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Avaliação da auto-imagem corporal, função sexual e atratividade em mulheres com prolapso genital - um estudo transversal associado à validação do instrumento Body Image in The Pelvic Organ Prolapse (BIPOP) / Body image, sexual function and attractiveness among women with genital prolapse - a cross-sectional study with validation of the Body Image in The Pelvic Organ Prolapse questionnaire

Rafael Mendes Moroni 17 September 2018 (has links)
Os prolapsos de órgãos pélvicos (POP) são distúrbios muito comuns entre as mulheres, determinando uma série de sintomas e prejuízos funcionais. Por envolverem o trato genital, frequentemente se infere que apresentam impacto sobre a função sexual, sobre a percepção ou auto-imagem corporal e sobre a sensação de atratividade das mulheres. Tal impacto, porém, ainda não é bem elucidado na literatura, e não há estudos fazendo tal avaliação em uma população de mulheres brasileiras. Sendo assim, objetivamos avaliar função sexual, atratividade e auto-imagem corporal em um grupo de mulheres brasileiras com prolapso genital, além de comparar a atratividade entre mulheres com e sem prolapso genital. Desenvolvemos um estudo transversal, incluindo um grupo de mulheres com prolapso, em que se aplicou um questionário de auto-imagem corporal (BIPOP), um de função sexual (FSFI) e um de atratividade (BAQ); e um grupo de mulheres sem prolapso, em que se aplicou um questionário de atratividade (BAQ). Foram utilizados testes t independentes para variáveis quantitativas de distribuição normal, e testes não paramétricos para distribuições não normais. Variáveis categóricas foram comparadas utilizando-se testes de Fisher. As correlações entre os constructos foram estudadas utilizando-se o coeficiente r de Pearson. Preditores independentes para escores de autoimagem e de função sexual, além de preditores para a existência de vida sexual ativa foram estudados através de modelos de regressão multivariada. As pacientes foram recrutadas em ambulatórios de uroginecologia e de ginecologia geral dos serviços da Universidade Estadual do Oeste do Paraná e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Para tal avaliação, optamos por utilizar um instrumento específico para estudo da auto-imagem corporal associada a prolapso genital, o Body Image in the Pelvic Organ Prolapse Questionnaire (BIPOP). Como tal instrumento não se encontrava validado para o português, realizamos a tradução, adaptação cultural e validação do instrumento ao longo da pesquisa. Foram incluídas 105 mulheres com prolapso genital - 52,3% com prolapso mais avançado, estadios 3 e 4, e 47,7% com prolapso menos avançado, predominantemente estadio 2 - além de 100 mulheres sem prolapso genital, que formaram um grupo controle para comparação do escore de atratividade. O escore BIPOP total médio, de um máximo de 5, foi igual a 3,09 (± 1,08), 3,05 (±1,00) e 3,13 (±1,15), respectivamente, para todas as mulheres com prolapso, para o subgrupo de mulheres com prolapso menos avançado (POP-Q 1 e 2) e mais avançado (POP-Q 3 e 4), não se observando diferença significativa entre os escores de acordo com o estadiamento do prolapso (p = 0,71). O único preditor independente do escore de auto-imagem corporal em um modelo de análise multivariada foi a função sexual, através do escore FSFI (? = -0,052; p = 0.02). Os escores totais da subescala de atratividade BAQ para as mulheres com prolapso e sem prolapso genital foram, de um máximo de 25, iguais a 17,01 (± 4,07) e 16,97 (± 4,60), respectivamente, não se observando diferença significativa no componente de atratividade da auto-imagem corporal geral entre essas mulheres (p = 0,93); mesmo ao se considerar somente as mulheres com prolapso avançado, não se observou diferença nos escores de atratividade em relação a mulheres sem prolapso. Observou-se a existência de correlação entre auto-imagem corporal genital e sensação de atratividade geral, mas a força da correlação foi fraca. Em relação à atividade sexual, somente ser mais velha foi um preditor independente de ser sexualmente inativa entre as mulheres com prolapso (OR = 0,9 para ser sexualmente ativa para cada ano adicional de idade; p = 0,001); em relação à função e satisfação sexual, melhor auto-imagem corporal e maior sensação de atratividade foram preditores independentes de melhor função sexual. Em relação à validação do instrumento BIPOP, a versão adaptada durante a pesquisa manteve boa consistência interna (? = 0,908), boa confiabilidade (ICC = 0,94) e manteve sua validade de constructo, com forte correlação da escala com a impressão clínica de auto-imagem genital (r = 0,81) e existência de correlação, ainda que fraca, com uma escala de sensação de atratividade geral (r = -0,2). Conclui-se que em uma coorte de mulheres brasileiras com prolapso, as características anatômicas do prolapso parecem não interferir com a sensação de autoimagem corporal genital e nem com a função sexual. A presença de prolapso também não foi preditiva da existência de atividade sexual. Por outro lado, observou-se que mulheres com pior auto-imagem corporal, independentemente do estadiamento de seus prolapsos, tinham pior função sexual. Deixamos, ainda, como resultado do estudo, um instrumento específico para avaliação de auto-imagem corporal genital validado para o português. Tal instrumento pode ser utilizado em pesquisas futuras, trazendo informações importantes acerca de como as mulheres realmente percebem o impacto do prolapso sobre seus corpos. / Pelvic organ prolapse is a very common disorder among women and is associated with various symptoms and functional impacts. Due to the involvement of the genital tract, it is frequently believed that they impair sexual function, body perception or body image and lead to a loss of the sense of