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Sistemática e tafonomia de microfósseis vasiformes neoproterozoicos do Brasil e seu significado paleoecológico e filogenético. / not availableSoares, Luana Pereira Costa de Morais 09 October 2017 (has links)
Esta pesquisa investigou microfósseis neoproterozoicos em forma de vaso (\"vase-shaped microfossils - VSMs\") da Formação Urucum (Grupo Jacadigo) e Formação Bocaina (Grupo Corumbá), ambas inseridas na Faixa Paraguai Sul, Brasil. Estes microfósseis foram comparados a outras ocorrências neoproterozoicas no mundo. O objetivo foi contribuir com o conhecimento de aspectos paleobiológicos, evolutivos e bioestratigráficos relacionados ao aparecimento de eucariontes unicelulares tecados em ecossistemas anteriores ao surgimento dos metazoários. Os VSMs podem ser atribuídos a quitinozoários, tintinídeos e foraminíferos, porém, características diagnósticas importantes apontam o grupo Amoebozoa como afinidade biológica mais próxima. A variedade morfológica e composicional observada em VSMs neoproterozoicos, inclusive nos exemplares brasileiros, documenta a mais antiga diversificação da vida unicelular eucariótica, presumivelmente heterotrófica, preservada no registro geológico. As diferentes fácies sedimentares contendo VSMs fornecem informações valiosas sobre fatores ambientais que podem ter sido importantes na diversificação bem como no seu possível desaparecimento entre o Neoproterozoico e o Mesozoico. Além disso, a ampla distribuição e variedade desses microfósseis sugerem uma possível aplicação bioestratigráfica. Microscopia petrográfica (MP) e Eletrônica de Varredura (MEV), Espectrometria de Energia Dispersiva de Raios X (EDS), Microscopia Confocal (MC), Espectroscopia Raman (ER), Catodoluminescência (CL) além de técnicas geoquímicas e geocronológicas foram aplicadas para caracterizar a composição e morfologia dos microfósseis, bem como para a rocha encaixante, visando inferir a natureza e paleoecologia dos organismos responsáveis pelas produção das tecas e o ambiente em que viveram, se diversificaram e desapareceram. / This research investigated vase-shaped microfossils (VSMs) from the Urucum Formation (Jacadigo Group) and Bocaina Formation (Corumbá Group), both inserted in the Southern Paraguay Fold Belt, Brazil. These microfossils were compared to other neoproterozoic occurrences in the world. The aim was to contribute to the knowledge of paleobiological, evolutionary and biostratigraphic aspects related to the appearance of unicellular eukaryotes in the ecosystems that preceed the appearance of metazoans. VSMs can be attributed to quitinozoan, tintinids and foraminifera, but important diagnostic features point to the Amoebozoa group as the closest biological affinity. The morphological and compositional variety observed in neoproterozoic VSMs, including Brazilian specimens, documents the earliest diversification of eukaryotic unicellular life, presumably heterotrophic, preserved in the geological record. The different sedimentary facies containing VSMs provide valuable information about environmental factors that may have been important in the diversification as well as their possible disappearance between the Neoproterozoic to the Mesozoic. In addition, the wide distribution and variety of these microfossils suggest a possible biostratigraphic application. Petrography, Scanning electron microscopy, Confocal microscopy, Energy-dispersive X-ray spectroscopy, Raman spectroscopy, Cathodoluminescense, besides geochemical and geochronological techniques, were applied to characterize the composition and morphology of the microfossils, as well as for the host rock, in order to infer the nature and paleoecology of the organisms responsible for the production of the test and the environment in which they lived, diversified and probably disappeared
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Quimioestratigrafia, correlações e evolução das sequências neoproterozoicas da Sub-Bacia de Campinas-BA com implicações fosfogenéticasFigueirêdo, André Lyrio de Carvalho 28 August 2017 (has links)
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Dissertação Andre Lyrio.pdf: 12623123 bytes, checksum: d7d8a5a03b023277af8d072126818904 (MD5) / As sequências neoproterozoicas do Cráton do São Francisco estão associadas a uma
acumulação ocorrida durante eventos extensionais relacionados à quebra do supercontinente
Rodínia, entre 900 e 600 Ma, que ocasionaram a sedimentação de espessas camadas
carbonáticas e siliciclásticas associadas a dois tipos de feições tectônicas. Uma intracratônica,
relacionada com a deposição dominantemente carbonática em ambientes de mares
epicontinentais rasos, e outra associada às sequências carbonáticas e siliciclásticas depositadas
em bacias de margem passiva que estão associadas às faixas móveis da orogenia
Brasiliana/Pan-Africana. Todas elas mostram, em suas unidades basais, evidências de eventos
glaciogênicos de caráter global, provavelmente relacionados à Glaciação Sturtiana (entre 750
e 700 Ma). Muitas também possuem registros diretos ou indiretos da ocorrência de um
segundo evento glaciogênico, possivelmente de idade Marinoana (entre 650 e 600 Ma). A
Sub-bacia de Campinas, localizada na região centro-norte do Estado da Bahia, está inserida no
contexto do Cráton do São Francisco. Caracteriza-se por ser uma sub-bacia intracratônica e
suas sucessões neoproterozoicas são representadas pelo Grupo Una que, historicamente, tem
sido subdividido em duas formações: (1) Bebedouro, composta por diamictitos glaciomarinhos na porção basal e (2) Salitre, constituída por duas sequências carbonáticas
transgressivas-regressivas que foram subdivididas em unidades informais C, B, B1 (primeira
sequência) e A e A1 (segunda sequência). Na área de estudo ocorrem somente os calcarenitos
dolomitizados, vermelhos e argilosos, da unidade C; calcilutitos e calcarenitos laminados e,
por vezes interestratificados com camadas argilosas, da unidade B; dolomitos cinza-claros e,
por vezes, peloidais, impuros e com intercalações de camadas dolomíticas oolíticas, laminitos
microbianos, calcarenitos e estromatólitos, da unidade B1, que contém as principais
ocorrências de anomalias de fosfato da sub-bacia, o que evidencia (e confirma) um nítido
controle estratigráfico dessas ocorrências. Através da quimioestratigrafia de alta resolução e, a
partir de amostras de 07 seções, foram feitas interpretações paleoambientais a respeito da
Sub-bacia de Campinas. Algumas importantes variações isotópicas de ẟ13C são observadas em
quase todos os perfis analisados nessas mesmas sequências e podem também ser usados para
correlações estratigráficas: (i) Desvio negativo de ẟ13C, com valores dentro da faixa -5 até -
7‰ V-PDB nos calcarenitos dolomitizados, vermelhos e argilosos da Unidade C na base da
sequência carbonática, logo acima dos diamictitos glaciogênicos da Formação Bebedouro; (ii)
um segundo desvio negativo parece ocorrer no topo da primeira subsequência, sugerindo a existência de uma segunda glaciação no final do primeiro ciclo transgressivo-regressivo; (iii)
desvio de ẟ13C próximo ao zero para a maior parte das litofácies da Unidade B1, onde foi encontrada a maior parte das anomalias de P2O5. Isto marcaria o limite transitório do ambiente
subóxico/anóxico onde, geralmente, ocorrem as precipitações de íos de Fe e P. Os dados de Elementos Maiores e Terras-Raras, incluindo as observações de campo, conduzem a validar parte das interpretações acima. Para a análise da razão de 87Sr/86Sr, foi analisado um total de
09 amostras, todas com Sr (total) maior do que 1000 ppm e de baixa razão Mn/Sr (<0,1).
