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Estudo da estabilidade da micela de caseina em leite estável e instável não ácidoFortuna, Lelis Aparecida Petrini 16 March 2015 (has links)
O leite instável não ácido (LINA) caracteriza-se pela perda da estabilidade da caseína ao teste do etanol, sem apresentar acidez acima de 18 °D. Este tipo de leite não é transportado para a indústria devido à subjetividade e imprecisão do teste do etanol, o qual não diferencia os tipos de leite, sendo eles: leite normal, LINA e o leite ácido. Este trabalho teve como objetivo contribuir para a compreensão dos fenômenos físico-químicos envolvidos na estabilidade e instabilidade das micelas de caseína em LINA e leite estável bovino e, desenvolver testes alternativos para a identificação e diferenciação de leite estável, ácido e LINA. Para este estudo foram utilizadas 58 vacas da raça Jersey e 130 vacas da raça Holandês em lactação. Teste de mastite subclinica para os animais da raça Jersey revelou 67% de positividade. O principal agente microbiano isolado do leite foi o Staphylococcus coagulase positivo. Não foi evidenciada relação entre a mastite subclínica e o LINA. Os atributos químicos do leite apresentaram diferenças significativas entre as raças avaliadas, independente da estabilidade do leite. Animais com períodos de lactação mais longos apresentaram maior instabilidade da caseína independente da raça estudada. Quanto a acidez, pH, contagem de células somáticas e contagem de bactérias totais não houve diferenças significativas para a estabilidade e raças avaliadas. O LINA apresentou todos os parâmetros avaliados dentro dos padrões exigidos pela legislação brasileira e não apresentando variações significativas com o leite estável. Testes de estabilidade em distintas concentrações de etanol mostrou que 72% (v/v) de etanol diferenciam claramente leite estável e o LINA. Leite estável e LINA apresentaram estabilidade térmica, mostrando que os dois testes não estão correlacionados. O perfil eletroforético das proteínas de leite estável e LINA não apresentou diferenças evidentes, indicando que a instabilidade não está associada a modificações qualitativas ou quantitativas nas caseínas do leite. Os resultados da análise de cálcio e fósforo total, micelar e solúvel, indicaram que o teor de cálcio na fração solúvel é consideravelmente maior no LINA, evidenciando que o cálcio iônico pode ser um fator importante na estabilidade do leite. Além disso, a relação Ca/P foi de 1,1/1 e 1,6/1 em leite estável e LINA, respectivamente. O maior teor de cálcio em relação ao fósforo no LINA pode contribuir para a sua desestabilização da micela de caseína na presença de etanol. O presente estudo deu origem a uma patente de invenção e sistema logístico para coleta de leite, a fim de evitar desperdícios indevidos e interpretações equivocadas acerca do tipo de leite. Particularmente, os métodos patenteados permitem que sejam realizados testes em campo que identificam e diferenciam de forma rápida e eficiente as amostras de leite estável, LINA e leite ácido. / Submitted by Ana Guimarães Pereira (agpereir@ucs.br) on 2015-07-15T18:53:51Z
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Tese Lelis Aparecida Petrini Fontoura.pdf: 162872 bytes, checksum: ba234bd6702c33d0a239b0d5b99ca17b (MD5) / Universidade de Caxias do Sul, UCS. / The unstable non-acid milk (UNAM) is characterized by the instability of caseins in the ethanol test and low acidity (≤ 18 °D). This kind of milk is not transported to the industry due to the subjectivity and low precision of the ethanol test, which is not able to differenciate normal (stable), UNAM, and acid milk. The objective of the present work was to contribute for the understanding of the physic-chemical fenomena involved in the stability and instability of the casein micela in UNAM and stable bovine milk, and to develop reliable tests for the identification and diferenciation of stable, unstable, and acid milks. This study included 58 Jersey and 130 Holland cows in lactation. The subclinical mastitis test of Jersey animals resulted in 67% positivity. The most prevalent microbial agent isolated from subclinical mastitis milks was coagulase-positive staphylococci. It was not evidence any relation between subclinical mastitis and UNAM. Significant differences were detected between Jersey and Holland milks, but these were not related with milk stability. Animals with longer lactation period showed highest frequency of UNAM, independent of cow´s race. No significant differences for pH, acidity, somatic cell count, and total bacterial count, were detected between races and stable milk and UNAM. The UNAM showed all the parameter within the patterns stablished by Brazilian legislation, with not significant differences from stable milks. Stability tests in different ethanol concentrations showed that 72% (v/v) ethanol clarely discriminated UNAM and stable milk. Both UNAM and stable milk exhibited the same behavior at high temperatures, indicating that ethanol and thermal stability are not correlated. No differences were detected between the protein electrophoretic profile of stable milk and UNAM, indicating that the instability is not associated with qualitative or quantitative modification of milk caseins. The analysis of total, micelial and soluble calcium and phosphorus showed that calcium concentration in the soluble fraction is higher in UNAM than in stable milk, indicating that ionic calcium can be an important factor in milk stability. Moreover, Ca/P relation was 1.1/1 and 1.6/1 in stable milk and UNAM, respectively. The highest Ca/P relation in UNAM can contribute for the destabilization of the casein micela in the presence of ethanol. The present study originates an invention patent for the evaluation of milk stability, and a logical system for milk transport, that can reduce losses by the correct determination of milk quality. The patented method allows the rapid and efficient identification and differenciation of stable, UNAM and acid mik in the rural property and industry.
