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Colapsabilidade da faringe durante o sono induzido: comparação entre descendentes de Japoneses e indivíduos Brancos / Pharyngeal collapsibility during drug-induced sleep: comparison between Japanese-descendants and CaucasiansSchorr, Fabíola 08 May 2015 (has links)
Introdução: A patogênese da apneia obstrutiva do sono (AOS) é complexa e pode variar de acordo com a etnia. O componente anatômico que predispõe à AOS é resultado da interação entre a estrutura óssea e partes moles da via aérea superior (VAS), e pode ser acessado através da pressão crítica de fechamento da faringe (Pcrit). Hipotetizamos que os descendentes de Japoneses e Caucasianos apresentam diferentes preditores para a colapsabilidade da VAS, sugerindo diferentes vias que levam ao desenvolvimento da AOS nestes dois grupos étnicos. Métodos: Homens descendentes de Japoneses (n=39) e Caucasianos (n=39), pareados para idade e gravidade da AOS, foram avaliados através de polissonografia (PSG), Pcrit e tomografia computadorizada (TC) da VAS e abdome para estudo da anatomia da via aérea e gordura abdominal, respectivamente. Resultados: Pcrit foi similar entre descendentes de Japoneses e Caucasianos (-1.0 ± 3.3 vs -0.4 ± 3.1 cmH20). Descendentes de Japoneses apresentaram menores dimensões ósseas craniofaciais (comprimento da base do crânio, maxila e mandíbula), enquanto que os Caucasianos apresentaram maior tamanho das partes moles da VAS (comprimento e volume da língua) e maior desbalanço entre o volume da língua e da mandíbula (razão entre o volume da língua e o volume da mandíbula). O ângulo da base do crânio apresentou associação com a Pcrit somente entre os descendentes de Japoneses (r=-0.535, p < 0.01). A razão volume da língua/volume mandibular se associou com a Pcrit somente nos Caucasianos (r=0.460, p < 0.01). Variáveis relacionadas à obesidade (IMC, circunferências cervical e abdominal, gordura visceral) mostraram correlação semelhante com a Pcrit em ambos os grupos. Conclusões: Descendentes de Japoneses e Caucasianos apresentam diferentes preditores da colapsabilidade da VAS. Enquanto a restrição óssea craniofacial foi determinante para a Pcrit somente entre os descendentes de Japoneses, o desbalanço anatômico entre o volume da língua e da mandíbula foi importante para a Pcrit nos Caucasianos. Estes achados podem ter implicações terapêuticas no tocante à melhora da predisposição anatômica para a AOS entre as etnias / Introduction: Obstructive sleep apnea (OSA) pathogenesis is complex and may vary according to ethnicity. The anatomical component predisposing to OSA is the result of the interaction between bony structure and upper airway soft tissues and can be assessed using passive critical closing pressure (Pcrit). We hypothesized that Japanese-Brazilians and Caucasians present different predictors to upper airway collapsibility, suggesting different causal pathways to develop OSA in these two groups. Methods: Male Japanese-Brazilians (n=39) and Caucasians (n=39) well matched for age and OSA severity were evaluated by full polysomnography, Pcrit and upper airway plus abdomen CT scans for determination of upper airway anatomy and abdominal fat, respectively. Results: Pcrit was similar between Japanese-Brazilians and Caucasians (-1.0 ± 3.3 vs -0.4 ± 3.1 cmH20). Japanese-Brazilians presented smaller upper airway bony dimensions (cranial base, maxillary and mandibular length) while Caucasians presented larger upper airway soft tissue (tongue length and volume) and greater imbalance between tongue and mandible (tongue/mandibular volume ratio). Cranial base angle was associated with Pcrit only among Japanese-Brazilians (r=-0.535, p < 0.01). Tongue/mandibular volume ratio was associated with Pcrit only among Caucasians (r=0.460, p < 0.01). Obesity-related variables (visceral fat, BMI, neck and waist circumferences) showed similar correlation with Pcrit in Japanese-Brazilians and Caucasians. Conclusions: Japanese-Brazilians and Caucasians present different predictors of upper airway collapsibility. While craniofacial bony restriction was determinant to Pcrit only in the Japanese-Brazilians, anatomical imbalance between tongue and mandible volume was important to Pcrit among Caucasians. These findings may have therapeutic implications regarding how to improve anatomical predisposition to OSA across ethnicities
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Avaliação da colapsabilidade da via aérea superior durante a vigília por meio da pressão negativa expiratória e durante o sono por meio da pressão crítica de fechamento da faringe em indivíduos normais e portadores de apneia obstrutiva do sono / Upper airway collapsibility evaluation during wakefulness using negative expiratory pressure and during sleep using pharyngeal critical closing pressure in obstructive sleep apnea and normal subjectsHirata, Raquel Pastrello 19 September 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é comum na população geral e é caracterizada pelo colapso recorrente da via aérea superior. Há um interesse crescente no desenvolvimento de métodos para melhor entendimento da fisiopatologia da AOS. A técnica da pressão negativa expiratória (NEP) é um método relativamente simples que avalia a colapsabilidade da via aérea superior durante a vigília. Porém, a metodologia varia muito e a maioria dos estudos utilizou o bocal, que pode não retratar de forma adequada o comportamento da nasofaringe e pode interferir na posição da língua. Adicionalmente, não existem estudos que avaliaram a associação da NEP com variáveis anatômicas da via aérea superior. A pressão crítica de fechamento da faringe (Pcrit) é um método bem estabelecido que reflete o componente anatômico da AOS, porém é realizada durante o sono e envolve metodologia complexa. OBJETIVOS: Realizamos 2 estudos em indivíduos normais e portadores de AOS com o objetivo de: Estudo 1) Determinar a influência da interface e posição sobre a medida da colapsabilidade da via aérea superior durante a vigília avaliada pela NEP. Estudo 2) Avaliar a associação entre a colapsabilidade da via aérea superior durante a vigília medida pela NEP com máscara nasal na posição supina e durante o sono medida pela Pcrit com variáveis anatômicas da via aérea superior avaliadas pela tomografia computadorizada (TC). MÉTODOS: Foram recrutados indivíduos com idade entre 18 e 65 anos com suspeita de AOS referidos do Laboratório do Sono do InCor. Os indivíduos foram submetidos a prova de função pulmonar, polissonografia e NEP em 4 situações: posição sentada e supina utilizando tanto bocal como máscara nasal. A NEP foi avaliada pelo parâmetro V0,2SB/V0,2NEP (relação entre o volume expirado a 0,2 s durante a respiração espontânea (3 expirações precedentes à aplicação da NEP) sobre o volume expirado a 0,2 s durante a aplicação da NEP). Um subgrupo dos indivíduos realizou o exame de Pcrit e TC de via aérea superior. RESULTADOS: Estudo 1) Foram estudados um total de 86 indivíduos (72 homens, idade: 46 ± 12 anos, índice de massa corpórea (IMC): 30,2 ± 4,4 kg/m2, índice de apneia/hipopneia (IAH): 32,9 ± 26,4 eventos/hora). Encontramos uma interação entre interface e posição sobre a colapsabilidade da via aérea superior na análise multivariada (p=0,007), sendo que a via aérea superior foi mais colapsável com bocal do que com máscara nasal na posição sentada. A colapsabilidade da via aérea superior foi maior na posição supina do que sentada quando a NEP foi realizada com máscara nasal. Em contraste, a NEP não foi influenciada pela posição quando avaliada com bocal. A resistência expiratória foi significativamente maior e independente da posição com bocal do que máscara nasal (20,7 cmH2O/L.s-1 vs 8,6 cmH2O/L.s-1 respectivamente, p=0,018). Estudo 