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Estudo do sistema inato de defesa de Biomphalaria tenagophila (d’Orbigny, 1835) frente ao Schistosoma mansoni Sambon, 1907Mattos, Ana Carolina Alves de January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / A fenoloxidase (PO) é uma enzima envolvida no processo de melanização. A melanização é um mecanismo de defesa contra patógenos, muito importante para diversos invertebrados, inclusive, alguns artigos já descreveram a existência dessa enzima em Biomphalaria glabrata. Utilizando B. tenagophila (linhagem resistente Taim e linhagem susceptível Cabo Frio), tentou-se esclarecer, por meio de experimentos “in vivo” e “in vitro”, a real importância desse sistema enzimático no processo de resistência da Biomphalaria ao S. mansoni. Verificou-se que, apesar do sistema fenoloxidase apresentar, em alguns experimentos, uma atividade significativamente maior, principalmente na linhagem Taim, na presença do S. mansoni, não foi possível afirmar que esse sistema tem importância no mecanismo de resistência da B. tenagophila Taim contra S. mansoni, pois a ativação enzimática ocorreu em todas as linhagens testadas. Quando os testes da atividade enzimática foram realizados, utilizando Echistosoma paraensei (trematódeo, digenea), que infecta a linhagem Taim, os resultados foram semelhantes. Outro aspecto estudado neste trabalho foi a resposta do sistema interno de defesa (SID - hemócitos, fração solúvel e hemolinfa total) da B. glabrata e B. tenagophila (Taim e Cabo Frio), frente aos esporocistos secundários, obtidos de caramujos B. glabrata infectadas. Já foi descrito na literatura o processo de mascaramento/mimetismo molecular como mecanismo de evasão do parasito. Assim, utilizando os esporocistos secundários, foi possível demonstrar que os esporocistos primários são mais afetados pelo SID da Biomphalaria (principalmente Taim) do que os esporocistos secundários. Os esporocistos primários apresentaram maior mortalidade e danos no tegumento do que os esporocistos secundários. No entanto, a inoculação dos esporocistos secundários, provenientes de B. glabrata, obteve sucesso apenas na espécie análoga, resultando na eliminação de cercárias, trinta dias após a inoculação. O mesmo não ocorreu nas linhagen de B. tenagophila Taim e Cabo Frio. Dessa forma, o mimetismo/mascaramento molecular é um mecanismo possível, porém experimentos utilizando esporocistos secundários provenientes da B. tenagophila são necessários para verificar a real importância desse processo como mecanismo de escape do parasito em relação a B. tenagophila Taim. / Phenoloxidase (PO) is an enzyme involved in the process of melanization, which is a defense mechanism against pathogens, being very important for different invertebrates. Several articles have described the presence of this enzyme in Biomphalaria glabrata. Using B. tenagophila (resistant Taim and susceptible Cabo Frio) lineages to Schistosoma mansoni), we carried out “in vivo” and “in vitro” experiments aimed at clarifying the real importance of this enzymatic system in the process of Biomphalaria resistance to S. mansoni. It was observed in some experiments that the phenoloxydase system presented a significantly higher activity, mainly in Taim lineage in the presence of S. mansoni, but it was not possible to confirm whether this system exerts some importance in the resistance mechanism of B. tenagophila Taim against S. mansoni, since the enzymatic activity has occurred in all the lineages tested. When the enzymatic activity was tested using Echistosoma paraensi (Trematode, Digenea), which infects the Taim lineage, the results obtained were very similar. Another aspect investigated in the present work was the response of the internal defense system (IDS – hemocytes, soluble fraction, and total hemolymph) of B. glabrata and B. tenagophila (Taim and Cabo Frio) in the presence of secondary sporocysts derived from infected B. glabrata snails. The process of molecular masking/mimetism as evasion mechanism of the parasite has been described in the literature. Thus, using secondary sporocysts, it was possible to demonstrate that primary sporocysts are more affected by IDS of Biomphalaria (mainly of Taim), presenting higher mortality rate and tegumental damages than the secondary ones. Nevertheless, inoculation of secondary sporocysts derived from B. glabrata was successful only in the analogue species, showing as a result elimination of cercariae thirty days post-inoculation. The same result did not occur with B. tenagophila Taim and Cabo Frio. In this way, the molecular masking/mimetism may be considered a possible mechanism, however, further experiments using secondary sporocysts derived from B. tenagophila are needed in order to verify the real importance of this process as the parasite´s scape mechanism in relation to B. tenagophila Taim.
