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Avaliação da presença de depressão entre usuários de plantão noturno em unidade de emergência / Evaluation of the presence of depression among night call users at emergency room

Igor Pereira dos Santos 28 April 2008 (has links)
A depressão pode ser considerada um problema de saúde pública devido aos agravos e perdas sociais conseqüentes. É um problema que por si já debilita a pessoa, levando a pior evolução, se assim estiver associada a alguma doença clínica. Freqüentemente é negada pelo próprio indivíduo por questões de preconceito social, visto provocar queda na produtividade pessoal, perda de iniciativa e de interesse. Este estudo objetivou conhecer a presença de depressão entre usuários de plantão noturno em unidade de emergência de uma instituição privada, relacionando esse fato aos condicionantes clínicos e biopsicossociais. Metodologia: A pesquisa foi realizada com 62 pacientes adultos que passaram por atendimento durante o período noturno, em casos que não envolviam situação de risco iminente de vida, no Pronto Socorro do Hospital Irmãos Penteado, uma instituição privada de assistência em saúde no município de Campinas-SP, nos meses de outubro e novembro de 2007. Foram aplicados dois instrumentos durante a entrevista: a) Identificação, informações clínicas e contextualização psicossocial; b) Inventário de Depressão de Beck. Os dados foram analisados estatisticamente por análise bivariada e multivariada pelo teste de Fisher. Os resultados mostraram que a amostra era composta por maioria de mulheres (75%), solteiras, brancas, com predomínio de faixa etária entre 18 e 30 anos, bom nível educacional, com mais de 20% em nível superior e nenhum analfabeto; todos declaravam alguma ocupação, sendo destaque para comércio e administrativo, boa satisfação com moradia e salienta-se que todos os pacientes possuem convenio de saúde, seja pela empresa em que trabalham, seja porque pagam paralelamente. Entre as queixas clínicas mais comuns apareceram cefaléia como sintoma prevalente e problemas do sistema digestivo. Mais de 12% já tiveram diagnóstico anterior de depressão. Maioria pratica atividade física. Mais de 23% apresentavam hipertensão leve, moderada ou severa durante o atendimento. Mais de 77% relataram dormir entre 6 e 8 horas diárias, mas quase metade alega problemas de sono. Estresse no trabalho e problemas relacionados a ele apareceram com certa freqüência. Álcool também chamou atenção, pois 45,2% alegavam fazer uso, mesmo que socialmente, enquanto que problemas com álcool ou drogas na família foram relatados para quase 20 %. A depressão apareceu em 21% dos entrevistados, sendo 8,1% moderada, 12,9% leve e não houve depressão grave. O Inventário de Beck mostrou-se eficaz e chamou a atenção negativamente nos itens prazer, autocrítica, irritabilidade, sono, cansaço e preocupação com a saúde. Os dados mostraram correlação negativa para os itens hábito de fumar (p=0,021), insônia (p=0,005) e problemas econômicos (p<0,000). Conclui-se que sintomas depressivos estavam aumentados se comparados à amostra não diagnosticada e insuspeita, mas em acordo com os dados de depressão associadas a outras doenças clínicas em hospital geral, qualquer patologia pode aumentar a prevalência de sintomas depressivos e vice versa. Essas informações permitem conhecer melhor o cliente atendido neste serviço de saúde e demonstra que ações de enfermagem em Emergência e Pronto Socorro podem e precisam ser pensadas a fim de garantir a integridade da pessoa que sofre psíquica e fisicamente, tendo em vista que cabe ao hospital geral atender as descompensações antes designadas exclusivamente aos serviços manicomiais. Sugerem-se estudos mais detalhados a fim de elucidar melhor a relação entre \"estresse no trabalho\", manifestação clínica e/ou somática e sintomas depressivos, bem como o fator \"problemas econômicos\" e impacto econômico, a fim de despertar o interesse das grandes empresas privadas de assistência a saúde para com a temática da saúde mental e incentivar a melhoria da assistência de pacientes, sejam conveniados ou não. / Depression may be considered a public health problem due to consequential aggravation and social losses. It is a problem by its own and it weakens the person, leading to worse development, if associated with any clinical disease. Often it is denied by the individual himself for social prejudice issues, since it provokes drop in personal productivity, loss of initiative and interest. This study aimed to know the presence of depression among night call users at a private institution emergency unit, relating this fact to clinical and biopsycho- social indicators. Method: The research was conducted with 62 adult patients who have undergone care during the night time, in cases not involving imminent risk of life situations, in the Emergency Unity of Hospital Irmãos Penteado, which is a health care private institution, in the city of Campinas-SP, in October and November 2007. Two instruments were applied during the interview: a) Identification, clinical information and psychosocial contextualization b) Beck Depression Inventory. Data were statistically analyzed by bivariate analyses and multivariate by Fisher test. The results showed that the sample was composed by a majority of women (75%), single, white, with predominance of age between 18 and 30 years, good educational level, with more than 20% with third degree and no illiterate; all declared any occupation, emphasizing trade and administrative jobs, good housing satisfaction and noting that all patients have health care insure, by the company where they work, or because they pay in parallel. Among the most common clinical complaints appeared headache