Todas são de calcilutitos e calcarenitos laminados da Unidade B. Os resultados obtidos
mostram uma faixa de variação entre 0,70750 e 0,70766, ou seja, dentro da faixa esperada para o intervalo entre 720 e 600 Ma. / ABSTRACT - The Neoproterozoic sequences of the São Francisco Craton are associated with an
accumulation occurred during extensional events related to the break of the supercontinent
Rodinia, between 900 and 600 Ma, which caused the sedimentation of thick layers of
carbonate and siliciclastic associated to two types of tectonic features. An intracratonic,
related to the predominantly carbonate deposition in shallow epicontinental sea environments,
and another associated to the carbonic and siliciclastic sequences deposited in passive margin
basins that are associated with the moving bands of the Brasilian / Pan African orogeny. All
of them show, in their basal units, evidence of glaciogenic events of global character,
probably related to Sturtian Glaciation (between 750 and 700 Ma). Many of them also have
direct or indirect records of the occurrence of a second glaciogenic event, possibly in
Marinoan age (between 650 and 600 Ma). The Campinas Sub-basin, located in the centralnorth region of the State of Bahia, is located in the context of the São Francisco Craton. It is
characterized as being an intracratonic sub-basin and its neoproterozoic sequences are
represented by the Una Group, which historically has been subdivided into two formations:
(1) Bebedouro, composed by glacial marine diamictites in the basal portion and (2) Salitre,
consistuted by two transgressive-regressive carbonate sequences that were subdivided into
informal units C, B, B1 (first sequence), A and A1 (second sequence). In the study area only occur: the red, dolomitic and clayey calcarenites from unit C; laminated mudstones and
calcarenites sometimes interlaced with clayey layers, of unit B; light gray dolomites and
sometimes impure, peloidal with interlacings of oolitic dolomitic layers, microbial laminites,
calcarenites and stromatolites, from unit B1, which contains the main occurrences of
phosphate anomalies in the sub-basin, evidencing (and confirming) a clear stratigraphic
control of these occurrences. Through high resolution chemostratigraphy, and from samples
of 07 sections, paleoenvironmental interpretations were made regarding the Campinas Subbasin. Some important isotopic variations of ẟ13C are observed in almost all profiles analyzed
in these same sequences and can also be used for stratigraphic correlations: (i) Negative
deviation of ẟ13C, with values within the range -5 to -7 ‰ V-PDB in cap carbonates of Unit C
at the carbonatic sequence basin, slightly above of the glaciogenic diamictites of the
Bebedouro Formation; (ii) a second negative deviation seems to occur at the top of the first
subsequence, suggesting the existence of a second glaciation at the end of the first
transgressive-regressive cycle, possibly related to Marinoan Glaciation; And (iii) ẟ13C
deviation close to zero for most of the lithofacies of Unit B1, where most of the P2O5 anomalies were found. This could mark the transient limit of the suboxic / anoxic
environment where precipitation of Fe and P ions generally occurs. Data from Major
Elements and Rare Earths, including field observations, lead to validate some of the above interpretations. For the analysis of the 87Sr/86Sr ratio, a total of 09 samples were analyzed, all
with Sr (total) higher than 1000 ppm and with a low Mn/Sr ratio (<0.1). All of them are constituted of mudstones and laminated calcarenites wich are sometimes intercalated with
clayey levels of Unit B. The results obtained show a variation range between 0.70750 and 0.70766, within the range expected for the interval between 720 and 600 Ma.
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Geologia e petrologia das rochas riolíticas do Cerro Ana Dias, Região de Quitéria, Sudeste do RSOliveira, Diego Skieresz de January 2015 (has links)
As manifestações vulcânicas e sub-vulcânicas riolíticas do Neoproterozoico do sul do Brasil são correlacionados a um intenso magmatismo ácido, ligados à diferentes associações petrotectônicas do Escudo Sul-Rio-Grandense. Uma porção deste vulcanismo ocorre no Cinturão Dom Feliciano, associado ao Batólito de Pelotas, e é resultante de episódios magmáticos vinculados à ambientes pós-colisionais relacionados com os estágios finais do Neoproterozoico no sul do Brasil. O Riolito Ana Dias é a principal ocorrência sub-vulcânica deste vulcanismo e está situado na região de Quitéria, na parte central do Rio Grande do Sul. O magmatismo ácido tem sido comumente associado com as fases mais diferenciadas das suítes graníticas durante os estágios finais de evolução do Batólito de Pelotas. O Riolito Ana Dias é caracterizado como um corpo intrusivo, constituído por rochas que apresentam textura porfirítica à seriada, variando para termos equigranulares finos. Novas idades U-Pb obtidas em zircões indicam uma idade de cristalização de 581,9 ± 1,9 Ma para estes riolitos. Dados geoquímicos caracterizam as rochas riolíticas como sendo da série alcalina. Apresentam um caráter metaluminoso a peraluminoso com teores elevados de SiO2, álcalis, FeOt/FeOt+MgO e índice agpaítico e baixos conteúdos de Al2O3, CaO e MgO. Os valores de Zr, Rb, Y, Nb e Ga são moderados em comparação com os conteúdos relativamente baixos de Ba e Sr. Estas características geoquímicas de elementos maiores e traços são comuns em magmas ácidos de afinidade alcalina, com caráter dominantemente metaluminoso. O padrão de alguns elementos-traços e ETR é caracterizado por um enriquecimento em elementos mais incompatíveis, o que juntamente com a anomalia negativa em Ba, o leve enriquecimento em Ce em relação aos elementos adjacentes e o enriquecimento de K2O e Rb em relação ao Nb, sugerem magmas derivados de fontes mantélicas, enriquecidas em elementos incompatíveis com alguma forma de participação crustal. As características químicas são semelhantes com as de magmatismo granítico do tipo A, relacionado a ambientes pós-colisionais. Os dados litoquímicos obtidos indicam uma vinculação genética com as rochas graníticas mais diferenciadas da Suíte Dom Feliciano do Batólito Pelotas, associadas ao magmatismo Neoproterozoico pós-colisional do Escudo Sul-Rio-Grandense. / Neoproterozoic volcanic and subvolcanic rhyolitic systems in southernmost Brazil are correlated with