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Opinião dos profissionais das equipes de um município paulista sobre a assistência psiquiátrica / Opinion of the teams on psychiatric care in a city in the countryside of São Paulo state.

Moreira, Gabriela Carrion Degrande 08 August 2012 (has links)
A organização progressiva do sistema de saúde e inclusão do portador de transtorno mental em situação de emergência faz com que sua autonomia e cronicidade sobreponham a agudização do transtorno. Objetivo: identificar a opinião de profissionais de nível superior e de técnicos/auxiliares de enfermagem sobre a assistência em saúde mental, num município paulista. Método: pesquisa exploratório-descritiva; entrevistas semi-estruturadas no Pronto socorro (PS) do hospital geral, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS I) e Ambulatório de Especialidades Médicas (AEM). Aprovado em Comitê de ética da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP/USP) e pela Secretaria Municipal de Saúde. Resultados: dos 46 sujeitos, 12 são do CAPS I e AEM e 34 do PS; 76% sexo feminino; 44% entre 30 a 39 anos; 65% até 09 anos de formados; 64% frequentaram cursos após curso de graduação; 72% relatam que a instituição segue parcialmente a política nacional de saúde mental. As principais dificuldades encontradas nos serviços foram em relação à estrutura física (48%) e, especificamente, no pronto socorro em relação ausência de um profissional da área da saúde mental (43%) disposto a atender o paciente e a trabalhar em conjunto aos funcionários no processo de educação permanente. A estrutura de relações de trabalho foi considerada totalmente adequada por alguns e pouco adequada para a maioria dos sujeitos. Muitos cuidados atribuídos à equipe de enfermagem são realizados até por outras categorias, tais como, observação, anotação, interações terapêuticas, conforto e recreativas. O registro rotineiro da observação do portador de transtorno mental durante a interação foi significativo. A formação profissional foi considerada deficiente para exercer o trabalho na saúde mental com a mesma freqüência em que outros sujeitos consideram falha na formação profissional. Os usuários são encaminhados aos serviços de saúde mental e ao hospital psiquiátrico. Enfermeiros e médicos realizam os primeiros atendimentos. Os procedimentos básicos dos serviços quando o portador de transtorno mental encontra-se em situação de emergência foram identificados como a comunicação, contenção física e química e encaminhamento aos serviços de referência tanto a internação em hospital psiquiátrico como o tratamento em nível secundário dos serviços especializados. Conclusão: há articulação funcional entre o atendimento básico e terciário; demanda é significativa; município estrutura-se; há necessidade de educação permanente das equipes e abertura de leitos psiquiátricos no hospital geral. A pesquisa contribuiu de maneira significativa para contextualizar a saúde mental no município, especialmente no que se refere ao cuidado do portador de transtorno mental em situação de emergência nos municípios de pequeno porte. / The progressive organization of the health system and the insertion of mental patients in an emergency situation make its autonomy and chronicity overlap the disorder exacerbation. Objective: to identify the views of top-level professionals and technical / auxiliary nurses on mental health care, in a city of São Paulo State. Method: exploratory-descriptive, semi- structured interviews in the Emergency Room (PS) of the general hospital, Psychosocial Care Center (CAPS I) and Outpatient Clinic (AEM). Approved by the Ethics Committee of School of Nursing of Ribeirão Preto (EERP/USP) and by the Municipal Health Department. Results: of 46 people, 12 are in CAPS I and AEM and 34 PS, 76% female, 44% from 30 to 39 years, 65% up to 09 years of graduation, 64% attended courses after they graduated, 72% said that the institution partially follows the national policy for mental health. The main difficulties found in the services were related to the physical structure (48%), specifically lack of a professional mental health in the emergency room (43%) willing to look to the patient and work together to employees in the continuing education process. The structure of labor relations was considered adequate by some and totally unsuitable for most people. Many cares assigned to the nursing team are performed by other categories, such as observation, notes, therapeutic interactions, recreations and well-being. The routine record observation of mental patients during the interaction was significant. The professional training was considered inadequate to perform the work in mental health with the same frequency that others consider fail in professional training. Patients are forwarded to mental health services and, the psychiatric hospital. Nurses and physicians perform the initial care. The basics procedures of the service when the mental patients is in an emergency situation were identified as communication, physical and chemical restraint and, sent to reference services as well as hospitalization in psychiatric hospital such as treatment in secondary level of specialist services. Conclusion: there is functional link between primary care and third; demand is significant, city self-structure, need for continuing education of staff and opening of psychiatric beds in general hospitals. The research contributed significantly to contextualize mental health in the city, especially with regard to the care of mental patients in an emergency situation in small towns.
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Dependência de tabaco na esquizofrenia, sua relação com indicadores clínicos e o sentido para o usuário / Smoking in schizophrenics, its relation to clinical indicators, and its importance to the user.

