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Percepção de contraste e perdas neurais na esclerose múltipla / Contrast perception and neural losses in multiple sclerosisAna Laura de Araujo Moura 08 December 2010 (has links)
Objetivos: Avaliar a integridade das vias magnocelular (M) e parvocelular (P) atraves da percepcao de contraste e avaliar a sensibilidade no campo visual e respostas no ERG multifocal, em pacientes com esclerose multipla. Métodos e Resultados: Foram avaliados 29 pacientes (20F; 9M; idade media = 35,76 }10,91 anos) com diagnostico de esclerose multipla (15 com historico de neurite optica). Todos os pacientes apresentavam acuidade visual entre 0 e 0,1 logMAR. A percepcao de contraste foi avaliada atraves da funcao de sensibilidade ao contraste (programa PSYCHO; Cambridge Research System), com os limiares medidos em 0.2, 0.5, 1.0, 1.9, 5.3, 9.7 e 19.4 ciclos por grau; e do teste do Pedestal (Pokorny & Smith, 1997). O campo visual foi medido com o Campimetro Automatico de Humphrey, algoritmo SITA, estrategia central 24-2. O ERGmf foi registrado, utilizando o sistema VERIS, com 103 hexagonos. A analise foi baseada nos valores de amplitude e latencia de N1 e P1 das respostas de seis regioes predeterminadas de acordo com o mapa sugerido por Garway-Heath et al (2000), para os kernels de primeira e segunda ordem. Os pacientes foram divididos em 2 grupos: NO (antecedente de neurite optica) e SNO (sem antecedente de neurite optica). Resultados: O grupo NO nao diferiu do grupo SNO em nenhum dos testes, exceto nas medidas de amplitude do kernel de segunda ordem no ERGmf (Tukey HSD Test, PostHoc). Todos os pacientes mostraram uma reducao na percepcao de contraste, quando comparados ao grupo controle. Os resultados diferiram significativamente do grupo controle em todas as frequencias espaciais avaliadas na funcao de sensibilidade ao contraste (p < 0.001; ANOVA), e nos dois paradigmas avaliados pelo teste do Pedestal (p <0.05 ANOVA de medidas repetidas). As respostas do kernel de primeira ordem do ERGmf para ambos os grupos, quando comparados com o grupo controle, nao apresentaram diferenca estatistica significativa para as regioes analisadas (p > 0.05; ANOVA de medidas repetidas). As respostas de amplitude dos pacientes, para o kernel de segunda ordem apresentaram-se diferentes do grupo controle, com significancia estatistica para as areas 2, 3, 4, 5 e 6 (p < 0.05; ANOVA de medidas repetidas). Os resultados do campo visual mostraram reducao de sensibilidade nos pacientes em estudo, comparados ao grupo controle, com diferenca estatisticamente significante para todas as regioes (p <0.05; ANOVA de medidas repetidas). Conclusões: Aumento nos limiares de deteccao de contraste foram encontrados nos pacientes com esclerose multipla, em ambos os testes. O padrao de perda nas varias frequencias espaciais e em ambos os paradigmas analisados no teste do Pedestal, sugere um comprometimento nao seletivo das vias visuais, afetando tanto a via parvo como a magnocelular. As alteracoes nas respostas do ERG multifocal detectadas apenas no kernel de segunda ordem poderiam estar relacionadas a danos retrogrados a camada de fibras nervosas da retina causados pela desmielinizacao. Nao foram encontradas correlacoes com as perdas de sensibilidade no campo visual / Purpose: To assess the integrity of the magnocellular (M) and parvocellular (P) pathways by measuring contrast perception and to evaluate the visual field and multifocal ERG responses in patients with multiple sclerosis. Methods: 29 patients (20F, 9M, mean age = 35.76 } 10.91 years) diagnosed with multiple sclerosis were evaluated (15 with optic neuritis). All patients had visual acuity between 0 and 0.1 logMAR. The contrast perception was assessed by the measurement of contrast sensitivity function (program PSYCHO, Cambridge Research System) using spatial frequencies 0.2, 0.5, 1.0, 1.9, 5.3, 9.7 and 19.4 cycles per degree and the pedestal test (Pokorny & Smith, 1997). The visual field was measured using the central 24-2 SITA algorithm of the Humphrey Field Analyzer. The mfERG was recorded using the Veris system with 103 hexagons in which N1 and P1 amplitude and latency values of six predetermined areas according to the map suggested by Garway-Heath et al (2000) were used (first and second order kernels). Patients were divided into two groups: NO (with optic neuritis) and SNO (without optic neuritis). Results: The NO group did not differ from the SNO in any of the tests except for the second order kernel amplitudes in the mfERG (Tukey HSD posthoc test). All patients showed a reduction in contrast perception compared to the control group. The patients results were significantly different from the control groups at all spatial frequencies tested (p <0.001, ANOVA), and for the two paradigms of the pedestal test (p <0.05, ANOVA). The first order kernel responses in the mfERG showed no significant difference for both patient groups when compared with the control group (p> 0.05, ANOVA). The second order kernel amplitudes were different between patients and controls, with statistical significance for areas 2, 3, 4, 5 and 6 (p <0.05, ANOVA). The visual field results showed sensitivity reductions in the patients compared to controls, which was statistically significant for all regions (p <0.05, ANOVA). Conclusions: Increased thresholds for contrast detection were found in patients with multiple sclerosis in both tests. The pattern of loss in the various spatial frequencies and in both test paradigms of the Pedestal suggests a non-selective impairment of the visual pathways affecting both the parvo and magnocellular pathways. Changes in multifocal ERG responses found only in the second order kernel may be related to retrograde damage of the nerve fiber layer of the retina caused by demyelization. No significant correlation with the visual field losses was found
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Correlação clínico-molecular na esclerose lateral amiotrófica fundamentada pelos achados da expressão gênica no nervo extensor curto do hálux / Clinical-molecular correlation in Amyotrophic Lateral Sclerosis based on gene expression findings of the extensor hallucis brevis nerveFrederico Mennucci de Haidar Jorge 27 April 2018 (has links)