attractiveness. Such effect, however, is still not clear in the literature, and there are no studies evaluating these concepts in a population of Brazilian women. Therefore, we sought to evaluate sexual function and body image in a group of Brazilian women with genital prolapse, and also to compare the sense of attractiveness between women with and without genital prolapse. We conducted a transversal study including a group of women with genital prolapse, in which we administered a genital bodyimage questionnaire (BIPOP), a sexual function questionnaire (FSFI), and an attractiveness questionnaire (BAQ); we also included a group of women without genital prolapse, in which we administered an attractiveness questionnaire (BAQ). Independent t tests were used for normally distributed quantitative variables, and non-parametric tests for non-normally distributed variables. Categorical variables were compared using Fisher\'s exact tests. Correlation between studied constructs were assessed using Pearson\'s r correlation coefficient. Independent predictors for body image and sexual function scores, and also for being sexually active, were studied through multivariate regression models. Patients were recruited in urogynecology and general gynecology outpatient clinics in Universidade Estadual do Oeste do Paraná and Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. For assessing body image, we elected to use a specific instrument for studying genital body-image, namely the Body Image in The Pelvic Organ Prolapse Questionnaire (BIPOP). Since this instrument was not validated to the Portuguese language, we performed its translation, cultural adaptation and validation along this research. We included 105 women with genital prolapse - 52,3% with advanced, stages 3 and 4, prolapse, and 47,7% with milder, predominantly stage 2 prolapse - and 100 women without genital prolapse, to form a control group, with which we compared attractiveness scores. The mean total BIPOP scores were 3,09 (± 1,08), 3,05 (±1,00) and 3,13 (±1,15), from a maximum of 5, for all women with prolapse, for the subgroups with less advanced prolapse (POP-Q 1 and 2), and with more advanced prolapse (POP-Q 3 and 4), respectively. There were no significant differences among scores according to prolapse staging (p = 0.71). The only independent predictor of body image score in a multivariate analysis model was sexual function, measured through the FSFI score (? = - 0,052; p = 0.02). The total scores for the BAQ attractiveness subscale among women with and without genital prolapse, were 17,01 (± 4,07) and 16,97 (± 4,60), from a maximum of 25, respectively, without any significant difference in the attractiveness component of bodyimage among these women (p = 0.93); when considering only women with advanced prolapse, we still did not observe a difference in attractiveness scores compared to women without prolapse. We observed a correlation between genital body image and general attractiveness, but the strength of the correlation was weak. Regarding sexual activity, only an older age predicted being sexually inactive among women with prolapse (OR = 0.9 for being sexually active for each additional year of age; p = 0.001); regarding sexual function and satisfaction, a better body image and a higher sense of attractiveness were independen predictors of a better sexual function. As for the Portuguese validation of the BIPOP instrument, the adapted version maintained good internal consistency (? = 0,908), good reliability (ICC = 0.94) and adequate construct validity, with a strong correlation between the BIPOP scale and clinical impression of body image (r = 0.81), and an existing, although weak, correlation with a general attractiveness scale (r = 0.2). We conclude that among a cohort of Brazilian women with prolapse, the anatomical features of the prolapse do not seem to interfere with the perception of genital body image nor with sexual function. The presence of genital prolapse was also not predictive of being sexually active or not. On the other hand, women with worse body image had worse sexual function, regardless of prolapse staging. As a result of the study, we also provide a Portuguese-validated instrument that specifically evaluates genital body image related to prolapse. Such instrument may be used in future research, bringing together important information regarding how women actually perceive the impact of genital prolapse over their bodies.
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Disfunções sexuais em mulheres de casais infertéis / Sexual disfunction in women infertile couples

Mendonça, Carolina Rodrigues de 23 January 2014 (has links)
Submitted by Cássia Santos (cassia.bcufg@gmail.com) on 2015-02-04T09:15:08Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Carolina Rodrigues de Mendonca - 2014.pdf: 3841382 bytes, checksum: 079c00331419687a5cc6570935d83e03 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2015-02-05T14:11:04Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Carolina Rodrigues de Mendonca - 2014.pdf: 3841382 bytes, checksum: 079c00331419687a5cc6570935d83e03 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-02-05T14:11:04Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Carolina Rodrigues de Mendonca - 2014.pdf: 3841382 bytes, checksum: 079c00331419687a5cc6570935d83e03 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2014-01-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Introduction: Infertility, besides being a medical condition that deserves medical attention and treatment, is a disturbing development, with implications on various aspects of life of infertile couples and individuals (personal, relational, social and sexual). The impact of infertility on women's sexuality is not entirely clear. Studies that have investigated