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Morfologia funcional dos mecanismos de alimentação em raias Myliobatoidei, com ênfase em espécies de Potamotrygonidae do médio rio NegroShibuya, Akemi 17 March 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-03-17 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Studies on the feeding mechanisms in elasmobranchs have contributed to understand the
mechanics of prey capture and processing; however, this kind of information is still scarce
for batoids, considered important predators of the benthic fauna. This study describes the
diet and feeding habits of potamotrygonid rays (Potamotrygon motoro, P. orbignyi,
Potamotrygon sp. “cururu” and Paratrygon aiereba), analyze their mechanisms of prey
capture, and compare these mechanisms phylogenetically related marine rays species
(Dasyatis akajei, D. matsubarai and Urolophus aurantiacus). Therefore, specimens of
freshwater rays from middle Negro River, Barcelos, Amazonas and marine rays from
central eastern coast of Japan were studied. Lateral line canals and orobranchial
musculature of these species were studied and described in order to correlate their
morphology with the feeding habits of each species. The feeding behavior of P. motoro
and D. akajei was studied under aquarium conditions to describe the mechanics of prey
capture. Potamotrygon motoro presented carcinophagous habits, whereas P. orbignyi
seems to be insetivorous and Paratrygon aiereba consumed mainly fish; Potamotrygon sp.
“cururu” showed a generalized carnivorous diet. Differences on the diet may be related to
the use of different types of sensitive and feeding mechanisms. In general, the lateral line
system in Potamotrygonidae was similar to that of marine species. Dorsal canals possibly
play an important role in identifying predators or prey positioned above the ray’s body, and
ventral canals probably are employed to precisely locate the position of the prey under the
disc. The study of orobranchial musculature showed a direct correlation between the
relative size of different muscles and the main prey types consumed. The relative size of
such muscles was also valuable to understand the mechanics of prey apprehension,
manipulation and transport by P. motoro and D. akajei. Pelvic fins movements are
essential to direct the mouth of the ray towards the prey during foraging by P. motoro.
Overall, the information on the diet, feeding habits, lateral line system, orobranchial
musculature, and feeding behavior obtained during this study allowed a broad and better
understanding of the predation modes of these rays, as well as their role in aquatic
communities. / Estudos sobre mecanismos de alimentação em elasmobrânquios têm contribuído na
compreensão da mecânica envolvida na captura e processamento de suas presas. No
entanto, tais informações são relativamente escassas para o grupo das raias, consideradas
grandes predadoras da comunidade bentônica. O presente estudo teve como objetivo
descrever a dieta e os hábitos alimentares de espécies de Potamotrygonidae (Potamotrygon
motoro, P. orbignyi, Potamotrygon sp. “cururu” e Paratrygon aiereba), bem como analisar
seus mecanismos de captura de presas e compará-los aos de espécies de raias marinhas
selecionadas (Dasyatis akajei, D. matsubarai e Urolophus aurantiacus). Para isso, foram
utilizados espécimes de raias Potamotrygonidae provenientes do médio rio Negro,
Barcelos, Amazonas, e de raias marinhas obtidos na costa leste central do Japão. O sistema
de canais de linha lateral e a musculatura oro-branquial dessas espécies foram analisados a
fim de relacioná-los com os seus hábitos alimentares. A observação do comportamento
alimentar em cativeiro de espécimes de P. motoro e D. akajei foi utilizada para analisar a
mecânica de captura de presas. Potamotrygon motoro apresentou hábito carcinófago,
enquanto P. orbignyi demonstrou ser insetívora e Paratrygon aiereba foi caracterizada
como piscívora; Potamotrygon sp. “cururu” mostrou uma dieta carnívora mais
generalizada. Tais diferenças na dieta estão relacionadas com o uso de diferentes tipos de
mecanismos sensoriais e alimentares. De forma geral, a distribuição dos canais da linha
lateral em Potamotrygonidae mostrou-se semelhante ao das espécies marinhas analisadas.
