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Introdução à etnomicologia no EquadorTRUJILLO, Jhonathan Paul Gamboa 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / O presente estudo registra macromicetes, macroliquens e mixomicetes usados em 13
comunidades (indígenas, colonas e afro-equatorianos) nas quatro regiões do Equador (Costa,
Cordilheira e Amazônia e Ilhas Galápagos). Foram realizadas consultas bibliográficas, visitas
aos herbários equatorianos, e coletas em feiras populares e em comunidades assentadas dentro
das florestas protegidas durante os anos de 2002 a 2009, usando sistemas de entrevistas
informais apoiados em na convivência nessas comunidades. Além disso, análises de artefatos
foram realizadas em museus equatorianos, encontrando-se duas novas ocorrências micomórficas
das ordens Geastrales e Agaricales. Das visitas às 13 comunidades, foram obtidos 2942 registros
de macrofungos, liquens e mixomicetos, dos quais 477 representam espécies, famílias e filos
para os quais foram relatados usos. Foram identificadas 157 espécies de 40 famílias em 11
categorias de uso: zôo-comestíveis, comestíveis, indicadoras de época de plantio, medicinais,
lúdicos, ornamentais, rituais, mitológicas, alucinógenas, luminosas (bioluminescentes) e
venenosas. As espécies mais utilizadas são: Favolus tenuiculus (8% dos registros) e Ganoderma
australe (7%), seguidas por Auricularia delicata (6%), A. fuscosuccinea (6%) e Lentinus crinitus
(6%). Das famílias identificadas, Polyporaceae (12%) apresentou maior freqüência de uso,
seguida por Marasmiaceae (11%) e Xylariaceae (10%). O filo com maior freqüência de uso foi
Basidiomycota (84%). A categoria mitológica foi mais vezes mencionada (28,5%), seguida pela
comestível (24,5%) e medicinal (24,1%). O uso de Favolus tenuiculus, Ganoderma australe,
Auricularia fuscosuccinea, A. delicata e Pleurotus djamor foi comum a todas as regiões do
Equador continental, sendo algumas dessas espécies as mais freqüentes dentro de cada categoria.
A região com maior freqüência de usos é a Amazônica (80,50% dos registros), seguida pela
Costa (14,25%), Cordilheira (5,03%) e Ilhas Galápagos (0,20%), dados diretamente
proporcionais ao número de etnias de cada região. As observações permitem concluir que o
Equador é um país micófilo desde épocas ancestrais
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Profetas do apocalipse: os autores ocidentais com visão \'catastrofista\' sobre o problema das nacionalidades na URSS / Prophets of apocalypse: western scholars with a catastrophist view on the nationalities problem in the USSRLemonte, Marco Vallada 23 February 2017 (has links)
O desmantelamento da URSS foi um dos processos políticos mais importantes do século XX, tendo sido causado, em grande medida, pelas demandas por independência, oriundas do seu tipo mais importante de entidades federadas, as Repúblicas. Antes da Perestroika eram poucos os especialistas, mesmo dentre os chamados sovietólogos ocidentais, aqueles que arriscariam fazer previsões sobre um possível e iminente colapso, seguido de desintegração, do poderoso Estado soviético, cuja estatura política, militar e demográfica era capaz de rivalizar com os Estados Unidos ao menos desde o término da II Guerra mundial. Neste trabalho apresentamos e analisamos o trabalho de autores ocidentais que chegaram a cogitar a possibilidade de fragmentação política do Estado Soviético, levando em consideração a gravidade da questão etnonacional para a antecipação de um cenário desintegracionista, analisando quais fatores influenciaram no menor ou maior grau de precisão dos cenários prospectivos traçados. / The dismantling of the Soviet Union was one of the most important political pro-cesses of the twentieth century, having been caused, to a large extent, by demands for independence arising from its most important type of federated entities- the Republics. Before perestroika there were few western specialists, even among the so-called \"sovietologists\", who would risk making predictions about a possible and imminent col-lapse, followed by desintegration, of the mighty Soviet State, whose political, military and demographic stature was able to rival the United States at least since the end of World War II. In this paper we present and analyze the work of western authors who have come to consider the possibility of political fragmentation of the Soviet State, taking into ac-count the seriousness of the ethnonational question for the anticipation of a disintegra-tionist scenario, analyzing which factors influenced the lower or greater degree of accu-racy of the prospective scenarios which they designed.
