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Contribuição à petrologia de stocks graníticos dos municípios de Canhoba e Aquidabã, NE sergipanoMendonça, Lucas da Hora 31 March 2016 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The granitic stocks of Canhoba (≈6,0 km2), Gravatá (≈3,5 km2) and Lagoa do Mato (≈5,0
km2) occur intrusive in the metasediments of the northeastern part of the Macururé
Domain in the Sergipano Orogenic System. These stocks exhibit rounded shapes include
angular xenoliths of metasediments and in the contacts regions have abundant dykes and
granitic pegmatites. The granites have well-developed tectonic foliation marked by the
alignment of muscovite and quartz crystals. Leucocratic granitic compositions are dominate
and exist granodioritic types, with muscovite and biotite. The petrographic and
mineraloquímicos studies revealed that the dominant mafic mineral is biotite, the
plagioclase is albite and oligoclase, has muscovite and titanite, opaque minerals, epidote,
zircon and F-apatite are accessory minerals. The biotite crystals have 0.4 <Fe / (Fe + Mg)
<0.7, the most ferrous being those of the Canhoba and Gravatá stocks. Based on the FeO
content, MgO, Al2O3 the biotite crystals indicate that these granites have peraluminous
affinities (Canhoba and Gravatá) and calc-alkaline (Lagoa do Mato). Temperatures obtained
with biotite are too low to reflect igneous conditions and should indicate metamorphic
conditions. The geochemical data confirm that rhese granites have subalkaline affinity, and
are peraluminous and metaluminous and calc-alkaline high potassium. The Stock Lagoa do
Mato belongs to the group of magnesia granites while the others (Canhoba and Gravatá)
are ferrous. The early crystallization of zircon in the magma was calculated as between 772
and 811 oC which is reasonable for rhyolite magmas. In multielement diagrams it is clear
that there valleys pronounced in Nb, Ta and Ti associated with the strong fractionation of
LREE reflect orogenic affinity of the rocks of the studied stocks. In these diagrams tectonic
granites position in volcanic arc environment. These data support the current hypothesis
that granites occurring in Macururé Domain are orogenic. / Os stocks graníticos de Canhoba (≈6,0 km2), Gravatá (≈3,5 km2) e Lagoa do Mato
(≈5,0 km2) ocorrem intrusivos na parte nordeste dos metassedimentos do Domínio
Macururé no Sistema Orogênico Sergipano. Esses stocks exibem formas arredondadas,
incluem xenólitos angulares de metassedimentos e nas regiões dos contatos
apresentam abundantes diques e pegmatitos graníticos. Os granitos apresentam
foliação tectônica bem desenvolvida marcada pelo alinhamento de cristais de
muscovita e quartzo. Dominam composições graníticas leucocráticas existindo também
tipos granodioríticos, com muscovita e biotita. Os estudos petrográfico e
mineraloquímicos revelaram que o mineral máfico dominante é a biotita, os
plagioclásios são albita e oligoclásio, e tem-se ainda muscovita e titanita, minerais
opacos, epídoto, zircão e F-apatita são os minerais acessórios. Os cristais de biotita
têm 0,4<Fe/(Fe+Mg)<0,7, sendo as mais ferrosas aquelas dos stocks Canhoba e
Gravata. Com base nos conteúdos de FeO, MgO, Al2O3 os cristais de biotita indicam
que esses granitos apresentam afinidades peraluminosas (Canhoba e Gravatá) e cálcioalcalina
(Lagoa do Mato). As temperaturas obtidas com a biotita são muito baixas para
refletirem condições ígneas, devendo indicar condições metamórficas. Os dados
geoquímicos confirmaram a afinidade subalcalinas, peraluminosa a metaluminosa e
cálcio-alcalina de alto potássio desses granitos. O Stock Lagoa do Mato pertence ao
grupo dos granitos magnesianos enquanto dos demais (Canhoba e Gravatá) são
ferrosos. A cristalização precoce do zircão no magma foi calculada como entre 772 e
811 oC o que é razoável para magmas riolíticos. Em diagramas multielementares
observam-se vales pronunciados em Nb, Ta e Ti, fato este que associado ao forte
fracionamento dos ETRLeves, refletem a afinidade orogênica das rochas dos stocks
estudados. Em diagramas geotectônicos esses granitos posicionam-se em ambiente de
arco vulcânico. Estes dados reforçam a hipótese corrente que os granitos que ocorrem
no Domínio Macururé sejam orogênicos.
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Espectroscopia de imageamento e gamaespectrometria aerea e terrestre de pegmaticos e granitos da porção sul da Provincia Pegmatitica da Borborema (PPB), Nordeste do Brasil / Imagem spectroscopy and ground and aerial gama ray spectrometry of pegmatites and granites of Borborema Pegmatitic Province (BPP), Northeastern BrasilSilva, Sebastião Milton Pinheiro da 14 August 2018 (has links)
Orientadores: Alvaro Penteado Crosta, Hartmut Beurlen / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-08-14T18:20:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: Neste estudo foram utilizados dados de espectroscopia de reflectância (ER), imagens dos sensores Terra/ASTER e EO-1/Hyperion e dados de gamaespectrometria aérea e terrestre para caracterização espectromineralógica e gamaespectrométrica de pegmatitos e granitos pegmatíticos da porção sul da PPB. Por meio da ER foi possível caracterizar fases e misturas de fases minerais que compõem essas rochas, incluindo caulinita, muscovita, illita/sericita e turmalina em pegmatitos do tipo homogêneo. A aplicação da análise por principais componentes aos dados Terra/ASTER através da técnica Crósta resultou em um mapa exibindo a mineralogia principal dos pegmatitos homogêneos e heterogêneos da área de estudo, bem como dos quartzitos da Formação Equador, biotita xistos da Formação Seridó, além de coberturas superficiais limonitizadas associadas. No pegmatito do Alto do Giz, selecionado para um estudo detalhado, foram identificadas por meio da ER fases, e misturas de fases, de caulinita, illita/sericita, lepidolita, mica sódica, muscovita, cookeíta e turmalina, cujas associações contribuiram para definir uma zona litinífera (cookeita+lepidolita) nas bordas dos núcleos de quartzo N2 e N3 e o zoneamento interno do pegmatito. Com base nesses resultados é proposta sua classificação como do tipo complexo, sub-classe espodumênio. Além disso, foram reconhecidos pelo menos três estágios de sua evolução: um primeiro relacionado à cristalização de espodumênio, um outro de natureza hidrotermal, que deu origem à cookeita e, finalmente, e um terceiro estágio de caulinização ligado a processo hidrotermal e/ou supergênico. A análise e classificação espectral da imagem do sensor EO-1/Hyperion possibilitou mapear a distribuição das zonas do pegmatito Alto do Giz utilizando os minerais muscovita, caulinita e mica sódica como indicadores das distintas zonas. Com dados do aerolevantamento gamaespectrométrico do Projeto Seridó, reprocessados e reinterpretados utilizando métodos modernos, com apoio da gamaespectrometria terrestre, foi possível discriminar os quartzitos das regiões norte e sul da área de estudos, em função de suas distintas assinaturas do tório (eTh) e da razão eTh/K, bem como caracterizar os granitos pegmatíticos por meio das razões dos canais eU/eTh e eU/K. As imagens do tório (eTh) e da razão eTh/K permitiram identificar metaconglomerados e metarenitos ricos em minerais pesados, intercalados nos quartzitos da Formação Equador, e propor um novo tipo de mineralização torífera na Faixa Seridó. Determinações com MEV-EDS revelaram teores máximos de 79,4% de ThO2 e 87,7% de ETR (Ce, La, Nd) em monazitas; 99,2% de TiO2 em rutilo e 1,81% de HfO2 em zircão. Esses resultados demonstraram o destacado potencial para caracterização e mapeamento de granitos pegmatíticos da PPB com base em dados coletados há várias décadas e de baixa resolução espacial. O detalhamento realizado no granito Galo Branco por meio da coleta de dados de gamaespectrometria terrestre, dosagens radiométricas e determinações químicas por ICP-MS indicaram teores de 0,47 ppm a 7,8 ppm de urânio, de 0,1 ppm a 21 ppm de tório e de 2% a 5,24% de potássio. Essas concentrações irregularmente distribuídas sugerem mudanças de conteúdo e concentração de minerais acessórios durante os estágios de diferenciação e cristalização magmática desse granito. A ocorrência de diques de pegmatitos encaixados em quartzitos ao sul do granito Galo Branco foi revelada por meio das elevadas razões eU/eTh. / Abstract: Reflectance spectroscopy (ER), Terra/ASTER and EO-1/Hyperion images, and ground and aerial gamma ray data were employed for mineral characterization of pegmatites and pegmatitic granites in the southern portion of the BPP. ER results allowed to characterize mineral phases and mixtures of minerals including kaolinite, illite/sericite, muscovite and turmaline (schorl) in homogeneous pegmatites. Principal component analysis were applied to Terra/ASTER data using the Crósta techique, resulting in a map exhibiting the main mineralogy of homogeneous and heterogeneous pegmatites, as well as quartzites of the Equador Fm. biotite schists of the Serido Fm. and iron-rich superficial deposits. The Alto do Giz pegmatite was selected for a detailed study and mineral phases comprising kaolinite, muscovite, illite/sericite, Na- and Li-bearing micas, cookeite and tourmaline were recognized, allowing to define a lLi-rich zone (cookeite+lepidolite) around nuclei N2 and N3 and to establish the internal zoning of the pegmatite. Based on these results we proposed its classification as a complex-type pegmatite, of the spodumene sub-class. Furthermore, at least three evolution stages have been establish for Alto do Giz: an early stage represented by the primary crystallization of spodumene, followed by hydrothermal alteration that originated cookeite, and later stage comprising intense kaolinization originated from hydrothermal and/or supergenic processes. The analysis and spectral classification of the EO-1 Hyperion data allowed to map the spatial distribution of the distinct zones, based on the occurrence of key minerals such as muscovite, kaolinite, and Na-bearing mica. Using the airborne gamma ray data of the Seridó Aerogeophysical Project, reprocessed and reinterpreted using modern techniques, and using ground gamma data as a support, it was possible to distinguish quartzites from the north and south portions of the BPP based on their distinctive Th contents and on the eTh/K ratio, as well as to characterize pegmatitic granites using the ratios eU/eTh and eU/eK. Th and eTh/K images allowed the identification of metarenites and metaconglomerates bearing significative amounts of heavy minerals, thus revealing a new type of mineralization in the Serido Belt. Semi-quantitative scanning electron microscopy (SEM) analyses revealed up to 79.4% of ThO2 and 87.7% of REE in monazites; up to 99.2% of TiO2 in rutile and up to 1.81% of HfO2 in zircon. These results indicated the potential of the methodology employed in this work for the characterization of pegmatitic granites and pegmatites in the Borborema Pegmatitic Province (BPP) using low spatial resolution airborne geophysical data collected decades ago. The detailed study of the Galo Branco granite with ground gamma ray data and radiometric and ICP-MS laboratory analysis showed that this granite has U grades of 0.47 ppm to 7.8 ppm, Th between 0.1 ppm and 21.0 ppm and K between 2.00% e 5.24%. These concentrations are irregularly distributed suggesting mineralogical changes in contents and concentration of accessory minerals during magmatic crystallization and differentiation stages of this granite. The occurrence of pegmatites dikes intruding the quartzites to the south of the Galo Branco granite was revealed by the eUe/Th ratio since they are relatively enriched in uranium. / Doutorado / Geologia e Recursos Naturais / Doutor em Geociências
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Caracterização geo-tecnológica de maciços graníticos da região nordeste do Estado do Amazonas com aplicação às rochas ornamentaisMaas, Elayne Cristina Andrade de Sousa 28 July 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-22T21:58:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008-07-28 / FAPEAM - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas / The municipalities of Barcelos and Presidente Figueiredo (State of Amazonas) are located in areas where occur granite massifs that have quality, beauty and technological characteristics favourable to be explored as ornamental stones. The Vermelho Moura granite (Moura Barcelos area), belonging to the Gavião granite (Jauaperi Complex), is a reddish grey, medium to coarse grained syenogranite. The Castanhal Clássico, Terra Preta Nobre and Rosa Esperança granites, belonging to the Água Branca intrusive suite (Presidente Figueiredo area), show the following faciological types : alkali quartz granite, syenogranite and alkali granite, differentiated by color, textural and compositional aspects. The Abonari Real granite (also occurs in Presidente Figueiredo area) although it belongs to the Mapuera intrusive suite, it is a reddish gray, medium to coarse grained alkali granite.