Oliveira, Renata Marques de 06 September 2012 (has links)
O tabagismo é uma pandemia responsável por seis milhões de mortes anuais com prejuízos à saúde física, mental e à vida social e econômica dos usuários. Sua prevalência entre os esquizofrênicos é de duas a três vezes superior à da população geral, com maior grau de dependência nicotínica e maior número de recaídas nos períodos de abstinência. Este estudo tem por objetivo identificar o grau de dependência do tabaco entre portadores de transtorno mental internados em unidade psiquiátrica de um hospital geral, correlacionando estes índices com os indicadores clínicos e o sentido para o usuário, especialmente para os portadores de esquizofrenia. Foi realizada uma pesquisa de campo de abordagem quantitativa e qualitativa em uma enfermaria de psiquiatria de hospital geral, público e estadual do interior do estado de São Paulo. Foi selecionada uma amostra probabilística, composta por portadores de transtorno mental internados, de agosto de 2010 a fevereiro de 2012, constituída por 270 sujeitos. Utilizaram-se dois instrumentos: 1) Instrumento de Identificação de Tabagistas em Unidade Psiquiátrica de hospital geral - ITUP e 2) Teste de Dependência à Nicotina de Fagerström - FTDN. Os dados quantitativos foram submetidos à análise descritiva e à análise bivariada e os dados qualitativos, à análise temática de conteúdo. Os resultados mostram que dos 270 sujeitos do estudo, 70,7% são do sexo feminino, com média etária de 38,9 anos. Os diagnósticos prevalentes são esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes (36,3%), com predomínio de sujeitos com até 12 meses de diagnóstico (30,4%) e sem história de internações psiquiátricas (50,7%). Do total da amostra, 96 (35,6%) são tabagistas, 38 (14,1%) ex-tabagistas e 136 (50,4%) não tabagistas. O tabagismo é mais frequente entre os portadores de transtornos mentais severos (esquizofrênicos, do humor e da personalidade) e está associado a maior tempo de diagnóstico, número de internações psiquiátricas, uso de álcool e de substâncias ilícitas. A severidade da dependência nicotínica está associada a transtornos do espectro esquizofrênico; maior idade; presença de comorbidades físicas; maior quantidade de cigarros e tempo de tabagismo; diminuição da percepção da capacidade de parar de fumar e maior percepção dos efeitos do tabaco no organismo e no comportamento. O tabagismo para o portador de transtorno mental tem sentido de prazer, distração, automedicação dos sintomas psiquiátricos, alívio dos efeitos colaterais dos medicamentos, facilitação das interações sociais, alívio da solidão, autocontrole, proteção/segurança, ajuda para esquecer os problemas, ajuda para enfrentar o estigma e o autoestigma (não aceitação de suas próprias limitações), autodestruição, companheirismo e sentido para a vida. Há diferença no sentido que os esquizofrênicos atribuem ao tabagismo em relação aos portadores dos demais transtornos. Para eles, o cigarro é algo insubstituível, um refúgio para os problemas decorrentes da esquizofrenia, sendo tão necessário quanto respirar. Conclui-se que a frequência de tabagistas entre os portadores de transtorno mental, internados em enfermaria psiquiátrica de hospital geral, é superior à encontrada na população geral e que essa problemática requer um olhar atento dos profissionais, especialmente da enfermagem pela proximidade do cuidado. / Tobacco addiction is a pandemic responsible for six million annual deaths, causing damage to the addicts\'s mental and physical health as well as social and economic life. Its prevalence among schizophrenics is two to three times higher in relation to the general population, with a more elevated degree of nicotine addiction and larger number of relapses during the periods of abstinence. The present study aimed at identifying the degree of tobacco addiction among patients with mental disorders, admitted into the psychiatric ward of a general hospital by correlating the index mentioned above with the clinical indicators and its meaning to the user, especially schizophrenic patients. Quantitative and qualitative field research was conducted in a psychiatric ward of a public, state general hospital in the state of Sao Paulo. A probabilistic sample was selected, composed of 270 hospitalized patients with mental disorders from August 2010 to February 2012. Two tests were used: 1) Instrument of Identification of Tobacco Dependents in Psychiatric Ward of a General Hospital - ITPW and 2) Fagerström Test for Nicotine Dependence - FTND. The collected quantitative data were scrutinized through descriptive and bivariate analysis, and the qualitative data through thematic content analysis. The results show that, out of the 270 subjects in this study, 70,7% are female and the age average is 38,9 years. The prevalent diagnoses are schizophrenia, and schizotypical and delirious disorders (36,3%), with predominance of individuals with diagnoses that date back up to 12 months (30,4%) and without history of hospitalization for psychiatric reasons (50,7%). Within the grand total of the sample, 96 (35,6%) are tobacco dependents, 38 (14,1%) are former tobacco dependents, and 136 (50,4%) are not tobacco dependents. Tobacco addiction is more frequent among patients with severe mental disorders (schizophrenic disorders, mood disorders, and personality disorders), and is associated with a long time period since the first diagnosis, the number of admissions in the psychiatric ward, and the intake of alcohol and other illicit substances. The severity of the nicotine dependence is associated with disorders of the schizophrenic spectrum, with older age, with the presence of physical co-morbidities, larger quantity of cigarettes and the time elapsed since the onset of nicotine dependence, diminishment of the perception of the ability to quit smoking, and higher perception of the effects of tobacco on the individual\'s body and behavior. For a patient with mental disorders, tobacco dependence carries the meaning of pleasure, distraction, self-medication for psychiatric symptoms, relief from the collateral effects caused by medication, facilitation of social interactions, relief from loneliness, self-control, protection/safety, help to forget problems, help to face stigma and self-stigma (non- acceptance of one\'s limitations), self-destruction, company, and a meaning to life. There is a difference in the meaning attributed to tobacco dependence by schizophrenics in comparison to patients with other disorders. To the first group, tobacco is irreplaceable, it is a shelter from the problems brought by schizophrenia; it is as vital as breathing. In conclusion, the frequency of tobacco dependents among individuals with mental disorders, hospitalized in the psychiatric ward of a general hospital, is superior to that of the general population. This problem requires special attention from health professionals, especially nurses due to the consequential relation of proximity with the patient, imbued in the nature of the care provided.