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Profetas do apocalipse: os autores ocidentais com visão \'catastrofista\' sobre o problema das nacionalidades na URSS / Prophets of apocalypse: western scholars with a catastrophist view on the nationalities problem in the USSRMarco Vallada Lemonte 23 February 2017 (has links)
O desmantelamento da URSS foi um dos processos políticos mais importantes do século XX, tendo sido causado, em grande medida, pelas demandas por independência, oriundas do seu tipo mais importante de entidades federadas, as Repúblicas. Antes da Perestroika eram poucos os especialistas, mesmo dentre os chamados sovietólogos ocidentais, aqueles que arriscariam fazer previsões sobre um possível e iminente colapso, seguido de desintegração, do poderoso Estado soviético, cuja estatura política, militar e demográfica era capaz de rivalizar com os Estados Unidos ao menos desde o término da II Guerra mundial. Neste trabalho apresentamos e analisamos o trabalho de autores ocidentais que chegaram a cogitar a possibilidade de fragmentação política do Estado Soviético, levando em consideração a gravidade da questão etnonacional para a antecipação de um cenário desintegracionista, analisando quais fatores influenciaram no menor ou maior grau de precisão dos cenários prospectivos traçados. / The dismantling of the Soviet Union was one of the most important political pro-cesses of the twentieth century, having been caused, to a large extent, by demands for independence arising from its most important type of federated entities- the Republics. Before perestroika there were few western specialists, even among the so-called \"sovietologists\", who would risk making predictions about a possible and imminent col-lapse, followed by desintegration, of the mighty Soviet State, whose political, military and demographic stature was able to rival the United States at least since the end of World War II. In this paper we present and analyze the work of western authors who have come to consider the possibility of political fragmentation of the Soviet State, taking into ac-count the seriousness of the ethnonational question for the anticipation of a disintegra-tionist scenario, analyzing which factors influenced the lower or greater degree of accu-racy of the prospective scenarios which they designed.
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Ãfrica "Na Pasagen": Identidades e Nacionalides Guienenses e Cabo- Verdianas / Ãfrica "na pasajen": identities and nationalities capeverdians and guineans.Daniele Ellery MourÃo 23 August 2006 (has links)
O objetivo desta dissertaÃÃo foi realizar uma reflexÃo sobre os conceitos de identidades e nacionalidades a partir das concepÃÃes formuladas por quadros profissionais guineenses e cabo-verdianos, formados no Brasil pelos programas PEC-G e PEC-PG . Do ponto de vista teÃrico privilegiou-se o conceito de identidade formulado por Manuela Carneiro da Cunha, como uma estratÃgia de diferenÃa, numa perspectiva relacional, situacional e de manipulaÃÃo das prÃprias diferenÃas. No que se refere Ãs nacionalidades, tomo o conceito de naÃÃo como nÃo restrita a territÃrio, lÃngua, religiÃo ou raÃa, embora todos esses referenciais sejam considerados construtores de identidades nacionais. Como referido por Benedict Anderson, a nacionalidade à o sentimento que os indivÃduos tÃm de pertencer a uma determinada naÃÃo, por meio de costumes, valores, crenÃas e prÃticas cotidianas partilhadas coletivamente. Por meio das entrevistas realizadas com os quadros profissionais guineenses e cabo-verdianos formados no Brasil foram constatados distintos processos de ressignificaÃÃo de identidade cultural (Ãtnica) e nacional, em ambos os paÃses, possibilitando a eles adoÃÃo de diferentes estratÃgias de inserÃÃo no âmodelo democrÃticoâ de Estado-naÃÃo. GuinÃ-Bissau e Cabo Verde sÃo muito prÃximos geograficamente e tÃm histÃrias de lutas polÃticas comuns. Mas a forma de ocupaÃÃo colonial nos paÃses foi diferente uma da outra, o que permitiu a construÃÃo de distintas identidades nacionais. O colonizador estabeleceu muitas distinÃÃes entre guineenses, âindÃgenasâ, e cabo-verdianos, âassimiladosâ pela coroa. Isso gerou diversos conflitos entre eles, que seriam apaziguados apenas durante o processo de independÃncia. Para tornarem-se independentes de Portugal, idealizaram a constituiÃÃo de um estado bi-nacional englobando os dois paÃses. Por algum tempo, tiveram o mesmo partido e hino nacional. A favor da uniÃo, guineenses e cabo-verdianos, manipularam suas identidades amenizando diferenÃas entre etnias, religiÃes, tradiÃÃes culturais, valores e crenÃas diversas. Mas as divergÃncias e distinÃÃes entre eles prevaleceriam à uniÃo, separando definitivamente os paÃses, por meio de conflitos entre suas elites no poder. O trabalho reforÃa a desconstruÃÃo de uma idÃia do continente africano como um todo homogÃneo. Desnaturaliza a idÃia de naÃÃo e nacionalidade posta pelo ocidente, revelando as intenÃÃes polÃticas e econÃmicas subjacentes a essa idÃia, mostrando que sÃo construÃdas socialmente por determinados grupos com interesses estratÃgicos. E, no caso estudado, mostra como o sistema educacional foi fundamental para disseminar os valores