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Aspectos históricos e sócio ambientais relativos à ocorrência da esquistossomose no município de Pindamonhangaba - SP / Historical and member environmental aspects related to the occurrence of schistosomiasis in the municipality of Pindamonhangaba, SP.

Maria Gorete da Silva César 04 March 2009 (has links)
A urbanização e a ocupação de espaços de uma forma desordenada podem contribuir para mudanças importantes no ambiente, favorecendo a poluição e o uso de recursos naturais e contribuindo para a proliferação de algumas doenças parasitárias, em especial doenças transmitidas por água e vetores. A esquistossomose é uma dessas doenças, causada por um parasito trematódeo, Schistosoma mansoni, que requer um caramujo de água doce para servir como hospedeiro intermediário. Esta é uma doença de larga distribuição e representa um importante problema de saúde pública no Brasil. Este estudo foi realizado em Pindamonhangaba, cidade situada no Vale do Paraíba, onde os primeiros casos de esquistossomose foram notificados em 1955; com grandes campos de arroz e diferentes tipos de atividades agrícolas, fazendo uso de riachos e canais de irrigação, a região apresentava alguns aspectos ambientais que favoreciam a proliferação de caramujos, que costumavam lançar no ambiente aquático grande número de cercárias, tendo em vista as precárias condições sanitárias da população e a contaminação ambiental. O objetivo do presente estudo foi verificar a ocorrência e a distribuição dos casos de esquistossomose nas diferentes localidades da cidade, relacionando os dados colhidos nos últimos 15 anos (1992 a 2006) com as transformações ambientais observadas. Um total de 275 casos foram notificados no período estudado, e as localidades com maior número de casos foram Colméia e Mombaça, respectivamente com 144 e 29 casos. Os índices de prevalência, em 100.000 habitantes, variaram de 57,24 a 3,58, respectivamente em 1992 e 2005. Uma baixa prevalência também foi observada no inquérito soro-epidemiológico realizado com crianças de 2 a 4 série do ensino fundamental, nas escolas situadas em localidades que historicamente representavam áreas de risco para a doença; do total de 544 amostras de sangue submetidas ao teste sorológico para detecção de anticorpos anti-Schistosoma, apenas uma foi reagente. A redução do número de casos de esquistossomose pode estar relacionada às mudanças nos hábitos da população e aos processos de urbanização, com a substituição de atividades agrícolas para as relacionadas com o comércio e a indústria; foi observada a mecanização dos arrozais e substituição do cultivo por áreas de pastagens. Melhorias nas condições de saneamento básico, associada ao aumento do índice escolar também contribuíram para o controle da esquistossomose. / The urbanization and the occupation of spaces in a disordered way can contribute for important changes in the environment, favoring the pollution and the use of natural resources, and contributing for the proliferation of some parasitic diseases, in special waterborne and vector-borne diseases. Schistosomiasis, one of these diseases, is caused by a trematode parasite, Schistosoma mansoni, which requires a freshwater snail to serve as intermediate host. This is an illness of large distribution and represents an important problem of public health in Brazil. This study was carried out in Pindamonhangaba, city located in the Valley of the Paraíba river, where the first cases of schistosomiasis were reported in 1955; with great irrigated rice fields and different types of agricultural activities, requiring streams and irrigation channels, the region showed some environmental aspects that favored the proliferation of snails, which used to shed high number of cercariae, due to the poor sanitation conditions of the population and contamination of the environment. The objective of the present study was to verify the occurrence and distribution of schistosomiasis cases in the different localities of the city, by relating the data collected in the last 15 years (1992 to 2006) with the observed environmental transformations. A total of 275 cases were notified in the studied period, and the localities with higher number of cases were Colméia and Mombaça, respectively with 144 and 29 cases. The prevalence indices, in 100.000 inhabitants, varied from 57.24 to 3.58, respectively in 1992 and 2005. A low prevalence was also observed in a sero-epidemiological survey conducted with children from 2nd to 4th elementary school levels, living in localities historically considered as areas of risk for the disease; from the total of 544 blood samples submitted to detection of anti-Schistosoma antibodies, only one showed to be positive. The reduction in the number of schistosomiasis cases can be related to the changes in the habits of the population and the urbanization processes, with substitution of the agricultural activities for those related to the business and the industry; it was observed the mechanization of the rice fields and substitution of the farming for pastures areas. Improvements in the basic sanitation conditions, associated to the increasing of the scholar index can also be contributed for the control of the schistosomiasis.