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Estudo da resistência do Schistosoma mansoni Sambon, 1907 ao praziquantelCouto, Flávia Fernanda Bubula January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil / Atualmente, a droga utilizada no tratamento da esquistossomose é o praziquantel (PZQ). Alguns casos de isolados de S. mansoni resistentes ao PZQ no campo e em laboratório já foram relatados. Estes relatos refletem uma parcela ínfima do problema real, devido às dificuldades para a comprovação dessa resistência em condições de laboratório. Recentemente, nosso grupo conseguiu induzir resistência, em laboratório, a uma cepa de S. mansoni, utilizando sucessivos tratamentos com PZQ em B. glabrata infectadas com o S. mansoni (cepa LE-PZQ). Diante disso, este trabalho teve como objetivo geral avaliar a resistência/ suscetibilidade da cepa LEPZQ ao longo de seu desenvolvimento no hospedeiro vertebrado bem como avaliar a ação do PZQ em cercárias sensíveis e resistentes ao PZQ a fim obter um teste rápido para detecção de resistência e, por fim, estudar o envolvimento das proteínas SMDR2, SmMRP1 e SmMVP na resistência do S. mansoni ao PZQ. Para isso,
camundongos infectados com a cepa LE-PZQ ou com a cepa suscetível (LE) foram tratados com PZQ após 2, 6, 16, 23 e 45 dias de infecção. Os resultados mostraram maior recuperação de vermes da cepa resistente tratadas com PZQ após 16 e 23 dias de infecção em comparação com a cepa LE. Outro objetivo do nosso estudo foi avaliar a perda da cauda de cercárias LE e LE-PZQ após 1 e 2 horas de contato com o PZQ em diferentes concentrações. Cercárias LE-PZQ apresentaram uma perda da cauda estatisticamente menor após exposição nas diferentes
concentrações de PZQ por 1 ou 2 horas. Artigos sobre resistência à multidrogas (MDR) têm sido importantes para estudo de resistência em diversos organismos. Por isso, investigamos os níveis de RNA de SMDR2 e SMRP1 por qRT-PCR. SMDR2 mostrou níveis maiores em fêmeas quando comparados com machos e vermes em pares na cepa LE. Na cepa LE-PZQ, vermes fêmeas apresentaram níveis maiores quando comparados apenas com vermes machos. Quando comparadas as duas cepas, a resistente apresentou níveis estatisticamente maiores em machos, fêmeas e vermes em pares. SmMRP1 demonstrou expressão significativamente maior em machos e machos e fêmeas nas duas cepas quando comparados com fêmeas. Na comparação entre a cepa sensível e a resistente, a LE-PZQ apresentou maiores níveis de expressão em machos e vermes em pares. Investigamos também os níveis de RNA e proteínas de SmMVP. Foi possível observar que SmMVP está diferencialmente expressa entre machos, fêmeas e vermes em pares quando comparados entre si em cada cepa e quando compara-se cepa sensível e resistente. / Currently, the drug of choice in schistosomiasis treatment is Praziquantel (PZQ). Some cases of S. mansoni resistant strains to PZQ in field and laboratory have been already reported. These cases reports reflect a small parcel of the real problem due to the difficulty to prove this resistance in laboratory conditions. Recently, our group induced resistance in a S. mansoni strain using successive PZQ treatments in B. glabrata infected, under laboratory conditions (LE-PZQ strain). Thus, this work aimed to evaluate the resistance/ susceptibility of the LE-PZQ strain during its development in the vertebrate host as well as to evaluate the PZQ action in susceptible and resistant cercarie in order to obtain a rapid test to detect resistance, and lastly to study the involvement of SMDR, SmMRP1 and SmMVP proteins in the S. mansoni resistance to PZQ. For that, mice were infected with LE-PZQ strain or susceptible strain (LE) and treated with PZQ after 2, 6, 16, 23 and 45 days of infection. The results showed a bigger worm recovery when it was treated after 16 and 23 days of the infection when compared with susceptible strain. We also aimed to evaluate tail loss of LE and LE-PZQ cercarie after exposure to PZQ for 1 or 2 hours in different concentrations. LE-PZQ cercarie showed a statistically smaller tail loss after PZQ exposure in all concentrations for 1 or 2 hours. Works about multidrug resistance (MDR) have been important to studies of resistance in several organisms. Therefore, we investigated levels of RNA for SMDR2, SmMRP1 and SmMVP using RT-PCR. Females showed high levels of expression when compared to males and paired worms in the LE strain. In the LE-PZQ strain, female worms showed high levels of expression only when compared to male worms. When compared both strains, the resistant showed high levels of expression in males, females and paired worms. SmMRP1 showed upregulated in males and paired worms in both strains when compared to females. In the susceptible and resistant strain comparison, LE-PZQ strain showed high levels of expression in male and paired worms. We investigated also RNA and proteins levels for SmMVP. It was possible to observe that SmMVP was found differentially expressed in adult males and females from the susceptible strain.
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Avaliação da resposta imunológica e mecanismos efetores associados à proteção induzida pela preparação antigênica do tegumento do esquistossômulo do Schistosoma mansoni.Melo, Tatiane Teixeira January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil / Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO), atualmente 200 milhões de pessoas estão infectadas por espécies do gênero Schistosoma, uma vacina, administrada sozinha ou em combinação com drogas anti-helmínticas, seria importante para o controle da esquistossomose. Recentemente, nosso grupo demonstrou que uma preparação do tegumento de esquistossômulo do S. mansoni (Smteg) é capaz de elicitar uma diminuição estatisticamente significativa na carga parasitária quando formulado com adjuvante de Freund. Neste trabalho nós avaliamos a imunoproteção induzida em camundongos pelo Smteg
sem adjuvante ou Smteg associado ao Alum ou Alum + CpG. Na ausência de adjuvante não houve diminuição estatisticamente significativa da carga parasitária. Apesar disso, o Smteg foi capaz de ativar a resposta imune produzindo níveis significativos de anticorpos específicos, aumentando a porcentagem de células TCD4+IFN-γ+ e de células TCD4+IL-10+ no baço e aumentando a produção das citocinas IFN-γ e IL-10 pelas células esplênicas e IL-10
por células dendríticas,. Ao contrário, a associação Smteg/alum/CpG-ODN foi capaz de induzir uma redução parcial na carga parasitária (43,1%) além de uma reduzir significativamente o número de ovos eliminados nas fezes. Esta resposta protetora foi associada com um perfil predominantemente do tipo Th1, com o aumento na produção de IgG2c, IFN-γ e TNF-α. O papel dos anticorpos na eliminação do parasito em animais imunizados com o Smteg também foi avaliado, e demonstramos que anticorpos específicos estão envolvidos na eliminação do parasito. Uma vez observada a importância dos anticorpos na imunidade protetora, realizamos análises proteômicas e sorológicas pela técnica de Western-blotting bidimensional (2D-WB) para identificar candidatos vacinais. Uma das proteínas identificadas, a ciclofilina do S. mansoni (SmCyp), foi utilizada como antígeno em um protocolo de imunização gênica, porém não observamos redução significativa da carga parasitária e do número de ovos nas fezes e no intestino e fígado de camundongos imunizados, apesar da imunização diminuir significativamente a área dos granulomas hepáticos em animais imunizados. Nossos resultados demonstram a importância do tegumento do esquistossômulo do S. mansoni como fonte de antígenos vacinais para a esquistossomose mansoni; a importância dos anticorpos na eliminação do parasito e identifica proteínas candidatas a serem utilizadas em formulações vacinais, abrindo novas possibilidades de estudos avaliando as mesmas em diferentes formulações e estratégias vacinais em ensaios pré-clinicos / According to the World Health Organization (WHO), currently 200 million people are infected by Schistosoma species, the vaccine, administered alone or in association with antihelminthic drugs, would be important to control schistosomiasis. Recently, our group demonstrated that the schistosomula tegument preparation from S. mansoni (Smteg) is able to induce a significant reduction in worm burden when formulated to Freund adjuvant. In this work we evaluated the protection induced by Smteg without adjuvant or Smteg with Alum or Alum + CpG. Without adjuvant any significant reduction in parasite burden was observed.