Os canais dorsais podem ter a função de identificar a presença de predadores ou presas
posicionadas acima do seu corpo, enquanto os canais ventrais provavelmente permitem
uma localização precisa da presa sob o corpo da raia. A análise da musculatura oro-
branquial indicou a existência de uma relação direta entre a biomassa relativa dos
diferentes músculos e os tipos de presas consumidas, e também se mostrou importante para
a compreensão da mecânica utilizada para a apreensão, manipulação oral e transporte da
presa nos espécimes de P. motoro e D. akajei. Os movimentos das nadadeiras pélvicas
observados em indivíduos de P. motoro, mostraram-se importantes para auxiliar no
direcionamento da boca à presa durante o forrageamento. A análise conjunta das
informações sobre a dieta, hábitos alimentares, sistema de linha lateral, musculatura oro-
branquial e do comportamento das raias durante a captura e manipulação de presas
permitiu uma compreensão mais abrangente do processo de localização e de alimentação
dessas raias e do seu papel trófico nas diferentes comunidades aquáticas em que vivem.
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Fatores prognósticos em pacientes submetidos à desobstrução ureteral secundária a tumores urológicos ou extraurológicos / Prognostic factors in patients submitted a urinary diversion for urologic or nonurologic malignanciesCordeiro, Mauricio Dener 11 April 2014 (has links)
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: Há controvérsias em relação à indicação e ao momento ideal de realização de derivação urinária em pacientes com obstrução ureteral secundária a neoplasias malignas avançadas. O objetivo do presente estudo foi identificar fatores relacionados ao mau prognóstico de pacientes com nefropatia obstrutiva maligna e criar um modelo de estratificação de risco desses pacientes, a fim de fornecer evidências para uma melhor decisão terapêutica. MÉTODO: Realizou-se estudo prospectivo com pacientes portadores de insuficiência renal obstrutiva por neoplasias pélvicas, acompanhados por um tempo mínimo de seis meses, tratados entre janeiro de 2009 à novembro de 2011. De um total de 340 pacientes submetidos à procedimentos de descompressão ureteral por catéter ureteral (CUR) ou nefrostomia percutânea (NPC), 208 foram incluídos no estudo por serem maiores de 18 anos, apresentarem obstrução ureteral secundária à neoplasias malignas, confirmada por tomografia computadorizada (TC) ou ultrassom (USG) e por terem realizado derivação urinária por catéter ureteral ou nefrostomia percutânea em nossa Instituição. RESULTADOS: A sobrevida média global foi de 144 dias, com mortalidade ao final do estudo de 164 pacientes (78.8%), sendo 44 (21.2%) durante a internação hospitalar. Não houve diferença significativa na sobrevida global entre os dois tipos de derivação urinária realizada (p = 0.216). Após análise univariada, a presença de qualquer sintoma (p = 0.014), derrame pleural (p = 0.015), grau de hidronefrose 1 e 2 (p = 0.001), Índice de Charlson >= 6 (p = 0.003), linfonodos retroperitoneais metastáticos (p = 0.002), linfonodos pélvicos metastáticos (p = 0.024), número de sítios relacionados à disseminação da doença >= 4 (p < 0.001), niveis séricos iniciais de uréia >= 80mg/dl (p = 0.01), sódio <= 138 mEq/L (p = 0.018) e albumina < 3.0 mg/dl (p = 0.035), diálise peri-operatória (p = 0.05) e índice de ECOG PS (Eastern Cooperative Oncology Group Performance Status) >= 2 (p < 0.001), foram associados a menor sobrevida média. A análise multivariada de Cox revelou que apenas o número de sítios relacionados à disseminação maligna (quatro ou mais) e o índice de ECOG PS >= 2 foram significativamente associados à menor sobrevida. A fim de criar um modelo de estratificação de risco, os pacientes foram, posteriormente, divididos em três grupos: nenhum fator de risco - grupo I, um fator de risco - II e dois fatores de risco - III. As taxas de sobrevida mediana de 1,6 e 12 meses nesses grupos foram, respectivamente de 94.4%, 57.3% e 44.9% no grupo I, de 78.0%, 36.3% e 15.5% no grupo II e de 46.4%, 14.3% e 7.1% no grupo III, com diferenças significativas nos perfis de sobrevivência dos três grupos de risco (p < 0.001). CONCLUSÕES: Nosso modelo de estratificação de risco poderá representar uma ferramenta útil na decisão de se instituir procedimentos de desobstrução