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Associações eletroclínicas na epilepsia rolândica benigna da infância

Riesgo, Rudimar dos Santos January 2000 (has links)
As pontas capturadas da região rolândica ( centrotemporal) nos eletrencefalogramas (EEG) de crianças com ou sem convulsões têm sido descritas e discutidas em detalhes desde os anos 50 e, quando estão associadas à crises convulsivas razoavelmente estereotipadas, constituem uma síndrome eletroclínica atualmente conhecida como epilepsia rolândica benigna da infância (ERBI). A ERBI é a mais comum das epilepsias parciais benignas da infânci~ tem um curso auto-limitado e idade-dependente e usualmente não está associada à alterações estruturais no sistema nervoso central (SNC). Contudo, tem aumentado o número de casos com lesões orgânicas concomitantes no SNC. Tal fato levou à criação de dois subgrupos, "benigno, e "não benigno,, e criou a necessidade de definir parâmetros adicionais de benignidade eletrográfica. Foram avaliadas as possíveis associações entre achados do EEG interictal e comportamento clínico em um estudo tipo corte transversal feito em 60 casos consecutivos de ERBI, testando quatro critérios de benignidade eletrográfica - morfologia dos paroxismos, dipolo horizontal, ritmos cerebrais de base e lateralidade das pontas rolândicas. Também foi avaliada a associação entre achados de neuroimagem e as classificações eletrográfica e clínica, bem como a possibilidade de encontrar dados relevantes na comparação entre o subgrupo no qual houve coincidência entre as classificações eletrográfica e clínica e o subgrupo sem tal coincidência nas classificações. Da análise dos resultados foi possível concluir que existe uma associação estatisticamente significativa entre os achados do EEG interictal e o comportamento clínico da ERBI e que tal associação demonstrou sensibilidade de 73,5%, especificidade de 81 ,8%, valor preditivo positivo de 94,8% e valor preditivo negativo de 40,9%. Na comparação entre os subgrupos Concordante e Discordante, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas quanto à sexo, idade de início das crises convulsivas, uso de anticonvulsivantes e avaliação neurorradiológica. Pontas rolândicas estereotipadas, dipolo horizontal presente e atividade cerebral de fundo normal foram parâmetros de benignidade eletrográfica que predominaram no subgrupo Concordante e a associação atingiu níveis de significância estatística. Dentre os 4 critérios de benignidade eletrográfica na ERBI testados, 3 estiveram associados com a classificação clínica de modo estatisticamente significativo: morfologia das pontas rolândicas, presença de dipolo horizontal e atividade cerebral de fundo. O fato de as pontas rolândicas serem uni ou bilaterais não se associou com o comportamento clínico e nem foi capaz de discriminar os subgrupos Concordante e Discordante de modo estatisticamente significativo. Idade de início das crises convulsivas e sexo não estiveram associados de modo estatisticamente significativo com o comportamento clínico da ERBI. Houve associação estatisticamente significativa entre os achados de neuroimagem e as classificações clínica e eletrográfica. Dentre os casos com exames neurorradiológicos anormais, 80% já haviam sido previamente classificados como eletrograficamente não benignos. Os casos com prévia classificação eletrográfica benigna tiveram 21 vezes mats probabilidades de também serem classificados como clinicamente benignos, segundo os critérios propostos. / The spikes captured m the rolandic region (centro-temporal) m electroencephalogram (EEG) of children with or without seizures have been described and discussed since the 1950s and, when associated with reasonably stereotyped seizures, constitute an electroclinical syndrome, today know as benign rolandic epilepsy (BRE) of childhood. BRE is the most common benign childhood partia! epilepsy. It has an auto-limited and age-dependent course, and usually is not associate with structural alterations in the central nervous system (CNS). Nevertheless, the number of cases with concomrnitant organic lesions in the CNS has been increased. This led to the creation of two subgroups, "benign" and "non benign" BRE, and resulted in the need for additional parameters to define electrographic benignity. It was evaluated the possible associations between interictal EEG findings and clinicai behavior in a cross-sectional study done in 60 consecutive BRE cases, testing four parameters of electrographic benigity: paroxysms morphology, horizontal dipole, cerebral base rythrns, and laterality o f rolandic spikes. It was also assessed the relationship between neurotmagmg findings and electrographic and clinicai classifications, as well as the possibility of finding relevant data m the comparison between subgroup with matching electrographic and clinicai classifications and subgroup without matching classifications. From data analysis, it was possible to conclude that there is a statistically significam association between interictal EEG findings and clinicai behavior in BRE. This association has a sensitivity o f 73. 5%; a specificity o f 81.1 %; a positive predictive value o f 94.8% anda negative predictive value of 40.9%. In the comparison between Concordam and Discordant subgroups, no statistically significant differences were observed regarding sex, age onset of seizures, anticonvulsant use and neuroradiologic evaluation. Stereotyped rolandic spikes, horizontal dipole and normal cerebral base rhythms were the most prevalent parameters of electrographic benignity in the Concordam subgroup, and the association reached statistically significant leveis. Among the four parameters of electrographic benignity in BRE tested, three were significantly associated with clinicai classification: rolandic spike morphology, presence of horizontal dipole and cerebral base rhythms. The unilaterality and bilaterality of the rolandic spikes was not associated with clinicai behavior and was not able to discriminate between Concordant and Discordant subgroups. Age onset of seizures and sex were not significantly associated with clinicai behavior in BRE, in this sample. lt was observed a statistically significant association between neur01magmg findings and clinicai and electrographical classifications. Among cases with abnormal neuroradiologic evaluation, 80% were previously been classified as electrographically not benign. For cases previoulsy classified as electrographically benign, the odds for being also classified as clinically benign were 21 times higher, according to the proposed criteria.