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Estudo da estabilidade da micela de caseina em leite estável e instável não ácidoFortuna, Lelis Aparecida Petrini 16 March 2015 (has links)
O leite instável não ácido (LINA) caracteriza-se pela perda da estabilidade da caseína ao teste do etanol, sem apresentar acidez acima de 18 °D. Este tipo de leite não é transportado para a indústria devido à subjetividade e imprecisão do teste do etanol, o qual não diferencia os tipos de leite, sendo eles: leite normal, LINA e o leite ácido. Este trabalho teve como objetivo contribuir para a compreensão dos fenômenos físico-químicos envolvidos na estabilidade e instabilidade das micelas de caseína em LINA e leite estável bovino e, desenvolver testes alternativos para a identificação e diferenciação de leite estável, ácido e LINA. Para este estudo foram utilizadas 58 vacas da raça Jersey e 130 vacas da raça Holandês em lactação. Teste de mastite subclinica para os animais da raça Jersey revelou 67% de positividade. O principal agente microbiano isolado do leite foi o Staphylococcus coagulase positivo. Não foi evidenciada relação entre a mastite subclínica e o LINA. Os atributos químicos do leite apresentaram diferenças significativas entre as raças avaliadas, independente da estabilidade do leite. Animais com períodos de lactação mais longos apresentaram maior instabilidade da caseína independente da raça estudada. Quanto a acidez, pH, contagem de células somáticas e contagem de bactérias totais não houve diferenças significativas para a estabilidade e raças avaliadas. O LINA apresentou todos os parâmetros avaliados dentro dos padrões exigidos pela legislação brasileira e não apresentando variações significativas com o leite estável. Testes de estabilidade em distintas concentrações de etanol mostrou que 72% (v/v) de etanol diferenciam claramente leite estável e o LINA. Leite estável e LINA apresentaram estabilidade térmica, mostrando que os dois testes não estão correlacionados. O perfil eletroforético das proteínas de leite estável e LINA não apresentou diferenças evidentes, indicando que a instabilidade não está associada a modificações qualitativas ou quantitativas nas caseínas do leite. Os resultados da análise de cálcio e fósforo total, micelar e solúvel, indicaram que o teor de cálcio na fração solúvel é consideravelmente maior no LINA, evidenciando que o cálcio iônico pode ser um fator importante na estabilidade do leite. Além disso, a relação Ca/P foi de 1,1/1 e 1,6/1 em leite estável e LINA, respectivamente. O maior teor de cálcio em relação ao fósforo no LINA pode contribuir para a sua desestabilização da micela de caseína na presença de etanol. O presente estudo deu origem a uma patente de invenção e sistema logístico para coleta de leite, a fim de evitar desperdícios indevidos e interpretações equivocadas acerca do tipo de leite. Particularmente, os métodos patenteados permitem que sejam realizados testes em campo que identificam e diferenciam de forma rápida e eficiente as amostras de leite estável, LINA e leite ácido. / Universidade de Caxias do Sul, UCS. / The unstable non-acid milk (UNAM) is characterized by the instability of caseins in the ethanol test and low acidity (≤ 18 °D). This kind of milk is not transported to the industry due to the subjectivity and low precision of the ethanol test, which is not able to differenciate normal (stable), UNAM, and acid milk. The objective of the present work was to contribute for the understanding of the physic-chemical fenomena involved in the stability and instability of the casein micela in UNAM and stable bovine milk, and to develop reliable tests for the identification and diferenciation of stable, unstable, and acid milks. This study included 58 Jersey and 130 Holland cows in lactation. The subclinical mastitis test of Jersey animals resulted in 67% positivity. The most prevalent microbial agent isolated from subclinical mastitis milks was coagulase-positive staphylococci. It was not evidence any relation between subclinical mastitis and UNAM. Significant differences were detected between Jersey and Holland milks, but these were not related with milk stability. Animals with longer lactation period showed highest frequency of UNAM, independent of cow´s race. No significant differences for pH, acidity, somatic cell count, and total bacterial count, were detected between races and stable milk and UNAM. The UNAM showed all the parameter within the patterns stablished by Brazilian legislation, with not significant differences from stable milks. Stability tests in different ethanol concentrations showed that 72% (v/v) ethanol clarely discriminated UNAM and stable milk. Both UNAM and stable milk exhibited the same behavior at high temperatures, indicating that ethanol and thermal stability are not correlated. No differences were detected between the protein electrophoretic profile of stable milk and UNAM, indicating that the instability is not associated with qualitative or quantitative modification of milk caseins. The analysis of total, micelial and soluble calcium and phosphorus showed that calcium concentration in the soluble fraction is higher in UNAM than in stable milk, indicating that ionic calcium can be an important factor in milk stability. Moreover, Ca/P relation was 1.1/1 and 1.6/1 in stable milk and UNAM, respectively. The highest Ca/P relation in UNAM can contribute for the destabilization of the casein micela in the presence of ethanol. The present study originates an invention patent for the evaluation of milk stability, and a logical system for milk transport, that can reduce losses by the correct determination of milk quality. The patented method allows the rapid and efficient identification and differenciation of stable, UNAM and acid mik in the rural property and industry.
