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O sistema de Nappes Andrelândia Oriental - proveniência sedimentar e evolução tectônica / not availableGabriella Labate Frugis 31 August 2016 (has links)
Distintos segmentos paleogeográficos foram reconhecidos nas margens das paleoplacas São Francisco e Paranapanema e resultaram, quando da colisão, nas pilhas tectônicas de nappes sin-metamórficas do Orógeno Brasília Meridional. A partir da química de elementos maiores, menores, traços e dos sistemas isotópicos Sm-Nd e Rb-Sr em rocha-total; de ETR e dos sistemas U-Pb e Lu-Hf em zircão, foi possível evidenciar distintos ambientes de sedimentação e distintas características químicas e isotópicas das fontes das unidades Santo Antônio e Serra da Boa Vista da Nappe Andrelândia, e das rochas metassedimentares da Nappe Liberdade. As rochas da Nappe Liberdade registram uma proveniência a partir de arco magmático continental do Toniano, com máxima idade de sedimentação em 790 Ma. Ocorrem fontes mais antigas no Mesoproterozoico, de 1,10-1,25 Ga e 1,35-1,50 Ga, e do Estateriano-Orosiriano de 1,75-1,85 Ga. Metawackes da Unidade Santo Antônio, com idade máxima de deposição em 680 Ma, registram baixa taxa de intemperismo químico e origem a partir de fontes empobrecidas neoproterozoicas, do Toniano-Criogeniano, oriundas de um sistema de arco insular intraoceânico e, subordinadamente, de seus produtos mais evoluídos. Fontes com 1,00-1,25 Ga contribuíram em menor expressão. A unidade superior da Nappe Andrelândia, Serra da Boa Vista, possui maior taxa de intemperismo químico e não registra cristais detríticos de zircão oriundos do magmatismo neoproterozoico. As áreas-fonte destes metassedimentos foram constituídas por rochas mesoproterozoicas, de 1,00-1,28 Ga e 1,35-1,48 Ga, e do Estateriano-Orosiriano, 1,75-1,95 Ga. Em menor expressão ocorrem fontes riacianas de 2,07-2,15 Ga. O predomínio de área-fonte mesoproterozoica sugere fontes com afinidades grenvillianas, provavelmente relacionadas a um continente ocidental e sugerindo a correlação entre Paranapanema e Rodínia. Os cristais detríticos de zircão riacianos presentes na unidade superior, Serra da Boa Vista, aliados a ausência de registro do magmatismo de arco neoproterozoico, sugerem depósitos de flysch colisional, com duplicidade de áera-fonte, Rodinia a oeste e São Francisco-África a leste. As rochas retroeclogíticas e metavulcânica estudadas, da Nappe Liberdade, apresentam idades ígneas de 1,46-1,48 Ga, mais antigas que a máxima idade de deposição das rochas metassedimentares (790 Ma) nas quais elas se encontram inseridas. São admitidas como blocos ou lentes tectônicas tombados da área-fonte como olistolitos na bacia de sedimentação. As lentes retroeclogíticas indicam uma longa vida para o processo de subducção de fatias continentais. A recristalização metamórfica de cristais de zircão (entre 760 Ma e 670 Ma) é concomitantes com o crescimento de núcleos de granadas e indica o início da descompressão. Estes blocos foram possivelmente inseridos tectonicamente nos sedimentos do canal de subducção durante o processo de extrusão. Um intervalo de 35 m.y. é admitido para a migração colisional do sistema de nappes da margem ativa. Encontra-se registrado nas idades U-Pb entre 635-600 Ma dos sobrecrescimentos de baixa razão Th/U dos cristais de zircão. A colisão entre estes segmentos de Rodinia e África ocorreu entre 670 Ma e 635 Ma, como indicado pelas idades dos distintos eventos metamórficos e pela idade máxima de deposição do metawacke Santo Antônio. / Distinct paleogeographic segments were recognized in the São Francisco and Paranapanema paleoplate margins and resulted, during the collision, in the tectonic piles of sin-metamorphic nappes from the Southern Brasília Orogen. Through major, minor and trace elements and Sm-Nd and Rb-Sr isotopic systems in whole-rock, REE and U-Pb and Lu-Hf isotopic systems in zircon, it was possible to evidence distinct sedimentation environments and distinct chemistry characters of the sources from the Santo Antônio and Serra da Boa Vista units, Andrelândia Nappe, and from the Liberdade Nappe metasedimentary rocks. The Liberdade Nappe rocks register provenance from a tonian magmatic continental arc, with maximum depositional age of 790 Ma. Older sources also occur from the Mesoproterozoic, of 1.10-1.25 Ga and 1.35-1.50 Ga, and from the Statherian-Orosirian of 1.75-1.85 Ga. Metawackes from the Santo Antônio Unit, with maximum depositional age of 680 Ma, register low index of chemical alteration and origin from depleted Neoproterozoic sources, of the Tonian-Cryogenian, derived from an intra-oceanic island arc system and, subordinately, from its more evolved products. Sources of 1.00-1.26 Ga contributed in minor expression. The upper Andrelândia Nappe Unit, Serra da Boa Vista, shows the highest rates of chemical alteration and does not register zircon detritic crystals from the Neoproterozoic magmatism. This metasediment sources were composed by Mesoproterozoic rocks, of 1.00-1.28 Ga and 1.35-1.48 Ga, and from the Shatherian-Orosirian, of 1.75-1.95 Ga. In minor expression Rhyacian sources, of 2.07-2.15 Ga occur. The predominance of Mesoproterozoic ages suggest sources with Grenville affinities, probably related to a western continent suggesting the correlation between Paranapanema and Rodinia. The Rhyacian zircon detritic crystals in the upper unit, Serra da Boa Vista, allied to the absence of Neoproterozoic arc magmatism register, suggest flysch-type collisional sedimentary deposits, with source duplicity, Rodinia to the west and São Francisco-Africa to the east. Ages of 0.99-1.27 Ga, mainly from depleted rocks, suggest sources with Grenville affinity, defining a western continent and marking a possible correlation between Paranapanema and Rodinia. The retroeclogitic and metavulcanic rocks studied, from the Liberdade Nappe, present igneous ages of 1.46-1.48 Ga, older than the maximum depositional age of the metassedimentary rocks (790 Ma) in which they are inserted. They are admitted as blocks or tectonic lenses fallen from the source-area as olistoliths into the sedimentary basin. The retroeclogitic lenses indicate a long-lived subduction process of continental slices. The zircon crystal metamorphic recrystallizations (between 760 Ma and 670 Ma) are concomitant to the garnet cores growth and suggest the beginning of the decompression. Probably these blocks were tectonically inserted into the subduction channel sediments during the extrusion process. An interval of 35 m.y. is admitted for the collisional migration of the active margin nappe system. It is registered in the U-Pb ages of 635-600 Ma from the zircon crystal overgrowths with low Th/U ratio. The collisional between these segments of Rodinia and Africa occurred between 670 Ma and 635 Ma, as indicated through the distinct metamorphic events and by the Santo Antônio metawackes maximum depositional age.
