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A construção do medo no cinema à luz do estranho familiar: uma abordagem semiótica

Juaçaba, Helder Jaime 02 June 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T18:10:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Helder Jaime Juacaba.pdf: 1866239 bytes, checksum: 8034f28d3b9418da9d8685110cf78c1a (MD5) Previous issue date: 2011-06-02 / The study object of this thesis is the media support of cinema embodied in fiction film, whose construction is understood as a communicative function capable of generating meaningful effects. It more specifically refers to the identification of the forms used in film to produce sequences with the suggestive capacities to produce the effect of fear. In this context, emerged the research problem, as viewers already know it to be fiction. But why are the deliberate procedures in film construction able to generate the effect of fear? Therefore, the argument was developed that cinematographic procedures inserted certain language patterns, to touch on the uncanny collisions in the determinations of the unconsciousness of the viewer, causing the effect of fear. To support this argument, references to Das Unheimlich Freud's and Peirce's semiotic approach were used, in which fear could be evaluated as an interpretative sign in a logical order: the movie / cinema (sign) builds the stranger / Das Unheimliche (object) to produce the overall effect of fear on which the spectators must arrive (interpretant). The corpus includes the following films: Psycho (1960) - Director: Alfred Hitchcock, The shining (1980) - Director: Stanley Kubrick and The Others (2001) - Director: Alejandro Amenábar. Whose criterion of choice was the indisputable recognition and acceptance of the public and critical effects of tension, suspense, terror and fear in films. Beyond the intention of shedding new light on the interpretive films selected, the research aimed to contribute, by means of the semiotics and psychoanalysis, to expand the debate on one of the basic epistemological axes of the scientific field of communication: language / O objeto de estudo desta dissertação é o suporte midiático do cinema materializado em ficção fílmica, cuja construção é entendida como uma função comunicativa capaz de gerar efeitos de sentido. De forma mais específica refere-se à identificação dos modos utilizados no cinema para elaborar seqüências fílmicas com capacidades sugestivas para produzir o efeito do medo. Neste contexto surgiu o problema da pesquisa, pois qualquer espectador, de antemão, sabe estar diante de uma ficção, entretanto, porque os procedimentos deliberados da construção fílmica são capazes de gerar o efeito do medo? Assim sendo, foi desenvolvido o argumento de que os procedimentos cinematográficos embutidos em determinados padrões de linguagem, ao tangenciarem o estranho familiar esbarram nas determinações do inconsciente do espectador, provocando o efeito do medo. Para embasar esta argumentação foram utilizadas as referências do Das Unheimlich de Freud e a abordagem semiótica de Peirce, em que o medo pôde ser avaliado como um signo-interpretante dentro de uma ordenação lógica: o filme/cinema (signo) constrói o estranho/ Das Unheimliche (objeto) para produzir o efeito geral do medo ao qual os espectadores devem chegar (interpretante). O corpus da pesquisa incluiu os seguintes filmes: Psicose, 1960 Diretor: Alfred Hitchcock, O Iluminado, 1980 - Diretor: Stanley Kubrick, e, Os Outros, 2001 Diretor: Alejandro Amenábar, cujo critério de escolha foi o indiscutível reconhecimento de público e crítica no tocante aos efeitos de tensão, suspense, terror e medo dos filmes. Além de pretender lançar novas luzes interpretativas sobre os filmes selecionados, a pesquisa visou contribuir, por meio da semiótica e da psicanálise, para a ampliação do debate sobre um dos eixos epistemológicos fundamentais do campo científico da comunicação: a linguagem
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Continuidades descontinuadas: reflexões sobre o encontro intersubjetivo com a Arte / Discontinued continuities: reflections on the itersubjective meeting with the art

