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Por uma geografia feminista: as mulheres na conquista do território Guajuviras, Canoas/RSFalcão, Márcia Ivana da Silva January 2017 (has links)
O presente texto de dissertação é resultado e síntese do esforço de identificar e analisar as práticas sócio-espaciais das mulheres e o papel destas na conquista e constituição do território, através da pesquisa do processo de ocupação urbana do Guajuviras, em Canoas/RS. A partir de metodologias participativas de pesquisa, mulheres que vivenciaram a ocupação e permaneceram morando no Guajuviras narraram suas trajetórias e o processo de luta por moradia da ocupação, em 1987, até o reconhecimento da posse, em 1989. Tais narrativas são apresentadas densamente neste texto e são tomadas com caráter de fonte documental histórica que apresenta o espaço-tempo recortados, desde a perspectiva das mulheres que participaram do mesmo. As trajetórias comuns de migração, assim como eventos e fatos marcantes nas narrativas das mulheres, foram refletidos no sentido de identificar os contextos os quais tomam parte, em processos dialéticos que perpassam diferentes escalas de tempo e espaço. Assim, as trajetórias das mulheres e suas famílias em busca de trabalho na cidade metropolitana, nas décadas de 1960, 1970 e 1980, e a luta por moradia, através da ocupação Guajuviras, foram discutidos do ponto de vista do processo de urbanização brasileiro e latino-americano Por fim, atravessando e iluminando a analise geográfica com teorias feministas, sobretudo com a categoria de gênero, o estudo buscou identificar e visibilizar práticas produtoras do espaço e território marcadas pelos papeis sociais diferentemente atribuídos a mulheres e homens, nas esferas privada e pública, demonstrando que ambas são esferas com caráter político. Desse modo, pretende-se demonstrar que as práticas sócio-espaciais são marcadas por relações de gênero e são representadas segundo parâmetros de valoração desigual de acordo com critérios de gênero. Com isso, o estudo almeja participar na construção de uma Geografia Feminista, compromissada em visibilizar as relações sociais de classe, gênero e racialidade na produção do espaço. / Lo presente texto de disertación es el resultado y sínteses del esfuerzo de identificación y analisis de las prácticas sócio-espaciales de las mujeres y el rol de estas en la conquista y constituión del território, atraves de la investigación del proceso de la ocupación urbana del Guajuviras, en Canoas, RS. A partir de metodologias participativas de investigación, mujeres que vivenciaran la ocupación y permanecieran viviendo en lo Guajuviras narraram sus trayectorias y el proceso de luchas por la vivienda en la ocupación, en 1987, hasta el reconocimiento de la posesión, en 1989. Tales narrativas son presentadas en el texto y son tomadas con carater de fuente documental histórica que presenta el espacio-tiempo recortados, desde la perspectiva de las mujeres que participaran del miesmo. Las trayectorias comunes de migración, así como acontecimientos y hechos marcantes en las narrativas de las mujeres, fueron reflejados en lo sentido de identificar los contextos los quales son parte, en procesos dialécticos que atraviesan distintas escalas de tempo y espacio. Así, las trajectorias de las mujeres y sus familias en busca de trabajo en la ciudad metropolitana, en las décadas de 1960, 1970 y 1980, y la lucha por la vivienda, atraves de la ocupación Guajuviras, fueron discutidos desde lo puento de mirada de los procesos de urbanización brasilenõ y latinoamericano. Entonces, atraviesando y iluminando la análisis geografica con las teorias feministas, sobretudo con la categoria de genero, el estudio busca identificar y visibilizar las practicas productoras del espacio y território marcadas por los papeles sociales distintamiente atribuídos a hombres y mujeres, en las esferas privada y publica, demostrando, con esto, que ambas són esferas politicas. De este modo, demostrar que las practicas sócio-espaciales son marcadas por las relaciones de genero y son representadas según parámetros de valoración desigual de acuerdo con criterios de genero. Con esto, el estudio, desea tomar parte en la construcción del pensamiento en Geografia Feminista, comprometida en visibilizar las relaciones sociales de classe, genero y racialidad en la producción del espacio.
