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Redes sociais significativas na saúde mental : (des) cobrindo relações no sofrimento psíquico grave e (redes) cobrindo elos de encontro / Significant social networks in mental health : (un) covering relations in severe psychic suffering and (net) covering links of encounteringSilva, Maria de Nazareth Rodrigues Malcher de Oliveira 26 February 2010 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2010. / Submitted by Luanna Maia (luanna@bce.unb.br) on 2011-06-03T17:29:00Z
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2010_MariadeNazarethRMOSilva.pdf: 2219205 bytes, checksum: fb5ec46909dfc36e0f4b53c8aad1a1e2 (MD5) / O presente trabalho procurou caracterizar a relação entre cronicidade e rede social, como promotora de elos de encontro para a saúde mental. Foi realizada uma pesquisa qualitativa sobre redes sociais com sujeitos que participam do Programa Vida em Casa, do Hospital São Vicente de Paulo, da Secretária de Saúde do Governo do Distrito Federal. Estes sujeitos com sofrimento psíquico grave apresentam uma história de institucionalização em hospitais psiquiátricos e um diagnóstico clínico de cronicidade, e foram encaminhados para este programa para acompanhamento técnico, objetivando manutenção do quadro clínico, diminuição de internações recorrentes e duradouras e estimulação da reinserção social no território. A pesquisa qualitativa baseou-se em como estes sujeitos, agora desinstitucionalizados, se encontram no seu território e como está a dinâmica das relações dos atores sociais, objetivando principalmente observar se sua realidade tem oferecido elos com a reabilitação psicossocial e a clínica do território. Busca-se neste trabalho desconstruir os conceitos e teorias da psiquiatria tradicional, introduzindo constructos sistêmicos e fenomenológicos na discussão. Os resultados desta pesquisa comprovam que o paradigma tradicional ainda permanece no cotidiano dos atores sociais e que devemos insistir em mudanças para um olhar voltado ao sujeito e seu cotidiano social e não mais limitado para o adoecimento, sem esquecer o sujeito e sua dinâmica de vida. Concluiu-se, portanto, que esse estudo, consistindo como uma denúncia da lógica hospitalocêntrica nas intervenções clínicas de território propiciou reflexão e contribuição de estratégias possíveis na clínica psicossocial, pelo caminho das redes sociais. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study aims to characterize the relationship between chronicity and social network, as a promoter of encountering links in mental health. We performed a qualitative research on social networks with individuals participating in the Life at Home Program of São Vicente de Paulo Hospital, Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Brasília, Brazil. These subjects with psychological distress have a history of institutionalization in psychiatric hospitals and a clinical diagnosis of mental disease, and were referred to this program for technical support, aiming to maintain the clinical status, to reduce recurrent and long-lasting hospitalizations and to stimulate social reintegration in the territory. This qualitative research on how these subjects, now deinstitutionalized, are within its territory and how is their dynamic relations with social actors, aiming mainly to observe if their reality has provided links to the psychosocial rehabilitation and territoriality clinic. In this sense, this work aims to deconstruct the traditional concepts and theories of psychiatry, introducing systemic and phenomenological constructs in this discussion. Our results show that the traditional paradigm is still in daily social actors life, and we must insist on changes to the complexity of the phenomenon of illness, without forgeting the subject and its dynamics of life. We conclude, that study, as a denunciation of the use of traditional hospital logic in the clinical interventions of territory, provided reflection and contribution of possible strategies in psychosocial clinic on the way of social networks.
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Associação entre eventos psicossociais e hipertensão : um estudo de base populacional, Porto Alegre, RSSparrenberger, Felipe January 2007 (has links)
Esta é uma investigação de estresse e hipertensão. Na base teórica apresenta-se a exposição em estudo, suas dificuldades conceituais, os instrumentos utilizados para medi-la e a plausibilidade biológica desta associação. No marco teórico as vias pelas quais a hipertensão seria produzida são expostas. Seguem-se os objetivos da tese e os artigos gerados por ela. O primeiro artigo é uma revisão sistemática para responder a seguinte questão de pesquisa: a exposição a estressores pode levar a um aumento sustentado da pressão arterial? Os estudos foram agrupados pelo delineamento e pela maneira como o estresse foi definido. O segundo artigo é uma pesquisa original, mostra que afeto negativo e eventos agudos de vida, da maneira como foram medidos, não estão associados à hipertensão. A consciência de ser hipertenso, no entanto, associou-se com afeto negativo, apresentando, inclusive, um efeito dose-resposta. Por último, são expostas as conclusões gerais dos artigos e sugere a direção a direção para a pesquisa na área. / This is an inquiry of stress and hypertension. In the review it is presented exposure in study, its conceptual difficulties, the instruments used for measure it and the biological plausibility of this association. The theoretical framework presents the ways for which the hypertension would be caused. The objectives of the thesis and the articles generated for it are followed. The first article is a systematic review to answer the following question of research: the exposure to the stressors can lead to a supported increase of the blood pressure? Twelve articles fulfilled inclusion criteria. The studies had been grouped by the design and by the way as it stress it was defined. They were acute, chronic and affective response. The second article, an original research, show that negative affect and stressful life events, in the way as they had been measured, are not associated with hypertension. Stressful life events are measured for nine events (major illness in the family, loss of job, death in the family, divorce, severe accident, close friend death violence migration death of spouse) and negative affect for faces scale. The awareness of being hypertensive, however, is associated with negative affect, also presenting one tendency for doseresponse effect. Finally, the general conclusions of articles are presented and suggest the future development for the research in the area.