ocidentais associados à idÃia de naÃÃo moderna nas colÃnias europÃias. / The goal of this work is to comment the concepts of identity and nationality as they have been formulated by guineans and cape verdians professionals taking part at PEC-G e PEC-PG programs in Brazil. From a theoretical point of view, focus has been given to the identity concept formulated by Manuela Carneiro da Cunha, as a strategy of difference, from relational and situational perspectives, as well as of manipulation of its own differences. In terms of nationality, the concept of nation is considered as not restricted to territory, language, religion or race, even if all these reference points contribute in building a national identity. Quoting Benedict Anderson, nationality is the feeling of belonging to a certain nation, trough shared customs, values, beliefs and daily practices with the collectivity. By interviewing guineans and cape verdians professionals trained in Brazil, distinctive processes of renewed significations of cultural (ethnic) and national identities have been identified in both African countries, allowing them different approaches in entering the âdemocratic modelâ of nation-state. Guinea and Cape Verde are very close to each other geographically speaking, and share a history of political struggle. But the two countries were subjected to different models of colonization, which promoted the building of distinct national identities. The colonizer established many distinctions between guineans ânativesâ and âcolonizedâ cape verdians. It produced several conflicts between them, to be ended only during the independency process from Portugal, when a bi-national state was formed embracing both countries. For some time, they shared the same party and national anthem. To favour the union, guineans and cape verdians manipulated their own national identities to reduce their differences in race, religion, cultural tradition, values and beliefs. But differences and disagreements would prevail to this union, with conflicts between the ruling classes finally separating the two countries. This work emphasizes the deconstruction of the notion of the African continent considered as a homogeneous whole. It questions the concepts of nation and nationality presented by the West, revealing political and economical intentions underneath these ideas, showing that they are socially built by certain groups with strategic interests in the matter. Finally, within the case under study, it shows how the educational system played a crucial role in disseminating western values linked to the modern concept of nation in European colonies.
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Los nuevos paradigmas de desarrollo en América Latina. El Sumak Kawsay en EcuadorCarpio Benalcázar, Jaime Patricio 05 February 2016 (has links)
El desarrollo representa una de las categorías sociales y políticas con mayor resiliencia tanto en el plano teórico como de aplicación en las sociedades y a escala global, tanto que con variantes de contexto histórico, sigue vigente, pese a las críticas y maquillajes de diversa índole. Vamos a entender a lo largo de este trabajo, por “desarrollo convencional” al proceso que surge de una matriz sustentada en la colonialidad, donde unos actores irrumpen sobre otros y se arrogan la misión de orientarlos por una vía previamente diseñada por ellos mismo, dando origen a la modernidad capitalista y a la colonialidad del ser, del poder y del saber (en términos de la escuela de la modernidad-colonialidad). A esta matriz se acoplan las teorías del crecimiento económico y de la modernización-desarrollo, dando como resultado un concepto claramente político y funcional a la reproducción de las asimetrías globales, con epicentro en los países industriales hegemónicos como Estados Unidos y los países de Europa Occidental. Desde muchos ámbitos se han generado críticas al desarrollo convencional, nutriéndolo de nuevos elementos con la pretensión de superar sus falencias. El desarrollo humano, sostenible, local, los objetivos de la ONU en sus dos versiones –del milenio y sostenible ahora- entre los más relevantes, representan importantes contribuciones en esa búsqueda; la negación del desarrollo en las teorías del decrecimiento fundamentalmente por la contradicción entre un planeta finito y un modelo de producción-consumo infinito, dan pautas para el ocaso de esta noción universalizante. Desde la periferia del mundo, desde pueblos y nacionalidades resurge la filosofía ancestral del Sumak Kawsay andino-amazónico y propone la recuperación de las relaciones primordiales entre los humanos y la naturaleza. El Buen Vivir, se construye de todo este proceso de crítica y alternativas al desarrollo. Es un sistema dinámico y complejo en plena creatividad y elaboración. Abarca subsistemas como las Pluri-diversidades, Eco-armonías, Soberanías y otras Economías, con sus respectivas dimensiones como el Estado Plurinacional, los derechos de la Naturaleza, la Democracia participativa entre otras. Enfrenta también bifurcaciones y lucha de sentidos, pero representa uno de los esfuerzos más relevantes por definir derroteros civilizatorios alternativos para las sociedades del siglo XXI.