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Associações eletroclínicas na epilepsia rolândica benigna da infância

Riesgo, Rudimar dos Santos January 2000 (has links)
As pontas capturadas da região rolândica ( centrotemporal) nos eletrencefalogramas (EEG) de crianças com ou sem convulsões têm sido descritas e discutidas em detalhes desde os anos 50 e, quando estão associadas à crises convulsivas razoavelmente estereotipadas, constituem uma síndrome eletroclínica atualmente conhecida como epilepsia rolândica benigna da infância (ERBI). A ERBI é a mais comum das epilepsias parciais benignas da infânci~ tem um curso auto-limitado e idade-dependente e usualmente não está associada à alterações estruturais no sistema nervoso central (SNC). Contudo, tem aumentado o número de casos com lesões orgânicas concomitantes no SNC. Tal fato levou à criação de dois subgrupos, "benigno, e "não benigno,, e criou a necessidade de definir parâmetros adicionais de benignidade eletrográfica. Foram avaliadas as possíveis associações entre achados do EEG interictal e comportamento clínico em um estudo tipo corte transversal feito em 60 casos consecutivos de ERBI, testando quatro critérios de benignidade eletrográfica - morfologia dos paroxismos, dipolo horizontal, ritmos cerebrais de base e lateralidade das pontas rolândicas. Também foi avaliada a associação entre achados de neuroimagem e as classificações eletrográfica e clínica, bem como a possibilidade de encontrar dados relevantes na comparação entre o subgrupo no qual houve coincidência entre as classificações eletrográfica e clínica e o subgrupo sem tal coincidência nas classificações. Da análise dos resultados foi possível concluir que existe uma associação estatisticamente significativa entre os achados do EEG interictal e o comportamento clínico da ERBI e que tal associação demonstrou sensibilidade de 73,5%, especificidade de 81 ,8%, valor preditivo positivo de 94,8% e valor preditivo negativo de 40,9%. Na comparação entre os subgrupos Concordante e Discordante, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas quanto à sexo, idade de início das crises convulsivas, uso de anticonvulsivantes e avaliação neurorradiológica. Pontas rolândicas estereotipadas, dipolo horizontal presente e atividade cerebral de fundo normal foram parâmetros de benignidade eletrográfica que predominaram no subgrupo Concordante e a associação atingiu níveis de significância estatística. Dentre os 4 critérios de benignidade eletrográfica na ERBI testados, 3 estiveram associados com a classificação clínica de modo estatisticamente significativo: morfologia das pontas rolândicas, presença de dipolo horizontal e atividade cerebral de fundo. O fato de as pontas rolândicas serem uni ou bilaterais não se associou com o comportamento clínico e nem foi capaz de discriminar os subgrupos Concordante e Discordante de modo estatisticamente significativo. Idade de início das crises convulsivas e sexo não estiveram associados de modo estatisticamente significativo com o comportamento clínico da ERBI. Houve associação estatisticamente significativa entre os achados de neuroimagem e as classificações clínica e eletrográfica. Dentre os casos com exames neurorradiológicos anormais, 80% já haviam sido previamente classificados como eletrograficamente não benignos. Os casos com prévia classificação eletrográfica benigna tiveram 21 vezes mats probabilidades de também serem classificados como clinicamente benignos, segundo os critérios propostos. / The spikes captured m the rolandic region (centro-temporal) m electroencephalogram (EEG) of children with or without seizures have been described and discussed since the 1950s and, when associated with reasonably stereotyped seizures, constitute an electroclinical syndrome, today know as benign rolandic epilepsy (BRE) of childhood. BRE is the most common benign childhood partia! epilepsy. It has an auto-limited and age-dependent course, and usually is not associate with structural alterations in the central nervous system (CNS). Nevertheless, the number of cases with concomrnitant organic lesions in the CNS has been increased. This led to the creation of two subgroups, "benign" and "non benign" BRE, and resulted in the need for additional parameters to define electrographic benignity. It was evaluated the possible associations between interictal EEG findings and clinicai behavior in a cross-sectional study done in 60 consecutive BRE cases, testing four parameters of electrographic benigity: paroxysms morphology, horizontal dipole, cerebral base rythrns, and laterality o f rolandic spikes. It was also assessed the relationship between neurotmagmg findings and electrographic and clinicai classifications, as well as the possibility of finding relevant data m the comparison between subgroup with matching electrographic and clinicai classifications and subgroup without matching classifications. From data analysis, it was possible to conclude that there is a statistically significam association between interictal EEG findings and clinicai behavior in BRE. This association has a sensitivity o f 73. 5%; a specificity o f 81.1 %; a positive predictive value o f 94.8% anda negative predictive value of 40.9%. In the comparison between Concordam and Discordant subgroups, no statistically significant differences were observed regarding sex, age onset of seizures, anticonvulsant use and neuroradiologic evaluation. Stereotyped rolandic spikes, horizontal dipole and normal cerebral base rhythms were the most prevalent parameters of electrographic benignity in the Concordam subgroup, and the association reached statistically significant leveis. Among the four parameters of electrographic benignity in BRE tested, three were significantly associated with clinicai classification: rolandic spike morphology, presence of horizontal dipole and cerebral base rhythms. The unilaterality and bilaterality of the rolandic spikes was not associated with clinicai behavior and was not able to discriminate between Concordant and Discordant subgroups. Age onset of seizures and sex were not significantly associated with clinicai behavior in BRE, in this sample. lt was observed a statistically significant association between neur01magmg findings and clinicai and electrographical classifications. Among cases with abnormal neuroradiologic evaluation, 80% were previously been classified as electrographically not benign. For cases previoulsy classified as electrographically benign, the odds for being also classified as clinically benign were 21 times higher, according to the proposed criteria.
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Associações eletroclínicas na epilepsia rolândica benigna da infância

Riesgo, Rudimar dos Santos January 2000 (has links)
As pontas capturadas da região rolândica ( centrotemporal) nos eletrencefalogramas (EEG) de crianças com ou sem convulsões têm sido descritas e discutidas em detalhes desde os anos 50 e, quando estão associadas à crises convulsivas razoavelmente estereotipadas, constituem uma síndrome eletroclínica atualmente conhecida como epilepsia rolândica benigna da infância (ERBI). A ERBI é a mais comum das epilepsias parciais benignas da infânci~ tem um curso auto-limitado e idade-dependente e usualmente não está associada à alterações estruturais no sistema nervoso central (SNC). Contudo, tem aumentado o número de casos com lesões orgânicas concomitantes no SNC. Tal fato levou à criação de dois subgrupos, "benigno, e "não benigno,, e criou a necessidade de definir parâmetros adicionais de benignidade eletrográfica. Foram avaliadas as possíveis associações entre achados do EEG interictal e comportamento clínico em um estudo tipo corte transversal feito em 60 casos consecutivos de ERBI, testando quatro critérios de benignidade eletrográfica - morfologia dos paroxismos, dipolo horizontal, ritmos cerebrais de base e lateralidade das pontas rolândicas. Também foi avaliada a associação entre achados de neuroimagem e as classificações eletrográfica e clínica, bem como a