2) Vinte e oito indivíduos realizaram a NEP com máscara nasal na posição supina, Pcrit e TC da via aérea superior (idade: 45 ± 13 anos, IMC: 29.4±4.9 kg/m2 e IAH: 30 ± 26 eventos/hora). A NEP e a Pcrit se associaram de maneira semelhante com a área da língua (r=0,646 e r=0,585), volume da língua (r=0,565 e r=0,613), comprimento da faringe (r=0,580 e r=0,611) e IAH (r=0,490 e r=0,531), respectivamente (p < 0,05 para todas as correlações). A NEP e a Pcrit foram significativamente piores em pacientes com AOS grave do que no restante da população (p < 0,05). CONCLUSÕES: Estudo 1) A interface e a posição influenciam a colapsabilidade da via aérea superior medida pela NEP. Propomos que a NEP seja realizada com máscara nasal na posição supina em estudos futuros de avaliação da colapsabilidade da via aérea superior em pacientes sob investigação de AOS. Estudo 2) A NEP avaliada com máscara nasal na posição supina é um método simples e promissor que reflete o componente anatômico da colapsabilidade da via aérea superior de forma similar a Pcrit / INTRODUCTION: Obstructive sleep apnea (OSA) is common in the general population and is characterized by recurrent collapse of the upper airway. There is a growing interest in developing methods for better understanding of OSA pathophysiology. Negative expiratory pressure (NEP) technique is a simple method that evaluates upper airway collapsibility during wakefulness. However, the method of NEP determination varies among published studies and is mostly evaluated with a mouthpiece, which could inadequately reflect the behavior of nasopharynx and also interfere on the tongue position. In addition, there are no studies evaluating the association between NEP and upper airway anatomy. Pharyngeal critical closing pressure (Pcrit) is a well established technique that reflects the anatomical component of OSA, however, it is performed during sleep and requires a complex methodology. OBJECTIVES: We performed 2 studies in OSA and normal subjects with the objectives of: Study 1) To determine the influence of interface and position on the measurement of upper airway collapsibility while awake evaluated by NEP. Study 2) To evaluate the association among upper airway collapsibility while awake evaluated by NEP with nasal mask in supine position and during sleep evaluated by Pcrit with upper airway anatomy evaluated objectively by upper airway computed tomography (CT) scan. METHODS: We recruited subjects with age between 18 and 65 years with suspect OSA referred to the outpatient sleep clinic at the Heart Institute, University of São Paulo. Subjects underwent pulmonary function test, polysomnography and NEP evaluations in four conditions: sitting and supine position either with mouthpiece or with nasal mask. NEP was evaluated by the parameter V0.2SB/V0.2NEP (ratio between the volume exhaled at 0.2 s during stable breathing (3 expirations prior to NEP application) over the volume exhaled at 0.2 s during NEP application). A subgroup of subjects performed Pcrit and upper airway CT evaluations. RESULTS: Study 1) We studied a total of 86 subjects (72 male, age: 46 ± 12 years, body mass index (BMI): 30.2 ± 4.4 kg/m2, apnea/hypopnea index (AHI): 32.9 ± 26.4 events/hour). We found an interaction between interface and position on upper airway collapsibility in multivariate analysis (p=0.007), with the upper airway being more collapsible with mouthpiece than with nasal mask in sitting position. Upper airway collapsibility was higher in supine than in sitting position when NEP was performed with nasal mask. In contrast, NEP was not influenced by position when evaluated with mouthpiece. Expiratory resistance was significantly higher and independent of position with mouthpiece than with nasal mask (20.7 cmH2O/L.s-1 vs 8.6 cmH2O/L.s-1 respectively, p=0.018). Study 2) Twenty-eight subjects performed NEP with nasal mask in supine position, Pcrit and upper airway CT scan (age: 45±13 years, BMI: 29.4 ± 4.9 kg/m2, and AHI: 30 ± 26 events/h). NEP evaluated with nasal mask in supine position and Pcrit were similarly associated with tongue area (r=0.646 and r=0.585), tongue volume (r=0.565 and r=0.613), pharyngeal length (r=0.580 and r=0.611), and AHI (r=0.490 and r=0.531) respectively (p < 0.05 for all comparisons). NEP and Pcrit were significantly worse in patients with severe OSA than the remaining population (p < 0.05). CONCLUSIONS: Study 1) Interface and position influence upper airway collapsibility measured by NEP. We propose NEP to be performed with nasal mask in supine position in future studies of upper airway collapsibility evaluation in patients under investigation for OSA. Study 2) NEP evaluated with nasal mask in supine position is a simple and promising method that is associated with the anatomical component of upper airway collapsibility similarly to Pcrit
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Comparação histológica entre as fibras dos músculos palatofaríngeo e constritor superior da faringe em indivíduos com e sem apneia obstrutiva do sono / Histological comparison between fibers of the palatopharyngeal and superior pharyngeal constrictor muscles in individuals with and without obstructive sleep apneaDuarte, Bruno Bernardo 31 May 2017 (has links)
Introdução: A parede lateral da faringe tem importante papel no colapso da via aérea superior nos episódios de apneia obstrutiva do sono (AOS). Os dois principais músculos que formam esta região são o músculo palatofaríngeo (MPF) e o músculo constritor superior da faringe (MCSF). Estes músculos são classificados como esqueléticos e não possuem um padrão histológico de normalidade estabelecido. Os objetivos do estudo foram verificar a estrutura histológica das fibras do MPF e do MCSF em indivíduos controles sem síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), e avaliar se indivíduos portadores de SAOS apresentam alterações histológicas nestes músculos em comparação aos controles. Métodos: Foram avaliados 28 indivíduos adultos (faixa etária entre 18 e 55 anos de idade), sendo 17 portadores de SAOS grave e 11 controles. Destes 11 controles, 7 eram portadores de ronco primário, e 4 não apresentavam roncos e AOS. Coletaram-se fragmentos de MPF e de MCSF em cirurgia de faringoplastia lateral para os roncadores primários e apneicos graves, e em cirurgia de tonsilectomia das palatinas para os indivíduos com tonsilite crônica caseosa. Os espécimes musculares coletados foram congelados em nitrogênio líquido em até 3 horas após o procedimento cirúrgico. Por meio de colorações histológicas e imuno-histoquímicas, avaliou-se a histologia das fibras musculares no que tange a sua morfologia, a distribuição dos tipos de fibras, as dimensões do espaço intercelular, e a prevalência de fibras híbridas nos 2 músculos e em ambos os grupos. Resultados: O grupo-controle apresenta predomínio de fibras do tipo II, de contração rápida e alta fatigabilidade, nos MPF e MCSF, não havendo diferença estatística entre os dois músculos. Encontramos prevalência elevada de fibras híbridas no grupo-controle (45,45% no MPF e 27,27% no MCSF), sem diferença estatística entre os dois músculos. Quanto à comparação entre os grupos controle e SAOS, verificamos redução do percentual de fibras do tipo II do MCSF nos indivíduos com SAOS (p=0,04) quando comparados aos controles. Não houve diferença estatística na distribuição dos tipos de fibras musculares entre os 2 grupos no MPF. Conclusões: Os MPF e MCSF possuem composição histológica com predomínio de fibras do tipo II e prevalência elevada de fibras híbridas nos indivíduos sem SAOS. Os indivíduos portadores de SAOS possuem redução do percentual de fibras do tipo II no MCSF em comparação aos indivíduos sem SAOS, e isso pode ter implicações na redução da