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Vias de regulação da expressão gênica promíscua no timo envolve Aire e microRNAs / Regulatory pathways of promiscuous gene expression in the thymus involves Aire and microRNAsOliveira, Ernna Hérida Domingues de 13 December 2013 (has links)
O timo é um orgão linfóide primário, no qual ocorre a indução da tolerância imunológica central aos antígenos do próprio que são expressos pelos tecidos periféricos (PTAs). A medula tímica é formada por células tímicas medulares epiteliais (mTECs) que expressam centenas desses PTAs que representam virtualmente todos os órgãos e tecidos do corpo. Esse fenômeno foi denominado de expressão gênica promíscua (PGE) a qual é parcialmente regulada pelo modulador da transcrição Autoimmune regulator (Aire). Os precursores de células T oriundos da medula óssea migram para o timo (agora são denominados de timócitos) e na medula desse órgão, passam pela seleção negativa mediada pelas mTECs. As células sobreviventes evoluem para células T maduras e funcionais que migram para a periferia com capacidade de reconhecimento das moléculas de MHC e tolerantes aos PTAs. Além de controlar a transcrição de genes PTAs, Aire também controla a expressão de microRNAs (miRNAs), relacionados com a integridade e funcionalidade do microambiente tímico. A seleção negativa no timo é um processo essencial para a manutenção da autotolerância imunológica e o desbalanço desse processo está associado com o desenvolvimento de doenças autoimunes como, por exemplo, o diabetes mellitus do tipo 1 (DM1).Tendo em vista essas premissas, nosso trabalho se fundamentou em duas hipóteses: 1) Variações na expressão do gene Aire podem perturbar a expressão de genes PTAs e miRNAs no timo, causando alterações na PGE, 2) A expressão balanceada de genes como Aire e/ou PTAs nas mTECs, é fundamental para a integridade da tolerância central. O desbalanço na expressão desses genes, está associado com a emergência do diabetes mellitus tipo 1 no camundongo. Para testar nossa primeira hipótese efetuamos o silenciamento de Aire (Aire knockdown) por meio de eletrotransfeção de RNA interferente (siRNA) anti-Aire in vivo no timo de camundongos BALB/c. Análises do transcriptoma (mRNAs) e miRNoma (miRNAs) das mTECs, revelaram que silenciamento parcial e transitório de Aire foi suficiente para afetar a expressão de PTAs Aire dependentes bem como a de miRNAs. Redes de interação miRNA-mRNA, revelaram que o controle pós-transcricional da PGE também é afetado pelo silenciamento de Aire. Os resultados encontrados revelam que Aire e miRNAs podem formar uma via essencial durante a indução da tolerância central. Para testar nossa segunda hipótese comparamos o transcriptoma de mTECs de camundongos BALB/c (linhagem não-autoimune) com mTECs de camundongos non-obese diabetic NOD (modelo animal utilizado nos estudos de DM1 autoimune). Nossos resultados revelaram que a expressão transcricional de autoantígenos relacionados ao DM1 está desbalanceada em camundongos NOD já numa fase precoce, quando esses animais ainda não apresentavam a doença clínica (fase pré-diabética). Inesperadamente, os níveis transcrionais de Aire apresentaram-se equivalentes no timo dessas duas linhagens, porém os níveis da proteína AIRE estavam reduzidos no timo da linhagem NOD. Esses resultados sugerem a participação de algum mecanismo de atenuação póstrascricional de Aire nessa linhagem provavelmente envolvendo atuação de miRNAs. Isso poderia explicar o desbalanço de PTAs Aire-dependentes e a repressão autoantígenos relacionados ao DM1. Concluímos que nossos resultados, além de abrir novas perspectivas para pesquisas nesta área, contribuem com melhor compreensão dos mecanismos moleculares desencadeados por Aire e por miRNAs no controle da expressão de autoantígenos no timo o que é importante para a tolerância imunológica central. / The thymus is a primary lymphoid organ, in which occurs in the induction of central immune tolerance to self peripheral tissue antigens (PTAs). The thymic medulla is formed by medullary thymic epithelial cells (mTECs) expressing hundreds of such PTAs representing virtually all organs and tissues of the body. This phenomenon has been termed promiscuous gene expression (PGE), which is partially regulated by the Autoimmune regulator (Aire) gene. The T cell precursors derived from the bone marrow migrate to the thymus (now termed thymocytes). A part of these thymocytes are eliminated by negative selection mediated mTEC cells. The surviving cells to evolve and functional mature T cells that migrate to the periphery and are capable of recognizing MHC molecules and are tolerant to PTAs. In addition to controlling the transcription of PTA genes, Aire also controls the expression of microRNAs (miRNAs). The negative selection in the thymus is a process essential to the maintenance of immunologic self-tolerance and imbalance of this process is associated with the development of autoimmune diseases such as type 1 diabetes mellitus (DM1) . Given these assumptions, our work was based on two hypothesis: 1) Changes in the expression of the Aire gene can disrupt the expression of PTA genes and miRNAs in the thymus, causing changes in PGE, 2) The balanced expression of Aire / or PTA genes in mTECs is fundamental for central tolerance. The imbalance in the expression of these genes is associated with the emergence of type 1 diabetes in mice. To test our first hypothesis we made Aire silencing (Aire knockdown) through electrotransfection of anti - Aire interfering RNA (siRNA) in vivo in the thymus of BALB/c mice. Analysis of the transcriptome (mRNAs) and miRNome (miRNAs) of mTECs revealed that partial and transient silencing of Aire was enough to affect the expression of Aire - dependent PTAs as well as miRNAs. miRNA -mRNA interaction networks revealed that the posttranscriptional control of PGE is also affected by the silencing of Aire. The results show that Aire and can form an miRNA pathway essential for the induction of central tolerance. To test our second hypothesis we compared the transcriptome of mTECs of BALB/c mice (non-autoimmune strain) with mTECs from non - obese diabetic NOD (animal model used in studies of autoimmune DM1) . Our results indicate that the transcriptional expression of DM1-related autoantigens are unbalanced in NOD mice in an very early stage, when these animals have not had clinical disease (pre-diabetic period). Unexpectedly, the transcriptional levels of Aire in the thymus was equivalent in these two strains, but the AIRE protein levels were reduced in thymus of NOD strain. These results suggest that some mechanism of post-transcriptional attenuation of Aire is acting in this lineage probably involving action of miRNAs . This could explain the imbalance of Aire - dependent PTAs and repression autoantigens related to DM1. Our results open perspectives for research in this area, contributing to better understanding the molecular mechanisms triggered by Aire and miRNAs in control of the expression of autoantigens in the thymus, which is important for the central immune tolerance.