The technological tests characterize the massifs according to the following standards: a) Castanhal Clássico - porosity = 0.29%, density (dry/saturated) = 2.71 - 2.72 g/cm³, absorption = 0.10%, resistance to compression = 209.9 Mpa, abrasive wear = 0.68 mm b) Vermelho Moura - porosity = 0.68%, density (dry/saturated) = 2.65 - 2.66 g/cm³, absorption = 0.25%, resistance to compression = 120.5 Mpa, resistance to flexure = 10.5, abrasive wear = 0.5 mm, ultrasonic waves speed = 5474 m/s, c) Abonari Real - porosity = 0.46%, density (dry/saturated)= 2.64 - 2.65 g/cm³, absorption = 0.18%, resistance to compression = 164.9 Mpa, resistance to flexure = 15.8, abrasive wear = 0.65 mm, ultrasonic waves speed = 6123 m/s, d) Terra Preta Nobre - porosity = 0.35%, density (dry/saturated) = 2.67 - 2.68 g/cm³, absorption = 0.13%, resistance to compression = 151.6 Mpa, resistance to flexure = 22.3, abrasive wear = 0.46 mm and ultrasonic waves speed = 6594 m/s, e) Rosa Esperança - porosity = 0.87%, density (dry/saturated) = 2.62 - 2.63 g/cm³, absorption = 0.35%, resistance to compression = 253.8 Mpa, abrasive wear = 0.33 mm.
The indices of the physical tests showed that the Terra Preta Nobre and Castanhal Clássico granites are the most resilient in light of their high densities. The resistance to compression highlighted the Castanhal Clássico and Rosa Esperança granites. The resistance to flexure tests, although peformed only on 3 lithotypes, emphasized the Terra Preta Nobre granite. The abrasive wearing test raised the Rosa Esperança granite as the best due to its high content of quartz. The Vermelho Moura granite, according to its values, exhibited lesser physical-mechanical competence to the tests in relation to the other litotypes, but especially within the range boundaries of the rules. The speeds of ultrasonic waves confirm the tests results.
The parameters shown by all granites are in line with the parameters set by the technological standards of ABNT - Brazilian Association of Technical Standards, which enable us to qualify them as holders of good quality for ornamental stones. / Os municípios de Barcelos e Presidente Figueiredo do Estado do Amazonas estão localizados em áreas compostas por maciços graníticos que apresentam qualidade, beleza e características tecnológicas favoráveis para serem explorados como rocha ornamental.
O granito Vermelho Moura (Moura Barcelos), pertencente ao Granito Pedra do Gavião, apresenta composição sienogranítica de cor vermelho acinzentado e textura média-grossa. Já os granitos Castanhal Clássico, Terra Preta Nobre e Rosa Esperança, pertencentes à suíte intrusiva Água Branca (Presidente Figueiredo), apresenta os seguintes tipos faciológicos: álcali quartzo granito, sienogranito e álcali granito, diferenciados pelas colorações, aspectos texturais e composicionais. O granito Abonari Vermelho Real da suíte intrusiva Mapuera também encontra-se em Presidente Figueiredo e, classifica-se em álcali granito, de cor vermelho acinzentado e textura média-grossa.
Os ensaios tecnológicos caracterizam os maciços de acordo com os seguintes padrões: a) Castanhal Clássico porosidade = 0,29%, densidade seca/saturada = 2,71 2,72 g/cm³, Absorção = 0,10%, resistência à compressão = 209,9 Mpa, desgaste abrasivo = 0,68 mm; b) Vermelho Moura porosidade = 0,68%, densidade seca/saturada = 2,65 2,66 g/cm³, Absorção = 0,25%, resistência à compressão = 120,5 Mpa, resistência à flexão = 10,5 , desgaste abrasivo = 0,5 mm, velocidade de ondas ultra sônicas = 5474 m/s; c) Abonari Real porosidade = 0,46%, densidade seca/saturada = 2,64 2,65 g/cm³, Absorção = 0,18%, resistência à compressão = 164,9 Mpa, resistência à flexão = 15,8 , desgaste abrasivo = 0,65 mm, velocidade de ondas ultra sônicas = 6123 m/s; d)Terra Preta Nobre porosidade = 0,35%, densidade seca/saturada = 2,67 2,68 g/cm³, Absorção = 0,13%, resistência à compressão = 151,6 Mpa, resistência à flexão = 22,3 , desgaste abrasivo = 0,46 mm, velocidade de ondas ultra sônicas = 6594 m/s; e) Rosa Esperança - porosidade = 0,87%, densidade seca/saturada = 2,62 2,63 g/cm³, Absorção = 0,35%, resistência à compressão = 253,8 Mpa, desgaste abrasivo = 0,33 mm.
Os testes de índices físicos exibiram que o Castanhal Clássico e Terra Preta Nobre são os mais resistentes em função de suas altas densidades. A resistência à compressão destacou os granitos: Castanhal Clássico e Rosa Esperança. A resistência à flexão, embora realizado somente em 3 litótipos, enfatizou o Terra Preta Nobre. O ensaio de desgaste abrasivo elevou o Rosa Esperança como o melhor em função de seu alto teor de quartzo. O granito Vermelho Moura, de acordo com seus valores, foi o que exibiu menor competência físico-mecânica aos testes em relação aos demais litótipos, mas sobretudo dentro dos valores limítrofes das normas. A velocidade de ondas ultra-sônicas confirma os resultados dos testes.
Os parâmetros mostrados de todos os granitos estão em perfeita consonância com os parâmetros tecnológicos estabelecidos pelas normas da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas, os quais nos permitem qualificá-los como detentores de boa qualidade para rocha ornamental.
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Depósitos auríferos associados ao magmatismo granítico do setor leste da Província de Alta Floresta (MT), Craton Amazônico = tipologia das mineralizações, modelos genéticos e implicações prospectivas / Granitoid-related gold deposits in the Alta Floresta Gold Province (MT), Amazon Craton : ore-forming processes, genetic models and implications to explorationAssis, Rafael Rodrigues de, 1985- 18 August 2018 (has links)
Orientadores: Roberto Perez Xavier, Antônio João Paes de Barros / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-18T19:24:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: A Província Aurífera de Alta Floresta, porção centro-sul do Craton Amazônico, localiza-se entre os limites das províncias geocronológicas Ventuari - Tapajós (1,95-1,8 Ga) e Rio Negro - Juruena (1,8-1,55 Ga). Corresponde a uma unidade tectônica essencialmente composta por sequências plutono-vulcânicas geradas em ambiente de arcos magmáticos que se desenvolveram e se agregaram progressivamente no Paleoproterozóico. No segmento leste da província, na região que compreende os municípios de Nova Santa Helena - Peixoto de Azevedo - Guarantã do Norte - Novo Mundo (MT), rochas plutônicas e vulcânicas são as hospedeiras de mais de uma centena de depósitos auríferos que ocorrem concentrados ao longo do Cinturão Peru-Trairão, de direção NW-SW. Inseridos neste contexto, estão os depósitos Pé Quente e Francisco, alvos de estudo deste trabalho. O Depósito Pé Quente hospeda-se na suíte homônima, que compreende quartzo monzodiorito-monzodiorito a leucomonzonito, isotrópicos, inequigranulares a equigranulares. Apatita, rutilo e zircão correspondem às fases acessórias comuns na suíte. Nos arredores do depósito são individualizadas uma série de manifestações plutônicas mais tardias, não cogenéticas a Suíte Pé Quente, de composição eminentemente granítica e com biotita, hornblenda, titanita, apatita e magnetita como fases acessórias. Diques de vulcânicas são comuns na região e truncam todas as suítes supracitadas. A Suíte Pé Quente exibe afinidade geoquímica com as séries cálcio-alcalinas de médio K, metaa peraluminosas e magnesianas, semelhante aos granitos orogênicos do tipo I, enquanto que as demais suítes são cálcio-alcalinas de médio a alto K, metaluminosas e magnesianas, mas ligeiramente ferrosas. No geral, as observações petrográficas e geoquímicas indicam que essas suítes plutônicas correspondem a granitos do tipo I que teriam se originado em ambiente de arcos vulcânicos evoluindo para arcabouço pós-colisional. A Suíte Pé Quente foi submetida a expressivos estágios de alteração hidrotermal, a destacar: (i) forte alteração sódica com albita; (ii) alteração potássica com ortoclásio + microclínio; (iii) alteração sericítica; (iv) carbonatação; (v) alteração pervasiva a venular com muscovita grossa fibro-radial; (vi) silicificação com brechas e veios com textura do tipo pente subordinadas; (vii) alteração sódica fissural com quartzo + albita e; (viii) alteração propilítica mais tardia e regional. O minério no Deposto Pé Quente é representado pela paragênese pirita + barita ± hematita ± calcopirita ± galena, associada tanto à alteração sódica pervasiva mais precoce quanto à fissural (quartzo + albita). O ouro é mais frequente na alteração pervasiva, na qual ocorre incluso na pirita e exibe concentrações em Ag que variam de 14,2 a 46,3%. Estudos preliminares de inclusões fluidas na zona de minério disseminado indicam fluidos eminentemente aquo-carbônicos em coexistência com fluidos aquosos bifásicos. Os principais atributos geológicos do Depósito Pé Quente correspondem: (i) íntima associação com rochas originadas em arcabouço de arcos vulcânicos (granitos tipo I); (ii) alteração hidrotermal extensa e zonada, com oscilações nas aNa+, aK+, aH+ and aCa2+; (iii) minério que representa fluidos de natureza oxidada. Neste sentido, o Depósito Pé Quente reflete um sistema com múltiplos pulsos de fluidos hidrotermais possivelmente relacionados a estágios de desgaseificação da câmara magmática em um contínuo gradativo de rebaixamento da temperatura. A precipitação do minério aurífero teria ocorrido mediante imiscibilidade de fluidos em um sistema magmático-hidrotermal a elevadas temperaturas e ¿O2, típicos das raízes de sistemas auríferos do tipo pórfiro. O contexto geológico do Depósito do Francisco, no entanto, é distinto daquele observado no Depósito Pé Quente. A região de União do Norte, onde se localiza o Depósito do Francisco, é constituída por uma Unidade Vulcanoclástica epiclástica que aloja uma série de intrusões graníticas paleoproterozóicas. Essa unidade vulcanoclástica é composta por arenito arcoseano, arenito arcoseano lítico, grauvaca-feldspática e lentes de conglomerado polimítico matriz suportada, todos vulcanoclásticos. Esses sedimentos teriam sido provenientes da dissecação de antigos edifícios vulcânicos de composição intermediária e depositados em uma bacia de retroarco, próxima à área fonte. As suítes intrusivas são temporalmente representadas por plútons de (i) granodiorito com tonalito e quartzo monzodiorito subordinados; (ii) sieno-monzogranito e; (iii) pelo Pórfiro União do Norte, uma manifestação sub-vulcânica que consiste de álcali-feldspato granito porfirítico a monzogranito porfirítico. As duas primeiras suítes são cogenéticas e correlacionáveis à Suíte Intrusiva Matupá (1.872 ±12Ma), enquanto que o granito sub-vulcânico estaria relacionado as manifestações graníticas pós-colisionais do tipo A da Suíte Intrusiva Teles Pires (1.782 ±17 Ma a 1.757 ±16 Ma). Truncando todas essas unidades ocorrem diques de vulcânicas de composição traquibasáltica a dacítica. A litogeoquímica do Pórfiro União do Norte indica magmatismo eminentemente alcalino de alto potássico, ferroso e meta- a peraluminoso, enquanto que os diques de vulcânicas e as demais suítes plutônicas exibem afinididades geoquímicas com as séries cálcio-alcalinas de alto K, metaluminosas, magnesianas a ligeiramente ferrosas. Evidências de campo em conjunto com os dados litogeoquímicos ainda apontam para uma evolução do magmatismo com geração de rochas mais primitivas em ambiente de arcos vulcânicos (granodiorito; Suíte Intrusiva Matupá) até o alojamento de corpos altamente evoluídos (Pórfiro União do Norte; Suíte Intrusiva Teles Pires) em contexto pós-colisional. Todas essas unidades são ainda recobertas pelos sedimentos arenáceos da Formação Dardanelos, com idade máxima de deposição entre 1.987 ±4 Ma a 1.377 ±13 Ma. Na região de União do Norte desponta o Depósito do Francisco, o primeiro depósito epitermal polimetálico de intermediária sulfetação da Província Aurífera de Alta Floresta, e ao qual o ouro está associado a elevadas concentrações de metais de base (Zn+Pb±Cu). As zonas mineralizadas são representadas pela associação pirita + esfalerita + galena + hematita ± calcopirita ± magnetita ± digenita. O minério ocorre hospedado na Unidade Vulcanoclástica em veios com intensa silicificação e extenso halo de alteração sericítica. As alterações potássica, argílica e propilítica são as mais distais ao minério, sendo que as duas primeiras ocorrem intimamente associadas ao Pórfiro União do Norte. Estudos premilimares de inclusões fluidas realizados nas zonas mineralizadas indicam regime de fluidos eminentemente aquosos, com inclusões aquosas primárias que exibem heterogeneidade no grau de preenchimento pela fase de vapor (10-70%). Os principais atributos geológicos do depósito do Francisco podem ser considerados: (i) alteração hidrotermal e minério íntimamente associados a um granito sub-vulcânico (Pórfiro União do Norte) que teria se saturado em uma fase aquosa residual decorrente de sua cristalização; (ii) alunita, embora