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Emoção expressa e sobrecarga de familiares de pacientes no primeiro episódio psicótico e fatores relacionados / Expressed emotion and burden in relatives of patients in the first- episode psychosis and factors related

Larissa de Souza Tressoldi 06 September 2016 (has links)
O primeiro episódio psicótico (PEP) é um período marcado por uma série de mudanças na dinâmica familiar. A família tem um papel importante no processo de tratamento desses pacientes. As atitudes dos membros familiares acerca do paciente são avaliadas por meio dos níveis de Emoção Expressa (EE) e de sobrecarga familiar. Apesar da importância do papel dos cuidadores, estudos conduzidos para avaliar as relações intrafamiliares de pacientes no PEP são escassos. Este estudo observacional teve como objetivo determinar os fatores relacionados aos níveis de EE e sobrecarga de familiares de pacientes no PEP. Participaram do estudo 100 familiares e 100 pacientes em acompanhamento em um ambulatório de um hospital universitário do interior do Estado de São Paulo, no período de janeiro de 2015 a janeiro de 2016. Para a coleta de dados foram utilizados quatro instrumentos: um formulário contendo dados sociodemográficos e clínicos, o Family Questionnaire - Versão Português do Brasil (FQ-VPB) para avaliar os níveis de EE e de seus domínios Comentários Críticos (CC) e Superenvolvimento Emocional (SEE), o Inventário de Sobrecarga do Cuidador (ISC) para medir os níveis de sobrecarga dos familiares e a Medida de Adesão aos Tratamentos (MAT) para avaliar a adesão ao tratamento. Os dados foram obtidos por meio de entrevista dirigida. Para análise utilizou-se estatística descritiva e regressão logística múltipla. O nível de significância adotado foi de 0,05. Quanto aos resultados, a maioria dos familiares (62%) foi classificada com elevado nível de EE, 63% com baixo nível de CC, 59% com elevado nível de SEE e 43% apresentaram nível moderado de sobrecarga familiar. Em relação à adesão ao tratamento, 84% dos pacientes foram considerados aderentes. Houve associação significante entre os níveis de EE, SEE e o sexo e escolaridade dos familiares, entre o vínculo com o paciente e os níveis de EE, SEE e CC, entre os níveis de sobrecarga e o diagnóstico médico e entre a idade do paciente e os níveis de CC. Além disso, houve associação significante entre os níveis de EE, SEE e CC e os níveis de sobrecarga. A análise do modelo multivariado mostrou que os anos de estudo do familiar foram considerados fatores de proteção para o desenvolvimento de níveis elevados de EE e SEE, enquanto os anos de estudo do paciente foram considerados fatores de proteção para sobrecarga moderada. Outro fator de proteção identificado foi o tipo de vínculo com o paciente, ou seja, ser pai, avós, sobrinhos, primos, tios ou colegas, representa fator de proteção para nível elevado de EE, CC e sobrecarga moderada, moderada a severa e severa. Por outro lado, familiares do sexo feminino apresentaram 4,81 vezes mais chance de apresentar nível elevado de SEE do que familiares do sexo masculino. Além disso, familiares de pacientes com diagnóstico de esquizofrenia tem 4,19 vezes mais chance de apresentar nível elevado de CC do que familiares de pacientes sem diagnóstico. Espera-se que esses resultados possam fornecer informações para elaboração de estratégias de prevenção e promoção em saúde mental que envolvam os pacientes no PEP e seus familiares / The first-episode psychosis (FEP) is a period marked by a series of changes in family dynamics. Family plays an important role in the treatment of these patients. The attitudes of family members about the patient are evaluated by the levels of Expressed Emotion (EE) and family burden. Despite the importance of the role of caregivers, conducted studies to assess the intra-family relationships of patients in the FEP are scarce. This observational study aimed to determine the factors related to EE levels and relatives to FEP patients overwhelmed. The study included 100 families and 100 patients followed up in a clinic of a university hospital in the state of São Paulo, from January 2015 to January 2016. For data collection were used four instruments: a form containing sociodemographic and clinical data; the Family Questionnaire - Brazil\'s Portuguese version (FQ-BPV) to measure the EE levels and its domains of Criticism and emotional overinvolvement (EOI); the Zarit Burden Interview (ZBI) to measure the overload levels of family members and the Measurement of Treatment Adherence (MTA) to evaluate adherence to treatment. The data were obtained by guided interview. For analysis, it was used descriptive statistics and multiple logistic regression. The significance level was 0.05. As the results, most families (62%) were classified with high level of EE, 63% with low criticism, 59% with high level of EOI and 43% had moderate level of family burden. In relation to adherence to treatment, 84% of patients were considered adherent. There was a significant association between EE levels, EOI and the gender and education of family members, between the relationship with the patient and EE levels, EOI and criticism, between the burden levels and the medical diagnosis and between the age of the patient and criticism levels. In addition, there was a significant association between EE levels, EOI and criticism and burden levels. The analysis of the multivariate model showed that the years family study were considered protective factors for the