the topic reported contradictory results and methodological limitation. Objectives: • Review important aspects of female sexual function, including, in Brazil the prevalence, diagnosis and treatment. • Establish the risk of female sexual dysfunction in infertile couples. • Determine the prevalence of sexual dysfunction among infertile and fertile women and among women undergoing the techniques of low and high complexity. • Compare the dysfunctions in fertile and infertile women and in women subjected to low and high technical complexity. Methods: A literature review article, constructed from research on PubMed/Medline and SciELO databases between 1985 and 2012 was drafted. Then an original article where a study of the case-control was developed with 278 infertile participants met at the Laboratory of Huma n Reproduction, Hospital das Clínicas and fertile patients recruited at the Clinic of Gynecology in the same hospital, from March 2012 to September 2013. The case group consisted of 92 women with sexual dysfunction and a control group of 186 women without sexual dysfunction. The questionnaire Female Sexual Function Index (FSFI) Portuguese version, which assesses the domains desire, arousal, lubrication, orgasm, satisfaction and pain, was used. Data were collected through interviews after signing the WIC. Two controls per case were randomly selected. The odds ratio (OR) was calculated for chance of female sexual dysfunction in infertile couples (p ≤ 0.05). Results: In the literature, it is observed that female sexual dysfunction have a multifactorial etiology, prevalence ranged from 35.9 % to 49.0 % and is rarely studied in the Brazilian population. Infertile and fertile women have the same chance for sexual dysfunction (OR = 1.45, 95% CI 0.86 to 2.44, p = 0.20). The prevalence of sexual dysfunction in infertile women was 36.31 %, and the fertile women was 28.18 %. In women undergoing low technical complexity prevalence was 38.88 %, 34.37 % and high complexity. Desire and arousal were significantly lower in infertile women. No significant differences were observed in relation to sexual dysfunction in women subjected to the techniques of low and high complexity. Conclusions: The risk of infertile women experiencing sexual dysfunction is the same fertile women. There was no statistical difference regarding the prevalence in infertile women compared to fertile, and women undergoing fertilization of low complexity when compared to high complexity. The desire and arousal domains were the most affected in infertile women. No differences were observed in the areas in relation to the techniques of low and high complexity. / Introdução: A infertilidade, além de ser uma condição clínica que merece atenção médica e tratamento, é um acontecimento perturbador, com implicações em diversas dimensões da vida dos casais e indivíduos inférteis (pessoal, relacional, social e sexual). O impacto da infertilidade na sexualidade da mulher não está inteiramente claro. Os estudos que investigaram o tema apresentam resultados contraditórios e limitações metodológicas. Objetivos: • Revisar aspectos importantes sobre a função sexual feminina, incluindo, prevalência no Brasil, diagnóstico e tratamento. • Estabelecer o risco de disfunções sexuais femininas em casais inférteis. • Determinar a prevalência de disfunção sexual entre mulheres inférteis e férteis e entre mulheres submetidas às técnicas de baixa e alta complexidade. • Comparar as disfunções em mulheres férteis e inférteis e em mulheres submetidas às técnicas baixa e alta complexidade. Métodos: Foi redigido um artigo de revisão da literatura, construído a partir de pesquisa nas bases de dados PubMed/Medline e SciELO entre 1985 e 2012. Em seguida um artigo original onde um estudo do tipo caso-controle foi desenvolvido com 278 participantes inférteis atendidas no Laboratório de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas e pacientes férteis recrutadas no Ambulatório de Ginecologia do mesmo hospital, no período de março de 2012 a setembro de 2013. O grupo caso foi composto por 92 mulheres com disfunção sexual e o grupo controle por 186 mulheres sem disfunção sexual. Foi utilizado o questionário Female Sexual Function Index (FSFI) versão em português, que avalia os domínios desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor. Os dados foram colhidos por entrevista após assinatura do TCLE. Dois controles por caso foram selecionados aleatoriamente. Foi calculado o odds ratio (OR) para chance de disfunção sexual feminina em casais inférteis (p ≤0,05). Resultados: Na revisão da literatura, observa-se que as disfunções sexuais femininas apresentam etiologia multifatorial, a prevalência pode variar de 35,9% a 49,0% e é pouco estudada na população brasileira. Mulheres inférteis e férteis apresentam a mesma chance para disfunção sexual (OR= 1,45; IC 95% 0,86–2,44; p= 0,20). A prevalência de disfunção sexual em mulheres inférteis foi de 36,31%, e nas mulheres férteis foi de 28,18%. Em mulheres submetidas à técnica de baixa complexidade a prevalência foi de 38,88%, e alta complexidade 34,37%. Desejo e excitação foram significativamente inferiores em mulheres inférteis. Não foram observadas diferenças significativas em relação às disfunções sexuais em mulheres submetidas às técnicas de baixa e alta complexidade. Conclusões: O risco de mulheres inférteis apresentarem disfunção sexual é o mesmo de mulheres férteis. Não houve diferença estatística em relação à prevalência em mulheres inférteis quando comparadas às férteis, e em mulheres submetidas à fertilização de baixa complexidade quando comparadas a alta complexidade. Os domínios desejo e excitação foram os mais comprometidos em mulheres inférteis. Não foram observadas diferenças nos domínios em relação às técnicas de baixa e alta complexidade.