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa progressiva e incurável, caracterizada pela perda seletiva dos neurônios motores (NM) superiores e inferiores com uma sobrevida média de 3 anos. As manifestações clínicas dependem da topografia e comprometimento dos NM. De causa desconhecida, descrições apontam para a participação das células gliais (astrócitos, microglia e célula de Schwann) na toxicidade neuronal. A retração precoce do axônio no músculo esquelético sugere a participação da célula de Schwann na morte neuronal retrógrada (dying back). Este estudo descreveu as alterações na expressão gênica no nervo motor extensor curto do hálux ainda funcionante dos pacientes ELA e o ramo motor do nervo acessório de sujeitos-controle (19 ELA, sendo 9 ELA espinhal e 5 ELA bulbar; 5 controles), utilizando-se plataformas expandidas de microarranjos de DNA (microarray) e análises de bioinformática (DAVID e os seus bancos de dados Kyoto Encyclopedia of Genes and Genomes e o Gene Onthology Consorciun Anottation). Os resultados foram validados por PCRq e Redes de Interação de Proteínas foram geradas pelo Cytoscape. Foram encontrados 138 genes diferencialmente expressos entre esses grupos. O ribossomo e a síntese proteica foram apontados como elementos centrais no estudo em eventos relacionados tanto à neurotoxicidade quanto a protetivos. As Redes destacaram o gene EPS8 na ELA (ambas as formas, ELA bulbar e espinhal) em relação aos controles e o gene FAU na ELA bulbar em relação à ELA espinhal. Os genes e as vias apontados neste estudo deverão ser testados como alvos terapêuticos em estudos futuros envolvendo a ELA / Amyotrophic lateral sclerosis (ALS) is an incurable progressive neurodegenerative disease characterized by the selective loss of upper and lower motor neurons (MN), with a median survival of 3 years. Clinical manifestations depend on onset site and involvement of the MN. Although the cause of ALS is unknown, reports point towards the participation of glial cells (astrocytes, microglia and Schwann cells) in the neuronal toxicity. The early retraction of the axonium indicates a participation of the Schwann cells in retrograde neuronal death (dying back). The current study described the abnormalities in the genic expression of the functioning extensor hallucis brevis motor neuron from ALS subjects, and the motor branch of the accessory nerve from control subjects (19 ALS, being 9 spinal and 5 bulbar types; 5 controls), through an expanded platform of DNA microarrays and bioinformatics analyses (DAVID, Kyoto Encyclopedia of Genes and Genomes, and Gene Onthology Consortium Annotation databases). The results were validated by Quantitative PCR (PCRq) and Protein-Protein interaction network generated by Cytoscape. A total of 138 differentially expressed genes were found in these groups. In this study, the ribosome and protein synthesis were pointed as central elements related both to neurotoxicity and protective events. These networks highlighted the EPS8 gene in ALS (in both types, bulbar and spinal) when correlated to controls, and the FAU gene in bulbar ALS in relation to spinal ALS. The genes and pathways identified in this study should be tested as therapeutic targets in future studies approaching ALS
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Avaliação de duas diferentes concentrações de glicoproteína mielínica de oligodendrócitos no modelo de encefalomielite autoimune experimentalDias, Alyria Teixeira 01 March 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-03-01 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune que acomete o sistema nervoso
central (SNC) promovendo inflamação, desmielinização e subsequente
comprometimento neurológico. A encefalomielite autoimune experimental (EAE) é o
modelo animal mais amplamente utilizado para o estudo da EM, podendo ser
induzida por uma grande diversidade de protocolos. Porém, o resultado da doença
pode ser diferente em cada modelo, dependendo das características genéticas dos
animais utilizados, da fonte e concentração do material antigênico e do modo de
aplicação do antígeno, refletindo, em parte, a heterogeneidade encontrada nas
diversas formas clínicas da EM. Portanto, devido à diversidade de modelos de
indução de EAE, vários fatores relacionados à resposta imunológica, permanecem
pouco conhecidos. O presente trabalho buscou avaliar a diferença entre duas
concentrações antigênicas, utilizadas na indução, sobre o desenvolvimento clínico
da EAE e em diversos parâmetros da resposta imunológica. Para isto, a EAE foi
induzida em camundongos da linhagem C57BL/6, utilizando-se a glicoproteína
mielínica de oligodendrócitos (MOG35-55), em duas concentrações diferentes (100 ou
300 μg do peptídeo MOG35-55) e mantendo-se as concentrações de Mycobacterium
tuberculosis (4 mg/mL) e toxina pertussis (300 ng) constantes. Foi então
acompanhado o curso clínico da doença, nos dois protocolos utilizados, durante um
período de 58 dias. Além disso, parâmetros da resposta imunológica, como
avaliação do infiltrado celular no cérebro e dosagem de citocinas e quimiocinas no
SNC e linfonodos inguinais foram acompanhados no 7°, 10°, 14°, 21° e 58° dias
após a indução. Observou-se que embora não tenha ocorrido diferença significativa
entre os grupos de animais imunizados em relação à pontuação do escore clínico,
ocorreram diferenças importantes entre estes dois protocolos no que diz respeito ao
perfil de citocinas, quimiocinas e infiltrado celular no cérebro. O aumento das
citocinas pró-inflamatórias e quimiocinas no SNC ocorreu de forma precoce no grupo
imunizado com 100 μg do peptídeo MOG35-55, que também exibiu infiltrado celular
precoce e mais intenso do que o grupo imunizado com 300 μg do peptídeo MOG35-
55. Além disso, o nível das quimiocinas CCL5 e CCL20 e das citocinas de perfil Th1 e
Th17 foram, de forma geral, mais elevados no grupo imunizado com 100 μg do
peptídeo MOG35-55. Os resultados sugerem que somente a variação na concentração
antigênica do MOG35-55, no momento da indução, não é capaz de induzir diferentes
cursos clínicos de EAE e que a concentração mais elevada do antígeno (300 μg do
peptídeo MOG35-55) parece promover algum mecanismo regulador ou de tolerância,
que deve ser melhor estudado. / Multiple sclerosis (MS) is an inflammatory autoimmune disease of central nervous
system (CNS) that causes demyelination and neurological deficit. The experimental
autoimmune encephalomyelitis (EAE) is the most common model for study this
disease. The EAE can be induced by different protocols and the score of the disease
is related to the genetic background of the animals, the concentration of antigen and
the way of induction, reproducing the heterogeneity of the MS. Thus, due to the
diversity of EAE induction, different factors related to immune response are still
unclear. The aim of this study was evaluate the difference between two antigen
concentrations in the development of EAE and the parameters of immune response.
