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Significado tectônico do Complexo Várzea do Capivarita, Cinturão Dom Feliciano, Encruzilhada do Sul – RSBom, Francisco Molina January 2014 (has links)
O Complexo Várzea do Capivarita, localizado no extremo norte do Batólito Pelotas, porção central do Cinturão Dom Feliciano, ocorre como megaxenólitos nos granitos da Suíte Encruzilhada do Sul e como fragmentos menores no Granito Quitéria e nos granitos da Suíte Cordilheira. É composto por gnaisses pelíticos e subordinadamente por gnaisses calci-silicáticos, mármores, gnaisses quartzo-feldspáticos e raros quartzitos. Os gnaisses pelíticos do complexo estão injetados por leucogranitos peraluminosos de geometria tabular de dimensões variadas. As unidades do CVC encontram-se intercaladas tectonicamente com os ortognaisses do Complexo Arroio dos Ratos. O bandamento dos gnaisses do CVC possui uma direção média de N30°W e 45° de mergulho para SW. A lineação mineral tem disposição suborizontal, cujo rake entre 15° a 30° (oblíquo) sugere a atuação de processos deformacionais associados a um regime transpressivo. Neste trabalho, definiram-se as condições metamórficas e as idades U-Pb SHRIMP dos eventos metamórfico e de cristalização de um granito anatético gerado pela migmatização dos gnaisses pelíticos do complexo. As paragêneses identificadas, como granada-silimanita-cordierita e hercinita-granada-silimanita-cordierita-quartzo, permitiram estimar temperaturas da ordem de 850 a 1000°C e pressões entre 6 e 10 kbar, caracterizando esse metamorfismo como da série de ultra-alta temperatura (UAT) e de pressão intermediária. A formação de hercinita através da reação granada+silimanita+cordierita aponta para um soerguimento associado a descompressão isotermal e caracteriza parte de uma trajetória horária, comum em cinturões colisionais. A idade metamórfica obtida em uma amostra de granada-silimanita-biotita gnaisse é de 620 ± 4 Ma, enquanto que a idade de cristalização do leucogranito é de 612 ± 5 Ma. A concordância estrutural entre a foliação metamórfica S2 do paragnaisse e a foliação magmática (S0) do leucogranito indica que ambas foram formadas no mesmo evento, implicando que a migmatização dos gnaisses pelíticos do complexo gerou os leucogranitos peraluminosos durante o ápice do metamorfismo orogênico colisional. / The Várzea do Capivarita Complex, located in the northern limit of the Pelotas Batholith, central portion of the Dom Feliciano Belt, occurs as megaxenoliths in the granites of the Encruzilhada do Sul Suite and as smaller slivers in the Quitéria Granite and in the granites of the Cordilheira Suite. It comprises pelitic gneisses and subordinate calc-silicate gneisses, marbles, quartz-feldspathic gneisses and rare quartzites. The pelitic gneisses of the complex are injected by peraluminous leucogranites of tabular geometry and variable dimension. The CVC units are tectonically interleaved with the gneisses of the Arroio dos Ratos Complex. The gneissic banding has a mean strike of N30°W and dip of 45° SW. Mineral lineation has subhorizontal disposal, whose rake of 15° to 30° (oblique) suggests the operation of deformational processes associated to a transpressive regime. In this work, the metamorphic conditions and the U-Pb SHRIMP ages of the metamorphic event and of the crystallization of an anatectic granite generated by migmatization of the pelitic gneisses of the complex were defined. The identified paragenesis, like garnet-sillimanite-cordierite and hercynite-garnet-sillimanite-cordierite-quartz, allowed the estimation of temperatures in the order of 850 a 1000°C and pressures between 6 and 10 kbar, characterizating this metamorphism as ultra-high temperature (UHT) and intermediate pressure series. The formation of hercynite through the reaction garnet+sillimanite+cordierite points to an uplift associated to isothermal decompression and characterizes part of a clockwise trajectory, common in collisional belts. The metamorphic age obtained in a sample of garnet-sillimanite-biotite gneiss is 620 ± 4 Ma, while the crystallization age of the leucogranite is of 612 ± 5 Ma. The structural concordance between the paragneiss S2 metamorphic foliation and the leucogranite magmatic foliation (S0) indicates that both were formed in the same event, implying that the migmatization of the pelitic gneisses of the complex generated the peraluminous leucogranites during the apex of the collisional orogenic metamorphism.
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Geologia isotópica e geocronologia do complexo metamórfico porongos e suíte metamórfica várzea do capivarita, Cinturão Dom Feliciano, Sul do Brasil: i implicações para a evolução do Gondwana em sua margem ocidentalGruber, Leonardo January 2016 (has links)
Proveniência por métodos isotópicos em duas unidades litodêmicas – o Complexo Metamórfico Porongos (CMP) no domínio central-oriental do Cinturão Dom Feliciano (CDF) e a Suíte Metamórfica Várzea do Capivarita (SMVC), localizada no domínio leste do CDF - apresentou áreas-fonte similares nos dois casos: Os metassedimentos do CMP, na região das Antiformes de Santana da Boa Vista e Serra dos Pedrosas, foram depositados entre 785 e 595 Ma (U-Pb em zircão detrítico por LA-ICP-MS). Apresentam registros de áreas-fonte com predominância de idades de ca. 2.2 – 2.0 Ga, mesmas idades do embasamento da região, o Complexo Encantadas. As assinaturas isotópicas de 207Pb/204Pb X 206Pb/204Pb mostraram pouca relação dos metassedimentos do CMP com áreas-fonte do cráton Rio de La Plata, e εNd variando entre -13 a -6.5, com valores menos negativos para amostras onde foram obtidos zircões com mesma idade do vulcanismo félsico do CMP. Outros registros incluem idades de 1.5-1.4 Ga, cujas assinaturas εHf indicam fontes juvenis, possivelmente relacionadas a um sistema de rifteamento registrado nos Anortositos Capivarita. Na Antiforme Capané, zircões datados em SHRIMP e LA-ICP-MS de rochas metavulcânicas intermediárias a félsicas indicaram idades de 663 ± 2.7 Ma, representando um vulcanismo mais jovem do que aquele encontrado anteriormente no CMP, vinculado à fusão parcial crustal. Novos dados U-Pb em zircão confirmam registro do metavulcanismo de 783.4 ± 3.9 Ma nos metassedimentos, comparáveis a idades obtidas nos Gnaisses Cerro Bori, interpretados como um arco continental de ca. 800 Ma. Zircões detríticos de rochas metassedimentares da SMVC apresentaram registros de ca. 2.2 – 2.0 Ga, além de idades de ca. 1.4 Ga e idade máxima de deposição de 714.3 ± 3.9 Ma, com pico metamórfico registrado em borda metamórfica de zircões com 618 ± 7.3 Ma εHf predominantemente negativas. Mármores apresentaram razões 87Sr/86Sr de 0.70609, o que permite deduzir uma idade de deposição mais antiga que 715 Ma, próximo dos valores encontrados em mármores na região de Arroio Grande. A comparação dos isótopos de Hf com rochas do Cinturão Damara nos crátons Kalahari e Congo, cuja amalgamento junto ao Rio de La Plata deu origem ao Gondwana Ocidental, mostram que existe pouca ou nenhuma relação com áreas-fonte dos metassedimentos do CMP e SMVC no Neoproterozóico. Estes dados levam a dedução de que acresção de terrenos ou microcontinentes com características de embasamento, nesse caso denominado aqui como Embasamento Encantadas, cuja evolução se dá com acresção de um arco continental de idades entre 780 e 660 Ma, é a origem de parte das áreas-fonte do CMP, e possivelmente foi um dos eventos tectônicos que controlaram evolução do terreno ao longo do CMP e SMVC. / Isotopic provenance realized in two lithodemic units – Porongos Metamorphic Complex (PMC), in the central-eastern domain of the Dom Feliciano Belt (DFB) and the Várzea do Capivarita Metamoprhic Suite (VCMS), in the eastern domain of the same belt – presented similar source-areas in both cases: The PMC metasediments, in Santana da Boa Vista and Serra dos Pedrosas Antiforms were deposited between 785 and 595 Ma (LA-ICP-MS detrital zircon U-Pb). Both PMC and VCMS displayed source-areas with ages varying from ca. 2.2 – 2.0 Ga, which is the same age presented in the regional basement, the Encantadas Complex. 