as prevalent symptom and digestive system problems. More than 12% have had previous diagnosis of depression. Majority practices physical activity. More than 23% had mild, moderate or severe hypertension during care. More than 77% reported sleeping between 6 and 8 hours a day, but nearly half claims sleep problems. Stress at work and problems related to it appeared with some frequency. Alcohol also drew attention because 45.2% claimed to use, even if socially, while alcohol or drugs problems in the family were reported to almost 20%. The depression appeared in 21% of interviewees, with 8.1% moderate, 12.9% mild and no severe depression. Beck Inventory proved to be effective and drew attention negatively on items pleasure, self-criticism, irritability, sleep, tiredness and health concern. Data showed negative correlation for items smoking habit (p = 0021), insomnia (p = 0005) and economic problems (p <0000). It is concluded that depressive symptoms were increased when compared to the undiagnosed and unsuspected sample, but in accordance with data of depression associated with other clinical diseases in general hospital, any pathology can increase the prevalence of depressive symptoms and vice versa. This information allows to better know the client attended at this health care service and demonstrates that nursing actions in Emergency and First Aid can and must be designed in order to ensure the integrity of the person who suffers psychically and physically, facing that it is up to the general hospital to attend the decompensations once exclusively designated to asylum services. More detailed studies are suggested to better clarify the relationship between \"stress at work,\" clinical and/or somatic manifestation and depressive symptoms, and the factor \"economic problems\" in economic impact, in order to arouse the interest of large health care private companies in the mental health issue and to encourage the improvement in caring of patients, are they insured or not.
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Aspectos psicossociais do trabalho e transtorno mentais comuns entre trabalhadores informais feirantes

Mascarenhas, Morgana Santana 31 March 2014 (has links)
Submitted by Ricardo Cedraz Duque Moliterno (ricardo.moliterno@uefs.br) on 2016-07-01T21:47:43Z No. of bitstreams: 1 Disserta??o Morgana_aspectos psicossociais_2014.pdf: 1767268 bytes, checksum: 2dbee28f9cfc9ab4d1ec8c2f090a8886 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-01T21:47:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Disserta??o Morgana_aspectos psicossociais_2014.pdf: 1767268 bytes, checksum: 2dbee28f9cfc9ab4d1ec8c2f090a8886 (MD5) Previous issue date: 2014-03-31 / Informal work is characterized by low productivity activities, unstable employment, low wages, hand disqualified work and lack of benefits and social security. In this group are the vendors. The working process of the fairground structure in inadequate and precarious environmental and organizational conditions that can have a negative impact on physical and mental health, causing damage, among them the mental illness. The psychosocial aspects of work have been identified as important occupational stressors, with significant impacts on the mental health of workers. This study aimed to evaluate the association between psychosocial aspects of work and the occurrence of Common Mental Disorders among fairground workers with informal work contracts. This is a cross-sectional study with a sample of 774 fairground workers in the urban area of the city of Feira de Santana, Bahia. A questionnaire was used with questions on sociodemographic characteristics, professional job characteristics, psychosocial aspects of work and mental health. To measure psychosocial aspects of work used the Job Content Questionnaire (JCQ); and to assess Common Mental Disorders was used the Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). We conducted univariate and bivariate and multivariate logistic regression through the Multiple analysis. The overall prevalence of CMD in the fairground was 32.4%. CMD were associated sociodemographic characteristics (gender, age, marital status, low level of education, have children, low monthly income and lack of practice of leisure activity), occupational (insert age at work and exposure time, days work / week, time pressure and productivity requirement) and for the desktop. Higher prevalence of mental disorders were observed in high-strain groups (42.8%) and active work (34.8%), while the prevalence in low strain was 28.2%. Findings obtained in the analysis of multiple logistic regression revealed association between the group of high strain and mental disorders. Workers in high strain showed higher prevalence of CMD than the low strain group, after adjustment for sex, children, old who started working, noise presence in the workplace and leisure activities. The results showed that the disorders constitute a major public health issue affecting a significant portion of marketer workers. / O trabalho informal se caracteriza por atividades de baixa produtividade, emprego inst?vel, baixos sal?rios, m?o de obra desqualificada e aus?ncia de benef?cios e seguridade social. Neste grupo, encontram-se os feirantes. O processo de trabalho dos feirantes estrutura-se em condi??es ambientais e organizacionais inadequadas e prec?rias que podem repercutir de forma negativa sobre a sa?de f?sica e mental, causando danos, entre eles, o adoecimento ps?quico. Os aspectos psicossociais do trabalho t?m sido apontados como importantes estressores ocupacionais, com impactos significativos na sa?de mental dos trabalhadores. Este estudo teve por objetivo avaliar a associa??o dos aspectos psicossociais do