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Ações do óleo de peixe e triglicerídeos de cadeia média na esteatose hepática e estresse oxidativo induzidos pela dieta hiperlipídica em ratos / THE EFFECTS OF FISH OIL AND MEDIUM CHAIN TRIGLYCERIDES IN HEPATIC STEATOSIS AND OXIDATIVE STRESS INDUCED BY HIGH FAT DIET IN RATS

Bianca Bellizzi de Almeida 14 October 2011 (has links)
Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica é caracterizada pelo acúmulo hepático de lipídeos, principalmente na forma de triglicerídeos. Devido à atividade inflamatória progressiva pode evoluir para uma forma mais grave, a esteatohepatite não alcoólica. Os ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 são associados a efeitos metabólicos positivos para redução da esteatose hepática, no entanto, são mais susceptíveis a peroxidação lipídica. Os triglicerídeos de cadeia média (TCMs) promovem a prevenção do bloqueio da beta-oxidação de ácidos graxos e redução da peroxidação lipídica, no entanto os efeitos na redução da esteatose ainda são controversos. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar as implicações da dieta hiperlipídica (HL+) com óleo de peixe ou com óleo de TCM no desenvolvimento da esteatose hepática, no perfil de ácidos graxos hepáticos e no estresse oxidativo em ratos. Metodologia: Cinquenta ratos machos da linhagem wistar foram divididos em 5 grupos. Os animais receberam água e comida a vontade durante 45 dias. A adaptação a dieta HL+ foi realizada nos primeiros 15 dias. A composição da dieta do grupo que recebeu somente a gordura animal (HL+GA) era de 50% de gordura animal, e a dieta dos grupos HL+OS, HL+TCM e HL+OP era composta por 35% de gordura animal e 15% de óleo de soja, óleo de TCM e óleo de peixe, respectivamente. Resultados: Todos os grupos que receberam as dietas hiperlipídicas apresentaram maior acúmulo de gordura total e de triglicerídes hepaticos e somente os grupos HL+GA e HL+TCM apresentaram maior acúmulo de colesterol total hepático em relação ao controle. O grupo HL+TCM apresentou maior acúmulo percentual de gordura e um exacerbado acúmulo de triglicerídeos hepáticos em relação aos grupos alimentados com as dietas HL+. A redução do colesterol total sérico foi observada nos grupos HL+TCM e HL+OP, comparados ao controle. A maior incorporação hepática dos ácidos graxos EPA e DHA no grupo HL+OP contribuiu para o aumento do Índice de Peroxibilidade dos ácidos graxos e das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico livres e totais e para a depleção da vitamina E no fígado. A maior razão AGS/AGPI hepática observada no grupo HL+TCM contribuiu para a preservação dos antioxidantes hepáticos. A alanina aminotransferase, um marcador de dano hepático, apresentou-se aumentada em todos os grupos que receberam as dietas HL+. Conclusões: A dieta hiperlipídica foi eficiente na indução do acúmulo de gordura hepática. O uso do óleo de TCM foi associado a uma maior concentração de lipídeos e preservação dos antioxidantes hepáticos. A dieta hiperlipídica com óleo de peixe foi associada ao aumento significativo na peroxidação lipídica, apesar do menor acúmulo de colesterol e triglicerídeos hepaticos. / Introduction: The Non-alcoholic Fatty liver disease is characterized by hepatic accumulation of lipids, mainly in the form of triglycerides. The disease may progress to a more severe form, the Non-alcoholic steatohepatitis, due to progressive inflammatory activity. Many authors have shown positive metabolic effects associated with the use of polyunsaturated omega-3 fatty acids and reduction in hepatic steatosis. However, these fatty acids are more susceptible to lipid peroxidation. The medium chain triglycerides (MCTs) are able to block beta-oxidation of fatty acids and reduce lipid peroxidation, but the MCT effects in steatosis are still controversial. Objective: The aim of this study was to assess the implications of high-fat diet (HF+) with fish oil or with MCT oil in the development of hepatic steatosis, liver fatty acid profile and oxidative stress markers in rats. Methodology: Fifty wistar male rats were divided into 5 groups. The animals had free access to food and water for 45 days. The first 15 