ureteral em pacientes com neoplasias abdominopélvicas malignas avançadas. Pacientes com mais de quatro sítios de metástases e com índice de performance (ECOG) igual ou superior a 2 apresentam pobre evolução após derivações urinárias realizadas para tratar nefropatia obstrutiva maligna. De acordo com o método de estratificação de risco de óbito por nós descrito, pacientes com um ou mais fatores de risco evoluem com sobrevida mais precária que os casos sem fatores de risco presentes / INTRODUCTION AND OBJECTIVES: There is a controversy regarding the decision to perform diversion procedures in patients with ureteral obstruction secondary to advanced malignancies. The goal of this study was to identify poor prognosis factors and to create a model to stratify patients with malignant obstructive nephropathy in order to provide evidence-based information for better treatment decisions. METHODS: A prospective study was performed from January 2009 to November 2011, with patients followed at least for 6 months. From 340 patients initially submitted to ureteral decompression procedures by ureteral stents or percutaneous nephrostomy, 208 were elected for the study because they were 18 years old or more and presented ureteric obstruction secondary to any type of malignancy, confirmed by computadorized tomography (CT) or ultrasound (US) and were submitted to urinary diversion by ureteral stents or percutaneous nephrostomy at our institution.RESULTS: The median survival for all patients was 144 days, with mortality at the end of study seen in 164 patients (78.8%) including 44 (21.2%) during hospitalization. There was no significant difference in overall survival between the two types of urinary diversion (p = 0.216). After univariated analysis the presence of any symptoms (p = 0.014), pleural effusion (p = 0.015), degree of hydronephrosis 1 and 2 (p = 0.001), Charlson Index >= 6 (p = 0.003), metastatic retroperitoneal lymph nodes (p = 0.002), metastatic pelvic lymph nodes (p = 0.024), number of sites related to dissemination >= 4 (p < 0.001), preoperative serum level urea >= 80mg/dl (p = 0.01), sodium <= 138mEq/L (p = 0.018), albumin < 3.0 mg/dl (p = 0.035), perioperative dyalisis (p = 0.05) and ECOG PS index >= 2 (p < 0.001) were associated to shorter mean survival. The multivariate Cox proportional hazards regression model revelead that only the number of sites related to malignant dissemination (4 or more) and the index of performance status of Eastern Cooperative Oncology Group (ECOG PS >= 2) were significantly associated with short survival. To creat a risk stratification model, the patients were further divided into three risk groups: no risk factor - favorable group, one risk factor - intermediate and two risk factors - unfavorable, to creat a risk stratification model. The median survival rates at 1,6 and 12 months were respectively, 94.4%, 57.3% and 44.9% in the favorable group; 78.0%, 36.3% and 15.5% in the intermediate group and 46.4%, 14.3% and 7.1% in the unfavorable group. There were significant differences in the survival profiles of the three risk groups (p < 0.001). CONCLUSION: Our model of stratification may be a useful tool before deciding on ureteral desobstruction procedures in patients with advanced abdominopelvic malignancies. Patients with more than four sites of metastases and performance index (ECOG) equal to or greater than 2 have a poorer outcome after urinary diversion. According to the method of risk stratification for death from we described, patients with one or more risk factors have significant poorer outcome than cases with no risk factors
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Exenteração pélvica e preservação dos esfíncteres: análise de 96 casos / Pelvic exenteration and sphincter preservation: an analysis of 96 casesPoletto, Antonio Henrique Oliveira 15 April 2005 (has links)