development of high levels of EE and EOI, while the years of patient study were considered protective factors to moderate overwhelm. Another protection factor identified was the type of relationship with the patient. Having another relation with the patient, ie, being a father, grandparents, nephews, cousins, uncles or colleagues, is a protective factor for high level of EE, criticism and moderate overload, moderate to severe and severe. By contrast, female members of the family had 4.81 times more likely to have high level of EOI that those family members who were male. In addition, relatives of patients with schizophrenia has 4.19 times more likely to have high levels of criticism than relatives of patients who do not have diagnosis. It is expected that these results can provide information for developing prevention strategies and promotion on mental health involving patients in the FEP and their families
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Prevalência e perfil epidemiológico do uso de tabaco da população psiquiátrica dos níveis secundário e terciário de atenção comparados à população geral da rede básica de saúde / Prevalence and epidemiological profile of tobacco use in the psychiatric population from secondary and tertiary levels of care compared to the general population from basic health network

Renata Marques de Oliveira 12 September 2016 (has links)
O uso de tabaco no meio psiquiátrico é um grave problema de saúde pública. Este estudo teve por objetivo estimar a prevalência e identificar o perfil epidemiológico do uso de tabaco da população psiquiátrica dos níveis secundário e terciário de atenção comparados à população geral da rede básica de saúde do município de Marília (SP). Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo- analítico, de corte transversal, com três grupos populacionais de Marília/SP: P1 - portadores de transtornos mentais do ambulatório de saúde mental (ASM), P2 - portadores de transtornos mentais das unidades de agudos do hospital psiquiátrico (HP) e P3 - população geral de uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Foi selecionada uma amostra probabilística composta por 378 participantes, 126 em cada serviço. As entrevistas foram realizadas entre abril e julho de 2014. Os questionários, avaliados por juízes, foram inseridos no aplicativo TabacoQuest, desenvolvido especialmente para a coleta dos dados deste estudo. Utilizaram-se ferramentas de estatística descritiva, análise bivariada e multivariada (? de 5%). Dentre os 378 participantes, 255 (67,5%) eram mulheres. A idade variou de 15 a 79 anos (em média, 48 anos). Confirmou-se a hipótese de maior prevalência de fumantes entre a população psiquiátrica dos níveis secundário e terciário de atenção do que entre a população geral da rede básica de saúde (ASM= 27% , HP= 60,3%, UBS= 19%). Ademais, a dependência do tabaco foi mais intensa na psiquiátrica (grau muito elevado: ASM= 14,7%, HP= 32,9%, UBS= 4,2%). O perfil pessoal e sociodemográfico dos fumantes foi assim definido: homens; jovens; analfabetos ou com ensino fundamental; solteiros; sem religião; sem ocupação e recebedores de mais de um benefício do governo. Os fumantes com dependência muito elevada também foram representados por pessoas com essas características, porém com maior escolaridade. Houve maior prevalência de fumantes entre os pacientes psiquiátricos graves: diagnóstico de esquizofrenia/transtorno esquizoafetivo; mais tempo de diagnóstico; uso de três ou mais psicofármacos; uso de antipsicóticos de 1ª geração; quatro ou mais internações psiquiátricas e tentativas de suicídio; sintomas psiquiátricos intensos; ansiedade-traço altíssima. O fumo atual esteve independentemente associado aos grupos etários mais jovens, ao catolicismo ou à ausência de religião, aos transtornos mentais graves, aos transtornos ansiosos/outros, ao uso atual e pregresso de álcool e de substâncias ilícitas. Os fatores independentes associados à intensa dependência do tabaco foram sexo masculino, grupo etário, transtornos mentais graves, transtornos ansiosos/outros e risco alto de suicídio. A principal razão que motivava os fumantes a usar tabaco era a redução da tensão/relaxamento. Identificou-se baixo percentual de ex-fumantes no HP (4,8%), o que mostra a dificuldade que os pacientes psiquiátricos graves e crônicos têm em parar de fumar (tentativas de parar no último ano: ASM= 75%, HP= 35,1%, UBS= 62,5%). A população psiquiátrica, especialmente a internada no HP, foi menos favorável à proibição do fumo nos serviços de saúde (ASM= 84,1%, HP= 69,1%, UBS=100%), tendo refletido a cultura do tabagismo dessa instituição. Concluiu-se que a prevalência de fumantes e a dependência do tabaco foram superiores na população psiquiátrica dos níveis secundário e terciário de atenção do que na população geral da rede básica de saúde, especialmente entre os pacientes psiquiátricos graves. Espera-se que esses resultados contribuam para o planejamento de intervenções contra o fumo na população psiquiátrica, fortalecendo a política nacional de controle do tabagismo e o cuidado dos profissionais que atuam nos serviços de saúde mental / The use of tobacco by the psychiatric population is a serious problem in public health. The aim of this study was to estimate the prevalence of smoking and to identify the epidemiological profile of tobacco use in the psychiatric population from secondary and tertiary levels of care compared to the general population from basic health network in the city of Marília (SP). A