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Investigação de um possível viés imunossupressor em células dendríticas derivadas de indivíduos portadores de cancêr. / Investigation of a possible immunosuppressive bias in dendritic cells derived from cancer patients.Ramos, Rodrigo Nalio 29 April 2011 (has links)
As células dendríticas (DCs) são as mais eficazes células apresentadoras de antígenos. Mesmo com a possibilidade da geração de DCs in vitro, que permitiu a criação de protocolos de vacinação antitumoral, mecanismos de tolerância periférica, mediados por células T reguladoras, impedem uma resposta imune antitumoral eficaz. O presente estudo visou avaliar, in vitro, a geração de linfócitos T reguladores por células dendríticas derivadas de pacientes portadoras de câncer de mama. Para tanto, DCs foram diferenciadas a partir de monócitos do sangue periférico de pacientes com câncer, por sete dias, na presença de GM-CSF e IL-4 (DCs imaturas - iDCs), e ativadas, por adição de TNF-<font face=\"Symbol\">a no dia cinco de cultura (DCs maduras - mDCs). As DCs foram caracterizadas, por citometria de fluxo, quanto à: expressão de CD1a, CD11c, CD14, CD80, CD86, CD83, CD123, PD-L1, HLA-ABC e HLA-DR; produção de IL-10 e TGF-beta1, por ELISA; e ainda em ensaio funcional, que se deu pela co-cultura das DCs com linfócitos T (CD3+, CD3+CD25neg ou CD4+CD25neg), isolados por microsferas imunomagnéticas. Após co-cultura, a expressão de CD25, a proliferação (diluição de CFSE), a produção de citocinas (IFN-<font face=\"Symbol\">g, IL-10, TGF-beta1) e a geração de células Tregs foram analisadas. As células foram caracterizadas como Tregs por seu fenótipo (CD4+CD25+CD127lowCTLA-4+Foxp3+) e sua capacidade supressora sobre linfócitos alogeneicos. iDCs de pacientes apresentaram aumento da expressão de CD86 (com duas subpopulações: CD86High e CD86Low) e CD123 além de produção elevada de IL-10 e TGF-beta1 bioativo. Co-culturas com DCs de pacientes apresentaram níveis altos de TGF-beta1 bioativo (298,08 pg/ml x ctrl: 57,63 pg/ml) e induziram um alta freqüência de Tregs (iDCs: 57% ± 4,1; mDCs: 48% ± 5,0 x ctrl: 2,5% ± 0,7) a partir de precursores CD25negFoxp3neg, que foram capazes de suprimir a proliferação de linfócitos alogeneicos. O bloqueio de TGF-beta nas co-culturas reduziu parcialmente a freqüência de Treg geradas por DCs de pacientes. Esses achados são condizentes com a alta freqüência de Tregs no sangue periférico dessas mesmas pacientes (19,5% ± 2,3 x 8% ± 2,3) e com a presença de células com fenótipo de DCs no sangue, apresentando marcação semelhante a iDCs geradas in vitro. Por outro lado, iDCs provenientes de doadoras saudáveis induziram estimulação linfocitária mais intensa (35,7% ± 7,9 x 11,8 ± 5,9% CD25+), intensa proliferação de linfócitos CD4+ (82,7% x 29,4%) e CD8+ (73,8% x 21%) e alta produção de IFN-<font face=\"Symbol\">g (109,85 pg/ml x 7,86 pg/ml) nas co-culturas. Estes dados indicam que DCs derivadas de monócitos de pacientes com câncer de mama apresentam um viés imunossupressor que não é estritamente dependente do seu status de maturação ou de TGF-beta. Esses achados além de contribuir para a compreensão das interações entre o sistema imune e as neoplasias, devem ser considerados no delineamento de protocolos imunoterapêuticos baseados em DCs. / Dendritic cells (DCs) are the most effective professional antigen-presenting cells. Even considering the possibility of generating DCs in vitro, which allowed the design of antitumor vaccination protocols, mechanisms of peripheral tolerance mediated by regulatory T cells prevent an effective antitumor immune response. The aim of our study was evaluate, in vitro, the induction of regulatory T cells by dendritic cells derived from breast cancer patients.DCs were differentiated from breast cancer patients blood monocytes, for seven days, in the presence of GM-CSF and IL-4 (immature DCs- iDCs) and activated by TNF-<font face=\"Symbol\">a on day five of culture (mature DCs- mDCs). DCs were characterized by flow cytometry to CD1a, CD11c, CD14, CD80, CD86, CD83, CD123, PD-L1, HLA-ABC and HLA-DR expression; the cytokine secretion to IL-10 and bioactive TGF-beta1, by ELISA; and in functional assay by co-culturing DCs with T lymphocytes (CD3+, CD3+CD25neg or CD4+CD25neg) isolated by microbeads. Cell activation (CD25 expression), proliferation (CFSE dilution), cytokine production (IFN-gamma, IL-10 and TGF-beta1) and de novo regulatory T cells (Tregs) generation, were analyzed in these co-cultures after 5 or 6 days. Tregs were characterized by their phenotype (CD4+CD25+CD127LowCTLA-4+Foxp3+) and suppressive capability on allogeneic T cell proliferation. Patients iDCs showed a higher expression of CD86 (two subpopulation: CD86High and CD86Low) and CD123 beyond the elevated production of IL-10 and bioactive TGF-beta1. Co-cultures using patients DCs presented high levels of bioactive TGF-beta1 (298.08 pg/ml x ctrl: 57.63 pg/ml) and induced elevated frequency of Tregs (iDCs: 57% ± 4.1; mDCs: 48% ± 5.0 x ctrl: 2.5% ± 0.7) from CD25neg Foxp3neg precursors, which were able to suppress the allogeneic lymphocyte proliferation. The TGF-beta blocking partially reduced the frequency of induced Tregs by patients DCs. These findings are consistent with the higher frequency of Tregs on peripheral blood of those patients (19.5% ± 2.3 x ctrl 8% ± 2.3) and the presence of DCs also on the blood, showing similar markings with iDCs generated in vitro. Contrastingly, iDCs from healthy donors were better stimulator cells, leading to a higher CD25+ cell frequency (ctrl 35.7% ± 7.9 x 11.8 ± 5.9% CD25+), more intense proliferation of CD4+ (82.7% x 29.4%) and CD8+ (73.8% x 21%) cells and higher production of IFN-gamma (109.85 pg/ml x 7.86 pg/ml) on co-cultures. These data indicate that DCs derived from breast cancer patients show an immunosuppressive bias that is not strictly dependent on DCs maturation status or TGF-beta. Finally, these observations call to caution in the use of patients monocytes for the generation of DC-based vaccines and also contribute to the comprehension of the interactions between the immune system and cancer.