A exenteração pélvica é método efetivo no tratamento de tumores pélvicos localmente avançados. As cirurgias mais conservadoras, com preservação funcional dos esfíncteres e reconstrução continente dos tratos intestinal e urinário podem melhorar a qualidade de vida e estimular os pacientes a aceitar a cirurgia. O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados da exenteração pélvica no tratamento dos tumores pélvicos localmente avançados em relação à preservação dos esfíncteres e fatores associados ao prognóstico. Analisou-se retrospectivamente os fatores relacionados à preservação dos esfíncteres bem como os fatores associados ao prognóstico em pacientes submetidos à exenteração pélvica. Dos 96 pacientes submetidos à exenteração pélvica, preservou-se pelo menos um dos esfíncteres em 36 (37,5%). Na década de 1990 a taxa de preservação esfincteriana foi significativamente maior do que na década de 1980 (47,6 versus 18,2%) (p = 0,005). As variáveis independentemente relacionadas à preservação de esfíncter foram tratamento realizado na década de 1990 e tumor de origem coloproctológica. A taxa de complicação pós-operatória não foi influenciada pela preservação dos esfíncteres (p = 0,276). Não se observou diferença estatisticamente significativa nas taxas de morbidade entre as décadas de 1990 e 1980 (55,6% versus 75,8%; p = 0,075). Na década de 1990 houve redução da taxa de mortalidade pós-operatória em relação à década de 1980 (9,5% versus 27,3%; p = 0,023). Em nove pacientes, as margens de ressecção estavam microscopicamente comprometidas (R1) e, em cinco macroscopicamente comprometidas (R2). As margens de ressecção não foram influenciadas pelo tipo de cirurgia (p = 0,104), nem pela preservação dos esfíncteres (p = 0,881). A taxa de sobrevida livre de doença em cinco anos foi de 40,5%. Observou-se associação da recorrência com perda de peso (p = 0,006), índice de Karnofsky (p = 0,035) e a topografia do tumor (p = 0,027). No modelo multivariado, a perda de peso e os tumores de origem ginecológica foram as variáveis independentes para recorrência. Pacientes portadores de tumores ginecológicos ou com perda de peso foram considerados de alto risco para recorrência e os pacientes portadores de tumores não ginecológicos e sem perda de peso, de baixo risco. O grupo de alto risco apresentou chance de recorrência cerca de sete vezes maior do que o de baixo risco. A sobrevida livre de doença em 5 anos para os grupos de baixo e de alto risco foram, respectivamente, de 78,0% e 21,2%. As variáveis associadas ao óbito foram a idade superior a 60 anos (p = 0,007), a perda de peso (p = 0,004), radioterapia pré-operatória (p = 0,043), década de trata mento (p = 0,050) e preservação de esfíncter (p=0,026). No modelo multivariado as variáveis associadas ao óbito foram tratamento realizado na década de 1980, a idade superior a 60 anos e a perda de peso. Com os resultados deste estudo podemos concluir que houve aumento significante da preservação dos esfíncteres na década de 1990 sem aumento da freqüência de margens cirúrgicas comprometidas nem prejuízo na sobrevida dos pacientes submetidos à exenteração pélvica com preservação dos esfíncteres / Pelvic exenteration (PE) is an effective method for treating locally advanced pelvic tumors. More conservative surgeries, preserving sphincters and continent reconstruction of the intestinal and urinary tract, which could contribute to a better quality of life and encourage patients to accept this procedure. The objective of this study was to evaluate the results of PE in the treatment of locally advanced pelvic tumors, mainly considering sphincter preservation and factors associated to the prognosis. Between 1980 and 2000, 96 PE were performed. Factors related to sphincter preservation as well as factors associated to prognosis were respectively analyzed. Of the 96 patients treated with pelvic exenteration, at least one sphincter in 36 patients was preserved (37.5%). In the 1990\'s, the sphincter preservation rate was significantly higher than in the 1980\'s (47.6 vs. 18.2 %) (p = 0.005). Independent variables related to the sphincter preservation were decades from the realization of surgery 1990\'s and coloproctological tumors. The postoperative complication rate was not influenced by sphincter preservation (p = 0.276). Statistically, there was no differentiation between the morbidity rates during the 1980\'s and 1990\'s (55.6% versus 75.8%, p = 0.075). In the 1990\'s, there was a reduction in the post-operative mortality rate compared to the 1980s\' rate (9.5% versus 27.3%; p = 0.023). In nine patients, the resection margins were compromised microscopically (R1) and in five patients, macroscopically compromised (R2). The resection margins were not influenced by the type of surgery (p = 0.104), nor by the preservation