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O vulcanismo ácido neoproterozoico na região do Cerro Chato, extremo sul do BrasilNoll Filho, Roberto Jacques January 2017 (has links)
A região do Cerro Chato, extremo sul do Rio Grande do Sul, é caracterizada por associações de rochas vulcânicas e subvulcânicas de composição ácida, cujo magmatismo tem sido relacionado às suítes graníticas tardias do Batólito Pelotas no Cinturão Dom Feliciano. Os vulcanitos da região agrupam-se em duas feições geomorfologicamente distintas e afetadas por falhas NW e NE: Cerro Chato e Cerro Partido. O Cerro Chato é caracterizado por depósitos piroclásticos e efusivos. Os primeiros são representados por ignimbritos que ocorrem em duas fácies principais: ignimbritos ricos em líticos e ignimbritos ricos em cristais, mal selecionados e constituídos por piroclastos tamanho lápili e uma matriz tufácea. A fácies rica em litoclastos é caracterizada por apresentar fragmentos conatos de riolitos e ignimbritos e, subordinadamente, acidentais. Fragmentos de cristais de K-feldspato e quartzo são comuns e a estrutura eutaxítica é incipiente. A fácies rica em cristais caracteriza-se pela abundância de cristaloclastos e fenocristais de feldspatos e quartzo. Apresentam estrutura eutaxítica e matriz constituída por vitroclastos tamanho cinza. Derrames riolíticos hemicristalinos representam os eventos efusivos, com textura porfirítica, estruturas de fluxo e esferulitos. O Cerro Partido é caracterizado por um corpo subvulcânico, alongado na direção NE-SW, com 8 km de comprimento por 0,7 km de largura aproximadamente. Constitui rochas com textura porfirítica, com fenocristais de quartzo e feldspatos, imersos em uma matriz equigranular fina. Geoquimicamente, são riolitos do tipo alta-sílica, correlacionáveis à série alcalina, próximo ao limite das séries subalcalinas, com um caráter metaluminoso/peraluminoso e teores elevados de álcalis, FeOt/FeOt+MgO e índice agpaítico. Os riolitos do Cerro Partido foram classificados como alto-Ti com elevados teores de CaO, P2O5, FeOt, MgO e K2O se comparados aos riolitos do Cerro Chato, baixo-Ti. O padrão mostrado pelos ETR é definido pelo leve enriquecimento de ETRL em relação à ETRP e uma forte anomalia negativa de Eu, típica de sistemas alcalinos metaluminosos e altamente diferenciados. As características químicas são semelhantes com as de magmatismo granítico do tipo A, relacionado a ambientes pós-colisionais. Dados litoquímicos indicam uma vinculação genética com rochas graníticas mais diferenciadas da Suíte Dom Feliciano, bem como os riolitos do Cerro Ana Dias, associadas ao magmatismo Neoproterozoico pós-colisional do Escudo Sul-Rio-Grandense. Dados geocronológicos U-Pb obtidos em zircões indicam uma idade de 561 ± 2 Ma para os riolitos do Cerro Partido, sugerindo uma contemporaneidade com os granitoides associados a suíte Dom Feliciano. Já os dados U-PB em zircão dos riolitos do Cerro Chato indicam uma idade de 630.4 ± 2.8 Ma. Estas idades são concordantes com as obtidas em clastos vulcânicos na base da formação Maricá, podendo assim haver uma possível relação entre os vulcanitos do Cerro Chato com o vulcanismo sin-sedimentar inicial da Bacia do Camaquã. / The Cerro Chato region is located in the southern portion of Rio Grande do Sul and is characterized by associations of acid volcanic and subvolcanic rocks, whose magmatism has been related to the later Pelotas Batholith suites from the Dom Feliciano Belt. The vulcanites of the region are affected by NW and NE faults and are grouped into two geomorphologically distinct features: Cerro Chato and Cerro Partido. Cerro Chato is represented by ignimbrites that occur in two main facies: lithic rich ignimbrites and crystal rich ignimbrites. They are poorly selected and consist of lapilli-sized pyroclasts in a tuffaceous matrix. The lithoclasts rich facies is characterized by cognate fragments of rhyolites and ignimbrites and, occasionally, accidental fragments. The crystal-rich ignimbrites are characterized by the abundance of crystal fragments and phenocrysts of K-feldspar and quartz. Both facies present eutaxitic structure and a matrix made up of ash-sized vitroclasts. Hemi-crystalline rhyolitic flows represent effusive events, with porphyritic texture, flow structures and spherulites. Cerro Partido is characterized by a subvolcanic body, elongated in the NE-SW direction, of approximately 8 km long by 0.7 km wide.. It consists of rocks with porphyritic/glomeroporphyritic texture, composed of quartz, K-feldspar and plagioclase phenocrysts, within a fine quartz-feldspathic equigranular matrix. Through geochemical data the rhyolitic volcanites were characterized as high-silica type rhyolites, correlated to the alkaline series, but close to the limit of the sub-alkaline series; they present metaluminous to peraluminous character and high contents of alkalis, FeOt / FeOt + MgO and agpaitic index. The Cerro Partido rhyolites were classified as high-Ti with higher CaO, P2O5, FeOt, MgO and K2O contents than the Cerro Chato low-Ti rhyolites. The rhyolites REE pattern is slightly enriched in LREE in relation to the HREE and has a strong negative Eu anomaly, typical of metaluminous and highly differentiated alkali systems. The chemical characteristics are similar to those of A type granitic magmatism, related to post-collisional environments. U-Pb geochronological dating indicates an age of 561 ± 2 Ma for the rhyolites of Cerro Partido, suggesting contemporaneity with the granitoids associated to the Dom Feliciano suite. The zircon U-Pb isotopes dating of the Cerro Chato rhyolites indicates an age of 630.4 ± 2.8 Ma. These ages are in agreement with those obtained in the volcanic clasts at the base of the Maricá formation, which may indicate a possible relationship between the volcanites of the Cerro Chato with the initial sin-sedimentary volcanism of the Camaquã Basin.