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Função plaquetária e o antígeno do fator de von Willebrand na forma hepatoesplênica da esquistossomose mansoni

da Conceição de Barros Correia, Maria January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:31:35Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8121_1.pdf: 4893176 bytes, checksum: dcfd4807444393253e57d529e1936a2c (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 / Com o objetivo de se verificar a existência de alterações da morfologia plaquetária, de seus antígenos de superfície, da agregação das plaquetas e da dosagem do antígeno do Fator de von Willebrand (FvW:Ag) em portadores de esquistossomose mansônica na sua forma hepatoesplênica compensada, foram estudados 45 indivíduos, adultos, entre 22 a 83 anos, de ambos os sexos, com ou sem plaquetopenia, sem comorbidades, com sorologia para hepatite viral B ou C negativa, sem passado transfusional nos últimos 90 dias que antecederam à coleta do sangue, não alcoolatras, nem usuários de medicamentos hepatotóxicos, anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários. Foram realizados hemograma completo, ultra-som do abdome superior, endoscopia digestiva alta, agregação plaquetária com ADP, Epinefrina, Colágeno e Ristocetina, Imunofenotipagem por citometria de fluxo com os anticorpos CD42b e CD41. O antígeno do FvW foi determinado pelo teste de ELISA (Stago diagnostica). Após o estudo, constatou-se que mais de 90% dos pacientes não apresentavam alterações dos antígenos de membrana GPIb e IIb/IIIa avaliados pelos anticorpos CD42b e CD41 respectivamente; o número de plaquetas encontrado, na maioria dos pacientes, foi abaixo de 100.000/mm3, levando a hipoagregação com agonistas na maioria dos casos. O FvW:Ag nos pacientes analisados foi elevado ou muito elevado. Estatisticamente, encontrou-se associação inversa significativa para variáveis do número de plaquetas, diâmetro longitudinal do baço e o FvW:Ag (p<0.05). Houve associação entre o FvW:Ag, o diâmetro longitudinal do baço e a presença de varizes de esôfago. Concluiu-se que a elevação do FvW:Ag e os valores numericamente normais do CD 42b, encontrados neste trabalho, parecem manter a adesão plaquetária estável; que a agregação, também parece está normal quando ligada ao fibrinogênio, assim como, a expressão das GPIIb/IIIa pelos resultados obtidos com o CD41, e por fim que os testes de agregação plaquetária, induzidos pelos agonistas (ADP; colágeno; ristocetina e adrenalina) e realizados pelo agregômetro PACKS, mostraram-se alterados nos pacientes com esquistossomose porque, apesar da grande especificidade, pois são dependentes de um número de plaquetas normal. Estes achados explicam a não ocorrência de sintomatologia decorrente da plaquetopenia tais como: petéquias, equimoses, gengivorragias, em pacientes com esquistossomose hepatoesplênica
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Efeito in vitro de extratos e compostos naturais em Schistosoma mansoni. / In vitro effect of extracts and natural compounds on Schistosoma mansoni.

Josué de Moraes 28 April 2011 (has links)
Neste estudo avaliou-se o efeito in vitro de 4 compostos isolados de espécies vegetais, as amidas piplartina e piperina, a lignana grandisina e o alcaloide epiisopiloturina; 1 composto isolado da pele de anfíbio, o peptídeo antimicrobiano dermaseptina 01; e de 6 extratos etanólicos obtidos de vegetais, Piper tuberculatum, P. crassinervium, P. diospyrifolium, P. fuligineum, P. gaudichaudianum e Pothomorphe umbellata em adultos (machos e fêmeas com 49 dias) e esquistossômulos (recém-transformados, 1, 3, 5 e 7 dias) de Schistosoma mansoni linhagem BH. O estudo avaliou: 1) a viabilidade de vermes adultos; 2) a capacidade reprodutiva, avaliada pelo acasalamento e oviposição; 3) o efeito no tegumento em parasitas adultos; 4) a viabilidade e o efeito no tegumento em esquistossômulos; 5) a citotoxicidade de compostos e extratos em células de mamífero (célula Vero). Além disso, com microscopia confocal, neste estudo é proposto um novo modelo experimental que avalia, quantitativamente, o efeito de esquistossomicidas no tegumento dos esquistossomos. / In this study, the in vitro effect of 4 compounds isolated from plant species, amides piplartine and piperine, the lignin grandisin and alkaloid epiisopiloturine; 1 compound isolated from amphibian skin, the antimicrobial peptide dermaseptin 01; and 6 ethanolic extracts of plants, Piper tuberculatum, P. crassinervium, P. diospyrifolium, P. fuligineum, P. gaudichaudianum and Pothomorphe umbellata was evaluated in adults worm pairs (49-day-old) and schistosomula (newly-transformed, 1-, 3-, 5-, and 7-day-old) of Schistosoma mansoni BH strain. The effect of compounds and extracts against schistosomes was examined regarding: 1) adult worms survival, 2) the reproductive fitness as assessed by mating and oviposition; 3) alterations on adult worms tegumental surface; 4) viability and morphological alterations on schistosomula; 5) the cytotoxicity of compounds and extracts in mammalian cells (Vero cells) In addition, this study shows a new experimental model to evaluate quantitatively the effect of schistosomicidal drugs on the tegument of the schistosomes.