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Da emigração à diáspora galega: positivação de uma identidadeGomes, Ana Paula Conde 27 September 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-09-27 / This work analyzes the transformations related to the image of the Galician emigrant and its descents that occurred in the last decades. Due to political aspects inherent to the Spanish re-democratization, but also because of new conceptual analyses on minorities, identities and nationalities, the stereotypical image of the Galician as a poor and ignorant emigrant was revised – specially by the Spanish government. A positive acknowledgement of the Galician way of being took place. Therefore, the once devalued group in the beginning of the XXth century became part in a 'diaspora', which would represent Galicia in the global world of the XXIth century. This transformation respond to national movements in Spain, such as the autonomies policy implementation that recognized the region as a historical nationality, as well as to an international context that is marked by the valorization of identities and by the extension and flexibility of the concept of diaspora. This change also arises due to the vast network of associations composed by Galicians in their new home countries. The aim of the work is to apprehend the transformation that positively perceives a group once considered as second rate. Hence, the thesis comprises an extensive bibliography on the Galician emigration, and refers to a variety of authors, which try to explain the reasons and results of this emigration. Our focus, nevertheless, is to understand the recent reversal of expectations regarding the 'to be Galician', attempting to explain in which this change was affected by three major actors: the Spanish (and Galician) government, the emigrants and their associations’ network around the world, and the recent cultural and conceptual transformations regarding the identities, nacionalisms, diaspora and general rights, amongst others. / Este trabalho analisa as transformações ocorridas nas últimas décadas em relação à imagem dos emigrantes galegos e seus descendentes. Por razões políticas inerentes à redemocratização espanhola, mas também em decorrência de novas análises conceituais acerca de minorias, identidades e nacionalidades, a imagem estereotipada do galego como emigrante pobre e ignorante foi revista, principalmente por parte do governo espanhol. Houve um reconhecimento positivado da galeguidade. Assim, o grupo desvalorizado, no início do século XX, passou a integrar uma 'diáspora', que representaria a Galícia no mundo global do século XXI. Essa transformação obedece a movimentos nacionais da Espanha, como a implantação da política das autonomias, que reconheceu a Galícia como uma nacionalidade histórica, e a um contexto internacional marcado pela valorização das identidades e pela ampliação e flexibilidade do conceito de diáspora. Essa mudança acontece, também, tendo como base a grande rede de entidades associativas formada pelos galegos nos países para os quais emigraram. O objetivo do trabalho é apreender essa transformação que positiva um grupo antes considerado de segunda grandeza. Para tanto a tese percorre vasta bibliografia sobre a emigração galega e recorre a vários autores que tentam explicar as razões e os resultados dessa emigração. Nosso ponto, contudo, é entender a reversão de expectativas ocorrida recentemente em relação 'ao ser galego' buscando explicar de que forma contribuíram para tanto três atores fundamentais: o governo espanhol (e da Galícia), os emigrantes mundo afora em suas rede associativas e as transformações culturais e conceituais recentes acerca de identidades, nacionalismos, diáspora e direitos, entre outros.