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Estudo geoquímico e isotópico de anfibolitos e rochas metassedimentares da Sequência Metavulcanossedimentar Veríssimo e Grupo Araxá, Pires do Rio – GOPiauilino, Pedro Ferreira 20 April 2018 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2018. / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). / A porção Sudeste da Faixa Brasília, no Brasil Central, apresenta rochas máficas de idade Neoproterozóica em fácies metamórfica anfibolito. Elas estão intrudidas em sequências metassedimentares relacionadas à colisão dos crátons Amazônico, São Francisco e Paranapanema. Na área de Pires do Rio-Catalão, rochas máficas puderam ser relacionadas a três eventos principais: o primeiro, com idade U-Pb em zircão de 979.4 ± 17 Ma relacionado a basaltos toleíticos de baixo K na Sequência Metavulcanossedimentar Veríssimo. Tais basaltos possuem anomalias negativas de Rb, K, P, e Ti em diagramas normalizados para o manto primitivo e são enriquecidos em ETRL, similar ao padrão de fonte de basaltos de cadeia oceânica enriquecidos (E-MORB). Basaltos transicionais também interpretados a esse evento são caracterizados por altas razões La/Lu e possuem anomalias negativas em Rb, K, Pb e Sr quando normalizados ao manto primitivo, e apresentam afinidade geoquímica com fontes tipo basaltos de ilha oceânica (OIB). Tal evento é associado à sequência vulcano- sedimentar de aproximadamente 1 Ga, com dominante proveniência cratônica. Dados isotópicos de Sm-Nd apresentam uma idade-modelo TDM entre 1,26 e 1,4 Ga e valores εNd(t) de +2,69 a +4,57 para amostras tipo MORB menos contaminadas, e valores a cerca de +2,5 para basaltos tipo OIB. A configuração tectônica para esse evento provavelmente envolve afinamento crustal e ascenção mantélica em um regime de extensão continental, durante o desenvolvimento de uma margem passiva. O segundo evento magmático máfico do tipo MORB, foi representado por basaltos intrudidos ao longo da sedimentação do Grupo Araxá, pode ser relacionado a uma extensão incipiente de forearc/back-arc em 870.7 ± 4.1 Ma para o magmatismo tipo E-MORB e 819.7 ± 6.3 Ma para magmatismo tipo OIB. Essas rochas apresentam uma distinta anomalia negativa de Nb-Ta, juntamente com valores levemente positivos de εNd(t) entre +0,78 a +2,71 e idades mais velhas de TDM entre 1,32 a 1,8 Ga sugerem um ambiente relacionado a processos de subducção. O terceiro evento é representado por magmatismo basáltico/gabróico do tipo OIB sin- a tardi-tectônico em 651.7 ± 6.5 Ma, com idades TDM de 1.0 Ga e valores positivos de εNd(t) de +1,82 a +2,57 que podem ser atribuídos à colisão continental regional e o fechamento do oceano Neoproterozoico. Tais resultados sugerem que bacias tectonicamente superpostas no Brasil Central podem ser associadas com a ocorrência de magmatismo máfico através de um intervalo de tempo tão extenso quanto a longa duração da evolução da Faixa Brasília (1.0-0.6 Ma). Ademais, tais configurações podem ser aplicáveis em outros cenários tectônicos modernos e pretéritos ao redor do mundo. / The Southeastern Brasília Belt of Central Brazil exhibits Neoproterozoic mafic rocks of amphibolite metamorphic grade that were emplaced in metasedimentary sequences related to the collision of the Amazonian and São Francisco cratons at the end of the Neoproterozoic. In the Pires do Rio-Catalão area, mafic rocks can be classified to be related to three main events: The first one, at 979.4 ± 17 Ma as recorded in U-Pb data for zircon, is related to low-K tholeiitic basalts and related alkali basalts. The low-K tholeiitic basalts have negative Rb, K, P and Ti anomalies in a primitive mantle-normalized trace element spider diagram and are LREE-enriched, similar to E-MORB source patterns. The related alkali basalts are characterized by higher La/Lu ratios, have negative Rb, K, Pb and Sr anomalies when normalized to primitive mantle, and have a chemical affinity to OIB. This event can be associated with a 1 Ga volcano- sedimentary sequence that is dominated by cratonic provenance. Sm-Nd isotopic data that give TDM model ages between 1.26 and 1.4 Ga and εNd(t) values of +2.69 to +4.57 for uncontaminated MORB-like, and ca. +2.5 values for OIB-like basalts.The tectonic setting for this event would be into a continental extension of crustal thinning and mantle upwelling during passive margin development. The second mafic magmatic event, represented by Araxá Group syn- sedimentary basalts, can be related with an incipient forearc/back-arc extension at 870.7 ± 4.1 Ma for E-MORB basalts and 819.7 ± 6.3 Ma for OIB-like basalts. These rocks show a distinct Nb-Ta negative anomaly, slightly lower εNd(t) values of +0.78 to +2.71 and older TDM ages from 1.32 to 1.8 Ga suggesting a syn-subduction tectonic environment. The third event is represented by syn- to late-tectonic OIB-like basaltic/gabbroic magmatism at ca. 650 Ma, with younger TDM ages at ca. 1.0 Ga and positive εNd(t) values of +1.82 to +2.57 that can be associated to regional continental collision and final closure of the Neoproterozoic ocean. These findings suggest that some tectonically superposed basins in Central Brazil might have individual association to occurrence of mafic magmatism along a timespan as wide as the long-lived evolution of the Brasília Belt (1.0-0.6 Ma). Furthermore, this scenario may be applicable to other ancient and modern scenarios worldwide.
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O vulcanismo ácido neoproterozoico na região do Cerro Chato, extremo sul do BrasilNoll Filho, Roberto Jacques January 2017 (has links)
A região do Cerro Chato, extremo sul do Rio Grande do Sul, é caracterizada por associações de rochas vulcânicas e subvulcânicas de composição ácida, cujo magmatismo tem sido relacionado às suítes graníticas tardias do Batólito Pelotas no Cinturão Dom Feliciano. Os vulcanitos da região agrupam-se em duas feições geomorfologicamente distintas e afetadas por falhas NW e NE: Cerro Chato e Cerro Partido. O Cerro Chato é caracterizado por depósitos piroclásticos e efusivos. Os primeiros são representados por ignimbritos que ocorrem em duas fácies principais: ignimbritos ricos em líticos e ignimbritos ricos em cristais, mal selecionados e constituídos por piroclastos tamanho lápili e uma matriz tufácea. A fácies rica em litoclastos é caracterizada por apresentar fragmentos conatos de riolitos e ignimbritos e, subordinadamente, acidentais. Fragmentos de cristais de K-feldspato e quartzo são comuns e a estrutura eutaxítica é incipiente. A fácies rica em cristais caracteriza-se pela abundância de cristaloclastos e fenocristais de feldspatos e quartzo. Apresentam estrutura eutaxítica e matriz constituída por vitroclastos tamanho cinza. Derrames riolíticos hemicristalinos representam os eventos efusivos, com textura porfirítica, estruturas