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Por uma geografia feminista: as mulheres na conquista do território Guajuviras, Canoas/RSFalcão, Márcia Ivana da Silva January 2017 (has links)
O presente texto de dissertação é resultado e síntese do esforço de identificar e analisar as práticas sócio-espaciais das mulheres e o papel destas na conquista e constituição do território, através da pesquisa do processo de ocupação urbana do Guajuviras, em Canoas/RS. A partir de metodologias participativas de pesquisa, mulheres que vivenciaram a ocupação e permaneceram morando no Guajuviras narraram suas trajetórias e o processo de luta por moradia da ocupação, em 1987, até o reconhecimento da posse, em 1989. Tais narrativas são apresentadas densamente neste texto e são tomadas com caráter de fonte documental histórica que apresenta o espaço-tempo recortados, desde a perspectiva das mulheres que participaram do mesmo. As trajetórias comuns de migração, assim como eventos e fatos marcantes nas narrativas das mulheres, foram refletidos no sentido de identificar os contextos os quais tomam parte, em processos dialéticos que perpassam diferentes escalas de tempo e espaço. Assim, as trajetórias das mulheres e suas famílias em busca de trabalho na cidade metropolitana, nas décadas de 1960, 1970 e 1980, e a luta por moradia, através da ocupação Guajuviras, foram discutidos do ponto de vista do processo de urbanização brasileiro e latino-americano Por fim, atravessando e iluminando a analise geográfica com teorias feministas, sobretudo com a categoria de gênero, o estudo buscou identificar e visibilizar práticas produtoras do espaço e território marcadas pelos papeis sociais diferentemente atribuídos a mulheres e homens, nas esferas privada e pública, demonstrando que ambas são esferas com caráter político. Desse modo, pretende-se demonstrar que as práticas sócio-espaciais são marcadas por relações de gênero e são representadas segundo parâmetros de valoração desigual de acordo com critérios de gênero. Com isso, o estudo almeja participar na construção de uma Geografia Feminista, compromissada em visibilizar as relações sociais de classe, gênero e racialidade na produção do espaço. / Lo presente texto de disertación es el resultado y sínteses del esfuerzo de identificación y analisis de las prácticas sócio-espaciales de las mujeres y el rol de estas en la conquista y constituión del território, atraves de la investigación del proceso de la ocupación urbana del Guajuviras, en Canoas, RS. A partir de metodologias participativas de investigación, mujeres que vivenciaran la ocupación y permanecieran viviendo en lo Guajuviras narraram sus trayectorias y el proceso de luchas por la vivienda en la ocupación, en 1987, hasta el reconocimiento de la posesión, en 1989. Tales narrativas son presentadas en el texto y son tomadas con carater de fuente documental histórica que presenta el espacio-tiempo recortados, desde la perspectiva de las mujeres que participaran del miesmo. Las trayectorias comunes de migración, así como acontecimientos y hechos marcantes en las narrativas de las mujeres, fueron reflejados en lo sentido de identificar los contextos los quales son parte, en procesos dialécticos que atraviesan distintas escalas de tempo y espacio. Así, las trajectorias de las mujeres y sus familias en busca de trabajo en la ciudad metropolitana, en las décadas de 1960, 1970 y 1980, y la lucha por la vivienda, atraves de la ocupación Guajuviras, fueron discutidos desde lo puento de mirada de los procesos de urbanización brasilenõ y latinoamericano. Entonces, atraviesando y iluminando la análisis geografica con las teorias feministas, sobretudo con la categoria de genero, el estudio busca identificar y visibilizar las practicas productoras del espacio y território marcadas por los papeles sociales distintamiente atribuídos a hombres y mujeres, en las esferas privada y publica, demostrando, con esto, que ambas són esferas politicas. De este modo, demostrar que las practicas sócio-espaciales son marcadas por las relaciones de genero y son representadas según parámetros de valoración desigual de acuerdo con criterios de genero. Con esto, el estudio, desea tomar parte en la construcción del pensamiento en Geografia Feminista, comprometida en visibilizar las relaciones sociales de classe, genero y racialidad en la producción del espacio.