eficiência desta musculatura, podendo contribuir na etiopatogenia da AOS / Introduction: The lateral pharyngeal muscular wall plays an important role in upper airway collapse in obstructive sleep apnea (OSA) episodes. The two main muscles that form this anatomical site are the palatopharyngeal muscle (PPM) and the superior pharyngeal constrictor muscle (SPCM). These muscles are classified as skeletal and do not have an established normal histological pattern in literature. The objectives of the study were: verify the histological structure of PPM and SPCM fibers in control subjects without obstructive sleep apnea syndrome (OSAS), and evaluate whether OSAS individuals demonstrate histological changes in these muscles compared to controls. Methods: Twenty-eight adults (age range between 18 to 55 years old) were evaluated, 17 with severe OSAS and 11 controls. On the control group, 7 had primary snoring and 4 had no snoring or OSA. PPM and SPCM fragments were collected in lateral pharyngoplasty surgery for the primary snoring and severe OSAS patients and a palatine tonsillectomy was executed in individuals with chronic caseous tonsillitis. The collected muscles specimens were frozen in liquid nitrogen within 3 hours after the surgical procedure. Histological and immunohistochemical staining were used to evaluate the histology of muscle fibers concerning their morphology, the distribution of fiber types, the size of the intercellular space and the prevalence of hybrid fibers in the two muscles in both groups. Results: The control group showed predominance of type II fibers (fast contraction and high fatigability) in PPM and SPCM, without statistical difference between the two muscles. We found a high prevalence of hybrid fibers in the control group (45.45% in PPM and 27.27% in SPCM), without statistical difference between the two muscles. Regarding the comparison between the control and OSAS groups, we verified a reduction in the percentage of SPCM type II fibers in individuals with OSAS (p = 0.04) when compared to controls. There was no statistical difference in the percentage of muscle fiber types between the 2 groups in PPM. Conclusions: PPM and SPCM have histological composition with predominance of type II fibers and high prevalence of hybrid fibers in individuals without OSAS. Patients with OSAS have a reduction in the percentage of type II fibers in SPCM compared to controls, and this may have implications in the efficiency of this muscular function, which may contribute to the etiopathogenesis of OSAS
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Aspectos anatômicos da via aérea superior para a personalização da terapia da apneia obstrutiva do sono / Upper airway anatomy characteristics for obstructive sleep apnea personalized treatmentMelânia Dirce Oliveira Marques 26 November 2018 (has links)
Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma doença altamente prevalente, caracterizada pela obstrução recorrente da faringe durante o sono. Apesar do quadro clínico ser marcado por ronco e sonolência diurna excessiva e do maior risco cardiometabólico associado à AOS, uma grande parcela dos pacientes diagnosticados permanece sem nenhum tratamento. Dessa forma, são necessárias estratégias com o objetivo de otimizar as opções de tratamento para os pacientes com AOS. Objetivos: Esta tese é composta pela compilação de três artigos com o objetivo geral de avaliar os fatores fisiopatológicos anatômicos da AOS que podem influenciar na variabilidade individual de resposta ao tratamento. Os objetivos específicos de cada artigo são: Artigo 1) Avaliar se o padrão de obstrução da faringe influencia no efeito da mudança de decúbito de supino para lateral na patência da via aérea superior; Artigo 2) Avaliar as diferenças na complacência das regiões da faringe e sua associação com padrões de curva inspiratória; Artigo 3) Avaliar a influência da estrutura faríngea envolvida na obstrução e a colapsabilidade da via aérea superior na eficácia do aparelho intra-oral (AIO) no tratamento da AOS. Métodos: Foram recrutados pacientes com diagnóstico prévio de AOS com idade entre 21 a 70 anos. Artigo 1: Os indivíduos foram avaliados com sonoendoscopia e registro simultâneo do fluxo aéreo durante o sono natural em decúbito supino e lateral. Artigo 2: os indivíduos foram avaliados com sonoendoscopia e registro simultâneo da pressão faríngea durante o sono natural. Artigo 3: Os indivíduos foram avaliados na primeira noite com sonoendoscopia e, em duas noites adicionais, foram submetidos à polissonografia com e sem AIO para determinação do índice de apneiahipopneia (IAH) e para a medida da pressão crítica de fechamento da faringe (Pcrit). Resultados: Artigo 1: Foram avaliados 24 pacientes (17 homens, idade: 53±6 anos, IAH:48±28 eventos/hora). Em pacientes com obstrução associada a língua (n=10), não houve aumento significativo do pico de fluxo inspiratório e da ventilação minuto com a mudança de decúbito de supino para lateral. A posição lateral resultou em diminuição da ocorrência do colapso de epiglote e aumento de 45% na ventilação minuto entre os pacientes com obstrução da epiglote (n=6). Artigo 2: Foram avaliados 14 pacientes (9 homens, idade: 51±5 anos, IAH: 56±32 eventos/hora). Comparada à região retroglossal, a região retropalatal foi mais estreita (19,2 [23,9] mm2 versus 55,0 [30,7]mm2; p < 0,001) e apresentou maior complacência (3,2 ± 2,1 mm2/cmH2O versus 2,1 ± 1,8 mm2/cmH2O; p < 0,001). A dependência ao esforço negativo foi positivamente associada ao estreitamento da área retropalatal (r=0,47; p=0,001). Artigo 3: Foram avaliados 25 pacientes (17 homens, idade: 49±11 anos, IAH: 51±24 eventos/hora). O AIO reduziu a Pcrit em 3,9±2,4 cmH2O e o IAH em 69%. A redução da Pcrit foi maior nos pacientes com a língua posteriorizada. A ppresença da língua posteriorizada (p=0,03) e menor colapsabilidade da faringe (Pcrit < 1 cmH2O) no momento inicial (p=0,04) foram determinantes de melhor resposta terapêutica demonstrada pela maior redução do IAH com o AIO (83% versus 48%; p < 0,001). Conclusões: O padrão de obstrução e a colapsabilidade da faringe são fatores determinantes na resposta individual às modalidades terapêuticas alternativas para tratamento da AOS como terapia posicional e AIO. Pacientes com colapso de epiglote apresentaram melhora da patência da faringe com o decúbito lateral e assim podem se beneficiar da terapia posicional para AOS. A região retropalatal apresentou menor área e maior complacência comparada à região retroglossal nos pacientes com AOS. Finalmente, pacientes com língua posteriorizada e menor colapsabilidade da faringe são bons candidatos ao uso do AIO para tratamento da AOS / Introduction: Obstructive sleep apnea (OSA) is a highly prevalent disease characterized by recurrent pharyngeal obstruction during sleep. Despite symptoms such as snore and excessive daytime sleepiness and, the higher cardiometabolic risk related to OSA, a large proportion of patients do not receive any treatment for the disease. Therefore, strategies to improve management approaches for OSA are necessary. Objectives: This thesis consists of the compilation of three articles with a general aim of investigating the anatomic factors involved in OSA pathogenesis that could affect the individual variability of treatment responses. The specific aims of each article are: Article 1: To evaluate if the pattern of pharyngeal obstruction influences the effect of changing from supine to lateral position on upper airway patency; 2) To compare the compliance of each pharyngeal level and its association with inspiratory flow patterns; 3) To evaluate the effect of pharyngeal collapsibility and the pharyngeal structure causing collapse on the efficacy of oral appliance therapy for