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Alterações funcionais de mitocondrias hepáticas na tolerância ao lipopolissacarídeo (LPS) / Functional alterations of hepatic mitochondria in lipopolysaccharide tolerance (LPS)Silva, André Augusto Botêga 27 October 2017 (has links)
O presente estudo tem por objetivo principal avaliar as alterações funcionais precoces de mitocôndrias hepáticas de ratos wistar submetidos ao estímulo de sepse através da técnica de ligadura cecal e punção (cecal ligation and puncture-CLP) e indução de tolerância ao lipopolissacarídeo (LPS) de Escherichia coli. As mitocôndrias exercem papel na alteração do metabolismo celular de pacientes sépticos. Os objetivos do presente trabalho foram: (1) padronizar a técnica de indução a tolerância para ratos wistar com LPS de E. coli (2) avaliar a função mitocondrial fosforilativa e oxidativa; (3) quantificar DNA mitocondrial em tecido hepático de animais submetidos à CPL e tolerância; (4) verificar a expressão dos genes responsáveis pela biogênese mitocondrial e replicação do DNA mitocondrial: nuclear respiratory factor (NRF-1), mitochondrial transcription factor A (TFAM) e peroxisome proliferator-activated receptor gamma coactivator 1-alpha (PGC-1alfa); (5) avaliar a função dos complexos respiratórios I e IV. Os resultados encontrados no presente estudo revelaram que: (a) a taxa de mortalidade dos animais submetidos a tolerância foi de 10% quando submetidos à dose letal de LPS, enquanto a taxa de mortalidade dos animais controle foi de 100% quando submetidos à dose letal de LPS; (b) observou-se que o grupo do controle respiratório que recebeu doses controladas de LPS e foi submetido à CLP apresentou razão igual ao grupo Controle, sugerindo que a fosforilação oxidativa se manteve igual ao basal, enquanto o grupo que foi submetido ao procedimento de CLP sem indução a tolerância apresentou piora da razão do controle respiratório em relação ao grupo controle; (c) a quantificação de DNA mitocondrial mostrou-se maior nos animais submetidos a CLP sem prévia indução a tolerância, com igual aumento da expressão dos fatores de biogênese mitocondrial em relação aos demais grupos; (d) houve diferença significativa na avaliação da funcionalidade dos complexo I, porém o complexo IV se manteve igual em todos os grupos. Concluiu-se que a indução a tolerância altera positivamente a função mitocondrial em animais submetidos à CLP / The aim of this study was to evaluate the early functional alterations of hepatic mitochondria of wistar rats submitted to the stimulation of sepsis through the technique of cecal ligation and puncture (CLP) and induction of tolerance to lipopolysaccharide (LPS) of Escherichia coli. Mitochondria play a role in altering the cellular metabolism of septic patients. The objectives of the present study were: (1) to standardize the tolerance induction technique for wistar rats with E. coli LPS (2) to evaluate the mitochondrial phosphorylation and oxidative function; (3) quantify mitochondrial DNA in hepatic tissue of animals submitted to CPL and tolerance; (4) to verify the expression of genes responsible for mitochondria biogenesis and mitochondrial DNA replication nuclear mitochondrial biogenesis (NRF-1), mitochondrial transcription factor A (TFAM) and peroxisome proliferator-activated receptor gamma coactivator 1-alpha (PGC-1alpha); (5) to evaluate the function of respiratory complexes I and IV. The results found in the present study revealed that: (a) the mortality rate of the animals submitted to tolerance was 10% when submitted to the lethal dose of LPS, whereas the mortality rate of the control animals was 100% when submitted to the lethal dose of LPS; (B) it was observed that the group receiving controlled doses of LPS and submitted to CLP presented a ratio equal to the control group, suggesting that oxidative phosphorylation remained the same at baseline, whereas the group that underwent CLP procedure without induction of tolerance presented worsening of the respiratory control ratio in relation to the control group; (C) the mitochondrial DNA quantification was higher in the animals submitted to CLP without prior tolerance induction, with an equal increase in mitochondrial biogenesis factors expression in relation to the other groups; (D) there was significant difference in the evaluation of the functionality of complexes I, but no difference in complex IV in all groups. It was concluded that induction of tolerance positively alters mitochondrial function in animals submitted to CLP
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Valores do teste cutâneo de hipersensibilidade imediata associados ao desenvolvimento de tolerância em pacientes com alergia ao leite de vaca mediada pela imunoglobulina E / Values of skin prick test associated with the development of tolerance in patients with immunoglobulin E mediated cow\'s milk allergyNeves, Flávia Valença de Oliveira 05 May 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é a alergia alimentar (AA) mais comum na infância e o desenvolvimento de tolerância a este alimento vem ocorrendo cada vez mais tardiamente. OBJETIVOS: 1. Avaliar as características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais de pacientes tolerantes e daqueles com alergia persistente à APLV. 2. Estabelecer o diâmetro da pápula do Teste cutâneo de Hipersensibilidade Imediata (TCHI) com extrato do leite de vaca (LV) associado ao desenvolvimento de tolerância oral (TO). 3. Comparar o diâmetro da pápula do TCHI, realizado com extrato de LV, entre os pacientes dos grupos tolerante e persistente, em três tempos distintos, no diagnóstico de APLV, no tempo médio da evolução da doença e no momento da aquisição de tolerância ou na data do último TCHI no grupo que persistiu alérgico. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo de análise de banco de dados dos prontuários de todas as crianças com diagnóstico de APLV mediada pela imunoglobulina E (IgE), em seguimento na Unidade de Alergia e Imunologia no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICr HCFMUSP), que realizaram TCHI de forma evolutiva, sendo alocados em dois grupos: APLV tolerantes e APLV persistentes, no período entre janeiro de 2000 a julho de 2015. O TCHI foi realizado por equipe treinada e com extrato padronizado de LV total, sendo considerado positivo quando o diâmetro médio da pápula foi >= 3 mm em relação ao controle negativo. As variáveis nominais: gênero, história familiar de atopia, uso de LV no berçário, amamentação por menos de 6 meses, presença de outras doenças alérgicas foram descritas através de frequências e comparadas entre tolerantes e persistentes. No grupo tolerante as mesmas variáveis foram comparadas entre aqueles com idade 5 anos pelo Teste de Fisher. As variáveis contínuas (idade do início sintomas e idade na coleta dos dados, bem como a dosagem de IgE específica para LV pelo ImmunoCap) nos mesmos grupos foram descritas através de medianas e comparadas através teste de Mann-Whitney e Wilcoxon. Os resultados do TCHI (em mm) foram descritos através de medianas, valores mínimos e máximos ao diagnóstico, no tempo médio e ao final, no grupo de tolerantes e de persistentes e comparados em cada tempo pelo teste de Mann-Whitney. A comparação das medianas nos 3 tempos em cada grupo foram realizadas através teste de Friedman. Em