possibilidade de encontrar dados relevantes na comparação entre o subgrupo no qual houve coincidência entre as classificações eletrográfica e clínica e o subgrupo sem tal coincidência nas classificações. Da análise dos resultados foi possível concluir que existe uma associação estatisticamente significativa entre os achados do EEG interictal e o comportamento clínico da ERBI e que tal associação demonstrou sensibilidade de 73,5%, especificidade de 81 ,8%, valor preditivo positivo de 94,8% e valor preditivo negativo de 40,9%. Na comparação entre os subgrupos Concordante e Discordante, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas quanto à sexo, idade de início das crises convulsivas, uso de anticonvulsivantes e avaliação neurorradiológica. Pontas rolândicas estereotipadas, dipolo horizontal presente e atividade cerebral de fundo normal foram parâmetros de benignidade eletrográfica que predominaram no subgrupo Concordante e a associação atingiu níveis de significância estatística. Dentre os 4 critérios de benignidade eletrográfica na ERBI testados, 3 estiveram associados com a classificação clínica de modo estatisticamente significativo: morfologia das pontas rolândicas, presença de dipolo horizontal e atividade cerebral de fundo. O fato de as pontas rolândicas serem uni ou bilaterais não se associou com o comportamento clínico e nem foi capaz de discriminar os subgrupos Concordante e Discordante de modo estatisticamente significativo. Idade de início das crises convulsivas e sexo não estiveram associados de modo estatisticamente significativo com o comportamento clínico da ERBI. Houve associação estatisticamente significativa entre os achados de neuroimagem e as classificações clínica e eletrográfica. Dentre os casos com exames neurorradiológicos anormais, 80% já haviam sido previamente classificados como eletrograficamente não benignos. Os casos com prévia classificação eletrográfica benigna tiveram 21 vezes mats probabilidades de também serem classificados como clinicamente benignos, segundo os critérios propostos. / The spikes captured m the rolandic region (centro-temporal) m electroencephalogram (EEG) of children with or without seizures have been described and discussed since the 1950s and, when associated with reasonably stereotyped seizures, constitute an electroclinical syndrome, today know as benign rolandic epilepsy (BRE) of childhood. BRE is the most common benign childhood partia! epilepsy. It has an auto-limited and age-dependent course, and usually is not associate with structural alterations in the central nervous system (CNS). Nevertheless, the number of cases with concomrnitant organic lesions in the CNS has been increased. This led to the creation of two subgroups, "benign" and "non benign" BRE, and resulted in the need for additional parameters to define electrographic benignity. It was evaluated the possible associations between interictal EEG findings and clinicai behavior in a cross-sectional study done in 60 consecutive BRE cases, testing four parameters of electrographic benigity: paroxysms morphology, horizontal dipole, cerebral base rythrns, and laterality o f rolandic spikes. It was also assessed the relationship between neurotmagmg findings and electrographic and clinicai classifications, as well as the possibility of finding relevant data m the comparison between subgroup with matching electrographic and clinicai classifications and subgroup without matching classifications. From data analysis, it was possible to conclude that there is a statistically significam association between interictal EEG findings and clinicai behavior in BRE. This association has a sensitivity o f 73. 5%; a specificity o f 81.1 %; a positive predictive value o f 94.8% anda negative predictive value of 40.9%. In the comparison between Concordam and Discordant subgroups, no statistically significant differences were observed regarding sex, age onset of seizures, anticonvulsant use and neuroradiologic evaluation. Stereotyped rolandic spikes, horizontal dipole and normal cerebral base rhythms were the most prevalent parameters of electrographic benignity in the Concordam subgroup, and the association reached statistically significant leveis. Among the four parameters of electrographic benignity in BRE tested, three were significantly associated with clinicai classification: rolandic spike morphology, presence of horizontal dipole and cerebral base rhythms. The unilaterality and bilaterality of the rolandic spikes was not associated with clinicai behavior and was not able to discriminate between Concordant and Discordant subgroups. Age onset of seizures and sex were not significantly associated with clinicai behavior in BRE, in this sample. lt was observed a statistically significant association between neur01magmg findings and clinicai and electrographical classifications. Among cases with abnormal neuroradiologic evaluation, 80% were previously been classified as electrographically not benign. For cases previoulsy classified as electrographically benign, the odds for being also classified as clinically benign were 21 times higher, according to the proposed criteria.
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Estudo da função executiva em crianças com epilepsia focal benigna da infância com pontas centrotemporais / Study of the executive function in children with benign focal epilepsy with centrotemporal spikes

Banaskiwitz, Natalie Helene Van Cleef 22 June 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: Diversas alterações cognitivas têm sido associadas à epilepsia focal benigna da infância com pontas centrotemporais (EFCT), incluindo distintos aspectos das funções executivas. Neste trabalho, estudamos o perfil do desempenho de crianças com EFCT em testes de funções atencionais e executivas. Calculamos o QI estimado que foi utlizado como critério de exclusão e também para verificar a influência da inteligência no desempenho dos testes. MÉTODOS: Cinqüenta e oito crianças com idade entre 8 e 13 anos participaram deste estudo, sendo 30 crianças diagnosticadas com EFTC e 28 crianças hígidas. Foram usados os seguintes instrumentos: subtestes Vocabulário e Cubos da Escala de Inteligência Wechsler para Crianças 3ª Ed (WISC-III), Teste Stroop versão Victoria, Teste Wisconsin de Classificação de Cartas versão modificada (MCST), Fluência Verbal Fonêmica, Subteste Dígitos da WISC-III, Subteste Códigos da WISC-III, Teste Atenção Concentrada e Torre de Londres. O grupo de estudo foi ainda subdividido em relação à lateralidade da atividade epileptiforme e ao uso de medicação antiepiléptica e comparado ao grupo controle. RESULTADOS: A análise da correlação entre o QI estimado e o desempenho dos testes foi considerada estatisticamente fraca. Os grupos se mostraram homogêneos quanto às variáveis sociodemográficas e também quanto à lateralidade da crise e ao uso de medicação. As crianças com EFCT, especificamente as que apresentavam atividade epileptiforme à esquerda e fazendo uso de medicação possuíam QI dentro da média, porém o seu desempenho foi estatisticamente inferior em relação ao grupo controle e às crianças com atividade à direita, bilateral e sem medicação. O tempo de execução no cartão 1 (Controle) do Teste Stroop foi maior para o grupo de estudo em relação aos controles, sem diferença estatística em relação à lateralidade da descarga epileptiforme e ao uso de medicação. Todos os grupos (descarga à esquerda, descarga à direita, descarga bilateral, com e sem medicação) demonstraram piores rendimentos em relação ao grupo controle. Entretanto, o grupo com descarga à direita e o grupo sem medicação apresentaram resultados menores quando comparados ao grupo controle. Com relação ao Teste de Classificação de Cartas versão modificada, observamos que o grupo com descarga à esquerda e o grupo sem medicação apresentaram piores desempenhos no número de categorias e na eficiência de categorização, enquanto apenas no grupo sem medicação houve maior quantidade de erros que o grupo controle. Nos demais instrumentos, não houve