of sphincters (p = 0.881). Disease free survival at five years was 40.5%. Among the clinical variables, there was an association between recurrence and weight loss (p = 0.006) and the Karnofsky index (p = 0.035). The topography of the tumor showed links with recurrence (p = 0.027). In the multivariable model, the independent variables related to recurrence were weight loss and gynecological tumors. Patients with gynecological tumors or with weight loss were considered high risk for recurrence, while patients with no gynecological tumors and without weight loss were considered low risk. The high risk group showed 7 times more chance of recurrence than the low risk group. Survival rates of patients, who remained disease-free, after 5 years, for the low and high risk group were 78.0% and 21.2% respectively. Death was linked to ages over 60 (p = 0.007), weight loss (p = 0.004), pre-surgery radiotherapy (p = 0.043), decades from the realization of surgery (p = 0.050) and the sphincter preservation (p = 0.026). The independent variables related to death were treatments in the 1980\'s, ages over 60 and weight loss. Taking into account the results in this research, we conclude that there was a significant increase of sphincter preservation during the 1990\'s and neither the type of surgery nor sphincter preservation were associated to a higher number of surgeries with compromised margins allows pelvic exenteration to be performed with sphincter preservation, without harming survival rates
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Estudo biomecânico da cavidade pélvica da mulherSilva, Ana Rita Monteiro Gomes da January 2012 (has links)
Tese de mestrado integrado. Bioengenharia (Área de Especialização de Engenharia Biomédica). Faculdade de Engenharia. Universidade do Porto. 2012
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Fatores prognósticos em pacientes submetidos à desobstrução ureteral secundária a tumores urológicos ou extraurológicos / Prognostic factors in patients submitted a urinary diversion for urologic or nonurologic malignanciesMauricio Dener Cordeiro 11 April 2014 (has links)
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: Há controvérsias em relação à indicação e ao momento ideal de realização de derivação urinária em pacientes com obstrução ureteral secundária a neoplasias malignas avançadas. O objetivo do presente estudo foi identificar fatores relacionados ao mau prognóstico de pacientes com nefropatia obstrutiva maligna e criar um modelo de estratificação de risco desses pacientes, a fim de fornecer evidências para uma melhor decisão terapêutica. MÉTODO: Realizou-se estudo prospectivo com pacientes portadores de insuficiência renal obstrutiva por neoplasias pélvicas, acompanhados por um tempo mínimo de seis meses, tratados entre janeiro de 2009 à novembro de 2011. De um total de 340 pacientes submetidos à procedimentos de descompressão ureteral por catéter ureteral (CUR) ou nefrostomia percutânea (NPC), 208 foram incluídos no estudo por serem maiores de 18 anos, apresentarem obstrução ureteral secundária à neoplasias malignas, confirmada por tomografia computadorizada (TC) ou ultrassom (USG) e por terem realizado derivação urinária por catéter ureteral ou nefrostomia percutânea em nossa Instituição. RESULTADOS: A sobrevida média global foi de 144 dias, com mortalidade ao final do estudo de 164 pacientes (78.8%), sendo 44 (21.2%) durante a internação hospitalar. Não houve diferença significativa na sobrevida global entre os dois tipos de derivação urinária realizada (p = 0.216). Após análise univariada, a presença de qualquer sintoma (p = 0.014), derrame pleural (p = 0.015), grau de hidronefrose 1 e 2 (p = 0.001), Índice de Charlson >= 6 (p = 0.003), linfonodos retroperitoneais metastáticos (p = 0.002), linfonodos pélvicos metastáticos (p = 0.024), número de sítios relacionados à disseminação da doença >= 4 (p < 0.001), niveis séricos iniciais de uréia >= 80mg/dl (p = 0.01), sódio <= 138 mEq/L (p = 0.018) e albumina < 3.0 mg/dl (p = 0.035), diálise peri-operatória (p = 0.05) e índice de ECOG PS (Eastern Cooperative Oncology Group Performance Status) >= 2 (p < 0.001), foram associados a menor sobrevida média. A análise multivariada de Cox revelou que apenas o número de sítios relacionados à disseminação maligna (quatro ou mais) e o índice de