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Evaluación contrafactual de una reducción del número de planes en el mercado chileno de saludLevenier Barría, Camilo Andrés January 2019 (has links)
Tesis para optar al grado de Magíster en Economía Aplicada / Memoria para optar al título de Ingeniero Civil Industrial / La impresionante cantidad de planes de salud que ofrecen las aseguradoras en Chile (del orden de 73,000) ha sido tema de discusión entre las entidades regulatorias de salud pertinentes, llegando incluso a crear propuestas que buscan simplificar la elección de los cotizantes (representantes de familia) en este mercado y además, incentivar la competencia entre las firmas de esta industria.
Esta tesis estudia los efectos en equilibrio de distintas políticas regulatorias sobre las aseguradoras de salud en Chile. El modelo desarrollado asume que las aseguradoras diseñan sus planes óptimamente en términos de cobertura ambulatoria y precio (que ponderado por el factor de riesgo de la familia da el precio final al consumidor) a cobrar a cambio de dicho nivel de aseguramiento. Se estimó el modelo con datos individuales del mercado de salud privado en Chile, en donde se tiene acceso a información detallada y mensual sobre los seguros médicos, cotizantes inscritos y las prestaciones médicas relacionadas a cada familia.
Esta tesis utiliza un experimento natural que permite la identificación de las preferencias por coberturas médicas ambulatorias. El episodio involucra el conflicto entre una aseguradora y un importante hospital privado que implicó grandes cambios de coberturas pero no así de los precios de los planes, ni de prestadores médicos, ni de prestaciones médicas.
Usando los parámetros estructurales estimados, se simularon distintos escenarios para las aseguradoras, generando el siguiente ranking de lo más preferido a lo menos preferido para los consumidores: (1) coberturas diferenciadas para los planes cuando la competencia fija una alta bonificación, (2) precios diferenciados cuando la competencia fija un precio bajo, (3) precios diferenciados cuando la competencia fija un precio alto, (4) no intervenir el mercado (que corresponde, en forma simplificada, a una competencia en precio y cobertura sin una limitante en el número de planes a ofrecer), y al final del ranking están las opciones de reducir el número de planes con coberturas uniformes, junto con coberturas estandarizadas en los seguros cuando la competencia fija una bonificación baja. Paralelamente, las aseguradoras tienen el orden pseudo-inverso en el ranking de preferencias, valorando principalmente reducir el número de planes con una cobertura fija alta (85\%). Cabe destacar que aunque algunas propuestas aumentan el excedente de los consumidores, solo una de ellas aumenta el bienestar social, dejando una pregunta interesante sobre cuál política de precio, cobertura y número de planes en el mercado, maximizan el bienestar social. / CONICYT
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Efeitos do enriquecimento ambiental na neuropatia periférica induzida em ratos. / Effects of environmental enrichment on peripheral neuropathy induced in rats.Vieira, Louise Faggionato Kimura 10 May 2018 (has links)
O enriquecimento ambiental (EA) é capaz de alterar a percepção a estímulos nociceptivos, bem como de aumentar a resposta analgésica induzida por opioides. Considerando que a dor neuropática é um grave problema de saúde pública e o tratamento para esta condição ainda é insatisfatório e acarreta efeitos adversos severos, os objetivos deste trabalho foram avaliar a interferência do bem-estar animal na sensibilidade dolorosa de ratos frente a diferentes estímulos nociceptivos e investigar possíveis mecanismos envolvidos neste efeito. Os animais foram submetidos à avaliação da ansiedade e da sensibilidade dolorosa, em modelo de neuropática, frente a estímulos nociceptivos mecânicos e térmicos. Foi verificado que um protocolo de EA elaborado e iniciado desde o nascimento foi capaz de reverter totalmente a dor neuropática de animais submetidos à constrição crônica do nervo isquiático (CCI). Este efeito foi completamente abolido quando os animais enriquecidos foram tratados com naloxona, um antagonista opioide não seletivo. Análises de Western Blot não mostraram diferenças na expressão de receptores opioides em regiões relacionadas ao processamento e controle da dor, porém os níveis circulantes de beta-endorfina e met-encefalina aumentaram na presença de dor crônica nos animais enriquecidos. Os níveis séricos de corticosterona também se apresentaram aumentados nos animais com EA, independentemente da neuropatia, mas o tratamento com mifepristona, um antagonista de receptores de glicocorticoides, não alterou a analgesia dos animais operados. Ainda, o EA também reduziu a imunorreatividade para serotonina na medula espinal de animais com CCI. Além do efeito analgésico, o EA também reduziu o marcador de lesão neuronal ATF-3 no gânglio da raiz dorsal e, no local da constrição, reduziu a degeneração neuronal característica do modelo, induzindo ainda, a presença predominantemente de macrófagos do tipo M2. Este trabalho reforça a importância do bem-estar na prevenção do desenvolvimento da dor neuropática e mostra uma abordagem não farmacológica que pode aumentar a resiliência de animais contra estímulos nocivos. / Environmental enrichment (EE) is capable of altering the perception of nociceptive stimuli, as well as increasing the analgesic response induced by opioids. Considering that neuropathic pain is a serious public health problem and the treatment for this condition is still unsatisfactory and induces severe side effects, the aims of this study were to evaluate the interference of animal welfare in the sensitivity to different nociceptive stimuli and to investigate possible mechanisms involved in this effect. Animals were submitted to the evaluation of anxiety and pain sensitivity in a model of neuropathic pain, against mechanical and thermal nociceptive stimuli. It was seen that an elaborated EE starting from birth was able to totally reverse the neuropathic pain of animals submitted to chronic constriction injury of the sciatic nerve (CCI). This effect was completely abolished when enriched animals were treated with naloxone, a nonselective opioid antagonist. Western blot analysis did not show differences in opioid receptor expression in regions related to pain processing and control, however, circulating levels of beta-endorphin and met-enkephalin were increased in the presence of chronic pain in enriched animals. Serum corticosterone levels were also increased in animals with EE regardless of neuropathy, but treatment with mifepristone, a nonselective glucocorticoid receptor antagonist, did not alter the analgesia of operated animals. Moreover, EE reduced serotonin immunoreactivity in the spinal cord of CCI animals. In addition to analgesic effect, EE also reduced the neuronal injury marker ATF-3 at the dorsal root ganglia and, at the site of constriction, decreased the neuronal degeneration characteristic of the model, inducing the presence of M2 macrophages subtype predominantly. This work reinforces the importance of well-being in preventing the development of neuropathic pain and shows a non-pharmacological approach that may increase animal resilience against noxious stimuli.