However, Smteg immunization activate immune response inducing significant production of specific antibody; increased percentage of TCD4+IFN-γ+ and TCD4+IL-10+ cells in spleen and increased production of IFN-γ and IL-10 cytokines by spleen cell and IL-10 by dendritic cells. On the other hand Smteg/alum/CpG-ODN formulation was able to induce partial reduction in worm burden (43.1%) and also a significant reduction in the number of eggs
eliminated in the feces. This protective response was associated with a predominant Th1 type of immune response, with increased production of specific IgG2c, IFN-γ and TNF-α. The role of antibodies in the elimination of parasites in animals immunized with Smteg was also evaluated and we have demonstrated that specific antibodies are involved in the elimination of the parasite. Once we have observed the importance of antibodies in protective immunity, we performed proteomic and serological analyzes by two-dimensional Western blotting (WB 2D) technique to identify vaccine candidates. One of the identified proteins, the S. mansoni cyclophilin (SmCyp), was used as antigen in a genetic immunization protocol, although no significant reduction in parasite burden and the number of eggs in the feces and intestine and liver of immunized mice was observed, immunization significantly decrease the area of hepatic granulomas in immunized animals. Our results demonstrate the importance of S. mansoni schistosomula tegument as a source of vaccine targets for schistosomiasis; the importance of antibodies in parasite elimination and also identify proteins to be used in vaccine formulations, opening new studies possibilities in the evaluation of these candidates in different formulations and vaccination strategies in preclinical trials.
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Associação entre marcadores biológicos e os graus de fibrose hepática na esquistossomose mansônica / Association between biomarkers and the hepatic fibrosis degrees in schistosomiais mansoniBarreto, Ana Virgínia Matos Sá January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil / A fibrose periportal (FPP) é a maior consequência patológica da infecção pelo Schistosoma mansoni. Seu diagnóstico é realizado através da ultrassonografia (USG), mas por apresentar algumas limitações, marcadores biológicos têm sido propostos para diagnosticar a fibrose. Porém, ainda não foi proposto um índice biológico para a detecção da fibrose na esquistossomose. Com o objetivo de estabelecer uma associação entre marcadores biológicos com a FPP, este estudo se propôs a construir um índice biológico (IB) para predizer a fibrose em pacientes esquistossomóticos. Para isso, foram selecionados 120 pacientes e aferidos os marcadores: bioquímicos [transaminases (AST e ALT), gama-glutamil transferase (gama-GT), fosfatase alcalina (FA) e ácido hialurônico (AH)], citocinas (IFN-gama, TNF-alfa, TGF-beta e IL-13] e número de plaquetas. A USG foi empregada para detectar e categorizar a fibrose usando a classificação de Niamey. Os níveis séricos dos marcadores bioquímicos e o número de plaquetas foram determinados em aparelho automatizado, com exceção do AH que foi por método imunofluorimétrico e as citocinas por ensaio imuno-enzimático. A USG revelou 20 pacientes sem FPP, 50 com FPP moderada e 50 com FPP avançada. A análise multivariada mostrou que FA e plaquetas foram os preditores de fibrose independentes, formando o IB¹. E que AH e TGF-beta foram os marcadores independentes para predizer a FPP avançada, formando o IB². Os IB¹ e IB² apresentaram área abaixo da curva ROC de 0,828 e 0,967, respectivamente. Usando-se valores abaixo do menor ou acima do maior ponto de corte, a predição da ausência ou presença de FPP pôde ser feita em 49,2 por cento dos pacientes. Com valor preditivo negativo (VPN) de 50 por cento para excluir a fibrose e valor preditivo positivo (VPP) de 97,8 por cento para definir a FPP. A predição da ausência ou presença de FPP avançada pôde ser feita em 71 por cento dos pacientes. Com VPN de 94,7 por cento para excluir a FPP avançada e com VPP de 97,1 por cento para definir a fibrose avançada. Nossos resultados sugerem que os IBs têm potencial para serem utilizados no diagnóstico da presença e gravidade da FPP, após confirmação através do processo de validação (AU)
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Caracterização da maquinaria de processamento de miRNAs e piRNAs em Biomphalaria glabrata e o efeito da infecção por Schistosoma mansoni no processoQueiroz, Fábio Ribeiro January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou / A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de 240 milhões de pessoas, em 78
países, necessitam de tratamento para esquistossomose, uma doença crônica causada por trematódeos do gênero Schistosoma. No Brasil, o Schistosoma mansoni é o único
representante deste gênero, cuja passagem pelo hospedeiro invertebrado, caramujos do
gênero Biomphalaria, é obrigatória antes de infectar um hospedeiro mamífero, entre eles
o homem. A interação parasito-hospedeiro invertebrado é complexa, podendo o grau de
susceptibilidade do caramujo à infecção variar desde extremamente permissivo até
completamente resistente. Com o genoma e transcriptoma de B. glabrata disponíveis, o
estudo de genes relacionados à regulação da expressão gênica, principalmente aqueles
responsáveis pela maquinaria de processamento de miRNAs e piRNAs poderão auxiliar no entendimento da biologia do vetor B. glabrata bem como sua relação como o parasito S. mansoni. Alguns aspectos da interação parasito-hospedeiro invertebrado continuam pouco explorados, incluindo a participação dos pequenos RNAs não codificadores de proteínas como miRNAs, siRNAs e piRNAs. Utilizando ferramentas de bioinformática e PCR quantitativa, buscamos identificar e caracterizar a maquinaria de processamento de miRNAs e piRNAs em B. glabrata. Nosso trabalho demonstra que a maquinaria necessária para o processamento destas moléculas está ativa em B. glabrata com expressão gênica diferencial dos genes Argonauta, Drosha, Piwi, Exportina 5 e Tudor em diferentes estágios de desenvolvimento do animal bem como durante a infecção pelo S.