descriptive analytical cross-sectional epidemiological study was carried out, with three population groups from Marília/SP: P1 - individuals with mental disorders from mental health outpatient (MHO), P2 - individuals with mental disorders from acute unities of the Psychiatric Hospital (PH) and P3 - general population from a Basic Unit of Health (BUH). It was selected a probability sample of 378 participants, 126 in each service. The interviews were conducted in April-July 2014. The questionnaires, assessed by judges, were recorded in TabacoQuest application, which was developed specially to data collection for this study. It were used descriptive statistics tools, bivariate and multivariate analysis (? of 5%). Among the 378 participants, 255 (67.5%) were women. The age ranged between 15 and 78 years (mean, 48 years). It was confirmed the hypothesis of higher smoking prevalence in the psychiatric population from secondary and tertiary levels of care compared to the general population from basic health network (MHO= 27%, PH= 60.3%, BUH= 19%). Moreover, the addiction to tobacco was more intense among psychiatric population (very high level: MHO= 14.7%, PH= 32.9%, BUH= 4.2%). The personal and socio- demographic profile of smokers was well defined: men; youth; illiterate people or with basic education; unmarried; individuals without religion; individuals without occupation and recipients of more than one government benefit. People with those characteristics also represented smokers with high-level dependence, but with higher level of schooling. There was higher prevalence of smokers among the severe psychiatric patients: diagnosis of schizophrenia/schizoaffective disorder; more time of diagnosis; use of three or more psychotropic drugs; use of first generation antipsychotics; four or more psychiatric hospitalizations and suicide attempts; more intense psychiatric symptoms; highest trait anxiety. Current smoking was independently associated to younger age-groups, to Catholicism or absence of religion, to severe mental disorders, to anxiety disorders/others, to current and former use of alcohol and illicit substances. The independent factors associated to intense tobacco dependence were male, age group, severe mental illness, anxiety disorders/others and high risk of suicide. Reduction of tension/relaxing was the main reason for smokers to use tobacco. It was identified low percentage of former smokers in PH (4.8%), showing that severe and chronic psychiatric patients find more difficult quitting smoking (attempts to quit in last year: MHO= 75%, PH= 35.1%, BUH= 62.5%). The psychiatric population, especially those in PH, was less favorable to no-smoking police in health services (ASM= 84.1%, PH= 69.1%, BUH= 100%), reflecting the smoking culture of the institution. It was concluded that the prevalence of smokers and tobacco dependence were higher in the psychiatric population from secondary and tertiary levels of care compared to the general population from basic health network, especially among the severe psychiatric patients. We hope that these results contribute to the planning of interventions against psychiatric population smoking, strengthening the national non-smoking policy and the care of the professionals who work at the mental health care services
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Papéis, conflitos e gratificações de enfermeiros especialistas em enfermagem psiquiátrica e saúde mental: estudo prospectivo / Roles, conflicts and rewards of psychiatric and mental health nurses: prospective study

Lima, Raphael Valentino Marques de 14 December 2011 (has links)
Com a transformação da assistência psiquiátrica, torna-se importante verificar como o enfermeiro especialista em enfermagem psiquiátrica e saúde mental se encontra diante de seus papéis, conflitos e gratificações. Assim, trinta e um enfermeiros que se especializaram em enfermagem psiquiátrica e saúde mental responderam um questionário com esse objetivo. Os resultados mostraram que a grande maioria trabalha na área em que se especializaram, e, quanto aos papéis, desenvolvem os administrativos, como: a coordenação e organização do serviço de assistência e participação em conselhos de saúde; os de cuidado direto, como: atuar junto ao paciente e familiar, execução dos cuidados de higiene, medicações e orientações, escuta qualificada, apoio psicológico e controle de crises; específicos do enfermeiro psiquiátrico, como: coordenação/supervisão/orientação da equipe de enfermagem, consulta e pós consulta de enfermagem, exame de estado mental, triagem, acolhimento, visita domiciliar, prevenção na comunidade, escuta terapêutica, avaliação clinica, desenvolvimento de projeto terapêutico individual, profissional de referência, participação em grupos, oficinas e atendimento individual. Possuem conflitos relativos à falta de reconhecimento profissional, como: falta de reconhecimento como enfermeiro especialista, falta de credibilidade no atendimento do enfermeiro especialista e falta de autonomia enquanto enfermeiro; condições de trabalho como: falta de recursos materiais, humanos e de espaço físico, sobrecarga do profissional qualificado, falta de oportunidades de capacitação da equipe, dificuldade de aliar gestão e assistência, dificuldade de associar a teoria com a prática; dificuldades de relacionamento com a equipe, como: profissionais médicos que não conseguem trabalhar em equipe, falta de cooperação entre enfermeiros, desrespeito da equipe pelas decisões tomadas. Como