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Resultados a longo prazo da desconexão ázigo-portal e esplenectomia em portadores de esquistossomose hepato-esplênica: avaliação clínica, laboratorial, endoscópica e ultra-sonográfica com tempo de seguimento mínimo de 5 anos / Long term results of esophagogastric devascularization and splenectomy in schistosomotic portal hypertension: clinical, laboratorial, endoscopic and ultrasonographic evaluation with minimum 5 years of followup

Makdissi, Fabio Ferrari 08 September 2009 (has links)
A desconexão ázigo-portal e esplenectomia (DAPE) é a operação mais aceita e realizada em nosso meio para a profilaxia da recidiva hemorrágica por ruptura de varizes esofágicas ou gástricas em pacientes portadores de esquistossomose hepato-esplênica. Menores índices de ressangramento são obtidos através da associação da DAPE com escleroterapia ou ligadura elástica endoscópica das varizes esofágicas realizada no pós-operatório. Faltam trabalhos mostrando a evolução, a longo prazo, dos doentes esquistossomóticos submetidos a este tratamento. Este estudo retrospectivo tem como objetivo avaliar a evolução destes pacientes com tempo mínimo de seguimento de 5 anos. Foram analisados os prontuários dos pacientes operados no Serviço de Cirurgia de Fígado e Hipertensão Portal da Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período compreendido entre março de 1989 a março de 2001 e que foram acompanhados prospectivamente. Avaliamos dados clínicos, laboratoriais, endoscópicos e ultra-sonográficos de 97 pacientes com seguimento de 116,4 ± 46,7 meses. Nenhum paciente cursou com insuficiência hepática clínica ou laboratorial. Ocorreu, no pós-operatório tardio, correção da anemia, leucopenia e plaquetopenia, diminuição dos níveis de bilirrubinas total e indireta séricas e aumento do tempo de atividade da protrombina. Houve significativa redução do número e calibre das varizes esofágicas, assim como da presença de sinais de manchas vermelhas e de varizes gástricas. Houve aumento na freqüência de gastropatia congestiva, entretanto, sem repercussão clínica significativa. A recidiva hemorrágica xviii ocorreu em 24,7% dos pacientes, sendo em 14,6% quando considerada apenas por varizes esofágicas, gástricas ou duodenais. A probabilidade estimada de não ocorrer ressangramento em 20 anos é de 67,1%, sendo de 82,5% quando considerada recidiva por varizes. Em quatro pacientes a recidiva hemorrágica ocorreu por varizes, mesmo após o relato, em exame endoscópico prévio, de erradicação das varizes esofágicas. À avaliação ultrassonográfica observou-se redução do calibre da veia porta no pósoperatório tardio, em comparação ao pré-operatório. Concluímos que a desconexão ázigo-portal com esplenectomia, associada ao tratamento endoscópico de varizes esofágicas no pós-operatório, propicia bons resultados do ponto de vista clínico com baixa morbidade e mortalidade; permite melhora laboratorial da função hepática e correção do hiperesplenismo; determina a redução da incidência dos sinais endoscópicos preditivos de sangramento digestivo por hipertensão portal (varizes esofágicas de grosso calibre, sinais de manchas vermelhas e varizes de fundo gástrico), porém, a gastropatia congestiva é mais freqüente; permite adequada profilaxia da recidiva hemorrágica em 67% dos pacientes ao longo de 20 anos. A recidiva hemorrágica por varizes pode ocorrer mesmo após a erradicação das varizes esofágicas, tanto por recidiva de varizes como por varizes de outro sítio (gástrica ou duodenal). Ocorre redução do calibre da veia porta no pós-operatório tardio, observado em exame ultrassonográfico em comparação ao pré-operatório. / Esophagogastric devascularization and splenectomy (EGDS) is nowadays the most performed operation for esophageal varices bleeding recurrence prophylaxis in hepatosplenic schistosomiasis. Lower rebleeding rates are obtained through the association of EGDS with postoperative endoscopic sclerotherapy or elastic bandage of esophageal varices, however, there is a lack of studies showing long term results. The objectives of this study were to evaluate retrospectively EGDS results in patients with at least five years of follow-up. Clinical, laboratorial, endoscopic and ultrasonographic data of 97 patients submitted to EGDS from March 1989 to March 2001 were analyzed. The mean follow-up was 116.4 months. There was no postoperative clinical or laboratorial hepatic insufficiency. In the late follow-up we observed normalization of preexisting anemia, leucopenia, thrombocytopenia, hyperbilirubinemia, and a prothrombin activity time increase. There was a significant esophageal varices caliber and number reduction, cherry red spots signs and gastric varices decrease. Congestive gastropathy was observed more frequently but without clinical importance. Bleeding recurrence occurred in 24.7% of the patients, however, in 14.6% when esophageal varices hemorrhage was considered. Estimated probability of rebleeding prophylaxis over 20 years is 67.1% and 82.5% when variceal recurrence was considered. Bleeding recurrence occurred in four patients even after endoscopic evaluation showing esophageal varices eradication. There was a significant portal vein caliber reduction on late ultrasound assessment, compared to preoperative. We concluded that the EGDS with postoperative endoscopic treatment leads to good clinical results with low morbidity and mortality; provides laboratorial liver function improve and xx hypersplenism correction; determines endoscopic predictive signs of portal hypertension digestive bleeding decrease (large esophageal varices, cherry red spots signs and gastric varices), however congestive gastropathy is more frequent; allows appropriate bleeding prophylaxis in 67% of the patients over 20 years. Variceal hemorrhagic recurrence may occur even when esophageal varices eradication is reached suggesting the need of an endoscopic surveillance even in this group of patients.