mansoni. As análises de bioinformática utilizadas nesse trabalho mostraram a alta
conservação dos genes envolvidos na maquinaria de miRNAs e piRNAs utilizando
análise e distribuição de domínios conservados, análise de resíduos do sítio catalítico bem como análise filogenética. Estes dados sugerem que a maquinaria de silenciamento mediada por miRNAs e piRNAs interferem na biologia do caramujo durante todo o seu ciclo de vida, além de contribuir, de maneira ainda indefinida, na relação B. glabrata/S. mansoni. Estudos mais detalhados necessitarão ser realizados para confirmar a participação das preditas proteínas da via de miRNAs e piRNAs na relação parasito/hospedeiro, principalmente sua participação efetiva em seus genes alvos, uma vez que o parasito S. mansoni não possui expressa a via de piRNAs em seu genoma / The World Health Organization (WHO) estimates that about 240 million people in 78
countries require treatment for schistosomiasis, a chronic disease caused by trematodes of the genus Schistosoma. In Brazil, the Schistosoma mansoni is the only representative specie, whose passage through the invertebrate host, snails of the genus Biomphalaria, is mandatory before infecting a mammalian host, including humans. The interaction between the invertebrate host and the parasite is complex and the degree of susceptibility of the snail to infection ranges from extremely permissive to completely resistant. With the genome and transcriptome of B. glabrata available, the study of genes related to the regulation of gene expression, particularly those responsible for miRNAs and piRNAs processing machinery may assist in vector biology understanding B. glabrata well as its
relation to the parasite Schistosoma mansoni. Some aspects of this interaction are still poorly explored, including the participation of small RNAs not protein-coding as miRNAs, siRNAs and piRNAs. Using bioinformatics tools and quantitative PCR, we seek to identify and characterize the processing machinery of miRNAs and piRNAs in B. glabrata. Our work shows that the protein machinery required for processing these
molecules are active at the level of gene transcription in B. glabrata with a differential expression of the genes Argonauta, Drosha, Piwi, Exportin 5 and Tudor in different developmental stages and also during infection with S. mansoni. The bioinformatics analysis used in this study showed the high conservation of genes involved in miRNAs and piRNAs machinery using analysis and distribution of conserved domains, the catalytic site residue analysis and phylogenetic analysis. These data suggest that the silencing machinery mediated by miRNAs and piRNAs interfere in the snail biology throughout its life cycle, and contribute, even indefinitely, in relation B. glabrata/S. mansoni. More detailed studies need to be performed to confirm the participation of the
predicted proteins of miRNAs and piRNAs pathway in the parasite/host relationship,
mainly their effective participation in their target genes, since the parasite S. mansoni has not expressed the piRNAs pathway in its genome.
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Avaliação da imunoproteção induzida pelas proteínas recombinantes Sm29 e Sm22.6 de Schistosoma mansoni em camundongos primoinfectados e tratadosAlves, Clarice Carvalho January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brazil / O desenvolvimento de uma vacina para a esquistossomose, juntamente com a
quimioterapia, seria de grande impacto para o controle e eliminação da doença. Nesse sentido, vários antígenos do parasito já foram testados a fim de avaliar a capacidade dos mesmos em induzirem proteção contra a infecção pelo Schistosoma mansoni. Porém, apesar de alguns antígenos apresentarem bons resultados na proteção contra a infecção, esses nunca foram testados em modelos experimentais previamente expostos a antígenos do parasito. No caso da
esquistossomose, isso seria importante já que os moradores de áreas endêmicas, população alvo de uma vacina para a doença, passam por repetidas infecções ao longo de suas vidas.
Diante dessa necessidade, duas proteínas de tegumento de Schistosoma mansoni, Sm22.6 e
Sm29, merecem destaque já que têm sido associadas à resistência à infecção e reinfeção em moradores de áreas endêmicas, e por terem induzido proteção parcial em ensaios envolvendo a imunização de camundongos C57BL/6 naïve. Portanto, este trabalho objetivou avaliar a habilidade das proteínas recombinantes, Sm22.6 e Sm29, em induzirem proteção em animais BALB/c que já tenham sido previamente infectados e tratados. Nós também avaliamos a capacidade das proteínas Sm22.6r e Sm29r em induzirem proteção em camundongos BALB/c naïve, já que nos trabalhos anteriores essas foram testadas em animais da linhagem C57BL/6.