todas as análises foi adotado um nível de significância de 5%. RESULTADOS: Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, obteve-se uma amostra de 44 pacientes, 29 no grupo que desenvolveu tolerância, e 15 no grupo que persistiu com APLV na época da conclusão deste estudo. Não houve diferença estatisticamente significante entre os diferentes achados epidemiológicos e clínicos entre os grupos tolerantes e persistentes. No grupo tolerante ao LV foram encontradas as seguintes medidas de TCHI: ao diagnóstico a mediana foi de 6 mm (3 mm - 15 mm), no tempo médio de seguimento de 3 mm (0 mm - 15 mm) e no desenvolvimento de tolerância de 2 mm (0 mm - 5 mm), valores que mostraram diferença estatisticamente significante nos três períodos avaliados (p < 0,0001; teste de Friedman). No grupo de pacientes persistentes ao LV foram encontradas as seguintes medidas de TCHI: ao diagnóstico mediana de 7 mm (3 mm - 13 mm); no tempo médio de 4 mm (2 mm - 20 mm) e no momento do último TCHI realizado até o término deste estudo a mediana foi de 5mm (0 mm - 19 mm), não havendo diferença estatisticamente significante nos três períodos em que os pacientes foram avaliados (p= 0,256; teste de Friedman). Avaliando o decaimento dos valores do TCHI no grupo de pacientes tolerantes, a mediana do TCHI ao diagnóstico foi de 6mm (3 - 15 mm) e no momento da tolerância de 2 mm (0 mm - 5 mm), com diferença estatisticamente significante entre os valores (p < 0,0001; Teste de Wilcoxon). No grupo persistente não houve diferença estatisticamente significante entre o primeiro e o último TCHI, com p = 0,173 (Teste de Wilcoxon). CONCLUSÃO: O estudo mostrou que a utilização do TCHI para o diagnóstico e detecção de tolerância na APLV é uma ferramenta útil, devendo ser realizado de maneira seriada ao longo da evolução na APLV e seu decaimento poderia indicar o momento para realização de testes de provocação oral (TPO) / BACKGROUND: Cow\'s milk allergy (CMA) is the most common food allergy in childhood and the development of tolerance to this food has been occurred increasingly later. OBJECTIVES: 1.To assess the epidemiological, clinical and laboratory characteristics of tolerant patients and those with persistent allergy to CMA. 2. To establish the wheal diameter of the Skin Prick Test (SPT) with cow\'s milk (CM) extract associated with the development of oral tolerance (OT). 3. To Compare the wheal diameter of the SPT, carried out with CM extract, among the patients of the tolerant and persistent groups in three distinct periods: during the diagnosis of CMA, during the average time of disease progression, and at the moment of tolerance acquisition or on the date of the last SPT in the group that persisted allergic. METHODS: This was a retrospective cohort study of database analysis of medical records of all children diagnosed with CMA mediated by immunoglobulin E (IgE), following the Allergy and Immunology Unit at the Children\'s Institute of the HCFMUSP (between jan/2000 to jul/2015) who underwent SPT in an evolutionary way. They were classified into two groups: CMA tolerant and CMA persistent. The SPT was carried out by trained personnel and with a standardized extract of whole CM, being considered positive when the average wheal diameter was >= 3 mm compared to the negative control. The nominal variables of gender, family history of atopy, CM use in the nursery, breastfeeding for less than six months, and the presence of other allergic diseases were described by frequencies and compared between tolerant and persistent groups. In the tolerant group, the same variables were compared among those aged 5 years by the Fisher Test. Continuous variables (age of onset symptoms and age in the data collection as well as specific IgE levels to CM by ImmunoCap) in the same groups were described by medians and compared using the Mann-Whitney and Wilcoxon test. The results of the SPT (in mm) were described by median, minimum and maximum values for the diagnosis, at the middle and at the end point in the tolerant and persistent groups, and at each time point were compared by way of the Mann-Whitney test. Comparison of the medians in the 3 periods in each group were made using the Friedman test. In all analyses, a significance level of 5% was adopted. RESULTS: After applying inclusion and exclusion criteria, we obtained a sample of 44 patients, 29 in the group that developed tolerance, and 15 in the group that persisted with CMA at the time of completion of this study. There was no statistically significant difference between the different epidemiological and clinical findings between the tolerant and persistent groups. In the CM tolerant group the following SPT measures were found: during diagnosis the median average was 6 mm (3 mm - 15 mm), during the average follow-up time it was 3 mm (0 mm - 15 mm), and for the development of tolerance it was 2 mm (0 mm - 5 mm); values that showed statistically significant differences in the three evaluation periods (p < 0.0001; Friedman test). In the group of patients with persistent allergy to CM, a SPT found the following measures: during diagnosis the median average was 7 mm (3 mm - 13 mm); during the average follow-up time it was 4 mm (2 mm - 20 mm), and at the time of the last SPT performed until the end of the study the median was 5 mm (0 mm - 19 mm), with no statistically significant difference in the three periods (p = 0.256, Friedman test). Evaluating the decay of SPT values in the group of tolerant patients, the median SPT at diagnosis was 6 mm (3-15 mm) and, at the time of tolerance, 2 mm (0 mm - 5 mm), with a statistically significant difference between the values (p < 0.0001; Wilcoxon test). In the persistent group there was no statistically significant difference between the first and the last SPT, p = 0.173 (Wilcoxon test). CONCLUSION: The study showed that the use of the SPT for the diagnosis and detection of tolerance to the CMA is a useful tool and should be performed sequentially throughout the evolution of the CMA and that its decay could indicate the time for performing oral food challenge (OFC)
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MODULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE FRENTE À INDUÇÃO DE TOLERÂNCIA ORAL A TOXINA DERMONECRÓTICA PRESENTE NO VENENO DE Loxosceles intermedia e TOLERÂNCIA ORAL SOB A PERSPECTIVA DE SISTEMAS COMPLEXOSDelgobo, Murilo 21 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-21 / Brown-Spider’s venom (Loxosceles sp.) is presented as a complex mixture of toxins, able to induce skin necrosis with gravitational spreading, intense inflammatory response, edema induction and increase in vascular permeability in vivo. Recently, the biotechnological potential of the toxins was explored by its use in clinical test, in the study of inflammatory response, as a research tool in cell biology, as a biopesticide and in immunotherapy, through the production of antiserum. In this context, immunotherapy is broadly spread through the production of vaccines, available for the treatment of deleterious reactions developed in accidents. In the present work, we investigated if immunological tolerance induction to dermonecrotic recombinant toxin (LiRecDT1) and its mutated form (LiRecDT1 H12A), through its oral administration, could modulate inflammatory and deleterious responses