trabalho e a ocorr?ncia de Transtornos Mentais Comuns entre trabalhadores feirantes com v?nculos informais de trabalho. Trata-se de um estudo do tipo corte transversal com uma amostra de 774 trabalhadores feirantes da zona urbana da cidade de Feira de Santana, Bahia. Foi utilizado question?rio contendo quest?es sobre caracter?sticas sociodemogr?ficas, caracter?sticas do trabalho profissional, aspectos psicossociais do trabalho e sa?de mental. Para mensurar aspectos psicossociais do trabalho utilizou-se o Job Content Questionnaire (JCQ); e para aferir Transtornos Mentais Comuns foi utilizado o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Realizou-se an?lise uni e bivariada e multivariada atrav?s da an?lise de Regress?o Log?stica M?ltipla. A preval?ncia global de TMC entre os feirantes foi de 32,4%. Os TMC estiveram associado as caracter?sticas sociodemogr?ficas (sexo, idade, situa??o conjugal, baixo n?vel de escolaridade, ter filhos, baixo rendimento mensal e aus?ncia de pratica de atividade de lazer), ocupacionais (idade de inser??o no trabalho e tempo de exposi??o, dias de trabalho/semana, press?o do tempo e exig?ncia de produtividade) e referentes ao ambiente de trabalho. Preval?ncias mais elevadas de transtornos mentais foram observadas nos grupos de alta exig?ncia (42,8%) e trabalho ativo (34,8%), enquanto a preval?ncia em baixa exig?ncia foi de 28,2%. Achados obtidos na an?lise da regress?o log?stica m?ltipla revelaram associa??o entre o grupo de alta exig?ncia e transtornos mentais. Trabalhadores em alta exig?ncia apresentaram maior preval?ncia de TMC do que o grupo de baixa exig?ncia, ap?s ajuste por sexo, filhos, idade que come?ou a trabalhar, presen?a de ru?do no ambiente de trabalho e atividades de lazer. Os resultados encontrados revelam que os transtornos constituem-se importante problema de sa?de p?blica, atingindo parcela significativa dos trabalhadores feirantes.
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Personer med kroniska venösa bensårs erfarenheter av bensår : En beskrivande litteraturstudie

Lindahl, Elin, Rosenvall, Linnea January 2021 (has links)
Bakgrund: Kroniska venösa bensår är ett bensår som inte läker inom sex veckor. Bensår kan förekomma på grund av olika omständigheter som underliggande sjukdom eller från yttre skada som leder till en cirkulationsstörning i benet och uppkommer då hudlagren bryts ner vilket kan påverka djupare vävnader. Vanlig behandling är kompressionsbehandling vilket kan behövas även efter läkning för att förebygga återkommande av bensår. Behandlingstiden är ofta lång vilket leder till kontakt med vården under en längre tid. Syfte: Syftet med litteraturstudien var att beskriva personer med kroniska venösa bensårs erfarenheter av kroniska venösa bensår. Metod: En beskrivande litteraturstudie som sammanställt 13 vetenskapliga artiklar med kvalitativ ansats. Huvudresultat: I resultatet framkom det att flera av deltagarna i studierna fått en negativ påverkan i vardagen på grund av de symtom och behandling bensåren medförde. Kompressionsbehandling och sårvård visade sig vara påfrestande och kunde utföras både i deltagarnas egna hem och på mottagningar. Begränsningar i vardagen medförde att ångest och depression utvecklades och flera valde att självisolera sig. Information och stöd var en avgörande faktor som bidrog till att deltagarna hade bristande förståelse för behandlingen, vilket påverkade förtroendet för vårdpersonalen. Eget ansvar för rörelse och näringsrik kost visade sig ha en positiv effekt för hälsan och sårens läkningsprocess. Slutsats: Personers erfarenheter av kroniska venösa bensår innefattade flera negativa upplevelser som påverkade livskvaliteten. Information, kunskap och förståelse visade sig vara en betydande faktor i förhållandet mellan de utsatta personerna och sjuksköterskan. Mer kunskap och utbildning behövs inom området. / Background: Chronic venous leg ulcers are leg ulcers that do not heal within six weeks. Leg ulcers can occur due to various circumstances such as underlying disease or from external damage that leads to a circulatory disorder in the leg. Leg ulcers occur when the skin layers break down, which can affect deeper tissues. Common treatment is compression treatment which may be needed even after healing to prevent the recurrence of leg ulcers. The treatment time is often long, which leads to contact with healthcare personnel for a longer period of time. Aim: The purpose of the literature study was to describe people with chronic venous leg ulcers' experiences of chronic venous leg ulcers. Method: A descriptive literature study that compiled 13 scientific articles with a qualitative approach. Main results: The results showed that several of the participants in the studies had a negative impact on everyday life due to the symptoms and treatment caused by the leg ulcers. Compression therapy and wound care proved to be frustrating for the participants and could be performed both in their own homes and at clinics. Limitations in everyday life led to anxiety and depression developed and many chose to self-isolate. Information and support was a decisive factor that contributed to the participants in the result having a lack of understanding of the treatment, which affected the confidence of the care staff. Own responsibility for exercise and a nutritious diet proved to have a positive effect on health and the wound healing process. Conclusion: People's experiences of chronic venous leg ulcers include several negative experiences that affect the quality of life. Information, knowledge and understanding have proven to be a significant factor in the relationship between the vulnerable people and the nurse. More knowledge and education is needed in the area.
