação continuada de professores: sua indicação como mecanismo mais apropriado, eficaz e barato de efetivação das medidas da reforma educativa. Afirmamos que a difusão desta compreensão de formação continuada de professores recebe novos contornos e delineamentos quando se trata da primeira etapa da educação básica. Com a explícita priorização do ensino fundamental e a falta de dotação orçamentária para a educação infantil, as possibilidades de uma formação inicial consistente e abrangente e uma formação continuada sustentada na práxis, parecem distantes da realidade de grande parcela dos professores que trabalham com as crianças de 0 a 6 anos no país. Por fim, ao discutirmos as concepções de formação continuada nestes documentos apontamos que os marcos legais indicam para a necessidade de construção de políticas - o que tem se traduzido mais como programas, nem sempre articulados entre si, quase sempre de caráter pontual e emergencial - que garantam ao professor de Educação Infantil processos formativos que respeitem a especificidade de sua docência, o acesso aos conhecimentos historicamente produzidos e a discussão coletiva crítica da prática pedagógica e seus desdobramentos.
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Educação FísicaSantos, Luciana Mara Espindola January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos. Programa de Pós-Graduação em Educação Física. / Made available in DSpace on 2012-10-24T03:06:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
249279.pdf: 506370 bytes, checksum: 3f3e3b0382619f526ca59ead167bfd58 (MD5) / Foi diante de muitas inquietações e angústias, originadas grande parte no próprio local de trabalho (Escolas e Creches públicas), que este estudo tornouse concreto. O foco central da pesquisa se constituiu num estudo teórico, mas que permitiu um diálogo com a prática, no caso, a prática da pesquisadora, que durante o curso de mestrado esteve inserida cotidianamente nas Creches, onde é professora de Educação Física. Utilizando-se da linha filosófica de Merleau-Ponty e Violet Oaklander, que envolve a Fenomenologia e a Psicanálise Gestáltica, procurou-se investigar teoricamente os fundamentos do #brincar e Se-movimentar#, principal linguagem na vida da criança, no contexto aonde as mesmas chegam a passar até 12 horas por dia. Este estudo abordou não só aspectos históricos relacionados à criança, infância, creche, educação infantil e Educação Física, mas também, expôs o estado em que se encontram os estudos referentes a estas problemáticas, bem como aponta alguns caminhos para a compreensão desta criança, que passa parte significativa de sua infância na creche. Dentre estes caminhos, apontou-se um novo olhar para a brincadeira na creche, que é entendida como o próprio #Se-movimentar# da criança, ou seja, é através do #brincar e #Se-movimentar# que ela dialoga, interage e percebe o mundo, a si e os outros, e principalmente, se expressa, mostrando a nós, professores, pais, pesquisadores, quais são seus desejos, medos, prazeres, angústias, necessidades, traumas, enfim, seus sentimentos, cabendo a nós, orientarmos e descobrirmos com ela, o caminho para uma educação, e mais especificamente, uma Educação Física que possa contribuir significativamente para uma formação mais humana, que permita à criança alcançar a autonomia e a emancipação desde os primeiros anos de vida.
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Educação infantil e famíliaFortkamp, Eloisa Helena Teixeira January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação. / Made available in DSpace on 2012-10-24T03:34:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
254666.pdf: 796908 bytes, checksum: 31e8a2f3ce4186341882245ce2cdf0e2 (MD5) / Este estudo tem por objetivo analisar se e como acontece a complementaridade na relação entre creche e família, por meio de estudo de caso, em uma creche de uma comunidade de periferia da cidade de Florianópolis. A pesquisa orienta-se por uma perspectiva qualitativa de inspiração etnográfica e pauta-se na análise dos documentos referentes à creche, em entrevistas dirigidas com as famílias e diário de campo. O estudo de caso considera a singularidade da creche, permeada por determinações econômicas, políticas e sociais, por meio de contribuições de autores que discutem a educação infantil: Campos (1998, 1999, 2003), Cerisara (1999); Haddad (1987, 1997, 2005), Kuhlmann (1998), Rocha (1999) e Rosemberg (1989, 1999, 2000, 2005), dos que discutem a família: Ariès (1981), Goldani (1994, 2002), Gomes (2003), Gomes Szymanski (1994) e de outros que contribuem para o entendimento das determinações políticas, econômicas e sociais da educação infantil: Bobbio (2004), Fullgraf (2001,2007) e Soares (1997,2006). Orienta-se as atenções para a família, uma dentre tantas instituições que sentem as profundas transformações da sociedade brasileira, marcadas, sobretudo pela crescente desigualdade social, que resulta também em condições mínimas de vida a grande contingente da população, e atingem crianças e adolescentes. As transformações por que passa a família, sob a determinação do capitalismo, articulam-se ao novo papel desempenhado pela mulher na sociedade, principalmente por sua inserção no mundo do trabalho extralar. Tal mudança na estrutura familiar potencializa a expansão de instituições de educação e de cuidado com as crianças pequenas, e marca as creches e pré-escolas como espaço de compartilhamento e conflitos na educação das crianças. A complementaridade consolida-se do ponto de vista legal a partir de definições e desdobramentos da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, especialmente da Lei de Diretrizes e Bases de 1996, o que instiga a busca por desenvolver a compreensão do tema. As análises revelam que a complementaridade da educação infantil, na perspectiva da família, acontece recorrendo-se à educação infantil como espaço de solução para os problemas sociais familiares, a qual se compreende como "função impossível" para a creche. Ainda, no processo de apreensão da realidade, percebem-se conflitos na compreensão dessa complementaridade, tanto do ponto de vista das políticas para a educação infantil quanto da perspectiva dos profissionais da creche. A pesquisa aponta para o desenvolvimento de políticas públicas integradas (emprego, saúde, habitação, educação,etc.), que auxiliem na autonomia das famílias, a fim de lhes possibilitar uma vida digna.
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Contribuição do Programa de Atenção Plena em professores de educação infantil de um município no litoral sul de Santa Catarina: um estudo pilotoSilveira, Rodrigo da Rosa January 2018 (has links)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Mestrado Profissional) da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva. / Programas de treinamento de Atenção Plena tem sido cada vez mais usados como estratégia para redução da síndrome de Esgotamento Profissional (EP) em professores. Esta classe de trabalhadores são reconhecidamente uma categoria sujeita ao desenvolvimento desta síndrome, no entanto estratégias cognitivas demonstram ser eficazes como mediadores do estresse situacional no trabalho e no desenvolvimento do EP. Objetivo: realizar um piloto para testar o efeito de um programa de Atenção Plena nos níveis de EP e avaliar a correlação dos níveis de EP com estratégias cognitivas. Metodologia: trata-se de um estudo piloto de ensaio clínico, com uma amostra de 69 professores, avaliando esgotamento profissional e atenção plena, os dados foram tratados estatisticamente pelo SPSS 22,0 para as análises de correlação de Pearson r com nível de significância de p<0,05. Resultados: foram encontradas correlações negativas (P<0,05) entre esgotamento profissional com auto eficácia, qualidade de vida e atenção plena e correlação positiva (P<0,05) com respostas ruminativas, níveis psicopatólicos e dificuldades de regulação emocional. Correlações inversas foram encontradas quando avaliadas pela atenção plena (P<0,05). O programa de atenção plena não demonstrou efetividade nos níveis de esgotamento profissional e atenção plena entre os professores que participaram do programa (n=9). Conclusão: o trabalho aponta a necessidade de uma amostragem maior para determinar a efetividade da intervenção por meio da atenção plena em professores de ensino infantil.
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