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Por uma geografia feminista: as mulheres na conquista do território Guajuviras, Canoas/RSFalcão, Márcia Ivana da Silva January 2017 (has links)
O presente texto de dissertação é resultado e síntese do esforço de identificar e analisar as práticas sócio-espaciais das mulheres e o papel destas na conquista e constituição do território, através da pesquisa do processo de ocupação urbana do Guajuviras, em Canoas/RS. A partir de metodologias participativas de pesquisa, mulheres que vivenciaram a ocupação e permaneceram morando no Guajuviras narraram suas trajetórias e o processo de luta por moradia da ocupação, em 1987, até o reconhecimento da posse, em 1989. Tais narrativas são apresentadas densamente neste texto e são tomadas com caráter de fonte documental histórica que apresenta o espaço-tempo recortados, desde a perspectiva das mulheres que participaram do mesmo. As trajetórias comuns de migração, assim como eventos e fatos marcantes nas narrativas das mulheres, foram refletidos no sentido de identificar os contextos os quais tomam parte, em processos dialéticos que perpassam diferentes escalas de tempo e espaço. Assim, as trajetórias das mulheres e suas famílias em busca de trabalho na cidade metropolitana, nas décadas de 1960, 1970 e 1980, e a luta por moradia, através da ocupação Guajuviras, foram discutidos do ponto de vista do processo de urbanização brasileiro e latino-americano Por fim, atravessando e iluminando a analise geográfica com teorias feministas, sobretudo com a categoria de gênero, o estudo buscou identificar e visibilizar práticas produtoras do espaço e território marcadas pelos papeis sociais diferentemente atribuídos a mulheres e homens, nas esferas privada e pública, demonstrando que ambas são esferas com caráter político. Desse modo, pretende-se demonstrar que as práticas sócio-espaciais são marcadas por relações de gênero e são representadas segundo parâmetros de valoração desigual de acordo com critérios de gênero. Com isso, o estudo almeja participar na construção de uma Geografia Feminista, compromissada em visibilizar as relações sociais de classe, gênero e racialidade na produção do espaço. / Lo presente texto de disertación es el resultado y sínteses del esfuerzo de identificación y analisis de las prácticas sócio-espaciales de las mujeres y el rol de estas en la conquista y constituión del território, atraves de la investigación del proceso de la ocupación urbana del Guajuviras, en Canoas, RS. A partir de metodologias participativas de investigación, mujeres que vivenciaran la ocupación y permanecieran viviendo en lo Guajuviras narraram sus trayectorias y el proceso de luchas por la vivienda en la ocupación, en 1987, hasta el reconocimiento de la posesión, en 1989. Tales narrativas son presentadas en el texto y son tomadas con carater de fuente documental histórica que presenta el espacio-tiempo recortados, desde la perspectiva de las mujeres que participaran del miesmo. Las trayectorias comunes de migración, así como acontecimientos y hechos marcantes en las narrativas de las mujeres, fueron reflejados en lo sentido de identificar los contextos los quales son parte, en procesos dialécticos que atraviesan distintas escalas de tempo y espacio. Así, las trajectorias de las mujeres y sus familias en busca de trabajo en la ciudad metropolitana, en las décadas de 1960, 1970 y 1980, y la lucha por la vivienda, atraves de la ocupación Guajuviras, fueron discutidos desde lo puento de mirada de los procesos de urbanización brasilenõ y latinoamericano. Entonces, atraviesando y iluminando la análisis geografica con las teorias feministas, sobretudo con la categoria de genero, el estudio busca identificar y visibilizar las practicas productoras del espacio y território marcadas por los papeles sociales distintamiente atribuídos a hombres y mujeres, en las esferas privada y publica, demostrando, con esto, que ambas són esferas politicas. De este modo, demostrar que las practicas sócio-espaciales son marcadas por las relaciones de genero y son representadas según parámetros de valoración desigual de acuerdo con criterios de genero. Con esto, el estudio, desea tomar parte en la construcción del pensamiento en Geografia Feminista, comprometida en visibilizar las relaciones sociales de classe, genero y racialidad en la producción del espacio.