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O CAPSIJ como lugar de cuidado para crianças e adolescentes em uso de substâncias psicoativas.TRISTAO, K. G. 27 February 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-02-27 / O uso abusivo de substâncias psicoativas (SPA) por crianças e adolescentes apresenta-se como
um grande desafio para as políticas públicas de saúde mental infantojuvenil (SMIJ). Tal
situação requer a estruturação de novos saberes e novas práticas de cuidado. Objetivou-se nesta
tese compreender o lugar da criança e do adolescente em uso de SPA nas estratégias de cuidado
em SMIJ em um serviço. Para tanto, a metodologia inspirou-se na proposta denominada
Avaliação de Quarta Geração, desenvolvida por Guba e Lincoln (2012). A pesquisa foi
realizada em um CAPSij de uma cidade do Sudeste do Brasil, e utilizou-se como instrumento
de coleta, a observação participante, entrevistas e grupos com 10 profissionais do serviço, e
entrevistas com 6 adolescentes acompanhados no CAPSij. Os dados foram analisados a partir
do método comparativo constante (Glaser e Strauss adaptado por Guba e Lincoln, 2012) e da
análise de conteúdo na modalidade de análise temática (Minayo, 1994), e foram discutidos a
luz da Psicologia Analítica, dos principais pressupostos da Reforma Psiquiátrica e da literatura
referente a SMIJ. Obteve-se 5 eixos temáticos: no Eixo 1, discutiu-se as ações de cuidado
direcionadas ao público AD infantojuvenil, a partir do olhar e das ações dos profissionais no
CAPSij. No eixo 2, obteve-se as principais características do cuidado direcionado ao público
AD no CAPSij, a partir das falas e das ações dos profissionais do CAPSij. No eixo 3 discutiuse
as concepções de cuidado e a percepção das ações de cuidado aos adolescente em uso de
SPA pelos próprios usuários. No eixo temático 4 analisou-se como os profissionais do CAPSij
compreendem o lugar da criança e do adolescente em uso de SPA no cuidado em saúde mental
e no eixo 5 discutiu-se como o adolescente em uso de SPA entendem e buscam o lugar de
cuidado, a partir do olhar dos próprios adolescentes. Conclui-se que a existência do lugar de
cuidado não é fixa, mas depende de como é realizado, compreendido e recebido o cuidado e
como se dão os processos relacionais estabelecidos no CAPSij com a criança e adolescente em
uso de SPA, apontando para um Lugar Relacional. As partir das relações terapêuticas
construídas no CAPSij esse pode ser compreendido como temenos, o lugar seguro e
potencialmente terapêutico, onde o processo de transformação e desenvolvimento dos sujeitos
podem ser sustentados. Isso só é possível a medida que o olhar do serviço dirigido aos
adolescentes não é distorcido pelos complexos culturais que circunscrevem o grupo de
adolescentes usuários de droga. Assim, ao passo que profissionais enxergam o adolescente
em sua totalidade, e não a partir dos estereótipos, é possível estabelecer com ele um vínculo
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terapêutico, a partir de onde é possível se constituir um temenos, ou seja, construir um lugar
para a criança e o adolescente no cuidado.
Palavras chave: 1. Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil. 2. Saúde
mental infantil. 3. Adolescentes. 4. Drogas. 5. Psicologia
junguiana.