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Evolução e diversidade de retrovírus endógenos em felídeos neotropicaisMata, Helena January 2012 (has links)
Retrovírus endógenos (ERVs) são vírus altamente difundidos no genoma de vertebrados. ERVs surgem quando retrovírus exógenos infectam células germinativas e se disseminam no genoma de seus hospedeiros, transmitindo seu material genético através das gerações por meio de herança mendeliana. ERVs são fundamentais na evolução dos genomas, sendo eles responsáveis por uma parte da diversidade genética de seus hospedeiros. O conhecimento sobre ERVs na família Felidae (Mammalia, Carnivora) estava praticamente restrito ao gato doméstico, e não se conhecia diversidade e padrões de evolução desses retroelementos em outras espécies. Este estudo teve como objetivo investigar diversidade, distribuição e padrões evolutivos de ERVs em espécies de gatos silvestres. Utilizando ferramentas de biologia molecular e bioinformática, foram identificadas e caracterizadas 85 sequências similares a retrovírus endógenos nos representantes das oito espécies brasileiras: Leopardus pardalis, L. wiedii, L. colocolo, L. geoffroyi, L. tigrinus, Puma concolor, P. yagouaroundi e Panthera onca. Encontrou-se uma predominância de ERVs similares a Gammaretrovirus, um padrão característico em muitas espécies de mamíferos. As análises filogenéticas evidenciaram três grupos principais de Gammaretrovirus, cada um evoluindo de maneira peculiar. Em uma visão geral, os ERVs provenientes de diferentes hospedeiros apresentaram-se distribuídos de forma heterogênea nas filogenias, dificultando a constatação de um padrão coevolutivo. No entanto, análises mais detalhadas de algumas sequências demonstraram peculiaridades, como no caso de um grupo de sequências similares a de um ERV oriundo do morcego Myotis lucifugus. Através de análises filogenéticas em comparação com dados obtidos na literatura, sugere-se que a infecção desse retrovírus ocorreu em uma espécie ancestral de felídeo, na segunda metade do Mioceno. Os resultados obtidos permitiram demonstrar que os felídeos neotropicais apresentam ERVs que seguem padrões semelhantes aos descritos a respeito de outros mamíferos, sugerindo também alguns casos de infecções de retrovírus muito similares entre diferentes ordens de mamíferos. / Endogenous retroviruses (ERVs) are widespread viruses in vertebrate genome. ERVs arise when exogenous retrovirus infects germinal cells and spread in the genome of their hosts, transmitting its genetic material throughout the generations by means of Mendelian inheritance. ERVs are fundamental for the evolution of genomes, being responsible for some part of the genetic diversity of their hosts. The knowledge on ERVs in felids (Mammalia, Carnivora, Felidae) was basically restricted to domestic cats, and the diversity and patterns of evolution of these retroviral elements in other species were not known. This study aimed to investigate diversity, distribution and evolutionary patterns of ERVs in wildcat species. Hence, by utilizing molecular biology and bioinformatics tools, 85 endogenous retrovirus-like sequences were identified and characterized in eight representative Brazilian species: Leopardus pardalis, L. wiedii, L. colocolo, L. geoffroyi, L. tigrinus, Puma concolor, P. yagouaroundi and Panthera onca. The analyses of these novel felid ERVs showed the predominance of Gammaretroviruslike sequences, which is a characteristic pattern present in many mammal species. Phylogenetic analyses have evidenced three major groups of Gammaretrovirus, each one evolving in a peculiar manner. ERVs from different hosts were distributed in a mixed way in the phylogenies, differently of a coevolutionary pattern. However, more detailed analyses of some sequences demonstrated peculiarities, as in the case of a group of sequences similar to an ERV from the bat Myotis lucifugus. Notably, through phylogenetic analyses, and in comparison to data obtained in the literature, it may be suggested that some infection by a retrovirus occurred in a felid ancestral species in the second half of the Miocene. Therefore, the results obtained demonstrate that ERVs from Neotropical felids follow patterns which are very similar to the ones described for other mammals, also suggesting some cases of similar retrovirus lineage infecting different mammal orders.