Renata Reinhoefer França 17 March 2008 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Essa dissertação propõe-se a refletir sobre o enigmático encontro intersubjetivo com a arte por ser este um acontecimento vivo de troca entre espectador e obra, em ato. O ponto de partida deste trabalho é de que, apesar de não haver dúvidas quanto à verdade humana que permeia a experiência da arte, entramos constantemente na banalização de querer prová- la ou direcioná-la a outro domínio que não o da arte ela mesma, o que faz com que a significância dessa questão fique ameaçada. Com o objetivo de discutir isso, que desdobra-se na inesgotabilidade da transmissão pela arte, faz uma articulação com a psicanálise, principalmente no campo das intensidades afetivas que se referem a ordem da pré-linguagem verbal, justamente objetivando pensá-las em sua relação com a arte pelo juízo estético, o conceito de senso comum e seus desdobramentos contemporâneos. Trata também da incompletude da obra como força de movimento que a coloca em perpétuo acabamento, na busca incessante de significação, e da crítica de arte como parte desse movimento, como transmissão da verdade do encontro com a arte sendo em si outro encontro, pela palavra, também em perpétuo acabamento / With the dissertation we aim to reflect upon the enigmatic intersubjective encounter between observer and work of art. This encounter starts an endless journey in which the experience of art keeps changing also remaining the same at its core that allows the continuity of art through the ever-present. But even if we agree that one of the most important truths about art lie on this human experience, we still often try to direct it to other competencies in order to prove it right, which tends to diminish the relevance of such an encounter. With this in mind, well carefully apply some concepts of psychoanalysis, mainly in the field of affective intensities related to pre-verbal language (as the Uncanny), articulating its relation to art as aesthetic experience. The never ending process of completeness puts the relationship between observer and work in perpetual search for an end that never comes. This paradox, far from being something that stops us, is what really puts us on the move, in search for new significations for what we dont know. And writing about art, in this sense, is part of this movement towards the unknown, is what allows us to create from its shadows still keeping its mystery alive
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Continuidades descontinuadas: reflexões sobre o encontro intersubjetivo com a Arte / Discontinued continuities: reflections on the itersubjective meeting with the art

Renata Reinhoefer França 17 March 2008 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Essa dissertação propõe-se a refletir sobre o enigmático encontro intersubjetivo com a arte por ser este um acontecimento vivo de troca entre espectador e obra, em ato. O ponto de partida deste trabalho é de que, apesar de não haver dúvidas quanto à verdade humana que permeia a experiência da arte, entramos constantemente na banalização de querer prová- la ou direcioná-la a outro domínio que não o da arte ela mesma, o que faz com que a significância dessa questão fique ameaçada. Com o objetivo de discutir isso, que desdobra-se na inesgotabilidade da transmissão pela arte, faz uma articulação com a psicanálise, principalmente no campo das intensidades afetivas que se referem a ordem da pré-linguagem verbal, justamente objetivando pensá-las em sua relação com a arte pelo juízo estético, o conceito de senso comum e seus desdobramentos contemporâneos. Trata também da incompletude da obra como força de movimento que a coloca em perpétuo acabamento, na busca incessante de significação, e da crítica de arte como parte desse movimento, como transmissão da verdade do encontro com a arte sendo em si outro encontro, pela palavra, também em perpétuo acabamento / With the dissertation we aim to reflect upon the enigmatic intersubjective encounter between observer and work of art. This encounter starts an endless journey in which the experience of art keeps changing also remaining the same at its core that allows the continuity of art through the ever-present. But even if we agree that one of the most important truths about art lie on this human experience, we still often try to direct it to other competencies in order to prove it right, which tends to diminish the relevance of such an encounter. With this in mind, well carefully apply some concepts of psychoanalysis, mainly in the field of affective intensities related to pre-verbal language (as the Uncanny), articulating its relation to art as aesthetic experience. The never ending process of completeness puts the relationship between observer and work in perpetual search for an end that never comes. This paradox, far from being something that stops us, is what really puts us on the move, in search for new significations for what we dont know. And writing about art, in this sense, is part of this movement towards the unknown, is what allows us to create from its shadows still keeping its mystery alive