diferença estatística significativa entre os grupos analisados. CONCLUSÃO: A análise da correlação entre o QI estimado e o desempenho dos testes demonstra que o QI estimado não influenciou nos resultados dos testes. Os grupos com descarga à esquerda e com medicação possuem eficiência intelectual menor. Os grupos com descarga à esquerda e sem medicação possuem pior desempenho na capacidade de criação de estratégias para resolução de problemas. Todos os grupos apresentaram resultados menores que o grupo controle na fluência verbal, com maior diferença do grupo com descarga à direita e do grupo sem medicação em relação ao grupo controle. Concluiu-se assim que crianças com EFTC apresentam dificuldades cognitivas e de alguns aspectos da função executiva dependendo de variáveis como lateralidade do foco e do uso ou não de medicação / INTRODUCTION: Many cognitive alterations have been associated to benign focal epilepsy of childhood with centrotemporal spikes (BECTS) including distinct aspects of the executive functions. In this work, we studied the performance profile of children with BECTS in attention and executive functions tests. We calculated the estimated IQ as a means of exclusion criteria as well as a way to verify the influence of intelligence in the tests performance. METHODS: Fifty eight children with ages ranging from 8 to 13 years old participated in the study, from which 30 were diagnosed with BECTS and 28 were healthy children. The following tools were employed: Cubes and Vocabulary subtests of the Wechsler Intelligence Scale for children 3ª Ed (WISC-III), Stroop test Victoria version, Wisconsin Card Sorting test modified version (MCST), Phonemic Verbal Fluency (FAS), Trails test intermediary version, Digits subtest of WISC-III, Codes subtest of WISC-III, Concentrated Attention test and Tower of London. The study-group was subdivided according to laterality of epileptic activity and the use of antiepileptic medication and compared to the control-group. RESULTS: The correlation between estimated IQ and tests performance was statistically weak. The groups were homogeneous regarding the sociodemographic variables as well as the laterality of the crisis and the use of medication. The children with BECTS, particularly the ones with epileptiform activity in the left hemisphere and using medication presented IQ within the mean, however their performance were statistically lower when compared to the control-group and to the children with epileptiform activity in the right hemisphere, bilateral activity and without medication. The execution time in card 1 (Control) of the Stroop test was higher in the study-group relative to control and showed no significant difference regarding laterality of the epileptiform discharge and use of medication. All the groups (discharge on the left, discharge on the right, bilateral discharge, with and without medication) showed lower efficiency compared to the control-group in FAS. However, the group with discharge on the left and the group without medication showed lower results compared to the control-group. Relative to the Wisconsin Card Sorting test modified version, we observed worse performances in the number of categories and categorization efficiency in the group with discharge on the left and the group without medication, while only the group without medication presented a higher amount of errors than the control-group. The remaining tools showed no significant difference between the analyzed groups. CONCLUSION: The analysis of correlation between the estimated IQ and the tests performance shows that the estimated IQ did not influence the tests results. The group with discharges on the left hemisphere and the group with medication present lower intellectual efficiency. The group with discharges on the left and the group without medication present the worst performance in the ability to develop strategies to solve problems. All the groups showed lower results than the control-group in verbal fluency with the highest difference presented by the group with discharge on the right and the group without medication relative to control. It is possible to conclude therefore that children with BECTS present limitations concerning cognition and some aspects of executive function depending on variables such as laterality of the focus and the use of medication
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Estudo da função executiva em crianças com epilepsia focal benigna da infância com pontas centrotemporais / Study of the executive function in children with benign focal epilepsy with centrotemporal spikes

Natalie Helene Van Cleef Banaskiwitz 22 June 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: Diversas alterações cognitivas têm sido associadas à epilepsia focal benigna da infância com pontas centrotemporais (EFCT), incluindo distintos aspectos das funções executivas. Neste trabalho, estudamos o perfil do desempenho de crianças com EFCT em testes de funções atencionais e executivas. Calculamos o QI estimado que foi utlizado como critério de exclusão e também para verificar a influência da inteligência no desempenho dos testes. MÉTODOS: Cinqüenta e oito crianças com idade entre 8 e 13 anos participaram deste estudo, sendo 30 crianças diagnosticadas com EFTC e 28 crianças hígidas. Foram usados os seguintes instrumentos: subtestes Vocabulário e Cubos da Escala de Inteligência Wechsler para Crianças 3ª Ed (WISC-III), Teste Stroop versão Victoria, Teste Wisconsin de Classificação de Cartas versão modificada (MCST), Fluência Verbal Fonêmica, Subteste Dígitos da WISC-III, Subteste Códigos da WISC-III, Teste Atenção Concentrada e Torre de Londres. O grupo de estudo foi ainda subdividido em relação à lateralidade da atividade epileptiforme e ao uso de medicação antiepiléptica e comparado ao grupo controle. RESULTADOS: A análise da correlação entre o QI estimado e o desempenho dos testes foi considerada estatisticamente fraca. Os grupos se mostraram homogêneos quanto às variáveis sociodemográficas e também quanto à lateralidade da crise e ao uso de medicação. As crianças com EFCT, especificamente as que apresentavam atividade epileptiforme à esquerda e fazendo uso de medicação possuíam QI dentro da média, porém o seu desempenho foi estatisticamente inferior em relação ao grupo controle e às crianças com atividade à direita, bilateral e sem medicação. O tempo de execução no cartão 1 (Controle) do Teste Stroop foi maior para o grupo de estudo em relação aos controles, sem diferença estatística em relação à lateralidade da descarga epileptiforme e ao uso de medicação. Todos os grupos (descarga à esquerda, descarga à direita, descarga bilateral, com e sem medicação) demonstraram piores rendimentos em relação ao grupo controle. Entretanto, o grupo com descarga à direita e o grupo sem medicação apresentaram resultados menores quando comparados ao grupo controle. Com relação ao Teste de Classificação de Cartas versão modificada, observamos que o grupo com descarga à esquerda e o grupo sem medicação apresentaram piores desempenhos no número de categorias e na eficiência de categorização, enquanto apenas no grupo sem medicação houve maior quantidade de erros que o grupo controle. Nos demais instrumentos, não houve diferença estatística significativa entre os grupos analisados. CONCLUSÃO: A análise da correlação entre o QI estimado e o desempenho dos testes demonstra que o QI estimado não influenciou nos resultados dos testes. Os grupos com descarga à esquerda e com medicação possuem eficiência intelectual menor. Os grupos com descarga à esquerda e sem medicação possuem pior desempenho na capacidade de criação de estratégias para resolução de problemas. Todos os grupos apresentaram resultados menores que o grupo controle na fluência verbal, com maior diferença do grupo com descarga à direita e do grupo sem medicação em relação ao grupo controle. Concluiu-se assim que crianças com EFTC apresentam dificuldades cognitivas e de alguns aspectos da função executiva dependendo de variáveis como lateralidade do