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Interação materno-fetal: fatores antivirais e retrovírus endógenos na infecção por HIV-1 / Maternal-fetal interaction, antiviral factors and endogenous retroviruses in HIV-1 infectionPereira, Natalli Zanete 05 November 2018 (has links)
A imunidade inata na interface materno-fetal é um dos mecanismos de proteção essenciais na resposta antiviral, sobretudo, na infecção por HIV-1. Neste trabalho, avaliamos a influência da infecção materna por HIV-1 na expressão de fatores antivirais, nas moléculas do complexo inflamassoma e de retrovírus endógenos (HERV), em células mononucleares (CMN) maternas, células do cordão umbilical (recém-natos, RN), colostro e no tecido placentário. Os resultados mostraram que no vilo das placentas de mães infectadas há um aumento na expressão de mRNA dos fatores antivirais, como IFN tipo I e III, DAMPs damage-associated molecular patterns e HERVs. Entretanto, na análise proteica, essas diferenças não se confirmam, indicando que o sistema imune inato é capaz de reconhecer o vírus, ou ainda, o dano causado pela infecção, mas controla a produção exacerbada da proteína. Sob estímulo de agonista de TLRs Toll-like receptor, em CMNs a expressão de HERVs não se altera entre RNs. Além disto, avaliando os níveis de ß-quimiocinas, CCL5 e CCL3, e de IFN-χ nos sobrenadantes das culturas de CMNs, a ativação por LPS foi capaz de diminuir a produção de CCL3 e CCL5 nas CMNs de mães infectadas por HIV em relação às mães controles, contudo o CL097 promoveu níveis similares às mães do grupo controle. Nos RNs, enquanto os níveis de CCL5 são inferiores aos de adultos, os níveis de CCL3 são semelhantes. Já o ligante TLR7/8 foi capaz de restaurar a secreção de IFN-α no grupo infectado por HIV-1. Além disso, no vilo das placentas das mães infectadas por HIV, há intensa modificação na expressão de mRNA dos fatores analisados, sejam antivirais, como IFN tipo I (IFN-α), tipo III (IFN-λ), fatores relacionados ao dano celular (DAMPs e seus receptores). Entre os DAMPs, um aumento da expressão de S100A9 e HMGB1 e seus receptores RAGE, TLR4 e TLR9 foi observado nos vilos de placentas de mães infectadas por HIV-1, contudo, os níveis séricos de HMGB1 estão diminuídos em mães infectadas e RN expostos. Quanto aos níveis séricos de citocinas, foram observados níveis reduzidos de HMGB1, IL-6 e IL-1ß nos RNs expostos, o que evidencia um controle do estado inflamatório na exposição ao HIV-1. Também observamos presença de níveis séricos de HERV-W, livre ou em exossomas, em ambos os grupos analisados. Já no colostro, não encontramos diferenças nas análises de fatores inflamatórios e HERVs indicando que, nesse compartimento, a infecção não altera os padrões de expressão desses alvos. A vigência do estado antiviral e a supressão do ambiente inflamatório podem equilibrar a resposta imune placentária, promovendo a homeostase para o desenvolvimento do feto e de proteção à infecção por HIV-1 nos neonatos. / Innate immunity at the maternal-fetal interface is one of the main protection mechanisms in the antiviral response, especially in HIV-1 infection. In this work, we present the influence of maternal HIV-1 infection on the expression of antiviral factors, inflammasome molecular complex and human endogenous retroviruses (HERV), in maternal mononuclear cells (MNCs), umbilical cord cells (newborns, NB), colostrum and placental tissue. The results show that in infected mothers cells has an increase in mRNA expression of antiviral factors, such as IFN type I and III, DAMPs (damage-associated molecular patterns) and HERVs. However, in protein analysis, these differences are not confirmed, indicating that the immune system is able to detect the virus, or even the damage caused by the infection, but controls the exacerbated protein production. Under stimulation of the TLR (Toll-like receptor) agonist, CMNs do not change among the RNs. In addition, by evaluating the levels of ß-chemokines, CCL5 and CCL3, and of IFN-α in the supernatants of CMNs cultures, LPS activation was able to decrease the production of CCL3 and CCL5 in CMNs of HIV-infected mothers compared to control mothers, nevertheless CL097 promoted similar levels between HIV-infected mothers and control group. In RNs, while CCL5 levels are lower than in adults, CCL3 levels are similar. TLR7/8 agonist was able to restore IFN- secretion in the HIV-infected group. In contrast, the TLR7/8 agonist was able to restore IFN- secretion in HIV-infected group. In addition, in placental villi, there is intense modification in the mRNA expression of the analyzed factors, whether they are antiviral, such as IFN type I (IFN-α), type III (IFN-λ), related to cell damage (DAMPs and their receptors). Among DAMPs, increased expression of S100A9 and HMGB1 and their receptors RAGE, TLR4 and TLR9 was observed in placental villi of HIV-infected mothers, however, serum HMGB1 levels are decreased in infected-mothers and exposed-newborns. About the cytokines serum levels, reduced levels of HMGB1, IL-6 and IL-1ß were observed in the exposed-NBs, which evidences an inflammatory status control in HIV-1 exposure. We also observed the presence of free HERV-W or exosomes levels in serum in both groups analyzed. In colostrum, we did not find differences in inflammatory factors and HERVs analysis indicating that, in this compartment, the infection does not alter the expression patterns of these targets. The effectiveness of antiviral status and suppression of the inflammatory environment can balance the placental immune response, promoting homeostasis for fetal development and protection of HIV-1 infection in neonates.