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β-lactoglobulin and lactoferrin complex coacervates: Characterization and putative applications as encapsulation device / β-lactoglobulina e lactoferrina: caracterização e aplicação potencial para a encapsulação de bioativos / Coacervats de β-lactoglobuline et de lactoferrine : caractérisation et application potentielle pour l’encapsulation de bioactifsTavares, Guilherme Miranda 08 October 2015 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2016-06-06T15:05:41Z
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Previous issue date: 2015-10-08 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A encapsulação de moléculas bioativas é utilizada há décadas pelas industrias de alimentos e representa uma real oportunidade de desenvolvimento de produtos inovadores. Dada a sua versatilidade funcional, as proteínas do leite, em particular as proteínas do soro de leite, tem sido utilizadas para fins de encapsulação por meio de diferentes técnicas. Complementarmente, estudos recentes mostraram a habilidade de proteínas alimentares de carga oposta de se co-associar formando micro-esferas através da coacervação complexa. Compreender as forças que governam o processo de coacervação de hetero-proteínas e o efeito da presença de pequenos ligantes (bioativos) são pré-requisitos para o uso de coacervados complexos de hetero-proteínas como agentes de encapsulação. Neste contexto, o objetivo do meu projeto de tese foi entender o mecanismo de coacervação complexa entre β-lactoglobulina (β-LG) e lactoferrina (LF) na ausência ou na presença de pequenos ligantes. As condições ótimas para a coacervação entre β-LG e LF foram identificadas como sendo entre os pH 5.4 – 6.0 e em presença de um excesso molar de β-LG. Interessantemente, LF demonstrou uma seletividade de coacervação com a β-LG A, a isoforma ligeiramente mais eletronegativa. A nivel molecular, a presença de dois sítios de interação da β-LG com a LF foram evidenciados. Em complemento, hetero-complexos como o pentâmero LF(β-LG 2 ) 2 e outros complexos maiores (LFβ- LG 2 ) n foram identificados como constituintes da fase coacervada. Para avaliar o efeito da presença de pequenos ligantes na coacervação complexa entre β-LG e LF, foram usados modelos de moléculas hidrofóbica (ANS) e hidrofílica (ácido fólico). Embora nas condições experimentais os pequenos ligantes não tenham interagido com a β-LG, ambos interagiram com a LF induzindo sua auto-associação em nano- partículas. Concentrações relativamente elevadas de pequenos ligantes afetaram a interação entre as duas proteínas levando a uma transição entre os regimes de coacervação e agregação. / Le bénéfice de l’encapsulation des molécules bioactives a séduit les industries agroalimentaires depuis plusieurs décennies et constitue toujours un levier de développement pour des produits innovants. Plus récemment des études ont montré la capacité de protéines alimentaires de charge opposée à s’assembler en microsphères par coacervation complexe. La compréhension des forces gouvernant le processus de coacervation complexe entre protéines et l’influence exercée par la présence de petits ligands (bioactifs) demeurent des prérequis pour l’utilisation des coacervats complexes de protéines comme agent d’encapsulation. Dans ce contexte, l’objectif de mon projet de thèse a été de comprendre le mécanisme de coacervation complexe entre une protéine chargée négativement, la β-lactoglobuline (β-LG), et une protéine chargée positivement, la lactoferrine (LF), issues du lactosérum en absence et en présence de petits ligands. Les conditions optimales de coacervation entre la β-LG et la LF ont été définies entre pH 5.4 et 6.0 ainsi qu’en présence d’un excès de β-LG. La LF a présenté une coacervation préférentielle avec le variant A de la β-LG qui se distingue du variant B par la substitution de 2 acides aminés. Au niveau moléculaire, deux sites de fixation de la β-LG sur la LF ont été identifiés. En outre, par la mesure d’une part des coefficients de diffusion rotationnel et d’autre part de la cinétique de diffusion des entités moléculaires constituant les coacervats, il est suggéré que ces derniers sont formés à partir de β-LG libre, de pentamère, LF(β- LG 2 ) 2 , ainsi que des entités plus larges, (LFβ-LG 2 ) n . Afin d’évaluer l’effet de la présence de petits ligands sur la coacervation complexe entre la β-LG et la LF, des ligands modèles, l’un hydrophobe (ANS), l’autre hydrophile (acide folique) ont été utilisés. Dans les conditions expérimentales testées ces deux ligands n’ont pas d’affinité pour la β-LG, mais après interaction avec la LF ils sont capables d’induire son auto-association en nanoparticules. En concentrations élevées de ligands, la coacervation complexe entre la β-LG et la LF est perturbée et une transition vers un régime d’agrégation est observée. / Encapsulation of bioactives has been used by the food industries for decades and represents a great potential for the development of innovative products. Given their versatile functional properties, milk proteins in particular from whey have been used for encapsulation purposes using several encapsulation techniques. In parallel, recent studies showed the ability of oppositely charged food proteins to co-assemble into microspheres through complex coacervation. Understanding the driving forces governing heteroprotein coacervation process and how it is affected by the presence of ligands (bioactives) is a prerequisite to use heteroprotein coacervates as encapsulation device. In this context, the objective of my thesis work was to understand the mechanism of complex coacervation between β-lactoglobulin (β-LG) and lactoferrin (LF) in the absence and presence of small ligands. The conditions of optimal β-LG - LF coacervation were found at pH range 5.4-6 with a molar excess of β-LG. Remarkably, LF showed selective coacervation with β-LG A, the slightly more negative isoform. At molecular level, the presence of two binding sites on LF for β-LG was evidenced. Moreover, the heterocomplexes such as pentamers LF(β-LG 2 ) 2 and quite large complexes (LFβ-LG 2 )n were identified as the constituent molecular species of the coacervate phase. To evaluate the β-LG - LF complex coacervation in the presence of small ligands, models of hydrophobic (ANS) and hydrophilic molecules (folic acid) were used. Although under the experimental conditions tested the small ligands did not interact with β-LG, both interacted with LF inducing its self- association into nanoparticles. High relative concentrations of small ligands affected the interaction between the two proteins leading to a transition from coacervation to aggregation regime.