Área e sub-área do CNPQ
7.07.00.00-1 Psicologia
7.07.10.00-7 Tratamento e Prevenção Psicológica
7.07.10.01-5 Intervenção Terapêutica
7.07.10.02-3
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"A atuação do professor de educação física nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas".MACHADO, G. J. 19 June 2015 (has links)
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tese_8910_pdf.GELSIMAR JOSE MACHADO.pdf: 1585891 bytes, checksum: f9358cde7fb0acd1327419ca8d40033f (MD5)
Previous issue date: 2015-06-19 / Esta dissertação teve como objetivo conhecer e analisar a atuação do professor de Educação Física no tratamento de pessoas que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas, especificamente em dois Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad) da região da Grande Vitória, ES, buscando elementos para subsidiar a questão a partir dos professores e demais integrantes da equipe multidisciplinar. Antes de adentrar no tema da pesquisa, considerei necessário expor os caminhos que fizeram com que se encontrassem, ao longo da história, os personagens protagonistas deste trabalho professor de Educação Física e CAPSad. Para isso, retomei a Reforma Psiquiátrica Brasileira, a instituição dos CAPS, as intervenções políticas em álcool e outras drogas e a inserção do professor de Educação Física na saúde mental/saúde pública. A metodologia empregada foi a observação e a condução de entrevistas semiestruturadas com os professores e trabalhadores da equipe de saúde. Na descrição e análise dos dados, foi possível constatar que há certa semelhança nas atividades desenvolvidas pelos professores em ambos os CAPSad, os quais demonstraram a participação na equipe de modo multidisciplinar e intersetorial. A pesquisa demonstrou a relevância dos professores de Educação Física não somente como mais um membro da equipe, portador de uma série de intervenções, mas como um trabalhador que pode vir a somar significativamente com o campo da saúde mental. Mesmo não possuindo formação específica para atuarem, os professores se mostraram comprometidos com o trabalho dos CAPSad a partir de práticas corporais e outras atuações que evidenciam as relações humanas
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Descredenciamento de hospital psiquiátrico do Sistema Único de Saúde (SUS): engrenagens da operaçãoLUCENA, Marcela Adriana da Silva 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Esta dissertação apresenta como objetivo geral a análise das estratégias
governamentais desenvolvidas para descredenciamento do hospital psiquiátrico
José Alberto Maia do Sistema Único de Saúde (SUS), situado em Camaragibe no
estado de Pernambuco Brasil entre 1964 e 2010. Utiliza-se para isso da
metodologia qualitativa, centrando a investigação num estudo de caso mediante
triangulação de métodos e privilegiando a análise de discurso como a via
metodológica para tratamento dos resultados da pesquisa. No marco teórico são
abordados os aspectos históricos e paradigmáticos da saúde mental, assim como os
elementos conceituais e operacionais relativos à engrenagem da desconstrução do
hospital psiquiátrico à construção de uma proposta de cuidado territorial,
considerando a desinstitucionalização e a reabilitação psicossocial como eixos. Tais
reflexões são atreladas à dinâmica do SUS no que se refere às relações
intergovernamentais e a relação entre o público e privado por entender que esta
dimensão configura no Brasil um cenário próprio referente a processos de
institucionalização dentro de hospitais psiquiátricos. Em relação à descrição e
análise dos resultados do estudo, a opção foi por um recorte temporal situando as
macro-estratégias governamentais desenvolvidas para efetivação do
descredenciamento do hospital de acordo com as conjunturas políticas.
Encontramos como resultados as estratégias desenhadas por cada esfera de
governo a partir da municipalização do hospital e o mapeamento dos atores e ações
envolvidos no processo de descredenciamento do mesmo mediante uma decisão
tripartite. Com a identificação do campo de forças, interesses e entendimentos em
jogo, categorizam-se as ações governamentais na dimensão da clínica, da política e
da gestão, elaborando assim algumas conclusões. Os resultados evidenciados
foram considerados como sendo de processo e estruturantes para efetivar, após o
período da pesquisa, a saída de todas as pessoas internadas no hospital e,
consequentemente, seu descredenciamento. As estratégias sistematizadas e
desenvolvidas foram nomeadas como requisição parcial de serviços, organização
de rede, transinstitucionalização e articulação política . Pontuaram-se como
principais questões da requisição parcial de serviço os cuidados clínicos
direcionados às pessoas internadas no hospital e início do trabalho em prol da
desinstitucionalização. Em relação à organização de rede, se valorizou a ação
voltada para criação e ampliação de residências terapêuticas e outros dispositivos
territoriais de saúde mental, trazendo como repercussão a interiorização dos
serviços residenciais terapêuticos. A transinstitucionalização foi apontada como uma