acid magmatism linked to different petrotectonic associations of the Sul-Rio-Grandense Shield. A portion of this volcanism in the Dom Feliciano Belt is associated with the Pelotas Batholith, which resulted from magmatic episodes associated with the Ediacaran post-collisional evolution of southern Brazil. Ana Dias Rhyolite is the main subvolcanic occurrence of this volcanism that took place in the Quitéria region, in the central part of Rio Grande do Sul State. The acid magmatism has been commonly associated with the most differentiated granite suite phases during the final stages of emplacement of the Pelotas Batholith. The Ana Dias Rhyolite is characterized as an intrusive body with rocks that present a porphyritic to seriated texture and a gradational variation to fine-grained equigranular rocks. New zircon U-Pb dating indicates crystallization age of 581.9 ± 1.9 Ma for the Ana Dias Rhyolite. Geochemistry data characterize the rhyolites as belonging to the alkaline series; they present a metaluminous to peraluminous character; elevated SiO2 and alkali concentrations, high FeOt/FeOt+MgO ratios and agpaitic index; and low Al2O3, CaO, and MgO contents. The Zr, Rb, Y, Nb, and Ga concentrations are moderate when compared with the relatively low Ba and Sr contents. These geochemistry characteristics are common in acid magmas with alkaline affinity. The behavior of certain trace elements and REE demonstrate enrichment in more incompatible elements, in addition to the negative anomaly of Ba, the slight enrichment in Ce relative to adjacent elements, as well as the enrichment in K2O and Rb relative to Nb, suggesting magmas derived from mantle sources enriched in incompatible elements with some crustal contamination. The chemical characteristics are similar to those of A-type granites associated with Neoproterozoic post-collision magmatism in the Sul-Rio-Grandense Shield.
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Geologia e petrologia das rochas riolíticas do Cerro Ana Dias, Região de Quitéria, Sudeste do RSOliveira, Diego Skieresz de January 2015 (has links)
As manifestações vulcânicas e sub-vulcânicas riolíticas do Neoproterozoico do sul do Brasil são correlacionados a um intenso magmatismo ácido, ligados à diferentes associações petrotectônicas do Escudo Sul-Rio-Grandense. Uma porção deste vulcanismo ocorre no Cinturão Dom Feliciano, associado ao Batólito de Pelotas, e é resultante de episódios magmáticos vinculados à ambientes pós-colisionais relacionados com os estágios finais do Neoproterozoico no sul do Brasil. O Riolito Ana Dias é a principal ocorrência sub-vulcânica deste vulcanismo e está situado na região de Quitéria, na parte central do Rio Grande do Sul. O magmatismo ácido tem sido comumente associado com as fases mais diferenciadas das suítes graníticas durante os estágios finais de evolução do Batólito de Pelotas. O Riolito Ana Dias é caracterizado como um corpo intrusivo, constituído por rochas que apresentam textura porfirítica à seriada, variando para termos equigranulares finos. Novas idades U-Pb obtidas em zircões indicam uma idade de cristalização de 581,9 ± 1,9 Ma para estes riolitos. Dados geoquímicos caracterizam as rochas riolíticas como sendo da série alcalina. Apresentam um caráter metaluminoso a peraluminoso com teores elevados de SiO2, álcalis, FeOt/FeOt+MgO e índice agpaítico e baixos conteúdos de Al2O3, CaO e MgO. Os valores de Zr, Rb, Y, Nb e Ga são moderados em comparação com os conteúdos relativamente baixos de Ba e Sr. Estas características geoquímicas de elementos maiores e traços são comuns em magmas ácidos de afinidade alcalina, com caráter dominantemente metaluminoso. O padrão de alguns elementos-traços e ETR é caracterizado por um enriquecimento em elementos mais incompatíveis, o que juntamente com a anomalia negativa em Ba, o leve enriquecimento em Ce em relação aos elementos adjacentes e o enriquecimento de K2O e Rb em relação ao Nb, sugerem magmas derivados de fontes mantélicas, enriquecidas em elementos incompatíveis com alguma forma de participação crustal. As características químicas são semelhantes com as de magmatismo granítico do tipo A, relacionado a ambientes pós-colisionais. Os dados litoquímicos obtidos indicam uma vinculação genética com as rochas graníticas mais diferenciadas da Suíte Dom Feliciano do Batólito Pelotas, associadas ao magmatismo Neoproterozoico pós-colisional do Escudo Sul-Rio-Grandense. / Neoproterozoic volcanic and subvolcanic rhyolitic systems in southernmost Brazil are correlated with acid magmatism linked to different petrotectonic associations of the Sul-Rio-Grandense Shield. A portion of this volcanism in the Dom Feliciano Belt is associated with the Pelotas Batholith, which resulted from magmatic episodes associated with the Ediacaran post-collisional evolution of southern Brazil. Ana Dias Rhyolite is the main subvolcanic occurrence of this volcanism that took place in the Quitéria region, in the central part of Rio Grande do Sul State. The acid magmatism has been commonly associated with the most differentiated granite suite phases during the final stages of emplacement of the Pelotas Batholith. The Ana Dias Rhyolite is characterized as an intrusive body with rocks that present a porphyritic to seriated texture and a gradational variation to fine-grained equigranular rocks. New zircon U-Pb dating indicates crystallization age of 581.9 ± 1.9 Ma for the Ana Dias Rhyolite. Geochemistry data characterize the rhyolites as belonging to the alkaline series; they present a metaluminous to peraluminous character; elevated SiO2 and alkali concentrations, high FeOt/FeOt+MgO ratios and agpaitic index; and low Al2O3, CaO, and MgO contents. The Zr, Rb, Y, Nb, and Ga concentrations are moderate when compared with the relatively low Ba and Sr contents. These geochemistry characteristics are common in acid magmas with alkaline affinity. The behavior of certain trace elements and REE demonstrate enrichment in more incompatible elements, in addition to the negative anomaly of Ba, the slight enrichment in Ce relative to adjacent elements, as well as the enrichment in K2O and Rb relative to Nb, suggesting magmas derived from mantle sources enriched in incompatible elements with some crustal contamination. The chemical characteristics are similar to those of A-type granites associated with Neoproterozoic post-collision magmatism in the Sul-Rio-Grandense Shield.