207Pb/204Pb X 206Pb/204Pb isotopic signatures displayed little resemblance between CMP metasediments and possible source-areas in the Rio de La Plata Craton, and εNd varied between -13 to -6.5, with less negative values in samples were where obtained zircons with the same age of felsic volcanism in the PMC. Others records included ages from 1.5 to 1.4 Ga, with εHf signatures indicating juvenile sources, possibly related to a rifting system recorde in the Capivarita Anorthosite. In the Capané Antiform, SHRIMP and LA-ICP-MS U-Pb zircon ages from felsic to intermediary metavolcanic rocks displayed 663 ± 2.7 Ma, which is a younger record than the previously obtained in the PMC, and can be related to partial crustal fusion. Also new U-Pb detrital zircon ages confirm the record of the metavolcanics of 783.4 ± 3.9 Ma in the metasediments, comparable to the ages obtained in the Cerro Bori orthogneisses, interpreted as a continental arc of ca. 800 Ma. Metasedimentary rocks of VCMS displayed zircons with ca. 2.2-2.0 Ga, besides ages of ca. 1.4 Ga and maximum depositional age of 714.3 ± 3.9 Ma, with metamorpich peak recorded in metamorphic rims of 618 ± 7.3 Ma and negative εHf signatures. Marbles presented 87Sr/86Sr ratios of 0.70609, which can be deducted as an older than 715 Ma depositional age, near values obtained to Arroio Grande marbles. Comparison of Hf signatures with rocks from Damara Belt of Kalahari and Congo Cratons, whose assembly with Rio de La Plata to form West Gondwana in Neoproterozoic, displayed little to no relationship with the source-areas of PMC and VCMS metasediments I in the Neoproterozoic. This indicates that terrain or a microcontinent accretion with basement features, in this case the Encantadas Basement, whose evolution underwent accretion in a continental arc between 780 to 660 Ma, it’s the source to part of the PMC , and possible was one of the tectonic events that controlled terrain evolution in the PMC and VCMS.
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Petrografia, química mineral e geocronologia U-Pb LA-ICPMS de minerais acessórios da localidade de Príncipe, Bloco Natividade-Cavalcante, TocantinsLima, Erich Adam Moreira 05 September 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Curso de Pós-Graduação em Geologia, 2014. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2014-12-03T18:54:34Z
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2014_ErichAdamMoreiraLima.pdf: 8875895 bytes, checksum: d08cfb73e5afe397b2ccf012b8ca75ac (MD5) / A região estuda da está inserida na Província Tocantins, sudoeste do estado do Tocantins. Este trabalho diferencia dois importantes Domínios Paleoproterozóicos, separados pela Zonade Cisalhamento Cruz das Almas (ZC-CA): Cavalcante Arraias, a oeste; Almas Conceição do Tocantins, a leste. A porção ocidental é representada pela Sequência Metavulcano sedimentar Água Suja (SMAS), composta por xistos feldspáticos, muscovitaxistos, anfibólioxistos, metavulcânicas ácidas, formações ferríferas bandadas, gondito separa gnaisses. Aparte oriental é integrada pela Suíte Granodiorítica-Tonalítica Rio do Moleque (SRM), constituída por biotita tonalito segranodioritos, e pela Unidade Hidrotermalito, importante depósito de ouro orogênico derivado da SEM através de distintos processos hidrotermais. Para um melhor entendimento, realizou-se um detalhamento petrográfico, geocronológico e geoquímico através de minerais acessórios, como: titanita e allanita. Estas amostras foram analisadas através de Microscópio Eletrônico de Varredura, Microssonda Eletrônica e LA-ICPMS. Núcleos e bordas dos grãos de allanita da SRM e Unidade Hidrotermalito apresentam anomalias positivas de Eu, além de ampla variação composicional de FeO, Fe2O3, Al2O3, La2O3, Ce2O3, SiO2 e CaO. O que reflete recristalização para outros minerais e intensa metamictização. Além disso, as porções mais preservadas exibem enriquecimento em ETRL e empobrecimento em ETRP. As titanitas da SRM e Unidade Hidrotermalito, de origem magmática e hidrotermal, exibem anomaliaspositivas de Eu e boa correlação positiva entre (Al+Fe3+) e F, indicando incorporação de OH. As amostras analisadas, também apresentam ampla variação de SiO2, TiO2,CaO e Al2O3.As titanitas da SEM fornecem idade U-Pbde~2.34Ga, considerada como idade ígnea de cristalização,e de~1.65Ga, associadas a recristalização.As titanitas da SMAS, interpretada como de origem metamórfica, exibem resultados homogêneos de SiO2 e CaO, com variações sutis de TiO2, Al2O3 e Fe2O3. A maior parte dos grãos analisados é de composição aluminosa com alto componente Ca(Al, Fe3+)(OH, F)SiO, associada a condições metamórficas. Idade U-Pbde~2.15Ga, representa o pico do metamorfismo. Enquanto, que a idade~2.05Ga representa o rescritalização parcial dos grãos de titanita da SRM. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The study area is located in the Tocantins Province, southwest of the Tocantins State. This paper distinguishes two major Paleoproterozoic Domains, separated by Cruz das Almas Shear Zone (CB-CA): Natividade Cavalcante, west; Almas Conceição do Tocantins, east. The western portion is represented by the Água Suja Metavolcano-sedimentary Sequence (SMAS), composed of feldspathic schists, muscovite schists, amphibole schists, acid metavolcanics, banded iron formations, gondites and paragneisses. The eastern part is integrated by granodioritic-tonalitic Rio do Moleque Suite (SRM) consisting of tonalite and biotite granodiorites, and the Hidrotermalito Unit, major orogenic gold deposit derived from the SRM through distinct hydrothermal processes. For a better understanding, performed a review into petrographic, geochemical and geochronological details through accessory minerals, such as titanite and alllanite. These samples were analyzed by scanning electron microscopy, electron microprobe and LA-ICPMS. Alllanite Cores and rims of SRM and Hidrotermalito Unit show positive anomalies of Eu, besides a wide compositional variation of FeO, Fe2O3, Al2O3, La2O3, Ce2O3, SiO2 and CaO. What reflects recrystallization to other minerals and intense metamictization. Additionally, better preserved portions exhibiting LREE enrichment and depletion of HREE. The titanite of SRM and Hidrotermalito Unit, magmatic and hydrothermal origin, exhibit positive anomalies of Eu and good positive correlation between (Al+Fe3+) and F, indicating incorporation of OH. The samples also show wide variation of SiO2, TiO2, Al2O3 and CaO. The SRM titanite provides U-Pb ages of ~2.34 Ga, considered as the age of igneous crystallization, and ~1.65 Ga, associated to recrystallization. The SMAS titanite, interpreted as metamorphic origin, exhibit homogeneous results of SiO2 and CaO, with subtle variations in TiO2, Al2O3 and Fe2O3. Most SMAS titanite analyzed prove aluminous composition with high component Ca (Al,Fe3+)(OH,F)SiO4, associated to metamorphic growth conditions. U-Pb age of ~2.15 Ga, is the peak of metamorphism. While that age ~ 2.05 Ga represents the partial recrystallization of SRM titanite grains.