foco e do uso ou não de medicação / INTRODUCTION: Many cognitive alterations have been associated to benign focal epilepsy of childhood with centrotemporal spikes (BECTS) including distinct aspects of the executive functions. In this work, we studied the performance profile of children with BECTS in attention and executive functions tests. We calculated the estimated IQ as a means of exclusion criteria as well as a way to verify the influence of intelligence in the tests performance. METHODS: Fifty eight children with ages ranging from 8 to 13 years old participated in the study, from which 30 were diagnosed with BECTS and 28 were healthy children. The following tools were employed: Cubes and Vocabulary subtests of the Wechsler Intelligence Scale for children 3ª Ed (WISC-III), Stroop test Victoria version, Wisconsin Card Sorting test modified version (MCST), Phonemic Verbal Fluency (FAS), Trails test intermediary version, Digits subtest of WISC-III, Codes subtest of WISC-III, Concentrated Attention test and Tower of London. The study-group was subdivided according to laterality of epileptic activity and the use of antiepileptic medication and compared to the control-group. RESULTS: The correlation between estimated IQ and tests performance was statistically weak. The groups were homogeneous regarding the sociodemographic variables as well as the laterality of the crisis and the use of medication. The children with BECTS, particularly the ones with epileptiform activity in the left hemisphere and using medication presented IQ within the mean, however their performance were statistically lower when compared to the control-group and to the children with epileptiform activity in the right hemisphere, bilateral activity and without medication. The execution time in card 1 (Control) of the Stroop test was higher in the study-group relative to control and showed no significant difference regarding laterality of the epileptiform discharge and use of medication. All the groups (discharge on the left, discharge on the right, bilateral discharge, with and without medication) showed lower efficiency compared to the control-group in FAS. However, the group with discharge on the left and the group without medication showed lower results compared to the control-group. Relative to the Wisconsin Card Sorting test modified version, we observed worse performances in the number of categories and categorization efficiency in the group with discharge on the left and the group without medication, while only the group without medication presented a higher amount of errors than the control-group. The remaining tools showed no significant difference between the analyzed groups. CONCLUSION: The analysis of correlation between the estimated IQ and the tests performance shows that the estimated IQ did not influence the tests results. The group with discharges on the left hemisphere and the group with medication present lower intellectual efficiency. The group with discharges on the left and the group without medication present the worst performance in the ability to develop strategies to solve problems. All the groups showed lower results than the control-group in verbal fluency with the highest difference presented by the group with discharge on the right and the group without medication relative to control. It is possible to conclude therefore that children with BECTS present limitations concerning cognition and some aspects of executive function depending on variables such as laterality of the focus and the use of medication
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Avaliação neuropsicológica de crianças com epilepsia rolândica = funções executivas / Neuropsychological assessment of children with rolandic epilepsy : executive functions

Neri, Marina Liberalesso, 1980- 19 August 2018 (has links)
Orientadores: Marilisa Mantovani Guerreiro, Catarina Abrão Guimarães / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-19T22:11:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Neri_MarinaLiberalesso_D.pdf: 1266603 bytes, checksum: 21ed75ba94dfafe79f7d15127e020891 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: A epilepsia benigna da infância com pontas centrotemporais (EBIPCT) ou rolândica (ER) é a forma mais freqüente de epilepsia na infância e é classificada como sendo focal, genética e de evolução benigna. Apesar de não haver déficit intelectual, essas crianças podem apresentar alterações cognitivas específicas. O presente estudo teve como objetivos: identificar e descrever alterações de funções executivas em crianças com ER e verificar a influência de variáveis clínicas da epilepsia nas funções executivas. Os participantes foram submetidos à aplicação de testes de funções executivas. Foram incluídas crianças com diagnóstico clínico e eletroencefalográfico de ER. A maioria dos pacientes estava controlada e muitos deles encontravam-se sem medicação. Os resultados obtidos foram comparados com os de um grupo de crianças de um grupo-controle (GC) constituído de indivíduos normais, com idade e nível sócio-educacional semelhantes ao das crianças com epilepsia. Os dados coletados nos dois grupos foram analisados e comparados através dos testes estatísticos: Mann-Whitney, teste Qui-quadrado e teste Exato de Fisher. Os resultados mostraram que quanto aos dados numéricos crianças com ER obtiveram pior desempenho em cinco das seis categorias consideradas do Wisconsin Card Sorting Test (WCST): nº de erros, nº de erros perseverativos, nº de respostas perseverativas, nº de categorias completadas e nº de fracassos em manter o set. Considerando-se resultados categóricos crianças com ER obtiveram pior desempenho no Trail Making Test (TMT) parte B, no Teste de fluência verbal FAS e em três categorias do WCST: nº de erros, nº de erros perseverativos e nº de respostas perseverativas. Em relação à variável idade de início da epilepsia, crianças com início mais precoce apresentaram pior desempenho em um dos instrumentos utilizados quando comparadas com crianças com início mais tardio da epilepsia; em relação às demais variáveis da epilepsia, não foi possível qualquer tipo de análise; quanto às variáveis das crises, não houve diferença nos resultados obtidos pelos pacientes divididos em grupos. Diante desses resultados concluímos que: as crianças com ER apresentaram déficit em funções executivas quando comparadas com o grupo-controle; a bateria utilizada mostrou-se adequada para detecção das disfunções apresentadas pelas crianças com ER; em relação à variável da epilepsia idade de início, crianças com início mais precoce apresentaram pior desempenho do que crianças com início mais tardio da epilepsia; em relação às demais variáveis da epilepsia e às variáveis das crises, não houve diferença entre os dois grupos. Assim, nosso estudo segue a linha de raciocínio de que o termo benigno deve ser usado com cautela uma vez que nossos pacientes apresentaram déficits neuropsicológicos em funções executivas, independentemente da fase ativa da epilepsia e do uso de medicações / Abstract: The benign childhood epilepsy with centrotemporal spikes (EBIPCT) or rolandic epilepsy (RE) is the most common type of childhood epilepsy and is considered to be a focal, genetic and benign epilepsy. Although there is no intellectual deficit, these children may have specific cognitive impairments. This study aimed: to identify and describe changes in executive functions in children with RE and to verify the influence of clinical variables of epilepsy in executive functions. Participants were evaluated with tests to assess executive functions. We included children with clinical and EEG features of RE. Most patients were controlled and several were without medication. The results were compared with those of a control group (CG) comprised of normal subjects with age and socioeconomic level similar to that of the RE group. The data collected from both groups were analyzed and compared using statistical tests: Mann-Whitney, Chi-square and Fisher exact tests. The results showed that