de fluxo e esferulitos. O Cerro Partido é caracterizado por um corpo subvulcânico, alongado na direção NE-SW, com 8 km de comprimento por 0,7 km de largura aproximadamente. Constitui rochas com textura porfirítica, com fenocristais de quartzo e feldspatos, imersos em uma matriz equigranular fina. Geoquimicamente, são riolitos do tipo alta-sílica, correlacionáveis à série alcalina, próximo ao limite das séries subalcalinas, com um caráter metaluminoso/peraluminoso e teores elevados de álcalis, FeOt/FeOt+MgO e índice agpaítico. Os riolitos do Cerro Partido foram classificados como alto-Ti com elevados teores de CaO, P2O5, FeOt, MgO e K2O se comparados aos riolitos do Cerro Chato, baixo-Ti. O padrão mostrado pelos ETR é definido pelo leve enriquecimento de ETRL em relação à ETRP e uma forte anomalia negativa de Eu, típica de sistemas alcalinos metaluminosos e altamente diferenciados. As características químicas são semelhantes com as de magmatismo granítico do tipo A, relacionado a ambientes pós-colisionais. Dados litoquímicos indicam uma vinculação genética com rochas graníticas mais diferenciadas da Suíte Dom Feliciano, bem como os riolitos do Cerro Ana Dias, associadas ao magmatismo Neoproterozoico pós-colisional do Escudo Sul-Rio-Grandense. Dados geocronológicos U-Pb obtidos em zircões indicam uma idade de 561 ± 2 Ma para os riolitos do Cerro Partido, sugerindo uma contemporaneidade com os granitoides associados a suíte Dom Feliciano. Já os dados U-PB em zircão dos riolitos do Cerro Chato indicam uma idade de 630.4 ± 2.8 Ma. Estas idades são concordantes com as obtidas em clastos vulcânicos na base da formação Maricá, podendo assim haver uma possível relação entre os vulcanitos do Cerro Chato com o vulcanismo sin-sedimentar inicial da Bacia do Camaquã. / The Cerro Chato region is located in the southern portion of Rio Grande do Sul and is characterized by associations of acid volcanic and subvolcanic rocks, whose magmatism has been related to the later Pelotas Batholith suites from the Dom Feliciano Belt. The vulcanites of the region are affected by NW and NE faults and are grouped into two geomorphologically distinct features: Cerro Chato and Cerro Partido. Cerro Chato is represented by ignimbrites that occur in two main facies: lithic rich ignimbrites and crystal rich ignimbrites. They are poorly selected and consist of lapilli-sized pyroclasts in a tuffaceous matrix. The lithoclasts rich facies is characterized by cognate fragments of rhyolites and ignimbrites and, occasionally, accidental fragments. The crystal-rich ignimbrites are characterized by the abundance of crystal fragments and phenocrysts of K-feldspar and quartz. Both facies present eutaxitic structure and a matrix made up of ash-sized vitroclasts. Hemi-crystalline rhyolitic flows represent effusive events, with porphyritic texture, flow structures and spherulites. Cerro Partido is characterized by a subvolcanic body, elongated in the NE-SW direction, of approximately 8 km long by 0.7 km wide.. It consists of rocks with porphyritic/glomeroporphyritic texture, composed of quartz, K-feldspar and plagioclase phenocrysts, within a fine quartz-feldspathic equigranular matrix. Through geochemical data the rhyolitic volcanites were characterized as high-silica type rhyolites, correlated to the alkaline series, but close to the limit of the sub-alkaline series; they present metaluminous to peraluminous character and high contents of alkalis, FeOt / FeOt + MgO and agpaitic index. The Cerro Partido rhyolites were classified as high-Ti with higher CaO, P2O5, FeOt, MgO and K2O contents than the Cerro Chato low-Ti rhyolites. The rhyolites REE pattern is slightly enriched in LREE in relation to the HREE and has a strong negative Eu anomaly, typical of metaluminous and highly differentiated alkali systems. The chemical characteristics are similar to those of A type granitic magmatism, related to post-collisional environments. U-Pb geochronological dating indicates an age of 561 ± 2 Ma for the rhyolites of Cerro Partido, suggesting contemporaneity with the granitoids associated to the Dom Feliciano suite. The zircon U-Pb isotopes dating of the Cerro Chato rhyolites indicates an age of 630.4 ± 2.8 Ma. These ages are in agreement with those obtained in the volcanic clasts at the base of the Maricá formation, which may indicate a possible relationship between the volcanites of the Cerro Chato with the initial sin-sedimentary volcanism of the Camaquã Basin.
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Petrologia do plúton serra da Macambira, neoproterozoico da faixa Seridó, província Borborema (NE do Brasil)SILVA, Dalton Rosemberg Valentim da January 2014 (has links)
Submitted by Flasleandro Oliveira (flasleandro.oliveira@cprm.gov.br) on 2014-05-05T18:09:04Z
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Dissertacao_DaltonSilva_2011.pdf: 13013759 bytes, checksum: 62d1244ec02996532706707582cbd980 (MD5) / O final da orogênese Brasiliana/Pan-Africana na Província Borborema, NE do Brasil, é
marcado por um volumoso plutonismo. O plúton Serra da Macambira (PSM) constitui um exemplo
destes plútons, sendo aqui objeto de caracterização geológica, petrográfica, textural, geoquímica e
petrogenética. O PSM localiza-se no Estado do Rio Grande do Norte, sendo intrusivo em ortognaisses
paleoproterozoicos (Complexo Caicó) e metassupracrustais neoproterozoicas (Grupo Seridó). As
rochas que compõem o plúton foram classificadas segundo suas relações de intrusão/inclusão,
mineralogia e textura, na seguinte sequência relativa: enclaves intermediários (quartzo monzonitos e
biotita tonalitos); monzogranitos porfiríticos; sienogranitos e monzogranitos equigranulares; diques
graníticos e pegmatíticos tardios. Granitos porfiríticos e enclaves quartzo monzoníticos representam
mistura de magmas (mingling), formada pela injeção de um magma intermediário em um magma
granítico já em cristalização. Ambos são ligeiramente precoces em relação ao granito equigranular. Os
enclaves quartzo monzoníticos apresentam microclina, plagioclásio, biotita, hornblenda e pouco
quartzo, enquanto os biotia tonalitos são pobres em microclina, ricos em quartzo e não apresentam
hornblenda. Os granitos porfirítios e equigranulares portam biotita e raramente hornblenda, texturas
mirmequítica e pertítica, além de plagioclásios zonados que indicam a relevância da cristalização
fracionada na sua evolução. Estes granitos apresentam características geoquímicas similares, com
anomalia negativa de Eu, enriquecimento em Elementos Terras Raras (ETR) leves e empobrecimento
em ETR pesados, variam entre ligeiramente metaluminosos e ligeiramente peraluminosos e seguem a
trajetória evolutiva cálcio-alcalina de alto potássio. Os processos petrogenéticos tiveram início com a
fusão parcial (27,5%) da crosta continental paleoproterozoica, gerando um líquido ácido hidratado,