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Geologia e petrologia das rochas riolíticas do Cerro Ana Dias, Região de Quitéria, Sudeste do RSOliveira, Diego Skieresz de January 2015 (has links)
As manifestações vulcânicas e sub-vulcânicas riolíticas do Neoproterozoico do sul do Brasil são correlacionados a um intenso magmatismo ácido, ligados à diferentes associações petrotectônicas do Escudo Sul-Rio-Grandense. Uma porção deste vulcanismo ocorre no Cinturão Dom Feliciano, associado ao Batólito de Pelotas, e é resultante de episódios magmáticos vinculados à ambientes pós-colisionais relacionados com os estágios finais do Neoproterozoico no sul do Brasil. O Riolito Ana Dias é a principal ocorrência sub-vulcânica deste vulcanismo e está situado na região de Quitéria, na parte central do Rio Grande do Sul. O magmatismo ácido tem sido comumente associado com as fases mais diferenciadas das suítes graníticas durante os estágios finais de evolução do Batólito de Pelotas. O Riolito Ana Dias é caracterizado como um corpo intrusivo, constituído por rochas que apresentam textura porfirítica à seriada, variando para termos equigranulares finos. Novas idades U-Pb obtidas em zircões indicam uma idade de cristalização de 581,9 ± 1,9 Ma para estes riolitos. Dados geoquímicos caracterizam as rochas riolíticas como sendo da série alcalina. Apresentam um caráter metaluminoso a peraluminoso com teores elevados de SiO2, álcalis, FeOt/FeOt+MgO e índice agpaítico e baixos conteúdos de Al2O3, CaO e MgO. Os valores de Zr, Rb, Y, Nb e Ga são moderados em comparação com os conteúdos relativamente baixos de Ba e Sr. Estas características geoquímicas de elementos maiores e traços são comuns em magmas ácidos de afinidade alcalina, com caráter dominantemente metaluminoso. O padrão de alguns elementos-traços e ETR é caracterizado por um enriquecimento em elementos mais incompatíveis, o que juntamente com a anomalia negativa em Ba, o leve enriquecimento em Ce em relação aos elementos adjacentes e o enriquecimento de K2O e Rb em relação ao Nb, sugerem magmas derivados de fontes mantélicas, enriquecidas em elementos incompatíveis com alguma forma de participação crustal. As características químicas são semelhantes com as de magmatismo granítico do tipo A, relacionado a ambientes pós-colisionais. Os dados litoquímicos obtidos indicam uma vinculação genética com as rochas graníticas mais diferenciadas da Suíte Dom Feliciano do Batólito Pelotas, associadas ao magmatismo Neoproterozoico pós-colisional do Escudo Sul-Rio-Grandense. / Neoproterozoic volcanic and subvolcanic rhyolitic systems in southernmost Brazil are correlated with acid magmatism linked to different petrotectonic associations of the Sul-Rio-Grandense Shield. A portion of this volcanism in the Dom Feliciano Belt is associated with the Pelotas Batholith, which resulted from magmatic episodes associated with the Ediacaran post-collisional evolution of southern Brazil. Ana Dias Rhyolite is the main subvolcanic occurrence of this volcanism that took place in the Quitéria region, in the central part of Rio Grande do Sul State. The acid magmatism has been commonly associated with the most differentiated granite suite phases during the final stages of emplacement of the Pelotas Batholith. The Ana Dias Rhyolite is characterized as an intrusive body with rocks that present a porphyritic to seriated texture and a gradational variation to fine-grained equigranular rocks. New zircon U-Pb dating indicates crystallization age of 581.9 ± 1.9 Ma for the Ana Dias Rhyolite. Geochemistry data characterize the rhyolites as belonging to the alkaline series; they present a metaluminous to peraluminous character; elevated SiO2 and alkali concentrations, high FeOt/FeOt+MgO ratios and agpaitic index; and low Al2O3, CaO, and MgO contents. The Zr, Rb, Y, Nb, and Ga concentrations are moderate when compared with the relatively low Ba and Sr contents. These geochemistry characteristics are common in acid magmas with alkaline affinity. The behavior of certain trace elements and REE demonstrate enrichment in more incompatible elements, in addition to the negative anomaly of Ba, the slight enrichment in Ce relative to adjacent elements, as well as the enrichment in K2O and Rb relative to Nb, suggesting magmas derived from mantle sources enriched in incompatible elements with some crustal contamination. The chemical characteristics are similar to those of A-type granites associated with Neoproterozoic post-collision magmatism in the Sul-Rio-Grandense Shield.
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Geoquímica isotópica e elementar dos carbonatos da Formação Sete Lagoas, Grupo Bambuí, no sul da Bacia do São Francisco / not availableCristhian Guacaneme Mora 24 April 2015 (has links)
Dados de geoquímica isotópica e elementar foram obtidos em rochas carbonáticas da Fm. Sete Lagoas, Grupo Bambuí, visando contribuir para o entendimento da evolução sedimentar da bacia do São Francisco, assim como decifrar as variações ambientais da água do mar durante o Neoproterozoico. Esta unidade é composta de rochas carbonáticas sobrepostas aos diamictitos da Fm. Carrancas na parte sul do Cráton do São Francisco. As seções Inhaúma (IN), Linha Verde (LV) e Funilândia (FN) são constituídas por carbonatos impuros de cor cinza clara e dolomitos de cor bege, pobres em matéria orgânica, com altos teores de sedimentos detríticos e depositados num ambiente marinho raso com influência de correntes de maré. Os valores de \'\'delta\'\' POT.3\' C mais representativos do ambiente deposicional variam entre -1,0 e 0%o e permitem posicionar estas três seções na primeira sequência deposicional da Formação Sete Lagoas, acima da capa carbonática criogeniana. No entanto, os carbonatos destas seções apresentam baixos teores de Sr, resultando em razões \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' muito radiogênicas entre 0,7111 e 0,7114. As anomalias isotópicas podem estar relacionadas com processos de dolomitização tectônica que ocorreu em uma escala regional na área de influência tectônica da Faixa Araçuaí, na fronteira oriental do cráton. As seções Sete Lagoas (SL) e Haras Veredas (HV) são constituídas por carbonatos puros de cor cinza escuro a preto, ricos em matéria orgânica, com baixos teores de sedimentos detríticos e depositados num ambiente relativamente profundo, com pouca influência de correntes de maré. Os valores de \'\'delta\'\' POT.3\' C destas seções são bastante positivos, entre 8,5 e 12,6%o, interpretados como valores primários, o que permite posicionar estas duas seções na segunda sequência deposicional da Formação Sete Lagoas. Os altos valores de \'\'delta\'\' POT.3\' C podem representar alta bioprodutividade com altas taxas de soterramento de matéria orgânica no ambiente marinho, assim como alta produtividade de carbonato autigênico. A deposição dos carbonatos ocorreu em um mar epicontinental restrito com conexões intermitentes com os oceanos contemporâneos, dificultando a homogeneização isotópica do Sr, como demonstrado pela grande variação das razões \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' obtidas nas seções SL e HV, entre 0,7073 e 0,7085. Este cenário é reforçado pela configuração tectônica da bacia, limitada pelas faixas orogênicas Brasília (W) e Araçuaí (E) no final do período Ediacarano. Correlação global por meio de isótopos de Sr não é confiável neste caso. As datações U-Pb obtidas em grãos de zircão detrítico de duas amostras de diamictitos da Formação Carrancas sugerem o