days was dedicated for adaptation to high-fat diet. The HF+AF group received high-fat diet with 50% of animal fat and the other high-fat diets were made with 35% of animal fat plus 15% of other types of fat: soybean oil (HF+SO), MCT oil (HF+MCT) and fish oil (HF+FO). Results: The high-fat groups had higher hepatic total fat and triglycerides accumulation and only the groups HF+AF and HF+MCT had higher accumulation of hepatic cholesterol compared to control. The HF+MCT group had the highest percentage of hepatic fat accumulation and an exacerbated triglyceride accumulation in the liver among HF+ groups. The serum total cholesterol decreased in groups HF+MCT and HF+FO compared with the control group. The highest incorporation of hepatic fatty acids EPA and DHA in the HF+FO group contributed to the increased fatty acids peroxidizability index and total and free hepatic TBARS and depletion of hepatic vitamin E. The biggest ratio SFA/PUFA of liver fatty acids observed in the HF+MCT group contributed to the preservation of hepatic antioxidants. The alanine aminotransferase is a liver damage marker and was increased in all high-fat groups. Conclusions: The high-fat diet was effective to increase the hepatic fat concentration. The consumption of MCT oil can increase the hepatic lipid concentration and hepatic antioxidants. There was a significant increase in hepatic lipid peroxidation in the HF+FO group, although hepatic cholesterol and triglycerides were decreased.
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Indicadores inflamatórios, função endotelial e outros marcadores de risco cardíaco em pacientes idosos com sobrepeso e obesidade: resposta à suplementação de azeite de oliva, óleo de linhaça e óleo de girassol / Inflammatory indicators, endothelial function and other markers of cardiac risk in overweight and obese elderly patients: response to supplementation with olive oil, linseed oil and sunflower oil

Patrícia Amante de Oliveira 10 May 2017 (has links)
A obesidade é uma doença crônica com complicações para a qual se busca o tratamento e a prevenção. A gordura visceral é um órgão endócrino de armazenamento hormonal e produtor de adipocinas inflamatórias, tornando o obeso portador de inflamação crônica, que por sua vez é uma das características da aterogênese e do envelhecimento. Os níveis aumentados de interleucina-6 e fator de necrose tumoral-alfa, citocinas multifuncionais, estão associados à morbi-mortalidade em idosos e à patogênese da aterosclerose. Nos dias atuais, a alimentação mundial é caracterizada pelo aumento do consumo de gordura saturada e gorduras trans, bem como pela redução do consumo de ácidos graxos ômega-3. O desequilíbrio na relação ômega-6/ômega-3 propicia um ambiente de inflamação crônica, sendo o estímulo inicial para doenças degenerativas. A substituição de gorduras saturadas por ácidos graxos poliinsaturados, de ácido alfa- linolênico (ALA) - ômega-3, e de ácido graxo monoinsaturado (ácido oléico - ômega- 9), parece estar associada à redução do risco de doença cardiovascular. Entre duas fontes de ácido eicosapentaenóico e ácido docosahexaenóico, os ácidos graxos ômega-3 provenientes de peixes e o ALA das fontes vegetais, este último é mais acessível financeiramente e amplamente disponível no mundo todo. Este estudo foi desenhado para avaliar comparativamente o efeito do aumento do consumo de ALA proveniente de fontes vegetais sobre os indicadores inflamatórios e a reatividade endotelial em pacientes idosos e obesos ou com sobrepeso. Foram selecionados 79 pacientes para receber doses diárias de óleo de linhaça, óleo de oliva e óleo de girassol por 12 semanas consecutivas. Foram realizadas medidas antropométricas, bioquímicas e de reatividade endotelial antes e após a intervenção, sem nenhuma modificação na dieta dos participantes ou em suas medicações utilizadas, não havendo mudanças antropométricas após a conclusão do estudo. Houve melhora em alguns parâmetros bioquímicos com o óleo de linhaça, que reduziu os níveis de PCRus, C3, C4 e fibrinogênio; com o óleo de girassol, que reduziu os níveis de leptina, ApoB e também a relação Apo B/ApoA1; e com o óleo de oliva que beneficiou a relação Apo B/ApoA1 