concerning the numerical data, children with RE had the worst performance in five of the six categories of the WCST: number of errors, number of perseverative errors, number of perseverative answers, number of completed categories and number of failures to maintain the set. Considering categorical results, children with RE had worse performance in Trail Making Test part B, Verbal fluency test FAS and three categories of the WCST: number of errors, number of perseverative errors and number of perseverative answers. Concerning the variable age of onset of epilepsy, children with earlier onset of epilepsy had a worse performance in one of the tools when compared with children with later onset of epilepsy; the other variables of epilepsy did not allow any analysis; considering seizure variables, there was no difference between the two groups. We conclude that: children with RE showed deficits in executive functions when compared with the control group; the set of tests was adequate to detect the dysfunctions presented by children with RE; in relation to the variable age of onset of epilepsy, children with earlier onset had a worse performance than children with later onset of epilepsy; concerning other epilepsy and seizure variables, there was no difference between the two groups. Thus, our study is in keeping with the idea that the term benign should be cautiously used since our patients had neuropsychological deficits in executive functions regardless of the active phase of epilepsy and the use of medications / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Ciências Médicas
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Estudo prospectivo das funções cognitivas em epilepsia idiopática da infância através da ressonância magnética funcional / Study of cognitive function in idiopathic epilepsy of childhood by functional magnetic resonance imaging

Robles, Ana Paula Valadares 25 November 2014 (has links)
Introdução: Uma importante aplicação da técnica de Ressonância Magnética funcional é em pesquisa clínica, acerca das funções cognitivas de pacientes, como por exemplo atenção, memória, linguagem, dentre outras. Pacientes com Epilepsia Idiopática da Infância podem apresentar déficits cognitivos e não possuem alterações estruturais detectáveis o que facilita a aplicação de técnicas computacionais de registro e normalização em estudos de neuroimagem o que possibilita a geração de imagens de um grupo de indivíduos e suas diversas possibilidades de inferências estatísticas. Este estudo teve como objetivo descrever as funções cognitivas em pacientes com Epilespia Rolândica (ER) e Epilepsia de Ausência (EA) através da RMf. Métodos: 57 indíviduos, 23 pacientes com ER ((média= 10,7 anos), 20 pacientes com EA (média= 9,9 anos) e 14 controles saudáveis (média=10 anos) foram submetidos ao vídeo-EEg, testes neuropsicológicos para avaliação das funções cognitivas (QI, funções executivas, dentre outras) e um paradigma de atenção Stoptask Gonogo e um paradigma Resting State (RS). Os dados foram analisados e foram gerados mapas limirializados de ativação da função BOLD. Resultados: As principais áreas ativas em pacientes e controles no paradigma Stoptask foram: hemisférios cerebelares bilateral, córtex orbito frontal bilateral, giros fusiformes, ínsula bilateral, córtex dorso latero pré-frontal, giro do Cíngulo anterior direito e esquerdo, bordas dos sulcos intraparietais, giros frontais superiores, eye-field.(p < 0,01). No paradigma RS as áreas encontradas foram: Córtex medial prefrontal, giro angular, giro supramarginal, giro do cíngulo posterior, giro frontal superior, sulco intraparietal, área motora suplementar, córtex prefrontal lateral (p < 0,05). OS mapas comparativos de grupos mostraram diferenças em ativaçao entre pacientes e controles. Discussão: Nossos mapas de ativação da resposta BOLD são semelhantes aos encontrados por outros autores na literatura tanto no paradigma Stoptask quanto no RS. As diferenças entre os grupos são devido aos deficits cognitivos que os pacientes apresentam. Conclusões: Crinaças com ER e EA apresentam deficits cognitivos e hipofrontalidade, mais estudos são necessários para melhoir entendimento da extensão dos deficits cognitivos em Epilepsia Idiopática da Infância / Introduction: An important application of functional MRI is in clinical research about the cognitive functions of patients, such as attention, memory, language, among others. Patients with Idiopathic Epilepsy of Childhood may show cognitive deficits and have no detectable structural changes which facilitates the application of computational techniques and standardization of registration in neuroimaging studies, which enables to obtain a group map of individuals and their various possibilities for statistical inferences. This study aimed to describe the cognitive functions in patients with Rolandic Epilepsy (RE) and absence epilepsy (AE) by fMRI. Methods: 57 individuals, 23 patients with RE (mean = 10.7 years), 20 patients with AE (mean = 9.9 years) and 14 healthy controls (mean = 10 years) underwent video-EEG, neuropsychological tests for assessment of cognitive function (IQ, executive functions, amongothers) theu also perform an attention paradigm Stoptask Gonogo and the Resting State (RS). Data were analyzed and maps were generated for BOLD activation function. Results: The main areas active in patients and controls in the paradigm Stoptask were bilateral cerebellar hemispheres, bilateral frontal orbital cortex, fusiform gyrus, bilateral insula, dorsal lateral prefrontal cortex, anterior cingulate gyrus right and left edges of the intraparietal sulcus, superior frontal gyrus, eye -field. (p < 0.01). In the RS paradigm areas observed were: medial prefrontal cortex, angular gyrus, supramarginal gyrus, posterior cingulate gyrus, superior frontal gyrus, intraparietal sulcus, supplementary motor area, lateral prefrontal cortex (p < 0.05). there were no statistically significant differences between group means (p < 0,01)Discussion: Our activation maps of BOLD response are similar to those found by other authors in the literature both in Stoptask paradigm as in the RS. The diferences between groups may be due cognitive deficts in patients group. Conclusions: Patients with RE and AE presente cognitive impairment and hypofrontality, more studies are necessary for better understanding of the extension of the cognitive deficits in Idiophatic Childhood Epilepsy patients
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Estudo prospectivo das funções cognitivas em epilepsia idiopática da infância através da ressonância magnética funcional / Study of cognitive function in idiopathic epilepsy of childhood by functional magnetic resonance imaging

Ana Paula Valadares Robles 25 November 2014 (has links)
Introdução: Uma importante aplicação da técnica de Ressonância Magnética funcional é em pesquisa clínica, acerca das funções cognitivas de pacientes, como por exemplo atenção, memória, linguagem, dentre outras. Pacientes com Epilepsia Idiopática da Infância podem apresentar déficits cognitivos e não possuem alterações estruturais detectáveis o que facilita a aplicação de técnicas computacionais de registro e normalização em estudos de neuroimagem o que possibilita a geração de imagens de um grupo de indivíduos e suas diversas possibilidades de inferências estatísticas. Este estudo teve como objetivo descrever as funções cognitivas em pacientes com Epilespia Rolândica (ER) e Epilepsia de Ausência (EA) através da RMf. Métodos: 57 indíviduos, 23 pacientes com ER ((média= 10,7 anos), 20 pacientes com EA (média= 9,9 anos) e 14 controles saudáveis (média=10 anos) foram submetidos ao vídeo-EEg, testes neuropsicológicos para avaliação das funções cognitivas (QI, funções executivas, dentre outras) e um paradigma de atenção Stoptask Gonogo e um paradigma Resting State (RS). Os dados foram analisados e foram gerados mapas limirializados de ativação da função BOLD. Resultados: As principais áreas ativas em pacientes e controles no paradigma Stoptask foram: hemisférios cerebelares bilateral, córtex orbito frontal bilateral, giros fusiformes, ínsula bilateral, córtex dorso latero pré-frontal, giro do Cíngulo anterior direito e esquerdo, bordas dos sulcos intraparietais, giros frontais superiores, eye-field.