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Psychosociální aspekty porodní a poporodní péče / Psychosocial aspects of intrapartal and postpartal care

Takács, Lea January 2016 (has links)
Title: Psychosocial aspects of intrapartum and postpartum care Author: Mgr. Lea Takács Department: Department of Psychology Supervisor: PhDr. Simona Hoskovcová, Ph.D. Consultant: MUDr. PhDr. Pavel Čepický, CSc. Abstract Background: Satisfaction with perinatal care is largely a result of psychosocial aspects of the care provided. However, despite a considerable body of research, the concept of satisfaction with perinatal care is not sufficiently defined and understood, being often confused with other concepts, particularly with that of satisfaction with childbirth experience. The lack of knowledge concerns especially the psychosocial dimensions and determinants of the care, most importantly for different groups of women, and the level of importance of psychosocial factors for satisfaction compared to biomedical variables. Objective: The aim of the present dissertation is to contribute to the theory of satisfaction by investigating the psychosocial and biomedical factors that affect satisfaction with perinatal care and satisfaction with childbirth experience in different groups of women depending on the mode of delivery (vaginal delivery, emergency caesarean section or elective caesarean section). Method: Ordinal logistic regression was used to identify the key predictors of satisfaction. The data were...
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Psychosociální aspekty dyslexie u osob ve výkonu trestu v ČR / Psychosocial Aspects of Dyslexia Among Prison Inmates in the Czech Republic

Kejřová, Kateřina January 2020 (has links)
The study focuses on psychosocial aspects of prisoners with dyslexia in the Czech Republic. The target group is compared with respondents from noncriminal population with dyslexia, and respondents from prison and also noncriminal population without dyslexic difficulties. Research sample comprised of 200 respondents (50 respondents per each group) in the age range from 20 to 64 years. Data were collected via Raven's standard progressive matrices, assessment battery on specific learning disabilities, personal history questionnaire, self-efficacy scale and personality questionnaire (SPARO). The results show the following protective aspects in the development of children with dyslexia - higher educational level, better grades in school in subjects such as Foreign language, Mathemathics, Physics and Behavior, lower number of siblings, higher number of close persons and help from them, family cultural capital (level of education of mother and father), higher self-efficacy, a feeling of importance to others, greater level od satisfaction with their life, early diagnosis of hyperactivity and results of personality questionnaire SPARO (mean adjusting variability; and moderate frustration and target directionality). Some aspects were interpreted as neutral, and some factors show no inter-group difference....
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Nedobrovolná bezdětnost a její působení na partnerský vztah / The Impact of Involuntary Childlessness on Partner relationship

Komorová, Anna January 2015 (has links)
The topic of this thesis is involuntary childlessness and its impact on partner relationships. The theoretical part describes theories which try to explain, why people want to have children; here the knowledge about infertility, its therapy and other ways of solving this problem are summarized. The next part of the thesis deals with involuntary childlessness and its psychosocial aspects; special attention is paid to involuntary childlessness in connection to partner relationships. This part also summarizes the coping strategies of partners and presents the possible ways of psychological help for them. The empirical part was implemented by using the qualitative research, the semi-structured interviews and the method of Inclusion of Other in the Self scale. Total of 11 respondents took part, all women and each of them with experience in the area of involuntary childlessness. This part presents answers on the questions about the sense of parenthood for involuntarily childless women, their emotions and partner relationships. It surveys the areas of partner relationships, which were affected by the involuntary childlessness and describes what happens in relationship during this experience. It also shows the view of the individual respondents on the role of the social environment, on the life without...
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Estratégias de promoção da saúde de mulheres negras: interseccionalidade e bem viver / Strategies to promote the health of black women: intersectionality and well being

Prestes, Clélia Rosane dos Santos 03 August 2018 (has links)
Nosso objetivo foi descrever estratégias de promoção da saúde de mulheres negras, voltadas à potencialização de resiliência, agência, emancipação, autonomia ou empoderamento, e avaliar especificidades e complementaridades entre as reconhecidas no campo científico e as reconhecidas no campo do movimento negro e de mulheres negras. O texto tem início com uma apresentação, onde informamos meu percurso como pesquisadora, psicóloga e mulher negra, a maturação do tema e problema de pesquisa e o conteúdo de cada um dos capítulos. Na introdução, desenvolvemos uma reflexão teórica sobre (1) relações raciais e de gênero pelo prisma da psicologia, (2) promoção de saúde pela abordagem psicossocial e (3) saúde pela perspectiva de mulheres negras. No percurso metodológico, incluímos os procedimentos de descrição e avaliação, de acordo com os objetivos. A interseccionalidade justificou e orientou o resgate de diferentes fontes de conhecimento. Para a descrição, adotamos duas técnicas, que seguiram o mesmo roteiro semiestruturado. Para a coleta das experiências reconhecidas no campo científico, fizemos uma revisão sistemática de escopo. Foram incluídos 14 artigos publicados em revistas científicas, após análise e seleção dos 829 disponíveis nos bancos de dados adotados (ASSIA, BVS, ERIC, LILACS, MEDLINE, Psynet, Sociological Abstracts e Web of Science). Para a coleta de experiências reconhecidas no campo do movimento negro e de mulheres negras, realizamos entrevistas com 6 informanteschave, selecionadxs por suas experiências na realização de estratégias reconhecidas nesse campo. São integrantes desses movimentos, membros de práticas tradicionais de comunidades negras ou psicólogxs. Para o procedimento de avaliação dos resultados descritos, utilizamos a técnica de análise de conteúdo, organizada em categorias que discutem (1) os referenciais (epistemológicos, teóricos, técnicos, políticos) e os modos de fazer, (2) os pontos altos das estratégias e (3) o lugar das mulheres negras nas mesmas. A discussão foi orientada por uma abordagem psicossocial da saúde em diálogo com uma perspectiva feminista negra. Nas considerações finais, defendemos a tese de que a promoção da saúde de mulheres negras, pela perspectiva dos direitos humanos e do feminismo negro, demanda o uso da interseccionalidade como método de análise e de ação, orientada no sentido do bem viver. Ao pensarmos a interseccionalidade com foco para a saúde e o bem viver, a ferramenta analítica que, geralmente, é utilizada para a análise de eixos de opressão, foi adotada como referencial também para analisar eixos de potência. A interseccionalidade, como ferramenta de análise, permitiu-nos dispor da complexa concepção de que a saúde de mulheres negras tem relação direta com uma multidimensionalidade de forças, a partir de sua raça, gênero, classe, território, orientação sexual, geração, capacidades físicas e mentais, entre outros. Ainda como categoria analítica, a interseccionalidade e a noção de bem viver contribuíram para sofisticarmos a compreensão da saúde, concebendo-a como o equilíbrio harmonioso entre demandas e recursos, na encruzilhada entre aspectos pessoais (orgânicos, psíquicos, energéticos, interpessoais, entre outros), coletivos, sociais, ecológicos e espirituais, no sentido de uma saúde integral. Como método de intervenção, a interseccionalidade orienta para uma estratégia de promoção da saúde formada por uma encruzilhada onde se conectam diferentes fontes de conhecimento (como o campo científico, o campo do movimento negro e de mulheres negras, entre outros), com especial consideração pelas experiências pessoais e coletivas / Our objective was to describe strategies to promote the health of black women, aimed at strengthening resilience, agency, emancipation, autonomy or empowerment, and to evaluate specificities and complementarities between those recognized in the scientific field and those recognized in the field of black and black women movement. The text begins with a presentation, where are described my path as a researcher, psychologist and black woman, the maturation of the theme and research problem and the content of each of the chapters. In the introduction, we develop a theoretical reflection on (1) racial and gender relations from the prism of psychology, (2) health promotion through the psychosocial approach and (3) health from the perspective of black women. In the methodology pathway, we include description and assessment, according to the objectives. Intersectionality justified and guided the search within different sources of knowledge. For the description, we adopted two research techniques, which followed the same themes and semi structured questions. To collect the recognized experiences in the scientific field we conducted a scope review. We included 14 articles published in scientific journals, after analyzing and selecting the 829 available in the adopted databases (ASSIA, VHL, ERIC, LILACS, MEDLINE, Psynet, Sociological Abstracts and Web of Science). To gather experiences about strategies recognized in the field of black and black women movement, we interviewed members of this field, members of traditional practices of black communities or psychologists. To assess specificities and complementarities of the data collected we use the technique of content analysis, organized into these categories (1) the references (epistemological, theoretical, technical, political) and ways of doing, (2) high points and (3) the position of black women in them. The discussion was guided by a psychosocial approach to health in dialogue with a black feminist perspective. In the final considerations, we defend the thesis that the promotion of the health of black women, from the perspective of human rights and black feminism, demands the use of intersectionality as a method of analysis and action, oriented towards the well being. Thinking of intersectionality focusing on health and well being, the analytical tool that is generally used for the analysis of oppression axes was also adopted as a reference for analyzing power axes. Intersectionality, as a mode of analysis, allowed us a more complex aproach to the health of black women directly related to a multidimensionality of forces, based on their race, gender, class, territory, sexual orientation, generation, physical and mental abilities, among others. Still as an analytical category, intersectionality and the notion of well being may enhance the understanding of health, conceiving it as the harmonious balance between demands and resources, at the crossroads between personal aspects (organic, psychic, energetic, interpersonal, among others), collective, social, ecological and spiritual, in the sense of integral health. As a method of interventions, intersectionality leads to a health promotion strategy formed by a crossroads where different sources of knowledge (such as the scientific field, the field of black and black women movement, among others) are connected, with special consideration of personal and collective experiences
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Condi??es de trabalho e de sa?de: an?lise de diferenciais de g?nero

Cordeiro, Samara Bruno Moura 29 March 2011 (has links)