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Utilização de oleaginosas em dietas de vacas leiteiras / Use of oilseeds in diets of dairy cowsBonfim Júnior, Silvano 27 March 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia Veterinária, 2014. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2014-08-18T16:12:27Z
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2014_SilvanoBonfimJunior.pdf: 491363 bytes, checksum: 9bcbf5fca7a27faf0de4a47788a7c4e8 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2014-08-19T14:51:43Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2014_SilvanoBonfimJunior.pdf: 491363 bytes, checksum: 9bcbf5fca7a27faf0de4a47788a7c4e8 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-08-19T14:51:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2014_SilvanoBonfimJunior.pdf: 491363 bytes, checksum: 9bcbf5fca7a27faf0de4a47788a7c4e8 (MD5) / O Brasil é destaque na produção agrícola, principalmente em produtos como a soja e o algodão, que são produzidos em grande parte do território nacional. A soja tem como função primária a produção de óleo. Seu principal coproduto é o farelo de soja, amplamente utilizado como fonte de proteína para a nutrição animal. Situação que lhe confere um alto preço de mercado, sendo maior até que a soja grão. A produção de plumas de algodão tem como coproduto o caroço de algodão que, em partes, é absorvido como semente para a nova safra e o restante destinado a nutrição animal, principalmente para ruminantes. A soja grão e o caroço de algodão apresentam teores de extrato etéreo próximos a 20%, o que torna sua utilização interessante para vacas de leite, principalmente no terço inicial da lactação, quando os animais se encontram em balanço energético negativo. Esta suplementação lipídica as dietas confere uma maior densidade energética as mesmas corrigindo, em partes, a deficiência apresentada pelos animais. O presente trabalho comparou a inclusão de 1 kg de soja grão crua com 1,2 kg de caroço de algodão com línter, como suplementação à dieta de vacas leiteiras. As oleaginosas eram fornecidas isoladamente no momento da ordenha em cochos individuais. Foram utilizadas 22 vacas da raça Girolando (1/2 HPB) de primeira lactação, divididas em dois grupos em função da produtividade e idade de parição. Foram mensuradas a produção individual de leite, teor de gordura, proteína e lactose do leite, e ainda a excreção fecal de extrato etéreo. Houve diferença (p<0,05) entre os tratamentos caroço de algodão (CA) e soja grão crua (SGC) para a produção de leite, que foram de 9,02 e 7,46 kg/vaca/dia, respectivamente. Para os parâmetros qualitativos do leite, gordura e proteína, o caroço de algodão também apresentou melhores resultados (p<0,05) comparativamente à soja grão crua. Os teores de gordura foram 3,63% para CA e 3,46% para SGC; os de proteína foram 3,56% para CA e 3,10% para SGC. Conforme já esperado, o teor de lactose manteve-se igual em ambos os tratamentos. Os teores de lactose foram 5,17 para CA e 5,08 para SGC. A excreção de extrato etéreo nas fezes foi igual para os dois tratamentos, o que mostra não ter havido diferenças na excreção de lipídios ao utilizar-se grãos crus. Além de melhorar a produção de leite, o caroço de algodão também melhora as características qualitativas do leite comparativamente a soja grão crua. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Brazil is highlighted in agricultural production, especially in products such as soybeans and cotton, which are produced in much of the country. Soy has a primary function of producing oil, its main byproduct is soybean meal, widely used as a protein source for animal nutrition, situation which gives it a high market price, even higher than soybeans. The production of cotton has a byproduct the cotton seed which, in part, is absorbed as seed for the new crop and the remainder is destined to animal feeding, especially for ruminants. The soybean grain and cotton seed present ether extract content close to 20%, what makes interesting its use for dairy cows, especially in early lactation when the animals are in negative energy balance. This lipid supplementation to the diets confers greater energy density, correcting to certain extent the deficiency presented by animals. This work compared the inclusion of 1 kg of raw grain of soybean with 1.2 kg of cottonseed with lint, as a supplement to the diet of dairy cows. Oilseeds were offered individually during milking procedure in individual troughs. Twenty two Girolando cows (1/2 Holstein) in first lactation were used, separated in two groups according to productivity and age of calving. Individual milk yield, contents of fat, protein and lactose in milk, and fecal excretion of lipids were measured. There was a difference (p<0,05) between the cottonseed (CS) and raw soybeans (RS) treatments for milk production, which were of 9,02 and 7,46 kg / cow / day, respectively. For qualitative parameters of milk, fat and protein, cottonseed showed better results too (p <0.05) compared to raw soybean. Fat content was of 3.63% for CS and 3.46% for RS; protein was of 3.56% for CS and 3.10% for RS. As expected, the lactose content remained the same in both treatments. Lactose were 5.17 for CS and 5.08 for RS. The excretion of lipids in feces was similar for the two treatments, which shows that there were no differences in the excretion of lipids by using raw grains. Other than improving milk production, the cotton seed also improves the quality characteristics of milk compared to raw soybean.
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Desenvolvimento de petit suisse simbiótico sem lactose /Pires, Ana Carolina Moreira da Silva. January 2018 (has links)
Orientador: Kátia Sivieri / Banca: Adilson Cesar Abreu Bernardi / Banca: Valéria de Carvalho Santos Ebinuma / Resumo: Introdução: A intolerância à lactose atinge 70% da população mundial e é uma desordem gastrointestinal caracterizada pela deficiência da enzima lactase. Indivíduos intolerantes a lactose tendem a parar de consumir produtos lácteos ou buscam por opções sem lactose para suprir as necessidades diária de nutrientes e cálcio. Uma das alternativas no desenvolvimento de produtos lácteos com baixo ou ausência de lactose é o uso da tecnologia de membrana, principalmente a ultrafiltração (UF) e a diafiltração (DF). Objetivo: Desenvolver um petit suisse simbiótico sem lactose utilizando leite com alto teor de proteína e sem lactose obtidos por tecnologia de UF e DF. Métodos: Este trabalho foi desenvolvido em duas etapas, sendo que na primeira etapa foram obtidos os leites a serem utilizados na produção do queijo petit suisse. Para obtenção do leite com maior teor de proteína - leite proteico (LP) foi realizado a operação de ultrafiltração do leite UHT desnatado, utilizando um fator de concentração igual a dois. Em seguida, para a obtenção de leite sem lactose foram realizadas três diafiltrações para a remoção da lactose do leite proteico, produzindo o leite proteico sem lactose (LPSL). Nos leites LP e PPSL foram avaliados os teores de proteína e lactose. Na segunda etapa foram realizados os processos de obtenção dos queijos Quarks e petit suisses. A partir do LP foi desenvolvido o queijo Quark proteico (QQP), com o LPSL foi desenvolvido o queijo Quark proteico sem lactose (QQPSL) e como... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Introduction: Lactose intolerance affects 70% of the world population and is a gastrointestinal disorder characterized by a deficiency of the enzyme lactase. Individuals intolerant to lactose tend to stop consuming dairy products or search for lactose-free options to meet the daily needs of nutrients and calcium. One of the alternatives in the development of dairy products with low or no lactose is the use of membrane technology, mainly ultrafiltration (UF) and diafiltration (DF). Objective: To develop a symbiotic petit suisse without lactose using milk with high protein content and without lactose obtained by UF and DF technology. Methods: This work was developed in two stages, and in the first stage the milks to be used in the production of petit suisse cheese were obtained. To obtain the milk with the highest protein - protein (LP) milk, the ultrafiltration operation of the skimmed UHT milk was performed, using a concentration factor of two. Then, to obtain lactose-free milk, three diafiltrations were carried out to remove lactose from protein milk, producing lactose-free protein milk (LPSL). In the LP and PPSL milks the protein and lactose contents were evaluated. In the second stage the processes of obtaining Quarks and petit suisses cheeses were carried out. From the LP, the protein Quark cheese (QQP) was developed, with the LPSL was developed the protein Quark cheese without lactose (QQPSL) and as control was produced the cheese Quark control (QQC) obtained through the skim milk UHT control (LC), without membrane processing. For the Quarks cheeses were also evaluated the levels of protein and lactose. Then the petit suisse cheeses were produced. With the QQP, the probiotic and proteic symbiotic petit suisses (PPP and PPS) were produced. From the QQPSL, the probiotic and... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Termodinâmica de interação entre betacaroteno e proteínas do leite / Thermodynamics of interaction between beta-carotene and milk proteinsSilva, Carla Eduarda Ladeira 16 November 2015 (has links)