ECOG PS >= 2 foram significativamente associados à menor sobrevida. A fim de criar um modelo de estratificação de risco, os pacientes foram, posteriormente, divididos em três grupos: nenhum fator de risco - grupo I, um fator de risco - II e dois fatores de risco - III. As taxas de sobrevida mediana de 1,6 e 12 meses nesses grupos foram, respectivamente de 94.4%, 57.3% e 44.9% no grupo I, de 78.0%, 36.3% e 15.5% no grupo II e de 46.4%, 14.3% e 7.1% no grupo III, com diferenças significativas nos perfis de sobrevivência dos três grupos de risco (p < 0.001). CONCLUSÕES: Nosso modelo de estratificação de risco poderá representar uma ferramenta útil na decisão de se instituir procedimentos de desobstrução ureteral em pacientes com neoplasias abdominopélvicas malignas avançadas. Pacientes com mais de quatro sítios de metástases e com índice de performance (ECOG) igual ou superior a 2 apresentam pobre evolução após derivações urinárias realizadas para tratar nefropatia obstrutiva maligna. De acordo com o método de estratificação de risco de óbito por nós descrito, pacientes com um ou mais fatores de risco evoluem com sobrevida mais precária que os casos sem fatores de risco presentes / INTRODUCTION AND OBJECTIVES: There is a controversy regarding the decision to perform diversion procedures in patients with ureteral obstruction secondary to advanced malignancies. The goal of this study was to identify poor prognosis factors and to create a model to stratify patients with malignant obstructive nephropathy in order to provide evidence-based information for better treatment decisions. METHODS: A prospective study was performed from January 2009 to November 2011, with patients followed at least for 6 months. From 340 patients initially submitted to ureteral decompression procedures by ureteral stents or percutaneous nephrostomy, 208 were elected for the study because they were 18 years old or more and presented ureteric obstruction secondary to any type of malignancy, confirmed by computadorized tomography (CT) or ultrasound (US) and were submitted to urinary diversion by ureteral stents or percutaneous nephrostomy at our institution.RESULTS: The median survival for all patients was 144 days, with mortality at the end of study seen in 164 patients (78.8%) including 44 (21.2%) during hospitalization. There was no significant difference in overall survival between the two types of urinary diversion (p = 0.216). After univariated analysis the presence of any symptoms (p = 0.014), pleural effusion (p = 0.015), degree of hydronephrosis 1 and 2 (p = 0.001), Charlson Index >= 6 (p = 0.003), metastatic retroperitoneal lymph nodes (p = 0.002), metastatic pelvic lymph nodes (p = 0.024), number of sites related to dissemination >= 4 (p < 0.001), preoperative serum level urea >= 80mg/dl (p = 0.01), sodium <= 138mEq/L (p = 0.018), albumin < 3.0 mg/dl (p = 0.035), perioperative dyalisis (p = 0.05) and ECOG PS index >= 2 (p < 0.001) were associated to shorter mean survival. The multivariate Cox proportional hazards regression model revelead that only the number of sites related to malignant dissemination (4 or more) and the index of performance status of Eastern Cooperative Oncology Group (ECOG PS >= 2) were significantly associated with short survival. To creat a risk stratification model, the patients were further divided into three risk groups: no risk factor - favorable group, one risk factor - intermediate and two risk factors - unfavorable, to creat a risk stratification model. The median survival rates at 1,6 and 12 months were respectively, 94.4%, 57.3% and 44.9% in the favorable group; 78.0%, 36.3% and 15.5% in the intermediate group and 46.4%, 14.3% and 7.1% in the unfavorable group. There were significant differences in the survival profiles of the three risk groups (p < 0.001). CONCLUSION: Our model of stratification may be a useful tool before deciding on ureteral desobstruction procedures in patients with advanced abdominopelvic malignancies. Patients with more than four sites of metastases and performance index (ECOG) equal to or greater than 2 have a poorer outcome after urinary diversion. According to the method of risk stratification for death from we described, patients with one or more risk factors have significant poorer outcome than cases with no risk factors