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Evolução e diversidade de retrovírus endógenos em felídeos neotropicaisMata, Helena January 2012 (has links)
Retrovírus endógenos (ERVs) são vírus altamente difundidos no genoma de vertebrados. ERVs surgem quando retrovírus exógenos infectam células germinativas e se disseminam no genoma de seus hospedeiros, transmitindo seu material genético através das gerações por meio de herança mendeliana. ERVs são fundamentais na evolução dos genomas, sendo eles responsáveis por uma parte da diversidade genética de seus hospedeiros. O conhecimento sobre ERVs na família Felidae (Mammalia, Carnivora) estava praticamente restrito ao gato doméstico, e não se conhecia diversidade e padrões de evolução desses retroelementos em outras espécies. Este estudo teve como objetivo investigar diversidade, distribuição e padrões evolutivos de ERVs em espécies de gatos silvestres. Utilizando ferramentas de biologia molecular e bioinformática, foram identificadas e caracterizadas 85 sequências similares a retrovírus endógenos nos representantes das oito espécies brasileiras: Leopardus pardalis, L. wiedii, L. colocolo, L. geoffroyi, L. tigrinus, Puma concolor, P. yagouaroundi e Panthera onca. Encontrou-se uma predominância de ERVs similares a Gammaretrovirus, um padrão característico em muitas espécies de mamíferos. As análises filogenéticas evidenciaram três grupos principais de Gammaretrovirus, cada um evoluindo de maneira peculiar. Em uma visão geral, os ERVs provenientes de diferentes hospedeiros apresentaram-se distribuídos de forma heterogênea nas filogenias, dificultando a constatação de um padrão coevolutivo. No entanto, análises mais detalhadas de algumas sequências demonstraram peculiaridades, como no caso de um grupo de sequências similares a de um ERV oriundo do morcego Myotis lucifugus. Através de análises filogenéticas em comparação com dados obtidos na literatura, sugere-se que a infecção desse retrovírus ocorreu em uma espécie ancestral de felídeo, na segunda metade do Mioceno. Os resultados obtidos permitiram demonstrar que os felídeos neotropicais apresentam ERVs que seguem padrões semelhantes aos descritos a respeito de outros mamíferos, sugerindo também alguns casos de infecções de retrovírus muito similares entre diferentes ordens de mamíferos. / Endogenous retroviruses (ERVs) are widespread viruses in vertebrate genome. ERVs arise when exogenous retrovirus infects germinal cells and spread in the genome of their hosts, transmitting its genetic material throughout the generations by means of Mendelian inheritance. ERVs are fundamental for the evolution of genomes, being responsible for some part of the genetic diversity of their hosts. The knowledge on ERVs in felids (Mammalia, Carnivora, Felidae) was basically restricted to domestic cats, and the diversity and patterns of evolution of these retroviral elements in other species were not known. This study aimed to investigate diversity, distribution and evolutionary patterns of ERVs in wildcat species. Hence, by utilizing molecular biology and bioinformatics tools, 85 endogenous retrovirus-like sequences were identified and characterized in eight representative Brazilian species: Leopardus pardalis, L. wiedii, L. colocolo, L. geoffroyi, L. tigrinus, Puma concolor, P. yagouaroundi and Panthera onca. The analyses of these novel felid ERVs showed the predominance of Gammaretroviruslike sequences, which is a characteristic pattern present in many mammal species. Phylogenetic analyses have evidenced three major groups of Gammaretrovirus, each one evolving in a peculiar manner. ERVs from different hosts were distributed in a mixed way in the phylogenies, differently of a coevolutionary pattern. However, more detailed analyses of some sequences demonstrated peculiarities, as in the case of a group of sequences similar to an ERV from the bat Myotis lucifugus. Notably, through phylogenetic analyses, and in comparison to data obtained in the literature, it may be suggested that some infection by a retrovirus occurred in a felid ancestral species in the second half of the Miocene. Therefore, the results obtained demonstrate that ERVs from Neotropical felids follow patterns which are very similar to the ones described for other mammals, also suggesting some cases of similar retrovirus lineage infecting different mammal orders.
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Avaliação dos efeitos da biocerâmica na inflamação periférica em camundongos : análise do mecanismo de açãoRosas, Ralph Fernando January 2017 (has links)
Introduction: Bioceramics have been studied for their ability to emit long infrared
radiation producing non-thermal and thermal effects, with several biological activities.
Objective: To evaluate the effects of bioceramics on peripheral inflammation in mice,
as well as to analyze the possible neurobiological mechanism involved in this effect.
Methods: Swiss male mice injected with CFA in the paw were submitted to bioceramic
treatments by means of contact with a ceramic impregnated pad that, under paw heat,
radiates far infrared. Six groups (n = 8) of animals were randomly distributed into naive,
control group and treated by exposure (radiation) to the bioceramics for 30, 60, 120
minutes or by continuous exposure. Edema formation, Mechanical and thermal
hyperalgesia were analyzed using behavioral tests, i.e., the von Frey test, a hot plate
and a micrometer (paw thickness), respectively. In the biochemical analyzes the local
tissue (paw) concentrations of pro and anti-inflammatory cytokines were measured by
the ELISA method. In the oxidative stress analyzes, parameters related to oxidative
damage (TBARS and carbonylated proteins), antioxidant defense (SOD and CAT) and
inflammation (myeloperoxidase and nitrite / nitrate concentrations) were analyzed by
spectrophotometry. Intraplantar administrations of AM281 or AM630 (cannabinoid),
caffeine and DPCPX (adenosine), naloxone (opioid) were used to investigate the
endogenous pain control systems involved in the antihyperalgesic activity of
bioceramics.