The EAE was induced in C57BL/6 female mice with the myelin oligodendrocyte
glycoprotein (MOG35-55) in two different concentrations (100 or 300μg of MOG35-55),
but keeping the same concentrations of Mycobacterium tuberculosis (4 mg/mL) and
pertussis toxin (300 ng). The disease clinical signs were followed until the 58th day
after induction in both protocols, and the immunological parameters, such as cellular
infiltrate at brain and levels of cytokines and chemokines at CNS and lymph nodes,
were evaluated at 7th, 10th, 14th, 21st and 58th days post induction. In relation to the
clinical score, were not observed significant differences between the different
protocols, however the cytokines, chemokines and cellular infiltrate profile at brain
showed interesting results. The release of Th1 and Th17 cytokines and the CCL5
and CCL20 chemokines at CNS occurred early and more intense at 100μg MOG35-55
group, in accordance with the earlier and intense cellular infiltrate than 300μg MOG35-
55 group. In conclusion, the results suggest that only the differences in the MOG35-55
concentration at induction, is not capable of induce different clinical signs of EAE and
that the 300 μg of MOG35-55 seems to promote a regulatory or tolerance mechanism
that deserves further studies.
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Avaliação do efeito imunomodulador do 17 β-estradiol na encefalomielite auto-imune experimental murinaSilva, Adriana Karla Gávio 26 March 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-03-26 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória, crônica e desmielinizante do sistema nervoso central (SNC). Embora ela seja, ainda, de etiologia desconhecida, é considerada uma doença auto-imune mediada por linfócitos T “helper” 1 (Th1) e T “helper” 17 (Th17) e com predominância em mulheres. Contudo, as bases para esta predominância ainda não estão bem elucidadas. Os primeiros sintomas da EM, normalmente, surgem após a maturidade sexual. Por outro lado, níveis elevados de hormônios sexuais durante o período de gravidez parecem reduzir os sinais e sintomas, os quais aumentam no período pós-parto. A Encefalomielite auto-imune experimental (EAE) é o modelo animal mais usado para estudar a EM. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do tratamento com 17 β-Estradiol na prevenção da EAE murina. Os resultados indicaram que o tratamento com este hormônio melhorou o curso clínico da doença, diminuiu a concentração de citocinas pró-inflamatórias, como interferon-gama (IFN-γ), fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) e interleucina 17 (IL-17), e a infiltração de leucócitos no SNC, além de aumentar os níveis da interleucina 10 (IL-10). Houve, também, um aumento de linfócitos B no cérebro e baço dos animais submetidos ao tratamento. Portanto, o 17 β-Estradiol parece desempenhar um papel imunomodulador na EAE. / Multiple Sclerosis (ME) is an inflammatory, chronic and demyelinating disease of the central nervous system (CNS). Although the etiology of it is still unclear, it is considered a CD4+ T Helper-1-mediated and CD4+ T Helper-17-mediated autoimmune disease and the highest prevalence of it is in women. However, the basis for this prevalence isn´t still well clear. The first symptoms of ME, often, appear after sexual maturity. On the other hand, high levels of sexual hormones during pregnancy seems to low signs and symptoms, which to be high after childbirth. Experimental autoimmune encephalomyelitis (EAE) is an animal model to study ME. Therefore, the aim of this study was to investigate the effects of treatment with 17 β-Estradiol on murine EAE. Results indicated that the treatment with this hormone ameliorated the clinical course of the disease, decreased pró-inflammatory cytokines levels, like interferon-gamma (IFN-γ), tumor necrosis factor alpha (TNF-α) e interleucine 17 (IL-17), and infiltration of white blood cells on CNS, further on increased interleucine 10 (IL-10) levels. There was also an increased of B cells in brain and spleen of treated animals. In conclusion, 17 β-Estradiol may play an immunomodulatory role in EAE.
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Planejamento, síntese e avaliação farmacológica de novas antraquinonas, tetraidropirimidinas e N-acilidrazonasCosta, Cristiane França da 04 November 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-11-04 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente trabalho explorou, num primeiro momento, a síntese de novas antraquinonas e tetraidropirimidinas, potenciais agentes imunossupressores. Em um segundo capítulo foi realizado a síntese de N-acilidrazonas derivadas de aminoácidos, com potencial atividade antituberculose.