Submitted by Ricardo Cedraz Duque Moliterno (ricardo.moliterno@uefs.br) on 2016-10-18T00:23:46Z No. of bitstreams: 1 CONDI??ES DE TRABALHO E DE SA?DE.pdf: 9567193 bytes, checksum: 7347ffd16fa72aa325c57fc83f2f2f34 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-18T00:23:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CONDI??ES DE TRABALHO E DE SA?DE.pdf: 9567193 bytes, checksum: 7347ffd16fa72aa325c57fc83f2f2f34 (MD5) Previous issue date: 2011-03-29 / Neoliberalism and restructuring caused to several changes in the labor market that resulted in precarious conditions. The profile of the job characteristics and its impact on the health of workers has proven quite different between genders. The study aimed to analyse gender differences in relation to sociodemographic and work characteristics of residents in urban areas of Feira de Santana, Bahia; describe characteristics of working life and psychosocial characteristics of domestic work, by gender, to estimate the prevalence of self-reported health problems, common mental disorders - CMD and alcoholism in the population of Feira de Santana - BA, according to gender and to evaluate the association between work characteristics and major health problems of workers in Feira de Santana, considering gender differences. This is an epidemiological cross-sectional, descriptive, conducted in year 2007-2008. The field of study was the urban city of Feira de Santana. Data were collected using a questionnaire, applied to the selected households eligible residents (aged ? 15 years) by trained interviewers. We studied 4170 people over 15 years, 2,819 females and 1,351 males. Of this total, 1,557 were working at the time of the survey, 851 women and 706 men. Used variables concerning working conditions, variables related to health, and sociodemographic. The variables were stored in a database generated by SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) version 10.0. Will be held to select the variables of interest and possibly the creation of other relevant variables, use will also Epi-Info 6.0 program and R. The study was approved by the Ethics in Research of Universidade Estadual de Feira de Santana, through the opinion No. 241/2006. We found a reduced participation of women in the labor market and a trend of increasing precariousness of women's work, with activities of lower status, lower pay, greater vulnerability, job insecurity, predominance of informal jobs and subordination. In addressing the psychosocial characteristics, women continued to be subjected to the worst conditions in the workplace, with low control. The high strain at work was higher among women. This establishes a situation of stress that promotes physical and mental ailment of the body. The health situation was more aggravating for women was higher prevalence for all self-reported health problems and mental disorders, except for alcoholism was higher among men. The results are discussed considering the possible association of health status with the overload of activities of women relative to men, since it was shown that women are mainly responsible for household chores. / O neoliberalismo e a reestrutura??o produtiva provocaram diversas mudan?as no mercado de trabalho que resultaram na precariza??o das condi??es de trabalho. O perfil das caracter?sticas do trabalho e suas repercuss?es sobre a sa?de dos trabalhadores tem se revelado bastante diferente entre os g?neros. O estudo objetivou analisar diferenciais de g?nero com rela??o a caracter?sticas sociodemogr?ficas e caracter?sticas do trabalho de residentes da zona urbana de Feira de Santana, Bahia; descrever caracter?sticas psicossociais do trabalho profissional e caracter?sticas do trabalho dom?stico segundo g?nero; estimar a preval?ncia de agravos autorreferidos, transtornos mentais comuns ? TMC e alcoolismo na popula??o de Feira de Santana - BA, de acordo com o g?nero; avaliar a associa??o entre caracter?sticas do trabalho e principais problemas de sa?de dos trabalhadores de Feira de Santana, considerando diferenciais de g?nero. Trata-se de um estudo epidemiol?gico do tipo corte transversal, de car?ter descritivo, realizado no ano de 2007-2008. O campo de estudo foi a zona urbana cidade de Feira de Santana. Os dados foram coletados por meio de formul?rio, aplicado aos moradores eleg?veis dos domic?lios sorteados (com idade ? 15 anos), por entrevistadores previamente treinados. Foram estudadas 4.170 pessoas maiores de 15 anos, 2.819 do sexo feminino e 1.351 do sexo masculino. Deste total, 1.557 estavam trabalhando no momento da pesquisa, 851 mulheres e 706 homens. Foram utilizadas vari?veis relativas ?s condi??es de trabalho, ?s vari?veis referentes ? sa?de, e sociodemogr?ficas. As vari?veis foram armazenadas em um banco de dados gerado pelo programa estat?stico SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) na vers?o 10.0. Foi realizada a sele??o das vari?veis de interesse e a cria??o de outras vari?veis pertinentes, utilizou-se tamb?m o programa Epi-Info 6.0 e o programa R vers?o 2.12.1. A pesquisa foi aprovada pelo Comit? de ?tica em Pesquisa da Universidade Estadual de Feira de Santana, atrav?s do parecer n? 241/2006. Encontrou-se uma reduzida inser??o feminina no mercado de trabalho e uma tend?ncia de precariza??o do trabalho feminino, com atividades de menor status, menor remunera??o, maior vulnerabilidade, inseguran?a no trabalho, com predomin?ncia de postos de trabalho informal e subordina??o. Na abordagem das caracter?sticas psicossociais, as mulheres continuaram submetidas ?s piores condi??es no ambiente de trabalho, com baixo controle sobre o pr?prio trabalho desenvolvido. A alta exig?ncia no trabalho foi mais elevada entre as mulheres. Esta situa??o estabelece situa??o de estresse que promove adoecimento f?sico e mental do organismo. A situa??o de sa?de tamb?m foi mais agravante para as mulheres, foi encontrada maior preval?ncia para todos os agravos autorreferidos e transtornos mentais comuns, com exce??o para o alcoolismo que foi maior entre os homens. Os resultados s?o discutidos considerando a poss?vel associa??o da situa??o de sa?de com a precariza??o do trabalho e a sobrecarga de atividades das mulheres em rela??o aos homens, uma vez que foi demonstrado que as mulheres s?o as maiores respons?veis pela realiza??o das tarefas dom?sticas, as quais se somam ?s atividades profissionais.