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Compartimentação geológica e geocronológica dos terrenos do embasamento norte da faixa BrasíliaCordeiro, Pedro Filipe de Oliveira 20 February 2014 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2014. / Submitted by Jaqueline Ferreira de Souza (jaquefs.braz@gmail.com) on 2014-12-09T11:36:15Z
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2014_PedroFilipedeOliveiraCordeiro_Parcial.pdf: 1312086 bytes, checksum: 4fbe8abc9063967fc847db3955169153 (MD5) / O Maciço de Goiás é composto por terrenos arqueano-paleoproterozoicos que representam o embasamento da Faixa Brasília. O maciço é dividido de sudoeste para nordeste nos domínios Crixás-Goiás, Campinorte, Cavalcante-Arraias e Almas-Conceição do Tocantins com base em critérios petrográficos, geológicos, tectônicos e geocronológicos. Esta tese é dividida de forma a explorar dois tópicos principais: a definição do Arco Paleoproterozoico Campinorte e uma revisão regional do contexto tectônico de formação do Maciço de Goiás. O Arco Campinorte é um arco de ilhas formado entre 2,19 e 2,07 Ga, pouco exposto, em contato com o Arco Magmático de Goiás pela Falha Rio dos Bois na Faixa Brasília Norte, Brasil Central. O arco é dividido em Suíte Pau de Mel, que inclui metatonalitos a metamonzogranitos, e rochas meta-vulcanossedimentares da Sequência Campinorte. Geoquímica de rocha total da Suíte Pau de Mel indica pelo menos três magmas parentais distintos compatíveis com assinaturas de arco vulcânico e que progridem a composições de termos monzograníticos mais evoluídos. Paragranulitos e granulitos máficos expostos na região também são parte do Arco Campinorte e foram gerados quando a bacia de back arc passou por tectonic switching e consequente afinamento litosférico de 2,14-2,09 Ga com pico de metamorfismo entre 2,11-2,08 Ga. Proximidade geográfica, idade máxima de sedimentação e a ocorrência de tipos de rocha similares, incluindo vulcanismo félsico, indicam que o Arco Campinorte e as faixas de greenstone belt de Crixás e Guarinos podem ter compartilhado a mesma fonte de sedimentos. A comumente citada hipótese de que os domínios Campinorte e Crixás-Goiás representaram blocos alóctones durante o Ciclo Neoproterozoico Brasiliano é questionada com base em novos dados geocronológicos apresentados nesta tese e na reinterpretação de dados publicados na literatura geológica. Primeiramente, estudos sísmicos e gravimétricos sugerem que o forte contraste entre os domínios Campinorte e Cavalcante-Arraias, marcado em superfície pelo Empurrão Rio Maranhão, podem ser explicados por evento de delaminação Neoproterozoico da crosta inferior, afetando tanto orógenos brasilianos quanto o terreno contra o qual eles foram acrescionados, o Domínio Campinorte. Em segundo lugar, rochas do Arco Campinorte afloram ao longo 7 do traço do Empurrão Rio Maranhão e nenhuma rocha neoproterozoica sin-collisional foi descrita ao longo deste importante limite geológico. Em terceiro lugar, granitos mesoproterozoicos da Suprovíncia Tocantins intrudiram ambos os lados do Empurrão Rio Maranhão e, portanto, indicam que os dois domínios estavam amalgamados antes do Mesoproterozoico. Eventos de rifte contemporâneos no Maciço de Goiás e no Cráton São Francisco por volta de 1,77 Ga e 1,58 Ga sugerem que maciço e cráton podem ter sido parte do mesmo paleocontinente. A ocorrência de orógenos formados entre 2,2-2,0 Ga com pico metamórifco entre 2,12-2,05 Ga tanto no Maciço de Goiás quanto no Cráton São Francisco podem indicar que não apenas eles eram parte do mesmo paleocontinente como também foram amalgamados no mesmo ciclo tectônico. Essa tese propõe que este evento de amalgamamento responsável pela formação do Paleocontinente São Francisco entre 2,2-2,0 Ga seja chamado Evento Franciscano. O paleocontinente eventualmente tornou-se parte da massa continental Atlântica como um bloco estável durante o amalgamamento do Supercontinente Columbia entre 1,9-1,8 Ga. / The Goiás Massif is composed of Archean-Paleoproterozoic terranes that represent the Brasília Belt basement. The massif is divided from southwest to northeast into the Crixás-Goiás, Campinorte, Cavalcante-Arraias and Almas-Conceição do Tocantins domains based on petrographical and geochronological criteria. This thesis is divided into exploring two main points; the definition of the Paleoproterozoic Campinorte Arc and the regional review of the Goiás Massif tectonic framework. The Campinorte Arc is a poorly exposed 2.19 to 2.07 Ga Paleoproterozoic island arc in contact with the Goiás Magmatic Arc by the Rio dos Bois Fault in the northern Brasília Belt, Central Brazil. The arc is divided into Pau de Mel Suite, which includes metatonalites to metamonzogranites, and the Campinorte Volcano-sedimentary Sequence. Pau de Mel Suite whole rock geochemistry indicates at least three separate coeval parental magmas compatible with volcanic arc signatures that trend from an intraplate setting toward more evolved monzogranitic composition. Paragranulites and mafic granulites exposed in the region are also part of the Campinorte Arc and were generated when the back arc basin underwent tectonic switching and consequent lithospheric thinning from 2.14 to 2.09 Ga with metamorphic peak from 2.11 to 2.08 Ga. Geographic proximity, coeval maximum sedimentation and the occurrence of similar rock types including felsic volcanism indicate that the Campinorte Arc and the neighbouring Crixás/Guarinos greenstone belts may have shared the same source of sediments. The commonly cited hypothesis that the Campinorte and Crixás-Goiás domains represented an allochthonous block during the Neoproterozoic Brasiliano Orogeny is questioned in this thesis based on new geochronology and reinterpretation of published data. First, seismic and gravimetric studies that suggest a sharp crustal thickness contrast between the Campinorte and Cavalcante-Arraias domains, and marked in surface by the Rio Maranhão Thrust, can be explained by a Neoproterozoic lower crust delamination affecting both Brasiliano orogens and the terrane they were accreted against, the Campinorte Domain. Second, Paleoproterozoic Campinorte Arc rocks crop out along the Rio Maranhão Thrust and no Neoproterozoic collisional rocks have been 9 reported along this important geological limit. Third, Tocantins Suprovince Mesoproterozoic granites intruded both sides of the Rio Maranhão Thrust and, therefore, indicate the two domains were amalgamated prior to the Mesoproterozoic. Coeval Goiás Massif and São Francisco Craton rifting events around 1.76 Ga and 1.58 Ga suggest they were actually part of the same paleoplate. The occurrence of 2.2 to 2.0 Ga orogens with metamorphic peak from 2.12 to 2.05 Ga in both the Goiás Massif and São Francisco Craton might suggest that not only they were part of the same plate but they also were assembled in the same tectonic cycle. This thesis proposes this amalgamation event to the responsible for the formation of the São Francisco Paleoplate itself from 2.2 to 2.0 Ga and henceforth named Franciscano Event. The plate eventually became part of the Atlantica Landmass as a stable block during the Columbia Supercontinent amalgamation from 1.9 to 1.8 Ga.