Nossos resultados demonstraram que, diferentemente dos trabalhos anteriores, a imunização de animais BALB/c naïve com Sm22.6r ou Sm29r não foi capaz de induzir proteção. Apesar disso, através de um ensaio de imunofluorescência, foi possível observar que os anticorpos produzidos, em resposta à imunização com Sm22.6r ou Sm29r, foram capazes de reconhecer a forma nativa dessas proteínas, na superfície do parasito. A imunização de animais, infectados e tratados, com Sm22.6r+Freund, embora tenha desencadeado uma resposta imune robusta, também não foi capaz de conferir imunidade protetora. Por outro lado, camundongos,
infectados/tratados, imunizados com Sm29r+Freund apresentaram significativa redução da carga parasitária (proteção de 26%-48%) após três doses da vacina. Esta formulação vacinal induziu uma produção significativa das citocinas IL-2, IFN-γ, IL-17 e IL-4; uma resposta humoral vigorosa com produção de IgG, IgG1, IgG2a e IgE específicos; e um aumento significativo no percentual de células TCD4+ de memória central. Os adjuvantes Alum e MPL também foram formulados juntamente com a Sm29r. Os resultados demonstraram que somente a formulação vacinal Sm29r+Alum foi capaz de conferir proteção (29%-37%), desencadeando uma produção significativa de IL-2, IL-17 e IL-10, e um aumento do percentual de células TCD4+ produtoras de IFN-γ. Além disso, esses animais apresentaram níveis significativos de anticorpos específicos IgG, IgG1, IgG2a e IgE e um aumento
significativo no percentual de células B de memória. Nossos resultados confirmam o papel
imunoprotetor da proteína Sm29r, reforçando seu potencial como candidata vacinal. / The development of a vaccine against schistosomiasis together with chemotherapy
would have a great impact in the disease control and elimination. In this sense, several parasite antigens have been tested in order to assess its ability to induce protection against Schistosoma mansoni infection. Despite the great results observed after mice immunization with those antigens, they have never been tested in mice previously exposed to the parasite
antigens. In the case of schistosomiasis, this is an important assessment to be done, since the residents of endemic areas, target population of a schistosomiasis vaccine, are exposed to several infections through life. In this context, two parasite tegument proteins, Sm22.6 and Sm29, are promising candidates, that have been associated with resistance to infection and reinfection in individuals living in endemic areas, and also induce partial protection against
schistosomiasis in immunization trials using C57BL/6 naïve mice. Therefore, this work aimed to evaluate Sm22.6r and Sm29r ability to induce protection in BALB/c mice previously infected with S. mansoni and treated with Praziquantel. We also evaluated the Sm22.6r and Sm29r ability to induce protection in BALB/c naïve mice, since, previous studies were performed in C57BL/6 strain. Unlike previous works, our results showed that neither immunization with Sm29r nor immunization with Sm22.6r induced reduction in parasite burden in BALB/c naïve mice. Nevertheless, an immunofluorescence staining assay demonstrated that antibodies produced in response to mice immunization with rSm22.6 or rSm29 were able to recognize the native proteins in the parasite surface. In infected and treated mice, the immunization with Sm22.6r plus Freund failed to induce protection, despite the robust immune response observed. In the other hand, infected and treated mice, immunized with Sm29r+Freund, presented a significant reduction in parasite burden (26%- 48% of protection). This immunization trial induced a significant production of IL-2, IFN-γ,
IL-17 and IL-4 cytokines; a vigorous humoral response with a production of increased levels of specific IgG, IgG1, IgG2a and IgE antibodies; and a significant increase in the percentage of TCD4+ memory cells. Sm29r were also formulated with Alum and MPL adjuvants. The results of trials using these formulations demonstrated that only Sm29r+Alum vaccine formulation was able to confer protection (29%-37%), inducing a significant production of IL-2, IL-17 and IL-10 cytokines, and an increase in the percentage of TCD4+ IFN-γ + cells.
Moreover, these animals produced higher levels of specific IgG, IgG1, IgG2a and IgE, and a significant increase in the percentage of B memory cells. Our results demonstrated that Sm29r retains its ability to induce protection in previously infected/treated mice, reinforcing its potential as a vaccine candidate.
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Aspectos adaptativos de Schistosoma mansoni na fase esquistossômulo: abordagem in vivo e in vitroJeremias, Wander de Jesus January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Rene Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil / Dentre as formas evolutivas do Schistosoma mansoni, o esquistossômulo é uma das mais estudadas para desenvolvimento de novos fármacos e sistemas diagnósticos.
Embora a transformação in vitro seja vantajosa, é importante discutir as limitações do uso de resultados obtidos a partir de parasitos cultivados in vitro em relação aos obtidos no processo natural de infecção. No presente trabalho, esquistossômulos obtidos in vivo e in vitro foram comparados em relação a capacidade de captar sondas fluorescentes, específicas para estruturas internas celulares ou membranas superficiais do parasito. As sondas empregadas para membranas e estruturas internas mostraram marcação similar entre parasitos obtidos in vitro, por transformação mecânica (Mec) e por penetração em pele (Pel). No entanto, diferenças foram observadas quando estes
parasitos foram comparados a outros obtidos in vivo pelo método de Clegg (Clegg et al,
1965), sendo detectado um aumento da permeabilidade de membranas. Os dados
sugerem que nos esquistossômulos cultivados in vivo o metabolismo é mais ativo nas
células superficiais e que durante sua permanência por até 72 horas na pele há um
extenso turnover da superfície do parasito, envolvendo moléculas internas e um aumento da liberação de imunógenos. A aumentada permeabilidade pode permitir ainda a captação de moléculas, capazes de estimular o crescimento do parasito. Além disso, bibliotecas de esquistossômulos Mec cultivados em soro portal (SPO3h e SPO12h) e soro periférico de hamster (SPE3h, SPE12h) foram comparadas utilizando sequenciamento de nova geração (NGS) e análise da expressão de genes específicos.
Após o sequenciamento e análise dos genes expressos uma alta similaridade entre as
réplicas foi encontrada. Comparando as amostras SPO3h versus SPO12h 58 transcritos
se mostraram diferencialmente expressos. De acordo com as anotações de termos de
ontologia gênica (GO) os genes diferencialmente expressos após 12 horas de contato com o soro portal de hamster, estão ligados a processos importantes ao
desenvolvimento até vermes adultos. Assim, este estudo viabilizou um maior entendimento de mecanismos de controle sobre a internalização de moléculas pelo parasito no estádio larvário intravascular, bem como da regulação de sua expressão de genes quando o mesmo se encontra no sistema porta hepático do hospedeiro, onde as formas adultas são essenciais para desenvolvimento da doença. / Among the different forms of the Schistosoma mansoni, the schistosomulum is widely
explored in a broad range of survey, aiming to the development of new drugs and diagnostic methods. In spite of the advantages inherent to in vitro transformation, it is important to discuss the limitations in take the results achieved from parasites cultured in vitro as representative of those obtained from the natural infection. In present work,
schistosomula obtained in vivo and in vitro were compared in their ability to capture
fluorescent probes for specific internal structures or surface membranes. The probes
showed similar staining in parasite obtained by both methods, mechanical transformation (Mec) and by active skin penetration (Pel). However, differences were observed when those parasites were compared to other obtained in vivo, through the Clegg’s method (Clegg et al., 1965). The membrane permeability was shown to be increased. The data suggest that in schistosomula obtained in vivo and kept inside the skin for a period of time up to 72 hours the metabolism is more active in cells of the surface and, further there is a huge turnover in the surface of the parasite, involving internal molecules and increasing in immunogens release. The increased permeability can also allow it to capture molecules, capable of stimulate the parasite growing.