estratégia-meio para efetivação do descredenciamento da unidade hospitalar e
passagem para o processo de desinstitucionalização, traduzindo-se, porém, suas
contradições e delicadeza pensando a perspectiva da desinstitucionalização. Por
fim, a abordagem realizada foi referente à articulação política, cuja produção se
constituiu numa dinâmica retro-alimentadora considerando que simultaneamente as
várias instâncias articuladas para o diálogo e parceria direcionaram as definições de
tempo e metas, construindo sua própria legitimidade. Considerando os resultados
assinalados, algumas recomendações são realizadas, atreladas a uma leitura crítica
sobre os dados levantados na tentativa de construir possíveis contribuições para
experiências semelhantes ao objeto deste estudo, a saber: processos de
qualificação dos trabalhadores de saúde mental, a desinstitucionalização como
pauta para pactuação de gestão e ação tripartite com co-responsabilização nas
ações e financiamento
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Reinternação psiquiátrica no campo da atenção psicossocial: a perspectiva dos pacientes reinternantes / Psychiatric readmission in the field of Psychosocial Care: the perspective of readmitted patients.Machado, Vanessa Cristina 13 December 2012 (has links)
As concepções sobre a loucura, bem como as formas de tratá-la, vêm sofrendo consideráveis transformações de acordo com a cultura e as épocas. A partir da década de 1990, foi oficializada a Reforma Psiquiátrica no Brasil, dando início à política de desinstitucionalização e reinserção social. Todavia, ainda são verificados alguns desafios, entre estes, as reinternações no setor de internação breve em um hospital psiquiátrico, o que traz sérias consequências, como a propensão a uma nova modalidade de institucionalização. Este estudo teve como objetivos: analisar o fenômeno da reinternação psiquiátrica no contexto da Atenção Psicossocial, a partir da visão dos pacientes reinternantes em um hospital psiquiátrico público; compreender o processo de reinternação psiquiátrica ao qual o paciente está sujeito; investigar o cenário assistencial e sociofamiliar e suas interferências no fenômeno da reinternação psiquiátrica; explorar, junto aos pacientes, a existência de perspectivas que vislumbrem saídas às repetidas internações psiquiátricas. Inicialmente, com vistas a sintetizar e analisar a produção científica nacional e internacional acerca do fenômeno da reinternação psiquiátrica, no contexto da desinstitucionalização, foi realizada uma revisão integrativa da literatura publicada em fontes de pesquisa de impacto que detectou deficiência de estudos que investigassem variáveis psicossociais envolvidas na problemática, bem como ausência da perspectiva do paciente sobre o assunto. O presente estudo fundamentou-se na Atenção Psicossocial, enquanto corpo teórico-prático e ético, e orientou-se pela reabilitação psicossocial como categoria analítica. A Atenção Psicossocial emerge no atual contexto de transição paradigmática, a partir da crise do paradigma da racionalidade científica, e baseia-se no pensamento da complexidade. Para a coleta dos dados, foi aplicado um roteiro de entrevista semiestruturada a 22 pacientes reinternantes no hospital investigado, bem como coletadas informações sociodemográficas constantes dos seus prontuários. Os dados colhidos foram submetidos à análise de conteúdo, por meio da qual foram construídas as seguintes categorias temáticas: Funções e disfunções do tratamento hospitalar: os sentidos da internação psiquiátrica; Tratamento ambulatorial: repetir ou inovar?; A medicação e seus impasses: benefícios e limites percebidos; Família laços e embaraços: uma convivência possível?; A dimensão social extramuros: construindo lugares possíveis; O momento da alta: o que está por vir daqui para frente. A partir da análise dos dados, constatou-se uma combinação de carências: ausência de apoio familiar desejável, inexistência de trabalho ou de ocupação agradável, dificuldade na apropriação do espaço de moradia, falta de redes de apoio ou de laços sociais, insuficiência dos serviços extra-hospitalares e a ineficiência da assistência que resultam na não adesão ao tratamento, incluindo o medicamentoso. Este cenário favorece o isolamento social e contribui para que, nos momentos de crise, não havendo possibilidade de acolhida do sofrimento no serviço, o hospital seja o recurso mais utilizado pelo paciente. Assim, a coexistência de modelos antagônicos, hospitalar e comunitário, produz um novo fenômeno, que, no entanto, reproduz o velho: a reinternação psiquiátrica que leva à reedição da institucionalização. Nessa direção, a reinternação psiquiátrica, como fenômeno atual, desvela o processo ainda inconcluso e não consolidado da Reforma Psiquiátrica, bem como confirma que a efetiva desinstitucionalização só ocorre com a devida substituição do modelo hospitalar pelo modelo de Atenção Psicossocial. / Conceptions about madness, as well as how to treat it, have been undergoing considerable changes according to culture and period. From the 1990s, the Psychiatric Reform was official in Brazil, starting the