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Avaliação da auto-imagem corporal, função sexual e atratividade em mulheres com prolapso genital - um estudo transversal associado à validação do instrumento Body Image in The Pelvic Organ Prolapse (BIPOP) / Body image, sexual function and attractiveness among women with genital prolapse - a cross-sectional study with validation of the Body Image in The Pelvic Organ Prolapse questionnaire

Moroni, Rafael Mendes 17 September 2018 (has links)
Os prolapsos de órgãos pélvicos (POP) são distúrbios muito comuns entre as mulheres, determinando uma série de sintomas e prejuízos funcionais. Por envolverem o trato genital, frequentemente se infere que apresentam impacto sobre a função sexual, sobre a percepção ou auto-imagem corporal e sobre a sensação de atratividade das mulheres. Tal impacto, porém, ainda não é bem elucidado na literatura, e não há estudos fazendo tal avaliação em uma população de mulheres brasileiras. Sendo assim, objetivamos avaliar função sexual, atratividade e auto-imagem corporal em um grupo de mulheres brasileiras com prolapso genital, além de comparar a atratividade entre mulheres com e sem prolapso genital. Desenvolvemos um estudo transversal, incluindo um grupo de mulheres com prolapso, em que se aplicou um questionário de auto-imagem corporal (BIPOP), um de função sexual (FSFI) e um de atratividade (BAQ); e um grupo de mulheres sem prolapso, em que se aplicou um questionário de atratividade (BAQ). Foram utilizados testes t independentes para variáveis quantitativas de distribuição normal, e testes não paramétricos para distribuições não normais. Variáveis categóricas foram comparadas utilizando-se testes de Fisher. As correlações entre os constructos foram estudadas utilizando-se o coeficiente r de Pearson. Preditores independentes para escores de autoimagem e de função sexual, além de preditores para a existência de vida sexual ativa foram estudados através de modelos de regressão multivariada. As pacientes foram recrutadas em ambulatórios de uroginecologia e de ginecologia geral dos serviços da Universidade Estadual do Oeste do Paraná e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Para tal avaliação, optamos por utilizar um instrumento específico para estudo da auto-imagem corporal associada a prolapso genital, o Body Image in the Pelvic Organ Prolapse Questionnaire (BIPOP). Como tal instrumento não se encontrava validado para o português, realizamos a tradução, adaptação cultural e validação do instrumento ao longo da pesquisa. Foram incluídas 105 mulheres com prolapso genital - 52,3% com prolapso mais avançado, estadios 3 e 4, e 47,7% com prolapso menos avançado, predominantemente estadio 2 - além de 100 mulheres sem prolapso genital, que formaram um grupo controle para comparação do escore de atratividade. O escore BIPOP total médio, de um máximo de 5, foi igual a 3,09 (± 1,08), 3,05 (±1,00) e 3,13 (±1,15), respectivamente, para todas as mulheres com prolapso, para o subgrupo de mulheres com prolapso menos avançado (POP-Q 1 e 2) e mais avançado (POP-Q 3 e 4), não se observando diferença significativa entre os escores de acordo com o estadiamento do prolapso (p = 0,71). O único preditor independente do escore de auto-imagem corporal em um modelo de análise multivariada foi a função sexual, através do escore FSFI (? = -0,052; p = 0.02). Os escores totais da subescala de atratividade BAQ para as mulheres com prolapso e sem prolapso genital foram, de um máximo de 25, iguais a 17,01 (± 4,07) e 16,97 (± 4,60), respectivamente, não se observando diferença significativa no componente de atratividade da auto-imagem corporal geral entre essas mulheres (p = 0,93); mesmo ao se considerar somente as mulheres com prolapso avançado, não se observou diferença nos escores de atratividade em relação a mulheres sem prolapso. Observou-se a existência de correlação entre auto-imagem corporal genital e sensação de atratividade geral, mas a força da correlação foi fraca. Em relação à atividade sexual, somente ser mais velha foi um preditor independente de ser sexualmente inativa entre as mulheres com prolapso (OR = 0,9 para ser sexualmente ativa para cada ano adicional de idade; p = 0,001); em relação à função e satisfação sexual, melhor auto-imagem corporal e maior sensação de atratividade foram preditores independentes de melhor função sexual. Em relação à validação do instrumento BIPOP, a versão adaptada durante a pesquisa manteve boa consistência interna (? = 0,908), boa confiabilidade (ICC = 0,94) e manteve sua validade de constructo, com forte correlação da escala com a impressão clínica de auto-imagem genital (r = 0,81) e existência de correlação, ainda que fraca, com uma escala de sensação de atratividade geral (r = -0,2). Conclui-se que em uma coorte de mulheres brasileiras com prolapso, as características anatômicas do prolapso parecem não interferir com a sensação de autoimagem corporal genital e nem com a função sexual. A presença de prolapso também não foi preditiva da existência de atividade sexual. Por outro lado, observou-se que mulheres com pior auto-imagem corporal, independentemente do estadiamento de seus prolapsos, tinham pior função sexual. Deixamos, ainda, como resultado do estudo, um instrumento específico para avaliação de auto-imagem corporal genital validado para o português. Tal instrumento pode ser utilizado em pesquisas futuras, trazendo informações importantes acerca de como as mulheres realmente percebem o impacto do prolapso sobre seus corpos. / Pelvic organ prolapse is a very common disorder among women and is associated with various symptoms and functional impacts. Due to the involvement of the genital tract, it is frequently believed that they impair sexual function, body perception or body image and lead to a loss of the sense of