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Prevalência da esquistossomose mansoni e geohelmintíases em escolares do município de Malhador, Sergipe / Prevalence of Schistosomiasis Mansoni and Geo-helminthiasis in schoolchildren in the municipality of Malhador, Sergipe

Machado, Vanessa Lima 27 April 2017 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Schistosomiasis and geo-helminthiasis are parasitic diseases considered as a serious public health problem, both related to poverty, lack of adequate sanitation and hygiene. The municipality of Malhador-SE join the campaign against geo-helminths and S. mansoni since 2013 and is engaged in the Program of Control of Schistosomiasis aiming the elimination of schistosomiasis and the reduction of the parasitic burden of geo-helminths. The purpose of this study was to compare the prevalences of S. mansoni and geo-helminths and socio-environmental conditions in schoolchildren in the municipality of Malhador / SE. An epidemiological, descriptive and cross - sectional study was carried out. The sampling took place in February 2016. The study involved schoolchildren between 5 and 14 years in two municipal schools located in an urban school (Pacheco School) and another in the rural area (Barrocão School). The prevalence of children with S. mansoni and / or geo-helminths was determined using the Kato-Katz method, and compared to the socio-environmental conditions of the students. The positive cases found in the communities were georeferenced with the aid of a GPS receiver and to analyze and visualize the pattern of the distribution and density of the cases the kernel estimator was applied. Of the 337 fecal samples collected, 48.7% resulted in positive samples. The prevalence of infection was 17.6% for S. mansoni, 23.7% for A. lumbricoides, 4% for T. trichiura and 0.4% for E. vermicularis in the urban area (Pacheco School). On the other hand, in the rural area (Barrocão School) were 55.9% for S. mansoni and 28.8% for A. lumbricoides. The highest frequency of S. mansoni was found in the rural area and in male children, whereas the cases of geo-helminths had similar prevalence in both zones. In the rural area, the parasitic burden prevailed in mild (87.9%) and moderate (12.1%) and in urban areas, mild (65.3%), moderate (28.6%) and severe (6.1%). Regarding the environmental and sanitary conditions, the children in the rural area had more "contact with water" (90.5%), being associated with the occurrence of S. mansoni in the demographic areas (p = 0.0394). Likewise, the variables "sanitary installation, waste disposal, water supply and waste destination" also showed an association between the "occurrence of S. mansoni and geo-helminths" (p <0.001). Of the hygiene habits, 100% of rural schoolchildren consume untreated water (p <0.001). The analysis of the spatial distribution of the positive cases of S. mansoni and geo-helminths allowed us to visualize that in the urban area the specialization was revealed homogeneously, whereas in the rural zone it was heterogeneous and that through the Kernel estimator, the agglomeration of these cases is located in the west of Malhador in the urban and rural areas are located to the west and east of the municipality. The present study showed that Malhador is a municipality endemic to S. mansoni and that inadequate sanitary and hygiene conditions favored a high prevalence of parasitic diseases in the schoolchildren of the localities. / A esquistossomose e as geo-helmintíases são doenças parasitárias consideradas como um grave problema de saúde pública, ambas, relacionadas com a pobreza, a falta de saneamento adequado e de higiene. O município de Malhador-SE participa da campanha contra geo-helmintos e S mansoni desde 2013 e trabalha com o Programa de Controle da Esquistossomose com o objetivo de alcançar a meta de eliminação da esquistossomose e redução da carga parasitária de geo-helmintos. O objetivo desse estudo foi analisar, comparativamente, as prevalências de S. mansoni e geo-helmintos e condições sócio-ambientais em escolares do município de Malhador/SE. Foi realizado um estudo epidemiológico, descritivo e de corte transversal. A obtenção das amostras ocorreu no período de fevereiro a junho de 2016. O estudo envolveu escolares entre 5 e 14 anos em duas escolas municipais localizadas uma na zona urbana (Escola Pacheco) e outra na zona rural (Escola Barrocão). Foram identificadas as prevalências de crianças com S. mansoni e/ou geo-helmintos através do método Kato-Katz, e comparadas às condições sócio-ambientais dos escolares. Os casos positivos encontrados nas comunidades foram georreferenciados com o auxílio de um receptor GPS e para analisar e visualizar o padrão da distribuição e densidade dos casos foi aplicado o estimador de Kernel. Das 337 amostras de fezes coletadas, 48,7% resultou em positivas. As prevalências de infecção foram de 17,6% para S. mansoni, 23,7% para A. lumbricoides, 4% para T. trichiura e 0,4% para E. vermiculares na zona urbana (escola Pacheco), enquanto que, na área rural (escola Barrocão) foram de 55,9% para S. mansoni e 28,8% para A. lumbricoides. A maior frequência de S. mansoni foi encontrada na zona rural e em crianças do gênero masculino, enquanto que os casos de geo-helmintos tiveram prevalências semelhantes em ambas as zonas. Na zona rural prevaleceram as cargas parasitárias leve (87,9%) e moderada (12,1%) e na urbana, prevaleceram a leve (65,3%), moderada (28,6%) e grave (6,1%). Em relação às condições ambientais e sanitárias as crianças da zona rural tiveram maior “contato com água” (90,5%) estando associado com a ocorrência de S. mansoni nas áreas demográficas (p=0,0394). Da mesma forma, as variáveis “instalação sanitária, destino dos dejetos, abastecimento de água e destino do lixo” também mostraram associação entre a “ocorrência de S. mansoni e geo-helmintos” (p<0,001). Dos hábitos de higiene, 100% dos escolares da área rural consomem água não tratada (p<0,001). A análise da distribuição espacial dos casos positivos de S. mansoni e geo-helmintos permitiu visualizar que na área urbana a espacialização foi revelada de forma homogênea, enquanto que na zona rural apresentou-se heterogênea e que através do estimador de Kernel, a aglomeração desses casos está localizada a oeste de Malhador na zona urbana e na rural estão localizados a oeste e a leste do município. O atual estudo mostrou que Malhador é um município endêmico para S. mansoni e que as condições sanitárias e de higiene inadequadas favoreceram a elevada prevalência das parasitoses nos escolares das localidades.