OSA. Methods: Patients previously diagnosed with OSA ranging from 21 to 70 years old were recruited for the studies. Article 1: Patients underwent upper airway endoscopy with simultaneous recordings of respiratory airflow in both supine and lateral position during natural sleep. Article 2: Patients underwent upper airway endoscopy with simultaneous recordings of pharyngeal pressure during natural sleep. Article 3: Patients underwent upper airway endoscopy on the first night. On two additional overnight studies, polysomnography was performed with and without an oral appliance to determine apnea-hypopnea index (AHI), and to measure the critical closing pressure (Pcrit). Results: Article 1: Twenty-four patients (17 men, 53±6 years old, AHI:48±28 events/hour) were studied. Patients with tongue-related obstruction (n=10) showed no improvement in airflow, and the tongue remained posteriorly located. Epiglottic obstruction was virtually abolished with lateral positioning and ventilation increased by 45% compared to supine position. Article 2: Fourteen patients (9 men, 51±5 years old, AHI: 56±32 events/hour) were studied. Compared to the retroglossal airway, the retropalatal airway was smaller at end-expiration (p < 0.001), and had greater absolute and relative compliances (p < 0.001). NED was positively associated with retropalatal relative area change (r=0.47; p < 0.001). Article 3: Twenty-five patients (17 men, 49±11 years old, IAH: 51±24 events/hour) were studied. Oral appliance therapy reduced Pcrit by 3.9±2.4 cmH2O and AHI by 69%. Oral appliance lowered Pcrit by 2.7±0.9 cmH2O more in those with posteriorly-located tongue compared to those without (p < 0.008). Posteriorly-located tongue (p=0.03) and lower baseline collapsibility (p=0.04) were significant determinants of a greater-than-average AHI response to therapy (83% versus 48%, p < 0.001). Conclusions: The pattern of obstruction and pharyngeal collapsibility are determinants of the individual response to alternative OSA treatment such as positional therapy and oral appliance. Patients with epiglottic obstruction showed significant improvement with lateral sleeping position and, therefore may benefit from positional therapy for OSA. The retropalatal airway had a smaller area and a greater compliance compared to the retroglossal airway in OSA patients. Finally, patients with posteriorly located tongue plus less-severe collapsibility are good candidates for oral appliance therapy
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Comparação histológica entre as fibras dos músculos palatofaríngeo e constritor superior da faringe em indivíduos com e sem apneia obstrutiva do sono / Histological comparison between fibers of the palatopharyngeal and superior pharyngeal constrictor muscles in individuals with and without obstructive sleep apneaBruno Bernardo Duarte 31 May 2017 (has links)
Introdução: A parede lateral da faringe tem importante papel no colapso da via aérea superior nos episódios de apneia obstrutiva do sono (AOS). Os dois principais músculos que formam esta região são o músculo palatofaríngeo (MPF) e o músculo constritor superior da faringe (MCSF). Estes músculos são classificados como esqueléticos e não possuem um padrão histológico de normalidade estabelecido. Os objetivos do estudo foram verificar a estrutura histológica das fibras do MPF e do MCSF em indivíduos controles sem síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), e avaliar se indivíduos portadores de SAOS apresentam alterações histológicas nestes músculos em comparação aos controles. Métodos: Foram avaliados 28 indivíduos adultos (faixa etária entre 18 e 55 anos de idade), sendo 17 portadores de SAOS grave e 11 controles. Destes 11 controles, 7 eram portadores de ronco primário, e 4 não apresentavam roncos e AOS. Coletaram-se fragmentos de MPF e de MCSF em cirurgia de faringoplastia lateral para os roncadores primários e apneicos graves, e em cirurgia de tonsilectomia das palatinas para os indivíduos com tonsilite crônica caseosa. Os espécimes musculares coletados foram congelados em nitrogênio líquido em até 3 horas após o procedimento cirúrgico. Por meio de colorações histológicas e imuno-histoquímicas, avaliou-se a histologia das fibras musculares no que tange a sua morfologia, a distribuição dos tipos de fibras, as dimensões do espaço intercelular, e a prevalência de fibras híbridas nos 2 músculos e em ambos os grupos. Resultados: O grupo-controle apresenta predomínio de fibras do tipo II, de contração rápida e alta fatigabilidade, nos MPF e MCSF, não havendo diferença estatística entre os dois músculos. Encontramos prevalência elevada de fibras híbridas no grupo-controle (45,45% no MPF e 27,27% no MCSF), sem diferença estatística entre os dois músculos. Quanto à comparação entre os grupos controle e SAOS, verificamos redução do percentual de fibras do tipo II do MCSF nos indivíduos com SAOS (p=0,04) quando comparados aos controles. Não houve diferença estatística na distribuição dos tipos de fibras musculares entre os 2 grupos no MPF. Conclusões: Os MPF e MCSF possuem composição histológica com predomínio de fibras do tipo II e prevalência elevada de fibras híbridas nos indivíduos sem SAOS. Os indivíduos portadores de SAOS possuem redução do percentual de fibras do tipo II no MCSF em comparação aos indivíduos sem SAOS, e isso pode ter implicações na redução da eficiência desta musculatura, podendo contribuir na etiopatogenia da AOS / Introduction: The lateral pharyngeal muscular wall plays an important role in upper airway collapse in obstructive sleep apnea (OSA) episodes. The two main muscles that form this anatomical site are the palatopharyngeal muscle (PPM) and the superior pharyngeal constrictor muscle (SPCM). These muscles are classified as skeletal and do not have an established normal histological pattern in literature. The objectives of the study were: verify the histological structure of PPM and SPCM fibers in control subjects without obstructive sleep apnea syndrome (OSAS), and evaluate whether OSAS individuals demonstrate histological changes in these muscles compared to controls. Methods: Twenty-eight adults (age range between 18 to 55 years old) were evaluated, 17 with severe OSAS and 11 controls. On the control group, 7 had primary snoring and 4 had no snoring or OSA. PPM and SPCM fragments were collected in lateral pharyngoplasty surgery for the primary snoring and severe OSAS patients and a palatine tonsillectomy was executed in individuals with chronic caseous tonsillitis. The collected muscles specimens were frozen in liquid nitrogen within 3 hours after the surgical procedure. Histological and immunohistochemical staining were used to evaluate the histology of muscle fibers concerning their morphology, the distribution of fiber types, the size of the intercellular space and the prevalence of hybrid fibers in the two muscles in both groups. Results: The control group showed predominance of type II fibers (fast contraction and high fatigability) in PPM and SPCM, without statistical difference between the two muscles. We found a high prevalence of hybrid fibers in the control group (45.45% in PPM and 27.27% in SPCM), without statistical difference between the two muscles. Regarding the comparison between the control and OSAS groups, we verified a reduction in the percentage of SPCM type II fibers in individuals with OSAS (p = 0.04) when compared to controls. There was no statistical difference in the percentage of muscle fiber types between the 2 groups in PPM. Conclusions: PPM and SPCM have histological composition with predominance of type II fibers and high prevalence of hybrid fibers in individuals without OSAS. Patients with OSAS have a reduction in the percentage of type II fibers in SPCM compared to controls, and this may have implications in the efficiency of this muscular function, which may contribute to the etiopathogenesis of OSAS