em pequenas concentrações, associadas a ocorrênicas de silica cap; (iii) minério hospedado em rochas sedimentares epiclásticas; (iv) zonas mineralizadas que frequentemente exibem texturas indicativas da percolação de fluidos em nível crustal raso; (v) minério aurífero associado tanto a elevadas concentrações de metais de base quanto de prata; (vi) paragênese do minério dominada por fases ricas em sulfetos, o que indica oscilações no estado de sulfetação do enxofre. Todas essas características são similares àquelas encontradas em depósitos epitermais polimetálicos de intermediária sulfetação. Devido à presença constante de texturas que tipificam a percolação de fluidos em nível crustal raso nas regiões internas, proximais e de contato do Pórfiro União do Norte, além da existência de apófises sub-vulcânicas intensamente sericitizadas e/ou silicificadas, é proposto que esta suíte tenha correspondido ao evento termal causativo da mineralização aurífera associada a metais de base do Depósito do Francisco. Desta forma, sugere-se que a Suíte Intrusiva Teles Pires, até o momento conhecida por ser estéril a ouro, possa ter potencial, mesmo que restrito às suas ocorrências sub-vulcânicas, para hospedar mineralizações auríferas com metais de base associados. Em adicional, o contexto pós-colisional em que o depósito se formou teria promovido a sua preservação quanto aos agentes erosivos, metamórficos e de deformação que posteriormente poderiam ter afetado e destruído o depósito. Neste contexto, a deposição do ouro no Depósito do Francisco ocorreu mediante aumento das condições de ¿O2 do fluido (precipitação de hematita) decorrente da entrada de fluidos externos e oxidantes (meteóricos), potencializada por eventos de fraturamento hidráulico quando o granito sub-vulcânico se saturou em uma fase fluida residual (expansão adiabática seguida de ebulição). As elevadas concentrações de metais de base aliadas ao processo de ebulição ainda sugerem que variações na temperatura e pH foram importantes na precipitação do minério. Neste cenário, as suítes plutônicas individualizadas neste trabalho começaram a ser geradas em um momento anterior ao magmatismo da Suíte Intrusiva Matupá (1.872 ±12Ma), com a colocação da Suíte Pé Quente. Com a continuidade do envento magmático, suítes graníticas mais evoluídas foram sendo geradas, até o alojamento da Suíte Intrusiva Teles Pires (~ 1.757 Ma), que representa a colocação de intrusões mais tardias (Pórfiro União do Norte), em plataforma continental pós-colisional (granito tipo A). A depender do modelo geotectônico adotado, o conjunto dessas suítes, portanto, teria sido criado durante a instalação dos arcos magmáticos Cuiú-Cuiú (2,1-1,9 Ga) e Juruena (1,8-1,75 Ga), ou então, no decorrer do Arco Magmático Ventuari-Tapajós (1,95 e 1,8 Ga). As informações aqui reunidas indicam que os depósitos estudados podem ser enquadrados em distintos sistemas mineralizados no modelo geral dos depósitos do tipo ouro pórfiro - epitermal, no qual a colocação de intrusões paleoproterozóicas teria correspondido às fontes geradoras de calor, fluidos e metais necessários para a instalação de um sistema magmático-hidrotermal. O Depósito Pé Quente corresponderia a um sistema de maior profundidade e temperatura, no qual a forte alteração sódica com albita, com fluidos oxidados eminentemente aquosos e aquo-carbônicos representariam as zonas mais profundas de depósitos auríferos do tipo pórfiro. Em contraste, o Depósito do Francisco seria correlato às mineralizações de níveis crustais mais raros, com grande aporte de fluidos meteóricos, e relativamente distais de intrusivas félsicas. Deste modo, as mineralizações auríferas com metais de base associados seriam equivalentes aos depósitos epitermais polimetálicos de intermediária sulfetação. / Abstract: The Alta Floresta Gold Province, eastern portion of the Amazon Craton, extends between the Ventuari - Tapajós (1.95 to 1.8 Ga) and Rio Negro - Juruena (1.8 to 1.55 Ga) geochronological provinces. This provinces represents a tectonic unit composed primarily of plutono-volcanic sequences generated in continental arc settings during the Paleoproterozoic. At the easternmost segment of the province, in region that comprises the districts of Nova Santa Helena - Peixoto de Azevedo - Guarantã do Norte - Novo Mundo (MT), a significant number of gold deposits are distributed along a NW-SW striking belt (Peru - Trairão belt). Within this belt, the Pé Quente and Francisco gold deposits, currently exploited by local prospectors (garimpeiros), are the main case studies of this work. The Pé Quente deposit is hosted by the Pé Quente Suite that consists of quartz-monzodiorite to leucomonzonite with apatite, rutile and zircon as accessory phases. Several other later granitic intrusions occur in the vicinity of the deposit, but geological relationships and geochemical data suggest neither genetic nor temporal links to the Pé Quente Suite. These suites are mainly granitic composition and have biotite, hornblende, titanite, apatite and magnetite as accessory phases. Volcanic dikes are often in the area and crosscut all these plutonic suites. The Pé Quente suite exhibits geochemistry affinities to the medium-K, calc-alkaline, meta- to peraluminous and magnesian granitic series, thus similar to the I-type orogenic granites, whereas the other suites are medium to high-K, metaluminous and magnesian, but slightly ferroan. Additionally, petrographic and geochemical data indicate that these rocks correspond to I-type granitic series that probably had been generated in a volcanic arc setting that have also evolved to a post-collisional one. The Pé Quente Suite has been affected by the following hydrothermal alteration types (temporal sequence): (i) strong sodic alteration with albite; (ii) potassic alteration with orthoclase and microcline; (iii) sericitic alteration; (iv) carbonate alteration represented by calcite; (v) pervasive to venular coarse muscovite alteration; (vi) silicification with breccias and comb-texture quartz veins; (vii) fissural sodic alteration that consists of quartz + albite and; (viii) later and regional propylitic alteration. The ore zones comprise pyrite + barite ± hematite ± chalcopyrite ± galena that are related to both earlier sodic alteration and later veins with quartz and albite. Gold generally occurs as small inclusions within pyrite and shows Ag concentrations that range from 14.2 to 46.3%. Preliminary studies of fluid inclusions within the disseminated ore-zones indicate carbonic fluids that coexisting with aqueous biphasic. The main geological feautures of this deposit are: (i) close association with rocks that have been originated in the onset of volcanic arcs (granite type I), (ii) widespread and zoned hydrothermal alteration, with oscillations in aNa+, aK+, aH+ and aCa2 +; (iii) ore that represents oxidized fluids. Therefore, the Pé Quente deposit is interpreted to have been formed from multiple pulses of hydrotermal fluids, possibly generated by episodes of magma degassing. The ore precipitation might have taken place by fluid immiscibility within a high-temperature and high-¿O2 system, similar to those related to root zones of porphyry systems. Very dissimilar from the Pé Quente gold deposit, the Francisco gold deposit, in the União do Norte region, is hosted by an epiclastic volcaniclastic unit that is crosscut by a series of Paleoproterozoic granitic intrusions. This unit contains mainly feldspathic-arenite and feldspathic-wake, besides lenses of matrix-supported conglomerate, both volcaniclastics. The sediments that compose the rocks of this unit have possibly derived from the erosion of old volcanic centers of intermediate composition in a active continental setting. Furthermore, the sediments might have been deposited in a retroarc basin, near to the source-area. The intrusive suites are sequentially represented by: (i) granodiorite with tonalite and quartz-monzodiorite subordinate; (ii) sieno- to monzogranite and; (iii) União do Norte Porphyry, a subvolcanic manifestation that comprises porphyritic alkali-feldspar granite and porphyritic monzogranite. The firt two suites are tentatively correlated with the Matupá Intrusive Suite (1.872 ±12Ma), whereas the porphyry could be related to the post-collisional A-type granitic rocks from the Teles Pires Intrusive Suite (1.782 ±17 Ma to 1.757 ±16 Ma). Mafic to felsic volcanic dikes that consist of trachybasalt, basaltic-trachyandesite, andesite and dacite crosscut both the volcaniclastic unit and the granitic suites. Litogeochemical data from the União do Norte Porphyry indicate that this suite represents an alkaline, high-K, magnesian to ferroan, meta- to slightly peraluminous magmatism, whereas the volcanic dikes and the two other plutonic suites exhibit geochemical affinities with to the calc-alkaline, high-K, metaluminous and magnesian to slightly ferroan series. Additionally, field and geochemical data indicate that the granitic suites represent a magmatic series that were probably formed in the onset of a volcanic arc setting, manly with granodioritic rocks (Matupá Intrusive Suite), which evolved to the emplacement of highly-evolved granitic rocks, such as the União do Norte Porphyry (Teles Pires Intrusive Suite) in a postcollisional setting. All these units are still overlain by arenaceous sediments of the Dardanelos Formation (1.987 ±4Ma to 1.377 ±13Ma). In this geological setting, the Francisco deposit represents the first intermediate-sulfidation epithermal gold mineralization associated with base metals (Zn+ Pb±Cu) in the Alta Floresta Gold Province. Pyrite + sphalerite + galena + chalcopyrite ± hematite ± magnetite ± digenite represent the ore zones, hosted at the Volcanilcasto unit. The ore occurs in veins with strong silicification and extensive sericitic halo. The potassic (ortoclase ± hematite ± quartz ± biotite), argillic (kaolinite + sericite + quartz ± hematite), propilitic (chlorite + epidote + magnetite ± actinolite ±calcite ± apatite ± pyrite ± chalcopyrite ± quartz ± shalerite ± margarite) alterations, plus the late-hematite veins, correspond to the distal hydrothermal alterations to the ore zone. The potassic and argililic alterations generally are closely associated to the União do Norte Porphyry. Preliminary studies of fluid inclusions within the ore zones indicate the presence of an aqueous fluid system represented by primary aqueous inclusions with heterogeneity in the vapor-phase filling degree (10-70%). The main geological feautures of the deposit are: (i) hydrothermal alteration and ore closely associated with a subvolcanic granite (União do Norte Porphyry) that could have saturated in an residual aqueous fluid phase due to its crystallization; (ii) alunite, although in small concentrations, associated to the occurrences of silica cap; (iii) ore zones hosted in epiclastic sedimentary rocks; (iv) ore zones that often exhibit textures that indicate fluid percolation at shallow crustal level; (v) gold ore associated either to high concentration of base metals and silver; (vi) ore paragenesis dominated by phases rich in sulfides that are indicative of oscillations in the sulfidation state of the sulfur. All these feautures are similar to those found in epithermal polymetallic deposits of intermediate sulfidation. Due to the constant presence of textures that typify the percolation of fluids in shallow crustal level in the inner, proximal and contact regions of the Porphyry North Union, besides the existence of subvolcanic apophyses strongly sericitized and/or silicified, it is proposed that this suite has been responsible by the causative thermal event of gold mineralization associated with base metals at the Francisco deposit. Therefore, it is suggested that the Teles Pires Intrusive Suite, so far known to be barren of gold mineralizations, may have potencial, even if restricted to occurrences of the subvolcanic from this suite, to host gold mineralizations with associated base metals. In addition, the post-collisional setting in which the deposit have been formed would have promoted its preservation from the later erosion, metamorphism and deformation events, which could have affected and destroyed the deposit. The ore precipitation might have taken place by increase in the ¿O2 of the fluid (hematite precipitation), possibly due to influx of oxidizing external fluids (meteoric) after hydraulic fracturing events when the subvolcanic granite had been oversaturated in a residual aqueous fluid phase. The high concentrations of base metals suggest that the variations on the temperature and pH of the fluid could have been an important key in the formation of the mineralized ore zones. In this context, the identified plutonic suites around the Pé Quente and Francisco would have been initially formed before the magmatic event that resulted in the Matupá Intrusive Suite (1.872 ±12Ma), with the emplacement of the Pé Quente suite. With the continuity of the magmatic event, more evolved granitic suites would have been created by the emplacement of the Teles Pires Intrusive Suite (~ 1757 Ma), which represents the later intrusions (União do Norte Porphyry) within a post-collisional setting. Therefore, depending on the tectonic model adopted, all of these suites would have been created during the installation of the magmatic arc Cuiú-Cuiú (2.1-1.9 Ga) and Juruena (1.8-1.75 Ga), or then, during the Ventuari-Tapajós Magmatic Arc (1.95 to 1.8 Ga). In this scenario, the Pé Quente and Francisco deposits could be classified as different mineralizing systems within the general model of gold-porphyry - epithermal, which the emplacement of Paleoproterozoic granitic intrusions may have served as source of heat, fluids and metals to the installation of the magmatic-hydrothermal system. The Pé Quente deposit, for instance, could correspond a system of greater depth and higher temperature, where the strong pervasive albite alteration plus highly oxidized-aqueous and carbonic fluids represent the root zones of porphyry gold deposits. The Francisco deposit, however, could be correlated to mineralization nested in shallow crustal levels with great influx of meteoric fluids and relatively distal from felsic intrusive subvolcanic granite. Therefore, the Francisco deposit could be similar to the polymetallic epithermal deposits of intermediate-sulfidation. / Mestrado / Metalogenese / Mestre em Geociências