(p < 0,01). No paradigma RS as áreas encontradas foram: Córtex medial prefrontal, giro angular, giro supramarginal, giro do cíngulo posterior, giro frontal superior, sulco intraparietal, área motora suplementar, córtex prefrontal lateral (p < 0,05). OS mapas comparativos de grupos mostraram diferenças em ativaçao entre pacientes e controles. Discussão: Nossos mapas de ativação da resposta BOLD são semelhantes aos encontrados por outros autores na literatura tanto no paradigma Stoptask quanto no RS. As diferenças entre os grupos são devido aos deficits cognitivos que os pacientes apresentam. Conclusões: Crinaças com ER e EA apresentam deficits cognitivos e hipofrontalidade, mais estudos são necessários para melhoir entendimento da extensão dos deficits cognitivos em Epilepsia Idiopática da Infância / Introduction: An important application of functional MRI is in clinical research about the cognitive functions of patients, such as attention, memory, language, among others. Patients with Idiopathic Epilepsy of Childhood may show cognitive deficits and have no detectable structural changes which facilitates the application of computational techniques and standardization of registration in neuroimaging studies, which enables to obtain a group map of individuals and their various possibilities for statistical inferences. This study aimed to describe the cognitive functions in patients with Rolandic Epilepsy (RE) and absence epilepsy (AE) by fMRI. Methods: 57 individuals, 23 patients with RE (mean = 10.7 years), 20 patients with AE (mean = 9.9 years) and 14 healthy controls (mean = 10 years) underwent video-EEG, neuropsychological tests for assessment of cognitive function (IQ, executive functions, amongothers) theu also perform an attention paradigm Stoptask Gonogo and the Resting State (RS). Data were analyzed and maps were generated for BOLD activation function. Results: The main areas active in patients and controls in the paradigm Stoptask were bilateral cerebellar hemispheres, bilateral frontal orbital cortex, fusiform gyrus, bilateral insula, dorsal lateral prefrontal cortex, anterior cingulate gyrus right and left edges of the intraparietal sulcus, superior frontal gyrus, eye -field. (p < 0.01). In the RS paradigm areas observed were: medial prefrontal cortex, angular gyrus, supramarginal gyrus, posterior cingulate gyrus, superior frontal gyrus, intraparietal sulcus, supplementary motor area, lateral prefrontal cortex (p < 0.05). there were no statistically significant differences between group means (p < 0,01)Discussion: Our activation maps of BOLD response are similar to those found by other authors in the literature both in Stoptask paradigm as in the RS. The diferences between groups may be due cognitive deficts in patients group. Conclusions: Patients with RE and AE presente cognitive impairment and hypofrontality, more studies are necessary for better understanding of the extension of the cognitive deficits in Idiophatic Childhood Epilepsy patients
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Epilepsia Benigna da Infância com Paroxismos Centrotemporais - delineamento do perfil executivo / Benign Childhood Epilepsy with Centrotemporal Spikes - delineation of executive profile

Lima, Ellen Marise 28 September 2017 (has links)
A Epilepsia Benigna da Infância com Paroxismos Centrotemporais (EBICT) é uma epilepsia focal e de etiologia indeterminada. O termo benigno é, atualmente, questionado pelo reconhecimento de que, apesar da remissão completa das crises epilépticas em 80% dos casos e da farmacorresponsividade nessa síndrome, há comorbidades psiquiátricas que podem comprometer a qualidade de vida e o desempenho escolar. A comorbidade psiquiátrica mais frequente nessa epilepsia é o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Uma das mais importantes funções cognitivas, as Funções Executivas (FE), nos seus domínios frios (flexibilidade mental, rastreio mental de informações, capacidade de abstração e atenção) e quentes (tomada de decisão, cognição social e controle de impulsividade), podem estar alteradas, tanto na EBICT quanto no TDAH. Apesar da alta prevalência dessa síndrome, o TDAH e as FE, principalmente as quentes, são pouco investigadas e descritas nessa população. Além disso, com os poucos estudos previamente realizados, não é possível descrever se os déficits executivos encontrados estão relacionados às variáveis clínicas da epilepsia, à atividade epileptiforme em si, à comorbidade psiquiátrica ou à soma destes fatores. Dessa forma, o objetivo geral deste estudo foi analisar o perfil de desempenho executivo em crianças e adolescentes com EBICT. Este foi um estudo de coorte transversal, controlado (duplo pareamento) e não randomizado. O desempenho executivo das crianças e adolescentes, de ambos os sexos, com idades de 6 a 16 anos, foi avaliado através da análise comparativa de três grupos (total de 63 sujeitos): Grupo I (23 pacientes com EBICT); Grupo II (20 pacientes com TDAH e sem epilepsia) e Grupo III (20 crianças e adolescentes saudáveis sem epilepsia, sem TDAH e sem nenhum diagnóstico neurológico ou psiquiátrico). A avaliação neuropsicológica foi composta por uma bateria abrangente com 22 instrumentos, para investigação detalhada das funções executivas em seus múltiplos domínios (atenção, FE frias e quentes), potencial intelectual e desempenho acadêmico. Nossos resultados demonstraram que os pacientes com EBICT apresentam pior desempenho em domínios do funcionamento executivo frio e quente em comparação aos controles. A presença do TDAH esteve associada a um maior prejuízo no funcionamento executivo dos pacientes com EBICT. Além disso, o perfil executivo e atencional desses pacientes demonstrou-se distinto daquele apresentado pelas crianças com TDAH e sem epilepsia. Houve correlação entre as variáveis clínicas da epilepsia (especialmente tempo de controle de crises, número de fármacos antiepilépticos, presença e lateralidade da atividade epileptiforme) e um pior funcionamento executivo. Dessa forma, salienta-se a necessidade de maior atenção às funções executivas quentes e à presença da coexistência do TDAH na EBICT, ambas negligenciadas nos estudos com essa síndrome epiléptica da infância. Assim, pode-se propiciar um melhor delineamento das dificuldades cognitivas, do prognóstico e da intervenção adequados e eficazes para crianças e adolescentes com EBICT / Benign Childhood Epilepsy with Centrotemporal Spikes (BECTS) is focal epilepsy with undetermined etiology. At the moment, the term benign has been questioned by the recognition that despite the complete remission of epileptic seizures in 80% of cases and pharmaco-responsivity, there are cognitive and psychiatric comorbidities that may compromise quality of life and school performance. The most frequent psychiatric comorbidity is Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD). One of the most important cognitive functions, the Executive Functions (EF), in its cool (mental flexibility, mental information tracking, abstraction capacity and attention) and hot domains (decision making, social cognition and impulse control), may be impaired in both disorders, BECTS and ADHD. Despite the high prevalence of this syndrome, ADHD and EF are poorly investigated and described in this population. Moreover, with the few studies previously done, it is not possible to describe if the executive deficits found are related to the clinical variables of epilepsy, the epileptiform activity itself, the psychiatric comorbidity or the sum of these factors. Thus, the general objective of this study was to analyze the profile of executive performance in children and adolescents with BECTS. This was a cross-sectional, controlled (double-matched) and non-randomized cohort study. The executive profile of children and adolescents