Submitted by Reginaldo Soares de Freitas (reginaldo.freitas@ufv.br) on 2017-04-03T13:27:26Z
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Previous issue date: 2015-11-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A cor é um atributo sensorial que influencia de forma decisiva o julgamento dos consumidores quanto a determinado tipo de alimento. Por esta razão, as indústrias alimentícias possuem uma frequente preocupação com a adição de corantes aos seus produtos, de forma a torna-los mais atrativos aos consumidores. Duas classes distintas de corantes estão disponíveis para uso em alimentos, os sintéticos e os naturais. Os corantes sintéticos são mais frequentemente utilizados em virtude de algumas vantagens apresentadas por estes em relação aos naturais, como maior estabilidade frente a diferentes fatores e maior solubilidade em soluções aquosas. Entretanto, estudos toxicológicos têm apontado estes corantes como potenciais causadores de problemas à saúde dos consumidores. Estes estudos, bem como a crescente preocupação dos consumidores com aspectos relacionados à saúde e também medidas legislativas têm motivado a substituição dos corantes sintéticos por aqueles obtidos a partir de fontes naturais, os quais apresentam menores evidências de danos à saúde dos consumidores. Por outro lado, a utilização de corantes naturais em formulações alimentícias ainda é bastante limitada devido principalmente à menor estabilidade e solubilidade destes na matriz alimentícia, por ser tratarem, em geral, de compostos lipofílicos. As proteínas do leite possuem um importante papel no transporte de moléculas hidrofóbicas, tais como corantes. Diante disso, objetivou-se estudar a interação a nível molecular entre o betacaroteno, um corante natural, e as proteínas lácteas albumina sérica bovina (em suas conformações nativa e desnaturada) e beta-caseína, através de técnicas sensíveis utilizadas em estudos de interações. Os resultados obtidos através da técnica espectroscopia de fluorescência mostraram que em pH 7,0 concentrações crescentes de betacaroteno reduziram a intensidade de fluorescência de ambas as proteínas, beta-caseína e albumina sérica bovina, e que o mecanismo de extinção de fluorescência foi principalmente estático. As constantes de interação associadas a formação do complexo entre o betacaroteno e as proteínas lácteas variaram com as temperaturas estudadas entre 8,43x104 e 4,20x107 L mol-1 para BSA nativa, 1,11x102 e 5,05x102 L mol-1 para BSA desnaturada e entre 3,34x101 e 2,457x103 L mol-1 para beta-caseína. A estequiometria de formação do complexo (betacaroteno:proteína) também variou entre as proteínas, sendo 1:1 para BSA nativa, 1:3 para BSA desnaturada e 1:2 para beta-caseína. Os valores da variação da energia livre de Gibbs padrão de formação do complexo variaram com a temperatura e foram negativos para todos os sistemas estudados. Entretanto, os valores deste parâmetro obtidos para a beta-caseína foram inferiores em relação aqueles obtidos para a BSA. A formação do complexo em todos os casos foi dirigida pela entropia do sistema. Resultados de fluorescência obtidos no pH 5,0 para a albumina sérica bovina mostraram que a interação entre esta proteína e o betacaroteno foi praticamente constante, provavelmente por questões relacionadas a conformação e distribuição de grupos carregados da proteína neste valor de pH. A estabilidade à luz do corante foi avaliada na presença e na ausência de albumina sérica bovina e beta-caseína e os resultados mostraram que ambas as proteínas protegeram o corante da degradação ocasionada pela luz. Os resultados gerais obtidos apontaram para a utilização eficiente das proteínas lácteas no transporte e estabilização do betacaroteno em sistemas alimentícios. / The color is a sensory attribute that influence decisively the judgment of consumers in certain type of food. For this reason, the food industries have a common concern with the addition of coloring to their products in order to make them more attractive to consumers. Two distinct classes of dyes are available for use in foods, synthetic and natural. Synthetic dyes are most often used due to certain advantages presented by these in relation to natural, such as increased stability due to different factors, solubility in aqueous solutions, providing a wide variety of colors and lower production costs. However, toxicological studies have pointed to these dyes as potential troublemakers to the health of consumers, ranging from allergies to cancer development. These studies as well as the growing consumer concern with health- related characteristics and also legislative measures have motivated the replacement of synthetic dyes by those obtained from natural sources, which, although also present drawbacks, have been used for many years with minor evidence of harm to the health of consumers. The use of natural colorants in food formulations is very limited due mainly to decreased stability and solubility thereof in the food matrix, to be treat in general, of lipophilic compounds. Milk proteins have an important role in the transport of hydrophobic molecules such as dyes. The research objective was to study the interaction at the molecular level between beta-carotene, a natural dye, bovine serum albumin and beta-casein, through sensitive techniques used in interaction studies. The results obtained by fluorescence spectroscopy technique showed that at pH 7.0 increasing concentrations of beta-carotene reduced the fluorescence intensity of both proteins, beta-casein and bovine serum albumin, and the fluorescence quenching mechanism is mainly static. Interaction constants associated with complex formation between the beta-carotene and dairy proteins with temperatures studied ranged between 8,43x104 and 4,20x107 L mol-1 for native, BSA, between 1,11x102 and 5,05x102 L mol-1 for denatured BSA and between 3,34x101 and 2,457x103 L mol-1 for beta-casein. The stoichiometry of the complex formation (beta-carotene:protein) also varied between proteins, being 1:1 to native BSA, 1:3 to denatured BSA and 1:2 for beta-casein. The values of variation of the standard Gibbs free energy of complex formation varied according to temperature and were negative for all systems studied. However, the values of this parameter obtained for beta casein were lower compared to those obtained for BSA. The formation of the complex in all cases was driven by the entropy of the system. Fluorescence results obtained in the pH 5.0 to bovine serum albumin showed that the interaction between this protein and beta-carotene was almost constant, probably issues the conformation and distribution of charged groups of the protein at this pH value. The dye light stability was assessed in the presence and absence of bovine serum albumin and beta-casein and the results showed that both proteins dye protected from degradation caused by light. The overall results obtained pointed to the efficient use of milk protein in the transport and stabilization of beta-carotene in food systems.