Furthermore, replicates of cDNA libraries obtained from mechanical schistosomula
cultured in presence of serum from portal blood (SPO3h, SPO12h) and serum from
peripheral blood (SPE3h, SPE12h) of hamster were also compared by using next generation sequencing (NGS) and gene expression analysis of specific genes. After sequencing and statistical analysis of gene expression, it was observed a high similarity among the libraries. When comparing the samples from SPO3h versus SPO12h libraries, 58 genes were found differentially expressed. According to the annotation data of the gene ontology (GO), the differentially expressed genes in schistosomula, after 12 hours of the contact with serum from hamster portal blood, are related to processes important to its development to adult worm. Thereby, this work improved the knowledge of mechanisms evolved in internalization of molecules by the parasite of the intravascular stage, as well as highlighted the regulation of the gene expression when it is within portal venous system of the host, where adult forms are essential for the disease development.
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Avaliação do efeito das células-tronco mesenquimais na terapêutica da esquistossomose mansoni experimentalMiranda, Vitor Hugo Simões January 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016 / Made available in DSpace on 2016-07-29T17:20:08Z (GMT). No. of bitstreams: 3
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Previous issue date: 2016 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas René Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil / A inflamação constitui um mecanismo de defesa local, porém, a falta de controle dessa reação pode causar severos danos aos tecidos. As células-tronco mesenquimais (CTMs) podem se diferenciar em múltiplos tipos celulares in vitro e in vivo, contribuindo, por exemplo, para o reparo de tecidos. Além disso, vários estudos demonstraram que as CTMs interagem com células da imunidade inata e adaptativa, levando a modulação negativa de várias funções efetoras, contribuindo assim, para a redução da inflamação. Entretanto, o efeito dessas células sobre a resposta inflamatória associada com doenças infecciosas e parasitárias, como a esquistossomose, ainda é pouco conhecido.
Portanto o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito das CTMs derivadas do tecido adiposo (CTM-TA) na reação granulomatosa decorrente da esquistossomose mansoni experimental. Para isto, as CTM-TA foram caracterizadas fenotípica e funcionalmente, por meio da citometria de fluxo, bem como pela indução da diferenciação osteogênica e adipogênica.
Posteriormente, as CTM-TA foram injetadas por via intravenosa em camundongos C57BL/6 infectados por Schistosoma mansoni, tratados ou não com praziquantel (PZQ). Após 15, 30 e 60 dias do tratamento, foram feitas análises histológicas do baço e fígado dos camundongos, bem como do perfil leucocitário e dosagem da enzima alanina aminotransferase (ALT) sérica. Os resultados mostraram que a recuperação do grupo de camundongos infectados e tratados com as CTM-TA associadas ao PZQ foi superior ao do grupo tratado apenas com PZQ. Observamos também melhorias na estrutura histológica do fígado, na arquitetura do espaço portal, redução do infiltrado inflamatório portal, na simplificação da constituição celular dos granulomas, fase do granuloma avançada e fibrosa com cicatrização parcial das lesões, melhoria da atividade inflamatória periportal e do parênquima.
Além disso, observamos diminuição significativa dos níveis séricos da enzima ALT, e do tamanho dos granulomas, no tratamento associado. Em conclusão, os resultados mostraram que as CTM-TA controlaram a resposta inflamatória decorrente da infecção pelo S. mansoni , principalmente quando associadas ao praziquantel. / Inflammation is a local defense mechanism, but, the lack of control of this reaction can cause severe tissue damage. Mesenchymal stem cells (MSCs) can differentiate into multiple cell types in vitro and in vivo, contributing, for example, for tissue repair. Furthermore, several studies have demonstrated that MSCs can interact with cells of the innate and adaptive immune system leading to a down-modulation of various effector functions, thus collaborating to reduce inflammation. However, the effect of these cells on the inflammatory response associated with infectious and parasitic diseases, such as schistosomiasis, has not been widely studied. So, the objective of this study was to evaluate the effect of MSCs derived from adipose tissue (MSC-AT) in granulomatous reaction due to the experimental schistosomiasis. Initially, MSC-AT were characterized phenotypically and functionally by flow cytometry, as well as for their osteogenic and adipogenic differentiation. Thereafter, MSC-AT was injected intravenously into C57BL / 6 mice infected with Schistosoma mansoni, treated or not with praziquantel (PZQ). After 15, 30 and 60 days of treatment, histologic analysis of the spleen and liver of the mice were taken and the number of blood leukocytes and dosage of the enzyme alanine aminotransferase (ALT) levels. The results showed that recovery from the group of infected mice and treated with MSC-AT associated PZQ was superior to group treated with PZQ.
We also observed improvements in the histological structure of the liver, the architecture of the portal space, reduction of inflammatory infiltrate portal, simplifying cell formation of granulomas, advanced granuloma phase and fibrous partial healing of injuries, improvement of periportal inflammatory activity and parenchymal. In addition, we observed a significant reduction in serum levels of ALT enzyme, and granuloma size, the associated treatment. In conclusion, our results showed that MSC-AT control the inflammation associated with S. mansoni infection, particularly when associated with praziquantel.