e os níveis de C4. A espessura da artéria carótida também teve melhora significativa com os três óleos suplementados, mais acentuada com o óleo de linhaça e o óleo de oliva. Além disto, o óleo de girassol melhorou significativamente a distensibilidade da parede arterial e da vasodilatação fluxo-mediada (VFM) e o óleo de oliva apresentou tendência de melhora na VFM. Concluímos que a suplementação de ácidos graxos insaturados provenientes dos três óleos vegetais atenuou o quadro pró-inflamatório e pró-trombótico. Ocorreu melhora do perfil de marcadores bioquímicos e resultados significativos estatisticamente nos marcadores de reatividade endotelial como redução da espessura da íntima-média da artéria carótida, melhora da distensibilidade da parede arterial e melhora da funcionalidade medida pela VFM. Foi benéfica sua introdução à dieta, a fim de reduzir o risco cardiovascular em idosos portadores de obesidade ou sobrepeso / Obesity is a chronic disease with complications for which treatment and prevention are sought. Visceral fat is an endocrine organ of hormonal storage and a producer of inflammatory adipokines, leading to chronic inflammation in the obese person, which in turn is one of the characteristics of atherogenesis and aging. Increased levels of multifunctional cytokines, interleukin-6 and tumor necrosis factor-alfa are associated with morbidity and mortality in the elderly, and in the pathogenesis of atherosclerosis. Currently, food worldwide is characterized by increased consumption of saturated and trans fats, as well as reduced consumption of omega-3 fatty acids. Imbalance in the omega-6/omega-3 ratio provides an environment of chronic inflammation, and the initial stimulus for degenerative diseases. The substitution of saturated fats by polyunsaturated fatty acids, alfa-linolenic acid (ALA)- omega-3, and mono-unsaturated fatty acid (omega-9 fatty acids), seems to be associated with reduced risk of cardiovascular disease. Obtaining alfa-linolenic acid from vegetable sources is more financially accessible and widely available worldwide than omega-3 fatty acids from fish; both are sources of eicosapentaenoic acid and docosahexaenoic acid. This study was designed to comparatively evaluate the effect of increased ALA consumption, derived from vegetables, on inflammatory indicators and the endothelial reactivity in obese or overweight elderly patients. Seventy nine patients were selected to receive daily doses of linseed oil, olive oil and sunflower oil for 12 consecutive weeks. Anthropometric, biochemical and endothelial reactivity measurements were performed before and after the intervention, without any changes in the participants\' diet or in their medications, and no anthropometric changes were identified after the conclusion of the study. Improvement in some biochemical parameters were identified with linseed oil, which reduced the levels of C-reactive protein, C3, C4 and fibrinogen; with sunflower oil, which reduced levels of leptin, ApoB and also ApoB/ApoA1 ratio; and with the olive oil that improved the ApoB/ApoA1 ratio and the C4 levels. Carotid artery thickness also showed a significant improvement with the three supplemented oils, and was more accentuated with linseed oil and olive oil. In addition, sunflower oil significantly improved the distensibility of the arterial wall and its flow-mediated dilatation (FMD), and olive oil showed a tendency for improvement in FMD. We concluded that the supplementation of unsaturated fatty acids from the three vegetable oils attenuated the pro-inflammatory and prothrombotic conditions. An improvement in the profile of biochemical markers and statistically significant results was identified in markers of endothelial reactivity, such as reduction of carotid artery intima-media thickness, improvement of the arterial wall distensibility and the endothelial function measured by FMD. The introduction of unsaturated fatty acids in the diet was beneficial, in order to reduce cardiovascular risk in obese or overweight elderly