Cráton do São Francisco como principal fonte dos sedimentos representados pelas idades de ca. 2800 Ma. Um grão de ca. 1200 Ma, define a idade máxima de deposição desta unidade e a área fonte pode ser rochas do Supergrupo Espinhaço. / Isotope and elemental geochemistry data were obtained on carbonate rocks of the Sete Lagoas Formation in order to contribute to the understanding of the sedimentary evolution of the São Francisco basin in the basal part of the Bambuí Group, as well as to decipher the environmental variations of seawater during the Neoproterozoic. This unit consists of carbonate rocks overlying the diamictites of the Carrancas Formation in southern São Francisco Craton. The Inhaúma (IN), Linha Verde (LV) and Funilândia (FN) sections consist of light gray impure carbonates and beige dolomites, poor in organic matter, with high contents of detrital sediments and deposited in a shallow marine environment with influence of tidal currents. The most representative \'\'delta\'\' POT.3\' C values of the depositional setting range between -1.0 and 0%o, and allow us to correlate these sections with the basal depositional sequence of the Sete Lagoas Formation, above the Cryogenian cap carbonate. However, the carbonates of these sections have low Sr concentrations, resulting in highly radiogenic \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' ratios between 0.7111 and 0.7114. The isotopic anomalies may be related to tectonic dolomitization processes that occurred on a regional scale in the tectonic influenced areas of Araçuaí Belt, on the eastern border of the São Francisco Craton. The Sete Lagoas (SL) and Haras Veredas (HV) sections are composed mainly of dark gray to black pure carbonates, rich in organic matter, with low contents of detrital sediments and deposited in a relatively deep environment with little influence of tidal currents. The \'\'delta\'\' POT.3\' C values of these sections are consistent and very positive, between 8.5 and 12.6%o, being interpreted as representative of the isotopic composition of seawater in the depositional environment, which allow us to correlate these two sections with the second depositional sequence of Sete Lagoas Formation. The very positive \'\'delta\'\' POT.3\' C values may represent high bio-productivity with high burial rates of organic matter in the marine environment, as well as high productivity of authigenic carbonate. The deposition of these carbonates occurred in a restricted epicontinental sea with intermittent connections with contemporary oceans, making difficult the Sr isotopic homogenization with seawater. This explains the large variation on the \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' ratios obtained on carbonates from the SL and HV sections, ranging between 0.7073 and 0.7085. The tectonic setting of the São Francisco Craton, limited by orogenic belts of Brasilia (W) and Araçuaí (E) during the late Ediacaran period, supports this scenario. Global correlation by means of Sr isotope is not reliable in this case. The U- ages of detrital zircon grains from diamictites of the Carrancas Formation are mainly discordant, but ages of ca. 2800 Ma suggest the São Francisco Craton as the main source of sediments. One grain dated at ca. 1200 Ma sets the maximum depositional age for the units, and the source area could be the rocks from the Espinhaço Supergroup.
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Evolução sedimentar e paleoambiental da Formação Sete Lagoas (Grupo Bambuí, norte de Minas Gerais) no contexto das bacias sedimentares do Ediacarano terminal /Okubo, Juliana. January 2019 (has links)
Orientador: Lucas Veríssimo Warren / Resumo: Drásticas mudanças climáticas, tectônicas, geoquímicas e bioevolutivas ocorreram ao final da Era Neoproterozoica e seu registro pode ser encontrado em diversas sucessões sedimentares ao redor do mundo. Uma dessas sucessões é a Formação Sete Lagoas, unidade carbonática basal do Grupo Bambuí, aflorante tanto na porção central e sul do Cráton do São Francisco. Considerando a extensa área de afloramento e grande continuidade estratigráfica desta unidade na região de Januária (norte de MG), este trabalho teve como objetivo definir a evolução sedimentar e paleoambiental da Formação Sete Lagoas a partir de uma abordagem sedimentológica, estratigráfica e geoquímica integrada, buscando compreender, por exemplo, variações nas condições redox, modificações no ciclo do carbono, temperatura da água e produtividade orgânica primária. Na área estudada, cinco associações de fácies foram definidas, da base para o topo: capa dolomítica (AF1), associação de carbonatos de perimaré (AF2), rampa carbonática influenciada por sismos (AF3), cordão oolítico litorâneo (AF4) e planície de maré dominada por microbialitos (AF5). Devido sua singularidade e importância no registro, duas sucessões distintas foram estudadas detalhadamente: os precipitados de fundo oceânico pertencente à capa dolomítica e a brecha intraformacional (flat-pebble breccia) nas porções basal e intermediária da unidade, respectivamente. Os precipitados de fundo oceânico são representados por leques carbonáticos (pseudomorfos de arag... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Major climatic, tectonic, biogeochemical and evolutionary changes occurred during Late Neoproterozoic are recorded in several sedimentary successions around the world. One of these successions is the Sete Lagoas Formation, the basal unit of the Bambuí Group, present both in the southern and central part of São Francisco Craton. Because of excellent exposure and and great stratigraphic continuity of this unit, this study focused on the the sedimentary and paleoenvironmental evolution of the Sete Lagoas Formation near Januária area– MG in the central São Francisco Craton, based on a sedimentological, stratigraphic and geochemical approaches. Five facies associations were defined in the studied area: cap dolostone (FA1), peritidal carbonates (FA2), seismic-influenced carbonate ramp (FA3), oolitic belt (FA4) and tidal flat dominated by microbialites (FA5). Due to their importance in the rock record, two distinct intervals were studied in detail: the seafloor precipitates and the flat-pebble breccia from the lower and middle part of the unit, respecively. The seafloor precipitates are represented by carbonate fans (aragonite pseudomorphs), barite and authigenic apatitic cements. The latter was described here for the first time in a cap carbonate context, and this mineralogical association is interpreted as the result of iron reduction of sediments in conjunction with high alkalinity of the seawater. Since barite fans have been used to infer the Marinoan age of this cap carbonate, ... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Sedimentología y estratigrafía de la Formación Piedras de Afilar, Terreno Tandilia, UruguayPamoukaghlian, Karina 23 September 2013 (has links)
Se aborda el estudio de la Formación Piedras de Afilar desde el punto de vista sedimentológico y estratigráfico, con el objetivo de caracterizar las rocas sedimentarias que la conforman, los paleoambientes depositacionales y la evolución de la cuenca que la aloja. Del mismo modo se pretende precisar la edad de la unidad, por medio de métodos geoquímicos: U-Pb LA ICP-MS en circones de areniscas; U-Pb LA ICP-MS en circones de los cuerpos intrusivos; isótopos estables C y O en calizas; Sm-Nd en pelitas; Sr en calizas; y métodos bioestratigráficos (maceraciones palinológicas en pelitas y calizas).