que incorporou H2O dos minerais existentes na fonte, deixando um resíduo granulítico com
ortopiroxênio, K-feldspato, plagioclásio (An40-50), quartzo, epídoto, magnetita, ilmenita, apatita e
zircão. O líquido evoluiu com predominância do processo de cristalização fracionada (10-25%),
ocorrendo fracionamento de plagioclásio sódico (An20), biotita e hornblenda nas fases iniciais de
cristalização. Diques ácidos tardios apresentam textura granofírica, caracterizando cristalização e/ou
colocação em condições hipabissais e padrão de ETR similares aos de granitos Tipo-A. Texturas
ígneas bem preservadas, ausência ou fraca atuação de eventos tectônicos, associação de enclaves
intermediários a máficos e alinhamento de amostras de acordo com séries de diferenciação cálcioalcalina
de alto potássio são encontradas em complexos magmáticos pós-colisionais a pós-orogênicos
descritos na literatura. Esta interpretação está em acordo com o comportamento das amostras em
diagramas discriminantes de ambientes tectônicos, posicionando o plúton em um contexto tardiorogênico,
eventualmente registrando os episódios finais de colapso da cadeia Brasiliana/Pan-Africana
na Faixa Seridó
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Geoquímica e petrografia das formações ferríferas e rochas clásticas do Grupo Jacadigo, Neoproterozoico do Sul da Faixa ParaguaiaSaldanha, Davi Oliveira 22 February 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, 2017. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2017-06-19T16:44:59Z
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Previous issue date: 2017-08-01 / Os depósitos de formação ferrífera do Grupo Jacadigo, nas proximidades de Corumbá, constituem um dos principais depósitos de ferro formados no Neoproterozoico e se reveste de grande importância devido à sua preservação, baixo grau de metamorfismo e alto teor de ferro e manganês. As rochas químicas e detríticas do grupo correspondem a sequência sedimentar depositada sobre a porção cratônica adjacente à parte sul da Faixa Paraguai, na região onde ocorre a junção entre a faixa de dobramentos e o aulacógeno Tucavaca. As rochas do Grupo Jacadigo são divididas em duas formações, Formação Urucum, basal, composta por arenitos arcoseanos e brechas polimíticas de clastos retrabalhados do embasamento, e a Formação Santa Cruz, superior, formada por formações ferríferas hematíticas com nódulos de cherte e jaspe, intercaladas a camadas de diamictitos e arenitos ferruginosos. A Formação Santa Cruz pode ser dividida da base para o topo, em membro Córrego da Pedras de caráter transicional e local, composto por camadas de arenitos arcoseanos ricos em ferro, e membro Band’Alta, constituído por formações ferríferas nodulares e camadas de diamictitos. O presente trabalho investigou em detalhe a estratigrafia e a geoquímica das rochas pertencentes ao Grupo Jacadigo no depósito de Santa Cruz localizado na Morraria Grande, a sudeste da Morraria do Urucum. Nessa localidade evidencia-se grande aporte de sedimentos clásticos representados por espessas camadas de diamictitos grossos, diferentemente do que é encontrado nas sequências da Morraria do Urucum. Análises petrográficas mostram que as formações ferríferas locais são preferencialmente nodulares e laminares, com restritas porções bandadas. Diferentemente do depósito do Urucum, camadas de manganês na Morraria Grande são restritas a duas exposições de pouca espessura. A análise das formações ferríferas permitiu evidenciar que processos de dolomitização inicial da sequência, alteração por fluidos ricos em Fe e Si e processos de desfluidização por compactação das camadas que afetaram a sequência nos estágios sin- e pós-deposicional. Análises de elementos terras raras (ETRs) possibilitaram contextualizar as condições em que as formações ferríferas do Grupo Jacadigo se formaram. Os ETRs mostram que as rochas foram formadas em oceano estratificado e com condições intermediárias de oxigenação, e que os padrões de ETR destas formações ferríferas se assemelham aos da água do oceano moderno. O conjunto destas evidências leva a sugerir que as rochas da Morraria Grande foram depositadas em porção mais proximal ou mais rasa da bacia de formação do Grupo Jacadigo. / The iron formation deposits of the Jacadigo Group, near Corumbá, constitute one of the main iron deposits formed in Neoproterozoic and is of great importance due to its preservation, low grade of metamorphism and high iron and manganese content. The chemical and detrital sequence that make up the group correspond to the sediments deposited on the cratonic margin adjacent to the southern part of the Paraguay Belt and in the region where the junction between the fold belt and the Tucavaca aulacogen occurs. The rocks that make up the Jacadigo Group were divided in two formations, the basal Urucum Formation, composed of arcosean sandstones and polymictic breccias from reworked material of the basement rocks, and the superior Santa Cruz Formation, composed by hematitic iron formations with chert and jasper nodules, interbedded to layers of diamictites and ferruginous sandstones. Santa Cruz Formation can be divided from bottom to top, in Córrego das Pedras member, with transitional and local nature and formed by layers of arcosean sandstones rich in iron, and Band'Alta member consisting of nodular iron formations and layers of diamictites. The present work aimed to investigate in detail the stratigraphy and geochemistry of rocks belonging to the Jacadigo Group at the Santa Cruz deposit located in Morraria Grande, southeast of Morraria do Urucum. At this site, it is evident a great contribution of clastic sediments represented by thick layers of coarse diamictites, unlike what is found at the Urucum sequences. Petrographic analyzes show that the local iron formations are preferably nodular and laminar with restricted banded portions. Unlike the Urucum deposit, manganese layers from Morraria Grande are poorly represented at the sequence and are found with restricted thickness in only two occasions. The analysis of the iron formations revealed that initial dolomitization of the sequence, alteration by Fe and Si rich fluids and processes of fluid-loss by layers compressing, affected the sequence during sin- and post-depositional stages. Analysis of rare earth elements (REE) made it possible to contextualize the conditions in which the iron formations of the Jacadigo Group formed. The REEs showed that the rocks were formed in a stratified ocean with intermediate oxygenation conditions, and that the REE patterns of these iron formations resemble those of modern ocean water. All this evidences leads to suggest that the rocks of Morraria Grande were deposited in a proximal and shallower context of the basin of deposition the Jacadigo group.