policy of deinstitutionalization and social reintegration. However, a few challenges are still observed, including the readmissions in the sector of brief hospitalization in a psychiatric hospital, which has serious consequences, such as the propensity to a new form of institutionalization. This study aimed to: analyze the phenomenon of psychiatric readmission in the context of Psychosocial Care, from the perspective of readmitted patients in a public psychiatric hospital; understand the process of psychiatric readmission to which the patient is likely to be submitted; investigate the assistance, social and familial scenario and their interference in the phenomenon of psychiatric readmission; explore, together with the patients, the existence of perspectives that envisage other possibilities to repeated psychiatric hospitalizations. Initially, in order to synthesize and analyze the national and international scientific production about the phenomenon of psychiatric readmission in the context of deinstitutionalization, an integrative review of the literature was conducted in research sources of impact. It was found a deficiency of studies that investigate psychosocial variables involved in the problem, as well as an absence of the patient\'s perspective on the subject. The present study was based on the Psychosocial Care, as a theoretical, practical and ethical reference, and was also guided by psychosocial rehabilitation as an analytical category. The Psychosocial Care emerges in the current context of paradigmatic transition, from the crisis of the scientific rationality´s paradigm, and it is based on the thought of complexity. To collect data, a semi-structured interview was applied to 22 readmitted patients in the investigated hospital, as well as the collection of their social and demographic information contained in their hospital records. Data were submitted to content analysis, through which the following thematic categories we developed: Functions and dysfunctions of hospital treatment: the meanings of psychiatric hospitalization; Outpatient treatment: repeat or innovate?; Medication and its impasses: perceived benefits and limits; Family ties and embarrassments: a possible coexistence?; The extramural social dimension: building possible places; The time of discharge: what is to come hereafter. From the data analysis, it was found a combination of deficiencies: lack of desirable family support, lack of pleasant work or occupation, difficulties in the appropriation of the living space, lack of support networks or social ties, lack of outpatient care services and assistance´s inefficiency, that result in noncompliance with treatment, including medication treatment. This scenario favors social isolation and contributes to that, in times of crisis, when there is no possibility of acceptance of suffering in the service, the hospital becomes the most used tool by the patient. Thus, the coexistence of opposing models, hospital and community, produces a new phenomenon, which, however, reproduces the old one: the psychiatric readmission that leads to the repetition of the institutionalization. Accordingly, the psychiatric readmission, as current phenomenon, reveals the unfinished and unbound process of the Psychiatric Reform, and confirms that the effective deinstitutionalization occurs only with proper replacement of the hospital model for the Psychosocial Care model.
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A constru??o da autonomia a partir das viv?ncias dos usu?rios, familiares e profissionais de um centro de aten??o psicossocial (CAPS)Kammer, Katharina Pereira 09 January 2018 (has links)
Submitted by PPG Psicologia (psicologia-pg@pucrs.br) on 2018-03-21T13:59:58Z
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Previous issue date: 2018-01-09 / The Psychosocial Care Centers (CAPS) are devices of the mental health policy
responsible for assisting users in intense psychic suffering and offer individualized and
unique clinical care to population through several actions. However, despite of
important advances in the formulation of public policies on mental health and the
installation of the substitute network, with devices such as CAPS, the total disruption to
the caregiving logic must be fulfilled. The compliance of the precepts of psychiatric
reform especially regarding autonomy and deinstitutionalization of users may not be
assured. This study aims to analyze the conceptions and meanings of autonomy in daily
care of a Psychosocial Care Center (CAPS), based on the experiences of professionals,
family members and users. It was a qualitative, cross-sectional and exploratory study
carried out in a CAPS in the southern region of Rio Grande do Sul. We interviewed 6
CAPS professionals, 6 service users and 3 family members, based on a semi-structured
script. The analysis was based on the analysis of thematic content from three thematic
axes: 1) Sense of Autonomy from the experiences of users, family and professionals; 2)
Practices of building autonomy in the daily work of CAPS; and 3) Fragilities and