A primeira parte do capítulo 1 consistiu na síntese e avaliação imunossupressora de derivados da 1,4-diaminoantraquinona e 1,4-diidroxiantraquinona. Para tal foram sintetizados 10 substâncias, sendo 9 inéditas, a saber: 2 derivados da 1,4-diaminoantraquinona e 7 derivados da 1,4-diidroxiantraquinona em rendimentos moderados a satisfatórios (31-90%). As substâncias 12, 13, 15, 16, 19 e 22-26 foram submetidas à avaliação in vitro de inibição de produção de NO no Laboratório de Imunologia da UFJF. Os resultados mostraram que a diamina 12 apresentou melhor atividade imunossupressora conseguindo inibir 92,6% da produção de NO. As substâncias 13 e 22 foram avaliadas no modelo de encefalomielite auto-imune experimental (EAE), no qual foi observado melhora nos sinais clínicos da doença nos camundongos tratados com estas substâncias.
A segunda parte do capítulo 1 consistiu na síntese e avaliação imunossupressora de 5 derivados tetraidropirimidínicos inéditos, que foram obtidos por reação de etionamida com diaminas N-alquiladas. Os resultados do teste de inibição de produção de NO das substâncias 31a, 31d e 31e não foram significativos devido a citotoxicidade apresentada nos testes de viabilidade celular.
Como parte do estágio de doutorando realizado em Farmanguinhos/Fiocruz, o capítulo 2 deste trabalho consistiu na síntese e avaliação antituberculosa de novas N-acilidrazonas (48a-q) derivadas de aminoácidos, obtidas em rendimentos moderados a satisfatórios (25-84%). Estas substâncias foram testadas quanto a sua atividade antibacteriana frente ao M. tuberculosis no IPEC-FioCruz-RJ. Os resultados da avaliação mostraram a importância dos grupos 5-nitrofuranila e Cbz para a atividade, sendo o derivado da fenilalanina 48c o mais ativo com CIM de 12,5 µg/mL. / The present work explored, in a first part, the synthesis of novel anthraquinones and tetrahydropirimidines, potential imunossupressive agents. In a second chapter was realized a synthesis of the N-acylhidrazones amino acids derivatives.
The first part of chapter 1 consisted of synthesis and imunosupressive evaluation of the 1,4-diamineanthraquinone and 1,4-dihydroxyanthraquinone derivatives. For this, ten substances were synthesized; two derivatives of 1,4-diamineanthraquinone and 7 derivatives of 1,4-dihydroxyanthraquinone, in moderate to satisfactory yields (31-90%). Substances 12, 13, 15, 16, 19 and 22-26 were submitted to in vitro evaluation of inhibition of NO production in the Laboratory of Immunology from UFJF. The results showed that diamine 12 had better imunosupressive activity, being able to inhibit 92.6% of NO production. Substances 13 and 22 were evaluated under the model of experimental autoimmune encephalomyelitis (EAE), in which was observed improvement in clinical signs of the mice disease that were treated with these substances.
The second part of chapter 1 consisted of the synthesis and immunosuppressive evaluation of 5 tetrahydropirimidines that were unpublished, they were obtained by reaction of ethionamide with N-alkyl diamines. The test results of inhibition of NO production of substances 31a, 31d and 31e were not significant due to cytotoxicity presented in cell viability tests. As part of the doctor stage held in Farmanguinhos/Fiocruz, chapter 2 of this work consisted of the synthesis and antituberculous evaluation of new N-acylhydrazones (48a-q), amino acid derivatives, obtained in moderate to satisfactory yields (25-84%). These substances were tested for antibacterial activity against M. tuberculosis in IPEC-Fiocruz/RJ. The evaluation results showed the importance of the 5- nitrofuranyl and Cbz for the activity, and the phenylalanine derivative 48c is the most active with MIC of 12.5 mg / mL.
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Planejamento, síntese e avaliação imunossupressora e anti-inflamatória de derivados antraquinônicosCorrêa, Taís Arthur 31 January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-01-31 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / As antraquinonas constituem uma importante classe de compostos orgânicos, devido a sua ocorrência na natureza e por serem versáteis na preparação de novos compostos bioativos. Tal fato pode ser confirmado pelo grande número de moléculas sintetizadas a cada ano pertencentes a essa classe, dando destaque aos compostos com atividade antitumoral, antiinflamatória e imunossupressora. Neste trabalho são descritas as sínteses de aminas, amidas, éteres e amino-álcoois a partir das antraquinonas 1,4-diaminoantraquinona, 1,4-diidroxiantraquinona e 1,5-diamino-4,8-diidroxiantraquinona, usando a mitoxantrona como composto protótipo. Duas séries foram obtidas por reação de O-alquilação da 1,4-diidroxiantraquinona com posterior substituição do grupo abandonador presente no grupo alquila ou mesmo dos grupos O-alquila ligados ao anel antraquinônico por diferentes aminas ou amino-álcoois. Uma terceira série de compostos foi obtida através da preparação de dois intermediários reativos “leucoquinizarim” e sua posterior condensação com diferentes amino-álcoois. As quarta e quinta séries tratam da síntese de diferentes compostos a partir da 1,4-diaminoantraquinona como monoamidas, diamidas e amino-álcoois, via condensação empregando reagentes de acoplamento, cloreto de acila e abertura de epóxido, respectivamente. Após a purificação e caracterização dos compostos através de métodos espectroscópicos usuais (RMN de 1H e de 13C, infravermelho e massas) suas propriedades citotóxicas, antiinflamatória e imunossupressora foram avaliadas in vitro e as substâncias mais ativas estão sendo avaliadas quanto a sua atividade frente à modulação da resposta imune in vivo no modelo de encefalomielite autoimune experimental (EAE). Em geral, as modificações estruturais propostas neste conjunto de moléculas apresentaram uma diminuição no processo inflamatório