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Insatisfa??o com o trabalho e ocorr?ncia de transtornos mentais comuns entre trabalhadores de Sa?de

Sousa, Camila Carvalho de 31 May 2017 (has links)
Submitted by Jadson Francisco de Jesus SILVA (jadson@uefs.br) on 2018-07-13T21:18:24Z No. of bitstreams: 1 INSATISFA??O COM O TRABALHO E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS ENTRE TRABALHOS DE SA?DE.pdf: 2263147 bytes, checksum: bbba85bac4a62fb16f9a0e1047f435ba (MD5) / Made available in DSpace on 2018-07-13T21:18:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 INSATISFA??O COM O TRABALHO E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS ENTRE TRABALHOS DE SA?DE.pdf: 2263147 bytes, checksum: bbba85bac4a62fb16f9a0e1047f435ba (MD5) Previous issue date: 2017-05-31 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico - CNPq / Job dissatisfaction is a complex phenomenon and depends on internal and external influences to the work environment. It is closely related to the physical and mental health of the worker. However, the association between job dissatisfaction and mental illness has been little explored in the literature. The present study aimed to analyze the job dissatisfaction, referred to by the health care workers of basic care and medium complexity, considering their determinants and effects on mental health (occurrence of common mental disorders - CMD), with specific objectives: describe job dissatisfaction according to sociodemographic aspects and general characteristics of work; to estimate levels of dissatisfaction; to estimate the frequency of CMD; to investigate the association between occupational stress and job dissatisfaction; investigating the association between job dissatisfaction and CMD; considering gender differentials in the estimated associations. A cross-sectional study was conducted in five counties, in Bahia, with 3084 health workers from the medium complexity and primary care services between 2011 and 2012. The results of this dissertation are presented in the format of three scientific articles. In the first article, the job dissatisfaction was evaluated considering the sociodemographic characteristics and general information about the work, the analysis was stratified by gender. It was verified that aspects related to the sexual division of work were positively associated with the levels of job dissatisfaction. In the second article, was evaluated the association of psychosocial aspects of work and job dissatisfaction, based on the combination of occupational stress models (Effort-Reward Imbalance - ERI (mensured by Effort-Reward Imbalance Scale) and Demand-Control Model ?DCM (measured by Job Content Questionnaire - JCQ). The combination of the models proved to be advantageous in investigating the outcome. The third article, analyzed the relationship between job dissatisfaction, referred to by health care workers of basic care and medium complexity, and the occurrence of CMD, using modeling of structural equations. The job dissatisfaction had a direct and positive effect on CMD. The findings reinforce the impact of psychosocial aspects on job dissatisfaction and the impact of job dissatisfaction onmental health with women being the group in which these relationships were more expressive, indicating greater exposure. / A insatisfa??o com o trabalho ? um fen?meno complexo e dependente de influ?ncias internas e externas ao ambiente laboral, podendo estar intimamente relacionada ? sa?de f?sica e mental do trabalhador. Contudo, a associa??o entre insatisfa??o com trabalho e o adoecimento mental, tem sido pouco explorada na literatura. O presente estudo objetivou analisar a insatisfa??o com o trabalho, referida pelos trabalhadores dos servi?os de sa?de da aten??o b?sica e de m?dia complexidade, considerando seus fatores determinantes e os efeitos sobre a sa?de mental (ocorr?ncia de transtornos mentais comuns - TMC), sendo objetivos espec?ficos: descrever a insatisfa??o com o trabalho segundo aspectos sociodemogr?ficos e caracter?sticas gerais do trabalho; estimar os n?veis de insatisfa??o com o trabalho; estimar a frequ?ncia de TMC; investigar associa??o entre estresse ocupacional e insatisfa??o com o trabalho; investigar associa??o entre insatisfa??o com o trabalho e TMC; considerar diferenciais de g?nero nas frequ?ncias e associa??es estimadas. Estudo transversal, conduzido em cinco munic?pios baianos, com 3084 trabalhadores de sa?de dos servi?os de m?dia complexidade e da aten??o b?sica, entre os anos de 2011 a 2012. Os resultados desta disserta??o s?o apresentados no formato de tr?s artigos cient?ficos. No primeiro artigo a insatisfa??o com o trabalho foi avaliada considerando-se as caracter?sticas sociodemogr?ficas e informa??es gerais sobre o trabalho, a an?lise foi estratificada por g?nero, verificou-se que aspectos relativos a divis?o sexual do trabalho se associaram positivamente aos n?veis de insatisfa??o com o trabalho. No segundo artigo, foi avaliada associa??o dos aspectos psicossociais do trabalho e insatisfa??o com o trabalho em sa?de,com base na combina??o de modelos de estresse ocupacional Effort-Reward Imbalance ? ERI (mensurado atrav?s da Escala Desequil?brio Esfor?o-Recompensa) e Modelo Demanda-Controle - MDC, (mensurado pelo Job Content Questionnaire - JCQ). A combina??o dos modelos revelou-se mais vantajosa na investiga??o do desfecho. O terceiro artigo analisou a rela??o entre insatisfa??o com o trabalho e ocorr?ncia de TMC, com emprego de modelagem de equa??es estruturais e estratifica??o da amostra por sexo. A insatisfa??o com o trabalho exerceu efeito direto e positivo sobre os TMC. Os achados refor?am o impacto dos aspectos psicossociais sobre a insatisfa??o com o trabalho e da insatisfa??o sobre a sa?de mental, sendo as mulheres o grupo em que essas rela??es foram mais expressivas, evidenciando maior exposi??o.