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Bestiário do Apolo: a dimensão trágica e inquietante da beleza

COSTA, Marcelo Monteiro 10 February 2017 (has links)
Submitted by Rafael Santana (rafael.silvasantana@ufpe.br) on 2018-02-16T18:47:58Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Bestiario de Apolo (tese) Marcelo Monteiro Costa.pdf: 13116392 bytes, checksum: 1d69d90ccd4ee1895811f13b8af7e823 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-02-16T18:47:58Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Bestiario de Apolo (tese) Marcelo Monteiro Costa.pdf: 13116392 bytes, checksum: 1d69d90ccd4ee1895811f13b8af7e823 (MD5) Previous issue date: 2017-02-10 / CAPES / O presente trabalho é uma investigação sobre a dimensão trágica da beleza, ou a relação entre o belo e o inquietante (unheimlich), que permeia o fascínio da experiência estética ou da ordem do sensível. Como o próprio título sugere, a pesquisa parte da composição dos impulsos artísticos apolíneo e dionisíaco, para então reivindicar a face inquietante e trágica da beleza, ou o lado obscuro e perturbador na aparência resplandecente de Apolo. Ao retomar o conceito do belo através de uma harmonia dos contrários ou de uma poética do encontro entre o bestial e o rigor da forma, entre a graça e a crueldade humana, entre a razão e a vontade, a intenção é restabelecer e ressignificar as concepções estéticas que viam no belo e no inquietante não campos de atuação opostos que se excluem, mas componentes de uma beleza insondável que inquieta e perturba em seu caráter inapreensível. Uma beleza capaz de trazer à tona aquilo que era pra ser mantido oculto ou em segredo. Num segundo momento, a concepção do unheimlich como algo da ordem do estranho-familiar é retomada a partir das narrativas de retorno à casa, especialmente A parábola do filho pródigo. A casa enquanto abrigo é aqui tomada como refúgio e lugar do repouso contra a ameaça da noite que inquieta e perturba. A casa em sua dimensão estética, no confronto entre o que é heimlich e doméstico, e o unheimlich ou estranho. A construção do lar enquanto elemento reconfortante sofre aqui a ameaça da dimensão trágica. É dentro dessa prerrogativa da fruição estética como uma experiência da ordem do estranho-familiar que o trabalho consolida sua tese. Uma forma retórica de reafirmar que mesmo dentro de estruturas estabilizadoras, como o conceito apolíneo de beleza na estética, ou a volta ao "lar doce lar", há sempre uma dimensão trágica e perturbadora a se manifestar e provocar fascínio. / The present study is an investigation about the tragic dimension of beauty, or the relationship between the beauty and the uncanny (unheimlich), which permeates the fascination of aesthetic experience or of a sensitive percept. As the title suggests, the research stems from the composition of Apollonian and Dionysian artistic impetus, in order to reclaim the disturbing and tragic face of beauty, or the obscure and disruptive side of the bright appearance of Apollo. By resuming the concept of beauty throughout a harmony of opposites or a poetic of the encounter of the bestial and the logical form, of human grace and cruelty, of rationality and will, the intention is to recover and reframe the aesthetic notion that used to perceive the beauty and the uncanny not as opposite scopes of work that exclude each other, but as components of an inconceivable beauty which disquiets and disturbs within its unreachable nature. A beauty that is capable of eliciting what should be kept occult or in secret. In a second moment, the notion of unheimlich as something in the strange-familiar category is took up from narratives of returning home, specially the parable of the prodigal son. The house as a shelter is here taken as a refuge and resting place against the threat of the night that troubles and terrifying. The house in its aesthetic dimension, in the confrontation between what is heimlich and domestic, and the unheimlich or stranger. The framing of home as a warming element is here threatened by the tragic dimension. Within this prerogative of aesthetic fruition as an experience in the strangefamiliar category, the work consolidates its theory. A rhetorical way of reassuring that even within the stabiliser structures, as the Apollonian concept of beauty in aesthetics, or the returning to “home sweet home”, there is always a tragic and disturbing dimension to arise and cause fascination.