através da diminuição na produção de NO, que é uma melhoria quando comparado com a mitoxantrona, além de apresentarem inibição de mediadores inflamatórios (TNF-α e IL-1β), sugerindo um caráter imunossupressor. / Anthraquinone is an important class of organic compounds due to their common occurrence in nature, as well as being versatile in the preparation of novel bioactive compounds. This can be confirmed by the large number of molecules synthesized each year containing this group, emphasizing compounds with immunosuppressive, antitumor and anti-inflammatory activity. This work describes the synthesis of amines, amides, ethers and amino alcohols derived from anthraquinones such as 1,4-diaminoanthraquinone, 1,4-dihydroxianthraquinone and 1-5-dihydroxi-4,8-diaminoanthraquinone using mitoxantrone as a prototype compound. Two series were obtained by O-alkylation reaction of 1,4-dihydroxianthraquinona with subsequent replacement of the leaving group or the same group attached to the alkyl-anthraquinone ring with different amino alcohols or amines. A third series of compounds was obtained by preparing two reactive intermediate "leucoquinizarim" and subsequent condensation to various amino-alcohols. The fourth and fifth series reports the synthesis of different compounds from the 1,4-diaminoanthraquinones as monoamides, diamides and amino alcohols, via condensation with coupling reagents, acyl chloride and epoxide opening, respectively. After purification and characterization of the compounds though the usual spectroscopic methods (1H and 13C NMR, Infrared and mass spectra) their immunosuppressive, anti-inflammatory and cytotoxic properties were evaluated in vitro and the most active substances are being evaluated and check the action in the modulation of the in vivo immune response of experimental autoimmune encephalomyelitis (EAE). In general, structural modifications proposed in this set of molecules showed a decrease in inflammation by reducing the production of NO, which is an improvement compared to the mitoxantrone, besides presenting inhibition of inflammatory mediators (TNF-α and IL-1β), suggesting an immunosuppressive character.
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Análise de polimorfismos dos genes de enzimas de metabolização de detoxificação em doenças inflamatórias crônicasRech, Tássia Flores January 2013 (has links)
A doença inflamatória intestinal (DII) e a esclerose sistêmica (ES) são doenças inflamatórias crônicas de difícil diagnóstico e tratamento. A etiologia da DII e da ES ainda não é completamente compreendida, mas sabe-se que fatores genéticos, imunológicos e ambientais estão envolvidos na sua patogênese. A DII possui dois principais subtipos clínicos: a doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa (RCU), caracterizados pela inflamação do intestino delgado e/ou cólon. Evidências sugerem que o aumento do estresse oxidativo desempenha um papel importante na fisiopatologia da DII. A ES é uma doença inflamatória autoimune rara, caracterizada pela fibrose progressiva da pele e de órgãos internos. A hipótese de que o aumento do dano oxidativo pode iniciar o dano vascular e desencadear os eventos patológicos observados na ES vem sendo investigada. Genes e enzimas envolvidos na metabolização (Fase I) e detoxificação (Fase II) de xenobióticos são utilizados como marcadores de susceptibilidade para o desenvolvimento de doenças que possuem fatores ambientais como fatores de risco. Em uma reação de Fase I, as enzimas do Citocromo P450 (CYP) inserem um átomo de oxigênio em um substrato deixando-o eletrofílico e reativo, criando um sítio para posterior conjugação pelas enzimas de Fase II. As enzimas Glutationa S-tranferases (GST) de Fase II catalisam a conjugação da glutationa com uma grande variedade de compostos eletrofílicos, detoxificando substâncias endógenas e exógenas. A atividade catalítica aumentada das enzimas CYP, bem como a falha na detoxificação de metabólitos pelas GST pode contribuir para o aumento do estresse oxidativo. O objetivo deste estudo foi investigar o papel de polimorfismos nos genes que codificam enzimas de metabolização (CYP1A*2C e CYP2E1*5B) e detoxificação (GSTT1 nulo, GSTM1 nulo e GSTP1 Ile105Val) na susceptibilidade a estas doenças. O grupo de pacientes com DII era constituído por 235 indivíduos e o grupo controle por 241 indivíduos, todos eurodescendentes. Na ES, 122 pacientes (99 eurodescendentes e 23 afrodescendentes) e 329 controles (241 eurodescendentes e 87 afrodescendentes) foram analisados. Os polimorfismos CYP foram genotipados por PCR-RFLP, enquanto que os polimorfismos em GSTT1 e GSTM1 foram genotipados por PCR multiplex e PCR-RFLP para GSTP1. As frequências alélicas e genotípicas foram comparadas entre pacientes e controles usando o teste de Qui-Quadrado. A respeito dos resultados das análises em DII, as frequências alélicas e genotípicas dos polimorfismos CYP1A1*2C, CYP2E1*5B e GSTP1 Ile105Val, bem como as frequências genotípicas do polimorfismo de presença/ausência de GSTM1, foram similares nos três grupos de pacientes (DII, DC e RCU) quando comparados ao grupo controle (P>0,05). Observouse uma frequência significativamente aumentada do genótipo nulo de GSTT1 no grupo de pacientes com DII quando comparado ao grupo controle [0,28 vs 0,18; χ² com Yates P=0,02; OR=1,71 (IC 95% 1,09 –2,71)]. Quando separamos o grupo de pacientes em DC ou RCU, esta frequência permaneceu significativamente aumentada somente no grupo de pacientes com RCU comparado ao grupo controle [0,29 vs 0,18; χ² com Yates P=0,035; OR=1,84 (IC 95% 1,03 –3,24)]. Com relação aos resultados das análises na ES, uma frequência significativamente aumentada do genótipo *1A/*1A (P=0,03; 0,74 vs. 0,61) e do alelo *1A (P=0,013; 0,86 vs 0,78; OR=0,57, IC 95% 0,36–0,90) do polimorfismo CYP1A1*2C foi observada entre os indivíduos controles eurodescendentes. Em