of both genders, aged 6 to 16 years, was evaluated through a comparative analysis of three groups (total of 63 subjects): Group I (23 patients with BECTS); Group II (20 patients with ADHD and without epilepsy) and Group III (20 healthy children and adolescents without epilepsy, without ADHD and without any neurological or psychiatric diagnosis). The neuropsychological evaluation consisted of a comprehensive battery with 22 instruments for detailed executive functions evaluation in its multiple domains (attention, cool and hot EF), intellectual potential and academic performance. Our results showed that patients with BECTS presented worse performance in the areas of cold and hot executive functioning compared to controls. The presence of ADHD was associated with greater impairment in the executive functioning of patients with BECTS. In addition, the executive and attentional profile of these patients was different from that presented by children with ADHD and without epilepsy. There was a correlation between the clinical variables of epilepsy (especially time of seizure control, number of antiepileptic medication, presence and laterality of epileptiform discharges) and worse executive functioning. Thus, the need for greater attention to the hot executive functions and to the presence of the coexistence of ADHD in the BECTS, both neglected in the studies with this epileptic syndrome of the childhood, is emphasized. Thus, a better delineation of adequate and effective cognitive difficulties, prognosis and intervention for children and adolescents with BECTS can be provided
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Epilepsia Benigna da Infância com Paroxismos Centrotemporais - delineamento do perfil executivo / Benign Childhood Epilepsy with Centrotemporal Spikes - delineation of executive profile

Ellen Marise Lima 28 September 2017 (has links)
A Epilepsia Benigna da Infância com Paroxismos Centrotemporais (EBICT) é uma epilepsia focal e de etiologia indeterminada. O termo benigno é, atualmente, questionado pelo reconhecimento de que, apesar da remissão completa das crises epilépticas em 80% dos casos e da farmacorresponsividade nessa síndrome, há comorbidades psiquiátricas que podem comprometer a qualidade de vida e o desempenho escolar. A comorbidade psiquiátrica mais frequente nessa epilepsia é o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Uma das mais importantes funções cognitivas, as Funções Executivas (FE), nos seus domínios frios (flexibilidade mental, rastreio mental de informações, capacidade de abstração e atenção) e quentes (tomada de decisão, cognição social e controle de impulsividade), podem estar alteradas, tanto na EBICT quanto no TDAH. Apesar da alta prevalência dessa síndrome, o TDAH e as FE, principalmente as quentes, são pouco investigadas e descritas nessa população. Além disso, com os poucos estudos previamente realizados, não é possível descrever se os déficits executivos encontrados estão relacionados às variáveis clínicas da epilepsia, à atividade epileptiforme em si, à comorbidade psiquiátrica ou à soma destes fatores. Dessa forma, o objetivo geral deste estudo foi analisar o perfil de desempenho executivo em crianças e adolescentes com EBICT. Este foi um estudo de coorte transversal, controlado (duplo pareamento) e não randomizado. O desempenho executivo das crianças e adolescentes, de ambos os sexos, com idades de 6 a 16 anos, foi avaliado através da análise comparativa de três grupos (total de 63 sujeitos): Grupo I (23 pacientes com EBICT); Grupo II (20 pacientes com TDAH e sem epilepsia) e Grupo III (20 crianças e adolescentes saudáveis sem epilepsia, sem TDAH e sem nenhum diagnóstico neurológico ou psiquiátrico). A avaliação neuropsicológica foi composta por uma bateria abrangente com 22 instrumentos, para investigação detalhada das funções executivas em seus múltiplos domínios (atenção, FE frias e quentes), potencial intelectual e desempenho acadêmico. Nossos resultados demonstraram que os pacientes com EBICT apresentam pior desempenho em domínios do funcionamento executivo frio e quente em comparação aos controles. A presença do TDAH esteve associada a um maior prejuízo no funcionamento executivo dos pacientes com EBICT. Além disso, o perfil executivo e atencional desses pacientes demonstrou-se distinto daquele apresentado pelas crianças com TDAH e sem epilepsia. Houve correlação entre as variáveis clínicas da epilepsia (especialmente tempo de controle de crises, número de fármacos antiepilépticos, presença e lateralidade da atividade epileptiforme) e um pior funcionamento executivo. Dessa forma, salienta-se a necessidade de maior atenção às funções executivas quentes e à presença da coexistência do TDAH na EBICT, ambas negligenciadas nos estudos com essa síndrome epiléptica da infância. Assim, pode-se propiciar um melhor delineamento das dificuldades cognitivas, do prognóstico e da intervenção adequados e eficazes para crianças e adolescentes com EBICT / Benign Childhood Epilepsy with Centrotemporal Spikes (BECTS) is focal epilepsy with undetermined etiology. At the moment, the term benign has been questioned by the recognition that despite the complete remission of epileptic seizures in 80% of cases and pharmaco-responsivity, there are cognitive and psychiatric comorbidities that may compromise quality of life and school performance. The most frequent psychiatric comorbidity is Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD). One of the most important cognitive functions, the Executive Functions (EF), in its cool (mental flexibility, mental information tracking, abstraction capacity and attention) and hot domains (decision making, social cognition and impulse control), may be impaired in both disorders, BECTS and ADHD. Despite the high prevalence of this syndrome, ADHD and EF are poorly investigated and described in this population. Moreover, with the few studies previously done, it is not possible to describe if the executive deficits found are related to the clinical variables of epilepsy, the epileptiform activity itself, the psychiatric comorbidity or the sum of these factors. Thus, the general objective of this study was to analyze the profile of executive performance in children and adolescents with BECTS. This was a cross-sectional, controlled (double-matched) and non-randomized cohort study. The executive profile of children and adolescents of both genders, aged 6 to 16 years, was evaluated through a comparative analysis of three groups (total of 63 subjects): Group I (23 patients with BECTS); Group II (20 patients with ADHD and without epilepsy) and Group III (20 healthy children and adolescents without epilepsy, without ADHD and without any neurological or psychiatric diagnosis). The neuropsychological evaluation consisted of a comprehensive battery with 22 instruments for detailed executive functions evaluation in its multiple domains (attention, cool and hot EF), intellectual potential and academic performance. Our results showed that patients with BECTS presented worse performance in the areas of cold and hot executive functioning compared to controls. The presence of ADHD was associated with greater impairment in the executive functioning of patients with BECTS. In addition, the executive and attentional profile of these patients was different from that presented by children with ADHD and without epilepsy. There was a correlation between the clinical variables of epilepsy (especially time of seizure control, number of antiepileptic medication, presence and laterality of epileptiform discharges) and worse executive functioning. Thus, the need for greater attention to the hot executive functions and to the presence of the coexistence of ADHD in the BECTS, both neglected in the studies with this epileptic syndrome of the childhood, is emphasized. Thus, a better delineation of adequate and effective cognitive difficulties, prognosis and intervention for children and adolescents with BECTS can be provided

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