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Resultados a longo prazo da desconexão ázigo-portal e esplenectomia em portadores de esquistossomose hepato-esplênica: avaliação clínica, laboratorial, endoscópica e ultra-sonográfica com tempo de seguimento mínimo de 5 anos / Long term results of esophagogastric devascularization and splenectomy in schistosomotic portal hypertension: clinical, laboratorial, endoscopic and ultrasonographic evaluation with minimum 5 years of followup

Fabio Ferrari Makdissi 08 September 2009 (has links)
A desconexão ázigo-portal e esplenectomia (DAPE) é a operação mais aceita e realizada em nosso meio para a profilaxia da recidiva hemorrágica por ruptura de varizes esofágicas ou gástricas em pacientes portadores de esquistossomose hepato-esplênica. Menores índices de ressangramento são obtidos através da associação da DAPE com escleroterapia ou ligadura elástica endoscópica das varizes esofágicas realizada no pós-operatório. Faltam trabalhos mostrando a evolução, a longo prazo, dos doentes esquistossomóticos submetidos a este tratamento. Este estudo retrospectivo tem como objetivo avaliar a evolução destes pacientes com tempo mínimo de seguimento de 5 anos. Foram analisados os prontuários dos pacientes operados no Serviço de Cirurgia de Fígado e Hipertensão Portal da Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período compreendido entre março de 1989 a março de 2001 e que foram acompanhados prospectivamente. Avaliamos dados clínicos, laboratoriais, endoscópicos e ultra-sonográficos de 97 pacientes com seguimento de 116,4 ± 46,7 meses. Nenhum paciente cursou com insuficiência hepática clínica ou laboratorial. Ocorreu, no pós-operatório tardio, correção da anemia, leucopenia e plaquetopenia, diminuição dos níveis de bilirrubinas total e indireta séricas e aumento do tempo de atividade da protrombina. Houve significativa redução do número e calibre das varizes esofágicas, assim como da presença de sinais de manchas vermelhas e de varizes gástricas. Houve aumento na freqüência de gastropatia congestiva, entretanto, sem repercussão clínica significativa. A recidiva hemorrágica xviii ocorreu em 24,7% dos pacientes, sendo em 14,6% quando considerada apenas por varizes esofágicas, gástricas ou duodenais. A probabilidade estimada de não ocorrer ressangramento em 20 anos é de 67,1%, sendo de 82,5% quando considerada recidiva por varizes. Em quatro pacientes a recidiva hemorrágica ocorreu por varizes, mesmo após o relato, em exame endoscópico prévio, de erradicação das varizes esofágicas. À avaliação ultrassonográfica observou-se redução do calibre da veia porta no pósoperatório tardio, em comparação ao pré-operatório. Concluímos que a desconexão ázigo-portal com esplenectomia, associada ao tratamento endoscópico de varizes esofágicas no pós-operatório, propicia bons resultados do ponto de vista clínico com baixa morbidade e mortalidade; permite melhora laboratorial da função hepática e correção do hiperesplenismo; determina a redução da incidência dos sinais endoscópicos preditivos de sangramento digestivo por hipertensão portal (varizes esofágicas de grosso calibre, sinais de manchas vermelhas e varizes de fundo gástrico), porém, a gastropatia congestiva é mais freqüente; permite adequada profilaxia da recidiva hemorrágica em 67% dos pacientes ao longo de 20 anos. A recidiva hemorrágica por varizes pode ocorrer mesmo após a erradicação das varizes esofágicas, tanto por recidiva de varizes como por varizes de outro sítio (gástrica ou duodenal). Ocorre redução do calibre da veia porta no pós-operatório tardio, observado em exame ultrassonográfico em comparação ao pré-operatório. / Esophagogastric devascularization and splenectomy (EGDS) is nowadays the most performed operation for esophageal varices bleeding recurrence prophylaxis in hepatosplenic schistosomiasis. Lower rebleeding rates are obtained through the association of EGDS with postoperative endoscopic sclerotherapy or elastic bandage of esophageal varices, however, there is a lack of studies showing long term results. The objectives of this study were to evaluate retrospectively EGDS results in patients with at least five years of follow-up. Clinical, laboratorial, endoscopic and ultrasonographic data of 97 patients submitted to EGDS from March 1989 to March 2001 were analyzed. The mean follow-up was 116.4 months. There was no postoperative clinical or laboratorial hepatic insufficiency. In the late follow-up we observed normalization of preexisting anemia, leucopenia, thrombocytopenia, hyperbilirubinemia, and a prothrombin activity time increase. There was a significant esophageal varices caliber and number reduction, cherry red spots signs and gastric varices decrease. Congestive gastropathy was observed more frequently but without clinical importance. Bleeding recurrence occurred in 24.7% of the patients, however, in 14.6% when esophageal varices hemorrhage was considered. Estimated probability of rebleeding prophylaxis over 20 years is 67.1% and 82.5% when variceal recurrence was considered. Bleeding recurrence occurred in four patients even after endoscopic evaluation showing esophageal varices eradication. There was a significant portal vein caliber reduction on late ultrasound assessment, compared to preoperative. We concluded that the EGDS with postoperative endoscopic treatment leads to good clinical results with low morbidity and mortality; provides laboratorial liver function improve and xx hypersplenism correction; determines endoscopic predictive signs of portal hypertension digestive bleeding decrease (large esophageal varices, cherry red spots signs and gastric varices), however congestive gastropathy is more frequent; allows appropriate bleeding prophylaxis in 67% of the patients over 20 years. Variceal hemorrhagic recurrence may occur even when esophageal varices eradication is reached suggesting the need of an endoscopic surveillance even in this group of patients.