A partir del análisis de facies y los resultados geocronológicos obtenidos, se divide esta unidad – conservando el rango de formación - en tres miembros: (1) Miembro Cuchilla Alta, compuesto por facies de conglomerados, areniscas cuarzosas y subarcosas de color blanquecino, arenitas limosas y pelitas grises y rojizas; con estructuras sedimentarias muy bien preservadas, tales como estratificación entrecruzada planar, artesa, hummocky y megahummocky, óndulas asimétricas, óndulas de interferencia y calcos de flujo; (2) Miembro Arroyo Junquito, compuesto principalmente por facies de pelitas grises oscuras, verdes y rojizas, con laminación ondulítica; y (3) Miembro Arroyo de la Tuna, compuesto por margas y calizas margosas de color gris, ritmitas marga/pelita grises y verdosas, intercaladas con pelitas oscuras. En el análisis de facies se definen y caracterizan cuatro asociaciones, las cuales son interpretadas desde el punto de vista paleoambiental, definiendo un ambiente marino somero litoral de playa y los subambientes más proximales y distales correspondientes. Se realizan estudios mineralógicos para caracterizar las distintas facies sedimentarias, utilizando métodos petrográficos, tales como la observación de cortes delgados y la difractometría de rayos X (XRD), con el fin de determinar los principales factores que controlan la depositación (roca fuente, paleorrelieve y paleoclima) y la diagénesis. También se realiza un análisis detallado de las paleocorrientes y estudios de proveniencia para completar la interpretación paleogeográfica de la cuenca que se propone aquí como Cuenca Piedras de Afilar. / The objective of study is the sedimentary and stratigraphic detailed analysis of the Piedras de Afilar Formation. Sedimentary rocks, depositional environments and sedimentary basin are detailed studied and described. The age of this unit will also be obtained, through geochemical methods: U-Pb LA ICP-MS in zircons from sandstones and from intrusive rocks, C and O stable isotopes in limestones; Sm-Nd in shales; Sr in limestones; and biostratigraphic methods (palinological macerations in shales, siltstones and limestones).
According to facies analysis and geochronology, the studied geologic unit is here considered of “formation” stratigraphic order and divided in three members: (1) Cuchilla Alta Member, formed by conglomerates, yellowed white quatzitic and subarcosic sandstones, and gray to redish siltstones and shales, showing well preserved sedimentary structures as trough cross stratification (TCS), hummocky and megahummocky cross stratification (HCS), ripples, interference ripple marks and flute casts; (2) Arroyo del Junquito Member, formed by dark, reddish and greenish shales and siltstones, with wavy lamination; and (3) Arroyo de la Tuna Member, formed by gray limestones and marls, gray to green limestone/shale rithmites and dark shales interbeded.
Facies analysis was undertaken to define and characterize four facies associations, interpreting marine palaeoenviroment and corresponding shallower and deeper microenviroments. Mineralogical studies are taken to characterize each sedimentary facies, study thin sections in the microscopy and X ray analysis, to determine main factors of sedimentation process (source rock, palaeorelief and palaeoweather) and diagenesis. Detailed palaeocurrents and provenance studies are also carried out to complete the Piedras de Afilar Basin palaeogeography interpretation.
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Microbialitos e microfósseis da Formação Sete Lagoas, Neoproterozoico, Brasil: implicações geomicrobiológicas em um contexto de mudanças climáticas e evolutivas / not availableSanchez, Evelyn Aparecida Mecenero 11 February 2015 (has links)
A Formação Sete Lagoas, base do Grupo Bambuí, tem sido alvo de constantes discussões sobre o contexto temporal e ambiental sob a qual esta unidade foi depositada. Sua idade tem sido atribuída a dois momentos distintos do Neoproterozoico, e ambas têm implicações evolutivas significativas. A primeira proposta, baseadas em dados geoquímicos e litoestratigráficos,relaciona a deposição da Formação Sete Lagoas após o fim da glaciação Marinoana (do modelo paleoclimático Snowball Earth), há cerca de 635 Ma, quando mudanças paleogeográficas e geoquímicas levaram a mudanças climáticas de escala global, o quepode ter impactado significativamente na bioprodutividade do Edicarano. O segundo modelo deposicional baseia-se na ocorrência de Cloudina sp., um fóssil-guia do Ediacarano final, em níveis estratigráficos próximos à base da Formação Sete Lagoas, apontando, portanto, para uma idade mais nova que a primeira hipótese. No entanto, ambos os modelos preveem um cenário de mudanças, ocorridas no Neoproterozoico tardio, enquanto a Formação Sete Lagoas estava sendo depositada. Tais mudanças foram de natureza climática, paleogeográfica e geoquímica, que influenciaram a composição da atmosfera e da hidrosfera, e culminaram em profundas mudanças na biosfera. Propôs-se aqui uma análise pormenorizada de microbialitos e microfósseis da Formação Sete Lagoas, visando compreender como os produtores, base dos ecossistemas, teriam respondido a tantas transformações ambientais e ecológicas, além de estabelecer a abrangência estratigráfica dos microbialitos e microfósseis desta unidade. Foram analisadas tramas de microbialitos carbonáticos e precocemente silicificados, amostras de mão para comparação e dados de afloramentos. Uma avaliação de materiais reportados em meados e na segunda metade do século passado também foi necessária, tendo em vista os avanços recentes no campo da Paleobiologia do Pré-Cambriano. Os dados demonstraram que a Formação Sete Lagoas conta com uma riqueza treze formasmicrobialíticas, sendo onze detalhadas neste trabalho e encontradas ao longo de toda a formação, tanto sobre o Cráton do São Francisco, quanto sobre a Faixa Brasília, porém em baixa quantidade. Estas