attractiveness. Such effect, however, is still not clear in the literature, and there are no studies evaluating these concepts in a population of Brazilian women. Therefore, we sought to evaluate sexual function and body image in a group of Brazilian women with genital prolapse, and also to compare the sense of attractiveness between women with and without genital prolapse. We conducted a transversal study including a group of women with genital prolapse, in which we administered a genital bodyimage questionnaire (BIPOP), a sexual function questionnaire (FSFI), and an attractiveness questionnaire (BAQ); we also included a group of women without genital prolapse, in which we administered an attractiveness questionnaire (BAQ). Independent t tests were used for normally distributed quantitative variables, and non-parametric tests for non-normally distributed variables. Categorical variables were compared using Fisher\'s exact tests. Correlation between studied constructs were assessed using Pearson\'s r correlation coefficient. Independent predictors for body image and sexual function scores, and also for being sexually active, were studied through multivariate regression models. Patients were recruited in urogynecology and general gynecology outpatient clinics in Universidade Estadual do Oeste do Paraná and Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. For assessing body image, we elected to use a specific instrument for studying genital body-image, namely the Body Image in The Pelvic Organ Prolapse Questionnaire (BIPOP). Since this instrument was not validated to the Portuguese language, we performed its translation, cultural adaptation and validation along this research. We included 105 women with genital prolapse - 52,3% with advanced, stages 3 and 4, prolapse, and 47,7% with milder, predominantly stage 2 prolapse - and 100 women without genital prolapse, to form a control group, with which we compared attractiveness scores. The mean total BIPOP scores were 3,09 (± 1,08), 3,05 (±1,00) and 3,13 (±1,15), from a maximum of 5, for all women with prolapse, for the subgroups with less advanced prolapse (POP-Q 1 and 2), and with more advanced prolapse (POP-Q 3 and 4), respectively. There were no significant differences among scores according to prolapse staging (p = 0.71). The only independent predictor of body image score in a multivariate analysis model was sexual function, measured through the FSFI score (? = - 0,052; p = 0.02). The total scores for the BAQ attractiveness subscale among women with and without genital prolapse, were 17,01 (± 4,07) and 16,97 (± 4,60), from a maximum of 25, respectively, without any significant difference in the attractiveness component of bodyimage among these women (p = 0.93); when considering only women with advanced prolapse, we still did not observe a difference in attractiveness scores compared to women without prolapse. We observed a correlation between genital body image and general attractiveness, but the strength of the correlation was weak. Regarding sexual activity, only an older age predicted being sexually inactive among women with prolapse (OR = 0.9 for being sexually active for each additional year of age; p = 0.001); regarding sexual function and satisfaction, a better body image and a higher sense of attractiveness were independen predictors of a better sexual function. As for the Portuguese validation of the BIPOP instrument, the adapted version maintained good internal consistency (? = 0,908), good reliability (ICC = 0.94) and adequate construct validity, with a strong correlation between the BIPOP scale and clinical impression of body image (r = 0.81), and an existing, although weak, correlation with a general attractiveness scale (r = 0.2). We conclude that among a cohort of Brazilian women with prolapse, the anatomical features of the prolapse do not seem to interfere with the perception of genital body image nor with sexual function. The presence of genital prolapse was also not predictive of being sexually active or not. On the other hand, women with worse body image had worse sexual function, regardless of prolapse staging. As a result of the study, we also provide a Portuguese-validated instrument that specifically evaluates genital body image related to prolapse. Such instrument may be used in future research, bringing together important information regarding how women actually perceive the impact of genital prolapse over their bodies.
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Qualidade de vida e função sexual de mulheres com dor pélvica / Quality of life and sexual function of women with chronic pelvic pain

Luz, Rosa Azevedo da 26 July 2018 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-12-13T10:42:05Z No. of bitstreams: 2 Tese - Rosa Azevedo da Luz - 2018.pdf: 1830561 bytes, checksum: 8a560c6377396b6810e18029f452005b (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-12-13T11:41:37Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese - Rosa Azevedo da Luz - 2018.pdf: 1830561 bytes, checksum: 8a560c6377396b6810e18029f452005b (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-12-13T11:41:37Z (GMT). 