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Exenteração pélvica e preservação dos esfíncteres: análise de 96 casos / Pelvic exenteration and sphincter preservation: an analysis of 96 casesAntonio Henrique Oliveira Poletto 15 April 2005 (has links)
A exenteração pélvica é método efetivo no tratamento de tumores pélvicos localmente avançados. As cirurgias mais conservadoras, com preservação funcional dos esfíncteres e reconstrução continente dos tratos intestinal e urinário podem melhorar a qualidade de vida e estimular os pacientes a aceitar a cirurgia. O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados da exenteração pélvica no tratamento dos tumores pélvicos localmente avançados em relação à preservação dos esfíncteres e fatores associados ao prognóstico. Analisou-se retrospectivamente os fatores relacionados à preservação dos esfíncteres bem como os fatores associados ao prognóstico em pacientes submetidos à exenteração pélvica. Dos 96 pacientes submetidos à exenteração pélvica, preservou-se pelo menos um dos esfíncteres em 36 (37,5%). Na década de 1990 a taxa de preservação esfincteriana foi significativamente maior do que na década de 1980 (47,6 versus 18,2%) (p = 0,005). As variáveis independentemente relacionadas à preservação de esfíncter foram tratamento realizado na década de 1990 e tumor de origem coloproctológica. A taxa de complicação pós-operatória não foi influenciada pela preservação dos esfíncteres (p = 0,276). Não se observou diferença estatisticamente significativa nas taxas de morbidade entre as décadas de 1990 e 1980 (55,6% versus 75,8%; p = 0,075). Na década de 1990 houve redução da taxa de mortalidade pós-operatória em relação à década de 1980 (9,5% versus 27,3%; p = 0,023). Em nove pacientes, as margens de ressecção estavam microscopicamente comprometidas (R1) e, em cinco macroscopicamente comprometidas (R2). As margens de ressecção não foram influenciadas pelo tipo de cirurgia (p = 0,104), nem pela preservação dos esfíncteres (p = 0,881). A taxa de sobrevida livre de doença em cinco anos foi de 40,5%. Observou-se associação da recorrência com perda de peso (p = 0,006), índice de Karnofsky (p = 0,035) e a topografia do tumor (p = 0,027). No modelo multivariado, a perda de peso e os tumores de origem ginecológica foram as variáveis independentes para recorrência. Pacientes portadores de tumores ginecológicos ou com perda de peso foram considerados de alto risco para recorrência e os pacientes portadores de tumores não ginecológicos e sem perda de peso, de baixo risco. O grupo de alto risco apresentou chance de recorrência cerca de sete vezes maior do que o de baixo risco. A sobrevida livre de doença em 5 anos para os grupos de baixo e de alto risco foram, respectivamente, de 78,0% e 21,2%. As variáveis associadas ao óbito foram a idade superior a 60 anos (p = 0,007), a perda de peso (p = 0,004), radioterapia pré-operatória (p = 0,043), década de trata mento (p = 0,050) e preservação de esfíncter (p=0,026). No modelo multivariado as variáveis associadas ao óbito foram tratamento realizado na década de 1980, a idade superior a 60 anos e a perda de peso. Com os resultados deste estudo podemos concluir que houve aumento significante da preservação dos esfíncteres na década de 1990 sem aumento da freqüência de margens cirúrgicas comprometidas nem prejuízo na sobrevida dos pacientes submetidos à exenteração pélvica com preservação dos esfíncteres / Pelvic exenteration (PE) is an effective method for treating locally advanced pelvic tumors. More conservative surgeries, preserving sphincters and continent reconstruction of the intestinal and urinary tract, which could contribute to a better quality of life and encourage patients to accept this procedure. The objective of this study was to evaluate the results of PE in the treatment of locally advanced pelvic tumors, mainly considering sphincter preservation and factors associated to the prognosis. Between 1980 and 2000, 96 PE were performed. Factors related to sphincter preservation as well as factors associated to prognosis were respectively analyzed. Of the 96 patients treated with pelvic exenteration, at least one sphincter in 36 patients was preserved (37.5%). In the 1990\'s, the sphincter preservation rate was significantly higher than in the 1980\'s (47.6 vs. 18.2 %) (p = 0.005). Independent variables related to