formas são compostas por onze tipos de tramas, cujo conteúdo biogênico em última análise, remete, mesmo que de forma reliquiar, à formas cianobacterianas recentes reconhecidas como formadoras de estromatólitos. Por outro lado, microfósseis silicificados não são comuns, e foram observados apenas em três localidades, onde já tinham sido reportados. Porém, a re-análise deste material permitiu refinar os dados e identificar cinco táxons, quatro cianobacterianos - os gêneros Siphonophycus, Oscillatoriopsis e Eosynechococcus- e um Incertae sedis - o gêneroArchaeotrichion. A baixa diversidade de microfósseis, ou seja, baixa riqueza e baixa abundância, somada à baixa abundância e densidade de microbialitos nos afloramentos analisados foi interpretada como resultados de eventos diagenéticos e tectônicos que resultaram na perda de material. Outra vertente do presente trabalho foi a re-avaliação de estruturas reportadas como fósseis há cerca de 50 anos, cuja interpretação à luz dos conhecimentos atuais, permitiram a identificação de alguns como pseudofósseis, a reclassificação deuma espécie de acritarco esferomórfico (Leiosphaeridia jacutica[Timofeev 1966]) e de outro espécime como provável Nemiana simplexPalij 1976. De um modo geral, pode-se perceber que, embora poucos espécimes tenham sido preservados, o registro fóssil da Formação Sete Lagoas é variado e inclui microbialitos, microfósseisbentônicos e planctônicos, identificados neste trabalho, além de icnofósseis, biomarcadores e metazoários reportados em trabalhos anteriores, mas que ainda demandam novas considerações. A ocorrência vertical de microbialitos ao longo de toda a unidade e a diversidade de tramas que os compõem demonstram que a bioprodutividade não sofreu declínio com as mudanças paleoambientais, seja por conta de mudanças climáticas, se considerarmos a Formação Sete Lagoas como capa carbonática, seja pelo estabelecimento de metazoários nos ecossistemas, se a considerarmos uma unidade depositada a partir do Ediacarano tardio. / The Sete Lagoas Formation, base of BambuíGroup, has been under constant discussion about the temporal and environmental context under it was deposited. Its age has been attributed to two different moments ofNeoproterozoic, each one comprising significative evolutionay changes. The first one, based on geochemical and lithostratigraphic data, related the deposition of Sete Lagoas Formation to the end of Marinoan glacial episode (the Snowball Earthpaleoclimatic model), ca. 635 Ma, when pelogeographic and geochemical changes resulted in global climatic changes, that could result in significative impacts over the Ediacaran bioprodutivity. The second age model is based on the occurrence of Cloudinasp., an index fossil of Terminal Neoproterozoic, in stratigraphic levels near the base ofthe formation, pointing for a younger age that previously proposed. However, both modelspredict a scenario of environmental changes, occurred during the Late Ediacaran, while the Sete Lagoas Formation deposited. Such changes include climatic, paleogeographic and geochemical, that influenced the composition of atmosphere and hydrosphere, what resulted in profound changes in the biosphere. Here it was proposed a detailed study of microbialites and silicified microfossils of Sete Lagoas Formation, aiming to understand the responses of producers, the framework of any ecosystem, would reacted to suchpaleoenvironmental and ecological changes, as well also establish the stratigraphic occurrence of Sete Lagoas Formatiom microbialites and microfossils. Fabrics of carbonate and early silicified microbialites were analyzed, aswell hand samples for comparison and data acquired in the outcrops. Previous reported material, collect in the past half century was also re-evaluated due to new knowledge concerning the Paleobiology of Precambrian. The data showed that the Sete Lagoas Formation has a richness of thirteen microbialite forms, which eleven were detailed in this paper and found throughout the unit, on the São Francisco Craton, as well on the Brasília Fold Belt, but in low abundance. These forms are composed of eleven types of fabrics, which biogenic content ultimately refers, even if reliquiar preservation, to Recent cyanobacteria recognized as mat formers. Moreover, silicified microfossils are not common, and were only observed in three localities, where they had already been reported. However, re-analysis of this material allowed to refine the data and identify five taxa, four cyanobacteria - Siphonophycus, Oscillatoriopsis, Eosynechococcus- and one Incertae sedis - Archaeotrichion. The low diversity of microfossils, including low richness and low abundance, coupled with the low abundance and density of microbialites in outcrops were interpreted as a result of diagenetic and tectonic events that resulted in the loss of material. Another aspect of this work was the re-evaluation of structures reported as fossils for about 50 years, whose interpretation in the light of updated knowledge, allowed the identification of some pseudofossils as the reclassification ofa species of sphaeromorphic acritarch (Leiosphaeridia jacutica [Timofeev 1966]) and putative Nemiana simplexPalij 1976. In general, it can be seen that, although a few specimens have been preserved, the fossil record of the Sete Lagoas Formation is varied and includes microbialites, benthic and planktonic microfossils, identified in this work, as well as trace fossils, biomarkers and metazoan reported in previous works, which require new considerations. The vertical occurrence of microbialites throughout the unit and the variety of frames that make up demonstrate that bioproductivity did not declined due to paleoenvironmental changes, either due to climate change, considering the formation Sete Lagoas Formation as cap carbonate, or by establishment ofmetazoan ecosystems, if we consider a unit deposited during the Late Ediacaran.