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Colapsabilidade da faringe durante o sono induzido: comparação entre descendentes de Japoneses e indivíduos Brancos / Pharyngeal collapsibility during drug-induced sleep: comparison between Japanese-descendants and CaucasiansFabíola Schorr 08 May 2015 (has links)
Introdução: A patogênese da apneia obstrutiva do sono (AOS) é complexa e pode variar de acordo com a etnia. O componente anatômico que predispõe à AOS é resultado da interação entre a estrutura óssea e partes moles da via aérea superior (VAS), e pode ser acessado através da pressão crítica de fechamento da faringe (Pcrit). Hipotetizamos que os descendentes de Japoneses e Caucasianos apresentam diferentes preditores para a colapsabilidade da VAS, sugerindo diferentes vias que levam ao desenvolvimento da AOS nestes dois grupos étnicos. Métodos: Homens descendentes de Japoneses (n=39) e Caucasianos (n=39), pareados para idade e gravidade da AOS, foram avaliados através de polissonografia (PSG), Pcrit e tomografia computadorizada (TC) da VAS e abdome para estudo da anatomia da via aérea e gordura abdominal, respectivamente. Resultados: Pcrit foi similar entre descendentes de Japoneses e Caucasianos (-1.0 ± 3.3 vs -0.4 ± 3.1 cmH20). Descendentes de Japoneses apresentaram menores dimensões ósseas craniofaciais (comprimento da base do crânio, maxila e mandíbula), enquanto que os Caucasianos apresentaram maior tamanho das partes moles da VAS (comprimento e volume da língua) e maior desbalanço entre o volume da língua e da mandíbula (razão entre o volume da língua e o volume da mandíbula). O ângulo da base do crânio apresentou associação com a Pcrit somente entre os descendentes de Japoneses (r=-0.535, p < 0.01). A razão volume da língua/volume mandibular se associou com a Pcrit somente nos Caucasianos (r=0.460, p < 0.01). Variáveis relacionadas à obesidade (IMC, circunferências cervical e abdominal, gordura visceral) mostraram correlação semelhante com a Pcrit em ambos os grupos. Conclusões: Descendentes de Japoneses e Caucasianos apresentam diferentes preditores da colapsabilidade da VAS. Enquanto a restrição óssea craniofacial foi determinante para a Pcrit somente entre os descendentes de Japoneses, o desbalanço anatômico entre o volume da língua e da mandíbula foi importante para a Pcrit nos Caucasianos. Estes achados podem ter implicações terapêuticas no tocante à melhora da predisposição anatômica para a AOS entre as etnias / Introduction: Obstructive sleep apnea (OSA) pathogenesis is complex and may vary according to ethnicity. The anatomical component predisposing to OSA is the result of the interaction between bony structure and upper airway soft tissues and can be assessed using passive critical closing pressure (Pcrit). We hypothesized that Japanese-Brazilians and Caucasians present different predictors to upper airway collapsibility, suggesting different causal pathways to develop OSA in these two groups. Methods: Male Japanese-Brazilians (n=39) and Caucasians (n=39) well matched for age and OSA severity were evaluated by full polysomnography, Pcrit and upper airway plus abdomen CT scans for determination of upper airway anatomy and abdominal fat, respectively. Results: Pcrit was similar between Japanese-Brazilians and Caucasians (-1.0 ± 3.3 vs -0.4 ± 3.1 cmH20). Japanese-Brazilians presented smaller upper airway bony dimensions (cranial base, maxillary and mandibular length) while Caucasians presented larger upper airway soft tissue (tongue length and volume) and greater imbalance between tongue and mandible (tongue/mandibular volume ratio). Cranial base angle was associated with Pcrit only among Japanese-Brazilians (r=-0.535, p < 0.01). Tongue/mandibular volume ratio was associated with Pcrit only among Caucasians (r=0.460, p < 0.01). Obesity-related variables (visceral fat, BMI, neck and waist circumferences) showed similar correlation with Pcrit in Japanese-Brazilians and Caucasians. Conclusions: Japanese-Brazilians and Caucasians present different predictors of upper airway collapsibility. While craniofacial bony restriction was determinant to Pcrit only in the Japanese-Brazilians, anatomical imbalance between tongue and mandible volume was important to Pcrit among Caucasians. These findings may have therapeutic implications regarding how to improve anatomical predisposition to OSA across ethnicities
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Avaliação da colapsabilidade da via aérea superior durante a vigília por meio da pressão negativa expiratória e durante o sono por meio da pressão crítica de fechamento da faringe em indivíduos normais e portadores de apneia obstrutiva do sono / Upper airway collapsibility evaluation during wakefulness using negative expiratory pressure and during sleep using pharyngeal critical closing pressure in obstructive sleep apnea and normal subjectsRaquel Pastrello Hirata 19 September 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é comum na população geral e é caracterizada pelo colapso recorrente da via aérea superior. Há um interesse crescente no desenvolvimento de métodos para melhor entendimento da fisiopatologia da AOS. A técnica da pressão negativa expiratória (NEP) é um método relativamente simples que avalia a colapsabilidade da via aérea superior durante a vigília. Porém, a metodologia varia muito e a maioria dos estudos utilizou o bocal, que pode não retratar de forma adequada o comportamento da nasofaringe e pode interferir na posição da língua. Adicionalmente, não existem estudos que avaliaram a associação da NEP com variáveis anatômicas da via aérea superior. A pressão crítica de fechamento da faringe (Pcrit) é um método bem estabelecido que reflete o componente anatômico da AOS, porém é realizada durante o sono e envolve metodologia complexa. OBJETIVOS: Realizamos 2 estudos em indivíduos normais e portadores de AOS com o objetivo de: Estudo 1) Determinar a influência da interface e posição sobre a medida da colapsabilidade da via aérea superior durante a vigília avaliada pela NEP. Estudo 2) Avaliar a associação entre a colapsabilidade da via aérea superior durante a vigília medida pela NEP com máscara nasal na posição supina e durante o sono medida pela Pcrit com variáveis anatômicas da via aérea superior avaliadas pela tomografia computadorizada (TC). MÉTODOS: Foram recrutados indivíduos com idade entre 18 e 65 anos com suspeita de AOS referidos do Laboratório do Sono do InCor. Os indivíduos foram submetidos a prova de função pulmonar, polissonografia e NEP em 4 situações: posição sentada e supina utilizando tanto bocal como máscara nasal. A NEP foi avaliada pelo parâmetro V0,2SB/V0,2NEP (relação entre o volume expirado a 0,2 s durante a respiração espontânea (3 expirações precedentes à aplicação da NEP) sobre o volume expirado a 0,2 s durante a aplicação da NEP). Um subgrupo dos indivíduos realizou o exame de Pcrit e TC de via aérea superior. RESULTADOS: Estudo 1) Foram estudados um total de 86 indivíduos (72 homens, idade: 46 ± 12 anos, índice de massa corpórea (IMC): 30,2 ± 4,4 kg/m2, índice de apneia/hipopneia (IAH): 32,9 ± 26,4 eventos/hora). Encontramos uma interação entre interface e posição sobre a colapsabilidade da via aérea superior na análise multivariada (p=0,007), sendo que a via aérea superior foi mais colapsável com bocal do que com máscara nasal na posição sentada. A colapsabilidade da via aérea superior foi maior na posição supina do que sentada quando a NEP foi realizada com máscara nasal. Em contraste, a NEP não foi influenciada pela posição quando avaliada com bocal. A resistência expiratória