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Estudo comparativo da acurácia de diferentes técnicas para o diagnóstico laboratorial da esquistossomose mansoni em áreas de baixa endemicidade / Comparative study of the accuracy of different techniques for the laboratory diagnosis of schistosomiasis mansoni in low endemicity areasSanto, Maria Cristina Carvalho do Espírito 10 March 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: A esquistossomose se constitui em grande problema de saúde pública, sendo que estimativas apontam para 200 milhões de pessoas infectadas no mundo. No Brasil atinge 19 unidades federadas, apresentando áreas de alta e média endemicidade e, em uma grande extensão, áreas de baixa endemicidade. O município de Barra Mansa, Rio de Janeiro, Brasil, apresenta uma prevalência estimada de 1%. As áreas de baixa endemicidade (ABE) representam um novo desafio para o controle dessa helmintose, pois cerca de 75% dos indivíduos infectados são assintomáticos e cursam com infecções de baixa carga parasitária (<100 ovos por grama de fezes), ocorrendo uma diminuição da sensibilidade das técnicas parasitológicas de fezes, que são referência para o diagnóstico laboratorial dessa helmintose. OBJETIVO: Comparar o desempenho das técnicas de Kato-Katz (KK) e Hoffman, Pons e Janer (HH), do ensaio de ELISA-IgG e ELISA-IgM, da técnica de Imunofluorescência Indireta (RIFI), da técnica de qPCR TaqMan® em amostras de fezes e de soro (qPCR-fezes e qPCR-soro), tendo como referência a Reação Periovular (RPO), por meio de inquérito epidemiológico para obtenção de amostras de fezes e soro de indivíduos randomizados residentes nos bairros de Cantagalo, Nova Esperança, Santa Clara, São Luiz e Siderlândia, Barra Mansa/RJ. MÉTODOS: Estudo de corte transversal, no período de abril a dezembro de 2011, de amostragem probabilística, sendo coletadas 610 amostras de fezes e 612 amostras de soro. As técnicas de investigação diagnóstica laboratorial foram: KK e HH, ELISA-IgG e ELISA-IgM, RIFI-IgM, RPO, qPCR-fezes e qPCR-soro. RESULTADOS: Observaram-se os seguintes resultados, obtidos das diferentes técnicas diagnósticas: KK e HH, 0,8% (n=5); ELISA-IgG, 11,6% (n=71); ELISA-IgM, 21,4% (n=131); RIFI-IgM, 15,8 (n=97); RPO, 5,4% (n=33); qPCR-fezes, 9,8% (n=60); qPCR-soro, 1,5% (n=9). A maior positividade foi obtida no ensaio ELISA-IgM (21,4%), enquanto as técnicas de KK e HH foram as que menos denunciaram a presença da infecção (0,8%). Na comparação com a RPO, exceto a qPCR-soro, todas as outras técnicas apresentaram diferença estatisticamente significante na positividade (p < 0,05) e boa acurácia (82% a 95,5%), porém baixa concordância, sendo a melhor com ELISA-IgG (Kappa=0,377) e RIFI (Kappa=0,347). Na associação entre as variáveis sociodemográficas e as técnicas diagnósticas utilizadas, observou-se diferença estatisticamente significante (p =< 0,05) entre a variável residir no bairro Santa Clara, exceto com a técnica de qPCR-soro. CONCLUSÕES: As taxas de positividade das técnicas parasitológicas ficaram muito aquém daquelas apresentadas pelas outras técnicas. Vigilância inadequada nas áreas de baixa endemicidade de esquistossomose pode resultar na transformação das mesmas em áreas de média e alta endemicidade. Este estudo apresenta uma perspectiva de controle que aponta para a possibilidade de utilização de ferramentas laboratoriais combinadas para a identificação de casos nas áreas de baixa endemicidade / INTRODUCTION: Schistosomiasis constitutes a major public health problem, and estimates suggest that 200 million people are infected worldwide. In Brazil, it is reported in 19 federal units, showing areas of high and medium endemicity and a wide range of areas of low endemicity. Barra Mansa, Rio de Janeiro, Brazil, has an estimated prevalence of 1%. Areas of low endemicity (ALE) represent a new challenge for the helminth control because about 75% of infected individuals are asymptomatic and infections occur with low parasite load (< 100 eggs per gram of feces), causing a decrease in sensitivity of stool parasitological techniques, which are a reference for the laboratory diagnosis of this helminth. OBJECTIVE: To compare the performance of the techniques of Kato-Katz (KK), Hoffman, Pons and Janer (HH), ELISA-IgG and ELISA-IgM, the Indirect Immunofluorescence Technique (IFT) and the qPCR technique in samples of serum and stool (qPCR in feces and serum) using the Circumoval Precipitin Test (COPT) as reference, and epidemiological survey to obtain stool samples and sera from randomized residents in the neighborhoods of Cantagalo, Nova Esperança, Santa Clara, São Luiz and Siderlândia, Barra Mansa/RJ. METHODS: A cross-sectional study conducted from April to December 2011, using a probabilistic sampling that collected 610 fecal samples and 612 serum samples. The laboratory diagnostic techniques used were: KK and HH, ELISA-IgG and ELISA-IgM, IFA-IgM, COPT, qPCR-stool and qPCR-serum. RESULTS: We obtained the following results from different diagnostic techniques: KK and HH, 0.8% (n=5); ELISA-IgG, 11.6% (n=71); ELISA-IgM, 21.4% (n=131); IFA-IgM 15.8 (n=97); RPO 5.4% (n=33); qPCR-stools, 9.8% (n=60) and qPCR-serum, 1 5% (n=9). ELISA-IgM (21.4%) presented the highest positivity while the techniques of HH and KK were the least sensitive to indicate the presence of infection (0.8%). In comparison with COPT, except for qPCR-serum, all other techniques showed a statistically significant difference in positivity (p < 0.05) and high accuracy (from 82% to 95.5%), but poor agreement, and the best one was with ELISA-IgG (Kappa=0.377) and IFA (Kappa=0.347). Concerning the association between sociodemographic variables and diagnostic techniques used, we observed a statistically significant difference (p =< 0.05) between the variable living in the Santa Clara neighborhood with all techniques except qPCR-serum. CONCLUSIONS: The positivity rate of parasitological techniques was far from that presented by other techniques. The lack of adequate surveillance in areas of low endemicity of schistosomiasis may turn them into areas of medium and high endemicity. This study presents a control perspective, pointing to the possibility of using these combined laboratory tools in the diagnosis of schistosomiasis in low endemicity areas