contrapartida, a frequência do alelo *2C estava significativamente aumentada entre os pacientes de mesma etnia (P=0,013; 0,22 vs 0,14; OR=1,75, IC 95% 1,11–2,74). Com relação às frequências alélicas e genotípicas dos polimorfismos CYP2E1*5B e GSTP1 Ile105Val, e as frequências genotípicas do polimorfismo de presença/ausência de GSTM1, nenhuma diferença significativa foi observada quando os grupos de pacientes de ambas as etnias foram comparados aos grupos controle (P>0,05). Uma frequência significativamente aumentada do genótipo nulo de GSTT1 [0,29 vs 0,18; χ² com Yates P=0,035; OR=1,85 (IC 95% 1,03–3,29)], bem como uma alta frequência da dupla deleção de GSTT1/GSTM1 [0,19 vs 0,08; χ² com Yates P=0,007; OR=2,62 (IC 95% 1,25 –5,46)], foi observada no grupo de pacientes comparado aos controles (eurodescendentes). Estas associações não se repetiram entre indivíduos afrodescendentes. Concluindo, nossos resultados sugerem que o genótipo nulo de GSTT1 está associado à susceptibilidade a DII e pode influenciar na definição do curso da doença para a RCU. Além disso, o genótipo nulo de GSTT1 sozinho ou em combinação com o genótipo nulo de GSTM1 é um fator genético de susceptibilidade para a ES, enquanto que o genótipo *1A/*1A ou a presença do alelo *1A do polimorfismo CYP1A1*2C pode exercer um papel protetor contra o desenvolvimento da ES em indivíduos eurodescendentes. / Inflammatory bowel disease (IBD) and systemic sclerosis (SSc) are chronic inflammatory diseases of difficult diagnosis and treatment. The etiology of IBD and SSc is not completely understood but it is known that genetic, immunologic and environmental factors are involved in its pathogenesis. Crohn’s disease (CD) and ulcerative colitis (UC) are the two major subtypes of IBD, characterized by inflammation of the small intestine and/or colon. Evidences suggest that the increase of oxidative stress plays an important role in the pathophysiology of IBD. SSc is a rare autoimmune inflammatory disease of the connective tissue characterized by progressive fibrosis of the skin and internal organs. The hypothesis that the increase of oxidative stress can initiate vascular damage and triggers the pathological events in SSc has been investigated. Genes and enzymes involved in metabolism (Phase I) and detoxification (Phase II) of xenobiotics are used as markers of susceptibility to the development of diseases that have environmental factors as risk factors. In a Phase I reactions, the Cytochrome P450 (CYP) enzymes insert an oxygen atom in a substrate that making it more electrophilic and reactive, and creating a site for subsequent conjugation by Phase II enzymes. Phase II Glutathione S-transferases (GSTs) enzymes catalyze the conjugation of glutathione with a variety of electrophilic compounds, detoxifying endogenous and exogenous substances. A higher catalytic activity of CYP enzymes, as well as the failure in detoxifying of metabolites by GST enzymes may to contribute for the increase of oxidative stress. The aim of this study was investigated the role of polymorphisms in genes coding Phase I enzymes (CYP1A*2C and CYP2E1*5B) and Phase II (GSTT1 null, GSTM1 null and GSTP1 Ile105Val) in susceptibility to these diseases. IBD group was constituted by 235 patients and the control group by 241 individuals, all European-derived. In SSc group, 122 patients (99 European-derived and 23 African-derived) and 329 controls (241 European-derived and 87 African-derived) were analyzed. The CYP polymorphisms were genotyped by PCR-RFLP, whereas polymorphisms in GSTM1 and GSTT1 were genotyped by multiplex PCR and PCRRFLP for GSTP1. Allelic and genotypic frequencies were compared between patients and controls using the Chi-square test. Concerning IBD, allelic and genotypic frequencies of CYP1A1*2C, CYP2E1*5B and GSTP1 Ile105Val polymorphisms, as well as genotypic frequencies of GSTM1 presence/absence polymorphism were similar in all groups patients (IBD, CD, and UC) and controls (P>0.05). We observed a significantly increased frequency of GSTT1 null genotype in IBD group as compared to controls [0.28 vs. 0.18, χ ² with Yates P=0.02, OR=1.71 (95% CI 1.09 – 2.71)]. When patients were classified in CD or UC group, this frequency remained significantly increased only among UC patients [0.29 vs. 0.18, χ ² with Yates P=0,035, OR=1.84 (95% CI 1.03 – 3.24)] as compared to controls. Regarding results in SSc, a frequency significantly increased of *1A/*1A genotype (P=0.03; 0.74 vs. 0.61) and *1A allele (P=0.013; 0.86 vs 0.78; OR=0.57, 95% CI 0.36–0.90) from CYP1A1*2C polymorphism was observed among European-derived controls. On the other hand, the frequency of *2C allele was significantly increased among patients of same ethnic group (P=0.013; 0.22 vs 0.14; OR=1.75, 95% CI 1.11–2.74). The allelic and genotypic frequencies of CYP2E1*5B and GSTP1 Ile105Val polymorphisms, as well as genotypic frequencies of GSTM1 presence/absence polymorphism were similar between SSc patients and controls of both ethnic groups (P>0.05). We observed a significantly increased frequency of GSTT1 null genotype [0.29 vs. 0.18, χ ² with Yates P=0.035, OR=1.85 (95% CI 1.03–3.29)], as well as an increased frequency of GSTT1/GSTM1 double-null in SSc patients as compared to controls [0.19 vs. 0.08; χ ² with Yates P=0.007, OR=2.62 (95% CI 1.25 – 5.46)]. These associations were exclusive to European-derived individuals. In conclusion, our results suggest that the GSTT1 null genotype is associated with susceptibility to IBD and may influence in defining the course of the disease for RCU. Furthermore, the GSTT1 null genotype alone or combined with GSTM1 null genotype is a susceptibility genetic factor to SSc, while the *1A/*1A genotype or the presence of *1A allele from CYP1A1*2C polymorphism may plays a protector role in SSc development in Brazilian Europeanderived individuals.