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A metodologia 238U-234U-230Th aplicada à conchas de Anomalocardia brasiliensis do sítio Cubatão I, em Joinville, Santa Catarina, SCAlencar, Lígia Falcão January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2012. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2013-04-22T14:33:35Z
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2012_LigiaFalcaoAlencar.pdf: 5435517 bytes, checksum: fd885021e28de613dcc9a9c562efc85e (MD5) / Descoberta em meados dos anos 40, a metodologia radiocarbônica se responsabilizou pela datação de materiais orgânicos. No entanto, esta metodologia carece de um grande volume de amostra se comparada com outros métodos, por exemplo, o de desequilíbrio radioativo da série do urânio (238U – 234U – 232Th) que utiliza da dependência-tempo da perturbação geoquímica entre isótopos “pai” e “filho” em água. Este método provou ser uma ótima ferramenta para datação de carbonatos autigênicos, sendo mais aplicados, especificamente, em espeleotemas. No entanto, trabalhos publicados tem sugerido a possibilidade da aplicação também em carbonatos bioinduzidos. Conchas, ossos e dentes frequentemente encontrados como materiais arqueológicos tem sido alvo deste tipo de datação. Esses materiais apresentam frequentemente partículas detríticas que resultam em um desafio à análise quanto à precisão e acurácia do dado. No entanto, mesmo com tais dificuldades, as conchas ainda são almejadas para este tipo de análise, logo que poupariam o uso de fósseis de maior valor em estudos arqueológicos, como os humanos. A aplicação do método 238U – 234U – 232Th em conchas bivalves da espécie Anomalocardia Brasiliensis é o foco principal desse trabalho. Os dados analíticos foram avaliados e aplicados no estudo de caso do sambaqui Cubatão I, situado em Joinville, Santa Catarina – SC. A metodologia consiste da preparação da amostra, abertura do sistema carbonático, separação cromatográfica dos elementos U e Th e posterior análise no espectrômetro de massa. Neste trabalho, se deu maior enfoque à etapa instrumental, logo que a parte laboratorial química já havia sido calibrada no laboratório onde as amostras foram trabalhadas. Os resultados demonstraram a alta incidência de abertura do sistema impossibilitando, nestes casos, a utilização deste método radiométrico. No entanto, cerca de 50% dos dados que forneceram desvios padrões com até 15% apresentaram congruência, sem alta resolução, com os demais estudos de atividade demográfica do sambaqui Cubatão. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Discovered in the mid-'40s, the radiocarbon dating methodology was responsible for the study of organic materials. However, this method needs a large sample volume compared with other methods, for example, the one based on the disequilibrium of the uranium radioactive series (238U – 234U – 232Th) using the geochemical time-dependent disturbance between “parent” and “child” isotopes in water. This method proved to be a great tool for dating of authigenic carbonates, and applied more specifically in speleothems. However, studies have suggested the possibility of applying it also in carbonates bioinduzed. Shells, bones and teeth often found as archaeological materials has been the target of this type of dating. These materials often have detrital particles that result in a challenge to the analysis on the precision and accuracy of the data. However, even with these difficulties, the shells are still sought for this kind of analysis, once it would save the use of the most important fossil in the archaeological purpose, the humans. The method 238U – 234U – 232Th in the shells of bivalve species, such as Anomalocardia brasiliensis is the main focus of this work. Analytical data were evaluated and applied in the case study of the sambaqui Cubatão I, located in Joinville, Santa Catarina - SC. The method consist in sample preparation, opening of the carbonate system, chromatographic separation of the components U and Th and subsequent analysis in the mass spectrometer. In this work, greater emphasis is given to the instrumental step, once the chemical conditions had been already calibrated in the laboratory where the samples were prepared. The results show the high incidence of open systems, making impossible the use of the radiometric method in such cases. However, about 50% of the data provided standard deviations less then 15% showed congruence, without high resolution, with the other demographic studies of activity in sambaqui Cubatão I.
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Cronologia e origem do magnetismo e metamorfismo na borda oriental da Puna Austral-NW da ArgentinaViramonte, José María January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2006. / Submitted by mariana castro (nanacastro0107@hotmail.com) on 2009-10-05T13:46:14Z
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Previous issue date: 2006 / A partir de novos estudos de campo, petrológicos, geoquímicos e dados
geocronológicos (U-Pb e Sm-Nd) de unidades ordovicianas do sudeste da Puna, Noroeste
Argentino, se reconheceram duas unidades litoestratigráficas: (i) uma seqüência vulcano sedimentar bimodal afetada por metamorfismo de baixo grau, composta de metasedimentos associados a rochas metavulcânicas félsicas e máficas com idades de 485 ± 5 Ma. e (ii) uma unidade plutônica integrada por sienogranitos a leucogranitos ricos em quartzo com idades UPb
em zircões e monazita de 462 ± 7 e 475 ± 3 Ma. As rochas metavulcânicas félsicas e
plutônicas são peraluminosas e apresentam “trends” de diferenciação geoquímica similares. Apresentam razões inicias de 87Sr/ 86Sr de 0.7089-07349, valores εNd (T) entre – 3.2 e – 7.5 e idades modelo TDM entre 1.54 Ga. e 1.78 Ga. sugerindo que os magmas originais poderiam derivar de uma crosta continental antiga (Meso Paleoproterozoica). As rochas máficas
apresentam padrões de ETR horizontalizados, razões inicias de 87Sr/ 86Sr de 0.7067 e valores de εNd (T) entre + 2.3 e +2.5 o que sugere mistura de uma fonte empobrecida e uma outra fonte enriquecida resultando em uma signatura T-MORB. Os dados apresentados nesse trabalho, combinados com os da literatura, sugerem que um processo de “underplating” de magmas máficos teve lugar na base da crosta continental, o que causou uma extensão no retroarco e uma anomalia térmica importante que gera a fusão parcial da crosta média desenvolvendo
magmatismo félsico e metamorfismo regional. Nossos dados sugerem que o evento
Ordoviciano recicla principalmente crosta preexistente com menor adição de material
mantélico jóvem.
___________________________________________________________________________________________________ Abstract / New field, petrological, geochemical and geochronological data (U-Pb and Sm-Nd) for
Ordovician rock units in the southeastern Puna, NW Argentina, allowed to recognize two
lithostratigraphic units in the eastern-northeastern border of salar Centenario: (i) a bimodal volcano-sedimentary sequence affected by low grade metamorphism, comprising metasediments associated with basic and felsic metavolcanic rocks, dated at 485 ± 5 Ma., and(ii) a plutonic unit composed of syenogranites to quartz-rich leucogranites with U-Pb zircon
ages between 462 ± 7 and 475 ± 5 Ma. Felsic metavolcanic and plutonic rocks are
peraluminous and show similar geochemical differentiation trends. They have initial 87Sr/ 86Sr ratios of 0.7089-07349, εNd (T) values ranging from – 3.2 to – 7.5 and TDM model ages between 1.54 Ga. and 1.78 Ga., which suggest a derivation of the original magmas from older (Meso-
Paleoproterozoic) continental crust. Mafic rocks show flattened REE patterns, initial 87Sr/ 86Sr ratios of 0.7067 and εNd (T) ranging from + 2.3 to + 2.5, which suggests a mixture between a depleted and enriched sources resulting in a T-MORB signature. The data presented here, combined with those in the literature, suggest that an underplating of mafic magmas took place at the base of the lower crust, which caused first ensialic extension in retroarc position, a
termic anomaly that triggered the partial melting of the middle crust with the generation of felsic magmas and regional metamorphism. Also, our data suggest that the Ordovician magmatism mainly recycles the pre-existing crust with minor addition of juvenile mantlederived material.