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Inscrever-se(r) entre línguas: o estranho e o familiar em produções escritas por aprendizes de inglês/LE – transferências, historicidades e equívocos

ARAÚJO, Maria Aldenora Cabral de 10 March 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-09-13T14:15:56Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Tese_MariaAldenora-BC.pdf: 4848750 bytes, checksum: 66970c914842392fa73e7041085a4593 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-13T14:15:56Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Tese_MariaAldenora-BC.pdf: 4848750 bytes, checksum: 66970c914842392fa73e7041085a4593 (MD5) Previous issue date: 2016-03-10 / Este estudo tem por objetivo analisar os efeitos do duplo estranhamento em relatos de participantes-aprendizes de inglês como língua estrangeira em contexto formal no Brasil. Tais relatos se organizam sobre a forma de amostras representativas de sequências discursivas advindas de diários reflexivos e de textos de opinião escritos em 2008 por sujeitos-aprendizes matriculados no Curso de Graduação de Letras de duas instituições superiores da cidade de Recife: Universidade Federal de Pernambuco e Faculdade São Miguel. Para a consecução do objetivo proposto, destacamos os seguintes questionamentos: (a) que configurações de identificações permeiam a (não)inscrição de sujeitos-aprendizes na língua inglesa? (b) que estratégias discursivas se tornam visíveis nas produções escritas de maneira a gerar estranhamentos? (c) o que fica interditado para esse sujeito na relação entre a LM e LE? Para a obtenção das respostas a estas indagações, inserimos a pesquisa na perspectiva teórica interpretativa que se encontra no espaço – conflituoso e tenso – entre as teorias da Análise do Discurso pêcheutiano, da Psicanálise lacaniana e da Desconstrução Filosófica derrideana, para refletir sobre a divisão incontornável do sujeito na sua relação com as línguas materna e estrangeira. Os resultados interpretativos apontam três pontos importantes. Primeiro, que os participantes em sua posição de sujeitos-aprendizes de inglês são todos atravessados por certo estranhamento naquela que consideram a língua do outro-estrangeiro, sem que se apercebam que o estranho é constitutivo da familiaridade com a suposta língua materna. Neste caso, é possível observar que somos, inevitavelmente, estrangeiros dentro do que nomeamos de “língua materna”, que não é propriedade de ninguém, a não ser pelas regras políticas e sociais que o ser humano inventa para (de)marcar fronteiras, fixar o instável, marcar o seu poder, submetendo outros à sua arbitrariedade, à sua lei; ou então pelas regras dos esquecimentos que criam a ilusão de que podemos ser originais ao atingir a completude do dizer. O segundo ponto interpretativo é que a língua estrangeira é marcada pelo confronto, pelo equívoco entre o que lhe foi instaurado pela língua materna (o desejo de unicidade, representante daquilo que já está inscrito no sujeito) e o que foi instaurado pela língua da desestabilização psíquica (o desejo de ver o estranho na forma do diferente, do não sentido, do não-comum e do incompleto). É neste contexto conflituoso que observamos surgirem estratégias inconscientes de arranjos e rearranjos para os processos de identificação como forma ou de apagar o estranho, ou de aproximá-lo do materno, ou de recusá-lo. O terceiro ponto é que, face ao estranho, discursos emergem através de diferentes movimentos de identificação do aprendiz: de dominação, de resistência ao outro, de adaptação, de não despersonalização, de não reconhecimento. / This study aims to analyze the effects of double estrangement in reports of English learners as a foreign language in formal context in Brazil. These reports are organized in the form of representative samples of discursive sequences arising from reflexive journals and opinion texts written in 2008 by subject-learners registered in Graduation Course of Lettres of two higher education institutions in the city of Recife: Universidade Federal de Pernambuco and Faculdade São Miguel. For this purpose, we put the following questions: (a) What are the identification settings that permeate the enrollment or not enrollment of learners in the English language? (b) What are the discursive strategies that become visible in the written productions so as to engender the strangeness? (c) What are the interdictions to this learner in the relation between mother tongue and foreign language? For answers to these questions, we insert the research in the interpretative theoretical perspective that is in space – conflictual and tense – among the theories of Pêcheux’s Discourse Analysis, of Lacan’s Psychoanalysis, and of Derrida’s Philosophical Deconstruction, to reflect on the inevitable division of learner in his/her relation with the mother tongue and foreign language. The interpretive results show us three important points. First, participants in their position of English learners are traversed by a certain estrangement within the language that they regard as the foreigner other, without that they become aware that the Unheimlich is constitutive of familiarity with the supposed mother tongue. In this case, we can see that we are inevitably foreigner within that we named of "mother tongue", which is not the property of anyone, except for the political and social rules that human beings invented to demarcate their frontiers, fix the unstable, mark their power, subjecting others to their arbitrariness, their law; or otherwise by the rules of oblivion that create the illusion that we can be originals to achieve completeness of say. The second interpretive point is that the foreign language is marked by confrontation, by misunderstanding between that which was established by mother tongue (the desire for unity, representative of what is already inscribed in the subject) and which was established by the psychic destabilization language (the desire to see the Unheimlich in the forms of different, no-sense, no-common, and incomplete). In this conflictual context, we observe arise unconscious strategies of arrangements and rearrangements to the identification process as a way or erase the Unheimlich, or approximate it to the mother, or refuse it. The third point is that, given the Unheimlich, discourses emerge through the learner's different identification movements: of domination, of resistance to the other, of adaptation, of not depersonalization, and of lack of recognition.

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