potentialities in the process of building autonomy. The main results refer to the diverse
understandings related to the concept of autonomy, related to the management of life,
independence and self-sufficiency, and as a process in movement, built from
relationships, spaces and institutions. The overt understandings have a deep relationship
with the life histories of the subjects and allow to demonstrate the autonomy as a power
for the expansion and diversification of the relations, from the perspective of care in
freedom, instigating the action of the professionals and adding this horizon to the care
offered to the users of CAPS. / Os Centros de Aten??o Psicossocial (CAPS) s?o dispositivos da pol?tica de sa?de
mental respons?veis pela assist?ncia aos usu?rios em intenso sofrimento ps?quico e
ofertam a popula??o um cuidado cl?nico individualizado e singular, atrav?s de diversas
a??es. Por?m, apesar dos importantes avan?os em rela??o ? formula??o de pol?ticas
p?blicas em sa?de mental e a instala??o da rede substitutiva, o rompimento total com a
l?gica de cuidado tutelar precisa ser concretizado. Do mesmo modo, o atendimento dos
preceitos da Reforma Psiqui?trica, principalmente ao que refere ? autonomia e
desinstitucionaliza??o dos usu?rios, pode n?o estar sendo assegurado. Este estudo tem
como objetivo analisar as concep??es e sentidos de autonomia no cotidiano de aten??o
de um Centro de Aten??o psicossocial (CAPS), a partir das viv?ncias de profissionais,
familiares e usu?rios. Trata-se de um estudo qualitativo, transversal e de car?ter
explorat?rio realizado em um CAPS da regi?o sul do Rio Grande do Sul. Foram
realizadas entrevistas com 6 profissionais do CAPS, 6 usu?rios do servi?o e 3
familiares, a partir de um roteiro semiestruturado. A an?lise se deu mediante a an?lise
de conte?do tem?tica a partir tr?s eixos tem?ticos: 1) Sentidos da Autonomia a partir
das viv?ncias de usu?rios, familiares e profissionais; 2) Pr?ticas de constru??o de
autonomia no cotidiano do CAPS; e 3) Fragilidades e potencialidades no processo de
constru??o de autonomia e das entradas e sa?das do CAPS. Os principais resultados
dizem respeito ?s diversas compreens?es vinculadas ao conceito de autonomia,
relacionadas ao gerenciamento da vida, independ?ncia e autossufici?ncia, e enquanto
processo em movimento, constru?do a partir das rela??es, espa?os e institui??es. As
compreens?es manifestas t?m rela??o profunda com as hist?rias de vida dos sujeitos e
permitem evidenciar a autonomia enquanto pot?ncia para a expans?o e diversifica??o
das rela??es, sob a perspectiva do cuidado em liberdade, instigando a a??o dos
profissionais e acrescentando esse horizonte ao cuidado oferecido aos usu?rios do
CAPS.
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Reinternação psiquiátrica no campo da atenção psicossocial: a perspectiva dos pacientes reinternantes / Psychiatric readmission in the field of Psychosocial Care: the perspective of readmitted patients.Vanessa Cristina Machado 13 December 2012 (has links)
As concepções sobre a loucura, bem como as formas de tratá-la, vêm sofrendo consideráveis transformações de acordo com a cultura e as épocas. A partir da década de 1990, foi oficializada a Reforma Psiquiátrica no Brasil, dando início à política de desinstitucionalização e reinserção social. Todavia, ainda são verificados alguns desafios, entre estes, as reinternações no setor de internação breve em um hospital psiquiátrico, o que traz sérias consequências, como a propensão a uma nova modalidade de institucionalização. Este estudo teve como objetivos: analisar o fenômeno da reinternação psiquiátrica no contexto da Atenção Psicossocial, a partir da visão dos pacientes reinternantes em um hospital psiquiátrico público; compreender o processo de reinternação psiquiátrica ao qual o paciente está sujeito; investigar o cenário assistencial e sociofamiliar e suas interferências no fenômeno da reinternação psiquiátrica; explorar, junto aos pacientes, a existência de perspectivas que vislumbrem saídas às repetidas internações psiquiátricas. Inicialmente, com vistas a sintetizar e analisar a produção científica nacional e internacional acerca do fenômeno da reinternação psiquiátrica, no contexto da desinstitucionalização, foi realizada uma revisão integrativa da literatura publicada em fontes de pesquisa de impacto que detectou deficiência de estudos que investigassem variáveis psicossociais envolvidas na problemática, bem como ausência da perspectiva do paciente sobre o assunto. O presente estudo fundamentou-se na Atenção Psicossocial, enquanto corpo teórico-prático e ético, e orientou-se pela reabilitação psicossocial como categoria analítica. A Atenção Psicossocial emerge no atual contexto de transição paradigmática, a partir da crise do paradigma da racionalidade científica, e baseia-se no pensamento da complexidade. Para a coleta dos dados, foi aplicado um roteiro de entrevista semiestruturada a 22 pacientes reinternantes no hospital investigado, bem como coletadas informações sociodemográficas constantes dos seus prontuários. Os dados colhidos foram submetidos à análise de conteúdo, por meio da qual foram construídas as