Results: Bioceramic treatment reduced edema, as well as mechanical and thermal
hyperalgesia. In addition, it decreased TNF-α and IL-1β concentrations and increased
IL-10. The treatment also decreased oxidative damage and increased the activity of
antioxidant enzymes. Activation of μ-opioid receptors, A1, CB1 and CB2 appear to
mediate the antihyperalgesic effect of bioceramics.
Conclusion: Material impregnated with bioceramics has anti-hyperalgesic and antiedematogenic
activity in vivo. This antihyperalgesic effect seems to be related to its
antioxidant and anti-inflammatory activities, as well as its ability to activate endogenous
pain control systems. / Submitted by Ralph Fernando Rosas (ralph.fernando@unisul.br) on 2018-01-10T19:19:10Z
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Previous issue date: 2017 / Biocerâmicas têm sido estudadas por sua capacidade de emitir radiação de infravermelho longo que produz efeitos não-térmicos e térmicos, com diversos efeitos biológicos.
Objetivo:
Avaliar os efeitos da biocerâmica na inflamação periférica, bem como analisar o possível mecanismo neurobiológico envolvido nesse efeito.
Métodos:
O modelo de inflamação periférica persistente usado foi induzido por CFA. Foram utilizados camundongos Swiss de ambos os sexos. Foi injetado 20 μl desta solução na pata direita de cada animal. O tratamento foi realizado com uma almofada de PVC de milho (colocada abaixo da maravalha) impregnada com cerâmica que, sob estímulo térmico, irradiava infravermelho. Para os testes comportamentais, os animais foram distribuídos nos grupos (n=8): naives, controles, animais submetidos ao CFA e expostos à biocerâmica por 30, 60 e 120 minutos e exposição contínua. A hiperalgesia mecânica foi avaliada utilizando monofilamentos de von Frey; a hiperalgesia térmica ao calor utilizando o teste da placa quente; o edema da pata com micrômetro e pletismômetro digital; a análise das concentrações de citocinas utilizou-se o método de ELISA. Para as análises bioquímicas, as superfícies ventrais (pele) das patas posteriores direitas dos animais foram utilizadas. Para avaliação do dano oxidativo e sistema antioxidante de defesa foram avaliadas a peroxidação lipídica endógena, determinadas as atividades das enzimas superóxido dismutase, catalase, a concentração nitrito/nitrato, a atividade da enzima mieloperoxidase e o dano oxidativo
a proteínas carboniladas. O envolvimento dos sistemas canabinoidérgico, adenosinérgico e opioidérgico, no efeito da biocerâmica foram investigados.
Conclusão:
Os resultados demonstraram que a biocerâmica reduz a dor de origem inflamatória, pois diminuiu a hiperalgesia mecânica juntamente com a hiperalgesia térmica e o edema de pata. Além disso, diminuíram-se os níveis das concentrações das citocinas pró-inflamatórias (TNF-α e IL-1β) e aumentaram-se da anti-inflamatória (IL-10). Também, houve diminuição do dano oxidativo com aumento da atividade das enzimas antioxidantes. Os sistemas citados estão envolvidos no efeito anti-hiperalgésico. Neste sentido, estes dados fornecem à literatura essenciais subsídios do efeito terapêutico da biocerâmica para o direcionamento de futuros ensaios clínicos.