gratificações destacam o reconhecimento profissional, como: agradecimento do paciente pelos serviços prestados, melhora do paciente e reconhecimento da equipe multiprofissional pelo trabalho; reconhecimento pessoal, como: satisfação pessoal, ser reconhecido como enfermeiro psiquiátrico, prazer em trabalhar e paixão pelo que faz; qualificação, como: aplicação dos conhecimentos, postura ética, interesse em buscar mais qualificação e satisfação em conseguir desempenhar o que aprendeu. Assim sendo, pode-se considerar que os enfermeiros pesquisados identificaram o seu papel de especialista na área de enfermagem psiquiátrica e o exercem com propriedade. Seus conflitos relacionaram-se a aspectos de reconhecimento profissional como enfermeiro especializado, estruturais dos serviços e relacionamento, que podem se constituir em agentes complicadores para o desenvolvimento de um bom trabalho, e, suas gratificações, estão ligadas a fatores de reconhecimento profissional, pessoal, qualificação profissional e aplicação de conhecimentos, levando ao entendimento de que o idealismo contido nessas colocações tem grandes chances de serem traduzidos em ações levando a transformações, o que vai de encontro ao que é esperado de um enfermeiro especialista na área de enfermagem psiquiátrica saúde mental. / Due to psychiatric assistance changes, it is important to check how the nurse specialized in psychiatric nursing and mental health deals with his roles, conflicts and rewards. Thus, thirty-one nurses specialized in psychiatric nursing answered a questionnaire for this purpose. Results showed that most of them worked within the area of their specialization and as to roles, they performed administrative ones, such as: coordination and organization of assistance service and participation in health councils; direct care ones, such as: action with patient and relatives, hygiene care performance, medications and guidance, qualified hearing, psychological support and crisis control; psychiatric-nurse specific ones, such as: nursing team coordination/supervision/guidance, nursing appointment and post-appointment, mental state examination, triage, reception, home visit, prevention within the community, clinical evaluation, individual therapeutic project development, reference professional, participation in groups, workshops and individual support. They show conflicts related to the lack of professional recognition, such as: lack of recognition as a specialist nurse, of credibility in specialist nurse assistance and of autonomy as a nurse; work conditions such as: shortage of material and human resources, and physical space, overburden of qualified professional, lack of opportunities for team empowerment, difficulty to ally management and assistance, difficulty to associate theory to practice; difficulty relationship with the team, such as: medical professionals that are not able to work as a team, lack of cooperation among nurses, team\'s disrespect as to decisions made. As rewards they point out professional recognition, as: patient\'s gratitude for services provide, patient\'s improvement and work recognized by the multi-professional team; personal recognition, as: personal satisfaction, recognition as a psychiatric nurse, pleasure to work and passion for the profession; qualification, such as: knowledge application, ethical attitude, interest in looking for a deeper qualification and satisfaction to perform what was learnt. Thus, we may consider that researched nurses have identified their specialized role within psychiatric nursing area and suitably perform it. Their conflicts are related to aspects of professional recognition as a specialized nurse, services structure and relationship, which may become complicating agents for a good work development, and their rewards refer to professional and personal recognition, professional qualifications and knowledge application factors, and we may conclude that idealism contained in these statement has large chances to be translated into actions leading to changes, meeting what is expected from a nurse, who is specialized in psychiatric and mental health nursing area.
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Integração docente-assistencial : um estudo de caso

Olschowsky, Agnes January 1995 (has links)
O objeto de estudo deste trabalho é o processo de integração docente assistencial entre a Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, enfocando os atores envolvidos e a sua prática histórica concreta. Pretende-se conhecer a dinâmica das relações do referido processo, entendendo-o como um trabalho coletivo que resulta de transformações históricas e sociais. Trata-se de relações de trabalho construídas na especificidade dessa prática e de seus atores. Desse modo, o processo investigado é percebido como conflituoso, desarticulado de uma ação conjunta do ensino e serviço e vivido com dificuldades, divisões e disputas entre os enfermeiros-docentes e assistenciais devido a práticas, poderes, interesses e necessidades diferentes. A dicotomia inter-institucional transparece como regra dessa articulação, desencadeando uma problemática de integração, que se traduz em obstáculos para a operacionalização das relações de trabalho. A IDA existente não é harmônica mas as relações de força que a integram devem ser aproveitadas como móvel para sua ação e transformação, definindo expectativas reais de trabalho, considerando suas inter-relações e, a partir delas, a construção/reconstrução de novas alternativas.