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Desenvolvimento e caracterização de uma vacina antiesquistossomose composta pela proteína Sm14 de Schistosoma mansoni utilizando a subunidade B da toxina colérica (CTB) com adjuvante / Development and characterization of an anti-schistosomiasis vaccine composed by the Sm14 protein, from Schistosoma mansoni, using the B subunit of cholera toxin (CTB) as adjuvant

Ramos, Henrique Roman 15 June 2009 (has links)
Introdução: o desenvolvimento de uma vacina contra a esquistossomose será um importante avanço no controle desta doença crônica e muitas vezes debilitante, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Neste trabalho, descrevemos o uso da subunidade B da toxina colérica (CTB) geneticamente fusionada com Sm14 - uma proteína ligadora de ácidos graxos de Schistosoma mansoni - como uma tentativa de desenvolver uma vacina antiesquistossomose. Métodos: proteínas recombinantes foram expressas em um sistema procariótico, purificadas por diferentes métodos cromatográficos e caracterizadas tanto por métodos imunoquímicos como por métodos espectroscópicos. Experimentos de imunização foram realizados em camundongos fêmeas, da linhagem BALB/c e a eficácia da vacina determinada através da análise da carga parasitária após o desafio com cercárias de S. mansoni e através da análise histopatológica das reações granulomatosas ao redor dos ovos aprisionados no tecido hepático dos camundongos. Resultados: a administração subcutânea de Sm14 reduziu em 27% a carga parasitária nos animais vacinados. Por outro lado, a vacinação intranasal apenas demonstrou uma redução estatisticamente significativa quando CTB esteve presente na formulação. Além disso, a co-administração de CTB e Sm14 reduziu em média 30% a área das lesões granulomatosas hepáticas. Conclusão: o uso de CTB demonstrou ser um importante adjuvante de mucosas; contudo, quando utilizada juntamente com a proteína Sm14, esta molécula não resultou em níveis satisfatórios de redução parasitária em um modelo murino para infecção esquistossomótica. / Introduction: developing a vaccine against schistosomiasis would be an important advance on the control of this chronic and debilitating disease which afflicts millions of people worldwide. Herein we describe the use of the non-toxic B subunit of cholera toxin (CTB) genetically fused to Sm14 - a fatty-acid binding protein from Schistosoma mansoni - as an attempt to the development of an antischistosomiasis vaccine. Methods: recombinant proteins were expressed on a prokaryotic system, purified by different chromatographic methods and both immunochemically and spectroscopically characterized. Immunization experiments were made on females BALB/c mice and vaccines efficacy was assessed by analyzing the worm-burden after challenge infection with S. mansoni cercariae and by analyzing its effect on the hepatic granulomatous reactions around trapped eggs. Results: subcutaneous administration of Sm14 reduced in 27% the worm burden on animals. On the other hand, intranasally vaccination only displayed a statistically significant reduction when CTB was added to the formulation. Furthermore, coadministrating CTB and Sm14 reduces in 30% the area of hepatic granulomas. Conclusion: the use of CTB may be an important tool for mucosal adjuvanticity; however it did not provide, together with Sm14, satisfactory levels of protection on a murine model for Schistosomiasis infection.
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Esquistossomose mansônica na área metropolitana de Belém: a experiência do ambulatório do Núcleo de Medicina Tropical - UFPA

ROJAS, Márcia de Fátima Maciel de 23 December 2003 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2013-04-04T22:45:22Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_EsquistossomoseMansonicaArea.pdf: 43596098 bytes, checksum: 080844f15b25fa34d98a675e2033592a (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva(arosa@ufpa.br) on 2013-04-08T13:39:41Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_EsquistossomoseMansonicaArea.pdf: 43596098 bytes, checksum: 080844f15b25fa34d98a675e2033592a (MD5) / Made available in DSpace on 2013-04-08T13:39:41Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_EsquistossomoseMansonicaArea.pdf: 43596098 bytes, checksum: 080844f15b25fa34d98a675e2033592a (MD5) Previous issue date: 2003 / Foram estudados 408 pacientes, portadores de esquistossomose mansônica, atendidos no ambulatório do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará, na área metropolitana de Belém, no período de 1997 a 1999 (retrospectivamente) e de 2000 a 2001 (retrospectivamente). Estes foram divididos em dois grupos: grupo I, constituído de 105 pacientes da demanda espontânea do ambulatório, e grupo II, constituido de 303 pacientes triados pela Fundação Nacional de Saúde (FNS), por inquérito coproscópico. A análise estatística revelou não haver diferenças entre os grupos, para as variáveis estudadas (sexo, faixa etária, procedência, carga parasitária, ocupação, escolaridade, forma clínica e classificação epidemiológica do caso). Assim, em ambos os grupos, observou-se o seguinte perfil clínico epidemiológico: ser da faixa etária entre a0 a a9 anos, sexo masculino, morador do bairro do Telégrafo, apresentar carga parasitária inferior a 200 ovos/g de fezes, sr estudante, de baixa escolaridade e apresentar a forma clínica intestinal. Os principais fatores de risco observados foram as condições de moradia em áreas alagadiças, o saneamento básico precário, associados ao baixo nível socioeconômico e educacional da população. A área é de baixa endemicidade principalmente as comunidades menos assistidas e apresentando alta autoctomia. A baixa endemicidade, apesar do intenso processo migratório e da presença de planorbídeos vetores na região é explicada por fatores limitantes ao avanço desta endemia, tais como o grande volume dos rios, a forte correnteza e o pH ácido de suas águas. / Four hundred eight patients with schistosomiasis mansoni were studied. This study was carried out at the ambulatory of the Núcleo de Medicina Tropical/UFPA, in Belem city, during the period from 1997 trough 1999 (retrospectively) and from 2000 trough 2001 (prospectively). Which were divided in two groups: group I, including 105 patients from ambulatory free attendance, and group II including 303 patients tried by Fundacao Nacional de SaUde (FNS), for coproscopic investigation. The statistical analysis showed that there weren't differences between the groups into the variables studied (gender, age, procedence, occupation, educational level, load parasitic eggs, clinic forin and epidemiologic classification's case). So, in both groups we're observed the follow clinical and epidemiological profile: to be between 10 trough 19 years old, male, dwelled in the Telegrafo's district, to have load parasitic eggs, bellow of 200 eggs/g of stool, to be by student, low knowledge's level, and intestinal clinic form. The first of all the risk's factors observed were the worse conditions of residence, precarious basic sanitation, associated the low level economic social and education of population. The area's endemicity is low but it's a public health problem localized into the focal areas, reaching mainly the poor communities and a presented high autochthony. The endemicity low level in spite of migratory continues process and the planorbideos vectors's presence in the region can be justified by the Militant factors to the advanced this endemy, such as rivers's big volume, strong stream and acid pH of their waters.