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Geologia e geocronologia da sequência Vulcano-sedimentar Campinorte e do Complexo Uruaçu, província TocantinsDella Giustina, Maria Emilia Schutesky 07 December 2007 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2007. / Submitted by wesley oliveira leite (leite.wesley@yahoo.com.br) on 2009-10-13T19:41:53Z
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Previous issue date: 2007 / A Seqüência Vulcano-sedimentar Campinorte e o Complexo Uruaçu inserem-se na porção mediana do Maciço de Goiás, entre o Arco Magmático Mara Rosa e os Complexos máfico-ultramáficos de Niquelândia e Barro Alto, em contexto geológico incerto que já recebeu diversas denominações e interpretações geotectônicas, porém que permanece indefinido geocronologicamente. Dessa forma, o objetivo desse estudo é a caracterização geológica e geocronológica da Seqüência Vulcano-sedimentar Campinorte e do Complexo Uruaçu. Para tal, utilizam-se informações de campo e petrografia, aliadas às análises geocronológicas e isotópicas. A Seqüência Vulcano-sedimentar Campinorte consiste de uma unidade supracrustal, composta por metapsamitos e metapelitos, depósitos químicos e rochas metavulcânicas ácidas, e de uma suíte intrusiva associada, de composição tonalítica, granodiorítica e granítica. Análise U-Pb em zircão realizada em quartzito micáceo da Seqüência Campinorte fixa a idade máxima deposicional da seqüência supracrustal em c.a. 2191 Ma, e revela a proveniência de uma fonte única, resultante da erosão do próprio arco paleoproterozóico. As rochas graníticas apresentam idades que variam de 2179 a 2158 Ma, e não há contribuição arqueana. Idades modelo Sm-Nd (TDM) dos litotipos supracrustais e intrusivos variam de 2686 a 2216 Ma, com valores de εNd dominantemente positivos, o que indica o caráter juvenil dessas rochas. Os dados apresentados demostram que a Sequência Campinorte assemelha-se à demais províncias paleoproterozóicas descritas na Faixa Brasília e no mundo e, dessa forma, este estudo constribui para a reconstrução do supercontinente Columbia. O Complexo Uruaçu compreende gnaisses para- e ortoderivados metamorfisados em fácies anfibolito a granulito. Análises U-Pb LA-ICPMS realizadas em zircão de ortognaisses revelam idades de cristalização magmática entre 690 e 650 Ma. Sobrecrescimentos em zircão e grãos de titanita resultam em idades entre 650 e 630 Ma, que datam o metamorfismo de alto grau. Idades modelo Sm-Nd (TDM) obtidas em ortognaisses variam de 1,5 a 1,1 Ga, com valores de εNd negativos, o que indica retrabalhamento ou refusão de crosta mais antiga. Assim, o Complexo Uruaçu caracteriza um evento magmático neoproterozóico contemporâneo ao metamorfismo de alto grau, ocorrido no interior do Maciço de Goiás em função da colisão dos Crátons Amazônico e São Francisco na orogênese Brasiliana. Adicionalmente, o contexto geológico e assinatura isotópica apresentadas são comparáveis às descritas para o Complexo Anápolis-Itauçu, na porção meridional da Faixa Brasília. Tal fato sugere que ambos os complexos possam representar um extenso cinturão granulítico desenvolvido atrás do Arco Magmático de Goiás. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Campinorte volcano-sedimentary sequence and the Uruaçu Complex are exposed in the center of the Goiás Massif, in between the Mara Rosa Magmatic Arc and the Niquelândia and Barro Alto mafic-ultramafic complexes. This uncertain geological framework has received several geotectonic elucidations, although it still remains undefined. Therefore, the objective of this study is to characterize the geological and geochronological context of the Campinorte Volcano-sedimentary Sequence and the Uruaçu Complex, by means of field notes, petrography and U-Pb and Sm-Nd analysis. The Campinorte Volcano-sedimentary Sequence is composed by a supracrustal unit, which consists of metapsamites and metapelites, chemical deposits and acid metavolcanics, and by a related intrusive suit with tonalitic, granodioritic and granitic plutons. U-Pb analysis realized in zircon grains from a micaceous quartzite from the Campinorte Sequence sets the maximum depositional age of 2191 Ma, and reveals the provenance from a single sedimentary source, with Paleoproterozoic age. The granitic rocks present ages ranging from 2179 to 2158 Ma, and there is no Archean contribution. TDM Sm-Nd model ages from supracrustal and intrusive lithotypes vary from 2682 to 2216 Ma, with mostly positive εNd values, which disclose the juvenile character of these rocks. The data presented here is similar to other Paleoproterozoic Provinces described in the Brasília Belt and in the world and, hence, this study contributes to the reconstruction of the Columbia supercontinent. The Uruaçu Complex comprises ortho- and paragneisses metamorphosed under amphibolite to granulite conditions. U-Pb LA-ICPMS performed on zircon from orthogneisses reveals magmatic ages between 690 to 650 Ma. Zircon overgrowths and titanite grains yield ages varying from 650 to 630 Ma, which dates the high-grade metamorphism. TDM Sm-Nd model ages obtained in orthogneisses range from 1.5 to 1.1 Ga, with εNd values between +2.9 a -4.6, indicating the crustal contaminated signature of these rocks. Therefore, the Uruaçu Complex characterizes a Neoproterozoic magmatic event and coeval high-grade metamorphism, which occurred within the Goiás Massif as a function of the collision of Amazon and São Francisco cratons in the Brasiliano orogenesis. Besides, the geological context and isotopic/geochronologic signature is analogous to that from the Anápolis-Itauçu Complex, exposed in the southern Brasília Belt. This may suggests a connection between both complexes, resulting in a wide granulitic belt developed behind the Goiás Magmatic Arc.
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Evolução paleogeográfica do Grupo Maricá, Neoproterozóico pré-600 Ma do Rio Grande do Sul / Not available.Ana Paula de Meireles Reis Pelosi 28 February 2005 (has links)
O Grupo Maricá corresponde à primeira unidade de cobertura do Rio Grande do Sul isenta de metamorfismo regional. Seus depósitos ocorrem por toda a borda ocidental de sua bacia -Bacia do Camaquã- estando no geral em contato por falha e, localmente, por discordância litológica com as unidades do Terreno Rio Vacacaí. De acordo com dados geocronológicos deste terreno pode-se inferir que a idade do Grupo Maricá é inferior a 620Ma-idade mínima do embasamento - e anterior a 600Ma - idade máxima de unidades posteriores. O objetivo da presente Tese de Doutoramento foi o estudo da evolução paleogeográfica desta sucessão basal da Bacia do Camaquã através do mapeamento 1:100.000 de todas suas áreas de ocorrência no Rio Grande do Sul, da descrição de suas assembléias litofaciológicas, da interpretação de seus sistemas e seqüências deposicionais, além do reconhecimento de suas áreas fontes através de análises de proveniência, paleocorrentes e estudos geocronológicos das principais áreas fontes. O mapeamento geológico do Grupo Maricá permitiu a separação de três unidades litoestratigráficas: (i) Formação Passo da Promessa, (ii) Formação São Rafael e (iii) Formação Arroio América. Estas formações foram reconhecidas em todas as áreas de ocorrência do Grupo Maricá e representam o desenvolvimento de duas seqüências deposicionais (Seqüência Maricá Inferior e Seqüência Maricá Superior), que possivelmente representam dois ciclos de elevação e rebaixamento do nível do relativo do mar. A Formação Passo da Promessa compreende depósitos de arenitos e arenitos conglomeráticos com estratificação cruzada acanalada, localmente contendo níveis de conglomerados, interpretados como formados por um sistema de planície fluvial de canais entrelaçados (Associação de Fácies Passo da Promessa). Estes depósitos fluviais apresentam um elevado grau de maturidade textural de sua carga clástica e paleocorrentes que apontam um transporte sedimentar predominantemente de S para N. As fácies encontradas na Formação São Rafael foram reunidas em três associações que representam distintos sub-ambientes de uma plataforma marinha. A Associação de Fácies Passo do Salsinho compreende depósitos de ritmitos arenosos tabulares, interpretados como formados por correntes de turbidez em ambientes de costa afora. A Associação de Fácies Lavras do Sul caracteriza-se por ritmitos arenosos e heterolíticos interpretados como formados em ambientes de face litorânea, devido à presença de diversas estruturas sugestivas da atuação de ondas normais e, até mesmo, de tempestade. A Associação de Fácies Três Estradas, que diferentemente das demais associações, ocorre de forma muito restrita, é composta por depósitos de ritmitos arenosos e pelíticos interpretados como formados em ambientes de águas rasas (antepraia), com alguns indícios de atuação de correntes de maré. A unidade de topo, Formação Arroio América, quase que essencialmente formada por arenitos, arenitos conglomeráticos e conglomerados, com exceção de dois níveis de ritmitos arenosos e pelíticos, é interpretada como formada por um sistema de planície fluvial de canais entrelaçados. As paleocorrentes apontam sentido de transporte para NE e NW. Seus fragmentos, assim como na unidade basal, também são caracterizados por apresentarem um elevado grau de maturidade textural. Os estudos de proveniência, paleocorrentes, petrográficos e geocronológicos dos fragmentos da fração calhau revelaram que as principais áreas fontes do Grupo Maricá eram compostas por álcalis feldspato granitos, tonalitos e milonitos graníticos com idades do Arqueano e Paleoproterozóico, além de uma contribuição pouco significativa de quartzo de veio, quartzitos e rochas vulcânicas ácidas e intermediárias. De acordo com estes dados, e com as paleocorrentes que vêm de sul, acredita-se que o Cráton Rio de La Plata e, possivelmente, o embasamento do Cinturão Dom Feliciano no Uruguai foram as entidades tectônicas que serviram de fonte para os depósitos aluviais desta unidade. As características litofaciológicas, o padrão de empilhamento dos sistemas deposicionais, a maturidade textural e a área fonte cratônica revelaram que a Bacia do Camaquã, durante o desenvolvimento do Grupo Maricá, era ampla e se desenvolveu em uma ambiente tectonicamente estável, sem evidência de atividade orogênica contemporânea. Estes elementos reafirmam a independência tectônica desta bacia frente às atividades tectônicas relacionadas à Orogenia Brasiliana na região. Conseqüentemente, permitem interpretara a Bacia do Camaquã durante a deposição do Grupo Maricá como uma bacia intracratônica. / The Maricá group contains the first unmetamorphosed sedimentary successions of Rio Grande do Sul state. These deposits are exposed in western margins of Camaquã basin, where a basal contact with Rio Vacacaí terrane is characterized by faults, in some areas by a lithological unconformity. According to geochronological data of basements units and intrusive plutonic and sub-volcanic bodies, the Maricá group was developed between 620 and 600Ma. The aim of this work is to propose a paleogeographical evolution of Maricá group. Five methods of paleogeographical reconstruction were done: (i) geological mapping (1:100.000 scale), (ii) description of lithofacies assemblies, (iii) interpretation of deposicional systems and sequences, (iv) provenance and paleocurrents analyses and (v) geochronological analyses of cobble and pebble to discover the ages of source areas. The Maricá group was divided in three lithostratigraphic units: (i) Passo da Promessa formation, (ii) São Rafael formation and (iii) Arroio América formation. These units were mapped in all exposed areas of Maricá group and were grouped into two sequences (Lower Maricá Sequence and Upper Maricá Sequence). The basal unit (Passo da Promessa formation) comprises sandstones and conglomeratic sandstones with trough cross-stratifications; massive conglomerates and conglomerates with cross-stratifications are in minor proportion. These deposits were interpreted as a large braided fluvial plain, characterized by high textural maturity. Paleocurrents show that the transport was towards the North during the evolution of this unit. Lithofacies of intermediate unit (São Rafael formation) were grouped into three facies associations that were developed in a marine epicontinental platform. Passo do Salsinho Facies Association consists of monotonous tabular sandstones and rhythmites formed by turbidite currents in a offshore environment. Lavras do Sul Facies Association is composed of rhythmites and sandstones with lenticular bedding, wavy bedding, hummocky cross-stratification and others structures that indicate deposition in shoreface environments. Três Estradas Facies Association is restrict, cropping out only in Passo do Salsinho and Três Estradas regions. This association comprises sandstones, siltstones and mudstones, which yours deposits are characterized by several structures (lenticular bedding, wavy bedding, herring-bone cross-stratifications etc.) showing deposition in foreshore environments. Arroio America formation includes sandstones and conglomeratic sandstones with trough cross-stratifications, in minor proportion conglomerates and rhythmites, which are grouped into Arroio América Facies Association. This facies association indicates deposition in a braided fluvial plain system. Paleocurrents show that the transport was towards the Northwest and Northeast during the evolution of this unit. These deposits are characterized by high textural maturity, which yours fragments are rounded, well rounded and well sorted. Paleocurrents and provenance analyses show that source areas of Maricá group were composed of granites rocks (alkalis feldspar granite and granite with garnet) and tonalities; quartzite, quartz vein and volcanic rocks are in minor proportion. According to geochronological analyses of cobble samples, these source areas were developed in Archean and Paleoproterozoic ages. The provenance and paleocurrents analyses suggest that Rio de La Plata Craton and some Archean and Paleoproterozoic basement units of Dom Feliciano Belt in Uruguay were the most important source area and the Rio Vacacaí terrane was the basement unit of the Camaquã basin during the Maricá group evolution. The facies associations, the depositional systems successions, the high textural maturity and the cratonic source areas shows that Maricá group was developed in a wide steady basin, probably in an intracratonic environment. There are no evidences of tectonics events during the Maricá group deposition. These elements prove that the Camaquã basin was not related to the Brasiliano Orogeny.