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Evolução e diversidade de retrovírus endógenos em felídeos neotropicaisMata, Helena January 2012 (has links)
Retrovírus endógenos (ERVs) são vírus altamente difundidos no genoma de vertebrados. ERVs surgem quando retrovírus exógenos infectam células germinativas e se disseminam no genoma de seus hospedeiros, transmitindo seu material genético através das gerações por meio de herança mendeliana. ERVs são fundamentais na evolução dos genomas, sendo eles responsáveis por uma parte da diversidade genética de seus hospedeiros. O conhecimento sobre ERVs na família Felidae (Mammalia, Carnivora) estava praticamente restrito ao gato doméstico, e não se conhecia diversidade e padrões de evolução desses retroelementos em outras espécies. Este estudo teve como objetivo investigar diversidade, distribuição e padrões evolutivos de ERVs em espécies de gatos silvestres. Utilizando ferramentas de biologia molecular e bioinformática, foram identificadas e caracterizadas 85 sequências similares a retrovírus endógenos nos representantes das oito espécies brasileiras: Leopardus pardalis, L. wiedii, L. colocolo, L. geoffroyi, L. tigrinus, Puma concolor, P. yagouaroundi e Panthera onca. Encontrou-se uma predominância de ERVs similares a Gammaretrovirus, um padrão característico em muitas espécies de mamíferos. As análises filogenéticas evidenciaram três grupos principais de Gammaretrovirus, cada um evoluindo de maneira peculiar. Em uma visão geral, os ERVs provenientes de diferentes hospedeiros apresentaram-se distribuídos de forma heterogênea nas filogenias, dificultando a constatação de um padrão coevolutivo. No entanto, análises mais detalhadas de algumas sequências demonstraram peculiaridades, como no caso de um grupo de sequências similares a de um ERV oriundo do morcego Myotis lucifugus. Através de análises filogenéticas em comparação com dados obtidos na literatura, sugere-se que a infecção desse retrovírus ocorreu em uma espécie ancestral de felídeo, na segunda metade do Mioceno. Os resultados obtidos permitiram demonstrar que os felídeos neotropicais apresentam ERVs que seguem padrões semelhantes aos descritos a respeito de outros mamíferos, sugerindo também alguns casos de infecções de retrovírus muito similares entre diferentes ordens de mamíferos. / Endogenous retroviruses (ERVs) are widespread viruses in vertebrate genome. ERVs arise when exogenous retrovirus infects germinal cells and spread in the genome of their hosts, transmitting its genetic material throughout the generations by means of Mendelian inheritance. ERVs are fundamental for the evolution of genomes, being responsible for some part of the genetic diversity of their hosts. The knowledge on ERVs in felids (Mammalia, Carnivora, Felidae) was basically restricted to domestic cats, and the diversity and patterns of evolution of these retroviral elements in other species were not known. This study aimed to investigate diversity, distribution and evolutionary patterns of ERVs in wildcat species. Hence, by utilizing molecular biology and bioinformatics tools, 85 endogenous retrovirus-like sequences were identified and characterized in eight representative Brazilian species: Leopardus pardalis, L. wiedii, L. colocolo, L. geoffroyi, L. tigrinus, Puma concolor, P. yagouaroundi and Panthera onca. The analyses of these novel felid ERVs showed the predominance of Gammaretroviruslike sequences, which is a characteristic pattern present in many mammal species. Phylogenetic analyses have evidenced three major groups of Gammaretrovirus, each one evolving in a peculiar manner. ERVs from different hosts were distributed in a mixed way in the phylogenies, differently of a coevolutionary pattern. However, more detailed analyses of some sequences demonstrated peculiarities, as in the case of a group of sequences similar to an ERV from the bat Myotis lucifugus. Notably, through phylogenetic analyses, and in comparison to data obtained in the literature, it may be suggested that some infection by a retrovirus occurred in a felid ancestral species in the second half of the Miocene. Therefore, the results obtained demonstrate that ERVs from Neotropical felids follow patterns which are very similar to the ones described for other mammals, also suggesting some cases of similar retrovirus lineage infecting different mammal orders.
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Avaliação da expressão de retrovírus endógenos humanos em pacientes com neuroblastoma. / Human endogenous retroviruses expression in neuroblastoma.Silva, Danielle Ferreira e 20 June 2016 (has links)
O neuroblastoma é o tumor sólido mais comum e com maior índice de letalidade em crianças. Diversas famílias de retrovírus endógenos humanos (HERV) estão presentes no genoma humano, em diferentes níveis de integridade, e são reativadas sob diferentes circunstâncias. A atividade de HERV tem sido cada vez mais sido associada a doenças como câncer, doenças autoimunes e ainda com a infecção por vírus exógenos. O principal objetivo deste projeto foi avaliar a expressão de retrovírus endógenos das famílias H (HH), W (HW) e K (HK) em pacientes diagnosticados com neuroblastoma. Amostras tumorais e amostras controle foram submetidas a extração de RNA total, síntese de cDNA e PCR em fase única. Os produtos de HERV foram submetidos ao sequenciamento em larga escala. No total, 43 loci de HH e 14 loci de HW foram diferencialmente expressos entre os grupos e 202 loci de HK foram detectados. As análises de expressão somadas ao contexto genético e epigenético de neuroblastoma, permitiram com que várias hipóteses fossem levantadas acerca da regulação da expressão de HERV neste tumor. A hipometilação geral do tecido tumoral pode ter um papel importante na expressão gênica e na reativação de retrotransposons, podendo ser a principal razão para a expressão de HERV neste contexto. / Neuroblastoma represents the most common solid tumor as well as the most lethal form of tumor in children. Several families of human endogenous retroviruses (HERV) are present in human genome in different integrity levels, and they are reactivated under different circumstances. HERV activity has been linked to diseases such as cancer, autoimmune diseases and even with the infection by exogenous viruses. The main goal of this project was to evaluate the expression of endogenous retroviruses families H (HH), W (HW) and K (HK) in patients diagnosed with neuroblastoma. Tumor samples and control samples were subjected to RNA extraction and a single round in-house RT-PCR. HERVs amplicons were next generation sequenced to access the specific origin of transcripts. Overall, 43 HH loci and 14 HW loci were differentially expressed between groups and, 202 HK loci was detected. Taken together, HERV expression analysis and genetic and epigenetic context of neuroblastoma provided several hypotheses about regulation of HERV expression in this type of tumor. The global hypomethylation of tumoral tissue may have a role in genes expression and retrotransposons reactivation, which may be the main reason for HERV expression in this context.