seguintes categorias temáticas: Funções e disfunções do tratamento hospitalar: os sentidos da internação psiquiátrica; Tratamento ambulatorial: repetir ou inovar?; A medicação e seus impasses: benefícios e limites percebidos; Família laços e embaraços: uma convivência possível?; A dimensão social extramuros: construindo lugares possíveis; O momento da alta: o que está por vir daqui para frente. A partir da análise dos dados, constatou-se uma combinação de carências: ausência de apoio familiar desejável, inexistência de trabalho ou de ocupação agradável, dificuldade na apropriação do espaço de moradia, falta de redes de apoio ou de laços sociais, insuficiência dos serviços extra-hospitalares e a ineficiência da assistência que resultam na não adesão ao tratamento, incluindo o medicamentoso. Este cenário favorece o isolamento social e contribui para que, nos momentos de crise, não havendo possibilidade de acolhida do sofrimento no serviço, o hospital seja o recurso mais utilizado pelo paciente. Assim, a coexistência de modelos antagônicos, hospitalar e comunitário, produz um novo fenômeno, que, no entanto, reproduz o velho: a reinternação psiquiátrica que leva à reedição da institucionalização. Nessa direção, a reinternação psiquiátrica, como fenômeno atual, desvela o processo ainda inconcluso e não consolidado da Reforma Psiquiátrica, bem como confirma que a efetiva desinstitucionalização só ocorre com a devida substituição do modelo hospitalar pelo modelo de Atenção Psicossocial. / Conceptions about madness, as well as how to treat it, have been undergoing considerable changes according to culture and period. From the 1990s, the Psychiatric Reform was official in Brazil, starting the policy of deinstitutionalization and social reintegration. However, a few challenges are still observed, including the readmissions in the sector of brief hospitalization in a psychiatric hospital, which has serious consequences, such as the propensity to a new form of institutionalization. This study aimed to: analyze the phenomenon of psychiatric readmission in the context of Psychosocial Care, from the perspective of readmitted patients in a public psychiatric hospital; understand the process of psychiatric readmission to which the patient is likely to be submitted; investigate the assistance, social and familial scenario and their interference in the phenomenon of psychiatric readmission; explore, together with the patients, the existence of perspectives that envisage other possibilities to repeated psychiatric hospitalizations. Initially, in order to synthesize and analyze the national and international scientific production about the phenomenon of psychiatric readmission in the context of deinstitutionalization, an integrative review of the literature was conducted in research sources of impact. It was found a deficiency of studies that investigate psychosocial variables involved in the problem, as well as an absence of the patient\'s perspective on the subject. The present study was based on the Psychosocial Care, as a theoretical, practical and ethical reference, and was also guided by psychosocial rehabilitation as an analytical category. The Psychosocial Care emerges in the current context of paradigmatic transition, from the crisis of the scientific rationality´s paradigm, and it is based on the thought of complexity. To collect data, a semi-structured interview was applied to 22 readmitted patients in the investigated hospital, as well as the collection of their social and demographic information contained in their hospital records. Data were submitted to content analysis, through which the following thematic categories we developed: Functions and dysfunctions of hospital treatment: the meanings of psychiatric hospitalization; Outpatient treatment: repeat or innovate?; Medication and its impasses: perceived benefits and limits; Family ties and embarrassments: a possible coexistence?; The extramural social dimension: building possible places; The time of discharge: what is to come hereafter. From the data analysis, it was found a combination of deficiencies: lack of desirable family support, lack of pleasant work or occupation, difficulties in the appropriation of the living space, lack of support networks or social ties, lack of outpatient care services and assistance´s inefficiency, that result in noncompliance with treatment, including medication treatment. This scenario favors social isolation and contributes to that, in times of crisis, when there is no possibility of acceptance of suffering in the service, the hospital becomes the most used tool by the patient. Thus, the coexistence of opposing models, hospital and community, produces a new phenomenon, which, however, reproduces the old one: the psychiatric readmission that leads to the repetition of the institutionalization. Accordingly, the psychiatric readmission, as current phenomenon, reveals the unfinished and unbound process of the Psychiatric Reform, and confirms that the effective deinstitutionalization occurs only with proper replacement of the hospital model for the Psychosocial Care model.