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“GÊNERO, PODER E PRODUÇÃO CIENTÍFICA GEOGRÁFICA NO BRASIL DE 1974 A 2013”Cesar, Tamires Regina Aguiar de Oliveira 12 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-12 / This research aims to understand the gender relations as an element of the geographic scientific production in Brazil. The path of understading this phenomenon was drawn by a gathering of 90 online scientific journals undercontrol by geographic entities and available to be accessed with the classification of Qualis System – CAPES between the layers A1, A2, B1, B2, B3, B4 and B5, based on the three-year period 2013 – 2015. The collected papers found in these journals presented an universe of 13.990 papers. For comprehension of the current configuration of the postgraduate studies in Brazil, it was made a data collection on the 55 universities with postgraduate studies programs in Geography, which allowed the composition analysis of the teaching and student staff from theses programs, reflecting on the publication of papers. In the same way, it was realized a search in editorial boards of 90 online journals released for access. The dada presented show that the scientific field of the brazilian geographic science is marked by these structural elements that are inserted in daily practices of the legal and institutional systems, keeping a productivity hierarchy of the scientific knowledge. Even if the brazilian geographic science presents a relevant female participation when compared to the male, the women have a less significant participation. It is evident that the gender and sexuality thematics, even inhibited by hegemonic geographic patterns, still has researchers that dare and challenge the fixed borders in scientific field. / Esta pesquisa tem por objetivo compreender as relações de gênero como elemento da produção científica geográfica no Brasil. A trajetória de inteligibilidade do fenômeno foi traçada em torno de 90 periódicos on line científicos mantidos por entidades geográficas e disponíveis para acesso com classificação no Sistema Qualis – CAPES entre os estratos A1, A2, B1, B2, B3, B4 e B5, com base no triênio 2013 - 2015. A coleta dos artigos encontrados nesses periódicos apresentou um universo de 13.990 artigos. Para entender a atual configuração da pós-graduação no Brasil, foi realizado um levantamento nas 55 universidades com programas de pós-graduação em geografia, o que possibilitou a análise da composição do corpo docente e discente destes programas, que refletem nas publicações dos artigos científicos. Da mesma forma, foi efetivado um levantando nos corpos editoriais dos 90 periódicos on line liberados para acesso. Os dados apresentados comprovam que o campo científico da ciência geográfica brasileira é marcado por seus elementos estruturais que estão inseridos nas práticas cotidianas dos sistemas legais e institucionais, mantendo uma hierarquização da produtividade do conhecimento intelectual. Assim, ainda que o campo científico geográfico brasileiro, apresente uma significativa participação feminina, quando comparada à masculina as mulheres tem uma participação menos significativa. Comprova-se que a temática de gênero e sexualidades mesmo inibida pelos padrões geográficos hegemônicos ainda conta com pesquisadores (as) que ousam e desafiam as fronteiras fixadas no campo científico.
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A prática de aborto voluntário e as múltiplas escalas de poder e resistência: entre o corpo feminino e o território nacionalMoraes, Meriene Santos de January 2016 (has links)
Essa pesquisa trata das múltiplas relações de poder entre corpo e espaço, em diferentes escalas, envolvidas na prática de interrupção voluntária da gravidez. A criminalização do aborto provocado não impede que milhares de procedimentos clandestinos sejam realizados anualmente no Brasil. A ilegalidade contribui para a insegurança da prática, constituindo um problema de saúde pública porque coloca em risco a vida das mulheres. Contra essa situação, movimentos feministas vêm lutando pelo aborto legal e seguro em nome da saúde, dos direitos sexuais e (não) reprodutivos e da autonomia corporal das mulheres. Nesse contexto, o estudo buscou compreender como as práticas de aborto provocado envolvem múltiplas escalas territoriais de poder e resistência, procurando responder três questões centrais: No que consiste a prática de aborto provocado? Como as relações entre corpo e espaço podem ser evidenciadas a partir de uma perspectiva escalar dessa prática? E, nesse sentido, como o corpo pode constituir uma escala de resistência? Para dar conta da proposta, o referencial teórico-metodológico apoiou-se, sobretudo, nas correntes feministas da Geografia que entendem que o espaço não é neutro do ponto de vista das relações hierárquicas de gênero e em abordagens territoriais multiescalares. ( Continua) As estratégias de investigação incluíram coleta de dados realizada por meio de uma ampla pesquisa bibliográfica e documental, além de nove entrevistas semi-estruturadas, com mulheres brasileiras, entre 24 e 38 anos de idade, que tiveram pelo menos uma experiência de aborto clandestino. O tratamento dos dados consistiu na transcrição das entrevistas, categorização e análise de conteúdo. O estudo mostrou que a prática de aborto provocado consiste em um tema