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Impacto do tratamento com praziquantel na infecção por Schistosoma mansoni em adolescentes do município de São Lourenço da Mata, área endêmica da esquistossomose em Pernambuco

Galvão, Aline Favre January 2010 (has links)
Submitted by Anderson Silva (avargas@icict.fiocruz.br) on 2012-05-23T17:52:57Z No. of bitstreams: 1 aline_f_galvao_ioc_bp_0012_2010.pdf: 3755366 bytes, checksum: 56aff28b3b15de796039925e6364d082 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-05-23T17:52:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 aline_f_galvao_ioc_bp_0012_2010.pdf: 3755366 bytes, checksum: 56aff28b3b15de796039925e6364d082 (MD5) Previous issue date: 2010 / CNPq/Fiocruz - FAPERJ/Fiocruz / Fundação Oswaldo Cruz.Instituto Oswaldo Cruz. Rio de janeiro, RJ, Brasil / A esquistossomose é uma das doenças parasitárias mais prevalentes no mundo, sendo a quimioterapia com praziquantel (PZQ) a principal estratégia adotada para seu controle. No entanto, faltam informações sobre o impacto da quimioterapia com PZQ sobre a infecção por Schistosoma mansoni nas condições enfrentadas pelos programas de controle, e ainda não há prova de princípio sobre o melhor regime de dosagem a ser utilizado. Um ensaio clínico randomizado duplo-cego foi realizado com o objetivo de avaliar o impacto do tratamento em dose única de PZQ 60 mg/kg na infecção por S. mansoni comparado à dose padrão de PZQ 40 mg/kg em adolescentes do município de São Lourenço da Mata. Um inquérito coproscópico preliminar selecionou indivíduos para a triagem e aqueles que se adequaram aos critérios de inclusão/exclusão foram recrutados e tratados com dose única de 40 mg/kg ou 60 mg/kg de PZQ. Inquéritos coproscópicos de acompanhamento foram realizados aos 21, 180 e 360 dias pós-tratamento. A prevalência e a intensidade de infecção foram comparadas nos quatro momentos do estudo nos dois grupos de tratamento utilizando tabelas de contingência (Qui-quadrado ou teste exato de Fisher) e ANOVA. A influência de outras variáveis no estudo foi avaliada através da análise de regressão logística. Um levantamento malacológico foi realizado para verificar a infecção natural da espécie hospedeira local, Biomphalaria straminea. A análise da distribuição espacial da infecção nos dois grupos antes e depois (180 e 360 dias) do tratamento foi realizada pela estimativa de densidade de kernel para a detecção de aglomerados de casos. Ao todo, 123 adolescentes (10-19 anos) de São Lourenço da Mata, PE, com mais de 100 ovos por grama de fezes foram examinados nos quatro momentos do estudo. Embora todos os pacientes estivessem negativos 21 dias após o tratamento, 17,9% e 30,9% estavam positivos após 180 e 360 dias, respectivamente. Tanto a prevalência quanto a intensidade de infecção após o tratamento foram significativamente maiores (P < 0,05) no regime de 40 mg/kg do que no de 60 mg/kg. Os sujeitos do sexo masculino e os que foram tratados com PZQ 40 mg/kg tiveram uma chance significativamente maior de estarem positivos 360 dias pós-tratamento. As taxas de infecção natural mensais de B. straminea variaram de 0 a 2,2%. Os aglomerados de prevalência de infecção aos 180 e aos 360 dias tiveram maior densidade e extensão nos sujeitos tratados com 40 mg/kg do que nos tratados com 60 mg/kg. Recomenda-se a dose de PZQ 60 mg/kg para o tratamento dos portadores da infecção por S. mansoni em áreas endêmicas no Brasil, já que, embora tanto a terapia com dose única de PZQ 40 mg/kg quanto com 60 mg/kg tenham tido um impacto alto e comparável na infecção 21 dias após o tratamento, os sujeitos que receberam a dose maior foram capazes de manter níveis significativamente mais baixos tanto de prevalência quanto de intensidade de infecção por até um ano após o tratamento. Os resultados espaciais confirmam os dados parasitológicos e reforçam a necessidade de que medidas preventivas auxiliares sejam integradas com a quimioterapia para se obter um impacto maior sobre o controle da doença. / Schistosomiasis is one of the most prevalent parasitic diseases in the world, and chemotherapy with praziquantel (PZQ) is the main strategy for its control. However, information about the impact of chemotherapy with PZQ on Schistosoma mansoni infection under conditions faced by control programmes is missing, and there is no proof of principle about the best dosing regimen to be used. A randomized, double- blind clinical trial was conducted to evaluate the impact of treatment with the single dose 60 mg/kg PZQ on S. mansoni infection compared to the standard dose of 40 mg/kg PZQ in adolescents from the municipality of São Lourenço da Mata. A preliminary parasitological survey selected individuals for screening and those who filled the inclusion/exclusion criteria were recruited and treated with either 40 mg/kg or 60 mg/kg single dose PZQ. Follow-up stool surveys were performed at 21, 180 and 360 days post-treatment. Prevalence and intensity of infection were compared between treatment groups in the four assessments using contingency tables analysis and Analysis of Variance, respectively. The influence of other variables in the study was assessed by logistic regression analysis. A snail