foi significativamente maior e independente da posição com bocal do que máscara nasal (20,7 cmH2O/L.s-1 vs 8,6 cmH2O/L.s-1 respectivamente, p=0,018). Estudo 2) Vinte e oito indivíduos realizaram a NEP com máscara nasal na posição supina, Pcrit e TC da via aérea superior (idade: 45 ± 13 anos, IMC: 29.4±4.9 kg/m2 e IAH: 30 ± 26 eventos/hora). A NEP e a Pcrit se associaram de maneira semelhante com a área da língua (r=0,646 e r=0,585), volume da língua (r=0,565 e r=0,613), comprimento da faringe (r=0,580 e r=0,611) e IAH (r=0,490 e r=0,531), respectivamente (p < 0,05 para todas as correlações). A NEP e a Pcrit foram significativamente piores em pacientes com AOS grave do que no restante da população (p < 0,05). CONCLUSÕES: Estudo 1) A interface e a posição influenciam a colapsabilidade da via aérea superior medida pela NEP. Propomos que a NEP seja realizada com máscara nasal na posição supina em estudos futuros de avaliação da colapsabilidade da via aérea superior em pacientes sob investigação de AOS. Estudo 2) A NEP avaliada com máscara nasal na posição supina é um método simples e promissor que reflete o componente anatômico da colapsabilidade da via aérea superior de forma similar a Pcrit / INTRODUCTION: Obstructive sleep apnea (OSA) is common in the general population and is characterized by recurrent collapse of the upper airway. There is a growing interest in developing methods for better understanding of OSA pathophysiology. Negative expiratory pressure (NEP) technique is a simple method that evaluates upper airway collapsibility during wakefulness. However, the method of NEP determination varies among published studies and is mostly evaluated with a mouthpiece, which could inadequately reflect the behavior of nasopharynx and also interfere on the tongue position. In addition, there are no studies evaluating the association between NEP and upper airway anatomy. Pharyngeal critical closing pressure (Pcrit) is a well established technique that reflects the anatomical component of OSA, however, it is performed during sleep and requires a complex methodology. OBJECTIVES: We performed 2 studies in OSA and normal subjects with the objectives of: Study 1) To determine the influence of interface and position on the measurement of upper airway collapsibility while awake evaluated by NEP. Study 2) To evaluate the association among upper airway collapsibility while awake evaluated by NEP with nasal mask in supine position and during sleep evaluated by Pcrit with upper airway anatomy evaluated objectively by upper airway computed tomography (CT) scan. METHODS: We recruited subjects with age between 18 and 65 years with suspect OSA referred to the outpatient sleep clinic at the Heart Institute, University of São Paulo. Subjects underwent pulmonary function test, polysomnography and NEP evaluations in four conditions: sitting and supine position either with mouthpiece or with nasal mask. NEP was evaluated by the parameter V0.2SB/V0.2NEP (ratio between the volume exhaled at 0.2 s during stable breathing (3 expirations prior to NEP application) over the volume exhaled at 0.2 s during NEP application). A subgroup of subjects performed Pcrit and upper airway CT evaluations. RESULTS: Study 1) We studied a total of 86 subjects (72 male, age: 46 ± 12 years, body mass index (BMI): 30.2 ± 4.4 kg/m2, apnea/hypopnea index (AHI): 32.9 ± 26.4 events/hour). We found an interaction between interface and position on upper airway collapsibility in multivariate analysis (p=0.007), with the upper airway being more collapsible with mouthpiece than with nasal mask in sitting position. Upper airway collapsibility was higher in supine than in sitting position when NEP was performed with nasal mask. In contrast, NEP was not influenced by position when evaluated with mouthpiece. Expiratory resistance was significantly higher and independent of position with mouthpiece than with nasal mask (20.7 cmH2O/L.s-1 vs 8.6 cmH2O/L.s-1 respectively, p=0.018). Study 2) Twenty-eight subjects performed NEP with nasal mask in supine position, Pcrit and upper airway CT scan (age: 45±13 years, BMI: 29.4 ± 4.9 kg/m2, and AHI: 30 ± 26 events/h). NEP evaluated with nasal mask in supine position and Pcrit were similarly associated with tongue area (r=0.646 and r=0.585), tongue volume (r=0.565 and r=0.613), pharyngeal length (r=0.580 and r=0.611), and AHI (r=0.490 and r=0.531) respectively (p < 0.05 for all comparisons). NEP and Pcrit were significantly worse in patients with severe OSA than the remaining population (p < 0.05). CONCLUSIONS: Study 1) Interface and position influence upper airway collapsibility measured by NEP. We propose NEP to be performed with nasal mask in supine position in future studies of upper airway collapsibility evaluation in patients under investigation for OSA. Study 2) NEP evaluated with nasal mask in supine position is a simple and promising method that is associated with the anatomical component of upper airway collapsibility similarly to Pcrit
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Meias elásticas compressivas versus CPAP na apneia do sono em pacientes em hemodiálise: um estudo prospectivo e randomizado / Histological comparison between fibers of the palatopharyngeal and superior pharyngeal constrictor muscles in individuals with and without obstructive sleep apneaBruno Caldin da Silva 05 June 2017 (has links)
Introdução: Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é prevalente em estados edematosos, especialmente em pacientes em hemodiálise (HD). Uma vez que o deslocamento noturno de fluidos (DNF) acarreta piora da AOS, nós elaboramos a hipótese de que a interferência na redistribuição de fluidos pelo uso de meias elásticas compressivas (MEC) atenuaria a gravidade da AOS, por mecanismos diferentes em comparação à terapia padrão para AOS, a pressão positiva em vias aéreas (CPAP). Métodos: este é um estudo randomizado e cross-over, que incluiu 14 pacientes dialíticos com AOS (índice de apneia/hipopneia - IAH > 5 eventos/hora) em exame de polissonografia (PSG), que era realizada em três momentos: basal, titulação de CPAP e após uma semana de uso diário de MEC. Circunferência cervical (CC), bioimpedância elétrica segmentar e variabilidade de frequência cardíaca (VFC) foram avaliadas antes e após cada exame de PSG. Resultados: A idade média foi 53±9 anos (57% de homens) e o índice de massa corporal foi 29,7±6,8 Kg/m². O IAH foi reduzido de 20,8 (14,2; 39,6) no exame basal para 7,9 (2,8; 25,4) durante titulação de CPAP e para 16,7 (3,5; 28,9) eventos/hora após uso de MEC (CPAP vs. basal, p=0,004; MEC vs. basal, p=0,017; e CPAP vs. MEC, p=0.017). Comparando basal, CPAP e MEC, o conteúdo de água noturna em membros inferiores foi menor com MEC (p=0,04), enquanto a água intracelular noturna em tronco foi maior (p=0,03). DNF basal, com CPAP e MEC foi de -183±72, -343±220, e -290±213ml, respectivamente (p=0,006). Houve aumento da circunferência cervical durante a noite durante o exame basal (0,7±0,4 cm), mas houve redução dessa circunferência após titulação com CPAP (-1,0±0,4 cm) e após uso de MEC (-0,4±0,8 cm) (CPAP vs. basal, p<0.0001; MEC vs. basal, p=0.001; CPAP vs. MEC, p=0.01). VFC, avaliada pelos componentes de alta e baixa frequência, demonstrou menor ativação simpática durante o exame de titulação de CPAP: OR: 11 (95% CI: 1,06 - 114,2), p=0,025, mas não com MEC: OR: 7,8 (95% CI: 0,75 - 82,2), p=0,059. Conclusões: tanto o CPAP quanto MEC melhoraram AOS em pacientes em HD, mas por mecanismos distintos: enquanto o CPAP reduziu o edema de vias aéreas superiores, ao exercer pressão local, o uso de MEC reduziu o DNF, ao evitar retenção de fluidos em membros inferiores, acumulando água no componente intracelular do tronco. Ativação simpática foi somente