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Violência doméstica e de gênero: perfil sociodemográfico e psicossocial de mulheres abrigadas / Domestic and gender violence: sociodemographic and psychosocial profile of sheltered women.

Paula Licursi Prates 22 October 2007 (has links)
Introdução: A violência contra a mulher tem sido considerada uma violação dos direitos humanos e um importante problema de saúde pública, tanto no que se refere aos cuidados, quanto com as relações de gênero que permeiam o fenômeno. Após este reconhecimento, serviços de atendimento às mulheres em situação de violência foram criados no âmbito das políticas públicas, entre eles os abrigos para mulheres que sofreram violência doméstica e se encontram em risco. Objetivo: Descrever e analisar o perfil sociodemográfico e psicossocial de usuárias de um destes abrigos da cidade de São Paulo. Método: Estudo quantiqualitativo realizado por meio de consulta aos prontuários da instituição. Foram coletados dados de natureza sociodemográfica, de violência, de saúde e aspectos do abrigamento de 72 mulheres atendidas no período de 2001 a 2005. Resultados: A violência perpassa todas as faixas de idade (17 a 46 anos) e tempos de união. A predominância de escolaridade está no ensino fundamental. 66,7% das mulheres mantinha relacionamentos estáveis, o que aponta para a maior incidência da violência contra a mulher no espaço doméstico e conjugal. 40,3% das mulheres eram donas de casa quando entraram no abrigo. Os tipos de violência mais relatados foram a física, a psicológica e a sexual. 86,1% das mulheres recebeu acompanhamento jurídico, dos quais 43,5% eram processos criminais, 5% familiares e 46,5% ambos. A maioria dos tratamentos de saúde foi de natureza psicológica. Após o abrigamento, 51,4% das mulheres iniciaram vida nova e/ou retornaram para família e 27,8% retornou para o companheiro. As mulheres que iniciaram vida nova apresentaram relacionamento interpessoal adequado, adesão à proposta do abrigo e condições para o desligamento. As mulheres que retornaram para os parceiros, na maioria não aderiram à proposta do abrigo e não apresentavam condições para o desligamento. Os motivos para o retorno parecem estar relacionados a uma concepção de feminilidade que marca a subjetividade das mulheres. Considerações Finais: Os dados apontam para a complexidade da violência e sugerem a existência de condições de diferentes ordens, envolvidas na definição do destino da abrigada. A realização de acompanhamento pós-abrigamento, de formação e de supervisão para as equipes é fundamental neste tipo de serviço. É necessário ainda que o abrigo encontre-se inserido numa política pública de assistência integral à mulher para que promova autonomia. / Introduction: Violence against women has been considered a violation of human rights and an important public health problem concerning both care and gender relationships that involve the phenomenon. After this acknowledgement, centers to care for women subjects of violence were created within public policies, comprising shelters for women at risk and victims of intimate partner violence. Objective: To describe the sociodemographic and psychosocial aspects of users of one shelter in the city of Sao Paulo. Method: Quantitative and qualitative study performed by reviewing records of the shelter. Were collected sociodemographic, violence and health-related data and sheltering aspects of 72 women seen in the period between 2001 and 2005. Results: Violence comprises all age ranges (17 to 46 years) and duration of relationship. Educational level was predominantly elementary school level. Out of the total, 66.7% of the women maintained stable relationships, which pointed towards higher incidence of domestic violence perpetrated at home and by intimate partner. When they first came to the shelter, 40.3% of the women were housewives. The most frequently reported types of violence were physical, psychological and sexual. 86.1% of the women received legal support, comprising 43.5% criminal lawsuits, 5% family court matters and 46.5% combined matters. The most frequently required heath treatment was psychological. After joining the shelter, 51.4% of the women started a new life and/or went back to their families and 27.8% made up with their former spouse. Women that started a new life presented appropriate interpersonal relationship, compliance with the shelter proposal and good conditions to be unsheltered. Most women who made up with former spouses did not comply with the shelter proposal and had no conditions to be unsheltered. The reasons for making up with former spouses seem to be related with a concept of feminineness that stresses the subjectivity of women. Closing Remarks: The data point out the complexity of violence and suggest the existence of conditions of different orders involved in the decision of the women about their destination. Post-shelter accompanying and training and supervision for the teams are essential in this type of center. The shelter should also be part of women-oriented public policies that promote autonomy.

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