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Estudo comparativo entre mineralizações filonares de Au ± Cu e Au + metais base do setor leste da Província Aurífera de Alta Floresta (MT), Cráton Amazônico / A comparative study between Au ± Cu and Au + base metals vein-type mineralizations of the eastern sector of the Alta Floresta Gold Province (MT), Amazon CratonTrevisan, Verônica Godinho, 1990- 28 August 2018 (has links)
Orientador: Roberto Perez Xavier / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-28T02:16:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Resumo: O setor leste da Província Aurífera de Alta Floresta, Cráton Amazônico, Brasil, hospeda um grande número de depósitos de ouro na forma de veios, sistemas de veios em stockwork e disseminados associados à sequências plutôno-vulcânicas paleoproterozóicas, incluindo os depósitos filonares de Au + metais base Luiz e Au ± Cu Paraíba e Pezão. Descrição de testemunhos de sondagem, petrografia e geocronologia U-Pb SHRIMP IIe em zircão permitiram a caracterização dos diferentes atributos geológicos desses depósitos. A rocha hospedeira do depósito Paraíba é representada por biotita tonalito, enquanto que nos depósitos Luiz e Pezão corresponde a um biotita granodiorito intrudido por feldspato-pórfiro e sienogranito cortado por quartzo-pórfiro, respectivamente. As zonas de metassomatismo incluem as alterações clorítica, potássica com biotita e sericítica e, em direção aos setores distais, alterações potássica com K-feldspato e propilítica, preenchimento por carbonato, silicificação + preenchimento por quartzo e, vênulas pós-mineralização compostas por quartzo, carbonato, epidoto, sericita e/ou clorita. O veio de quartzo aurífero dos três depósitos apresenta textura maciça, enquanto que nos depósitos Luiz e Pezão é comum a ocorrência de texturas de preenchimento de espaços vazios em veios de quartzo e/ou quartzo + carbonato não mineralizados. As zonas mineralizadas do depósito Paraíba e Pezão são representadas por pirita + calcopirita, enquanto que no depósito Luiz a paragênese do minério é caracterizada por pirita + esfalerita + galena ± calcopirita. O regime de fluidos nas zonas de minério do depósito Paraíba é representado essencialmente por fluidos aquo-carbônicos, enquanto que nos depósitos Luiz e Pezão por fluidos aquosos bifásicos de baixa salinidade. Análises U-Pb SHRIMP IIe em zircão das rochas hospedeiras e feldspato-pórfiro Luiz forneceram idades de cristalização entre 2,01 e 1,97 Ga. A evolução do sistema hidrotermal dos depósitos indica redução da temperatura e incremento da ¿O2 e pH dos fluidos mineralizantes. A precipitação do minério no depósito Paraíba deve estar relacionada com o processo de imiscibilidade e interações fluido-rocha, enquanto que nos depósitos Luiz e Pezão pode ser atribuída a expansão adiabática seguida por boiling. A integração dos dados sugere que o depósito Paraíba se formou em um nível crustal mais profundo, enquanto que os depósitos Luiz e Pezão em níveis crustais mais rasos. A estreita relação espacial com plútons graníticos sugere que os depósitos Paraíba, Luiz e Pezão possam representar sistemas magmático-hidrotermais que se desenvolveram a partir da cristalização de corpos sub-vulcânicos (e.g. pórfiros), considerados com a possível fonte de fluidos, calor e metais para estes sistemas. Neste contexto, o depósito Paraíba pode ser considerado como um sistema filonar rico em ouro-quartzo hospedado por intrusões, enquanto que os depósitos Luiz e Pezão podem representar sistemas mineralizados similares a depósitos epitermais polimetálicos de sulfuração intermediária e rico em ouro-cobre de baixa sulfuração, respectivamente. Embora a idade da mineralização seja ainda desconhecida nos três depósitos, as relações geológicas entre as hospedeiras, os corpos sub-vulcânicos e zonas de minério, combinadas com os dados geocronológicos obtidos neste estudo e disponíveis na literatura, abrem a possibilidade de que a metalogênese do ouro no setor leste da província não esteja restrita a um único evento intrusivo (1.787 ± 3.2 a 1.786 ± 1 Ma), mas apontam para a possível existência de pelo menos dois eventos mineralizantes (~1.78 e ~1.97 Ga). Os dados geocronológicos U-Pb SHRIMP em zircão obtidos neste estudo sugerem a correlação das rochas graníticas hospedeiras com o primeiro evento magmático (1.98 a 1.97 Ga) do setor leste da província, ou mesmo a expansão desse intervalo de idades / Abstract: The easternmost sector of the Alta Floresta Gold Province, Amazon Craton, Brazil, hosts a significant number of disseminated, stockwork and vein-type gold deposits associated with paleoproterozoic plutonic-volcanic sequences, including the Luiz Au + base metals and the Paraíba and Pezão Au ± Cu vein-type deposits. Description of drill cores, petrography and U-Pb sensitive high-resolution ion microprobe (SHRIMP) IIe zircon geochronology allowed the characterization of the different geological attributes of these three deposits. At the Paraíba deposit the host lithotype is represented by biotite tonalite, whereas at the Luiz and Pezão deposits the host rocks encompass a biotite granodiorite intruded by a feldspar-porphyry and a syenogranite truncated by a quartz-porphyry, respectively. Metasomatic zones include chloritic, sericitic and potassic (biotite) alteration, and, outwards from the ore zones, carbonate infill, silicification plus quartz infill, potassic (K-feldspar) and propylitic alteration, besides post-mineralization quartz, carbonate, epidote, sericite and/or chlorite veinlets. The auriferous quartz veins in all deposits display massive texture, whereas barren quartz and/or quartz + carbonate veins at the Luiz and Pezão deposits commonly display open-space filling textures. Ore zones at Paraíba and Pezão deposits are represented by pyrite + chalcopyrite, whereas at Luiz deposit is characterized by pyrite + sphalerite + galena ± chalcopyrite. Fluid regime at the Paraíba ore zones encompasses aqueous-carbonic fluids, whereas at the Luiz and Pezão deposits are essentially characterized by low salinity two-phase aqueous fluids. U-Pb SHRIMP IIe zircon analysis of host rocks and Luiz feldspar-porphyry provided crystallization ages between 2,01 and 1,97 Ga. The evolution of the hydrothermal systems of these three deposits indicates a decrease in temperature and an increase in ¿O2 and pH of the fluid. Ore precipitation at the Paraíba deposit would be related to a combination of immiscibility process and fluid-rock interactions, while at the Luiz and Pezão deposits can be attributed to adiabatic expansion followed by boiling process. Data integration suggest that the Paraiba deposit may have originated at deeper crustal levels, whereas the Luiz and Pezão deposits would be positioned at shallower crustal levels. The close spatial relationship with granitic plutons suggests that the Paraíba, Pezão and Luiz deposits may be genetically linked to magmatic-hydrothermal systems, which developed as a result of the crystallization of sub-volcanic rocks (e.g. porphyries), considered as the possible source of fluids, heat and metals for these systems. In this context, the Paraíba deposit can be classified as an intrusion-hosted gold-quartz vein system, whereas the Luiz and Pezão deposits may represent mineralized systems similar to intermediate sulfidation polymettalic and low sulfidation gold-copper-bearing epithermal deposits, respectively. Although the mineralization ages are still unknown for these three deposits, the geological relationships between host and sub-volcanic rocks and ore zones, combined with geochronological data from this study and from literature, open the possibility that gold metallogeny within the province is not restricted to a single paleoproterozoic intrusive event (1.787 ± 3.2 to ± 1.786 1 Ma), but point to the possible existence of at least two mineralizing events (~ 1.78 and ~ 1.97 Ga). The U-Pb zircon geochronological data from this study suggest the correlation of the granitic rocks to the first magmatic event (1.98 to 1.97 Ga) in the easternmost portion of the province, or even an expansion of this age interval / Mestrado / Geologia e Recursos Naturais / Mestra em Geociências
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Geologia, mineralogia e afinidades petrológicas dos granitóides neoarqueanos da porção central do Domínio Canaã dos CarajásOLIVEIRA, Vinícius Eduardo Silva de 28 October 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-10-28 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A porção central do Domínio Canaã dos Carajás, localizada na parte norte da Província Carajás, era originalmente marcada pela ocorrência de rochas indiferenciadas pertencentes ao Complexo Xingu e Suíte Plaquê, além de greenstone belts, rochas máficas do Diopsídio-Norito Pium e corpos leucograníticos cálcico-alcalinos de alto K (granitos Boa Sorte e Cruzadão). A partir de trabalhos de mapeamento geológico em escala de semi-detalhe (1:100.0000) realizados na área em torno da Vila União, foram identificados diversos corpos graníticos deformados, os quais são intrusivos nas unidades mesoarqueanas e correspondem à unidade mais expressiva da área. Estes são predominantemente monzogranitos, portadores de anfibólio e biotita, e apresentam afinidade químico-mineralógica com os granitos neoarqueanos do tipo-A das suítes Planalto e Vila Jussara. Os conteúdos variáveis de minerais félsicos e ferromagnesianos, bem como as diferentes proporções entre os mesmos, permitiu a individualização de quatro variedades de granitoides: (i) biotita-hornblenda monzogranitos (BtHblMzG); (ii) biotita granitos e leucogranitos (BtLG); (iii) biotita-hornblenda tonalitos (BtHblTn); e (iv) quartzo-dioritos (QD). A foliação descrita nestas rochas segue o trend regional EW e exibe altos ângulos de mergulho (70-85°), podendo passar para foliação milonítica em direção às zonas de alto strain. Estruturas manto-núcleo bem desenvolvidas nos cristais de quartzo e feldspatos, assim como a presença de contatos lobados e irregulares entre esses cristais sugerem que a recristalização dinâmica ocorreu sob temperaturas relativamente altas (>500°C). Essas rochas exibem uma ampla variação no conteúdo de sílica (61,7 – 75,91%), são metaluminosas a fracamente peraluminosas, e mostram afinidade com granitos alcalinos (alto HFSE) e do tipo ferroan. Estudos de petrologia magnética permitiram a distinção de dois grupos de rochas: (1) granitos contendo somente ilmenita e baixos valores de suscetibilidade magnética (SM; <0,570 × 10-3 SI), e (2) granitos nos quais a magnetita é o principal óxido de ferro e titânio e os valores de SM são mais elevados (> 1,437 × 10-3 SI). Evidências texturais e composicionais indicam que magnetita e ilmenita são fases minerais de cristalização precoce e que a titanita tem origem magmática. Os dados de química mineral permitiram caracterizar o anfibólio destas rochas como cálcicos, do tipo hastingsita, enquanto que as biotitas mostram composições ricas na molécula de annita. As razões Fe/(Fe+Mg) relativamente elevadas encontradas nos anfibólios das variedades BtHblMzG e BtHblTn indicam que esses granitoides formaram-se sob condições de fO2 baixas a moderadas, enquanto que na variedade BtLG os baixos valores dessa razão sugerem que essas