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África “na pasajen” identidades e nacionalidades guineenses e cabo-verdianas / África "na pasajen": identities and nationalities capeverdians and guineans.MOURÃO, Daniele Ellery January 2006 (has links)
MOURÃO, Daniele Ellery. África “na pasajen” identidades e nacionalidades guineenses e cabo-verdianas. 2006. 163f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Ciências Sociais, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Fortaleza-CE, 2006. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2011-11-22T12:45:41Z
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Previous issue date: 2006 / The goal of this work is to comment the concepts of identity and nationality as they have been formulated by guineans and cape verdians professionals taking part at PEC-G e PEC-PG programs in Brazil. From a theoretical point of view, focus has been given to the identity concept formulated by Manuela Carneiro da Cunha, as a strategy of difference, from relational and situational perspectives, as well as of manipulation of its own differences. In terms of nationality, the concept of nation is considered as not restricted to territory, language, religion or race, even if all these reference points contribute in building a national identity. Quoting Benedict Anderson, nationality is the feeling of belonging to a certain nation, trough shared customs, values, beliefs and daily practices with the collectivity. By interviewing guineans and cape verdians professionals trained in Brazil, distinctive processes of renewed significations of cultural (ethnic) and national identities have been identified in both African countries, allowing them different approaches in entering the “democratic model” of nation-state. Guinea and Cape Verde are very close to each other geographically speaking, and share a history of political struggle. But the two countries were subjected to different models of colonization, which promoted the building of distinct national identities. The colonizer established many distinctions between guineans “natives” and “colonized” cape verdians. It produced several conflicts between them, to be ended only during the independency process from Portugal, when a bi-national state was formed embracing both countries. For some time, they shared the same party and national anthem. To favour the union, guineans and cape verdians manipulated their own national identities to reduce their differences in race, religion, cultural tradition, values and beliefs. But differences and disagreements would prevail to this union, with conflicts between the ruling classes finally separating the two countries. This work emphasizes the deconstruction of the notion of the African continent considered as a homogeneous whole. It questions the concepts of nation and nationality presented by the West, revealing political and economical intentions underneath these ideas, showing that they are socially built by certain groups with strategic interests in the matter. Finally, within the case under study, it shows how the educational system played a crucial role in disseminating western values linked to the modern concept of nation in European colonies. / O objetivo desta dissertação foi realizar uma reflexão sobre os conceitos de identidades e nacionalidades a partir das concepções formuladas por quadros profissionais guineenses e cabo-verdianos, formados no Brasil pelos programas PEC-G e PEC-PG . Do ponto de vista teórico privilegiou-se o conceito de identidade formulado por Manuela Carneiro da Cunha, como uma estratégia de diferença, numa perspectiva relacional, situacional e de manipulação das próprias diferenças. No que se refere às nacionalidades, tomo o conceito de nação como não restrita a território, língua, religião ou raça, embora todos esses referenciais sejam considerados construtores de identidades nacionais. Como referido por Benedict Anderson, a nacionalidade é o sentimento que os indivíduos têm de pertencer a uma determinada nação, por meio de costumes, valores, crenças e práticas cotidianas partilhadas coletivamente. Por meio das entrevistas realizadas com os quadros profissionais guineenses e cabo-verdianos formados no Brasil foram constatados distintos processos de ressignificação de identidade cultural (étnica) e nacional, em ambos os países, possibilitando a eles adoção de diferentes estratégias de inserção no “modelo democrático” de Estado-nação. Guiné-Bissau e Cabo Verde são muito próximos geograficamente e têm histórias de lutas políticas comuns. Mas a forma de ocupação colonial nos países foi diferente uma da outra, o que permitiu a construção de distintas identidades nacionais. O colonizador estabeleceu muitas distinções entre guineenses, “indígenas”, e cabo-verdianos, “assimilados” pela coroa. Isso gerou diversos conflitos entre eles, que seriam apaziguados apenas durante o processo de independência. Para tornarem-se independentes de Portugal, idealizaram a constituição de um estado bi-nacional englobando os dois países. Por algum tempo, tiveram o mesmo partido e hino nacional. A favor da união, guineenses e cabo-verdianos, manipularam suas identidades amenizando diferenças entre etnias, religiões, tradições culturais, valores e crenças diversas. Mas as divergências e distinções entre eles prevaleceriam à união, separando definitivamente os países, por meio de conflitos entre suas elites no poder. O trabalho reforça a desconstrução de uma idéia do continente africano como um todo homogêneo. Desnaturaliza a idéia de nação e nacionalidade posta pelo ocidente, revelando as intenções políticas e econômicas subjacentes a essa idéia, mostrando que são construídas socialmente por determinados grupos com interesses estratégicos. E, no caso estudado, mostra como o sistema educacional foi fundamental para disseminar os valores ocidentais associados à idéia de nação moderna nas colônias européias.
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