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Evolução magmática e metamórfica da intrusão Máfica ultramáfica mineralizada a Ni-Cu-EGP de mangabal, Brasil CentralAugustin, Cláudia Tharis 02 February 2018 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geociências Aplicadas, 2018. / Submitted by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-07-10T19:46:22Z
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Previous issue date: 2018-07-10 / Inserido no contexto do Arco Magmático de Goiás, o Complexo máfico-ultramáfico Mangabal está associado a um conjunto de diversas intrusões neoproterozóicas formadas durante o a orogenia brasiliana, no centro do Brasil. Este trabalho tem como objetivo apresentar a evolução magmática e o metamorfismo do Complexo máfico-ultramáfico Mangabal. Para tanto foram realizados trabalhos de campo, descrição e amostragem de testemunhos de sondagem, descrições petrográficas em seções delgadas e polidas, química mineral, imageamento em microscópio eletrônico de varredura (MEV) e análises químicas isotópicas de isótopos de Sm e Nd. O Complexo Mangabal está inserido na Zona de Cisalhamento São Luís dos Montes Belos e é composto por dois corpos máfico-ultramáficos acamadados metamorfizados. O membro norte apresenta aproximadamente 6 km²; já o membro sul, distante aproximadamente 2 km do anterior, possui aproximadamente 29 km² de área em superfície. Ambos os corpos exibem a mesma mineralogia, sequência de cristalização ígnea e composição química mineral. A estratigrafia do Complexo de Mangabal pode ser dividida em três zonas principais: i. Zona Máfica Inferior, localizada na porção basal da intrusão, composta por norito adcumulático; ii. Zona Ultramáfica, caracterizada por dunito e harzburgito e iii. Zona Máfica Superior, predominantemente de composição norito, com porções isoladas de dunito feldspático. O complexo apresenta sequência de cristalização composta por: Olivina + Cromo-Espinélio > Olivina + Ortopiroxênio > Ortopiroxênio + Plagioclásio > Clinopiroxênio. A mineralogia primária das rochas é frequentemente substituída por mineralogia metamórfica, devido ao metamorfismo heterogêneo sobreposto ao Complexo. Apesar da recristalização mineralógica, tal transformação metamórfica muitas vezes preserva as texturas magmáticas. O metamorfismo sobreposto ao complexo atingiu fácies metamórfica anfibolito de alta pressão, marcada pela presença da paragênese cianita-ortoanfibólio-hornblenda-plagioclásio, atingindo pressões de aproximadamente 8.5 kbar e temperaturas de até aproximadamente 750 °C. A mineralização primária de Ni-Cu-EGP sulfetado ocorre em rochas máficas e ultramáficas do complexo, porém a deformação superimposta no complexo pode localmente remobiliza-la. A mineralização é predominantemente do tipo disseminada, tanto nas rochas máficas quanto ultramáficas, porem localmente ocorrem em textura maciça. / Inserted in the context of the Goiás Magmatic Arc, the mafic-ultramafic complex of Mangabal is associated with several neoproterozoic mafic-ultramafic intrusions formed during the Brasiliano Orogeny in the center of Brazil. This study included fieldwork data, systematic drill-core sampling, mineral chemistry and Sm-Nd isotopic geochemistry in order to better understand the petrology of the mafic-ultramafic complex of Mangabal and associated Ni-Cu-PGE mineralization. The Mangabal Complex is inserted in the São Luís dos Montes Belos Shear Zone and is composed of two metamorphosed mafic-ultramafic bodies. The northern limb is approximately 6 km² and is stretched towards E-W; already the south member, distant approximately 2 km of the previous one, is approximately 10km wide by 5.5km long. Both bodies exhibit the same mineralogy, igneous crystallization sequence and mineral chemistry. The stratigraphy of the Mangabal Complex can be divided into three main zones: i. Lower Mafic Zone, located in the basal portion of the intrusion, composed by addcumulatic norite; ii. Ultramafic Zone, characterized by dunite and harzburgite and iii. Upper Mafic Zone, consisting predominantly of norite composition, with isolated portions of feldspathic dunite. The complex has the following crystallization: Olivine + Chromium-Spinel> Olivine + Orthopyroxene> Orthopyroxene + Plagioclase > Clinopyroxene. The primary mineralogy is often replaced due to an overlapping heterogeneous metamorphic transformation. Despite the mineralogical recrystallization, metamorphic transformation often preserves the magmatic textures. The metamorphism superimposed on the complex reached high-pressure amphibolite facies, marked by the presence of kyanite-ortoamphibole-hornblende, reaching pressures of approximately 8.5 kbar and temperatures up to 780 ° C. The primary Ni-Cu-EGP sulfide mineralization occurs in mafic and ultramafic rocks of the complex, but the deformation in the complex can locally remobilize the sulfides and, particularly, nickel and palladium. The mineralization is predominantly disseminated, occurring in both mafic and ultramafic rocks, but massive sulfide levels occur locally, mainly in metamorphic portions.
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Petrologia do pl?ton Serra da Macambira, neoproteroz?ico da faixa serid?, prov?ncia Borborema (NE do Brasil)Silva, Dalton Rosemberg Valentim da 28 July 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-07-28 / The final stage of Brasiliano/Pan-African orogeny in the Borborema Province is marked by
widespread plutonic magmatism. The Serra da Macambira Pluton is an example of such plutonism in
Serid? Belt, northeastern Borborema Province, and it is here subject of geological, petrographic,
textural, geochemical and petrogenetic studies. The pluton is located in the State of Rio Grande do
Norte, intrusive into Paleoproterozoic orthogneisses of the Caic? Complex and Neoproterozoic
metassupracrustal rocks of the Serid? Group. Based upon intrusion/inclusion field relationships,
mineralogy and texture, the rocks are classified as follows: intermediate enclaves (quartz-bearing
monzonite and biotite-bearing tonalite), porphyritic monzogranite, equigranular syenogranite to
monzogranite, and late granite and pegmatite dykes. Porphyritic granites and quartz-bearing
monzonites represent mingling formed by the injection of an intermediate magma into a granitic one,
which had already started crystallization. Both rocks are slightly older than the equigranular granites.
Quartz-bearing monzonite has K-feldspar, plagioclase, biotite, hornblende and few quartz, meanwhile
biotite-bearing tonalite are rich in quartz, poor in K-feldspar and hornblende is absent. Porphyritic
and equigranular granites display mainly biotite and rare hornblende, myrmekite and pertitic textures,
and zoned plagioclase pointing out to the relevance of fractional crystallization during magma
evolution. Such granites have Rare Earth Elements (REE) pattern with negative Eu anomaly and light
REE enrichment when compared to heavy REE. They are slight metaluminous to slight peraluminous,
following a high-K calc-alkaline path. Petrogenesis started with 27,5% partial melting of
Paleoproterozoic continental crust, generating an acid hydrous liquid, leaving a granulitic residue
with orthopyroxene, plagioclase (An40-50), K-feldspar, quartz, epidote, magnetite, ilmenite, apatite and
zircon. The liquid evolved mainly by fractional crystallization (10-25%) of plagioclase (An20), biotite
and hornblende during the first stages of magmatic evolution. Granitic dykes are hololeucocratic with
granophyric texture, indicating hypabissal crystallization and REE patterns similar to A-Type
granites. Preserved igneous textures, absence or weak imprint of ductile tectonics, association with
mafic to intermediate enclaves and alignment of samples according to monzonitic (high-K calcalkaline)
series all indicate post-collisional to post-orogenic complexes as described in the literature.
Such interpretation is supported by trace element discrimination diagrams that place the Serra da
Macambira pluton as late-orogenic, probably reflecting the vanishing stages of the exhumation and
collapse of the Brasiliano/Pan-African orogen. / O final da orog?nese Brasiliana/Pan-Africana na Prov?ncia Borborema, NE do Brasil, ?