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Ritmicidade da emissão de propágulos em Chthamalus bisinuatus (Pilsbry, 1916): componentes endógenas e exógenas / Propagule emission rhythm in Chthamalus bisinuatus: endogenous and exogenous components.Kasten, Paula 18 November 2011 (has links)
A sincronização reprodutiva em invertebrados marinhos é comum, e organismos do entremarés se valem de pistas exógenas, como os ciclos ambientais gerados pelos movimentos da Terra e da Lua, na sincronização de uma componente endógena que colocará em fase pelo menos uma etapa do ciclo reprodutivo. Em estudos anteriores com cracas, notou-se uma clara relação entre emissão larval e elevada produção fitoplanctônica, enquanto outros apontam uma estrita relação com os regimes de maré e fases da lua. Neste projeto pretendeu-se detectar as variáveis ambientais associadas à ritmicidade da emissão naupliar na craca Chthamalus bisinuatus em condições constantes de laboratório, permitindo, então, a detecção de uma componente endógena associada a tal atividade e acompanhar a mesma atividade em campo, podendo associar quais condições ambientais em tempo real influenciam essa etapa do ciclo reprodutivo. Para esses objetivos, populações foram submetidas a testes em condições constantes de laboratório, sendo as variáveis temperatura, fotoperíodo e tempo de imersão testados isoladamente e conjugados dois a dois. Em campo, populações do cirripédio tiveram monitoradas por um período de 32 dias, durante o qual a atividade de emissão larval, e as variáveis temperatura, fluxo de água e concentração de clorofila-a foram medidas a fim de se estabelecer uma relação entre as emissões e tais variáveis. Os resultados indicam a existência de uma componente endógena marcando o ritmo de emissão larval e da atividade de muda sincronizada com o ciclo de amplitude de maré (14.4 dias), bem como um papel relevante da ação sinérgica da oscilação ultradiana da altura da maré e da temperatura como modulador da sincronização de tais atividades. Em campo, os eventos extremos de temperatura, a concentração de clorofila-a (um indicador da disponibilidade de alimentos para os adultos) e o fluxo de água atuaram como indutores da emissão larval em um intervalo antecedente de 1 e 6 dias para as duas primeiras variáveis, e um intervalo de 1 a 3 dias posteriores para a última variável, provando, então, serem importantes na determinação do momento da emissão larval. Portanto, se conclui que ritmos endógenos associados à amplitude de maré podem explicar parcialmente o padrão circa semilunar centrado nos períodos de quadratura examinados em outras populações, mas, como é mostrado aqui, tal ritmicidade pode ser interrompida por variações de temperatura, disponibilidade de alimento e intenso fluxo de água. Discute-se que o primeiro efeito pode estar relacionado a mecanismos fisiológicos que garantem a reprodução de indivíduos submetidos a maiores riscos de mortalidade, e que a alimentação é um recurso limitante para a reprodução da população estudada. Em uma escala temporal menor, a ritmicidade endógena, sincronizada pela combinação de temperatura e tempo de imersão, favorece a emissão larval em períodos de maré-alta. Na ausência de outros fatores ambientais que controlam a emissão, uma componente endógena permitirá a emissão larval nos momentos de maré-alta dos períodos de quadratura, o que promoveria a retenção na linha de costa e minimizaria o risco de encalhe. / Synchronized reproduction is common among marine invertebrates, and intertidal organisms make use of exogenous cues, such as environmental cycles generated by the movements of the Earth and Moon, to synchronize their biological clocks in phase with such oscillations, at least in one stage of the reproductive cycle. In previous reports on barnacle rhythms, some studies have stressed a clear relationship between larval emission and high phytoplankton production, while others indicate a close relationship with the regimes of tide and moon phases. In this project we intended to detect environmental variables associated with the rhythmic larval release activity in the barnacle Chthamalus bisinuatus, both in constant laboratory conditions, allowing the detection of an endogenous component associated with such activity, and in the field, by monitoring larval release and other environmental conditions that might influence the reproductive cycle. For such purposes, populations were tested in constant laboratory conditions, where the variables temperature, photoperiod and time of immersion were tested both alone and combined in pairs, and in the field, by monitoring reproductive activity in populations of these cirripedes for 32 days, together with temperature, water flow, and chlorophyll-a concentration, as to establish relationships between larval release and these variables. The results indicate the existence of an endogenous component setting the rhythm of emission and larval molt activity synchronized with the cycle of tidal range (14.4 days), and the use of tides and daily fluctuations in temperature as cues in the synchronization of ultradian release activities. In the field, extremes of temperature, peaks of chlorophyll-a concentration (a proxy of food availability for adults) and water flow, triggered naupliar release 1 and 6 days ahead, for the first two variables, and 1 and 3 days before for the last one, thus proving to be important variables in determining the time of larval emission. Therefore, it is concluded that endogenous tidal-amplitude rhythms may partly explain sharp fortnight patterns centered at neap-tide periods in populations examined elsewhere, but, as shown herein, such rhythmicity may be disrupted by variations of temperature, food availability and intense water flow. It is argued that the first effect may be related to a physiological mechanism ensuring reproduction in individuals at a higher mortality risk, and that food is a limiting resource for reproduction in the study population. In a shorter time scale, endogenous rhythmicity, entrained by the combined control of temperature and immersion time, favors high-tide larval release. In the absence of other environmental release-inducing factors, endogenous timing would lead to high-tide release during neap periods, which would favor coastal retention and minimize stranding risk.