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Caracterization metamorfic of granulite rocks in Chorozinho-CE / CaracterizaÃÃo metamÃrfica das rochas granulÃticas de Chorozinho-CEWollker Cunha Soares 29 January 2016 (has links)
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / A evoluÃÃo metamÃrfica em terrenos granulÃticos tem sido alvo de intensa pesquisa nas Ãltimas dÃcadas visto que tais terrenos, em sua grande maioria, representam segmentos da crosta continental inferior e mÃdia. Assim, a regiÃo de Chorozinho (Nordeste do CearÃ), exibe uma sequÃncia de rochas granulÃticas, a qual, nÃo dispÃe de estudos envolvendo a determinaÃÃo de idades do metamorfismo da regiÃo, impedidno assim um melhor entendimento desta regiÃo tÃo importante para o contexto geolÃgico do estado do CearÃ. O objetivo do trabalho à encontrar a idade do protÃlito do enderbito, alÃm de determinar condiÃÃes de pressÃo e temperatura dos litotipos representativos das principais unidades aflorantes. A metodologia empregada no desenvolvimento deste trabalho obedeceu quatro etapas diferenciadas, levantamento bibliogrÃfico, etapa de campo, etapa laboratorial, onde as amostras passaram por estudo petrogrÃfico, geocronolÃgico (SHRIMP) e de quÃmica mineral por microssonda eletrÃnica e a etapa de gabinete. A regiÃo de Chorozinho possui trÃs litotipos: gnaisse enderbitico, silimanita-granada-gnaisse (diatexito) e biotita-gnaisse. Destas o primeiro à uma rocha ortoderivada, e apresenta os seguintes minerais identificados em lÃmina: PlagioclÃsio, K-feldspato, Quartzo, Clino e Orto piroxÃnio, Hornblenda, Biotita,  Granada,  Titanita,  ZircÃo,  apatita,  opacos e possuem textura granoblÃstica, enquanto os dois Ãltimos sÃo considerados paraderivados. Sillimanita granada â gnaisse (diatexito) apresentando K-feldspato, Quartzo, PlagioclÃsio, Sillimanita, Biotita,  Opacos  Granada,  apatita,  ZircÃo, e o biotita gnaisse com PlagioclÃsio, K-feldspato, Quartzo, Biotita,  ZircÃo  apatita,  opacos, este podendo ou nÃo ter granada, ambos possuem textura granolepidoblÃstica. A quÃmica mineral mostra que a composiÃÃo da granada à predominantemente almandina, ortopiroxÃnio sÃo enstatita e os clinopiroxÃnios augita e diopsÃdio, os plagioclÃsios demonstraram uma composiÃÃo oligoclÃsio-andesina (caracterÃstica de alto grau metamÃrfico) e os feldspatos alcalino possuem composiÃÃo sanidina. As biotitas revelaram uma tendÃncia a flogopita e eastonita ricas em FeO e TiO2. Com relaÃÃo ao metamorfismo da regiÃo, os softwares, TWEEQU e THERMOCALC, revelaram temperatura, em torno de 700 ÂC e 790 ÂC, e pressÃo entre 4 e 11,6 kbar, para o gnaisse enderbitico. Por fim, Os dados isotÃpicos de U-Pb, em zircÃes, objetivando a idade do protÃlito, forneceram dados esperados devido à proximidade com a idade jà existentes, em torno de 2.1 e 2.0 Ga. / The metamorphic evolution of granulite terrains are an intense research mark in the last few decades since, mostly, represent inferior and middle continental crust segments. Thereby, Chorozinhoâs region (CearÃâs northeast) exhibits an granulite rock sequence which doesnât have age determination and regional metamorphism studies, preventing a better understanding of an important region for the Cearà state geological contex. The main objective of this work is to find the protolith age and also determine pressure and temperature conditions for the major outcropping geological units representative lithotypes. The methodology applied in this work followed four differentiated stages, being bibliographical survey, field campaign, laboratorial stage, where the samples went through petrographic, geochronological (SHRIMP) and mineral chemistry (ICP-MS) analysis, and office stage. Chorozinhoâs region possess three lithotypes: enderbitc gneiss, sillimanite-garnet-gneiss (diatexite) and biotite-gneiss. The first is an orthoderived rock and presents these identified minerals in thin section: plagioclase, K-feldspar, quartz, clino and orthopyroxene, hornblend, biotite  garnet  sphene  zircon  apatite  opaque, in granoblastic texture, while the other two are paraderived. Sillimanite-garnet-gneiss (diatextite) have K-feldspar, quartz, plagioclase, sillimanite, biotite  opaque  garnet  apatite  zircon, as the biotite-gneiss have plagioclase, K-feldspar, quartz, biotite  zircon  apatite  opaque, may have or not garnet, and both retain granolepidoblastic texture. The mineral chemistry shows that the garnet composition is mainly almandine, orthopyroxene is enstatite, clinopyroxene are augite and diopside, plagioclase proved to have an oligoclase-andesine composition (high metamorphic grade feature) and alkaline feldspar with sanidine composition. Biotite shown a flogopite/eastonite, rich FeO and TiO2, tendency. Relative to the region metamorphic conditions, the softwares, TWEEQU and THERMOCALC, revealed temperature between 700ÂC-790ÂC and pressure among 4-11,6 kbar, for the enderbitc gneiss. And so, U-Pb isotopic data, in zircon, aiming to define the protolith age, provided the expected information because the proximity with others ages, around 2,1-2,0 Ga.
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Petrogênese da suíte alcalina da Ilha Monte de Trigo, SPGaston Eduardo Enrich Rojas 23 February 2006 (has links)
A Suíte Alcalina da llha Monte de Trigo localiza-se no litoral norte do Estado de São Paulo. Representa uma manifestação do tipo sienito-gabróide alcalina mu lti-intrusiva rasa (<1 kbar), do Cretáceo Superior (86,5 Ma), associada à Província Alcalina da Serra do Mar. Aloja-se em rochas granítico gnáissicas neoproterozóicas da Faixa Ribeira, contudo estas não aparecem in situ na ilha. Tal suite é comparável às ocorrências das ilhas de São Sebastião, Búzios e Vitória. O magmatismo inicial é representado por um corpo máfico/ultramáfico cumulático, onde predominam melateralitos, olivina melagabros com nefelina, olivina gabros, clinopiroxenitos e olivina clinopiroxenitos. As rochas são maciças, inequigranulares média a grossa e com grande variação modal, Compõem-se predominantemente de diopsídio a diopsídio subsilíssico com Fe\'POT.3+\' zonado, além de olivina (crisolita a hialosiderita), plagioclásio (bytownita a andesina), magnetita e apatita. Nefelina, kaersutita e biotita têm desenvolvimento intersticial. O caráter cumulático destas rochas é consistente com a natureza ultrabásica (mg# entre 73,4 e 44,7), os baixos conteúdos de Na e K, e as diferenças entre o mg# da rocha e da composição do líquido em equilíbrio com as olivinas, conforme a partição do Ni e do mg#. Associados a estas litologias ocorrem diques sin-plutônicos de microteralito e microessexito, e um pequeno corpo de nefelina monzossienito, representando possivelmente diferenciados magmáticos. São rochas básicas (mg# entre 61,6 e 11,6), mesocráticas, maciças a orientadas, média a fina. Diferem do corpo máfico/ultramáfico pela cristalização inicial de feldspato alcalino, anfibólio (kaersutita a pargasita) e nefelina. No corpo máfico/ultramáfico cumulático e seus diferenciados, as relações texturais, as variações petrográficas e geoquímicas, e os os modelos de balanço de massa indicam o fracionamento de diopsídio e, em menor proporção, de olivina como o principal mecanismo de evolução magmática. O magmatismo segue com a colocação de uma brecha magmática intrusiva, cortando o olivina gabro. O corpo tem forma aproximadamente circular, com diâmetro de 50 a 60 m, compondo aparentemente uma estrutura tipo pipe. Compõe-se de uma matriz afanítica rica em sulfetos e fragmentos arredondados (até 2m) do corpo máfico/ultramáfico e do embasamento granítico-gnáissico. A terceira manifestação magmática resultou na formação de um stock zonado de nefelina sienito e álcali feldspato sienito com nefelina, e de diques sin-plutônicos de nefelina microssienito. Essas rochas ocupam toda a faixa central e sul da ilha, representando a litologia dominante. As variedades nefelina sieníticas são maciças, foiaíticas e hipidiomórficas, de granulometria média a grossa e coloração cinza claro a bege. Predominam os tipos miaskíticos e hipersolvus. Compõem-se de feldspato alcalino mesopertítico, nefelina intersticial, anfibólio subedral zonado (ferropargasita - hastingsita - catoforita), piroxênio subedral zonado (diopsídio - hedenbergita - egirina) e biotita, além dos acessórios apatita, titanita e magnetita. Os dados mineralógicos e geoquímicos indicam uma evolução magmática a partir do álcali feldspato sienito com nefelina para o nefelina sienito e, por fim, os diques de nefelina microssienitos. Durante a cristalização e evolução ocorreram mudanças na \'alfa\'SiO\'IND.2\', fH\'IND.2\', e em menor grau na fO\'IND.2\' e fF, que se traduzem nas variações paragenéticas e texturais observadas. Destacam-se entre os diques de nefelina microssienitos uma variedade de afinidade agpaítica, representando os termos mais evoluídos da associação. A paragênese identificada inclui zirconolita, loparita-(Ce), pirocloro, britholita-(Ce), eudialita, hiortdahlita, wohlerita e lavenita, além de um possível mineral novo denominado \"trigoíta\". À manifestação magmática final pertence uma série de diques de lamprófiros (monchiquitos e camptonitos), tefritos, nefelinitos, fonotefritos, tefrifonólitos e fonólitos, cortando as demais litologias de forma rúptil. São rochas porfiríticas de matriz afanítica contendo principalmente olivina, piroxênio, espinélio, anfibólio, biotita, plagioclásio, feldspato alcalino, nefelina e analcima. Esta paragênese e a composição mineral variam aparentemente num contínuo. Os dados geoquímicos sugerem que estes diques derivaram de um magma parental comum, e assim representando a uma mesma série magmática. O curto intervalo deste magmatismo (<0,5Ma) e o caráter recorrente de magmas primitivos, como os que geraram o corpo máfico/ultramáfico e os diques lamprofíricos, apontam para uma fonte magmática comum para todas as rochas da suíte. Este magma parental parece ter uma composição basanítica similar à dos lamprófiros mais primitivos, gerado pela fusão parcial de <5% de uma paragênese mantélica contendo granada previamente metassomatisada, com limitada influência do CO\'IND.2\', sob condições de aproximadamente 1300°C e de 2 a 3GPa. As razões isotópicas de Sr e Nd e as razões entre elementos traços incompatíveis dos litotipos mais primitivos (lamprófiros), indicam uma fonte litosférica heterogênea, com assinatura do tipo EMI-HIMU. Esta assinatura é coerente com o restante das ocorrências da Província Alcalina da Serra do Mar. As idades modelos de Nd em relação ao manto empobrecido, de aproximadamente 650Ma, para as rochas da Ilha Monte de Trigo, sugerem um enriquecimento metassomático mantélico ligado aos eventos neoprotezóicos que registrados nas rochas encaixantes. Dentre os fatores que teriam contribuído para a fusão mantélica destaca-se: (1) a despressurização da região fonte no manto superior, relacionada à tectônica dos riftes quando da abertura do Atlântico Sul; (2) o aumento generalizado da temperatura no manto relacionado a anomalias termais regionais ou à presença de plumas mantélicas; e (3) a influência de fases voláteis (e.g. anfibólio, flogopita e carbonatos) abaixando a temperatura do solidus mantélico. / Monte de Trigo Island Alkaline Suite is located in the north coastal area of the State of Sao Paulo. It represents a Late Cretaceous (86,5Ma) shallow (< 1 kbar) multi-intrusive alkaline syen ite-gabbroid complex, associated with the Serra do Mar Alkaline Province. It is emplaced into Neoproterozoic graniticgneisses of the Ribeira Belt, which do not croop out in situ. This suite is similar to the alkaline suites that occur in the Sao Sebastiao, Buzios and Vitoria islands. The cumulate mafic-ultramafic rocks represent the beginning of the magmatism, comprising melatheralites, nepheline-bearing olivine melagabbros, olivine gabbros, clinopyroxenite and olivine clinopyroxenite. They are massive, medium- to coarse-grained inequigranular with plonounced modal variation. They are mainly composed of pyroxene (zoned diopside to subsilicic ferrian diopside), in addition to olivine (chrysolite to hialosiderite), plagioclase (bytownite to andesine), magnetite and apatite. Nepheline, kaersutite and biotite are interstitial phases. The cumulate character of these rocks is consistent with their ultrabasic nature (mg# 73.4 - 44.7), low Na and K contents, and with differences in composition of the rock and the liquid in equilibrium with olivine, according to the partition of Ni and mg#. Syn-plutonic microtheralite and microessexite dykes as well as a small nepheline monzosyenite body occur in association with the above mentioned lithologies, possibly representing differentiated magmatic rocks. They are basic (mg# 61.6-11.6), mesocratic, massive to foliated, medium- to coarse-grained rocks. They differ from the mafic/ultramafic body due to the early clystallization of alkali feldspar, amphibole (kaersutite to pargasite) and nepheline. In the cumulate mafic/ultramafic body and its differentiated rocks, textural relationships, petrographic and geochemical variations, as well as mass balance models, indicate fractional crystallization of diopside and, to a lesser extent, olivine as the main magmatic evolution mechanism. Magmatism follows with the formation of an intrusive magmatic breccia, which cuts the olivine gabbro. The breccia is apparently a nearly circular-shaped pipe with 50-60m in diameter. It is composed of a sulphide-rich aphanitic matrix with rounded fragments (up to 2m) of the mafic/ultramafic body and granitic-gneisses country rocks. The third magmatic manifestation led to the formation of a nepheline syenite and nepheline-bearing alkali feldspar syenite zoned stock and synplutonic nepheline microsyenite dykes. These rocks are the prevailing lithologies in the island, covering its central and southern portions. Nepheline syenitic varieties are massive, foyaitic to hypidiomorphic, medium- to coarse-grained, and light grey to beige colored. Miaskitic and hipersolvus types prevail. They are composed by mesoperthitic alkali feldspar-, interstitial nepheline, zoned subhedral amphibole (ferro-pargasite - hastingsite - katophorite), zoned subhedral pyroxene (diopside - hedenbergite - aegirine) and biotite, in addition to apatite, titanite and magnetite as accessory phases. Mineralogical and geochemical data suggest a magmatic evolution from nephelinebearing alkali feldspar syenite to nepheline syenite and finally to nepheline microsyenites dykes. Changes in \'alfa\'\'SiO IND.2\', fH\'IND.2\', and to a lesser extent in fO\'IND.2\' and fF occurred throughout the crystallization and magmatic evolution, and were responsible for the observed paragenetic and textural variations. Among the nepheline microsyenite dykes, an agpaitic variety occurs, representing the most evolved terms of this association. The identified paragenesis includes zirconolite, loparite-(Ce), pyrochlore, britholite-(Ce), eudialyte, hiortdahlite, wohlerite and lavenite, as well as a possibly new mineral named \"trigoite\". The last magmatic manifestation comprises lamprophyres (monchiquites and camptonites), tephrites, nephelinites, phonotephrites, tephriphonolites and phonolites, that cross cut the older lithologies. These rocks are porphyritic with aphanitic groundmass, mainly constituted by olivine, pyroxene, spinel, amphibole, biotite, plagioclase, alkali feldspar, nepheline and analcime. This paragenesis and the mineral composition apparently vary in a continuum, Geochemical data suggests that these dykes are derived from a commom parental magma, thus representing a single magmatic series. A common magmatic source for all the rocks of this suite is evidenced by the short magmatic interval (<0.5Ma) and the recurrent nature of primitive magmatic episodes, such as those that originated the mafic/ultramafic body and lamprophyric dykes. This parental magma seems to have had a basanitic composition similar to those of the most primitive lamprophyres, generated by the partial melting (<5%) of a previously metasomatized garnet-bearing mantle, with limited CO\'IND.2\' influence, under approximately 1300°C at 2 to 3GPa. A heterogeneous lithospheric source with EMI-HIMU signature is indicated by \'ANTPOT.87Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\', \'ANTPOT. 143 Nd\'/\'ANTPOT.144Nd\' and incompatible element ratios of most primitive lithologies (lamprophyres). This signature is consistent with other occurrences of the Serra do Mar Alkaline Province. Depleted mantle Nd model ages (\'TIND. DM), of nearly 65OMa, for Monte de Trigo lsland rocks suggest a mantle that was metasomatically enriched during the Neoproterozoic events recorded in the country rocks. Several factors might have contributed to the mantle partial melting, such as: (1) pressure release in the source region on the upper mantle, related to the rift tectonic evolution during the South Atlantic opening: (2) the general mantle temperature increase related to regional thermal anomalies or to the presences of mantle plumes; and (3) the influence of volatile phases (e.g. amphibole, phlogopite and carbonates) lowering the mantle solidus temperature.
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