rochas teriam cristalizado em condições comparativamente mais oxidantes. Geotermômetros apontam para temperaturas de cristalização entre 830 – 930°C nas diferentes fácies. Os elevados conteúdos de Alt nos cristais de anfibólio sugerem cristalização a pressões entre 400 e 800 MPa, indicando que estes granitoides foram colocados em diferentes níveis crustais. / The central portion of the Canaã dos Carajás domain, located in the northern part of the Carajás province was originally marked by the occurrence of undifferentiated rocks belonging to the Xingu complex and Plaque suite, as well as greenstone belts, mafic rocks of the Pium diopside-norite and high K calc-alkaline leucogranites (Boa Sorte and Cruzadão granites). A semi-detailed geological mapping (1:100.0000) was carried out in the Vila União area and allowed the identification of several deformed granite bodies intrusive in the Mesoarchean units. They correspond to the most expressive unit of the studied area and are composed predominantly of monzogranites with chemical and mineralogical affinity with the Neoarchean A-type granites of the Planalto and Vila Jussara suites. The variable felsic and ferromagnesian minerals contents, as well as the different proportions between them, allowed to distinguish four major groups of granitoids: (i) biotite-hornblende monzogranites (BtHblMzG); (ii) biotite granites and leucogranites (BtLG); (iii) biotite-hornblende tonalites (BtHblTn); and quartz diorites (QD). The tectonic foliation of these rocks follows the regional E-W trend and exhibits high angles (70-85°). Well-developed core and mantle structures in quartz and feldspar crystals, as well as the presence of serrated and irregular contacts between these crystals suggest that dynamic recrystallization occurred at relatively high temperatures (> 500 °C). These rocks exhibit a wide variation in silica content (61.7 – 75.91 wt%), are metaluminous to slightly peraluminous and show affinity with A-type (high HFSE) and ferroan granites. Based on magnetic petrology studies it was possible to distinguish two groups of rocks: (1) granites containing only ilmenite with low magnetic susceptibility values (MS; <0.570 × 10-3 SI), and (2) granites with magnetite as the main iron and titanium oxide mineral and higher MS values (> 1.437 × 10-3 SI). Textural and compositional evidences indicate that magnetite and ilmenite are earlycrystallized phases and titanite has magmatic origin. Amphiboles are calcic and classified as hastingsite, whereas biotites are rich in the annite molecule. The relatively high Fe/(Fe + Mg) ratios found in the amphiboles of the BtHblMzG and BtHblTn varieties indicate that these granitoids were formed under low to moderate fO2 conditions, whereas in the BtLG the lower values of this ratio suggest more oxidizing conditions. Geothermometers point to crystallization temperatures between 830 – 930 °C in the different facies. The high total Al content in the amphibole crystals suggests crystallization at pressures between 400 and 800 MPa, indicating that these granitoids were emplaced at different crustal depths.
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Evolução tectono-estrutural da região de Dianópolis-Almas, SE do estado de TocantinsBORGES, Maurício da Silva 17 December 1993 (has links)
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Previous issue date: 1993-12-17 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / No interior do Bloco Brasília, na Região de Dianópolis-Almas (SE do Estado de Tocantins), encontram-se registros de terrenos granito-"greenstone" do Arqueano-Proterozóico Inferior, metassedimentos proterozóicos do Grupo Bambuí, depósitos continentais cretácicos e colúvios e alúvios lateritizados, além de depósitos flúvio-lacustres holocênicos ligados à evolução cenozóica. O Arqueano-Proterozóico Inferior compreende vários feixes de rochas supracrustais do Grupo Riachão do Ouro e corpos de granitóides da Suíte Serra do Boqueirão, ambos embasados por gnaisses do Complexo Alto Paranã. O Complexo Alto Paranã é representado por gnaisses de composição tonalítica, bandados, milonitizados, parcialmente migmatizados, e com enclaves granulíticos e anfibolíticos. O Grupo Riachão do Ouro é composto de filitos bandados, xistos, metadacitos, metariolitos, formação ferrífera, quartzitos, metaconglomerados e brechas; os filitos, os xistos e as metavulcânicas são os tipos litológicos dominantes. A Suíte Serra do Boqueirão engloba granítóides de composição tonalítica, trondhjemítica, granodiorítica e granítica, deformados nas bordas e cortados por fases tardias de auto-injeção ligadas a aplitos e pegmatitos. Estas unidades litológicas estão afetadas por zonas de cisalhamento orientadas nas direções N10-20E, N45E, N25W e N55W, as quais definem um padrão anastomosado. Ao longo dos feixes de zonas de cisalhamento reconhecem-se duplexes transpressivos simétricos ou assimétricos, alternados com faixas de movimentação dominantemente direcional. Tais estruturas estão pronunciadamente desenvolvidas na interface rochas supracrustais-granitóides. Mesoscopicamente as zonas de cisalhamento são caracterizadas pela foliação milonítica, paralela ou em ligeira obliqüidade ao bandamento composicional. Outras estruturas são representadas por duplexes internos, bandas de cisalhamento, lentes de rochas menos deformadas e clivagem extensional do tipo "C'" (clivagem de crenulação), além de zonas de cisalhamento rúptil-dúctil marcadas por estruturas de dilatação. Uma forte trama linear é definida por bastões e barras de quartzo, eixos de agregados elípticos de minerais e minerais placóides alongados e alinhados. A rotação dextral associada é facilmente deduzida a partir de vários critérios cinemáticos. Os estudos de microtrama sugerem que a deformação foi acomodada principalmente por plasticidade cristalina e as tramas de forma e cristalográficas corroboram o sentido de movimentação dextral. Apenas os feixes de zonas de cisalhamento de direção N55W têm movimentação sinistral. Esse conjunto de estruturas é atribuído à atuação de um binário dextral orientado preferencialmente na direção N20E, de modo que as zonas de cisalhamento N10-20E, N45E, N25W e N55W são interpretadas como feições do tipo Y, R, P e R', respectivamente. A evolução da área no Arqueano-Proterozóico Inferior envolveu provavelmente colisão oblíqua entre massas continentais, resultando no soerguimento de rochas granulíticas, seguida de transtensão que originou várias bacias onde se instalaram as rochas supracrustais do Grupo Riachão do Ouro, sendo acompanhada de ascensão dos granitóides da Suíte Serra do Boqueirão. A progressão da deformação é expressa através de transpressão materializada pelas zonas de cisalhamento dúctil e transformações minerais e hidrotermais. O Proterozóico Médio a Superior é representado pelo Grupo Bambuí, o qual compreende ardósias, metassiltitos e filitos, com intercalações de calcários. Como estruturas tectógenas, ligadas à inversão da- Bacia do São Francisco no Proterozóico Superior, destacam-se os cavalgamentos oblíquos submeridianos e as rampas laterais NE-SW. Durante o Mesozóico, depositou-se o pacote de sedimentos da Formação Urucuia (Cretáceo Superior), caracterizado por três litofácies, a saber: (i) fácies conglomerática, que representa pavimentos residuais de deflação eólica e, em parte, acumulações interdunares e "wadi fans" ligados a drenagem intermitente; (ii) fácies arenosa com estratificação cruzada de grande porte, constituída de ortoquartzito e arcóseos/subarcóseos que representam acumulações arenosas eólicas; e (iii) fácies silex estratificado, com estratificação ondulada e irregular, que representa depósitos químicos lacustrinos. A bacia Alto Sanfranciscana, que acolheu esses sedimentos na região estudada, é um hemigráben, cuja arquitetura compreende uma carapaça, falhas normais sintéticas e antitéticas orientadas na direção geral NNW-SSE e falhas de transferência com direção NE-SW e de movimentação principalmente dextral. As falhas normais sintéticas formam um leque imbricado lístrico, mergulhando para E, desenvolvido a partir do colapso da lapa e ligado a um eixo extensional N50E. Durante o Cenozóico, no Terciário, houve a deposição de colúvios e alúvios que foram posteriormente lateritizados sob a forma de um perfil imaturo. No Quaternário instalou-se um sistema flúvio-lacustre. O sistema de drenagem ligado a bacia coletora dos rios Manoel Alves e Araguaia encontra-se fortemente adaptado a lineamentos NE-SW, cuja interação promoveu a edificação de cunhas e romboédros extensionais tipo "pull-apart", provavelmente relacionados à atuação de um binário dextral. / Several geological sequences of rocks with distinct ages of evolution were mapped in the Dianopólis-Almas region (southwestern part of the State of Tocantins) in the Brasília block: an extensive segment of an Archean-Lower Proterozoic granite-greenstone terrain, Proterozoic metasediments of the Bambuí Group, Cretaceous continental deposits of the Urucuia Formation, colluvial and alluvial (partially lateritized) and Holocenic fluvial-lacustrine deposits. The granite-greenstone terrains include several strands of supracrustal rocks (Riachão do Ouro Group) and granitoid bodies (Serra do Boqueirão Suite), both developed over migmatized tonalitic gneisses, granulites and amphibolites of the Alto Paranã Complex. The Riachão do Ouro Group is composed of phyllite, schist, meta-rhyolite, meta-dacite, iron formation, quartzite, metaconglomerate and breccia; phyllite, schist and metavolcanic rocks are the dominant lithologies. The Serra do Boqueirão Suite includes granitoids of tonalitic, trondhjemitic, granodioritic and granitic compositions, which were strongly deformed in the border zones and cut by pegmatite and aplite veins. All there lithological units underwent ductile deformation which formed an anastomosed pattern of N10-20E, N45E, and N55W transcurrent shear zones. Along the shear zones there are asymmetric or symmetric transpressive duplexes alternating with straigth segments. These structures can be seen extensively developed at supracrustal rock-granitoid boundaries and are characterized by mylonitic foliation parallel to the tectonic layering; other structures are represented by internal duplexes, shear bands, pods of less deformed rocks, extensional cleavage of C' type (crenulation cleavage) and brittle-ductile shear zones expressed by dilatation structures (tension gashes). The stretching lineation is defined by rods of quartz, axes of agregates of elliptical minerais and elongated micas. Dextral sense of shearing is determined from kinematic criteria. Microfabric investigation suggest that the deformation was accommodated mainly by crystal plasticity and the crystallographic shape fabrics confirm the dextral sense of shearing. Only the N55W shear zones underwent sinistral movement. The observed sets of structures is interpreted as linked to a N20E dextral strike-slip system and, in this case, the N10-20E, N45E, N25W and N55W zones correspond respectively to Y, R, P and R' zones. The Archean-Lower Proterozoic evolution is understood in terms of an oblique collision of continental segments which uplifted the granulitic rocks and was followed by transtension regime which originated several basins in where the supracrustal rocks of the Riachão do Ouro Group were deposited, and the granitoids of the Serra do Boqueirão Suite were emplaced. The progressive deformation involved transpression characterized by ductile shear zones. The Middle to Upper Proterozoic is represented by the Bambuí Group which includes slates, metasiltites, phyllites and carbonate rocks. The tectonic structures linked to the São Francisco Basin inversion in the Upper Proterozoic, are represented by N-S oblique thrusts and NE-SW lateral ramps. During the Mesozoic (Upper Cretaceous) the Alto Sanfranciscana Basin was filled by continental sediments of the Urucuia Formation. The lithostratigraphic sequence is composed of the following lithofacies: 1) conglomeratic facies which represents residual paviments of.deflation and in part interdune deposits and wadifans related to an intermittent drainage system; 2) sandstone facies formed by ortoquartzite, arkose and subarkose which constitute wind deposits; 3) and stratified chert facies which represent chemical lacustrine deposits. The basin architecture includes also NNW-SSE listric normal faults and NE-SW transfer faults related to a N5OE extensional axis. During the Tertiary coluvial and aluvial deposits, which underwent lateritization as an immature profile, were formed. The Quaternary is represented by a lacustrine-fluvial sedimentary system. The drainage system is related to the basin of the Manoel Alves and Araguaia rivers, strongly controlled by NE-SW lineaments and associated to pull-apart structures linked to a dextral system.