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Ritmicidade da emissão de propágulos em Chthamalus bisinuatus (Pilsbry, 1916): componentes endógenas e exógenas / Propagule emission rhythm in Chthamalus bisinuatus: endogenous and exogenous components.Paula Kasten 18 November 2011 (has links)
A sincronização reprodutiva em invertebrados marinhos é comum, e organismos do entremarés se valem de pistas exógenas, como os ciclos ambientais gerados pelos movimentos da Terra e da Lua, na sincronização de uma componente endógena que colocará em fase pelo menos uma etapa do ciclo reprodutivo. Em estudos anteriores com cracas, notou-se uma clara relação entre emissão larval e elevada produção fitoplanctônica, enquanto outros apontam uma estrita relação com os regimes de maré e fases da lua. Neste projeto pretendeu-se detectar as variáveis ambientais associadas à ritmicidade da emissão naupliar na craca Chthamalus bisinuatus em condições constantes de laboratório, permitindo, então, a detecção de uma componente endógena associada a tal atividade e acompanhar a mesma atividade em campo, podendo associar quais condições ambientais em tempo real influenciam essa etapa do ciclo reprodutivo. Para esses objetivos, populações foram submetidas a testes em condições constantes de laboratório, sendo as variáveis temperatura, fotoperíodo e tempo de imersão testados isoladamente e conjugados dois a dois. Em campo, populações do cirripédio tiveram monitoradas por um período de 32 dias, durante o qual a atividade de emissão larval, e as variáveis temperatura, fluxo de água e concentração de clorofila-a foram medidas a fim de se estabelecer uma relação entre as emissões e tais variáveis. Os resultados indicam a existência de uma componente endógena marcando o ritmo de emissão larval e da atividade de muda sincronizada com o ciclo de amplitude de maré (14.4 dias), bem como um papel relevante da ação sinérgica da oscilação ultradiana da altura da maré e da temperatura como modulador da sincronização de tais atividades. Em campo, os eventos extremos de temperatura, a concentração de clorofila-a (um indicador da disponibilidade de alimentos para os adultos) e o fluxo de água atuaram como indutores da emissão larval em um intervalo antecedente de 1 e 6 dias para as duas primeiras variáveis, e um intervalo de 1 a 3 dias posteriores para a última variável, provando, então, serem importantes na determinação do momento da emissão larval. Portanto, se conclui que ritmos endógenos associados à amplitude de maré podem explicar parcialmente o padrão circa semilunar centrado nos períodos de quadratura examinados em outras populações, mas, como é mostrado aqui, tal ritmicidade pode ser interrompida por variações de temperatura, disponibilidade de alimento e intenso fluxo de água. Discute-se que o primeiro efeito pode estar relacionado a mecanismos fisiológicos que garantem a reprodução de indivíduos submetidos a maiores riscos de mortalidade, e que a alimentação é um recurso limitante para a reprodução da população estudada. Em uma escala temporal menor, a ritmicidade endógena, sincronizada pela combinação de temperatura e tempo de imersão, favorece a emissão larval em períodos de maré-alta. Na ausência de outros fatores ambientais que controlam a emissão, uma componente endógena permitirá a emissão larval nos momentos de maré-alta dos períodos de quadratura, o que promoveria a retenção na linha de costa e minimizaria o risco de encalhe. / Synchronized reproduction is common among marine invertebrates, and intertidal organisms make use of exogenous cues, such as environmental cycles generated by the movements of the Earth and Moon, to synchronize their biological clocks in phase with such oscillations, at least in one stage of the reproductive cycle. In previous reports on barnacle rhythms, some studies have stressed a clear relationship between larval emission and high phytoplankton production, while others indicate a close relationship with the regimes of tide and moon phases. In this project we intended to detect environmental variables associated with the rhythmic larval release activity in the barnacle Chthamalus bisinuatus, both in constant laboratory conditions, allowing the detection of an endogenous component associated with such activity, and in the field, by monitoring larval release and other environmental conditions that might influence the reproductive cycle. For such purposes, populations were tested in constant laboratory conditions, where the variables temperature, photoperiod and time of immersion were tested both alone and combined in pairs, and in the field, by monitoring reproductive activity in populations of these cirripedes for 32 days, together with temperature, water flow, and chlorophyll-a concentration, as to establish relationships between larval release and these variables. The results indicate the existence of an endogenous component setting the rhythm of emission and larval molt activity synchronized with the cycle of tidal range (14.4 days), and the use of tides and daily fluctuations in temperature as cues in the synchronization of ultradian release activities. In the field, extremes of temperature, peaks of chlorophyll-a concentration (a proxy of food availability for adults) and water flow, triggered naupliar release 1 and 6 days ahead, for the first two variables, and 1 and 3 days before for the last one, thus proving to be important variables in determining the time of larval emission. Therefore, it is concluded that endogenous tidal-amplitude rhythms may partly explain sharp fortnight patterns centered at neap-tide periods in populations examined elsewhere, but, as shown herein, such rhythmicity may be disrupted by variations of temperature, food availability and intense water flow. It is argued that the first effect may be related to a physiological mechanism ensuring reproduction in individuals at a higher mortality risk, and that food is a limiting resource for reproduction in the study population. In a shorter time scale, endogenous rhythmicity, entrained by the combined control of temperature and immersion time, favors high-tide larval release. In the absence of other environmental release-inducing factors, endogenous timing would lead to high-tide release during neap periods, which would favor coastal retention and minimize stranding risk.
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