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Quedas em pacientes psiquiátricos : uma revisão integrativa / Falls in psychiatric patients : an integrative review

Cassola, Talita Portella January 2017 (has links)
As quedas são consideradas, mundialmente, um problema de saúde pública. É a segunda causa de mortes por lesões acidentais ou intencionais em todo o mundo, atrás apenas de acidentes de trânsito. As quedas também se tornaram preocupação para instituições hospitalares, sendo elas consideradas um indicador de qualidade da assistência. Entre as unidades hospitalares, destacam-se as unidades psiquiátricas com a maior prevalência do evento quedas, em função da vulnerabilidade dos pacientes em sofrimento psíquico. Frente a isso, o presente estudo objetiva caracterizar a produção científica nacional e internacional em saúde sobre o evento quedas em pacientes psiquiátricos adultos. Trata-se de uma revisão integrativa, que utilizou os pressupostos teórico-metodológicos de Whittemore (2005). Para coleta de dados foram utilizados os descritores acidentes por quedas, saúde mental, psiquiatria, enfermagem psiquiátrica e enfermagem, nas seguintes bases pesquisadas: Lilacs, MedLine, PubMed, Cinahl e Embase. Os critérios de inclusão dos artigos foram: estar indexados nas bases de dados, estudos direcionados a sujeitos adultos, nos idiomas português, inglês e espanhol, além de estarem disponíveis integralmente e de forma gratuita. Também se considerou ter resultados satisfatórios conforme aplicação do instrumento de controle de qualidade e níveis adequados na Classificação Hierárquica de Evidências, em níveis médio e forte. Totalizou-se uma amostra de 57 artigos. Para melhor compreensão, os resultados foram discutidos em três categorias, sendo elas: 1) Fatores de risco em pacientes psiquiátricos; 2) Mecanismos e instrumentos para avaliar as quedas em pacientes psiquiátricos e 3) Intervenções relacionadas à prevenção de quedas. Em um momento em que se discute a melhora das condições de segurança dos pacientes, trazer elementos para problematizar as quedas na unidade de internação psiquiátrica constitui-se um dos retornos necessários para promover a integração entre a pesquisa e a assistência, de forma a conduzir uma efetiva prática focada em evidências. / Globally, falls are a major public health problem. They are the second leading cause of accidental or unintentional injury deaths worldwide after road traffic injuries. Falls become a preoccupation for hospital institutions, since it is considered an indicator of quality of care. Among the hospital units, the psychiatric units have the highest prevalence of the event fall along with the vulnerability of the patients in psychological distress. Against this background the present study aims to character the national and international scientific production in health on the event falls in adult psychiatric patients. This is an integrative review with theoretical- methodological assumptions Whittemore's (2005). For data collection, the descriptors Accidental falls; Mental health; Psychiatric; Psychiatric nursing; Nursing in the following databases: Lilacs, MedLine, PubMed, Cinahl and Embase. The inclusion criteria of the articles were: to be indexed in the databases, studies directed to adult subjects, Portuguese, English and Spanish languages, to be available in free full-text articles. It was also considered to have satisfactory results according to the Hierarchical Classification of Evidence in Medium and Strong. It was totaled in 57 articles. For better understanding, the results were discussed in three subcategories: 1) Risk factors in psychiatric patients; 2) Mechanisms and instruments to evaluate falls in psychiatric patients; 3) Interventions related to falls prevention. While the improvement of the patient's safety conditions is debated, bringing elements to discuss the falls in the unit of psychiatric hospitalization is one of the necessary returns to promote the integration between the research and the assistance. In order to conduct an effective practice focused on evidence.
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Integração docente-assistencial : um estudo de caso

Olschowsky, Agnes January 1995 (has links)
O objeto de estudo deste trabalho é o processo de integração docente assistencial entre a Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, enfocando os atores envolvidos e a sua prática histórica concreta. Pretende-se conhecer a dinâmica das relações do referido processo, entendendo-o como um trabalho coletivo que resulta de transformações históricas e sociais. Trata-se de relações de trabalho construídas na especificidade dessa prática e de seus atores. Desse modo, o processo investigado é percebido como conflituoso, desarticulado de uma ação conjunta do ensino e serviço e vivido com dificuldades, divisões e disputas entre os enfermeiros-docentes e assistenciais devido a práticas, poderes, interesses e necessidades diferentes. A dicotomia inter-institucional transparece como regra dessa articulação, desencadeando uma problemática de integração, que se traduz em obstáculos para a operacionalização das relações de trabalho. A IDA existente não é harmônica mas as relações de força que a integram devem ser aproveitadas como móvel para sua ação e transformação, definindo expectativas reais de trabalho, considerando suas inter-relações e, a partir delas, a construção/reconstrução de novas alternativas.