the sphincter preservation were decades from the realization of surgery 1990\'s and coloproctological tumors. The postoperative complication rate was not influenced by sphincter preservation (p = 0.276). Statistically, there was no differentiation between the morbidity rates during the 1980\'s and 1990\'s (55.6% versus 75.8%, p = 0.075). In the 1990\'s, there was a reduction in the post-operative mortality rate compared to the 1980s\' rate (9.5% versus 27.3%; p = 0.023). In nine patients, the resection margins were compromised microscopically (R1) and in five patients, macroscopically compromised (R2). The resection margins were not influenced by the type of surgery (p = 0.104), nor by the preservation of sphincters (p = 0.881). Disease free survival at five years was 40.5%. Among the clinical variables, there was an association between recurrence and weight loss (p = 0.006) and the Karnofsky index (p = 0.035). The topography of the tumor showed links with recurrence (p = 0.027). In the multivariable model, the independent variables related to recurrence were weight loss and gynecological tumors. Patients with gynecological tumors or with weight loss were considered high risk for recurrence, while patients with no gynecological tumors and without weight loss were considered low risk. The high risk group showed 7 times more chance of recurrence than the low risk group. Survival rates of patients, who remained disease-free, after 5 years, for the low and high risk group were 78.0% and 21.2% respectively. Death was linked to ages over 60 (p = 0.007), weight loss (p = 0.004), pre-surgery radiotherapy (p = 0.043), decades from the realization of surgery (p = 0.050) and the sphincter preservation (p = 0.026). The independent variables related to death were treatments in the 1980\'s, ages over 60 and weight loss. Taking into account the results in this research, we conclude that there was a significant increase of sphincter preservation during the 1990\'s and neither the type of surgery nor sphincter preservation were associated to a higher number of surgeries with compromised margins allows pelvic exenteration to be performed with sphincter preservation, without harming survival rates
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Nomograma preditivo do estágio patológicoSobreiro, Bernardo Passos 21 February 2013 (has links)
Resumo: O presente trabalho tem por objetivos validar o nomograma preditivo do estágio patológico de PARTIN (versões 1997 e 2001) em amostra de pacientes brasileiros, comparar a capacidade de discriminação das versões 1997 e 2001 desse nomograma e apresentar nova proposta de nomograma preditivo do estágio patológico elaborado a partir de dados nacionais, acrescentando margem cirúrgica positiva aos eventos patológicos utilizados anteriormente. Foram incluídos, no período de janeiro de 1998 a dezembro de 2002, 690 pacientes submetidos a prostatectomia radical em dois centros participantes do estudo: 1) Departamento de Urologia do Hospital Nossa Senhora das Graças, Curitiba, PR (n=374) e 2) Divisão de Clínica Urológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP (n=330). A idade variou de 41 a 80 anos , sendo a média de 64,3 anos (DP = 6,5). A área sob a curva para doença restrita à próstata, extensão extracapsular, invasão de vesículas seminais e metástase para linfonodos do nomograma de 1997 foi de 67,1%; 61,9%; 80,4% e 88,3%, respectivamente. Para a versão de 2001 esses valores foram de 67,5%; 65,8%; 76,4% e 84,9%. A capacidade de discriminação do nomograma preditivo do estágio patológico baseado em amostra de pacientes brasileiros para doença restrita à próstata, extensão extracapsular, invasão de vesículas seminais, metástase para linfonodos e margem cirúrgica positiva foi de 72,6%, 71,3%, 80,1%, 92,0% e 70,5%, respectivamente. O nomograma de PARTIN (1997) apresentou capacidade de discriminação inferior ao previamente publicado para doença restrita à próstata e extensão extracapsular. As modificações da versão de 2001 não resultaram em capacidade de discriminação significativamente maior em relação ao nomograma de 1997. A proposta de nomograma do presente estudo obteve valores de discriminação para doença restrita à próstata e extensão extracapsular superiores às versões de PARTIN (1997 E 2001).
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