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Efeito dos ácidos graxos saturados, poli-insaturados e trans no desenvolvimento de aterosclerose e esteatose hepática em camundongos com ablação gênica do receptor de LDL / Effect of saturated, polyunsaturated and trans fatty acids on the development of atherosclerosis and hepatic steatosis of mice with ablation of the LDL receptor gene

Figueiredo, Roberta Marcondes Machado 18 December 2012 (has links)
Introdução: A quantidade e o tipo de gordura alimentar exercem importante influência no desenvolvimento de doença cardiovascular (DCV) e podem contribuir para o desenvolvimento de esteatose hepática. Os ácidos graxos saturados e trans são consensualmente apontados como aterogênicos; já os poli-insaturados parecem exercer ação antiaterogênica. Com relação a esteatose hepática, sabe-se que os ácidos graxos saturados estão associados com o seu desenvolvimento; porém, a ação dos ácidos graxos trans na gênese e no desenvolvimento de esteatose hepática não está totalmente elucidada. Neste estudo, avaliou-se o efeito do consumo de dietas enriquecidas com ácidos graxos saturados (SAT), poli-insaturados (POLI) ou trans (TRANS) sobre componentes envolvidos na indução e na progressão da placa aterosclerótica, bem como sobre o desenvolvimento da doença hepática gordurosa não alcoólica. Métodos: Camundongos com ablação gênica para o receptor de LDL (LDLr-KO) foram alimentados com dietas hiperlipídicas (40% do valor calórico total sob a forma de gordura), enriquecidas com ácidos graxos SAT, POLI ou TRANS por 16 semanas e ao final submetidos a: 1) análises plasmáticas: colesterol total (CT), triglicérides (TG), insulina, glicose, aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT), interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral-? (TNF-alfa) e perfil de lipoproteínas; 2) determinação da lesão aterosclerótica: área de lesão (Oil Red-O), conteúdo de ATP-binding cassette transporter A1 (ABCA1) e infiltrado de macrófagos (imuno-histoquímica), colocalização de ABCA1 e macrófagos (microscopia confocal) e conteúdo de colágeno (Picrosirius-Red) na raiz aórtica; 3) conteúdo de CT, colesterol éster (CE) e colesterol livre (CL) na aorta total; 4) macrófagos peritoneais foram tratados com lipopolissacarídeo (LPS), e IL-6, TNF-alfa e interleucina-10 (IL-10) medidas no meio de cultura; 5) no fígado: grau da doença hepática gordurosa não alcoólica, concentração de CT e TG e expressão de RNA mensageiro (mRNA) de PPAR-gama, PPAR-gama, SREBP-1c, MTP, CPT-1 e ABCA1 por RT-qPCR; 6) determinação do conteúdo de tecido adiposo visceral e subcutâneo na carcaça. Resultados: O consumo de dieta não diferiu entre os grupos; comparado à dieta POLI, TRANS induziu menor ganho de peso refletido por menor conteúdo de tecido adiposo. TRANS induziu hepatomegalia, desenvolvimento de esteato-hepatite não alcoólica (NASH) e piora da sensibilidade insulínica (evidenciada pelo índice HOMAIR). As concentrações de AST e ALT não diferiram entre os grupos. A dieta TRANS elevou a expressão de mRNA de genes relacionados à lipogênese hepática (PPAR-gama e SREBP-1c) comparada à SAT e POLI e reduziu a expressão de MTP comparada à dieta POLI. Não houve diferença entre os grupos com relação à expressão de genes envolvidos na oxidação hepática de lípides (PPAR-gama e CPT-1). As concentrações plasmáticas de CT e TG foram maiores no grupo TRANS comparado a SAT e POLI. POLI apresentou menor área de lesão, infiltrado de macrófagos e conteúdo de ABCA1 comparados a SAT e TRANS. Macrófagos e ABCA1 não se colocalizaram na área de lesão. O conteúdo de CT na parede arterial foi menor no grupo POLI comparado a TRANS; CL foi menor no grupo POLI comparado a SAT e TRANS; CE não diferiu entre os grupos. Comparado a POLI, SAT e TRANS apresentaram maior conteúdo de colágeno e núcleos necróticos na placa aterosclerótica. A concentração plasmática de IL-6 não diferiu entre os grupos; já a concentração de TNF-alfa foi maior nos grupos POLI e TRANS em comparação a SAT. Em relação à resposta inflamatória de macrófagos ao LPS, POLI e TRANS apresentaram maiores concentrações de IL-6 e TNF-alfa comparadas a SAT. POLI apresentou menores concentrações de IL-10 em comparação aos demais grupos. A expressão hepática de ABCA1 não diferiu entre os grupos. Conclusão: O consumo de dieta TRANS induziu perfil lipídico