marcado por um volumoso plutonismo. O pl?ton Serra da Macambira (PSM) constitui um exemplo
destes pl?tons, sendo aqui objeto de caracteriza??o geol?gica, petrogr?fica, textural, geoqu?mica e
petrogen?tica. O PSM localiza-se no Estado do Rio Grande do Norte, sendo intrusivo em ortognaisses
paleoproterozoicos (Complexo Caic?) e metassupracrustais neoproterozoicas (Grupo Serid?). As
rochas que comp?em o pl?ton foram classificadas segundo suas rela??es de intrus?o/inclus?o,
mineralogia e textura, na seguinte sequ?ncia relativa: enclaves intermedi?rios (quartzo monzonitos e
biotita tonalitos); monzogranitos porfir?ticos; sienogranitos e monzogranitos equigranulares; diques
gran?ticos e pegmat?ticos tardios. Granitos porfir?ticos e enclaves quartzo monzon?ticos representam
mistura de magmas (mingling), formada pela inje??o de um magma intermedi?rio em um magma
gran?tico j? em cristaliza??o. Ambos s?o ligeiramente precoces em rela??o ao granito equigranular. Os
enclaves quartzo monzon?ticos apresentam microclina, plagiocl?sio, biotita, hornblenda e pouco
quartzo, enquanto os biotia tonalitos s?o pobres em microclina, ricos em quartzo e n?o apresentam
hornblenda. Os granitos porfir?tios e equigranulares portam biotita e raramente hornblenda, texturas
mirmequ?tica e pert?tica, al?m de plagiocl?sios zonados que indicam a relev?ncia da cristaliza??o
fracionada na sua evolu??o. Estes granitos apresentam caracter?sticas geoqu?micas similares, com
anomalia negativa de Eu, enriquecimento em Elementos Terras Raras (ETR) leves e empobrecimento
em ETR pesados, variam entre ligeiramente metaluminosos e ligeiramente peraluminosos e seguem a
trajet?ria evolutiva c?lcio-alcalina de alto pot?ssio. Os processos petrogen?ticos tiveram in?cio com a
fus?o parcial (27,5%) da crosta continental paleoproterozoica, gerando um l?quido ?cido hidratado,
que incorporou H2O dos minerais existentes na fonte, deixando um res?duo granul?tico com
ortopirox?nio, K-feldspato, plagiocl?sio (An40-50), quartzo, ep?doto, magnetita, ilmenita, apatita e
zirc?o. O l?quido evoluiu com predomin?ncia do processo de cristaliza??o fracionada (10-25%),
ocorrendo fracionamento de plagiocl?sio s?dico (An20), biotita e hornblenda nas fases iniciais de
cristaliza??o. Diques ?cidos tardios apresentam textura granof?rica, caracterizando cristaliza??o e/ou
coloca??o em condi??es hipabissais e padr?o de ETR similares aos de granitos Tipo-A. Texturas
?gneas bem preservadas, aus?ncia ou fraca atua??o de eventos tect?nicos, associa??o de enclaves
intermedi?rios a m?ficos e alinhamento de amostras de acordo com s?ries de diferencia??o c?lcioalcalina
de alto pot?ssio s?o encontradas em complexos magm?ticos p?s-colisionais a p?s-orog?nicos
descritos na literatura. Esta interpreta??o est? em acordo com o comportamento das amostras em
diagramas discriminantes de ambientes tect?nicos, posicionando o pl?ton em um contexto tardiorog?nico,
eventualmente registrando os epis?dios finais de colapso da cadeia Brasiliana/Pan-Africana
na Faixa Serid?.
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O vulcanismo ácido neoproterozoico na região do Cerro Chato, extremo sul do BrasilNoll Filho, Roberto Jacques January 2017 (has links)
A região do Cerro Chato, extremo sul do Rio Grande do Sul, é caracterizada por associações de rochas vulcânicas e subvulcânicas de composição ácida, cujo magmatismo tem sido relacionado às suítes graníticas tardias do Batólito Pelotas no Cinturão Dom Feliciano. Os vulcanitos da região agrupam-se em duas feições geomorfologicamente distintas e afetadas por falhas NW e NE: Cerro Chato e Cerro Partido. O Cerro Chato é caracterizado por depósitos piroclásticos e efusivos. Os primeiros são representados por ignimbritos que ocorrem em duas fácies principais: ignimbritos ricos em líticos e ignimbritos ricos em cristais, mal selecionados e constituídos por piroclastos tamanho lápili e uma matriz tufácea. A fácies rica em litoclastos é caracterizada por apresentar fragmentos conatos de riolitos e ignimbritos e, subordinadamente, acidentais. Fragmentos de cristais de K-feldspato e quartzo são comuns e a estrutura eutaxítica é incipiente. A fácies rica em cristais caracteriza-se pela abundância de cristaloclastos e fenocristais de feldspatos e quartzo. Apresentam estrutura eutaxítica e matriz constituída por vitroclastos tamanho cinza. Derrames riolíticos hemicristalinos representam os eventos efusivos, com textura porfirítica, estruturas de fluxo e esferulitos. O Cerro Partido é caracterizado por um corpo subvulcânico, alongado na direção NE-SW, com 8 km de comprimento por 0,7 km de largura aproximadamente. Constitui rochas com textura porfirítica, com fenocristais de quartzo e feldspatos, imersos em uma matriz equigranular fina. Geoquimicamente, são riolitos do tipo alta-sílica, correlacionáveis à série alcalina, próximo ao limite das séries subalcalinas, com um caráter metaluminoso/peraluminoso e teores elevados de álcalis, FeOt/FeOt+MgO e índice agpaítico. Os riolitos do Cerro Partido foram classificados como alto-Ti com elevados teores de CaO, P2O5, FeOt, MgO e K2O se comparados aos riolitos do Cerro Chato, baixo-Ti. O padrão mostrado pelos ETR é definido pelo leve enriquecimento de ETRL em relação à ETRP e uma forte anomalia negativa de Eu, típica de sistemas alcalinos metaluminosos e altamente diferenciados. As características químicas são semelhantes com as de magmatismo granítico do tipo A, relacionado a ambientes pós-colisionais. Dados litoquímicos indicam uma vinculação genética com rochas graníticas mais diferenciadas da Suíte Dom Feliciano, bem como os riolitos do Cerro Ana Dias, associadas ao magmatismo Neoproterozoico pós-colisional do Escudo Sul-Rio-Grandense. Dados geocronológicos U-Pb obtidos em zircões indicam uma idade de 561 ± 2 Ma para os riolitos do Cerro Partido, sugerindo uma contemporaneidade com os granitoides associados a suíte Dom Feliciano. Já os dados U-PB em zircão dos riolitos do Cerro Chato indicam uma idade de 630.4 ± 2.8 Ma. Estas idades são concordantes com as obtidas em clastos vulcânicos na base da formação Maricá, podendo assim haver uma possível relação entre os vulcanitos do Cerro Chato com o vulcanismo sin-sedimentar inicial da Bacia do Camaquã. / The Cerro Chato region is located in the southern portion of Rio Grande do Sul and is characterized by associations of acid volcanic and subvolcanic rocks, whose magmatism has been related to the later Pelotas Batholith suites from the Dom Feliciano Belt. The vulcanites of the region are affected by NW and NE faults and are grouped into two geomorphologically distinct features: Cerro Chato and Cerro Partido. Cerro Chato is represented by ignimbrites that occur in two main facies: lithic rich ignimbrites and crystal rich ignimbrites. They are poorly selected and consist of lapilli-sized pyroclasts in a tuffaceous matrix. The lithoclasts rich facies is characterized by cognate fragments of rhyolites and ignimbrites and, occasionally, accidental fragments. The crystal-rich ignimbrites are characterized by the abundance of crystal fragments and phenocrysts of K-feldspar and quartz. Both facies present eutaxitic structure and a matrix made up of ash-sized vitroclasts. Hemi-crystalline rhyolitic flows represent effusive events, with porphyritic texture, flow structures and spherulites. Cerro Partido is characterized by a subvolcanic body, elongated in the NE-SW direction, of approximately 8 km long by 0.7 km wide.. It consists of rocks with porphyritic/glomeroporphyritic texture, composed of quartz, K-feldspar and plagioclase phenocrysts, within a fine quartz-feldspathic equigranular matrix. Through geochemical data the rhyolitic volcanites were characterized as high-silica type rhyolites, correlated to the alkaline series, but close to the limit of the sub-alkaline series; they present metaluminous to peraluminous character and high contents of alkalis, FeOt / FeOt + MgO and agpaitic index. The Cerro Partido rhyolites were classified as high-Ti with higher CaO, P2O5, FeOt, MgO and K2O contents than the Cerro Chato low-Ti rhyolites. The rhyolites REE pattern is slightly enriched in LREE in relation to the HREE and has a strong negative Eu anomaly, typical of metaluminous and highly differentiated alkali systems. The chemical characteristics are similar to those of A type granitic magmatism, related to post-collisional environments. U-Pb geochronological dating indicates an age of 561 ± 2 Ma for the rhyolites of Cerro Partido, suggesting contemporaneity with the granitoids associated to the Dom Feliciano suite. The zircon U-Pb isotopes dating of the Cerro Chato rhyolites indicates an age of 630.4 ± 2.8 Ma. These ages are in agreement with those obtained in the volcanic clasts at the base of the Maricá formation, which may indicate a possible relationship between the volcanites of the Cerro Chato with the initial sin-sedimentary volcanism of the Camaquã Basin.