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Efeito da ingestão de diferentes isolados proteicos na resposta metabólica e no desempenho físico de homens ciclistas / Effect of the consumption of different protein isolates on metabolic response and physical performance in cyclists menLima, Mário Flávio Cardoso de 30 August 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-08-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do consumo de bebidas contendo diferentes isolados proteicos (soro de leite ou soja), apresentando teor de macronutrientes e densidade calórica semelhantes, em parâmetros bioquímicos sanguíneos (glicose, insulina, lactato, sódio e potássio) e urinário (ureia), nas respostas metabólicas em repouso (taxa metabólica de repouso-TMR), no período pós-prandial (termogênese induzida pela dieta-TID) e após a realização de exercício em cicloergômetro (gasto energético pós exercício-GEPE), bem como no desempenho esportivo. Participaram do estudo sete ciclistas, do sexo masculino, com idade de 27,7 ± 3,3 anos, peso de 75,03 ± 12,44 kg, índice de massa corporal de 24,26 ± 3,03 kg/m 2 e percentual de gordura corporal de 15,59 ± 8,39%. Os voluntários participaram em ordem aleatória de três etapas experimentais separadas por no mínimo sete dias. Em cada etapa, os indivíduos ingeriram uma das bebidas teste (soro de leite ou soja) ou a bebida controle, durante oito dias consecutivos. As referidas bebidas forneciam em média 15 a 20% de suas necessidades calóricas diárias e 0,5 g da proteína teste/kg de peso corporal do voluntário. Estes indivíduos também foram submetidos a um protocolo de exercícios intervalados em cicloergômetro. No primeiro e oitavo dias de cada etapa, os voluntários foram submetidos às avaliações bioquímicas, metabólica e do desempenho previstas no estudo. As respostas bioquímicas e metabólicas dos participantes não foram afetadas durante o estudo. Contudo, verificou-se melhora do desempenho no oitavo dia de consumo da bebida contendo soro do leite (2,01 ± 0,03 km) em comparação à bebida controle (1,92 ± 0,04 km). Conclui-se que dentre as proteínas testadas, a bebida contendo proteínas do soro do leite se destacou por melhorar o desempenho de ciclistas submetidos a um protocolo de exercícios predominantemente anaeróbico em cicloergômetro. / The aim of this study was to evaluate the effect of the consumption of beverages containing differents protein isolates (whey or soy), with similar macronutrient content and caloric density on blood (glucose, insulin, lactate, sodium and potassium) and urine (urea) biochemical parameters, metabolic responses at rest (resting metabolic rate-BMR), in the postprandial period (diet-induced thermogenesis-TID) and after performing exercising in a cycle ergometer (post-exercise energy expenditure GEPE) and in exercise performance. Seven male cyclists participated in this study. They were aged from 27.7 ± 3.3 years, weight 75.03 ± 12.44 kg, body mass index of 24.26 ± 3.03 kg/m2 and body fat percentage of 15.59 ± 8, 39%. The volunteers participated in random order in three experimental sessions separated from each other by at least seven days. Subjects consumed one of test beverages at each session (whey or soy), or control beverage for eight consecutive days. Those drinks provided on average 15- 20% of their daily caloric needs and 0.5 g of test protein/kg of body weight of the volunteer body weight. The subjects were also submitted to an exercise protocol on a cycle ergometer. In the first and eighth day of each session, the volunteers were submitted to biochemical, metabolic and performance assessments. The metabolic and biochemical responses were not affected during the study. However, there was an improvement in performance on the eighth day in response to the consumption of the beverage containing whey (2.01 ± 0.03 km) compared to the control beverage (1.92 ± 0.04 km). Therefore, we conclude that among the proteins tested, the beverage containing whey protein was the only one that improved the performance at cyclists submitted to a predominantly anaerobic exercise protocol on a cycle ergometer.