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Geoquímica, petrogênese e evolução estrutural dos granitóides arqueanos da região de Xinguara, SE do Cráton amazônicoLEITE, Albano Antônio da Silva 25 May 2001 (has links)
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Previous issue date: 2001-05-25 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A região de Xinguara está situada na parte norte do Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria, na porção sudeste do Cráton Amazônico, é um terreno Arqueano onde afloram greenstone belts e plutons granitóides. Granitóides e gnaisses, anteriormente agrupados no Complexo Xingu, foram individualizados em duas novas unidades: (1) Complexo Tonalítico Caracol (CTc), que possui enclaves e megaenclaves de greenstone belts (GB); (2) Trondhjemito Água Fria (THaf), intrusivo no GB de Sapucaia e no CTc e contemporâneo do Granito Xinguara (Gxg), conforme os dados estruturais e geocronológicos. Corpos granodioríticos correlacionáveis ao Granodiorito Rio Maria (GDrm), presente em outras regiões, também ocorrem em Xinguara, sendo intrusivos no CTc e cortados pelo THaf e pelo Gxg. O CTc mostra um bandamento N-S, preservado em seu domínio NW. Esta estrutura é transposta para um trend WNW-ESE regional, registrado em diferentes plútons graníticos da região e também no domínio sul do CTc. O GDrm mostra enclaves máficos fortemente achatados, definindo uma foliação paralela ao trend regional. O THaf apresenta um bandamento magmático também de orientação próxima ao trend regional. O Gxg possui forma alongada segundo este mesmo trend. A foliação é fraca, sendo subhorizontal no centro e com mergulhos fortes na borda da intrusão. Microscopicamente, o Gxg mostra recristalização variável, mas muitas vezes moderada a forte dos feldspatos. Quanto ao esforço regional predominante na época de colocação dos granitóides, a orientação do seu eixo principal de esforço (σ1) foi N40E horizontal. Esse esforço regional atuou durante o estágio submagmático do CTc, pois afetou o seu bandamento, formando dobras e boudins. Este esforço foi também responsável pela transposição de estruturas N-S para a estruturação WNW-ESE. Esforços com estas mesmas orientações geraram também as principais estruturas de deformação, desde o estágio submagmático ao subsolidus, no GDrm, THaf e no Gxg. A orientação dos esforços, pouco variou durante as duas etapas de evolução arqueana da região. As variações observadas na atitude da foliação do CTc sugerem que os seus corpos formaram estruturas dômicas, posteriormente obliteradas pela deformação e pelas intrusões dos granitóides mais jovens. Para o GDrm, os dados de geobarometria em anfibólio indicam uma pressão de cerca de 3 kbar, que corresponde a uma profundidade de 10 km e, portanto uma colocação em ambiente epizonal. Os efeitos de metamorfismo de contato registrados nas rochas metabásicas do GB de Identidade são coerentes com esta afirmativa e sugerem uma colocação não diapírica para este granitóide. Algumas características estruturais do Gxg, tais como a variação na intensidade e na atitude da foliação e a deformação nas suas encaixantes sugerem uma colocação por bailooning. A colocação do Thaf deu-se provavelmente por diapirismo. O CTc é um típico granitóide TTG da série trondhjemítica. Entretanto, o comportamento dos elementos litófilos e, sobretudo, terras raras, revelou duas assinaturas geoquímicas distintas em rochas desta unidade: grupos com altas e baixas razões Lan/Ybn. O GDrm ao contrário, segue o trend cálcico-alcalino, é comparativamente rico em MgO e mostra características distintas das associações TTG. É similar aos granodioritos ricos em Mg de Suítes Sanukitóides. O THaf, apesar de mais novo, mostra-se similar ao CTc, no sentido de possuir afinidade com os granitóides TTG, No entanto difere do CTc, pelo enriquecimento relativo em K20. O Gxg mostra afinidade geoquímica com os granitóides cálcico-alcalinos fortemente fracionados, onde o alto K2O e padrão de terras raras são indicativos de uma origem crustal. O líquido gerador das rochas dominantes no CTc (altas razões Lan/Ybn), seria oriundo da fusão de metabasaltos não enriquecidos, previamente transformados em granada-anfibolito. Fontes com composição similar à da média de metabasaltos arqueanos ou a dos metabasaltos de Identidade seriam adequadas para gerar tal líquido, porém a partir de diferentes graus de fusão, respectivamente 25-30% ou 10-15%. O líquido formador dos tonalitos com baixas razões Lan/Ybn, poderia também ser derivado de uma fonte similar às mencionadas, porém sem granada. Os dados de Nd indicam para o primeiro grupo fonte mantélica com pouco tempo de residência crustal. Uma amostra isolada do segundo grupo e um enclave no Gxg apresentaram valores de εNd negativos e idades TDM >3,2 Ga, sugerindo participação de uma fonte mais antiga e com maior tempo de residência crustal. O THaf pode ter sido gerado a partir de 5 a 10% de fusão de metabasaltos de composição química similar aos de Identidade, transformados em granada-anfibolito. Os líquidos do Gxg tiveram origem a partir de diferentes graus de fusão de fonte de composição similar aos granitóides TTG mais antigos. A evolução geológica arqueana de Xinguara ocorreu em duas fases. A primeira deu-se no período de <2,95 a 2,91 Ga e revela analogias com a evolução dos crátons Pilbara (Autrália) e Dharwar (Índia). A segunda fase ocorreu a partir de 2,88 Ga, quando há fortes evidências de mudanças no comportamento da crosta. Neste estágio se daria o espessamento e estabilização da mesma, o que a tornaria mais rígida. A partir daí os processos de convergência e subducção de placas foram mais efetivos. Neste contexto, a fusão do manto enriquecido geraria o magma parental do GDrm. A fusão de granada-anfibolito da crosta oceânica subductante geraria o magma do THaf. A ascensão dos magmas do THaf e do GDrm forneceria calor para a fusão dos granitóides TTG da base da crosta e geração dos magmas graníticos do pluton Xinguara. / The Xinguara region is situated in the northern sector of the Rio Maria Granite-Greenstone Terrain (RMGGT), southeastern Amazonian craton. The RMGGT is composed by greenstone belts and diversified granitoid plutons. Granitoids and gneisses, formeriy included indistinctly in the Xingu Complex, have been individualized in two new stratigraphic units: The Caracol tonalitic complex (CTc), which shows enclaves of the greenstone belts and the Água Fria trondhjemite (THaf). The Iatter is intrusive in the Sapucaia greenstone belt and in the CTc, and coeval with the Xinguara granite (Gxg). Some granodioritic bodies exposed in the Xinguara region are correlated with the Rio Maria granodiorite (GDrm). They are younger than the CTc and older than the THaf and Gxg. The dominant regional structures follow a WNW-ESE trend, observed in the south portion of the CTc and also in the comparatively younger granitoid plutons. The CTc preserves a N-S banding in its NW sector, but this structure is transposed to the WNW-ESE regional trend. The GDrm shows strongly flattened mafic enclaves, which defines a foliation; The THaf displays a magmatic banding; The Gxg pluton has an elongated shape; ali these structures follow the regional trend. The Gxg displays a weak foliation, subhorizontal at the center and dipping at high angles along the borders of the intrusion. The G1 axis of the regional stress during the intrusion of the granitoids was horizontal and trending N40E. The regional stress remained active during the submagmatic stage of the CTc evolution, as indicated by the presence of folds or boudins affecting its banding. It was responsible by the transposition to WNW-ESE of N-S structures. The stress field orientation was similar during the two phases of the Archean evolution of the region. This is suggested by the main submagmatic to subsolidus deformation structures in the GDrm, THaf, and Gxg. The changing trends of the CTc foliation suggest that the CTc was formed by domic plutons, intruded and sectionated by the younger granitic intrusions. Al-in amphibole geobarometer data suggest that the GDrm crystallized under a lithostatic pressure of —3 kbar, equivalent to a —10 km depth. The contact metamorphic effects of the Rio Maria granodiorite in the metabasaltic rocks of the Identidade greenstone belt are coherent with this data and suggest also that its emplacement was not diapiric-controlled. The variation in the intensity and orientation of the foliation in the Xinguara pluton and the deformation imprinted on its country rocks suggest its emplacement by bailooning. The emplacement of the THaf was probably controlled by diapiric processes. The CTc is a typical TTG, similar to those of the Archean trondhjemite series. Two different geochemical signatures have been identified in this granitoid on the basis of accentuated contrasts in LaN/YbN ratios. The GDrm is different of the TTG series. It follows the calc-alkaline trend and is similar to the Mg-rich granodiorites of the Sanukite Series. The THaf is geochemically similar to the CTc and by extension to the Archean TTG, but it is comparatively enriched in K2O. The Gxg is a high-K2O, strongly fractionated, calc-alkaline Archean leucogranite. Its REE pattern is indicative of a crustal origin. The dominant, high LaN/YbN ratio CTc group crystallized from a liquid probably originated from the partial melting of garnet amphibolites derived from 'normal' tholeiites. The latter should be similar in composition to the Archean metabasalts or to the metabasalts from the Identidade greenstone belt and the degree of partial fusion required would be, respectively, 25-30% and 10-15. On the other hand, the tonalites with Iow LaN/YbN ratios crystallized from a liquid derived from a garnet-free similar source. Nd isotopic data indicate a mantle source and a juvenile character for the tonalites of the first group. A tonalite sample of the second group and an enclave in the Gxg yielded negative ONd values and >3.2 Ga TDM ages. These data suggest that the tonalites of this group could derive from an older source with a longer crustal residence time. The THaf may have been generated by 5-10% partial melting of garnet amphibolites derived from metabasalts, chemically similar to the metabasalts from Identidade. The liquids of the Gxg were originated by variable degrees of partial melting of a source similar to the oldest TTG granitoids. The Archean geologic evolution of the Xinguara region occurs in two stages. The first starts in the interval of <2.95 to 2.91 Ga and is apparently similar to those of the Pilbara and Darwhar cratons. The second stage starts at 2.88 Ga and it is coincident with a sharp change in crustal behavior. At this time, the increasing thickening and stabilization of this Archean crustal segment, turned more effective the processes of plate subduction and convergence. In this tectonic context, the partial melting of an enriched mantie wedge would generate the parental magma of the GDrm and the partial fusion of garnet amphibolites derived from the subducted ocean crust would generate the THaf magma. Finally, the upward movement of the THaf and GDrm magmas would induce the melting of the TTGs in the lower crust, thus generating the granitic magmas of the Xinguara pluton.
