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Formulação e ensino-aprendizagem na fala-em-interação de sala de aula de inglês como língua adicional na educação de jovens e adultos

Lange, Catilcia Prass January 2010 (has links)
Esta pesquisa tem como objetivo investigar a prática de formulação na fala-em-interação de uma sala de aula de inglês como língua adicional na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os conceitos teóricos e a fundamentação metodológica estão embasados na Análise da Conversa Etnometodológica (ACE). O conjunto de dados se constitui de cerca de 14 horas de gravações audiovisuais realizadas em uma escola estadual situada na periferia geográfica e econômica de Porto Alegre. Houve trabalho colaborativo entre a pesquisadora e a professora de inglês da escola que produziram em conjunto o material didático utilizado nas aulas. A análise dos dados evidenciou que a prática da formulação foi uma prática recorrente utilizada pela professora para conduzir a aula. As formulações auxiliaram no destaque e na exposição da construção de conhecimento realizada no grupo, bem como na checagem de entendimento e na resolução dos problemas de intersubjetividade através do reparo em terceira posição. Também foi observada e analisada a relação entre a prática de formular e a cognição socialmente compartilhada e a relação das formulações com o ensino-aprendizagem. A análise detalhada das interações revelou o engajamento dos participantes com a construção conjunta de conhecimento, revelou também essa construção sendo tornada explícita por eles na interação. / This research aims at investigating the formulating practice in talk-in-interaction at an young and adults’ (EJA) classroom in which English is taught as an additional language. The theoretical and methodological concept underlying the research is the Conversation Analysis (CA). The research collection is comprised of a fourteen-hour video recording of interactions carried out at a state school situated in Porto Alegre geographic and economics’ suburb. There was a collaborative work between the researcher and the school English teacher, they elaborated the didactic material used in class. The data analysis provided evidence that the formulating practice was a recurrent practice used by the teacher to conduct the class. The formulations helped in pointing out and explicit the construction of knowledge which was being done by the group, to check understanding and to solve intersubjectivity problems by the third position repair. It was also observed and analyzed the relation between the formulating practice and the socially shared cognition and the relation between formulation and learning-teaching. A detailed analysis of the interactions reveals the participants’ engagement to the joint construction of knowledge and it also shown this construction being made explicit by them in the course of their interaction.
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A competência interacional de aprendizes de língua estrangeira (italiano) durante a produção oral espontânea em sala de aula: uma análise da conversa / The interactional competence of foreign language (italian) learners during spontaneous oral production in the classroom: a conversation analysis

Vinicio Corrias 22 January 2015 (has links)
A presente dissertação analisa como se configura a Competência Interacional (He; Young, 1998) de aprendizes adultos brasileiros durante um curso de italiano durante conversa espontânea. Os dados foram coletados durante um semestre, com foco em conversas livres, isto é, em interações imprevisíveis, sem duração definida e cujos temas nasciam a partir de algum acontecimento em sala de aula, sem planejamento prévio. A análise dos dados teve dois focos principais: a análise do sistema de turnos e dos reparos, procurando verificar de que forma a construção desses recursos determina aspectos da interação e do desempenho de papeis de professor e de aluno em sala de aula. Os dados foram analisados com base na disciplina, fortemente empírica, da Análise da Conversa; de modo mais específico, foram utilizadas as categorias encontradas por Sacks, Schegloff e Jefferson (1974) e por Schegloff, Jefferson e Sacks (1977), para análise do sistema de turnos e dos reparos, respectivamente. A análise dos dados indicou que os aprendizes utilizaram o sistema de turnos de forma parecida com o da conversa fora da sala de aula, já que na maioria dos casos se auto-selecionam como próximos falantes, o que nos levou a identificar uma postura autônoma e a percepção, por parte dos aprendizes, de um ambiente mais próximo ao genuíno de comunicação. Por outro lado, nota-se que os turnos dos aprendizes têm, quase sempre, menor duração do que os do professor, possivelmente, por causa de uma menor competência linguístico-comunicativa. Os dados evidenciam ainda, que os alunos utilizam pouco, muito menos que o professor, a seleção de um outro falante. Quanto à análise do sistema de reparos, verificaram-se duas tendências principais. Em primeiro lugar, os alunos, frequentemente, pedem para ser corrigidos, mas, ao mesmo tempo, há muitas ocorrências em que eles não esperam que alguém responda a esses pedidos e continuam a conversa. Em segundo lugar, o professor, na maioria dos casos, não corrige os desvios linguísticos dos alunos e, quando o faz, não parece existir uma lógica que guie essas ações. Se olharmos com mais atenção para os dados analisados, configura-se uma situação complexa, em que os alunos, por exemplo, corrigem outros alunos, ou em que eles interrompem o professor. Em conclusão, a detalhada análise das interações evidencia que, em vários momentos, os papeis de professor e alunos estão bem marcados, mas estão longe de ser os papeis tradicionais em que o professor é quem avaliava e distribui os turnos, e os alunos estão em posição mais passiva. Isso nos permite afirmar que a conversa é uma atividade de sala de aula em que os participantes têm liberdade de ação e na qual os recursos interacionais são aspectos essenciais não apenas na configuração da interação, como também na construção da competência interacional dos aprendizes e na compreensão do processo de ensino-aprendizagem de línguas em sala de aula. / This study analyzes the nature of Interactional Competence (He; Young, 1998) of adult Brazilian learners, attending a Italian language course, during spontaneous conversation. The data, collected during a semester, focused on unplanned conversations, which had no defined duration and whose topics emerged from anything occurring in the classroom. The analysis of the data consists of two main foci: speaker selection and repairs. They were analyzed in order to verify how their construction could determine aspects of interaction and how it influences the roles that the professor and the learners play in the classroom. The data were analyzed based on the, strictly empirical, discipline of Conversation Analysis; in particular, were used the categories found by Sacks, Schegloff e Jefferson (1974), and Schegloff, Jefferson e Sacks (1977), for speaker selection and repair, respectively. The analysis of the data revealed that the learners use speaker selection in a way that similar to that outside classroom, that is to say, they mainly selected themselves in order to take the floor. This learners skill is viewed as evidence of autonomous stance; furthermore, it indicates that they perceive the classroom as characterized by genuine communication. On the other hand, it can be noticed that learners turns are mainly shorter than professors, probably due to their lesser linguistic-communicative competence. In addition, the data show that the learners select the other participants fewer times than the teacher. Examination of the system of repairs revealed two main trends. Firstly, in spite of the fact that the learners frequently ask for a linguistic repair, they frequently do not wait for somebody to realize that repair and keep on speaking. Secondly, the teacher, in most of the cases, does not repair the learners linguistic problems and when it occurs, the fact does not seem to be supported by any underlying logic. At a closer look, the data show a complex situation in which the learners use the other-repair resource or interrupt the teacher. Finally, the detailed conversation analysis shows that even though many times the roles teacher and learners play are well defined, they are not even close to the traditional ones in which the teacher used to evaluate and distribute the turns, and the learners had a passive attitude. The analysis serve as evidence to affirm that conversation is a classroom activity in which students can perform freely and in which the interactional resources are aspects essential, not only to better understand and categorize the interaction, but also to the construction of the learners interactional competence and for the understanding of the foreign language classroom teaching process.

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