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Propriedades técnico-funcionais de diferentes misturas de proteínas cárneas e concentrado proteico de soro de leite / Technical and functional properties of different mixtures of meat and whey protein concentratedTrindade, Ana Carolina 24 November 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-11-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / De acordo com a sua solubilidade, as proteínas da carne se dividem em três classes: sarcoplasmáticas, miofibrilares e estromais. Elas exercem papel importante na textura de produtos cárneos emulsionados, devido às suas propriedades físico-químicas. Proteínas não cárneas, como o concentrado proteico do soro de leite (CPS), podem ser adicionadas a produtos cárneos a fim de diminuir custos e para contribuir para as características específicas desses produtos. Com o intuito de entender a influência de proteínas não cárneas, propriedades técnico-funcionais das proteínas da carne juntamente com o concentrado proteico do soro foram avaliadas. Foram realizadas as análises de solubilidade, capacidade de ligação de água e estabilidade da emulsão dos concentrados proteicos. Nos géis autossustentáveis, aqueles que mantiveram sua estrutura em condições de concentração, pH, temperatura e tempo estabelecidos, foram realizadas as análises de perfil de textura e relaxamento de tensão. As maiores concentrações de proteínas solúveis foram encontradas em valores extremos de pH (2, 3, 8 e 9) para todos os tratamentos, exceto para os tratamentos formados por proteínas miofibrilares em meio salino (0,6 mol.L -1 e 1,1 mol.L -1 ), cuja máxima solubilidade foi encontrada em pH 6,5; 7; 8 e 9. Em relação à estabilidade da emulsão, as proteínas estromais não apresentaram diferença (p>0,05) entre os valores de pH (3, 4 e 9). As proteínas miofibrilares com adição de sal, em valores de pH de 8 e 9, propiciaram maior estabilidade da emulsão em comparação com as proteínas miofibrilares sem adição de sal. A dispersão da mistura das proteínas cárneas formou emulsão mais estável que a suspensão das proteínas estromais e sarcoplasmáticas. O parâmetro “dureza”, em análise do perfil de textura, foi maior em géis formados pelas misturas das três proteínas extraídas da carne. O gel formado a 75 oC por 4 % de proteínas miofibrilares não diferiram (p > 0,05) do gel formado por 4 % da mistura de proteínas miofibrilares (80 %) e CPS (20 %) à mesma temperatura. O gel composto apenas por CPS necessitou de maior temperatura (90 °C) e concentração (8%) para formar um gel autossustentável. Em relaxamento de tensão, os géis das proteínas miofibrilares apresentaram o comportamento mais elástico do que o gel composto pela mistura das proteínas miofibrilares + CPS. O gel formado pela mistura das três proteínas da carne (miofibrilar + sarcoplasmática + estromais) apresentou maior módulo elástico entre os géis formados por proteínas, miofibrilares e CPS e sua mistura (Miofibrilar + CPS), porém, apresentou menor valor de taxa de recuperação, ou seja, apresentaram uma estrutura seca e quebradiça. Conclui-se que a substituição de 20 % de proteínas miofibrilares por CPS não altera o perfil de textura dos géis de proteínas miofibrilares e que as proteínas sarcoplasmáticas contribuem para as propriedades técnico-funcionais dos géis formados pelas proteínas cárneas, aumentando a força do gel e relativa propriedade emulsificante. / According to its solubility, meat proteins fall into three classes: sarcoplasmic, myofibrillar and stroma. They play an important role in texture emulsified meat products, due to their physico-chemical properties. The Non-meat proteins, such as whey protein concentrate (WPC), can be added to meat products in order to reduce costs and contribute to the specific characteristics of these products. In order to understand the influence of non-meat proteins, technical and functional properties of meat proteins together with whey protein concentrate was evaluated. The Solubility tests were carried out, water binding capacity and emulsion stability of protein concentrates. In the self- supported gels, those which maintained their structure conditions of concentration, pH, temperature and time set, the texture profile analysis and stress relaxation were performed. The higher soluble protein concentrations were found at pH extremes (2, 3, 8 and 9) for all treatments except for treatments consisting of myofibrillar proteins in saline (0.6 mol.L -1 and 1.1 mol.L -1 ), the maximum solubility was found at pH 6.5; 7; 8 and 9. For the stability of the emulsion, stromal proteins showed no difference (p > 0.05) between pH values (3, 4 and 9). The myofibrillar proteins with added salt at pH values 8 and 9, showed higher emulsion stability compared with the myofibrillar proteins without added salt. The dispersion of the mixture of meat proteins formed stable emulsion suspension of stromal and sarcoplasmic proteins. The parameter "hardness" in texture profile analysis, was greater in the gels formed by the mixture of the three extracted meat proteins. The gel formed at 75 ° C for 4% of myofibrillar proteins did not differ (p > 0.05) 4% gel formed by the mixture of myofibrillar proteins (80%) and WPC (20%) at same temperature. The gel contains only WPC required higher temperature (90 ° C) and concentration (8%) to form a self-supported gel. In relaxation of tension, the gels of myofibrillar proteins showed a more elastic behavior of the gel formed by the mixture of myofibrillar proteins WPC +. The gel formed by mixing the three meat proteins (myofibrillar + sarcoplasmic + stromal) showed higher elastic modulus of the gels formed by proteins, myofibrillar and WPC and its mixture (Myofibrillar + WPC), however, showed the lowest recovery rate, that is had a dry and brittle structure. It is concluded that the replacement of 20% of myofibrillar proteins by WPC does not alter the texture profile of the gels of myofibrillar proteins and the sarcoplasmic proteins contribute to the technical and functional properties of the gels formed by the meat proteins, increasing the gel strength and relative emulsifying property.