proaterogênico, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, hiperglicemia e severo desenvolvimento de aterosclerose, além de hepatomegalia, maior acúmulo hepático de lípides e desenvolvimento de NASH. Por outro lado, POLI preveniu o desenvolvimento de aterosclerose, independentemente de sua ação inflamatória. / Introduction: The amount and type of dietary fat play important roles on the development of cardiovascular disease (CVD) and on the development of hepatic steatosis. Saturated (SAT) and trans (TRANS) fatty acids are known as pro-atherogenic, while the polyunsaturated (POLY) fats seem to exert an antiatherogenic action. Regarding hepatic steatosis, it is known that SAT are associated with its development, however, the role of TRANS in the genesis and development of hepatic steatosis is not fully undestood. This study evaluated the effect of the intake of diets enriched with SAT, POLY or TRANS on the parameters involved in the progression of the atherosclerotic plaque and also on the development of the nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD). Methods: LDL receptor knock-out (LDLR-KO) male mice were fed for 16 weeks a high fat diet (40% of calories as fat) enriched with SAT, POLY or TRANS, for 16 weeks. The following parameters were mesured: 1) plasma: total cholesterol (TC), triglyceride (TG), insulin, glucose, aspartate aminotransferase (AST) and alanine amino transferase (ALT), interleukin-6 (IL-6), tumor necrosis factor- ? (TNF-?) and lipoprotein profile; 2) atherosclerotic lesion - lesion area (Oil Red-O), ATP-binding cassette transporter A1 (ABCA1) content and macrophage infiltration (immunohistochemistry), co-localization of ABCA1 and macrophages (confocal microscopy) and collagen content (Picrosirius-Red); 3) TC, cholesteryl ester (CE) and free cholesterol (FC) content of the total aorta; 4) interleukin-6 and 10 (IL-6 and IL-10) and TNF-alfa in the culture medium of peritoneal macrophages after treatment with lipopolysaccharide (LPS); 5) liver: degree of fat liver disease, concentration of TC and TG and mRNA expression (RT-qPCR) of PPAR-gama, PPAR-gama, SREBP-1c, MTP, ABCA1 and CPT-1; 6) visceral and subcutaneous adipose tissue contents in the carcass of the animals. Results: Food intake did not differ amongst the groups, however, compared to POLY, TRANS induced less weight gain, due to lower adipose tissue content. TRANS induced hepatomegaly, nonalcoholic steatohepatitis (NASH) and worsening of insulin sensitivity, as evidenced by the index HOMAIR. The concentrations of ALT and AST did not differ among groups. TRANS increased the mRNA expression of the hepatic lipogenic genes (PPAR-gama and SREBP-1c) compared to the SAT and POLY and reduced the mRNA expression of MTP compared to POLI. There was no difference among the groups regarding the mRNA expression of genes involved in hepatic lipid oxidation (PPAR-gama and CPT-1). Plasma concentrations of TC and TG were higher in TRANS compared to SAT and POLY. POLY showed lower arterial lesion area, macrophage infiltration and ABCA1 content compared to SAT and TRANS. ABCA1 and macrophages did not colocalize in the lesion area. The TC content in the arterial wall was lower on POLY compared to TRANS; FC was lower on POLY compared to SAT and TRANS; CE did not differ among groups. Compared to POLY, SAT and TRANS showed higher collagen content and necrotic core in atherosclerotic plaques. The plasma concentration of IL-6 did not differ among groups, however, TNF-alfa plasma concentration was higher in POLY and TRANS compared to SAT. Regarding the macrophage inflammatory response to LPS, POLY and TRANS showed higher concentrations of IL-6 and TNF-alfa compared to SAT. Moreover, POLY had the lowest concentration of the anti-inflammatory cytokine IL-10. The hepatic expression of ABCA1 did not differ amongst the groups. Conclusion: TRANS induced pro-atherogenic lipid profile, hypercholesterolemia, hypertriglyceridemia, hyperglycemia, and severe atherosclerosis, and in addition, elicted hepatomegaly, increased hepatic lipid accumulation and NASH. On the other hand, POLY prevented the development of atherosclerosis, independently of their pro-inflammatory activity.