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QoL was evaluated using the World Health Organization’s short-form WHOQOL-BREF questionnaire, and the Female Sexual Function Index was used to evaluate sexual function. Anxiety and depression were investigated using the Hospital Anxiety and Depression Scale. Student’s ttest, the chi-square test and the Mann-Whitney test were used to compare sociodemographic, clinical and behavioral characteristics between the groups. A generalized linear model was used to compare QoL and sexual function scores between the groups and to identify factors associated with QoL in the women with chronic pelvic pain. Multiple logistic regression analysis was used to identify factors associated with sexual dysfunction in women with chronic pelvic pain. Results: The mean age of the participants with chronic pelvic pain was 37.8 ± 8.0 years compared to 37.2 ± 9.6 years for those without this condition (p=0.648). Analysis adjusted for potential confounding factors showed that women with chronic pelvic pain had significantly lower QoL scores for the physical health (p<0.001) and social relationships (p=0.025) domains. Anxiety, depression, pain intensity, diabetes mellitus, arterial hypertension, sexual dysfunction, lower monthly income and marital status (not having a partner) were factors found to be negatively associated with QoL. Employment status (being employed/in paid work), parity (≥ 1) and menopausal status (postmenopausal) were positively associated with QoL. The prevalence of sexual dysfunction was 81% in the women with chronic pelvic pain and 58% in those without it (p=0.003). Women with chronic pelvic pain had significantly lower scores in the desire (p=0.038), arousal (p=0.002), lubrication (p=0.011), orgasm (p<0.002) and pain (p<0.001) domains. There were no statistically significant differences with respect to the satisfaction domain or the overall score. Depression was the only factor found to be positively and independently associated with sexual dysfunction in women with chronic pelvic pain (p=0.012). Conclusions: QoL was poorer in the group of women with chronic pelvic pain, with various factors being negatively associated with QoL in this group. Sexual dysfunction was also more common in the group with chronic pelvic pain, with these women scoring lower in most of the sexual function domains. Depression was positively associated with sexual dysfunction in the chronic pelvic pain group. These findings highlight the need to take into consideration the influence of various different factors that affect the QoL of women with chronic pelvic pain. Furthermore, these results suggest that women with chronic pelvic pain should be routinely screened for sexual dysfunction, taking into account the effect of psychological factors. / Objetivos: Comparar a qualidade de vida e a função sexual entre mulheres com e sem dor pélvica crônica e investigar os fatores associados à qualidade de vida e à disfunção sexual de mulheres com dor pélvica crônica. Métodos: Conduziu-se um estudo de corte transversal entre outubro de 2014 e fevereiro de 2016, no Ambulatório de Ginecologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil. Participaram do estudo 200 mulheres, sendo 100 com dor pélvica crônica e 100 sem dor pélvica crônica. Foram investigadas características sociodemográficas, clínicas e comportamentais. A intensidade da dor foi aferida aplicando-se a escala analógica visual. A qualidade de vida foi avaliada por meio do questionário da Organização Mundial de Saúde o WHOQOL-versão abreviada. Para avaliar a função sexual utilizou-se o Female Sexual Function Index. Ansiedade e depressão foram investigadas, utilizando-se a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. Para comparar as características sociodemográficas, clínicas e comportamentais entre os dois grupos foram utilizados os testes t de Student, Qui-quadrado e Mann-Whitney. Utilizou-se o modelo linear generalizado para comparar os escores de qualidade de vida e de função sexual entre os grupos e identificar os fatores associados à qualidade de vida de mulheres com dor pélvica crônica. Utilizou-se a análise de regressão logística múltipla para identificar os fatores associados à disfunção sexual de mulheres com dor pélvica crônica. Resultados: A média de idade das participantes com dor pélvica crônica foi de 37,8±8,0 anos e daquelas sem dor pélvica crônica de 37,2±9,6 anos (p=0,648). Após a análise ajustada por potenciais variáveis confundidoras, mulheres com dor pélvica crônica apresentaram escores significativamente menores de qualidade de vida nos domínios físico (p< 0,001) e relações sociais (p=0,025). Verificou-se que ansiedade, depressão, intensidade da dor, diabetes mellitus, hipertensão arterial, disfunção sexual, menor renda familiar mensal e estado marital (sem companheiro) associaram-se negativamente à qualidade de vida. A situação de trabalho (estar empregada/ter um trabalho remunerado), paridade (≥1) e estado menopausal (pósmenopausa) relacionaram-se positivamente à qualidade de vida. A prevalência de disfunção sexual foi de 81% em mulheres com dor pélvica crônica e de 58% em mulheres sem dor pélvica crônica (p=0,003). Mulheres com dor pélvica crônica apresentaram escores significativamente menores nos domínios desejo (p=0,038), excitação (p=0,002), lubrificação (p=0,011), orgasmo (p<0,002) e dor (p<0,001). Não houve diferença significativa no domínio satisfação e no escore total. Depressão foi o único fator associado positivamente e independentemente à disfunção sexual de mulheres com dor pélvica crônica (p=0,012). Conclusões: Mulheres com dor pélvica crônica apresentaram pior qualidade de vida do que aquelas sem dor pélvica crônica. Foram identificados vários fatores que se associaram negativamente à qualidade de vida de mulheres com dor pélvica crônica. A disfunção sexual foi mais comum em mulheres com dor pélvica crônica do que em mulheres sem dor pélvica crônica. Mulheres com dor pélvica crônica apresentaram menores escores na maioria dos domínios da função sexual. A depressão associou-se positivamente à disfunção sexual de mulheres com dor pélvica crônica. Estes achados demonstram a necessidade de considerar a influência de diversos fatores sobre a qualidade de vida de mulheres com dor pélvica crônica. Além disso, os achados indicam a necessidade de rastrear rotineiramente a disfunção sexual em mulheres com dor pélvica crônica, considerando a influência de fatores psicológicos.