triggered by dermonecrotic toxin. For this purpose, an oral tolerance protocol was designed, consisting in the administration of 10 μg of LiRecDT1 and LiRecDT1 H12A three times in a week, for three weeks. Adult Swiss mice were further immunized, and oral tolerance induction was observed by reduction in serum levels of IgG antibody anti-toxin when compared with control group. It was observed that mice tolerant to LiRecDT1 H12A present a reduction in paw edema, caused by the injection of 6 μg of dermonecrotic toxin in plantar surface hind paw. Mice tolerized with LiRecDT1 and challenged with 50 μg of dermonecrotic toxin, exhibited higher survival, when compared to control group. This effect was not observed in mice tolerized to LiRecDT1 H12A. The present findings suggested that oral tolerance induction to LiRecDT1 H12A was able to alleviate inflammatory responses triggered by dermonecrotic toxin in paw edema and oral tolerance to LiRecDT1 increase survivability in challenge. The results shown that LiRecDT1 and LiRecDT1 H12A can be explored as a tool in the induction and study of oral tolerance phenomena. The generation of T regulatory cells (Tregs) and following involvement of immunosuppressive cytokines might take part in the modulation of immune response. / O veneno de aranha-marrom (Loxosceles sp.) apresenta-se como uma mistura complexa de toxina, capazes de causar necrose com espalhamento local, intensa resposta inflamatória, indução de edema e aumento da permeabilidade vascular in vivo. Recentemente, o potencial biotecnológico das toxinas foi explorado através de seu uso em análises clínicas, no estudo da resposta inflamatória, como ferramenta de pesquisa na biologia celular, como biopesticidas e na imunoterapia, através da produção de anti-soro. No presente trabalho, foi investigado se a indução de tolerância imunológica à toxina dermonecrótica recombinante (LiRecDT1) e sua forma mutada (LiRecDT1 H12A), através de sua administração oral, poderia modular as respostas inflamatórias e deletérias causadas pela toxina dermonecrótica. Para tal, foi desenvolvido um protocolo para indução de tolerância oral, consistindo na administração de 10 μg de LiRecDT1 e LiRecDT1 H12A três vezes por semana, durante três semanas. Camundongos Swiss fêmeas adultas foram posteriormente imunizadas, e a indução de tolerância foi confirmada pela diminuição nos níveis de anticorpos IgG anti-toxina em relação ao grupo controle, resultado que aponta a obtenção de sucesso na indução de tolerância imunológica. Observou-se que animais tolerantes a LiRecDT1 H12A apresentaram uma diminuição no edema desenvolvida na pata, causado pela aplicação de 6 μg de LiRecDT1 na superfície plantar traseira. Animais tolerizados com LiRecDT1 e desafiados com 50 μg intraperitoneal de toxina dermonecrótica apresentaram maior índice de sobrevivência, quando comparados ao grupo controle. Esse efeito não foi observado em animais tolerizados com LiRecDT1 H12A. Os dados obtidos no presente trabalho sugerem que a indução de tolerância oral à LiRecDT1 H12A é capaz de atenuar o desenvolvimento da resposta inflamatória no edema de pata, enquanto a tolerância oral a LiRecDT1 foi capaz de aumentar a sobrevivência em animais desafiados com LiRecDT1. Os resultados demonstram que as toxinas LiRecDT1 e LiRecDT1 H12A podem ser exploradas como ferramenta na indução e estudo da tolerância oral. A geração de células T regulatórias (Tregs) e subsequente participação de citocinas imunossupressoras devem estar envolvidas na modulação da resposta imune.
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Indução de tolerância nasal com colágeno tipo V em modelo experimental de esclerodermia / Collagen V- induced nasal tolerance in scleroderma experimental modelAna Paula Pereira Velosa 08 May 2007 (has links)
Objetivo: Verificar o remodelamento da pele e produção de anticorpos em modelo experimental de esclerodermia em coelhos, após indução de tolerância nasal com colágeno tipo V. Métodos: Coelhas Nova Zelândia (N=12) foram imunizadas com 1mg/ml de colágeno V (Col V) em adjuvante completo de Freund e dois reforços com adjuvante incompleto de Freund. Seis coelhas imunizadas receberam uma dose diária de 25ug de Col V, iniciado via nasal (grupo tolerado) 150 dias do começo das imunizações e seis animais foram somente imunizadas (grupo imunizado). Um grupo imunizado com adjuvante de Freund serviu como controle. Biopsias de pele foram coletadas em 0, 75, 120, 150 e 210 dias e coradas pelo H&E, tricrômico de Masson e Sírius red para analise morfológica e morfométrica. Os colágenos I, III e V, além de TGFbeta e PDGF foram imunomarcados por imunofluorescência. Os soros dos animais foram coletados em 0, 150 e 210 dias para determinar anticorpos anti-colágenos I, III, IV e V e anti-nucleares. Resultados: Os animais imunizados mostraram progressivo decréscimo da derme papilar, atrofia de anexos, aumento no depósito dos colágenos I, III e V e aumento da expressão de TGFbeta e PDGF. Os tolerados apresentaram aumento dos anexos cutâneos e significante diminuição no depósito dos colágenos I, III e V, TGFbeta e PDGF. O grupo de imunizados e de tolerados apresentaram anticorpos anti-colágenos III e IV e antinucleares. Conclusões: A indução de tolerância nasal com Col V diminuiu o remodelamento da pele observado no modelo experimental de esclerodermia e inibiu a síntese de citocinas fibrogênicas. Portanto, a tolerância nasal com Col V pode ser uma opção terapêutica promissora para o controle do remodelamento cutâneo em pacientes com esclerodermia. / Objective: Our aim was to verify the skin remodeling and antibody production in experimental model of scleroderma in rabbits, after induction of tolerance by daily nasal administration of human type V collagen (Col V). Methods: Female New Zealand rabbits (N=12) were immunized with 1mg/ml of Col V in complete Freund\'s adjuvant, followed by more two boosters in incomplete Freund\'s adjuvant. Six immunized rabbits received daily nasal administrating of 25ug of Col V (tolerated group), started 150 days after the first immunization, and the others animals (N=6) were only immunized (immunized group). Finally a group of rabbits immunized with Freund\'s adjuvant served as control. Skin biopsies were collected at 0, 75, 120, 150 and 210 days, and stained with H&E, Masson\'s trichrome and Sirius red for morphological and morphometric analysis. Types I, III and V collagen, TGFbeta and PDGF were immunostained by immunofluorescence. The sera of animals were colleted at 0, 150 and 210 days to determine anti types I, III, IV and V collagen and antinuclear antibodies. Results: The immunized animals showed progressive decrease of papillary dermis, appendages atrophy, increase of types I, III and V collagen deposition and increased expression of TGF-beta and PDGF. The tolerated rabbits presented increase of cutaneous appendages and significant decrease of types I, III and V and TGF-beta and PDGF. Both immunized and tolerated rabbits presented anti types III and IV antibodies and antinuclear antibodies. Conclusions: Col V nasal tolerance reduced skin remodeling in experimental model of scleroderma and inhibited synthesis of fibrotic cytokines. Therefore, the nasal tolerance with type V collagen can be a promising therapeutic option to control the skin remodeling in patients with scleroderma.