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Estudo comparativo da acurácia de diferentes técnicas para o diagnóstico laboratorial da esquistossomose mansoni em áreas de baixa endemicidade / Comparative study of the accuracy of different techniques for the laboratory diagnosis of schistosomiasis mansoni in low endemicity areasMaria Cristina Carvalho do Espírito Santo 10 March 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: A esquistossomose se constitui em grande problema de saúde pública, sendo que estimativas apontam para 200 milhões de pessoas infectadas no mundo. No Brasil atinge 19 unidades federadas, apresentando áreas de alta e média endemicidade e, em uma grande extensão, áreas de baixa endemicidade. O município de Barra Mansa, Rio de Janeiro, Brasil, apresenta uma prevalência estimada de 1%. As áreas de baixa endemicidade (ABE) representam um novo desafio para o controle dessa helmintose, pois cerca de 75% dos indivíduos infectados são assintomáticos e cursam com infecções de baixa carga parasitária (<100 ovos por grama de fezes), ocorrendo uma diminuição da sensibilidade das técnicas parasitológicas de fezes, que são referência para o diagnóstico laboratorial dessa helmintose. OBJETIVO: Comparar o desempenho das técnicas de Kato-Katz (KK) e Hoffman, Pons e Janer (HH), do ensaio de ELISA-IgG e ELISA-IgM, da técnica de Imunofluorescência Indireta (RIFI), da técnica de qPCR TaqMan® em amostras de fezes e de soro (qPCR-fezes e qPCR-soro), tendo como referência a Reação Periovular (RPO), por meio de inquérito epidemiológico para obtenção de amostras de fezes e soro de indivíduos randomizados residentes nos bairros de Cantagalo, Nova Esperança, Santa Clara, São Luiz e Siderlândia, Barra Mansa/RJ. MÉTODOS: Estudo de corte transversal, no período de abril a dezembro de 2011, de amostragem probabilística, sendo coletadas 610 amostras de fezes e 612 amostras de soro. As técnicas de investigação diagnóstica laboratorial foram: KK e HH, ELISA-IgG e ELISA-IgM, RIFI-IgM, RPO, qPCR-fezes e qPCR-soro. RESULTADOS: Observaram-se os seguintes resultados, obtidos das diferentes técnicas diagnósticas: KK e HH, 0,8% (n=5); ELISA-IgG, 11,6% (n=71); ELISA-IgM, 21,4% (n=131); RIFI-IgM, 15,8 (n=97); RPO, 5,4% (n=33); qPCR-fezes, 9,8% (n=60); qPCR-soro, 1,5% (n=9). A maior positividade foi obtida no ensaio ELISA-IgM (21,4%), enquanto as técnicas de KK e HH foram as que menos denunciaram a presença da infecção (0,8%). Na comparação com a RPO, exceto a qPCR-soro, todas as outras técnicas apresentaram diferença estatisticamente significante na positividade (p < 0,05) e boa acurácia (82% a 95,5%), porém baixa concordância, sendo a melhor com ELISA-IgG (Kappa=0,377) e RIFI (Kappa=0,347). Na associação entre as variáveis sociodemográficas e as técnicas diagnósticas utilizadas, observou-se diferença estatisticamente significante (p =< 0,05) entre a variável residir no bairro Santa Clara, exceto com a técnica de qPCR-soro. CONCLUSÕES: As taxas de positividade das técnicas parasitológicas ficaram muito aquém daquelas apresentadas pelas outras técnicas. Vigilância inadequada nas áreas de baixa endemicidade de esquistossomose pode resultar na transformação das mesmas em áreas de média e alta endemicidade. Este estudo apresenta uma perspectiva de controle que aponta para a possibilidade de utilização de ferramentas laboratoriais combinadas para a identificação de casos nas áreas de baixa endemicidade / INTRODUCTION: Schistosomiasis constitutes a major public health problem, and estimates suggest that 200 million people are infected worldwide. In Brazil, it is reported in 19 federal units, showing areas of high and medium endemicity and a wide range of areas of low endemicity. Barra Mansa, Rio de Janeiro, Brazil, has an estimated prevalence of 1%. Areas of low endemicity (ALE) represent a new challenge for the helminth control because about 75% of infected individuals are asymptomatic and infections occur with low parasite load (< 100 eggs per gram of feces), causing a decrease in sensitivity of stool parasitological techniques, which are a reference for the laboratory diagnosis of this helminth. OBJECTIVE: To compare the performance of the techniques of Kato-Katz (KK), Hoffman, Pons and Janer (HH), ELISA-IgG and ELISA-IgM, the Indirect Immunofluorescence Technique (IFT) and the qPCR technique in samples of serum and stool (qPCR in feces and serum) using the Circumoval Precipitin Test (COPT) as reference, and epidemiological survey to obtain stool samples and sera from randomized residents in the neighborhoods of Cantagalo, Nova Esperança, Santa Clara, São Luiz and Siderlândia, Barra Mansa/RJ. METHODS: A cross-sectional study conducted from April to December 2011, using a probabilistic sampling that collected 610 fecal samples and 612 serum samples. The laboratory diagnostic techniques used were: KK and HH, ELISA-IgG and ELISA-IgM, IFA-IgM, COPT, qPCR-stool and qPCR-serum. RESULTS: We obtained the following results from different diagnostic techniques: KK and HH, 0.8% (n=5); ELISA-IgG, 11.6% (n=71); ELISA-IgM, 21.4% (n=131); IFA-IgM 15.8 (n=97); RPO 5.4% (n=33); qPCR-stools, 9.8% (n=60) and qPCR-serum, 1 5% (n=9). ELISA-IgM (21.4%) presented the highest positivity while the techniques of HH and KK were the least sensitive to indicate the presence of infection (0.8%). In comparison with COPT, except for qPCR-serum, all other techniques showed a statistically significant difference in positivity (p < 0.05) and high accuracy (from 82% to 95.5%), but poor agreement, and the best one was with ELISA-IgG (Kappa=0.377) and IFA (Kappa=0.347). Concerning the association between sociodemographic variables and diagnostic techniques used, we observed a statistically significant difference (p =< 0.05) between the variable living in the Santa Clara neighborhood with all techniques except qPCR-serum. CONCLUSIONS: The positivity rate of parasitological techniques was far from that presented by other techniques. The lack of adequate surveillance in areas of low endemicity of schistosomiasis may turn them into areas of medium and high endemicity. This study presents a control perspective, pointing to the possibility of using these combined laboratory tools in the diagnosis of schistosomiasis in low endemicity areas
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