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Geoquímica isotópica e elementar dos carbonatos da Formação Sete Lagoas, Grupo Bambuí, no sul da Bacia do São Francisco / not availableGuacaneme Mora, Cristhian 24 April 2015 (has links)
Dados de geoquímica isotópica e elementar foram obtidos em rochas carbonáticas da Fm. Sete Lagoas, Grupo Bambuí, visando contribuir para o entendimento da evolução sedimentar da bacia do São Francisco, assim como decifrar as variações ambientais da água do mar durante o Neoproterozoico. Esta unidade é composta de rochas carbonáticas sobrepostas aos diamictitos da Fm. Carrancas na parte sul do Cráton do São Francisco. As seções Inhaúma (IN), Linha Verde (LV) e Funilândia (FN) são constituídas por carbonatos impuros de cor cinza clara e dolomitos de cor bege, pobres em matéria orgânica, com altos teores de sedimentos detríticos e depositados num ambiente marinho raso com influência de correntes de maré. Os valores de \'\'delta\'\' POT.3\' C mais representativos do ambiente deposicional variam entre -1,0 e 0%o e permitem posicionar estas três seções na primeira sequência deposicional da Formação Sete Lagoas, acima da capa carbonática criogeniana. No entanto, os carbonatos destas seções apresentam baixos teores de Sr, resultando em razões \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' muito radiogênicas entre 0,7111 e 0,7114. As anomalias isotópicas podem estar relacionadas com processos de dolomitização tectônica que ocorreu em uma escala regional na área de influência tectônica da Faixa Araçuaí, na fronteira oriental do cráton. As seções Sete Lagoas (SL) e Haras Veredas (HV) são constituídas por carbonatos puros de cor cinza escuro a preto, ricos em matéria orgânica, com baixos teores de sedimentos detríticos e depositados num ambiente relativamente profundo, com pouca influência de correntes de maré. Os valores de \'\'delta\'\' POT.3\' C destas seções são bastante positivos, entre 8,5 e 12,6%o, interpretados como valores primários, o que permite posicionar estas duas seções na segunda sequência deposicional da Formação Sete Lagoas. Os altos valores de \'\'delta\'\' POT.3\' C podem representar alta bioprodutividade com altas taxas de soterramento de matéria orgânica no ambiente marinho, assim como alta produtividade de carbonato autigênico. A deposição dos carbonatos ocorreu em um mar epicontinental restrito com conexões intermitentes com os oceanos contemporâneos, dificultando a homogeneização isotópica do Sr, como demonstrado pela grande variação das razões \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' obtidas nas seções SL e HV, entre 0,7073 e 0,7085. Este cenário é reforçado pela configuração tectônica da bacia, limitada pelas faixas orogênicas Brasília (W) e Araçuaí (E) no final do período Ediacarano. Correlação global por meio de isótopos de Sr não é confiável neste caso. As datações U-Pb obtidas em grãos de zircão detrítico de duas amostras de diamictitos da Formação Carrancas sugerem o Cráton do São Francisco como principal fonte dos sedimentos representados pelas idades de ca. 2800 Ma. Um grão de ca. 1200 Ma, define a idade máxima de deposição desta unidade e a área fonte pode ser rochas do Supergrupo Espinhaço. / Isotope and elemental geochemistry data were obtained on carbonate rocks of the Sete Lagoas Formation in order to contribute to the understanding of the sedimentary evolution of the São Francisco basin in the basal part of the Bambuí Group, as well as to decipher the environmental variations of seawater during the Neoproterozoic. This unit consists of carbonate rocks overlying the diamictites of the Carrancas Formation in southern São Francisco Craton. The Inhaúma (IN), Linha Verde (LV) and Funilândia (FN) sections consist of light gray impure carbonates and beige dolomites, poor in organic matter, with high contents of detrital sediments and deposited in a shallow marine environment with influence of tidal currents. The most representative \'\'delta\'\' POT.3\' C values of the depositional setting range between -1.0 and 0%o, and allow us to correlate these sections with the basal depositional sequence of the Sete Lagoas Formation, above the Cryogenian cap carbonate. However, the carbonates of these sections have low Sr concentrations, resulting in highly radiogenic \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' ratios between 0.7111 and 0.7114. The isotopic anomalies may be related to tectonic dolomitization processes that occurred on a regional scale in the tectonic influenced areas of Araçuaí Belt, on the eastern border of the São Francisco Craton. The Sete Lagoas (SL) and Haras Veredas (HV) sections are composed mainly of dark gray to black pure carbonates, rich in organic matter, with low contents of detrital sediments and deposited in a relatively deep environment with little influence of tidal currents. The \'\'delta\'\' POT.3\' C values of these sections are consistent and very positive, between 8.5 and 12.6%o, being interpreted as representative of the isotopic composition of seawater in the depositional environment, which allow us to correlate these two sections with the second depositional sequence of Sete Lagoas Formation. The very positive \'\'delta\'\' POT.3\' C values may represent high bio-productivity with high burial rates of organic matter in the marine environment, as well as high productivity of authigenic carbonate. The deposition of these carbonates occurred in a restricted epicontinental sea with intermittent connections with contemporary oceans, making difficult the Sr isotopic homogenization with seawater. This explains the large variation on the \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' ratios obtained on carbonates from the SL and HV sections, ranging between 0.7073 and 0.7085. The tectonic setting of the São Francisco Craton, limited by orogenic belts of Brasilia (W) and Araçuaí (E) during the late Ediacaran period, supports this scenario. Global correlation by means of Sr isotope is not reliable in this case. The U- ages of detrital zircon grains from diamictites of the Carrancas Formation are mainly discordant, but ages of ca. 2800 Ma suggest the São Francisco Craton as the main source of sediments. One grain dated at ca. 1200 Ma sets the maximum depositional age for the units, and the source area could be the rocks from the Espinhaço Supergroup.
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