complexo, que envolve aspectos jurídicos, médicos, religiosos, econômicos e emocionais. Além disso, com a restrição do aborto seguro, feito em ambiente hospitalar, a apenas três situações previstas em lei (estupro, risco de vida para a mulher e anencefalia do feto), as mulheres acabam recorrendo às clínicas clandestinas ou ainda ao aborto caseiro, provocado com medicamentos adquiridos no mercado ilegal. Assim, as práticas clandestinas e as lutas pela descriminalização do aborto analisadas ao longo do estudo são exemplos de resistência e subversão às normas estabelecidas, reforçando a afirmação de que o corpo pode constituir espaços de resistência. / This research deals with the multiple relations of power between body and space, at different scales, involving the practice of voluntary termination of pregnancy. The criminalization of induced abortion does not prevent thousands of clandestine procedures from being performed annually in Brazil. Illegality contributes to insecurity in the practice and constitutes a public health problem. Against this situation, feminist movements have been fighting for legal and safe abortion in the name of the health, the sexual and (non) reproductive rights and the women's bodily autonomy. In this context, the study looked at how abortion practices involve multiple territorial scales of power and resistance, trying to answer three main questions: What is the practice of induced abortion? How can the relations between body and space be evidenced from a scalar perspective of this practice? And, in that sense, how can the body constitute a scale of resistance? In order to achieve this proposition, the theoretical-methodological reference was based, above all, on the feminist currents of Geography, which understand that space is not neutral from the point of view of hierarchical gender relations, and in multi scalar territorial approaches Research strategies included data collection carried out through an extensive bibliographical and documentary research, in addition to semi-structured interviews with nine Brazilian women, between 24 and 38 years of age, who has, at least, one experience of clandestine abortion. Data processing consisted in transcription of the interviews, categorization and content analysis. The study showed that the practice of induced abortion consists of a complex matter that involves legal, medical, religious, economic and emotional aspects. In addition, with the safe abortion (made in a hospital environment) legal restrictions to only three situations (rape, risks to the woman’s life and anencephaly), women resort to clandestine clinics and/or to drugs purchased in the illegal market. Thus, both clandestine practices and struggles for the decriminalization of abortion analyzed throughout the study are examples of resistance and subversion to established norms, reinforcing our statement that the body can constitute spaces of resistance.
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A prática de aborto voluntário e as múltiplas escalas de poder e resistência: entre o corpo feminino e o território nacionalMoraes, Meriene Santos de January 2016 (has links)
Essa pesquisa trata das múltiplas relações de poder entre corpo e espaço, em diferentes escalas, envolvidas na prática de interrupção voluntária da gravidez. A criminalização do aborto provocado não impede que milhares de procedimentos clandestinos sejam realizados anualmente no Brasil. A ilegalidade contribui para a insegurança da prática, constituindo um problema de saúde pública porque coloca em risco a vida das mulheres. Contra essa situação, movimentos feministas vêm lutando pelo aborto legal e seguro em nome da saúde, dos direitos sexuais e (não) reprodutivos e da autonomia corporal das mulheres. Nesse contexto, o estudo buscou compreender como as práticas de aborto provocado envolvem múltiplas escalas territoriais de poder e resistência, procurando responder três questões centrais: No que consiste a prática de aborto provocado? Como as relações entre corpo e espaço podem ser evidenciadas a partir de uma perspectiva escalar dessa prática? E, nesse sentido, como o corpo pode constituir uma escala de resistência? Para dar conta da proposta, o referencial teórico-metodológico apoiou-se, sobretudo, nas correntes feministas da Geografia que entendem que o espaço não é neutro do ponto de vista das relações hierárquicas de gênero e em abordagens territoriais multiescalares. ( Continua) As estratégias de investigação incluíram coleta de dados realizada por meio de uma ampla pesquisa bibliográfica e documental, além de nove entrevistas semi-estruturadas, com mulheres brasileiras, entre 24 e 38 anos de idade, que tiveram pelo menos uma experiência de aborto clandestino. O tratamento dos dados consistiu na transcrição das entrevistas, categorização e análise de conteúdo. O estudo mostrou que a prática de aborto provocado consiste em um tema complexo, que envolve aspectos jurídicos, médicos, religiosos, econômicos e emocionais. Além disso, com a restrição do aborto seguro, feito em ambiente hospitalar, a apenas três situações previstas em lei (estupro, risco de vida para a mulher e anencefalia do feto), as mulheres acabam recorrendo às clínicas clandestinas ou ainda ao aborto caseiro, provocado com medicamentos adquiridos no mercado ilegal. Assim, as práticas clandestinas e as