reduzida com uso de CPAP. / Background: Obstructive Sleep Apnea (OSA) is prevalent in edematous states, notably in hemodialysis (HD) patients. Once overnight fluid shift (OFS) augments OSA, we hypothesized that interfering in fluid redistribution by wearing compression stockings (CS) would attenuate OSA severity by different mechanisms in comparison to the standard treatment to OSA, the positive airway pressure (CPAP). Methods: This is a randomized crossover study that included 14 dialytic patients with OSA (apnea/hypopnea index - AHI >5 events/hour) by polysomnography (PSG), which was performed in three moments: at baseline, for CPAP titration, and one week after daily wearing of CS. Neck circumference (NC), segmental bioelectrical impedance and heart rate variability (HRV) were assessed before and after each PSG. Results: Mean age was 53±9 years (57% men) and body mass index was 29.7±6.8 kg/m2. AHI decreased from 20.8 (14.2; 39.6) at baseline to 7.9 (2.8; 25.4) during CPAP titration and to 16.7 (3.5; 28.9) events/hour after wearing CS (CPAP vs. baseline, p=0.004; CS vs. baseline, p=0.017; and CPAP vs. CS, p=0.017). Comparing baseline, CPAP and CS, nocturnal lower limbs water content was lower with CS (p=0.04), while nocturnal intracellular trunk water was higher (p=0.03). OFS at baseline, CPAP and CS was -183±72, -343±220, and -290±213ml, respectively (p=0.006). Overnight NC variation increased at baseline (0.7±0.4 cm), but decreased after CPAP titration (-1.0±0.4 cm) and while wearing CS (-0.4±0.8 cm) (CPAP vs. baseline, p<0.0001; CS vs. baseline, p=0.001; CPAP vs. CS, p=0.01). HRV, assessed by both high and low frequency components, showed a lower sympathetic activation during CPAP titration: OR: 11 (95% CI: 1.06 - 114.2), p=0.025, but not with CS: OR: 7,8 (95% CI: 0.75 - 82.2), p=0.059 Conclusions: Both CPAP and CS improved OSA in HD patients by different mechanisms: while CPAP reduced edema in upper airways by exerting local pressure, wearing CS reduced OFS by avoiding fluid retention in the legs, accumulating water in the intracellular component of the trunk. Sympathetic activation was decreased only with CPAP.
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Estudo nasofaringoscópico da síndrome da apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono: comparação entre a manobra de Muller e o sono induzido / Nasopharyngoscopic study in obstructive sleep apnea syndrome: comparision between Muller maneuver and induced sleepJacomelli, Marcia 28 February 2007 (has links)
Introdução: A síndrome da apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS) é caracterizada por episódios recorrentes de colapso parcial ou completo da faringe responsáveis por roncos e eventos de apnéia ou hipopnéia, com queda da saturação de oxigênio (SaO2) e despertares freqüentes durante a noite de sono. A nasofaringoscopia com a manobra de Muller (MM) é utilizada rotineiramente na avaliação pré-operatória destes pacientes para diagnóstico do sítio da obstrução retropalatal (RP) e retrolingual (RL) e planejamento terapêutico, porém existem controvérsias a respeito de seus benefícios. Os estudos que mostram sensibilidade do sono induzido (SI) neste sentido utilizaram métodos subjetivos de avaliação e doses não controladas do indutor do sono. Objetivos: O principal objetivo do estudo foi comparar o colapso da faringe observado pelos dois métodos diagnósticos, a MM e o SI, através da análise quantitativa da obstrução documentada pela vídeo-nasofaringoscopia, e estudar as correlações deste colapso com o índice de apnéia-hipopnéia (IAH) e a SaO2 mínina noturna. Métodos: Foram estudados prospectivamente 24 pacientes com SAHOS (IAH > 10) e 15 controles saudáveis (IAH < 5) por meio da vídeo-nasofaringoscopia com MM e SI. O video-broncoscópio Olympus com canal de trabalho de 2,0 mm foi utilizado durante o procedimento. Todos os pacientes foram avaliados em decúbito dorsal horizontal e com a cabeça vi em posição neutra. Durante a MM, a pressão negativa intrafaríngea foi controlada por meio de um manovacuômetro conectado ao canal de trabalho do video-broncoscópio. Baixa dose e infusão lenta de midazolam foram utilizadas na indução do sono, e o controle da dose foi realizado por meio da polissonografia (PSG) em tempo real ao exame endoscópico. As imagens das variações de áreas e diâmetros, laterolateral e ântero-posterior obtidas, durante a MM e o SI, foram capturadas e posteriormente analisadas no programa de computador OSIRIS (Osiris Medical Imaging Software - University Hospital of Geneva). Resultados: O colapso faríngeo foi mais significativo em indivíduos com SAHOS durante o SI. Na região RP o colapso das paredes da faringe à MM foi semelhante àquele do SI. Na região RL o colapso à MM foi significativamente inferior ao observado no SI. Diferente do que ocorreu na MM, o colapso RL durante o SI apresentou boa correlação com o IAH e a SaO2 mínima noturna. A dose total de midazolam necessária à indução do sono foi significativamente menor no grupo SAHOS. Conclusão: A vídeo-nasofaringoscopia com SI e análise quantitativa do colapso se mostrou um método simples, superior à MM para documentar a obstrução funcional da faringe, apresentando boa correlação com os índices da PSG noturna devendo ser realizada na prática clínica. / Introduction: Obstructive sleep apnea syndrome (OSAHS) is characterized by partial or total collapse of the retropalatal (RP) or retroglosal (RG) pharynx during sleep. It is responsible for episodes of apnea-hypopnea, snore and sleep fragmentation. Nasopharyngoscopy with Muller Maneuver (MM) has been used to evaluate the site of obstruction in awaking patients. Literature has not definitively considered as the best technique for evaluation. Some authors suggest that induced sleep (IS) is better than MM, but the method has been criticized because of subjective analysis of collapse of and for not being an ideal level of sedation. Some protocols compared the two methods using subjective analysis. Objectives: The aim of this study was to compare quantitatively RP and RL collapse of normal and apneic subjects during MM and IS video-nasopharyngoscopy, determine the best correlations to the apnea-hypopnea index (AHI) and minimal oxygen saturation (SaO2) in nocturnal polissomnography (PSG). Methods: We prospectively evaluated 24 OSAHS patients (AHI >10) and 15 controls (AHI< 5), identified by nocturnal PSG, using video-nasopharyngoscopy with MM and IS. An Olympus-video-bronchoscope with 2.0 mm channel was used during the procedure. All patients were supine with the head in neutral position. The negative pharyngeal pressure was measured during MM by an aneroid manometer connected to the bronchoscope channel. Low dose and slow infusion of midazolam was necessary to IS and the dosage was controlled by PSG in real time during the procedure. The images of the airway obstruction were captured and analyzed by computed software. Variations between cross sectional areas, lateral dimension and antero-posterior dimension of the RP and RG pharynx during MM and IS was analyzed by OSIRIS program (Osiris Medical Imaging Software - University Hospital of Geneva). Results: the collapse of the pharynx was greater in OSAHS than in controls during IS. Retropalatal obstruction was similar between the two methods. In contrast, RG collapse was significantly lower during MM than IS. This study has also shown that RG collapse during IS correlated to AHI and nocturnal SaO2. The total dose of midazolam was lower in OSAHS patients than in controls. Conclusion: Video-nasopharyngoscopy with IS is better than MM in understanding the functional site of pharyngeal obstruction when performed by a controlled technique and quantitative analysis. It should be considered in clinical practice.