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Microbialitos e microfósseis da Formação Sete Lagoas, Neoproterozoico, Brasil: implicações geomicrobiológicas em um contexto de mudanças climáticas e evolutivas / not availableEvelyn Aparecida Mecenero Sanchez 11 February 2015 (has links)
A Formação Sete Lagoas, base do Grupo Bambuí, tem sido alvo de constantes discussões sobre o contexto temporal e ambiental sob a qual esta unidade foi depositada. Sua idade tem sido atribuída a dois momentos distintos do Neoproterozoico, e ambas têm implicações evolutivas significativas. A primeira proposta, baseadas em dados geoquímicos e litoestratigráficos,relaciona a deposição da Formação Sete Lagoas após o fim da glaciação Marinoana (do modelo paleoclimático Snowball Earth), há cerca de 635 Ma, quando mudanças paleogeográficas e geoquímicas levaram a mudanças climáticas de escala global, o quepode ter impactado significativamente na bioprodutividade do Edicarano. O segundo modelo deposicional baseia-se na ocorrência de Cloudina sp., um fóssil-guia do Ediacarano final, em níveis estratigráficos próximos à base da Formação Sete Lagoas, apontando, portanto, para uma idade mais nova que a primeira hipótese. No entanto, ambos os modelos preveem um cenário de mudanças, ocorridas no Neoproterozoico tardio, enquanto a Formação Sete Lagoas estava sendo depositada. Tais mudanças foram de natureza climática, paleogeográfica e geoquímica, que influenciaram a composição da atmosfera e da hidrosfera, e culminaram em profundas mudanças na biosfera. Propôs-se aqui uma análise pormenorizada de microbialitos e microfósseis da Formação Sete Lagoas, visando compreender como os produtores, base dos ecossistemas, teriam respondido a tantas transformações ambientais e ecológicas, além de estabelecer a abrangência estratigráfica dos microbialitos e microfósseis desta unidade. Foram analisadas tramas de microbialitos carbonáticos e precocemente silicificados, amostras de mão para comparação e dados de afloramentos. Uma avaliação de materiais reportados em meados e na segunda metade do século passado também foi necessária, tendo em vista os avanços recentes no campo da Paleobiologia do Pré-Cambriano. Os dados demonstraram que a Formação Sete Lagoas conta com uma riqueza treze formasmicrobialíticas, sendo onze detalhadas neste trabalho e encontradas ao longo de toda a formação, tanto sobre o Cráton do São Francisco, quanto sobre a Faixa Brasília, porém em baixa quantidade. Estas formas são compostas por onze tipos de tramas, cujo conteúdo biogênico em última análise, remete, mesmo que de forma reliquiar, à formas cianobacterianas recentes reconhecidas como formadoras de estromatólitos. Por outro lado, microfósseis silicificados não são comuns, e foram observados apenas em três localidades, onde já tinham sido reportados. Porém, a re-análise deste material permitiu refinar os dados e identificar cinco táxons, quatro cianobacterianos - os gêneros Siphonophycus, Oscillatoriopsis e Eosynechococcus- e um Incertae sedis - o gêneroArchaeotrichion. A baixa diversidade de microfósseis, ou seja, baixa riqueza e baixa abundância, somada à baixa abundância e densidade de microbialitos nos afloramentos analisados foi interpretada como resultados de eventos diagenéticos e tectônicos que resultaram na perda de material. Outra vertente do presente trabalho foi a re-avaliação de estruturas reportadas como fósseis há cerca de 50 anos, cuja interpretação à luz dos conhecimentos atuais, permitiram a identificação de alguns como pseudofósseis, a reclassificação deuma espécie de acritarco esferomórfico (Leiosphaeridia jacutica[Timofeev 1966]) e de outro espécime como provável Nemiana simplexPalij 1976. De um modo geral, pode-se perceber que, embora poucos espécimes tenham sido preservados, o registro fóssil da Formação Sete Lagoas é variado e inclui microbialitos, microfósseisbentônicos e planctônicos, identificados neste trabalho, além de icnofósseis, biomarcadores e metazoários reportados em trabalhos anteriores, mas que ainda demandam novas considerações. A ocorrência vertical de microbialitos ao longo de toda a unidade e a diversidade de tramas que os compõem demonstram que a bioprodutividade não sofreu declínio com as mudanças paleoambientais, seja por conta de mudanças climáticas, se considerarmos a Formação Sete Lagoas como capa carbonática, seja pelo estabelecimento de metazoários nos ecossistemas, se a considerarmos uma unidade depositada a partir do Ediacarano tardio. / The Sete Lagoas Formation, base of BambuíGroup, has been under constant discussion about the temporal and environmental context under it was deposited. Its age has been attributed to two different moments ofNeoproterozoic, each one comprising significative evolutionay changes. The first one, based on geochemical and lithostratigraphic data, related the deposition of Sete Lagoas Formation to the end of Marinoan glacial episode (the Snowball Earthpaleoclimatic model), ca. 635 Ma, when pelogeographic and geochemical changes resulted in global climatic changes, that could result in significative impacts over the Ediacaran bioprodutivity. The second age model is based on the occurrence of Cloudinasp., an index fossil of Terminal Neoproterozoic, in stratigraphic levels near the base ofthe formation, pointing for a younger age that previously proposed. However, both modelspredict a scenario of environmental changes, occurred during the Late Ediacaran, while the Sete Lagoas Formation deposited. Such changes include climatic, paleogeographic and geochemical, that influenced the composition of atmosphere and hydrosphere, what resulted in profound changes in the biosphere. Here it was proposed a detailed study of microbialites and silicified microfossils of Sete Lagoas Formation, aiming to understand the responses of producers, the framework of any ecosystem, would reacted to suchpaleoenvironmental and ecological changes, as well also establish the stratigraphic occurrence of Sete Lagoas Formatiom microbialites and microfossils. Fabrics of carbonate and early silicified microbialites were analyzed, aswell hand samples for comparison and data acquired in the outcrops. Previous reported material, collect in the past half century was also re-evaluated due to new knowledge concerning the Paleobiology of Precambrian. The data showed that the Sete Lagoas Formation has a richness of thirteen microbialite forms, which eleven were detailed in this paper and found throughout the unit, on the São Francisco Craton, as well on the Brasília Fold Belt, but in low abundance. These forms are composed of eleven types of fabrics, which biogenic content ultimately refers, even if reliquiar preservation, to Recent cyanobacteria recognized as mat formers. Moreover, silicified microfossils are not common, and were only observed in three localities, where they had already been reported. However, re-analysis of this material allowed to refine the data and identify five taxa, four cyanobacteria - Siphonophycus, Oscillatoriopsis, Eosynechococcus- and one Incertae sedis - Archaeotrichion. The low diversity of microfossils, including low richness and low abundance, coupled with the low abundance and density of microbialites in outcrops were interpreted as a result of diagenetic and tectonic events that resulted in the loss of material. Another aspect of this work was the re-evaluation of structures reported as fossils for about 50 years, whose interpretation in the light of updated knowledge, allowed the identification of some pseudofossils as the reclassification ofa species of sphaeromorphic acritarch (Leiosphaeridia jacutica [Timofeev 1966]) and putative Nemiana simplexPalij 1976. In general, it can be seen that, although a few specimens have been preserved, the fossil record of the Sete Lagoas Formation is varied and includes microbialites, benthic and planktonic microfossils, identified in this work, as well as trace fossils, biomarkers and metazoan reported in previous works, which require new considerations. The vertical occurrence of microbialites throughout the unit and the variety of frames that make up demonstrate that bioproductivity did not declined due to paleoenvironmental changes, either due to climate change, considering the formation Sete Lagoas Formation as cap carbonate, or by establishment ofmetazoan ecosystems, if we consider a unit deposited during the Late Ediacaran.
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