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Efeito do interferon tipo I na indução da função tolerogênica das células dendríticas plasmocitóides na encefalomielite experimental autoimune = Effect of type I interferon induction of tolerogenic function of plasmacytoid dendritic cells in experimental autoimmune encephalomyelitis / Effect of type I interferon induction of tolerogenic function of plasmacytoid dendritic cells in experimental autoimmune encephalomyelitisSantos, Mariana Peres Almeida, 1988- 08 May 2014 (has links)
Orientadores: Leonilda Maria Barbosa dos Santos, Alessandro dos Santos Farias / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-27T11:48:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: O Resumo poderá ser visualizado no texto completo da tese digital / Abstract: The Abstract is available with the full electronic digital document / Mestrado / Imunologia / Mestra em Genética e Biologia Molecular
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Avaliação quantitativa automática de volumes e densidades pulmonares em TCAR de pacientes com esclerose sistêmica antes e após transplante de medula óssea / Automatic quantification of pulmonary volumes and densities in HRCT of patients with systemic sclerosis before and after bone marrow transplantationAlmeida, Fabrício Arantes de 08 February 2019 (has links)
O objetivo deste estudo foi avaliar as medidas de volume e densidade pulmonar em exames de tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) de tórax de pacientes com esclerose sistêmica (ES), antes e após o transplante de medula óssea (TMO). As medidas foram comparadas com a avaliação funcional e resposta ao tratamento. Este foi um estudo retrospectivo observacional. A avaliação clínica e tomográfica foi realizada antes, após 6 e 18 meses do TMO, dos pacientes com ES que realizaram o procedimento entre 2011 e 2017. A análise quantitativa da TCAR foi feita utilizando programa totalmente automatizado (Yacta), capaz de obter o volume pulmonar, a densidade pulmonar média e os percentis de atenuação (P10, P40, P50, P80 e P90). Os dados clínicos, incluindo o resultado das espirometrias, foram obtidos dos prontuários eletrônicos dos pacientes. A capacidade vital forçada (CVF) aos 18 meses foi utilizada para classificar os pacientes em grupo \"melhor resposta\" (aumento >= 10% dos valores da CVF) ou \"resposta estável\" (redução, estabilidade ou aumento < 10% na CVF). Nenhum paciente apresentou redução da CVF > 10% pós-TMO. Foram incluídos 33 pacientes, com alteração tomográfica ou da função pulmonar antes da realização do TMO. O grupo \"melhor resposta\" foi composto por 15 pacientes (45,4%, 4 homens, idade média de 32,1 anos), enquanto o grupo \"resposta estável\" por 18 pacientes (54,6%, 4 homens, idade média de 37,5 anos). A análise quantitativa das TCAR não demonstrou diferença significativa entre os grupos na fase pré-TMO. No grupo \"melhor resposta\" houve redução significativa da densidade pulmonar média e dos valores dos percentis de densidade após o TMO, destacando-se os percentis 80 e 90. No grupo \"resposta estável\" não houve alteração significativa pós-TMO nos valores de volumes e densidades pulmonares. Concluímos que a análise quantitativa automática da TCAR de pacientes com ES foi capaz de identificar redução significativa da densidadepulmonar nos pacientes com melhora significativa da função pulmonar. Inferimos que, além dos volumes e densidades médias, podem ser utilizados também os percentis de densidade como parâmetro no acompanhamento da doença intersticial. Esta ferramenta pode representar um biomarcador na avaliação de tratamento da doença intersticial pulmonar na ES, complementando as provas de função pulmonar. / The purpose of this study was to evaluate pulmonary volume and density measurements in high resolution computed tomography (HRCT) scans of patients with systemic sclerosis (SSc) before and after bone marrow transplantation (BMT). Measurements were compared with functional assessment and response to treatment. This was a retrospective observational study. Clinical and tomographic evaluation of patients was performed before, after 6 and 18 months of BMT, for patients submitted to the procedure between 2011 and 2017. The quantitative analysis of HRCT scans was performed using a fully automated program (Yacta), capable of obtaining lung volume, density and attenuation percentiles (P10, P40, P50, P80 and P90). Clinical data, including the results of spirometry, were obtained from patients\' electronic records. Forced vital capacity (FVC) at 18 months was used to classify patients into \"best response\" group (>= 10% increase in FVC values) or \"stable response\" (reduction, stability or FVC increase < 10%). No patient had FVC reduction > 10% after BMT. Thirty-three patients were included, with tomographic or pulmonary function alterations before the BMT. The \"best response\" group consisted of 15 patients (45.4%, 4 men, mean age 32.1 years), while the \"stable response\" group comprised 18 patients (54.6%, 4 men, mean age of 37.5 years). Quantitative analysis of HRCT did not show a significant difference between the groups in the pre-BMT evaluation. In the \"best response\" group there was a significant reduction in mean lung density and density percentile values after BMT, with emphasis on the 80th and 90th percentiles. In the \"stable response\" group there was no significant post-BMT change in lung volumes and pulmonary densities. We conclude that the quantitative automatic HRCT analysis of patients with ES identified a significant reduction in pulmonary density in patients with improved pulmonary function. We speculate that, in addition to the mean volumes and densities, density percentiles may also be used as a parameter in the follow-up ofpatients with interstitial lung disease. This tool may represent a biomarker in the evaluation of interstitial lung disease treatment in patients with SSc, complementing pulmonary function tests.