lutas pela descriminalização do aborto analisadas ao longo do estudo são exemplos de resistência e subversão às normas estabelecidas, reforçando a afirmação de que o corpo pode constituir espaços de resistência. / This research deals with the multiple relations of power between body and space, at different scales, involving the practice of voluntary termination of pregnancy. The criminalization of induced abortion does not prevent thousands of clandestine procedures from being performed annually in Brazil. Illegality contributes to insecurity in the practice and constitutes a public health problem. Against this situation, feminist movements have been fighting for legal and safe abortion in the name of the health, the sexual and (non) reproductive rights and the women's bodily autonomy. In this context, the study looked at how abortion practices involve multiple territorial scales of power and resistance, trying to answer three main questions: What is the practice of induced abortion? How can the relations between body and space be evidenced from a scalar perspective of this practice? And, in that sense, how can the body constitute a scale of resistance? In order to achieve this proposition, the theoretical-methodological reference was based, above all, on the feminist currents of Geography, which understand that space is not neutral from the point of view of hierarchical gender relations, and in multi scalar territorial approaches Research strategies included data collection carried out through an extensive bibliographical and documentary research, in addition to semi-structured interviews with nine Brazilian women, between 24 and 38 years of age, who has, at least, one experience of clandestine abortion. Data processing consisted in transcription of the interviews, categorization and content analysis. The study showed that the practice of induced abortion consists of a complex matter that involves legal, medical, religious, economic and emotional aspects. In addition, with the safe abortion (made in a hospital environment) legal restrictions to only three situations (rape, risks to the woman’s life and anencephaly), women resort to clandestine clinics and/or to drugs purchased in the illegal market. Thus, both clandestine practices and struggles for the decriminalization of abortion analyzed throughout the study are examples of resistance and subversion to established norms, reinforcing our statement that the body can constitute spaces of resistance.
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A prática de aborto voluntário e as múltiplas escalas de poder e resistência: entre o corpo feminino e o território nacionalMoraes, Meriene Santos de January 2016 (has links)
Essa pesquisa trata das múltiplas relações de poder entre corpo e espaço, em diferentes escalas, envolvidas na prática de interrupção voluntária da gravidez. A criminalização do aborto provocado não impede que milhares de procedimentos clandestinos sejam realizados anualmente no Brasil. A ilegalidade contribui para a insegurança da prática, constituindo um problema de saúde pública porque coloca em risco a vida das mulheres. Contra essa situação, movimentos feministas vêm lutando pelo aborto legal e seguro em nome da saúde, dos direitos sexuais e (não) reprodutivos e da autonomia corporal das mulheres. Nesse contexto, o estudo buscou compreender como as práticas de aborto provocado envolvem múltiplas escalas territoriais de poder e resistência, procurando responder três questões centrais: No que consiste a prática de aborto provocado? Como as relações entre corpo e espaço podem ser evidenciadas a partir de uma perspectiva escalar dessa prática? E, nesse sentido, como o corpo pode constituir uma escala de resistência? Para dar conta da proposta, o referencial teórico-metodológico apoiou-se, sobretudo, nas correntes feministas da Geografia que entendem que o espaço não é neutro do ponto de vista das relações hierárquicas de gênero e em abordagens territoriais multiescalares. ( Continua) As estratégias de investigação incluíram coleta de dados realizada por meio de uma ampla pesquisa bibliográfica e documental, além de nove entrevistas semi-estruturadas, com mulheres brasileiras, entre 24 e 38 anos de idade, que tiveram pelo menos uma experiência de aborto clandestino. O tratamento dos dados consistiu na transcrição das entrevistas, categorização e análise de conteúdo. O estudo mostrou que a prática de aborto provocado consiste em um tema complexo, que envolve aspectos jurídicos, médicos, religiosos, econômicos e emocionais. Além disso, com a restrição do aborto seguro, feito em ambiente hospitalar, a apenas três situações previstas em lei (estupro, risco de vida para a mulher e anencefalia do feto), as mulheres acabam recorrendo às clínicas clandestinas ou ainda ao aborto caseiro, provocado com medicamentos adquiridos no mercado ilegal. Assim, as práticas clandestinas e as lutas pela descriminalização do aborto analisadas ao longo do estudo são exemplos de resistência e subversão às normas estabelecidas, reforçando a afirmação de que o corpo pode constituir espaços de resistência. / This research deals with the multiple relations of power between body and space, at different scales, involving the practice of voluntary termination of pregnancy. The criminalization of induced abortion does not prevent thousands