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Estudo nasofaringoscópico da síndrome da apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono: comparação entre a manobra de Muller e o sono induzido / Nasopharyngoscopic study in obstructive sleep apnea syndrome: comparision between Muller maneuver and induced sleepMarcia Jacomelli 28 February 2007 (has links)
Introdução: A síndrome da apnéia-hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS) é caracterizada por episódios recorrentes de colapso parcial ou completo da faringe responsáveis por roncos e eventos de apnéia ou hipopnéia, com queda da saturação de oxigênio (SaO2) e despertares freqüentes durante a noite de sono. A nasofaringoscopia com a manobra de Muller (MM) é utilizada rotineiramente na avaliação pré-operatória destes pacientes para diagnóstico do sítio da obstrução retropalatal (RP) e retrolingual (RL) e planejamento terapêutico, porém existem controvérsias a respeito de seus benefícios. Os estudos que mostram sensibilidade do sono induzido (SI) neste sentido utilizaram métodos subjetivos de avaliação e doses não controladas do indutor do sono. Objetivos: O principal objetivo do estudo foi comparar o colapso da faringe observado pelos dois métodos diagnósticos, a MM e o SI, através da análise quantitativa da obstrução documentada pela vídeo-nasofaringoscopia, e estudar as correlações deste colapso com o índice de apnéia-hipopnéia (IAH) e a SaO2 mínina noturna. Métodos: Foram estudados prospectivamente 24 pacientes com SAHOS (IAH > 10) e 15 controles saudáveis (IAH < 5) por meio da vídeo-nasofaringoscopia com MM e SI. O video-broncoscópio Olympus com canal de trabalho de 2,0 mm foi utilizado durante o procedimento. Todos os pacientes foram avaliados em decúbito dorsal horizontal e com a cabeça vi em posição neutra. Durante a MM, a pressão negativa intrafaríngea foi controlada por meio de um manovacuômetro conectado ao canal de trabalho do video-broncoscópio. Baixa dose e infusão lenta de midazolam foram utilizadas na indução do sono, e o controle da dose foi realizado por meio da polissonografia (PSG) em tempo real ao exame endoscópico. As imagens das variações de áreas e diâmetros, laterolateral e ântero-posterior obtidas, durante a MM e o SI, foram capturadas e posteriormente analisadas no programa de computador OSIRIS (Osiris Medical Imaging Software - University Hospital of Geneva). Resultados: O colapso faríngeo foi mais significativo em indivíduos com SAHOS durante o SI. Na região RP o colapso das paredes da faringe à MM foi semelhante àquele do SI. Na região RL o colapso à MM foi significativamente inferior ao observado no SI. Diferente do que ocorreu na MM, o colapso RL durante o SI apresentou boa correlação com o IAH e a SaO2 mínima noturna. A dose total de midazolam necessária à indução do sono foi significativamente menor no grupo SAHOS. Conclusão: A vídeo-nasofaringoscopia com SI e análise quantitativa do colapso se mostrou um método simples, superior à MM para documentar a obstrução funcional da faringe, apresentando boa correlação com os índices da PSG noturna devendo ser realizada na prática clínica. / Introduction: Obstructive sleep apnea syndrome (OSAHS) is characterized by partial or total collapse of the retropalatal (RP) or retroglosal (RG) pharynx during sleep. It is responsible for episodes of apnea-hypopnea, snore and sleep fragmentation. Nasopharyngoscopy with Muller Maneuver (MM) has been used to evaluate the site of obstruction in awaking patients. Literature has not definitively considered as the best technique for evaluation. Some authors suggest that induced sleep (IS) is better than MM, but the method has been criticized because of subjective analysis of collapse of and for not being an ideal level of sedation. Some protocols compared the two methods using subjective analysis. Objectives: The aim of this study was to compare quantitatively RP and RL collapse of normal and apneic subjects during MM and IS video-nasopharyngoscopy, determine the best correlations to the apnea-hypopnea index (AHI) and minimal oxygen saturation (SaO2) in nocturnal polissomnography (PSG). Methods: We prospectively evaluated 24 OSAHS patients (AHI >10) and 15 controls (AHI< 5), identified by nocturnal PSG, using video-nasopharyngoscopy with MM and IS. An Olympus-video-bronchoscope with 2.0 mm channel was used during the procedure. All patients were supine with the head in neutral position. The negative pharyngeal pressure was measured during MM by an aneroid manometer connected to the bronchoscope channel. Low dose and slow infusion of midazolam was necessary to IS and the dosage was controlled by PSG in real time during the procedure. The images of the airway obstruction were captured and analyzed by computed software. Variations between cross sectional areas, lateral dimension and antero-posterior dimension of the RP and RG pharynx during MM and IS was analyzed by OSIRIS program (Osiris Medical Imaging Software - University Hospital of Geneva). Results: the collapse of the pharynx was greater in OSAHS than in controls during IS. Retropalatal obstruction was similar between the two methods. In contrast, RG collapse was significantly lower during MM than IS. This study has also shown that RG collapse during IS correlated to AHI and nocturnal SaO2. The total dose of midazolam was lower in OSAHS patients than in controls. Conclusion: Video-nasopharyngoscopy with IS is better than MM in understanding the functional site of pharyngeal obstruction when performed by a controlled technique and quantitative analysis. It should be considered in clinical practice.
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