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Greisens e Epi-sienitos potássicos associados ao granito água boa, Pitanga (AM): um estudo dos processos hidrotermais geradores de mineralizações estaníferasBORGES, Régis Munhoz Krás 23 October 2002 (has links)
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Previous issue date: 2002-10-23 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Na borda oeste do pluton Água Boa, na mina Pitinga (AM), ocorrem três tipos de greisens estaníferos associados espacialmente à fácies granito rapakivi: greisen 1 (Gs1), constituído principalmente por quartzo, topázio, siderofilita marrom e esfalerita; greisen 2 (Gs2), formado essencialmente por quartzo, fengita e clorita; greisen 3 (Gs3), constituído essencialmente por quartzo, fluorita e fengita, com quantidades subordinadas de siderofilita verde. Além disso, associado ao Gs2, ocorre um epi-sienito potássico (EpSK), formado pela dessilicificação do granito rapakivi. Apesar de suas diferenças composicionais e petrográficas, os greisens e epi-sienitos se formaram a partir do mesmo protólito granítico, um hornblenda-biotita-álcali-feldspato-granito a sienogranito. O Gsl apresenta uma zonação interna definida pela predominância de determinados minerais. Assim, ao longo de um halo de alteração contínuo, a zona rica em siderofilita (ZS) está em contato com o granito greisenizado, enquanto que a zona rica em topázio (ZT) situa-se mais afastada do granito. A siderofilita marrom apresenta teores moderados em AI, e sua variação composicional ocorre pela substituição de Fe+2 por A1+3 e Li nos sítios octaédricos, com geração de vacâncias, e concomitante substituição de A1+3por Si+4nos sítios tetraédricos. No Gs2, as zonas mineralógicas estão separadas espacialmente, em níveis onde predomina a fengita (ZF) ou a clorita (ZC). A fengita apresenta um mecanismo evolutivo em que o viAl é substituído por Fe+2 nos sítios octaédricos, com enriquecimento acoplado de Si+4 às expensas de A1+3 nos sítios tetraédricos. Seus teores de Li calculado são ainda menores do que aqueles estimados para a siderofilita do Gs1. No Gs3, a siderofilita verde é composicionalmente mais rica em VIAl e mais pobre em F do que a siderofilita do Gsl, enquanto que a fengita subdivide-se em dois tipos composicionais: uma fengita mais aluminosa, pobre em Fe+2, e uma mais rica em F e Fe+2, que segue os mesmos trends evolutivos apresentados pela fengita do Gs2. A clorita dos três greisens é extremamente rica em Fe, do tipo dafnita. Na sua estrutura, a substituição de 'JIA' por cátions R+2 causa um aumento na ocupação tetraédrica do Si. As cloritas mais aluminosas apresentam as mais altas temperaturas de formação, segundo os geotermômetros clássicos propostos na literatura. Os greisens são resultantes de diferentes processos de interação entre três fluidos principais: (1) fluido aquo-carbônico de baixa salinidade, rico em F, com temperaturas iniciais entre 400° e 350°C, presente durante a formação do Gs1 e Gs3; (2) fluido aquoso de baixa salinidade, e temperatura ao redor de 300°C e que, ao longo de um processo contínuo de salinização, gera um fluido residual de salinidade moderada a alta, com temperaturas entre 200° e 100°C, presente durante a formação do Gs2 e no estágio de silicificação do EpSK; (3) fluido aquoso de baixa salinidade, com temperaturas entre 2000 e 150°C, e que interagiu com os outros dois fluidos, contribuindo, em diferentes graus, para a formação de praticamente todas as rochas hidrotermais. Os dois primeiros fluidos aparentemente têm origem ortomagmática, enquanto que o último tem características de fluido superficial (meteórico?). Além destes, considera-se que o fluido responsável pelo estágio inicial do processo de epi-sienitização não ficou registrado nas amostras estudadas. Estes fluidos foram aprisionados em condições de pressão ao redor de 1 Kb, compatível com níveis crustais rasos, como parece ser o caso dos granitos estaniferos de Pitinga. Tanto a epi-sienitização quanto a greisenização ocorreram sem mudanças no volume original do granito, enquanto as variações de massa decorrentes das transformações causaram as diferenças nas densidades das rochas alteradas. A greisenização causou uma grande remoção em Na2O e K2O, enquanto que SiO2 permaneceu imóvel no Gsl e foi parcialmente removido no Gs2. O Al2O3 sofreu perdas durante a formação do Gs2, mas foi parcialmente adicionado ao Gsl. Os responsáveis pelo aumento de massa durante a greisenização foram Fe2O3 (Fe total), Sn, S, voláteis (P.F.) e F. No Gsl, a diminuição da atividade do F e o aumento da fO2 durante o resfriamento, causaram mudanças químicas nos fluidos, e a conseqüente diferenciação entre a ZT, nas porções mais internas dos condutos/fraturas, e a ZS, mais próxima do granito encaixante. O Gs3 foi formado sob condições mais oxidantes e por fluidos mais pobres em F do que aqueles aprisionados na ZS. A geração de cavidades de dissolução durante a epi-sienitização aumentou a permeabilidade das rochas alteradas, propiciando o aumento das razões fluido-rocha no sitio de formação do EpSK e Gs2. A interação dos fluidos aquosos com os feldspatos do EpSK, durante a formação do Gs2, causou um aumento contínuo na sua salinidade. A ZF foi formada nos estágios mais precoces desta interação, sob temperaturas relativamente mais altas, enquanto que a ZC é um produto dos fluidos aquosos residuais, mais salinos e mais frios. Estes fluidos residuais também foram aprisionados no quartzo de preenchimento de cavidades no EpSK durante o processo de silicificação tardia. Desta forma, os greisens e epi-sienitos potássicos foram formados pela interação entre, pelo menos, três fluidos de origem aparentemente independente, a partir do mesmo protólito granítico, em condições de crosta rasa. As variações nas condições de fO2, atividade do F e salinidade, durante o resfriamento do sistema hidrotermal, e contrastes nas razões fluido-rocha causadas por diferenças de permeabilidade, foram fatores fundamentais para a diferenciação dos greisens. Estes fatores influenciaram sobremaneira as mudanças composicionais dos fluidos e foram responsáveis pela precipitação de cassiterita e sulfetos nos greisens, e pelo enriquecimento em Sn e S durante a greisenização tardia dos epi-sienitos potássicos. / Three stanniferous greisen types were characterized in the western border of Água Boa pluton, Pitinga mine (AM), associated with the rapakivi granite facies: greisen 1 (Gsl), composed mainly by quartz, topaz, brown siderophyllite and sphalerite; greisen 2 (Gs2), composed essentially by quartz, phengite and chlorite; greisen 3 (Gs3), composed of quartz, fluorite and phengite, with minor green siderophyllite. Besides these rocks, a potassic episyenite (EpSK) was identified associated with the Gs2. In spite of the compositional and petrographic differences, all of these hydrothermal rocks derived from a same protholith, a hornblende biotite aikali feldspar granite to syenogranite. The Gsl shows an inner mineralogical zoning defined by topaz or siderophyllite predominance. Along drill cores, the siderophyllite-rich zone occurs near the contact with the greisenized grafite and the topaz-rich zone is situated far from the grafite contact. The brown siderophyllite displays moderated Al contents, and its compositional changes can be explained by Fe+2 substitution for A1+3 and Li in octahedral sites, with a coupled Al+3 substitution for Si+4 in tetrahedral sites. The mineralogical zones in the Gs2 are physicaliy separated in leveis with phengite or chlorite predominance. The mica of Gs2 is a phengite, whose chemical variation is due to substitution of viAl for Fe+2, coupled with Si+4 enrichment. The calculated Li contents in phengites are lesser than those estimated in siderophyllite. The green siderophyllite from Gs3 is VIAl richer and F poorer than Gs1 brown siderophyllite, and the phengite displays two compositional types: an early Fe+2-poor aluminous phengite and a later Fe+2- F-rich one whose chemical variation is similar to that of Gs2 phengite. The chlorite from the three greisen is a Fe-rich daphnite, and its compositional range is due to VIAl substitution for R+2 cations, coupled with Si+2 enrichment. The aluminous chlorite displays higher temperature formation than ferrous one, according to the geothermeter proposed in the literature. The Pitinga greisens were formed by different processes of interaction among three main fluids: (1) low salinity, F-rich, aquo-carbonic fluid, with initial temperatures between 400° -350°C, present during Gsl and Gs3 formation; (2) low salinity aqueous fluid, with a temperature around 300°C, which during a progressive salinity increasing process, originates a moderate to high salinity residual fluid, with temperatures between 200° - 100°C, present during the Gs2 formation and silicification stage of EpSK; (3) low salinity aqueous fluid, with temperatures between 200° - 150°C, which interplayed with the others two fluids in differents grades, contributing to the formation of ali the hydrothermal rocks. The first two fluids has seemingly an orthomagmatic origin while the latter has a surface characteristic (meteoric water?). Moreover, the data suggests that the fluid responsible by the initial stage of the episyenitization process was not registered in the studied samples. These fluids were trapped in pressure conditions around 1 Kbar, representing high crustal levels conditions, similar to that of the stanniferous granites from Pitinga. Both episyenitization and greisenization processes occurred without volume changes in the granitic protholith, and the density differences of the altered rocks were caused by the mass variations along the alteration processes. The greisenization process caused a extensive loss of Na2O and K2O, while SiO2 showed a immobile behaviour in Gsl but was parcially removed in Gs2. The Al2O3 was depleted during the Gs2 formation but added in Gsl. The Fe2O3 (Fe total), Sn, S, volatiles LOl and F were the responsible by the mass increase at greisenization. In the Gsl, the chemical changes in the fiuids were caused by F activity decrease and fO2 increase during cooling. These changes also originated the differentiation between the ZT, in the inner portions of the fratures/conducts, and the ZS, nearest to surrounding gravite. The Gs3 was formed in more oxidizing conditions by F-poorer fiuids than those trapped in the ZS. The dissolution cavities generated during the episyenitization process increased the permeability of the altered rocks, providing an increase of fluid/rock ratios in the EpSK and Gs2 sites. The interaction between aqueous fluid and EpSK feldspar, during the Gs2 formation, caused a continuous salinity increase. The ZF was formed in the early stages of this interaction, at higher temperatures, while the ZC was originated by the more cold and saline, residual fluid. The latter was also trapped in the quartz filling cavities in the EpSK during the later silicification stage. In this way, the greisens and the potassic episyenites were generated from interactions among, at least, three fluids of seemingly independent origin, from a same protholith, in shallow crust conditions. The fO2, F activity and salinity variations, during the hydrothermal system cooling, and the contrast in fluid/rock ratios caused by permeability differences, were very important factors to greisen differentiation. These factors controlled greatly the fluids compositional changes, and caused the cassiterite and sulphides precipitation in the greisens and the Sn- S-enrichment during later greisenization of EpSK.