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Efeito dos ácidos graxos saturados, poli-insaturados e trans no desenvolvimento de aterosclerose e esteatose hepática em camundongos com ablação gênica do receptor de LDL / Effect of saturated, polyunsaturated and trans fatty acids on the development of atherosclerosis and hepatic steatosis of mice with ablation of the LDL receptor gene

Roberta Marcondes Machado Figueiredo 18 December 2012 (has links)
Introdução: A quantidade e o tipo de gordura alimentar exercem importante influência no desenvolvimento de doença cardiovascular (DCV) e podem contribuir para o desenvolvimento de esteatose hepática. Os ácidos graxos saturados e trans são consensualmente apontados como aterogênicos; já os poli-insaturados parecem exercer ação antiaterogênica. Com relação a esteatose hepática, sabe-se que os ácidos graxos saturados estão associados com o seu desenvolvimento; porém, a ação dos ácidos graxos trans na gênese e no desenvolvimento de esteatose hepática não está totalmente elucidada. Neste estudo, avaliou-se o efeito do consumo de dietas enriquecidas com ácidos graxos saturados (SAT), poli-insaturados (POLI) ou trans (TRANS) sobre componentes envolvidos na indução e na progressão da placa aterosclerótica, bem como sobre o desenvolvimento da doença hepática gordurosa não alcoólica. Métodos: Camundongos com ablação gênica para o receptor de LDL (LDLr-KO) foram alimentados com dietas hiperlipídicas (40% do valor calórico total sob a forma de gordura), enriquecidas com ácidos graxos SAT, POLI ou TRANS por 16 semanas e ao final submetidos a: 1) análises plasmáticas: colesterol total (CT), triglicérides (TG), insulina, glicose, aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT), interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral-? (TNF-alfa) e perfil de lipoproteínas; 2) determinação da lesão aterosclerótica: área de lesão (Oil Red-O), conteúdo de ATP-binding cassette transporter A1 (ABCA1) e infiltrado de macrófagos (imuno-histoquímica), colocalização de ABCA1 e macrófagos (microscopia confocal) e conteúdo de colágeno (Picrosirius-Red) na raiz aórtica; 3) conteúdo de CT, colesterol éster (CE) e colesterol livre (CL) na aorta total; 4) macrófagos peritoneais foram tratados com lipopolissacarídeo (LPS), e IL-6, TNF-alfa e interleucina-10 (IL-10) medidas no meio de cultura; 5) no fígado: grau da doença hepática gordurosa não alcoólica, concentração de CT e TG e expressão de RNA mensageiro (mRNA) de PPAR-gama, PPAR-gama, SREBP-1c, MTP, CPT-1 e ABCA1 por RT-qPCR; 6) determinação do conteúdo de tecido adiposo visceral e subcutâneo na carcaça. Resultados: O consumo de dieta não diferiu entre os grupos; comparado à dieta POLI, TRANS induziu menor ganho de peso refletido por menor conteúdo de tecido adiposo. TRANS induziu hepatomegalia, desenvolvimento de esteato-hepatite não alcoólica (NASH) e piora da sensibilidade insulínica (evidenciada pelo índice HOMAIR). As concentrações de AST e ALT não diferiram entre os grupos. A dieta TRANS elevou a expressão de mRNA de genes relacionados à lipogênese hepática (PPAR-gama e SREBP-1c) comparada à SAT e POLI e reduziu a expressão de MTP comparada à dieta POLI. Não houve diferença entre os grupos com relação à expressão de genes envolvidos na oxidação hepática de lípides (PPAR-gama e CPT-1). As concentrações plasmáticas de CT e TG foram maiores no grupo TRANS comparado a SAT e POLI. POLI apresentou menor área de lesão, infiltrado de macrófagos e conteúdo de ABCA1 comparados a SAT e TRANS. Macrófagos e ABCA1 não se colocalizaram na área de lesão. O conteúdo de CT na parede arterial foi menor no grupo POLI comparado a TRANS; CL foi menor no grupo POLI comparado a SAT e TRANS; CE não diferiu entre os grupos. Comparado a POLI, SAT e TRANS apresentaram maior conteúdo de colágeno e núcleos necróticos na placa aterosclerótica. A concentração plasmática de IL-6 não diferiu entre os grupos; já a concentração de TNF-alfa foi maior nos grupos POLI e TRANS em comparação a SAT. Em relação à resposta inflamatória de macrófagos ao LPS, POLI e TRANS apresentaram maiores concentrações de IL-6 e TNF-alfa comparadas a SAT. POLI apresentou menores concentrações de IL-10 em comparação aos demais grupos. A expressão hepática de ABCA1 não diferiu entre os grupos. Conclusão: O consumo de dieta TRANS induziu perfil lipídico proaterogênico, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, hiperglicemia e severo desenvolvimento de aterosclerose, além de hepatomegalia, maior acúmulo hepático de lípides e desenvolvimento de NASH. Por outro lado, POLI preveniu o desenvolvimento de aterosclerose, independentemente de sua ação inflamatória. / Introduction: The amount and type of dietary fat play important roles on the development of cardiovascular disease (CVD) and on the development of hepatic steatosis. Saturated (SAT) and trans (TRANS) fatty acids are known as pro-atherogenic, while the polyunsaturated (POLY) fats seem to exert an antiatherogenic action. Regarding hepatic steatosis, it is known that SAT are associated with its development, however, the role of TRANS in the genesis and development of hepatic steatosis is not fully undestood. This study evaluated the effect of the intake of diets enriched with SAT, POLY or TRANS on the parameters involved in the progression of the atherosclerotic plaque and also on the development of the nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD). Methods: LDL receptor knock-out (LDLR-KO) male mice were fed for 16 weeks a high fat diet (40% of calories as fat) enriched with SAT, POLY or TRANS, for 16 weeks. The following parameters were mesured: 1) plasma: total cholesterol (TC), triglyceride (TG), insulin, glucose, aspartate aminotransferase (AST) and alanine amino transferase (ALT), interleukin-6 (IL-6), tumor necrosis factor- ? (TNF-?) and lipoprotein profile; 2) atherosclerotic lesion - lesion area (Oil Red-O), ATP-binding cassette transporter A1 (ABCA1) content and macrophage infiltration (immunohistochemistry), co-localization of ABCA1 and macrophages (confocal microscopy) and collagen content (Picrosirius-Red); 3) TC, cholesteryl ester (CE) and free cholesterol (FC) content of the total aorta; 4) interleukin-6 and 10 (IL-6 and IL-10) and TNF-alfa in the culture medium of peritoneal macrophages after treatment with lipopolysaccharide (LPS); 5) liver: degree of fat liver disease, concentration of TC and TG and mRNA expression (RT-qPCR) of PPAR-gama, PPAR-gama, SREBP-1c, MTP, ABCA1 and CPT-1; 6) visceral and subcutaneous adipose tissue contents in the carcass of the animals. Results: Food intake did not differ amongst the groups, however, compared to POLY, TRANS induced less weight gain, due to lower adipose tissue content. TRANS induced hepatomegaly, nonalcoholic steatohepatitis (NASH) and worsening of insulin sensitivity, as evidenced by the index HOMAIR. The concentrations of ALT and AST did not differ among groups. TRANS increased the mRNA expression of the hepatic lipogenic genes (PPAR-gama and SREBP-1c) compared to the SAT and POLY and reduced the mRNA expression of MTP compared to POLI. There was no difference among the groups regarding the mRNA expression of genes involved in hepatic lipid oxidation (PPAR-gama and CPT-1). Plasma concentrations of TC and TG were higher in TRANS compared to SAT and POLY. POLY showed lower arterial lesion area, macrophage infiltration and ABCA1 content compared to SAT and TRANS. ABCA1 and macrophages did not colocalize in the lesion area. The TC content in the arterial wall was lower on POLY compared to TRANS; FC was lower on POLY compared to SAT and TRANS; CE did not differ among groups. Compared to POLY, SAT and TRANS showed higher collagen content and necrotic core in atherosclerotic plaques. The plasma concentration of IL-6 did not differ among groups, however, TNF-alfa plasma concentration was higher in POLY and TRANS compared to SAT. Regarding the macrophage inflammatory response to LPS, POLY and TRANS showed higher concentrations of IL-6 and TNF-alfa compared to SAT. Moreover, POLY had the lowest concentration of the anti-inflammatory cytokine IL-10. The hepatic expression of ABCA1 did not differ amongst the groups. Conclusion: TRANS induced pro-atherogenic lipid profile, hypercholesterolemia, hypertriglyceridemia, hyperglycemia, and severe atherosclerosis, and in addition, elicted hepatomegaly, increased hepatic lipid accumulation and NASH. On the other hand, POLY prevented the development of atherosclerosis, independently of their pro-inflammatory activity.

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