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Rastreabilidade da cama de aviário por isótopos estáveis em bovinos leiteiros /Carvalho, Marco Antônio Gonzales de January 2015 (has links)
Orientador: Carlos Ducatti / Coorientador: Juliana Célia Denadai / Banca: José Paes de Almeida Nogueira Pinto / Banca: Maria Márcia Pereira Sartori / Resumo: A rastreabilidade da cama de aviário na dieta de vacas leiteiras foi realizada pela análise dos isótopos estáveis de carbono (δ13C), nitrogênio (δ15N), oxigênio (δ18O) e deutério (δ2H) no leite e suas frações (gordura, soro do leite, e proteína). Os valores de δ13C e δ15N do leite e suas frações foram maiores nos animais alimentados com a dieta contendo cama de aviário em comparação aos da dieta vegetal, enquanto os valores de δ18O e δ2H foram semelhantes entre os tratamentos. As análises de componentes principais do leite e suas frações proteína e soro permitiram distinguir o grupo alimentado com cama de aviário dos grupos alimentados com a dieta vegetal, sendo os isótopos de δ13C e δ15N os mais representativos. No entanto, a rastreabilidade não foi possível na gordura extraída do leite. Os resultados demonstraram a possibilidade de rastrear a presença da cama de aviário na dieta de bovinos leiteiros pela análise isotópica do leite e suas frações proteína e soro, surgindo como nova ferramenta na fiscalização e controle de qualidade deste alimento / Abstract: Traceability of poultry litter in dairy cow diet was performed by analysis of stable isotopes of carbon (δ13C), nitrogen (δ15N), oxygen (δ18O) and deuterium (δ2H) in milk and its fractions (fat, whey, and protein). The values of δ13C and δ15N were higher in milk and fractions of animals fed diet containing poultry litter than those fed with vegetable diet, while the values of δ18O and δ2H remained similar. The principal component analysis of milk and fractions (protein and water) differed among the group which diet contained poultry litter from those fed vegetable diet, where the stable isotopes of carbon and nitrogen were more representative. However, by stable isotopes in the fat was not possible to differentiate between treatments. The results demonstrate the capacity to track the presence of poultry litter in dairy cow diet by isotopic analysis of milk and its components (protein and whey), emerging as a new tool in the supervision and quality control of this food / Mestre
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Estudo termodinâmico da partição de lactoproteínas em sistemas aquosos bifásicos formados por copolímeros blocos / Studying thermodynamics of partition of lactoproteins in two phase aqueous systems formed by block copolymersMesquita, Anderson Fuzer 12 February 2004 (has links)
Submitted by Reginaldo Soares de Freitas (reginaldo.freitas@ufv.br) on 2016-10-04T17:57:07Z
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Previous issue date: 2004-02-12 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Neste trabalho, foram estudados os dados de equilíbrio de fases de sistemas aquosos bifásicos compostos por L35 + fosfato de potássio e F68 + fosfato e potássio. Foram estudados os efeitos da variação de temperatura (10 ° 25 ° e 40 ° e da massa molar dos copolímeros sobre os dados de C, C C) equilíbrio. A influência da variação de temperatura é mais intensa sobre a inclinação da tie-line (linha de amarração) do que sobre a posição da binodal e este efeito é maior para L35 do que para F68. A influência da massa molar sobre o comportamento dos diagramas de fase para os copolímeros F68 e L35 foi compensado pelos efeitos associados à hidrofobicidade das macromoléculas. A influência da mudança de pH (7 e 12) sobre o equilíbrio de fases dos sistemas L35 + fosfato de potássio + água e L35 + fosfato de potássio/hidróxido de potássio também foi estudado. Aumentando-se o pH, a curva binodal deslocou-se para concentrações de fosfato e copolímero mais altas correspondentes a uma diminuição na região bifásica de coexistência. A partição de proteínas do soro de queijo tais como albumina de soro bovino (BSA) e β-lactoglobulina (β-Lg) foi feita em sistemas aquosos bifásicos (SABs) consistindo de copolímeros blocos L35 e F68 formados por micelas. Esses copolímeros são membros da família PEO-PPO-PEO, onde PEO é poli(óxido de etileno) e PPO é poli(óxido de propileno). Dois diferentes sistemas aquosos bifásicos (SABs) foram usados: um preparado com L35-fosfato-água e o outro formado por F68-fosfato-água, ambos em pH 7. Os experimentos foram feitos a 10, 25 e 40 ° As influências da natureza dos copolímeros triblocos, massa C. molar, temperatura e do comprimento da linha de amarração sobre a partição foram investigadas. Ambas proteínas particionaram para a fase de fosfato, mais hidrofílica e um fraco efeito da temperatura sobre os valores de coeficiente de partição foi observado. Os dados observados experimentalmente foram analisados usando um modelo simples derivado da teoria de Flory- Huggins por Johansson et al. Os resultados de particionamento foram discutidos em termos de contribuições entrópicas e entálpicas. A força entrópica predominou no comportamento de particionamento dessas proteínas, de maneira semelhante ao que ocorre em sistemas PEO − fosfato. / This work reports on a phase equilibrium study of aqueous two-phase systems composed by L35 + potassium phosphate, and F68 + potassium phosphate. The effects of changes in temperature (10 ° 25 ° and 40 ° C, C, C) and copolymer molar mass on data equilibrium were studied. The influence of temperature variation on the tie-line slope is more intense than that on the binodal position, and it is higher for L35 than for F68. The influence of molar mass on the behavior of the phase diagrams of both copolymers was compensated by effects associated to macromolecule hydrophobicity. It was also studied the influence of changes in salt pH (7 and 12) on the phase equilibrium of systems L35 + potassium, phosphate + water, and L35 + potassium phosphate/potassium hydroxide + water. As pH increased, the binodal curve shifted to higher copolymer and phosphate concentrations with the decrease in the two-phase coexistence region. Protein partitioning from cheese whey such as bovine serum albumin (BSA) and β-lactoglobulin (β-Lg) was made in aqueous two-phase systems (ATPS) consisting of micelle-forming block copolymers L35 and F68. These copolymers are members of the PEO- PPO-PEO family, where PEO is poly(ethylene oxide) and PPO is poly(propylene oxide). Two different ATPS were used, one prepared with L35- phosphate-water and another formed by F68-phosphate-water, both at pH 7. The experiments were performed at 10, 25, and 40° The influences of the C. triblock copolymer nature, molar mass, temperature, and tie-line length on partitioning were investigated. Partitioning of both proteins towards the more hydrophilic phosphate phase and a weak temperature effect on partition coefficient values were observed. The data experimentally recorded were analyzed using a simple model derived from the Flory-Huggins theory by Johansson et al. The results are discussed in term of entropic and enthalpic contributions to partitioning. The entropic force predominated in the partitioning behavior of these proteins, similarly to what occurs in PEO − phosphate systems. / Não foi localizado o cpf do autor.
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