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Caracterização do papel da célula de Schwann no processo de neurodegeneração do neurônio motor na esclerose lateral amiotrófica no modelo animal transgênico e no nervo periférico de pacientes: estudo in vitro / Characterization of Schwann cell role in the motor neuron neurodegeneration process in amyotrophic lateral sclerosis in the transgenic animal model and in the peripheral nerve of patients: in vitro studyAlves, Chrystian Junqueira 03 September 2015 (has links)
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa progressiva de evolução rápida, caracterizada pela perda seletiva dos neurônios motores (NM) superiores e inferiores. Recentemente, as células gliais centrais (astrócito, microglia e oligodendrócito) mostraram-se tóxicas aos NM, porém os detalhes moleculares não estão completamente elucidados. Em relação às células gliais periféricas, alterações eletrofisiológicas no nervo ciático do modelo animal da ELA na idade pré-sintomática foram reportadas pelo nosso grupo e os achados de denervação precoce tanto no modelo animal quanto em pacientes sugerem a participação das células de Schwann (CS) na morte neuronal retrógrada na ELA, teoria conhecida como dying back. Nesse contexto, as CS mostraram-se capazes de induzir a retração axonal e a denervação das junções neuromusculares, eventos precoces na doença, ocorrendo possivelmente na fase présintomática. O objetivo deste trabalho foi verificar a influência das CS do modelo experimental na fase pré-sintomática e do paciente com evolução recente da forma esporádica da ELA, na sobrevida e no tamanho dos prolongamentos dos NM in vitro e entender a natureza molecular do fenômeno. Culturas de CS altamente purificadas foram obtidas a partir do nervo ciático do camundongo modelo animal e do nervo periférico de pacientes com ELA. Os NM da medula espinal de camundongos neonatos foram co-cultivados com as CS. A neurodegeneração foi avaliada pela presença do marcador Fluoro-Jade C (FJC). Os NM também foram tratados com o meio condicionado das culturas de CS do modelo animal ou dos pacientes com ELA. Os motoneurônios tiveram os seus prolongamentos contados e a morte neuronal foi identificada pela presença do FJC. Diversos fatores neurotróficos foram quantificados no meio condicionado das culturas de CS pela técnica de ELISA. A reação em cadeia da polimerase quantitativa (do inglês, quantitative polymerase chain reaction - qPCR) foi realizada para detectar alterações nas CS e no nervo periférico que pudessem estar relacionadas com disfunção na unidade CS/NM. Os resultados mostraram que os NM cultivados na ausência das CS mostraram-se mais susceptíveis à morte. Os NM cocultivados com as CS ELA mostraram maior número de perfis neurodegenerativos em comparação com os NM co-cultivados com as CS controle. Após o tratamento com o meio condicionado das CS ELA, os NM mostraram redução no tamanho dos prolongamentos e aumento do número de células em neurodegeneração em comparação com o grupo controle. Quantidades reduzidas dos fatores neurotróficos foram encontradas no meio condicionado das culturas de CS ELA. Alterações na expressão gênica das CS e no nervo periférico evidenciaram disfunções na unidade CS/NM que podem estar contribuindo para o processo neurodegenerativo visto na ELA. Conclui-se que a falência nos mecanismos de neuroproteção pelas CS ELA é um importante mecanismo implicado na morte neuronal, com grande potencial terapêutico / Amyotrophic lateral sclerosis (ALS) is a progressive neurodegenerative disease characterized by the selective loss of upper and lower motor neurons (MN). Recently, central glia (astrocytes, microglias and olygodendrocytes) were toxic to the MN, but the molecular aspects have not fully described. In relation to the peripheral glia, electrophysiological changes in the sciatic nerve of ALS animal model in the presymptomatic stage have been reported by our group and early denervation findings in both animal models and patients suggests the participation of Schwann cells (SC) in the retrograde neuronal death of ALS , theory known as dying back. In this context, the SC proved to be able to induce axonal retraction and denervation of the neuromuscular junctions, early events in the disease, possibly occurring in the pre-symptomatic phase. The aim of this thesis was to investigate the influence of SC of pre-symptomatic experimental model and from patient with recent evolution of ALS sporadic form, in the survival and axonal length of MN in vitro and understand the molecular nature of the phenomenon. Highly purified SC cultures were obtained from the sciatic nerve of the animal model and from ALS patient\'s peripheral nerve. MN from the newborn mouse spinal cord were co-cultured with SC and the neurodegeneration was assessed by the presence of the marker Fluoro-Jade C (FJC). MN were also treated with conditioned medium from cultures of SC of the animal model or ALS patients. MN had their neuronal length measured and neuronal degeneration was identified by the presence of the FJC. Several neurotrophic factors were measured in conditioned medium of mice and ALS patient\'s SC cultures by ELISA. The chain reaction quantitative polymerase (qPCR) was performed to detect changes in the SC and peripheral nerve that could be related with dysfunction in the functional unit SC/MN. The MN co-cultured with ALS SC showed a greater number of neurodegenerative profiles compared with MN cocultured with control SC. After treatment with ALS SC conditioned medium, MN showed a reduction in the neuronal length and increased number of cells in neurodegeneration compared with the control group. Lower levels of neurotrophic factors were found in the conditioned medium of ALS SC cultures. Changes in the gene expression of SC and peripheral nerve showed dysfunctions in SC/MN unit, which may be contributing to the neurodegenerative process seen in ALS. In conclusion, the failure of neuroprotection by ALS SC is an important mechanism implicated in the MN cell death, with great therapeutic potential
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