survey was conducted to verify the natural infection rates of the local intermediate host species, Biomphalaria straminea. Spatial analysis of infection in both groups before and after treatment was performed by estimating the kernel density for the detection of clusters of positive cases. Altogether, 123 adolescents (10-19 years) from São Lourenço da Mata, PE, with more than 100 eggs per gram of feces were examined in the four assessments. Although all patients were negative 21 days after treatment, 17.9% and 30.9% were positive at 180 and 360 days, respectively. Both prevalence and intensity of infection after treatment were significantly higher (P <0.05) in the 40 mg/kg regime than in the 60 mg/kg one. The male subjects and those who were treated with 40 mg/kg had a significantly higher chance of being positive 360 days post-treatment than those treated with 60 mg/kg. The monthly infection rates of B. straminea ranged from 0 to 2.2%. Clusters of positive subjects treated with 40 mg/kg had a higher density and extent than those treated with 60 mg/kg both at 180 and 360 days. It is recommended that the 60 mg/kg PZQ dose should be maintained for treatment of S. mansoni infection in endemic areas in Brazil, as both therapy with 40 mg/kg or 60 mg/kg PZQ single doses had a high and comparable impact on infection 21 days after treatment and subjects who received the higher dose were able to maintain lower levels of both prevalence and intensity of infection for up to one year after treatment. The spatial results confirm the parasitological data and reinforce the need of auxiliary, preventive measures integrated with chemotherapy to achieve a greater impact on disease control.
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Desenvolvimento e caracterização de uma vacina antiesquistossomose composta pela proteína Sm14 de Schistosoma mansoni utilizando a subunidade B da toxina colérica (CTB) com adjuvante / Development and characterization of an anti-schistosomiasis vaccine composed by the Sm14 protein, from Schistosoma mansoni, using the B subunit of cholera toxin (CTB) as adjuvant

Henrique Roman Ramos 15 June 2009 (has links)
Introdução: o desenvolvimento de uma vacina contra a esquistossomose será um importante avanço no controle desta doença crônica e muitas vezes debilitante, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Neste trabalho, descrevemos o uso da subunidade B da toxina colérica (CTB) geneticamente fusionada com Sm14 - uma proteína ligadora de ácidos graxos de Schistosoma mansoni - como uma tentativa de desenvolver uma vacina antiesquistossomose. Métodos: proteínas recombinantes foram expressas em um sistema procariótico, purificadas por diferentes métodos cromatográficos e caracterizadas tanto por métodos imunoquímicos como por métodos espectroscópicos. Experimentos de imunização foram realizados em camundongos fêmeas, da linhagem BALB/c e a eficácia da vacina determinada através da análise da carga parasitária após o desafio com cercárias de S. mansoni e através da análise histopatológica das reações granulomatosas ao redor dos ovos aprisionados no tecido hepático dos camundongos. Resultados: a administração subcutânea de Sm14 reduziu em 27% a carga parasitária nos animais vacinados. Por outro lado, a vacinação intranasal apenas demonstrou uma redução estatisticamente significativa quando CTB esteve presente na formulação. Além disso, a co-administração de CTB e Sm14 reduziu em média 30% a área das lesões granulomatosas hepáticas. Conclusão: o uso de CTB demonstrou ser um importante adjuvante de mucosas; contudo, quando utilizada juntamente com a proteína Sm14, esta molécula não resultou em níveis satisfatórios de redução parasitária em um modelo murino para infecção esquistossomótica. / Introduction: developing a vaccine against schistosomiasis would be an important advance on the control of this chronic and debilitating disease which afflicts millions of people worldwide. Herein we describe the use of the non-toxic B subunit of cholera toxin (CTB) genetically fused to Sm14 - a fatty-acid binding protein from Schistosoma mansoni - as an attempt to the development of an antischistosomiasis vaccine. Methods: recombinant proteins were expressed on a prokaryotic system, purified by different chromatographic methods and both immunochemically and spectroscopically characterized. Immunization experiments were made on females BALB/c mice and vaccines efficacy was assessed by analyzing the worm-burden after challenge infection with S. mansoni cercariae and by analyzing its effect on the hepatic granulomatous reactions around trapped eggs. Results: subcutaneous administration of Sm14 reduced in 27% the worm burden on animals. On the other hand, intranasally vaccination only displayed a statistically significant reduction when CTB was added to the formulation. Furthermore, coadministrating CTB and Sm14 reduces in 30% the area of hepatic granulomas. Conclusion: the use of CTB may be an important tool for mucosal adjuvanticity; however it did not provide, together with Sm14, satisfactory levels of protection on a murine model for Schistosomiasis infection.

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