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Valores do teste cutâneo de hipersensibilidade imediata associados ao desenvolvimento de tolerância em pacientes com alergia ao leite de vaca mediada pela imunoglobulina E / Values of skin prick test associated with the development of tolerance in patients with immunoglobulin E mediated cow\'s milk allergyFlávia Valença de Oliveira Neves 05 May 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é a alergia alimentar (AA) mais comum na infância e o desenvolvimento de tolerância a este alimento vem ocorrendo cada vez mais tardiamente. OBJETIVOS: 1. Avaliar as características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais de pacientes tolerantes e daqueles com alergia persistente à APLV. 2. Estabelecer o diâmetro da pápula do Teste cutâneo de Hipersensibilidade Imediata (TCHI) com extrato do leite de vaca (LV) associado ao desenvolvimento de tolerância oral (TO). 3. Comparar o diâmetro da pápula do TCHI, realizado com extrato de LV, entre os pacientes dos grupos tolerante e persistente, em três tempos distintos, no diagnóstico de APLV, no tempo médio da evolução da doença e no momento da aquisição de tolerância ou na data do último TCHI no grupo que persistiu alérgico. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo de análise de banco de dados dos prontuários de todas as crianças com diagnóstico de APLV mediada pela imunoglobulina E (IgE), em seguimento na Unidade de Alergia e Imunologia no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICr HCFMUSP), que realizaram TCHI de forma evolutiva, sendo alocados em dois grupos: APLV tolerantes e APLV persistentes, no período entre janeiro de 2000 a julho de 2015. O TCHI foi realizado por equipe treinada e com extrato padronizado de LV total, sendo considerado positivo quando o diâmetro médio da pápula foi >= 3 mm em relação ao controle negativo. As variáveis nominais: gênero, história familiar de atopia, uso de LV no berçário, amamentação por menos de 6 meses, presença de outras doenças alérgicas foram descritas através de frequências e comparadas entre tolerantes e persistentes. No grupo tolerante as mesmas variáveis foram comparadas entre aqueles com idade 5 anos pelo Teste de Fisher. As variáveis contínuas (idade do início sintomas e idade na coleta dos dados, bem como a dosagem de IgE específica para LV pelo ImmunoCap) nos mesmos grupos foram descritas através de medianas e comparadas através teste de Mann-Whitney e Wilcoxon. Os resultados do TCHI (em mm) foram descritos através de medianas, valores mínimos e máximos ao diagnóstico, no tempo médio e ao final, no grupo de tolerantes e de persistentes e comparados em cada tempo pelo teste de Mann-Whitney. A comparação das medianas nos 3 tempos em cada grupo foram realizadas através teste de Friedman. Em todas as análises foi adotado um nível de significância de 5%. RESULTADOS: Após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, obteve-se uma amostra de 44 pacientes, 29 no grupo que desenvolveu tolerância, e 15 no grupo que persistiu com APLV na época da conclusão deste estudo. Não houve diferença estatisticamente significante entre os diferentes achados epidemiológicos e clínicos entre os grupos tolerantes e persistentes. No grupo tolerante ao LV foram encontradas as seguintes medidas de TCHI: ao diagnóstico a mediana foi de 6 mm (3 mm - 15 mm), no tempo médio de seguimento de 3 mm (0 mm - 15 mm) e no desenvolvimento de tolerância de 2 mm (0 mm - 5 mm), valores que mostraram diferença estatisticamente significante nos três períodos avaliados (p < 0,0001; teste de Friedman). No grupo de pacientes persistentes ao LV foram encontradas as seguintes medidas de TCHI: ao diagnóstico mediana de 7 mm (3 mm - 13 mm); no tempo médio de 4 mm (2 mm - 20 mm) e no momento do último TCHI realizado até o término deste estudo a mediana foi de 5mm (0 mm - 19 mm), não havendo diferença estatisticamente significante nos três períodos em que os pacientes foram avaliados (p= 0,256; teste de Friedman). Avaliando o decaimento dos valores do TCHI no grupo de pacientes tolerantes, a mediana do TCHI ao diagnóstico foi de 6mm (3 - 15 mm) e no momento da tolerância de 2 mm (0 mm - 5 mm), com diferença estatisticamente significante entre os valores (p < 0,0001; Teste de Wilcoxon). No grupo persistente não houve diferença estatisticamente significante entre o primeiro e o último TCHI, com p = 0,173 (Teste de Wilcoxon). CONCLUSÃO: O estudo mostrou que a utilização do TCHI para o diagnóstico e detecção de tolerância na APLV é uma ferramenta útil, devendo ser realizado de maneira seriada ao longo da evolução na APLV e seu decaimento poderia indicar o momento para realização de testes de provocação oral (TPO) / BACKGROUND: Cow\'s milk allergy (CMA) is the most common food allergy in childhood and the development of tolerance to this food has been occurred increasingly later. OBJECTIVES: 1.To assess the epidemiological, clinical and laboratory characteristics of tolerant patients and those with persistent allergy to CMA. 2. To establish the wheal diameter of the Skin Prick Test (SPT) with cow\'s milk (CM) extract associated with the development of oral tolerance (OT). 3. To Compare the wheal diameter of the SPT, carried out with CM extract, among the patients of the tolerant and persistent groups in three distinct periods: during the diagnosis of CMA, during the average time of disease progression, and at the moment of tolerance acquisition or on the date of the last SPT in the group that persisted allergic. METHODS: This was a retrospective cohort study of database analysis of medical records of all children diagnosed with CMA mediated by immunoglobulin E (IgE), following the Allergy and Immunology Unit at the Children\'s Institute of the HCFMUSP (between jan/2000 to jul/2015) who underwent SPT in an evolutionary way. They were classified into two groups: CMA tolerant and CMA persistent. The SPT was carried out by trained personnel and with a standardized extract of whole CM, being considered positive when the average wheal diameter was >= 3 mm compared to the negative control. The nominal variables of gender, family history of atopy, CM use in the nursery, breastfeeding for less than six months, and the presence of other allergic diseases were described by frequencies and compared between tolerant and persistent groups. In the tolerant group, the same variables were compared among those aged 5 years by the Fisher Test. Continuous variables (age of onset symptoms and age in the data collection as well as specific IgE levels to CM by ImmunoCap) in the same groups were described by medians and compared using the Mann-Whitney and Wilcoxon test. The results of the SPT (in mm) were described by median, minimum and maximum values for the diagnosis, at the middle and at the end point in the tolerant and persistent groups, and at each time point were compared by way of the Mann-Whitney test. Comparison of the medians in the 3 periods in each group were made using the Friedman test. In all analyses, a significance level of 5% was adopted. RESULTS: After applying inclusion and exclusion criteria, we obtained a sample of 44 patients, 29 in the group that developed tolerance, and 15 in the group that persisted with CMA at the time of completion of this study. There was no statistically significant difference between the different epidemiological and clinical findings between the tolerant and persistent groups. In the CM tolerant group the following SPT measures were found: during diagnosis the median average was 6 mm (3 mm - 15 mm), during the average