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Efeitos do treinamento físico aeróbio sobre a função sexual em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: ensaio clínico controlado / Effects of aerobic exercise training on sexual function in women with polycystic ovary syndrome: a randomized clinical trial

Lopes, Irís Palma 05 February 2018 (has links)
Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma doença que acomete de 5 a 10% das mulheres. A SOP tem sido relacionada em alguns estudos à disfunção sexual, ao aumento da ansiedade e depressão e à redução da qualidade de vida. Essas alterações podem estar relacionadas às alterações fenotípicas da SOP como o aumento do peso e das circunferências de quadril e cintura resultantes do hiperandrogenismo. A alteração no estilo de vida, principalmente envolvendo a prática de exercícios físicos, tem sido relevante na melhora das condições de saúde. Até o momento, há poucos estudos avaliando os efeitos do treinamento físico aeróbio sobre a função sexual em mulheres com SOP. Objetivo: Avaliar o efeito do treinamento físico aeróbico na função sexual de mulheres com a Síndrome dos Ovários Policísticos. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico controlado com alocação aleatória e randomização estratificada pelo índice de massa corporal (IMC) em 3 grupos paralelos: grupo treinamento aeróbio contínuo (GAC), grupo treinamento aeróbio intermitente (GAI) e grupo controle sem treinamento (GC), sendo GAC com 23 voluntárias, o GAI com 22 voluntárias e o GC com 24 voluntárias. As avaliações ocorreram antes e após o período de 16 semanas de intervenção do treinamento físico aeróbio ou de observação no grupo controle. Foi realizada dosagem plasmática de testosterona, antes e após a intervenção. A função sexual, o risco de ansiedade e depressão e a qualidade de vida foram avaliados respectivamente, por meio dos questionários validados para o Português: Índice de Função Sexual Feminina (IFSF), Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HAD), e Questionário de Qualidade de Vida - SF-36. Resultados: Houve diferença significante na RCQ no grupo GAI (p = 0.047) e redução nos níveis de testosterona nos grupos GAC (p < 0.01) e GAI (p = 0.04). Na avaliação do IFSF no GC não houve qualquer alteração antes e após as 16 semanas. Contudo no GAC ocorreu aumento nos escores IFSF total (p = 0.048), satisfação (p = 0.049) e dor (p = 0.03). No GAI foram observados aumentos nos escores: IFSF total (p < 0.01), desejo (p < 0.01), excitação (p < 0.01), lubrificação (p < 0.01), orgasmo (p < 0.01) e satisfação (p = 0.02). Já na avaliação do questionário HAD observou- se diminuição tanto na ansiedade (p = 0.01) e (p < 0.01), quanto na depressão (p < 0.01) e (p = 0.02) nos grupos GAC e GAI respectivamente. Com relação ao SF-36 no GAC foram identificados aumento do escores: aspectos físicos (p = 0.01); estado geral de saúde (p = 0.02); vitalidade (p < 0.01); aspectos sociais (p < 0.01); aspectos emocionais (p = 0.03) e saúde mental (p < 0.01). No GAI houve elevação dos escores: capacidade funcional (p < 0.01); estado geral de saúde (p < 0.01); vitalidade (p < 0.01); aspectos sociais (p < 0.01); aspectos emocionais (p = 0.03) e saúde mental (p < 0.01). Conclusão: Ambos os protocolos de treinamento físico aeróbio foram eficazes na melhora da função sexual, ansiedade e depressão e qualidade de vida, observando maior efetividade no treinamento físico aeróbio intermitente. / Introduction: Polycystic Ovarian Syndrome (PCOS) is a disease that affects 5 to 10% of women. PCOS has been linked in some studies to sexual dysfunction, increased anxiety and depression, and reduced quality of life. These changes may be related to phenotypic changes in PCOS such as increased weight and hip and waist circumferences resulting from hyperandrogenism. The change in lifestyle, mainly involving the practice of physical exercises, has been relevant in improving health conditions. To date, there are few studies evaluating the effects of aerobic exercise training on sexual function in women with PCOS. Objective: To evaluate the effect of aerobic physical training on the sexual function of women with Polycystic Ovarian Syndrome. Methods: This is a controlled clinical trial with random allocation and randomization stratified by body mass index (BMI) in 3 parallel groups: continuous aerobic training group (GAC), intermittent aerobic training group (GAI) and control group without training (GC), GAC with 23 volunteers, GAI with 22 volunteers and GC with 24 volunteers. Evaluations occurred before and after the 16-week intervention period of aerobic or observational physical training in the control group. Testosterone plasma levels were measured before and after the intervention. Sexual function, risk of anxiety and depression, and quality of life were evaluated, respectively, using validated questionnaires for Portuguese: Female Sexual Function Index (IFSF), Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD), and Questionnaire Quality of Life - SF-36. Results: There was a significant difference in WHR in the GAI group (p = 0.047) and reduction in testosterone levels in the groups GAC (p <0.01) and GAI (p = 0.04). In the evaluation of IFSF in the CG there was no change before and after 16 weeks. However, in GAC, there was an increase in total IFSF (p = 0.048), satisfaction (p = 0.049) and pain (p = 0.03). GAI showed increases in scores: total IFSF (p <0.01), desire (p <0.01), excitation (p <0.01), lubrication (p <0.01), orgasm (p <0.01) and satisfaction (p = 0.02). In the evaluation of the HAD questionnaire, both anxiety (p = 0.01) and (p <0.01) and depression (p <0.01) and (p = 0.02) in the GAC and GAI groups respectively. Regarding the SF-36 in the GAC was identified increase of the scores: physical aspects (p = 0.01); general health status (p = 0.02); vitality (p <0.01); social aspects (p <0.01); emotional aspects (p = 0.03) and mental health (p <0.01). In GAI there was elevation of the scores: functional capacity (p <0.01); general health status (p <0.01); vitality (p <0.01); social aspects (p <0.01); emotional aspects (p = 0.03) and mental health (p <0.01). Conclusion: Both aerobic physical training protocols were effective in improving sexual function, anxiety and depression and quality of life, observing greater effectiveness in intermittent aerobic physical training.