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Modelos de evolução e colocação dos grantitos paleoproterozóicos da Suíte Jamon, SE do Cráton AmazônicoOLIVEIRA, Davis Carvalho de 27 October 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-10-27 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A Suite Jamon de 1.88 Ga e diques associados são intrusivos em granitóides arqueanos
(2.97-2.86 Ga) do Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria a sul da Serra dos Carajás, no SE do
Craton Amazônico. Aspectos petrográficos e geoquímicos associados a estudos de
susceptibilidade magnética e aerogeofísica mostraram que os plútons da Suíte Jamon são
normalmente zonados. Relações de magma mingling indicam injeções múltiplas de magma na
construção dos plutons. Eles foram formados, em geral, por dois pulsos magmáticos: (1) um
primeiro pulso magmático foi fracionado in situ após a colocação em níveis crustais rasos
gerando uma série de monzogranitos equigranulares grossos com proporções variáveis de biotita
e hornblenda; (2) um segundo pulso, ligeiramente mais jovem, localizado nas porções centrais
dos plutons, é composto de um magma mais evoluído de onde leucogranitos equigranulares
derivaram. Intrusões anelares são identificadas no plúton Redenção. O zoneamento magmático é
marcado por um decréscimo do conteúdo modal de minerais máficos, das razões plagioclásio/Kfeldspato
e anfibólio/biotita e do conteúdo de anortita do plagioclásio. O conteúdo de TiO2, MgO,
FeOt, CaO, P2O5, Ba, Sr e Zr diminuem e os de SiO2, K2O e Rb aumentam na mesma direção. A
diferenciação magmática foi controlada pelo fracionamento das fases minerais cristalizadas
precocemente, incluindo anfibólio ± clinopiroxênio, andesina-oligoclásio cálcico, ilmenita,
magnetita, apatita e zircão. A Suíte Jamon é subalcalina, metaluminosa a peraluminosa e possui
assinatura geoquímica de granitos intraplaca do tipo-A. A ocorrência de magnetita e titanita, bem
como os altos valores de susceptibilidade magnética demonstra que os granitos da Suíte Jamon
foram formados em condições oxidantes. Granitos tipo-A oxidados possuem altas razões de
FeOt/(FeOt+MgO), TiO2/MgO e K2O/Na2O e baixos valores de CaO e Al2O3 comparado aos
granitos cálcio-alcalinos. Porém, o caráter oxidado da Suíte Jamon são similares aos granitos
mesoproterozóicos do tipo-A da série magnetita do SW da América do Norte e difere dos
granitos rapakivi reduzidos do Escudo da Fennoscandia e das suítes Serra dos Carajás e Velho
Guilherme da Província Mineral de Carajás em vários aspectos, provavelmente pela diferença de
fontes magmáticas. A Suíte Jamon cristalizou próximo ou levemente acima do tampão óxido
níquel-níquel (NNO) e uma fonte biotite-honblende quartzo-dioritica sanukitoid arquena foi
proposta para os magmas oxizidados da Suíte Jamon.
O estudo gravimétrico indica que os plútons Redenção e Bannach são intrusões tabulares
com ~ 6.0 km e ~2.2 km de espessura máxima, respectivamente. Estes plútons possuem
dimensões lacolíticas e são similares neste aspecto aos clássicos plútons graníticos rapakivi. Os
dados gravimétricos sugerem que o crescimento da parte norte do pluton Bannach resultou da
amalgamação de plútons tabulares menores intrusivos em seqüência de noroeste a sudeste. Os
plútons da Suíte Jamon foram colocados em um ambiente tectônico extensional com o esforço
seguindo o trend NNE-SSW to ENE-WSW, como indicado pela ocorrência de enxames de diques
de diabásio e granito pórfiro, de orientação WNW-ESE a NNW-SSE e coexistentes com a Suíte
Jamon. Os plutons graníticos paleoproterozóicos e stocks de Carajás estão dispostos ao longo de
um cinturão que segue o trend geral definido pelos diques. A geometria tabular dos batólitos
estudados e o alto contraste de viscosidade entre os granitos e suas rochas encaixantes arquenas
pode ser explicado pelo transporte de magma via diques.
Os mecanismos responsáveis pela colocação dos plutons graníticos, em particular de
plutons anorogênicos do tipo-A, são ainda discutidos. Desse modo, estudo da trama magnética
através de medidas de anisotropia de susceptibilidade magnética (ASM) tem sido aplicado no
plúton Redenção na tentativa de compreender a sua história de colocação. Os altos valores de
suscetibilidade magnética (1 x 10-3 SI to 54 x 10-3 SI) indicam que a trama magnética é
controlada principalmente pelos minerais ferromagnéticos. Os baixos valores do grau de
anisotropia (P') e os aspectos texturais (ausência de feições deformacionais) indicam que a trama
magnética é de origem magmática. A trama magnética é bem definida e caracterizada por uma
foliação concêntrica de alto ângulo associada com lineações com mergulho moderado a fraco. A
falta de uma trama linear unidirecional bem definida na escala do plúton sugere uma influência
reduzida ou nula dos esforços (stresses) regionais durante a colocação do corpo granítico. A
forma tabular e a ocorrência de foliações magnéticas de alto ângulo são interpretadas
principalmente como resultado de: (1) ascensão vertical de magmas através de diques
alimentadores noroeste-sudeste e acomodação pela translação ao longo dos planos da foliação
regional E-W; (2) mudança do fluxo vertical para um espalhamento lateral do magma, com
subsidência do assoalho criando espaço para injeção de pulsos magmáticos sucessivos; (3)
expansão in situ da câmara magmática em resposta às intrusões mais tardias na porção central,
acompanhada pela injeção do magma residual através de fraturas anelares. / The 1.88 Ga, anorogenic, A-type Jamon suite and associated dikes intruded 2.97 – 2.86
Ga-old Archean granitoids of the Rio Maria Granite-Greenstone Terrane which lies to the south
of Serra dos Carajás, in the southeastern domain of the Amazon Craton, northern Brazil.
Petrographic and geochemical aspects associated with magnetic susceptibility and gamma-ray
spectrometry data showed that the Redenção and the northern part of Bannach plutons are
normally zoned, with mingling relationships that indicate multiple magma injections in their
construction. Both were formed by two magmatic pulses: (1) a first magma pulse which
fractionated in situ after shallow crustal emplacement and generated a series of coarse, evengrained
monzogranites with variable modal proportions of biotite and hornblende; (2) a second,
slightly younger magma pulse, localised in the center of both plutons, and composed of a more
evolved liquid from which even-grained leucogranites were derived. Seriated and porphyritic
biotite monzogranite facies intruded the coarse (hornblende)-biotite monzogranites and formed
anellar structures within the Redenção pluton. The magmatic zoning is marked by a systematic
decrease in mafic mineral modal content, plagioclase/potassium feldspar and amphibole/biotite
ratios, and anorthite content of plagioclase. TiO2, MgO, FeOt, CaO, P2O5, Ba, Sr, and Zr
decreased, and SiO2, K2O, and Rb increased in the same fashion. Magmatic differentiation was
controlled by fractionation of early crystallized phases, including amphibole±clinopyroxene,
andesine to calcic oligoclase, ilmenite, magnetite, apatite, and zircon. The Jamon suite is
subalkaline, metaluminous to mildly peraluminous, ferroan alkali-calcic, and displays
geochemical affinities with within-plate A-type granites. The ubiquitous occurrence of magnetite
and titanite as well as high magnetic susceptibility values demonstrate that granites of the Jamon
suite are oxidized in character. Oxidized A-type granites have high FeOt/(FeOt+MgO),
TiO2/MgO, and K2O/Na2O ratios and low CaO and Al2O3 compared to calc-alkaline granites. The
oxidized character of the Jamon suite makes it more akin to the USA Mesoproterozoic magnetiteseries
A-Ttype granites but differs from the reduced rapakivi granites of the Fennoscandian
Shield, and Serra dos Carajás and Velho Guilherme suites of the Carajás province, probably
because of different magmatic sources. The Jamon suite probably crystallized near or slightly
above the nickel-nickel oxide (NNO) buffer and an Archean sanukitoid biotite-hornblende quartz
diorite source was proposed for the oxidized Jamon magmas. Gravity modelling indicates that the Redenção and Bannach plutons are sheeted-like
composite laccolithic intrusions, ~6 km and ~2 km thick, respectively. These plutons follow the
general power law for laccolith dimensions and are similar in this respect to classical rapakivi
granite plutons. Gravity data suggest that the growth of the northern part of the Bannach pluton
was the result of the amalgamation of smaller sheeted-like plutons which successively intruded in
sequence from northwest to southeast. Jamon suite plutons were emplaced in an extensional
tectonic setting with the principal stress oriented approximately along NNE-SSW to ENE-WSW,
as indicated by the occurrence of diabase and granite porphyry dike swarms, orientated WNWESE
to NNW-SSE and coeval with the Jamon suite. The 1.88 Ga A-type granite plutons and
stocks of Carajás are disposed along a belt defined by the general trend of the dike swarms. The
inferred tabular geometry of the studied plutons can be explained by magma transport via dikes
and it is supported the high contrast of viscosity between the granites and their Archean country
rocks. Mechanisms responsible for emplacement of granitic plutons, and in particular of
anorogenic A-type plutons, are still debated. A magnetic fabric study derived from anisotropy of
magnetic susceptibility (AMS) measurements was applied to the Redenção pluton in order to
understand its emplacement history. High magnetic susceptibilities (K from 1 x 10-3 SI to 54 x 10-
3 SI) indicated that magnetic fabrics are primarily carried by ferromagnetic minerals (magnetite).
Low P' values and absence of intracrystalline deformation features indicated that the magnetic
fabric is of magmatic origin. The magnetic fabric is well organized and characterized by
concentric steep foliations associated with moderately to gently plunging lineations. The lack of a
well-defined unidirectional linear fabric at pluton scale suggests the reduced or null influence of
regional stresses during granite emplacement. Three stages are proposed for construction of the
Redenção pluton, which reconcile the tabular shape of the intrusion with the occurrence of steep
magnetic foliations: (1) ascent of magmas in vertical, northwest-striking feeder dikes and
accommodation by translation along east-west-striking regional foliation planes; (2) switch from
upward flow to lateral spread of magma with space for injection of successive magma pulses
created by floor subsidence; and (3) in situ inflation of the magma chamber in response to the
central intrusion of late facies, accompanied by evacuation of resident magmas through ring
fractures.
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