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Vivência familiar de tratamento da pessoa com transtorno mental em face da reforma psiquiátrica

Borba, Letícia de Oliveira 17 January 2012 (has links)
Resumo: Trata-se de uma pesquisa qualitativa com o método da história oral temática, desenvolvida no período de 2008 a 2009, com famílias que tinham um integrante com transtorno mental que residem na cidade de Curitiba e região metropolitana. Teve como questão norteadora: como a família vivencia o tratamento da pessoa com transtorno mental em face da reforma psiquiátrica? Para responder a essa indagação foi elaborado o objetivo: conhecer como a família vivencia o tratamento da pessoa com transtorno mental em face da reforma psiquiátrica. Participaram desta pesquisa três famílias, no total de oito olaborares. Os dados foram obtidos por meio de entrevista semiestruturada, analisados de acordo com a proposta de Interpretação Qualitativa de Dados de Minayo, organizados nas categorias temáticas: 1. Atitudes e sentimentos da família em face do adoecimento do seu integrante, 2. Assistência em saúde mental: do modelo hospitalocêntrico ao psicossocial, formada por três sub-categorias: 2.1 O (des)cuidado à pessoa internada em hospital psiquiátrico, 2.2 As sucessivas internações em hospitais psiquiátricos, e, 2.3 Assistência na área da saúde mental sustentada no modelo psicossocial: avanços, fragilidades e desafios. 3. A convivência familiar em face do transtorno mental. Os colaboradores referiram que em um primeiro momento tentam tratar do familiar com transtorno mental em seu domicílio, entretanto, frente a agudização dos sintomas, é preciso recorrer ao internamento em instituição psiquiátrica, situação por eles vivenciada com intensa angústia e sofrimento. Relataram as terapêuticas utilizadas pela instituição manicomial como: camisa de força, eletroconvulsoterapia, contenção física no leito, enfaixamento, e que os objetivos desse aparato institucional era segregar e modelar comportamentos. Em relação às mudanças na assistência consideram os serviços extra-hospitalares como o CAPS/NAPS e ambulatório de saúde mental como estratégias inovadoras e possíveis. Atribuíram a estes dispositivos a melhora na relação familiar, a aceitação da doença e o entendimento de como lidar com as situações conflitantes que a convivência com essa realidade suscita. A convivência familiar é permeada por tensões e conflitos, motivadas pelo não ntendimento da doença, e pela estigmatização que o portador de transtorno mental sofre no próprio núcleo familiar. Mencionaram que existe sobrecarga emocional e financeira dos cuidadores e discorreram sobre as estratégias encontradas para buscar uma melhor convivência. Os resultados demonstram que está em curso no país uma mudança de paradigma na forma de assistir a pessoa com transtorno mental, que vai do modelo hospitalocêntrico centrado na exclusão social e no poder médico, ao modelo psicossocial, que objetiva o tratamento em serviços extra-hospitalares, a reinserção social e o repensar do modo de fazer nessa área do conhecimento. Apesar dos avanços, ainda são muitos os desafios postos para a consolidação do modelo psicossocial como a articulação entre atenção básica e saúde mental, a capacitação dos profissionais da área da saúde para acolher e atender as demandas de cuidados dessa clientela e o aumento da amplitude do atendimento nos serviços de base comunitária.
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Atuação do enfermeiro em Centros de Atenção Psicossocial / Nurse Performance at a Psychosocial Care Center

Tatiana Malfará de Castro 20 December 2007 (has links)
O presente estudo é descritivo exploratório com abordagem qualitativa dos dados. Tem como proposta investigar a atuação do enfermeiro em Centro de Atenção Psicossocial; descrever as atividades realizadas pelo enfermeiro em CAPS I, II e III; identificar as facilidades e os limites encontrados pelo enfermeiro para o desenvolvimento de suas atividades nesse tipo de serviço. Para a coleta dos dados, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com 11 profissionais, guiadas por roteiro pré-elaborado. Essas foram gravadas e transcritas na íntegra pelo próprio pesquisador. Na análise e discussão dos dados coletados, utilizou-se as seguintes fases: ordenação dos dados, classificação dos dados e análise final na articulação do material teórico e empírico. Desse modo, extraiu-se, de cada depoimento, os temas emergentes dos discursos dos entrevistados os quais foram agrupados em duas categorias temáticas: assistência de enfermagem, e facilidades e dificuldades para a realização de suas atividades nos CAPS. Os resultados apontam que a maioria das participantes tem experiência prévia em outros serviços de atendimento em saúde mental, antes de ingressarem no CAPS. Quanto à formação específica em saúde mental, constatou-se que mais da metade das enfermeiras possui especialização na área de enfermagem psiquiátrica. O tempo médio de trabalho nos equipamentos selecionados é de três anos e sete meses. Os resultados indicam que as enfermeiras desempenham atividades de assistência direta com a realização de grupos e ações individuais. Para os enfermeiros, as facilidades encontradas para atuar no serviço são: afinidade com a área da saúde mental, coordenação e reuniões de equipe. As dificuldades referidas pelos enfermeiros são: a acomodação de auxiliares de enfermagem e a ausência ou pouco suporte terapêutico aos profissionais. As questões relacionadas ao trabalho em equipe e à estrutura e dinâmica do serviço, foram pontuadas por algumas enfermeiras como facilitadoras, enquanto que para outras, como limitantes. / The present study is exploratory and descriptive with a qualitative approach of the data. Its proposal is to investigate nurse performance at the Psychosocial Care Center (PCC); describe the activities performed by nurses in PCC I, II, and III; identify the facilities and limits that nurses come across to develop his/her activities in this kind of service. Data collection took place through semistructured interviews with 11 professionals, using a pre-elaborated script. The latter were fully recorded and transcribed by the researcher. In the analysis and discussion of the collected data, the following stages were used: data ordering, data classification, and final analysis in the articulation of the theoretical and empiric material. Thus, from each statement, themes emerging from the interviewees\' reports were extracted and grouped into two thematic categories: nursing care, and the easy and difficult aspects they deal with to perform his/her activities in the PCC. The results point out that most of the participants has previous experience in other mental health care services, before entering the PCC. Regarding specific education in mental health, it was verified that more than half the nurses have a specialization degree in psychiatric nursing. The average time of work in the selected equipment is three years and seven months. The results indicate that nurses perform direct care activities through group and individual actions. For the nurses, the easy aspects regarding their work in the service are: affinity with the mental health area, and team coordination and meetings. The difficulties mentioned by the nurses are: the indolence of nursing auxiliaries and the absence or little therapeutic support to professionals. Some nurses pointed issues related to teamwork and to service structure and dynamics as facilitators, while others stated them as limitations.

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