follow-up time it was 3 mm (0 mm - 15 mm), and for the development of tolerance it was 2 mm (0 mm - 5 mm); values that showed statistically significant differences in the three evaluation periods (p < 0.0001; Friedman test). In the group of patients with persistent allergy to CM, a SPT found the following measures: during diagnosis the median average was 7 mm (3 mm - 13 mm); during the average follow-up time it was 4 mm (2 mm - 20 mm), and at the time of the last SPT performed until the end of the study the median was 5 mm (0 mm - 19 mm), with no statistically significant difference in the three periods (p = 0.256, Friedman test). Evaluating the decay of SPT values in the group of tolerant patients, the median SPT at diagnosis was 6 mm (3-15 mm) and, at the time of tolerance, 2 mm (0 mm - 5 mm), with a statistically significant difference between the values (p < 0.0001; Wilcoxon test). In the persistent group there was no statistically significant difference between the first and the last SPT, p = 0.173 (Wilcoxon test). CONCLUSION: The study showed that the use of the SPT for the diagnosis and detection of tolerance to the CMA is a useful tool and should be performed sequentially throughout the evolution of the CMA and that its decay could indicate the time for performing oral food challenge (OFC)
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Tolerância operacional no transplante renal humano: repertório de linfócitos B e de alo e autoanticorpos / Operational tolerance in human kidney transplantation: repertoire of B lymphocytes and alo and autoantibodiesHernandez Moura Silva 25 April 2011 (has links)
A indução de tolerância imunológica ao aloenxerto, no contexto clínico, permanece um grande desafio para pesquisa científica de tradução. A retirada da imunossupressão em indivíduos transplantados leva à rejeição do enxerto, na grande maioria dos casos. Entretanto, um grupo muito raro de indivíduos transplantados, chamados de tolerantes operacionais (TO), consegue manter a função estável do enxerto após a retirada dos imunossupressores. O estudo desses indivíduos pode contribuir para melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na tolerância ao enxerto em humanos, assim como, para a determinação de biomarcadores desse estado de homeostase. Nosso objetivo foi determinar se o estado de tolerância operacional no transplante renal induz um perfil diferencial do componente humoral da resposta imune. Para tal, analisamos o perfil de reatividade de autoanticorpos dirigidos a peptídeos da proteína de choque térmico 60 (HSP60), de alo e autoanticorpos dirigidos às moléculas HLA, o repertório do receptor de células B (BCR) e o perfil funcional de células B supressoras CD19+CD24hiCD38hi (Bregs), comparativamente, nos indivíduos com: TO (n=5), Rejeição Crônica (RC, n=13), função estável do enxerto usando doses habituais de imunossupressores (Est, n=19) e nos indivíduos saudáveis (Sau, n=11). Não observamos um perfil diferencial claro de alo/autorreatividade de anticorpos dirigidos aos peptídeos da HSP60, nem às moléculas HLA, que diferenciasse os grupos do estudo. O estado de tolerância operacional apresentou uma diversidade do repertório do receptor de células B similar à observada em Sau e Est, enquanto o grupo RC teve uma menor diversidade desse repertório. Além disso, o grupo TO apresentou uma expansão de clones linfócitos B com expressão de 2 tamanhos distintos de CDR3 (de 16aa, família VH3 isotipo IgM, e de 5aa, família VH1 isotipo IgG), diferenciando-os dos grupos Sau, RC e Est (p<0,01 e p<0,05; e p<0,01, respectivamente para VH3M e VH1G). Os números de células B com fenótipo imunorregulador CD19+CD24hiCD38hi (Bregs) circulantes, no grupo TO e Sau, foram similares, enquanto o grupo RC apresentou menores números (p<0,05). Funcionalmente, após estímulo via CD40, o grupo TO teve capacidade de gerar células Breg ativadas para STAT3 semelhante ao grupo Sau, enquanto na rejeição crônica esta capacidade foi menor (p<0,05). Concluímos que o estado de tolerância operacional envolve, principalmente, a manutenção do perfil do componente imune humoral, similar ao apresentado por indivíduos saudáveis, em contraste com o estado de rejeição crônica. Além disso, o estado de tolerância foi o único que apresentou expansões expressivas de determinados tamanhos de CDR3, se destacando de todos os grupos. A expansão diferencial desses clones de células B pode ter uma relevância funcional no estado de tolerância operacional, além de potencial valor para o diagnóstico desse estado. Esses dados, em conjunto, nos indicam que a preservação do componente humoral da resposta imune desempenha um papel importante neste estado de homeostase no transplante humano / Operational tolerance in human kidney transplantation: repertoire of B lymphocytes and alo and autoantibodies Sta individuals (p<0.01 and p<0.05; and p<0.01, respectively for VH3M and VH1G). The circulating B cell numbers with the suppressive phenotype CD19+CD24hiCD38hi (Bregs) were similar between the OT and HI groups, while CR presented lower numbers (p<0.05). In addition, the OT group exhibited a similar capacity of generate activated cells for STAT3 to HI, whereas the CR group exhibited an impaired capacity (p<0.05). We conclude that the operational tolerance state involves the maintenance of the B cell compartment profile similar to the one observed in healthy individuals, in contrast with chronic rejection. In addition, the state of operational tolerance was the only one exhibiting expressive expansions of specific CDR3 lengths, which differentiated OT from all other groups. This indicates that the expansion of B cell populations expressing specific CDR3 lengths could play a relevant role in operational tolerance and may be potential biomarkers for OT. Taken together, we suggest that the preservation of the B cell component of the immune response can play an important role in this homeostatic state in human transplantation
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Alterações funcionais de mitocondrias hepáticas na tolerância ao lipopolissacarídeo (LPS) / Functional alterations of hepatic mitochondria in lipopolysaccharide tolerance (LPS)André Augusto Botêga Silva 27 October 2017 (has links)
O presente estudo tem por objetivo principal avaliar as alterações funcionais precoces de mitocôndrias hepáticas de ratos wistar submetidos ao estímulo de sepse através da técnica de ligadura cecal e punção (cecal ligation and puncture-CLP) e indução de tolerância ao lipopolissacarídeo (LPS) de Escherichia coli. As mitocôndrias exercem papel na alteração do metabolismo celular de pacientes sépticos. Os objetivos do presente trabalho foram: (1) padronizar a técnica de indução a tolerância para ratos wistar com LPS de E. coli (2) avaliar a função mitocondrial fosforilativa e oxidativa; (3) quantificar DNA mitocondrial em tecido hepático de animais submetidos à CPL e tolerância; (4) verificar a expressão dos genes responsáveis pela biogênese mitocondrial e replicação do DNA mitocondrial: nuclear respiratory factor (NRF-1), mitochondrial transcription factor A (TFAM) e peroxisome proliferator-activated receptor gamma coactivator 1-alpha (PGC-1alfa); (5) avaliar a função dos complexos respiratórios I e IV. Os resultados encontrados no presente estudo revelaram que: (a) a taxa de mortalidade dos animais submetidos a tolerância foi de 10% quando submetidos à dose letal de LPS, enquanto a taxa de mortalidade dos animais controle foi de 100% quando submetidos à dose letal de LPS; (b) observou-se que o grupo do controle respiratório que recebeu