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Sobre discursos e práticas : a reabilitação psicossocial pelo olhar dos técnicos de referência de um CAPS da região metropolitana de RecifeLorena Guedes dos Santos, Gláucia 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente pesquisa teve como objetivo geral investigar o processo de reabilitação
psicossocial considerando o discurso e a prática de técnicos de referência de um serviço
substitutivo aos hospitais psiquiátricos, no caso um Centro de Atenção Psicossocial
CAPS, da Região Metropolitana de Recife. Utilizamos o referencial teórico da
Psicologia Sócio-Histórica segundo a qual uma compreensão mais aprofundada dos
fenômenos, no caso o processo de reabilitação psicossocial em saúde mental, necessita
do entendimento das mudanças históricas que lhe deram origem e o circunscreve
atualmente. Assim, empreendemos uma revisão histórica das mudanças de atendimento
à loucura, desde o surgimento dos primeiros manicômios até a criação dos hospitais
psiquiátricos para o atendimento do doente mental (Séc. XVIII). Os primeiros
movimentos de denúncia das péssimas condições existentes em tais locais possibilitou a
elaboração de novas propostas de atendimento em saúde mental, como as da Reforma
Psiquiátrica Italiana, conduzida por Franco Basaglia e que teve grande influência no
Brasil. Em nosso país, as denúncias de maus tratos contra internos em hospitais
psiquiátricos, no final dos anos 1970, resultou na aprovação da Lei 10.216, em 2001,
mais conhecida como a Lei da Reforma Psiquiátrica que regulamenta, entre outras
coisas, a criação de serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos, entre eles o CAPS
Centro de Atenção Psicossocial, que buscam também a promoção da reabilitação
psicossocial dos usuários. A literatura aponta para a importância da equipe de técnicos
de referência que fariam a mediação do usuário com relação ao seu sintoma, a sua
família e o mundo. Sobre a reabilitação psicossocial, a literatura mundial é vasta,
contudo existem poucos trabalhos brasileiros e, em Pernambuco, apenas uma
dissertação de Mestrado. Sendo assim, resolvemos investigar o olhar de uma equipe
de técnicos de referência de um CAPS acerca de seus discursos e práticas sobre o
processo de reabilitação psicossocial. Para tal procedemos a observações da rotina de
um CAPS II, realizamos um grupo focal com seis dos quatorze técnicos de referência do
serviço substitutivo e entrevistamos dois dos participantes do grupo focal. O material
coletado possibilitou a construção de três Núcleos de Significação. Sendo assim, para os
técnicos de referência participantes da pesquisa, a reabilitação psicossocial é um
processo que não pode independer da sociedade mais ampla que precisa mudar a sua
visão acerca da loucura e dos loucos, já que a estigmatização é um empecilho na
promoção da mesma. E, apesar de não haver nenhum programa institucional de
formação continuada destes profissionais percebemos uma consonância entre os seus
discursos e práticas, já que eles parecem funcionar em equipe e promoverem a
reabilitação psicossocial do usuário através das vias da família e das possibilidades
empregatícias, educacionais e de lazer que existem no território no qual se encontra o
serviço substitutivo
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Entre o modelo psicossocial e a prática no Centro de Atenção Psicossocial em álcool e outras drogas : considerações sobre a equipe técnicaNery Dantas, Luciana 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Este estudo elegeu como objeto de investigação o funcionamento da equipe técnica de um
Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras Drogas, tomando como referência o atual
contexto político da assistência em álcool e outras drogas, no Brasil e no Recife. Foram
traçados como objetivos analisar as práticas da equipe de um desses centros e a sua
conformação à proposta de atenção psicossocial expressa no projeto terapêutico definido
institucionalmente. A fundamentação teórico-metodológica foi baseada nos aspectos objetivos
e abstratos do trabalho em equipe, revelando as estruturas funcionais e inconscientes que
constituem sua base de atuação. A pesquisa utilizou a metodologia qualitativa de coleta e
tratamento de dados, com entrevistas semi-abertas realizadas com os profissionais de nível
superior e membros da equipe, observação participante das reuniões técnicas e exame de
documentos disponibilizados pela instituição. A análise do material permitiu visualizar que o
trabalho em equipe vem passando por uma fase de desorganização que parece ser
caracterizada por um descompasso entre a dinâmica de trabalho prevista e a executada em
equipe caracterizando um distanciamento das diretrizes da prática interdisciplinar e, portanto,
dos pressupostos do modelo psicossocial. Essa situação foi entendida como pertinente ao
funcionamento da equipe como grupo, o que aponta um trabalho na pré-tarefa, ou seja, na fase
inicial marcado por resistências, medos e conflitos como descrito por Pichon-Rivière. Por
outro lado, as dificuldades do trabalho em equipe parecem estar relacionadas à herança do
modelo biomédico, que ainda perpassa a prática em equipe e a conduta dos profissionais que
atuam na área de saúde mental. Com relação aos aspectos objetivos, as limitações referidas
como falta de condições de trabalho (falta de materiais, capacitação e do trabalho em rede),
apesar de reais, são entendidas como forma de escamotear as questões pertinentes ao grupo.
Os aspectos gerenciais relacionados à unidade de saúde e/ou à política de saúde mental são
inclusos nesse contexto como questões polêmicas na equipe que expressam discordâncias e
dúvidas intrinsecamente ligadas à forma de atuação da equipe. Todas essas questões, além dos
sentimentos de impotência, descrença no trabalho em grupo e baixa auto-estima refletem no
comportamento dos técnicos que vivenciam as contradições da rotina de trabalho pelo
isolamento, expresso nos sentimentos de ameaça, medo e abandono. Diante desse quadro
consideramos que a equipe técnica precisa de um trabalho de grupo para se firmar como um
espaço significativo de intervenções e práticas
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