of clandestine procedures from being performed annually in Brazil. Illegality contributes to insecurity in the practice and constitutes a public health problem. Against this situation, feminist movements have been fighting for legal and safe abortion in the name of the health, the sexual and (non) reproductive rights and the women's bodily autonomy. In this context, the study looked at how abortion practices involve multiple territorial scales of power and resistance, trying to answer three main questions: What is the practice of induced abortion? How can the relations between body and space be evidenced from a scalar perspective of this practice? And, in that sense, how can the body constitute a scale of resistance? In order to achieve this proposition, the theoretical-methodological reference was based, above all, on the feminist currents of Geography, which understand that space is not neutral from the point of view of hierarchical gender relations, and in multi scalar territorial approaches Research strategies included data collection carried out through an extensive bibliographical and documentary research, in addition to semi-structured interviews with nine Brazilian women, between 24 and 38 years of age, who has, at least, one experience of clandestine abortion. Data processing consisted in transcription of the interviews, categorization and content analysis. The study showed that the practice of induced abortion consists of a complex matter that involves legal, medical, religious, economic and emotional aspects. In addition, with the safe abortion (made in a hospital environment) legal restrictions to only three situations (rape, risks to the woman’s life and anencephaly), women resort to clandestine clinics and/or to drugs purchased in the illegal market. Thus, both clandestine practices and struggles for the decriminalization of abortion analyzed throughout the study are examples of resistance and subversion to established norms, reinforcing our statement that the body can constitute spaces of resistance.
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DINÂMICA DEMOGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA/RS: O ESTUDO ACERCA DAS RELAÇÕES DE CONJUGALIDADE ATRAVÉS DOS CONTEXTOS DO PATRIARCADO E DO ESPAÇO PARADOXAL / DEMOGRAPHIC DYNAMICS OF THE CITY OF SANTA MARIA/RS: A STUDY ABOUT THE CONJUGAL RELATIONS/RELATIONSHIPS THROUGH THE CONTEXTS OF PATRIARCHATE AND PARADOXICAL SPACECaetano, Geani Nene 23 September 2013 (has links)
This dissertation aims to understand the demographic dynamics of the city of Santa Maria/RS through the focus on gender and conjugal relations. Thus, it intended to, as a main objective, understand the gender relations/relationships through the patriarchate and paradoxical space contexts, which are concepts of primal importance for Feminist Geography and Gender Studies. The research has the following specific objectives: a) to spatialize the analysis of demographic dynamics in Santa Maria/RS, focusing on the different values of the demographic data (finance, literacy, household heads, the proportion of population by sex gender), according to the 2010 census; b) to achieve interpretations for the correlations between census data on the quality and perception of women which live in the spatial area obtained in the goal "a" c) to interpret the population dynamics through the conjugal relations/relationships, considering the social conditions of women at Agroindustrial Street, spatial area of study. Methodologically, the research steps are grounded on interpretations offered by interviews with women that live in that neighborhood, in order to express their experiences. Among the study results, it emphasizes the maintenance of patriarchal conceptions in the interviewees‟ speech, even though most of them were already have inserted in the labor market and access to educational improvement. / A presente dissertação pretende compreender a dinâmica demográfica do município de Santa Maria/RS mediante o enfoque das relações de gênero e de conjugalidade. Dessa maneira, procura-se, como objetivo geral, entender as relações de gênero através dos contextos do patriarcado e do espaço paradoxal, conceitos de exímia importância para a Geografia Feminista e estudos de Gênero. A investigação apresenta como objetivos específicos: a) espacializar a análise da dinâmica demográfica em Santa Maria/RS enfocando os diferentes valores dos dados demográficos (renda, alfabetização, chefes de domicílio, proporção da população por sexo), conforme bairro pelo Censo 2010; b) Buscar interpretações das correlações de dados censitários na qualidade e percepção das mulheres que vivem o recorte espacial obtido no objetivo a ; c) Interpretar a dinâmica populacional através das relações de conjugalidade, considerando as condições sociais das mulheres do Bairro Agroindustrial, recorte espacial de estudo. Metodologicamente, as etapas da pesquisa estão alicerçadas em interpretações oferecidas pela realização de entrevistas com mulheres residentes no referido bairro, visando expressar suas vivências. Entre os resultados do estudo, ressalta-se a permanência de concepções patriarcais na fala das entrevistadas, mesmo que grande parte delas já estivesse inserida no mercado de trabalho e no acesso ao aprimoramento educacional.
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