doses controladas de LPS e foi submetido à CLP apresentou razão igual ao grupo Controle, sugerindo que a fosforilação oxidativa se manteve igual ao basal, enquanto o grupo que foi submetido ao procedimento de CLP sem indução a tolerância apresentou piora da razão do controle respiratório em relação ao grupo controle; (c) a quantificação de DNA mitocondrial mostrou-se maior nos animais submetidos a CLP sem prévia indução a tolerância, com igual aumento da expressão dos fatores de biogênese mitocondrial em relação aos demais grupos; (d) houve diferença significativa na avaliação da funcionalidade dos complexo I, porém o complexo IV se manteve igual em todos os grupos. Concluiu-se que a indução a tolerância altera positivamente a função mitocondrial em animais submetidos à CLP / The aim of this study was to evaluate the early functional alterations of hepatic mitochondria of wistar rats submitted to the stimulation of sepsis through the technique of cecal ligation and puncture (CLP) and induction of tolerance to lipopolysaccharide (LPS) of Escherichia coli. Mitochondria play a role in altering the cellular metabolism of septic patients. The objectives of the present study were: (1) to standardize the tolerance induction technique for wistar rats with E. coli LPS (2) to evaluate the mitochondrial phosphorylation and oxidative function; (3) quantify mitochondrial DNA in hepatic tissue of animals submitted to CPL and tolerance; (4) to verify the expression of genes responsible for mitochondria biogenesis and mitochondrial DNA replication nuclear mitochondrial biogenesis (NRF-1), mitochondrial transcription factor A (TFAM) and peroxisome proliferator-activated receptor gamma coactivator 1-alpha (PGC-1alpha); (5) to evaluate the function of respiratory complexes I and IV. The results found in the present study revealed that: (a) the mortality rate of the animals submitted to tolerance was 10% when submitted to the lethal dose of LPS, whereas the mortality rate of the control animals was 100% when submitted to the lethal dose of LPS; (B) it was observed that the group receiving controlled doses of LPS and submitted to CLP presented a ratio equal to the control group, suggesting that oxidative phosphorylation remained the same at baseline, whereas the group that underwent CLP procedure without induction of tolerance presented worsening of the respiratory control ratio in relation to the control group; (C) the mitochondrial DNA quantification was higher in the animals submitted to CLP without prior tolerance induction, with an equal increase in mitochondrial biogenesis factors expression in relation to the other groups; (D) there was significant difference in the evaluation of the functionality of complexes I, but no difference in complex IV in all groups. It was concluded that induction of tolerance positively alters mitochondrial function in animals submitted to CLP
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Tolerância operacional no transplante renal humano: repertório de linfócitos B e de alo e autoanticorpos / Operational tolerance in human kidney transplantation: repertoire of B lymphocytes and alo and autoantibodiesSilva, Hernandez Moura 25 April 2011 (has links)
A indução de tolerância imunológica ao aloenxerto, no contexto clínico, permanece um grande desafio para pesquisa científica de tradução. A retirada da imunossupressão em indivíduos transplantados leva à rejeição do enxerto, na grande maioria dos casos. Entretanto, um grupo muito raro de indivíduos transplantados, chamados de tolerantes operacionais (TO), consegue manter a função estável do enxerto após a retirada dos imunossupressores. O estudo desses indivíduos pode contribuir para melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na tolerância ao enxerto em humanos, assim como, para a determinação de biomarcadores desse estado de homeostase. Nosso objetivo foi determinar se o estado de tolerância operacional no transplante renal induz um perfil diferencial do componente humoral da resposta imune. Para tal, analisamos o perfil de reatividade de autoanticorpos dirigidos a peptídeos da proteína de choque térmico 60 (HSP60), de alo e autoanticorpos dirigidos às moléculas HLA, o repertório do receptor de células B (BCR) e o perfil funcional de células B supressoras CD19+CD24hiCD38hi (Bregs), comparativamente, nos indivíduos com: TO (n=5), Rejeição Crônica (RC, n=13), função estável do enxerto usando doses habituais de imunossupressores (Est, n=19) e nos indivíduos saudáveis (Sau, n=11). Não observamos um perfil diferencial claro de alo/autorreatividade de anticorpos dirigidos aos peptídeos da HSP60, nem às moléculas HLA, que diferenciasse os grupos do estudo. O estado de tolerância operacional apresentou uma diversidade do repertório do receptor de células B similar à observada em Sau e Est, enquanto o grupo RC teve uma menor diversidade desse repertório. Além disso, o grupo TO apresentou uma expansão de clones linfócitos B com expressão de 2 tamanhos distintos de CDR3 (de 16aa, família VH3 isotipo IgM, e de 5aa, família VH1 isotipo IgG), diferenciando-os dos grupos Sau, RC e Est (p<0,01 e p<0,05; e p<0,01, respectivamente para VH3M e VH1G). Os números de células B com fenótipo imunorregulador CD19+CD24hiCD38hi (Bregs) circulantes, no grupo TO e Sau, foram similares, enquanto o grupo RC apresentou menores números (p<0,05). Funcionalmente, após estímulo via CD40, o grupo TO teve capacidade de gerar células Breg ativadas para STAT3 semelhante ao grupo Sau, enquanto na rejeição crônica esta capacidade foi menor (p<0,05). Concluímos que o estado de tolerância operacional envolve, principalmente, a manutenção do perfil do componente imune humoral, similar ao apresentado por indivíduos saudáveis, em contraste com o estado de rejeição crônica. Além disso, o estado de tolerância foi o único que apresentou expansões expressivas de determinados tamanhos de CDR3, se destacando de todos os grupos. A expansão diferencial desses clones de células B pode ter uma relevância funcional no estado de tolerância operacional, além de potencial valor para o diagnóstico desse estado. Esses dados, em conjunto, nos indicam que a preservação do componente humoral da resposta imune desempenha um papel importante neste estado de homeostase no transplante humano / Operational tolerance in human kidney transplantation: repertoire of B lymphocytes and alo and autoantibodies Sta individuals (p<0.01 and p<0.05; and p<0.01, respectively for VH3M and VH1G). The circulating B cell numbers with the suppressive phenotype CD19+CD24hiCD38hi (Bregs) were similar between the OT and HI groups, while CR presented lower numbers (p<0.05). In addition, the OT group exhibited a similar capacity of generate activated cells for STAT3 to HI, whereas the CR group exhibited an impaired capacity (p<0.05). We conclude that the operational tolerance state involves the maintenance of the B cell compartment profile similar to the one observed in healthy individuals, in contrast with chronic rejection. In addition, the state of operational tolerance was the only one exhibiting expressive expansions of specific CDR3 lengths, which differentiated OT from all other groups. This indicates that the expansion of B cell populations expressing specific CDR3 lengths could play a relevant role in operational tolerance and may be potential biomarkers for OT. Taken together, we suggest that the preservation of the B cell component of the immune response can play an important role in this homeostatic state in human transplantation
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