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Efeitos do treinamento físico aeróbio sobre a função sexual em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: ensaio clínico controlado / Effects of aerobic exercise training on sexual function in women with polycystic ovary syndrome: a randomized clinical trial

Irís Palma Lopes 05 February 2018 (has links)
Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma doença que acomete de 5 a 10% das mulheres. A SOP tem sido relacionada em alguns estudos à disfunção sexual, ao aumento da ansiedade e depressão e à redução da qualidade de vida. Essas alterações podem estar relacionadas às alterações fenotípicas da SOP como o aumento do peso e das circunferências de quadril e cintura resultantes do hiperandrogenismo. A alteração no estilo de vida, principalmente envolvendo a prática de exercícios físicos, tem sido relevante na melhora das condições de saúde. Até o momento, há poucos estudos avaliando os efeitos do treinamento físico aeróbio sobre a função sexual em mulheres com SOP. Objetivo: Avaliar o efeito do treinamento físico aeróbico na função sexual de mulheres com a Síndrome dos Ovários Policísticos. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico controlado com alocação aleatória e randomização estratificada pelo índice de massa corporal (IMC) em 3 grupos paralelos: grupo treinamento aeróbio contínuo (GAC), grupo treinamento aeróbio intermitente (GAI) e grupo controle sem treinamento (GC), sendo GAC com 23 voluntárias, o GAI com 22 voluntárias e o GC com 24 voluntárias. As avaliações ocorreram antes e após o período de 16 semanas de intervenção do treinamento físico aeróbio ou de observação no grupo controle. Foi realizada dosagem plasmática de testosterona, antes e após a intervenção. A função sexual, o risco de ansiedade e depressão e a qualidade de vida foram avaliados respectivamente, por meio dos questionários validados para o Português: Índice de Função Sexual Feminina (IFSF), Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HAD), e Questionário de Qualidade de Vida - SF-36. Resultados: Houve diferença significante na RCQ no grupo GAI (p = 0.047) e redução nos níveis de testosterona nos grupos GAC (p < 0.01) e GAI (p = 0.04). Na avaliação do IFSF no GC não houve qualquer alteração antes e após as 16 semanas. Contudo no GAC ocorreu aumento nos escores IFSF total (p = 0.048), satisfação (p = 0.049) e dor (p = 0.03). No GAI foram observados aumentos nos escores: IFSF total (p < 0.01), desejo (p < 0.01), excitação (p < 0.01), lubrificação (p < 0.01), orgasmo (p < 0.01) e satisfação (p = 0.02). Já na avaliação do questionário HAD observou- se diminuição tanto na ansiedade (p = 0.01) e (p < 0.01), quanto na depressão (p < 0.01) e (p = 0.02) nos grupos GAC e GAI respectivamente. Com relação ao SF-36 no GAC foram identificados aumento do escores: aspectos físicos (p = 0.01); estado geral de saúde (p = 0.02); vitalidade (p < 0.01); aspectos sociais (p < 0.01); aspectos emocionais (p = 0.03) e saúde mental (p < 0.01). No GAI houve elevação dos escores: capacidade funcional (p < 0.01); estado geral de saúde (p < 0.01); vitalidade (p < 0.01); aspectos sociais (p < 0.01); aspectos emocionais (p = 0.03) e saúde mental (p < 0.01). Conclusão: Ambos os protocolos de treinamento físico aeróbio foram eficazes na melhora da função sexual, ansiedade e depressão e qualidade de vida, observando maior efetividade no treinamento físico aeróbio intermitente. / Introduction: Polycystic Ovarian Syndrome (PCOS) is a disease that affects 5 to 10% of women. PCOS has been linked in some studies to sexual dysfunction, increased anxiety and depression, and reduced quality of life. These changes may be related to phenotypic changes in PCOS such as increased weight and hip and waist circumferences resulting from hyperandrogenism. The change in lifestyle, mainly involving the practice of physical exercises, has been relevant in improving health conditions. To date, there are few studies evaluating the effects of aerobic exercise training on sexual function in women with PCOS. Objective: To evaluate the effect of aerobic physical training on the sexual function of women with Polycystic Ovarian Syndrome. Methods: This is a controlled clinical trial with random allocation and randomization stratified by body mass index (BMI) in 3 parallel groups: continuous aerobic training group (GAC), intermittent aerobic training group (GAI) and control group without training (GC), GAC with 23 volunteers, GAI with 22 volunteers and GC with 24 volunteers. Evaluations occurred before and after the 16-week intervention period of aerobic or observational physical training in the control group. Testosterone plasma levels were measured before and after the intervention. Sexual function, risk of anxiety and depression, and quality of life were evaluated, respectively, using validated questionnaires for Portuguese: Female Sexual Function Index (IFSF), Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD), and Questionnaire Quality of Life - SF-36. Results: There was a significant difference in WHR in the GAI group (p = 0.047) and reduction in testosterone levels in the groups GAC (p <0.01) and GAI (p = 0.04). In the evaluation of IFSF in the CG there was no change before and after 16 weeks. However, in GAC, there was an increase in total IFSF (p = 0.048), satisfaction (p = 0.049) and pain (p = 0.03). GAI showed increases in scores: total IFSF (p <0.01), desire (p <0.01), excitation (p <0.01), lubrication (p <0.01), orgasm (p <0.01) and satisfaction (p = 0.02). In the evaluation of the HAD questionnaire, both anxiety (p = 0.01) and (p <0.01) and depression (p <0.01) and (p = 0.02) in the GAC and GAI groups respectively. Regarding the SF-36 in the GAC was identified increase of the scores: physical aspects (p = 0.01); general health status (p = 0.02); vitality (p <0.01); social aspects (p <0.01); emotional aspects (p = 0.03) and mental health (p <0.01). In GAI there was elevation of the scores: functional capacity (p <0.01); general health status (p <0.01); vitality (p <0.01); social aspects (p <0.01); emotional aspects (p = 0.03) and mental health (p <0.01). Conclusion: Both aerobic physical training protocols were effective in improving sexual function, anxiety and depression and quality of life, observing greater effectiveness in intermittent aerobic physical training.

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